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Discente: Ana Clara Pereira de Marco Fernandes

Curso: Psicologia
Disciplina: Neurociência aplicada à Psicologia
Data de entrega: 01/04/2021

1- Devido à sua má alimentação, José começou a apresentar o resultado dos


seus exames de rotina alterados, com valores elevadíssimos de triglicérides e
colesterol total, o que pode comprometer a sua circulação e levar a um
acidente vascular encefálico. José tem medo das possíveis sequelas, pois ele
tem conhecimento de pessoas que perderam todo o movimento de um dos
lados do corpo. Entretanto nem todos os AVEs apresentam esse tipo de
sequela, pelo contrário, as consequências são as mais variadas. Para que a
sequela seja apresentada seja a temida por José, quais são as áreas dos
órgãos encefálicos que devem ser atingidas, e qual a função atribuída a cada
uma delas?
As sequelas do AVE podem ser variadas a depender da área cerebral
acometida e isso inclui consequências como fraqueza muscular, sensibilidade
anormal ou perda de sensibilidade em um lado do corpo, dificuldade para falar,
confusão, problemas com a visão, tonturas, perda de equilíbrio e coordenação
e até mesmo a sequela tão temida por José; a paralisia de uma lado do corpo
também conhecida como Hemiplegia.

Quando a área atingida é o lobo frontal, por exemplo, a sequela na maioria das
vezes está associada aos movimentos do corpo, já que é nesse lobo que se
encontra o córtex motor. Como no cérebro o sistema de nervos é cruzado,
quando um lado é afetado a paralisia ocorre no lado oposto a lesão. Além da
paralisia (hemiplegia), lesões no lobo frontal podem causar afasia (dificuldade
para pronunciar as palavras) já que o córtex pré-motor também pode ser
afetado, porém, esse não causa uma paralisia, mas pode causar uma
perturbação nos movimentos automáticos ou na fala. Sequelas como
incontinência urinária e alteração do comportamento também estão associadas
ao lobo frontal.
Outras áreas afetadas como o lobo parietal pode ter como sequela dificuldades
de organização e afasia (perda na capacidade da compreensão da linguagem),
no lobo temporal perda da capacidade de interpretar sons e no lobo occipital
perda da capacidade visual de reconhecer objetos.

2- Após apresentar um quadro de sonolência extrema, falta de apetite,


retenção líquida e queda de cabelos, Luana buscou ajuda médica para
entender o que vinha acontecendo, o que em uma análise clínica primária foi
detectado um quadro de hipotireoidismo. Porém para confirmar foi solicitado a
ela a dosagem dos hormônios tróficos e tireoideanos e uma biópsia da tireoide.
Os exames demonstraram valores reduzidos dos hormônios T3 e T4 variação
enorme de TSH e TRH, porém a biópsia da tireoide não apresentou quaisquer
alterações.
Dado esse quadro, qual a possível origem do hipotireoidismo de Luana e qual a
sua relação com o sistema nervoso central?

Um possível diagnóstico de Luana é Hipotireoidismo central. O resultado sem


alterações da biopsia e a enorme variação de TSH e TRT apontam que o
problema de Luana está ligado ao sistema nervoso central.
As reações que controlam a síntese de T3 e T4 que são hormônios tireoidianos
são controladas pelos índices de TSH (hormônio estimulante da Tireoide) que é
produzido pela Hipófise no sistema nervoso central. A secreção de TSH é
controlada por um mecanismo de feedback no qual o aumento das
concentrações de T4 e T3 livres inibe a síntese e a secreção de TSH pela
hipófise e o contrário estimulam a secreção de TSH.
Outro fator é que a secreção de TSH também é influenciada pelo TRH
(Tirotropina estimulante) que é sintetizado no hipotálamo que também é
estimulado pelo feedback negativo causado pelo aumento de T3 e T4.
Esses órgãos do sistema nervoso central são responsáveis pela estimulação
da glândula Tireoide, portanto uma diminuição na produção de TRH ou TSH,
que pode ser causada por diversos fatores como lesões na hipófise ou tumores
hipofisários principalmente, são determinantes para o funcionamento anormal
da tireoide e nesse caso a diminuição do T3 e T4, como a falha está no sistema
de origem o mecanismo de Feedback negativo também não funciona e o
indivíduo desenvolve o hipotireiodismo.

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