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Mandado de Segurança
Mandado de Segurança
Processo nº 5215479-33.2022.8.21.0001
MANDADO DE SEGURANÇA
Contra decisão proferida pela MM. JUÍZO DO 5º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DO FORO CENTRAL DA
COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS, nos autos do processo nº 5215479-33.2022.8.21.0001,
requerendo seja este mandado devidamente admitido e processado e, ao final, julgado
procedente, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I – DO PRAZO DECADENCIAL
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cumprimento de ordem judicial, motivo pelo qual houve o requerimento da penhora da
pensão de Maria Luiza.
Após isso, a mesma que até então não havia se manifestado no processo,
embargou a execução.
Todavia, o Juízo acolheu parecer da juíza leiga a fim de dar procedência aos
embargos à execução opostos por MARIA LUIZA RODRIGUES SOARES DE OLIVEIRA,
determinando a liberação dos valores bloqueados/penhorados em favor da ora embargada.
Além disso, determinou ser encaminhado à contadoria para elaboração de cálculo do valor
efetivamente devido. Todavia, o autor não concorda com tal decisão, motivo pela qual ajuíza
o presente mandado.
III – DO DIREITO
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recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange
todos eles”. (Súmula n. 283/STF). 2. O STJ consolidou entendimento no sentido de
que os honorários advocatícios são considerados verba alimentar, inclusive para
fins do disposto no art. 833, §2º, do CPC/2015, sendo possível a penhora de
verbas remuneratórias para o seu pagamento. 3. Agravo interno a que se nega
provimento.
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Vejamos o entendimento:
Ocorre que em decisão o magistrado alegou não ser possível a penhora da pensão,
uma vez que é destinado à sobrevivência da impetrada. Todavia, dessa forma, o juízo a quo
não analisou a situação do ora impetrante, pois o valor que lhe é devido é destinado a
sobrevivência do mesmo.
Assim, como trata-se de valor destinado a sobrevivência do ora impetrante, é
autorizada a penhora da pensão da executada a fim de sanar com a obrigação devida. Nesse
sentido, é o entendimento:
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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VERBA ALIMENTAR. PENHORA. PROVENTOS.
POSSIBILIDADE. Consoante entendimento sufragado pelo c. Superior Tribunal de
Justiça, os honorários advocatícios, sejam os contratuais ou os sucumbenciais,
possuem natureza alimentar, motivo pelo qual mostra-se possível a penhora de
proventos para assegurar o pagamento.
Ademais, a ré recebe uma pensão mensal de quase R$ 8.000,00, motivo pelo qual
pode arcar com suas dívidas quitá-las de forma que não prejudique o ora recorrente. Dessa
forma, amparado no artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, é possível concessão do
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mandado de segurança para proteger direito líquido e certo.
Salienta-se que se trata de direito líquido e certo, uma vez que é de direito do
impetrante o recebimento de seus honorários advocatícios. Nesse sentido, é cabível a
penhora da pensão da impetrada, a fim de que se tenha o pagamento dos honorários do
impetrante.
IV – DOS PEDIDOS
Vagner de Oliveira
OAB/RS 95.946
Assinado digitalmente.
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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