Você está na página 1de 4

MAPA MENTAL

O PARTO
PARTO NA APRESENTAÇÃO CÓRMICA:
PONTO DE REFERÊNCIA: ACRÔMIO
MECANISMO DE PARTO
• Não nasce espontaneamente, pode-se tentar
versão externa e, se mantiver a apresentação,
• Conjunto de movimentos realizados pelo feto é indicação de parto cesárea
durante sua passagem pelo canal do parto

• Insinuação: passagem do diâmetro biparietal pelo


estreito superior da bacia
PARTO NA APRESENTAÇÃO PÉLVICA
• Assinclitismo: movimentos de inclinação lateral da apresentação

w
Anterior — obliquidade de Naegele: quando a • Ponto de referência: sacro
sutura sagital está mais próxima do sacro do que
• Amniotomia somente no período expulsivo
do pube
• Não se deve tracionar o feto
w
Posterior — obliquidade de Litzman: quando essa
sutura está mais próxima do pube do que do sacro
• Após o desprendimento do ovoide córmico,
realizar alça de cordão e manobra de Bracht
• Término da insinuação: ápice da cabeça no plano 0 de DeLee

• Descida: polo cefálico insinuado percorre a distância do estreito


superior ao inferior da pelve materna DISTOCIAS
• Para determinar o grau de descida da apresentação, usam-se os
planos de DeLee • De ombro — manobra de McRoberts e pressão
w
Plano 0 é considerado o nível das espinhas ciáticas suprapúbica como primeira opção
w
Acima desse, os planos são -1, -2, -3 • Parto pélvico — manobra de Bracht
w
Abaixo dele, estão os planos +1, +2, +3, e vulva • Cabeça derradeira — manobra de Mauriceau e
fórcipe de Piper, Zavanelli ou clidotomia como
• Rotação interna: colocar a linha de orientação no diâmetro última tentativa
anteroposterior do estreito inferior da bacia materna • Distocia de ombro em parto pélvico — manobra
de Rojas, Pajot ou Deventer (Muller)
• O ponto de referência da posição coloca-se abaixo do pube.
Geralmente a apresentação roda para occipitopúbico (OP)
• Conforme a variedade de posição prévia, a cabeça fetal pode
descrever um arco de círculo de 45° a 135°
• Desprendimento cefálico: a cabeça fetal desprende-se do
estreito inferior, com o auxílio da retropulsão do cóccix, que
aumenta o diâmetro da conjugata exitus em 1,5 cm Definição de trabalho de parto: contrações
uterinas rítmicas/regulares e efetivas, duas
• Nas apresentações cefálicas fletidas, o desprendi-
mento cefálico se faz por movimento de deflexão
contrações ou mais por 15 minutos, mais
dois ou mais critérios a seguir
• Rotação externa: movimento de restituição
• Occipício retorna à orientação observada antes da rotação interna • Apagamento cervical
• Ocorre simultaneamente com a rotação das escápulas • Colo dilatado maior ou igual a 3 cm
• Ruptura espontânea da bolsa das águas
• Desprendimento do ovoide córmico: desprendimento da cintura
escapular e desprendimento do polo pélvico

• As espáduas insinuam-se no diâmetro oblíquo oposto


ao de insinuação do polo cefálico Contrações com duração de 50 a 60 segundos, aproxima-
• Apresentações cefálicas defletidas damente, mais dolorosas são efetivas, típicas de trabalho
de parto
w
Primeiro grau: melhor prognóstico — ponto de
referência: bregma
w
Segundo grau: pior prognóstico — indicação de
HEMORRAGIA PUERPERAL
parto cesárea, ponto de referência: glabela
w
Terceiro grau: não se pode utilizar vacuoextrator ou
fórcipe — ponto de referência: mento • Perda de mais de 500 mL no parto vaginal ou
mais de 1.000 mL no parto cesárea, ou perda
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO sanguínea suficiente para causar instabili-
dade hemodinâmica

• Podem ser divididos em quatro fases clínicas distintas: • Associada a altas taxas de morbidade:
dilatação, expulsivo, dequitação e quarto período anemia, cansaço, fadiga, infarto hipofisário,
distúrbio de lactação, transfusão
• Dilatação: subdividida em fase de latência e fase ativa sanguínea, choque hipovolêmico, necrose
tubular aguda e morte
• A fase de dilatação começa com o trabalho de parto: contrações
uterinas — dois a cinco eventos a cada 10 minutos — com alte- • Principais fatores predisponentes:
ração do colo uterino — dilatação e/ou esvaecimento gemelaridade, polidrâmnio, macrossomia
• A duração desse período varia entre primíparas e multíparas; nas fetal, multiparidade, hemorragia pós-parto
primíparas é mais demorado, com duração de até 24 horas e parto cesárea em gestação prévia,
• A fase de latência vai até 3 a 5 cm de dilatação e pode durar de dequitação prolongada, parto assistido —
8 a 20 horas fórcipe, vacuoextrator —, trabalho de parto
• Fase ativa prolongado etc.

w
A partir de 5 cm; tem maior velocidade de dilatação
• Quatro fatores podem ser responsáveis
w
Controle de vitalidade deve ser realizado com a
pela etiologia da hemorragia puerperal
avaliação da FCF, pelo menos a cada 30 minutos,
antes, durante e após 30 segundos da contração
w
Ideal que não ultrapasse 10 horas em multípara
e 12 horas em nulíparas
• Expulsivo: inicia com dilatação total — 10 cm — e termina com • Alteração no tônus uterino: hipotonia,
expulsão do concepto atonia uterina
• Tem duração variável, de acordo com a paridade da paciente • Trauma de canal de parto: lacerações,
e a realização de analgesia de parto hematoma de episiotomia, inversão
uterina, rotura uterina
w
Nas primigestas, a duração máxima é de 120 minutos
• Retenção do tecido placentário ou de
quando sem analgesia e de, no máximo, 180 minutos
membranas
nas pacientes com analgesia de trabalho de parto
• Coagulopatias
w
Nas multíparas, a duração máxima é de 60 minutos
quando sem analgesia e de 120 minutos quando ela
• Conduta na hemorragia puerperal
foi realizada

• A atividade uterina deve ser máxima, com frequência de cinco • Alteração de tônus: massagem
contrações em 10 minutos e intensidade de até 50 mmHg uterina bimanual, drogas uterotônicas
• Episiotomia somente em casos justificados — ocitocina, derivados do “ergot”,
• Manobra de Kristeller não deve ser utilizada prostaglandinas. Se necessárias,
medidas cirúrgicas: sutura de
• Dequitação: começa logo após o desprendimento do feto e termina B-Lynch, ligadura de artérias
com a saída da placenta uterinas, de artérias hipogástricas ou
histerectomia
• Geralmente, ocorre entre 5 e 10 minutos após o período expulsivo
• Trauma no canal de parto: podem
e é considerada prolongada quando ultrapassa 30 minutos
ser diagnosticados no exame físico
• O descolamento da placenta pode ocorrer por dois mecanismos:
e devem ser prontamente corrigidos
central e lateral
com técnica cirúrgica adequada
w
Central — Baudelocque-Schultze: em 75% dos casos
• Retenção placentária ou acretismo
e reconhecido pela presença de sangramento vaginal
placentário de algum grau: realização
após a saída da placenta
de extração manual da placenta —
w
Marginal — Baudelocque-Duncan: em 25% dos casos
retenção placentária —, curetagem
e reconhecido pela presença de sangramento vaginal
uterina puerperal ou histerectomia —
antes da exteriorização da placenta
acretismo placentário

• Quarto período: constituído pela primeira hora após a dequitação • Distúrbios de coagulação: devem ser
• É muito importante a observação dos sangramentos realizados tratamento da doença de base,
genitais anormais avaliação do status de coagulação e
• A hemostasia uterina se dá por dois mecanismos principais contagem de plaquetas
w
Miotamponamento: oclusão dos vasos miometriais
pela retração muscular
w
Trombotamponamento: os vasos são obliterados por
trombose vascular
• A perda sanguínea média total no parto vaginal é de, aproxima-
damente, 300 a 500 mL
PARTOGRAMA

• Representação gráfica do trabalho de parto


• Recomendado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde
• Iniciar o partograma na fase ativa do trabalho de parto
• Na evolução normal do trabalho de parto, a curva de dilatação cervical se
processa à esquerda da linha de ação. Quando essa curva ultrapassa a linha
de ação, trata-se de um parto disfuncional
• Diagnóstico de distocias
• Fase ativa prolongada: dilatação do colo uterino ocorre lentamente.
A curva da dilatação ultrapassa a linha de alerta e, às vezes, a linha de ação
• Causa: falta de contratilidade
• Conduta: humanização, romper bolsa, ocitocina

• Parada secundária da dilatação: mesma dilatação em dois toques


sucessivos com intervalo de 2 horas ou mais com a paciente em fase ativa
• Causa: desproporção cefalopélvica
• Conduta: se absoluta, cesárea; se relativa — defeito de posição
fetal, como deflexão ou transversas — pode-se tentar deambulação,
romper bolsa e analgesia. Se não houver resolução, cesárea

• Parto precipitado: a dilatação cervical e a descida e expulsão do feto


ocorrem num período de 4 horas ou menos
• Causa: multiparidade ou iatrogênica
• Conduta: vigilância fetal — maior risco de sofrimento fetal
— e revisão do canal de parto — maior risco de lacerações

• Período pélvico prolongado: descida lenta da apresentação após dilatação total


• Causa: contratilidade uterina ineficiente
• Conduta: ocitocina, romper bolsa e fórcipe, se pré-requisitos para aplicação

• Parada secundária da descida: parada da descida em dois toques consecutivos


com pelo menos 1 hora de intervalo
• Causa: desproporção cefalopélvica
• Conduta: se absoluta, cesárea; se relativa — com polo cefálico profundamente
insinuado e cervicodilatação completa, é válida a tentativa de fórcipe de tração
ou rotação, dependendo da variedade de posição

Você também pode gostar