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Nos Estados Unidos, cerca de 0,05% da população total é tratada para esquizofrenia a cada
ano, e apenas metade dos pacientes com o transtorno obtém tratamento;
Os homens têm maior probabilidade de sofrer sintomas negativos do que as mulheres, e que
estas têm maior probabilidade de ter melhor funcionamento social antes do início da doença.
A RELAÇÃO ENTRE A MACONHA E OS
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
DELIRIUM
SE O CONSUMO E A POTÊNCIA DA
CANNABIS AUMENTARAM NAS ÚLTIMAS
DUAS DÉCADAS, CASO HAJA UMA RELAÇÃO ESTUDO
HIPÓTESE
CAUSAL ENTRE A MACONHA E A PROSPECTIVO
ESQUIZOFRENIA, A TAXA DE INCIDÊNCIA DA
DOENÇA TAMBÉM DEVE TER AUMENTADO
ESQUIZOFRENIA
4X
RESULTADO PARF (1995): 2% PARF (2010): 6-8%
A PROPORÇÃO DE CASOS DE ESQUIZOFRENIA ASSOCIADOS AO
CONCLUSÃO TRANSTORNO POR USO DE CANNABIS AUMENTOU 3-4 VEZES NAS
ÚLTIMAS 2 DÉCADAS
PARANÓIDE
Ana Beatriz Menezes
834046
CONCEITO E EPIDEMIOLOGIA QUADRO CLÍNICO
● Exame psiquiátrico:
○ modos formais
○ perplexos por terem que buscar ajuda psiquiátrica
○ tensão muscular, incapacidade de relaxar,
necessidade de vasculhar o ambiente → sinais
evidentes
○ sérios e sem humor
○ conteúdo de pensamento: projeção, preconceito,
ideias de referência
● Diagnóstico diferencial:
○ transtorno delirante
○ esquizofrenia paranoide
○ transtorno de personalidade borderline
○ transtorno de personalidade esquizóide
○ transtorno de personalidade esquizotípico
CURSO E PROGNÓSTICO
● Estudos divergem:
○ transtorno vitalício
○ prenúncio de esquizofrenia → pródromo da
esquizofrenia
● Problemas vitalícios de trabalho e convivência
com outras pessoas
● Problemas profissionais e conjugais
TRATAMENTO
● Psicoterapia: individual → não se saem bem em grupo, mas pode ser útil
para melhorar habilidades sociais e reduzir suspeitas
○ terapêuta deve tratar esses pacientes sempre de forma direta
● Farmacoterapia: lidar com agitação e ansiedade
○ ansiolítico: diazepam
○ antipsicótico: haloperidol, *pimozida (redução significativa da ideação paranoide)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● Kaplan - capítulo 22
Isabel Aparecida Tór Bricoleri -766981
DEFINIÇÃO
TIPOS DE
ESQUIZOFRENIA
● 5 subtipos de esquizofrenia, determinados com base predominantemente na apresentação clínica.
● O DSM-5 não usa mais essa classificação, mas os subtipos são descritos no CID-10.
TIPO PARANÓIDE
TIPO RESIDUAL
● Bouffée délirante (psicose delirante aguda): semelhante ao transtorno esquizofreniforme, com duração dos sintomas
de menos de 3 meses; semelhante ao transtorno esquizofreniforme;
● Latente: comportamentos peculiares ou transtornos do pensamento, mas não manifestam sintomas psicóticos de forma
consistente;
● Oniroide: pacientes profundamente envolvidos em suas experiências alucinatórias a ponto de ex-
● cluir qualquer envolvimento com o mundo real;
● Parafrenia: sinônimo de esquizofrenia paranoide ou um curso progressivamente deteriorante da doença ou a presença
de um sistema delirante bem-sistematizado;
● Esquizofrenia pseudoneurótica: inicialmente apresentam sintomas de ansiedade, fobias, obsessões e compulsões, mais
tarde, revelam sintomas de transtorno do pensamento e psicose;
● Transtorno deteriorante simples: retraimento das situações sociais e relacionadas ao trabalho; perda insidiosa e
gradual do impulso e da ambição;
● Esquizofrenia deficitária: curso da doença mais grave do que os não deficitários; maior comprometimento cognitivo;
prevalência mais alta de movimentos involuntários anormais antes da administração de medicamentos antipsicóticos;
funcionamento social mais pobre antes do início dos sintomas psicóticos;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● Kaplan;
● DSM;
● Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Diagnóstico
de Esquizofrenia
Quadro clínico:
- Geral: aparência desleixada e comportamento agitado
ou violento quando em atividade alucinatória;
- Personalidade: retraimento social;
- Afetividade: embotamento;
- Orientação e memória: costumam estar intactos;
- Sensopercepção: alucinações (mais auditivas)
- Pensamento: delírio;
- Linguagem: neologismos e ecolalia, além de mutismo;
- Cognição: disfunção de atenção, função executiva,
memória episódica e de trabalho;
Critério diagnóstico
Kaplan - capítulo 7
Tratamento farmacológico
● O principal medicamento é os antipsicóticos (neurolépticos)
○ 1° geração (típicos): ação terapêutica é derivada do bloqueio dos receptores D2
de dopamina. Por esse motivo, essa medicação provoca frequentemente
síndromes extrapiramidais.
○ Exemplos .: clorpromazina, haloperidol, levomepromazina, trifluoperazina
○ 2 ° geração (atípicos): efeito deriva do bloqueio de receptores 5-HT2
pré-sinápticos e antagonismo seletivo de receptores D2 em vias mesolímbicas. Já
essa medicação causa, provocam ganho de peso e síndrome metabólica, ainda
que também possam gerar síndromes extrapiramidais.
○ Exemplos.: risperidona, olanzapina, quetiapina, clozapina
Síndromes extrapiramidais
● Síndrome extrapiramidal (SEP) e outros distúrbios do movimento de
apresentação aguda ou subaguda: parkinsonismo (rigidez muscular,
tremores, marcha em bloco,roda denteada), distonia aguda (contração
muscular tetânica e dolorosa), acatisia (necessidade de movimentação e
inquietação muscular, frequentemente dos membros inferiores)
● Distúrbio do movimento de instalação crônica (após anos): discinesia tardia,
caracterizada por movimentos coreoatetóticos principalmente de musculatura
orolingual.
● Síndrome neuroléptica maligna: caracterizada por rigidez muscular com
rabdomiólise, febre, confusão mental e disautonomia. É um efeito colateral
grave e potencialmente fatal.
● Ganho de peso e síndrome metabólica: pode ser intensa e rápida (poucas semanas)
● Prolongamento do intervalo QTc: todos os antipsicóticos podem gerar alargamento do
intervalo QTc, ainda que raramente, inclusive com o risco de arritmias ventriculares
fatais.
● Hiperprolactinemia: o bloqueio dopaminérgico central em via tuberoinfundibular pode
aumentar os níveis de prolactina sérica, gerando galactorreia, distúrbios sexuais,
distúrbios menstruais e infertilidade, ginecomastia em homens e osteoporose.
● Neutropenia e agranulocitose: tipicamente descritos com o uso de clozapina
● Cardite e serosites (pericardite, pleurite): também tipicamente descritos com o uso de
clozapina
● Outros efeitos colaterais: tremores, hipotensão ortostática, boca seca, taquicardia e
obstipação intestinal.
Fase aguda
● Estudos demonstraram consistentemente uma relação direta entre a duração da
psicose não tratada e um pior prognóstico. É relevante iniciar um antipsicótico em dose
apropriada na ocasião do contato de um paciente com uma síndrome psicótica com o
sistema de saúde.
● O tratamento inicial, ou o tratamento de reagudizações, visa à remissão (redução
quase completa dos sintomas psicóticos positivos) e deve ser buscado com uso inicial
de dose apropriada de antipsicótico de primeira linha em monoterapia (de preferência,
uma droga de 2ª geração), seguido por monitoração de resposta e ajuste de dose a
cada 2 a 4 semanas, ainda que alguns pacientes já exibam importante melhora clínica
com cerca de 2 semanas ou menos do uso de antipsicóticos. Além disso, é
fundamental avaliar o risco de auto e heteroagressividade ou a presença de relevante
agitação psicomotora e providenciar proteção apropriada ao paciente e a terceiros, o
que pode exigir internação hospitalar.
Fase de manutenção
● Alcançada a remissão dos sintomas positivos, deve-se manter o antipsicótico na dose que
obteve a remissão com uso diário por, pelo menos, 1 ano.
● Em seguida, contando com um acompanhamento clínico próximo e acesso a serviços de
emergência, podem-se fazer reduções de dose discretas e espaçadas por meses, de
maneira a se encontrar a menor dose eficaz. Nos pacientes que apresentarem um único
surto psicótico, é possível, em consenso com o mesmo e com sua família, suspender a
medicação seguindo-se tal redução gradativa.
● Entretanto, para os pacientes que já apresentaram sucessivos episódios psicóticos ou um
episódio psicótico com comportamento suicida ou heteroagressivo grave, pode-se indicar a
terapia de manutenção com antipsicótico por duração indefinida.
● São partes essenciais do tratamento dos pacientes com esquizofrenia a avaliação seriada e
minuciosa da adesão às medicações prescritas e a identificação e manejo de seus efeitos
colaterais. Havendo dificuldades persistentes com adesão aos psicofármacos, pode-se usar
medicações de depósito com uso intramuscular quinzenal (risperidona) ou mensal
(haloperidol e paliperidona).
Tratamento não farmacológico
● Intervenções como terapia ocupacional, terapia cognitivo-comportamental,
reabilitação neuropsicológica, treinamento de habilidades sociais e programa
de trabalho assistido devem ser indicadas caso a caso, de maneira que cada
paciente tenha um plano terapêutico individualizado para suas próprias
necessidades.
● Todo paciente e sua família devem receber psicoeducação a respeito do
diagnóstico psiquiátrico, suas implicações, fatores que influenciam seu
prognóstico (como uso de substâncias) e tratamentos apropriados.
Referências
● Kaplan & Sadock - Compêndio de psiquiatria : ciência do comportamento
e psiquiatria clínica recurso eletrônico] / Benjamin J. Sadock, Virginia A.
Sadock, Pedro Ruiz – 11. ed.
● Clínica psiquiátrica: guia prático. Barueri: Ed. Manole, 2a ed, 2021.
SADOCK, Benjamin J. Kaplan & Sadock - Compêndio de psiquiatria
Suicidio na esquizofrenia
Uma causa comum de falha do medicamento é a falta de adesão. A psicoterapia concomitante facilita
esse processo de cooperação com o tratamento medicamentoso.
REFERÊNCIA
Kaplan & Sadock