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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

Flaubert Alves Guilherme


Nayane Soares Silva Lima
Heli Aparecido dos Santos
Jéssica Alves de Jesus

FUNDAMENTOS DO NADO PEITO PARA


CRIANÇAS DE 5 À 7 ANOS EM ESCOLADE
INICIAÇÃO ESPORTIVA DE NATAÇÃO

Goiânia - GO
2023
Flaubert Alves Guilherme
Nayane Soares Silva Lima
Heli Aparecido dos Santos
Jéssica Alves de Jesus

FUNDAMENTOS DO NADO PEITO PARA


CRIANÇAS DE 5 À 7 ANOS EM ESCOLA DE
INICIAÇÃO ESPORTIVA DE NATAÇÃO

Roteiro de apresentação acerca dos


fundamentos do nado de peito como
componente curricular das escolas de
iniciação e a importância do
aperfeiçoamento do nado de peito nas
aulas de recreação aquática, levando
em consideração os educativos sobre
o nado. Universidade Estadual de
Goiás

Orientador: Professor Leandro


Duclos

Goiânia - GO
2023
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................

2 OBJETIVOS.................................................................................................................................................................

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................................................

3 METODOLOGIA .......................................................................................................................................................

4 O QUE É NATAÇÃO ..................................................................................................................................................

5 O QUE É INICIAÇÃO ESPORTIVA.......................................................................................................................

5.1 ELEMENTOS DA INICIAÇÃO ESPORTIVA…………………………………………………………………….

5.2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA …………………………………………………………………………………

5.3 ENSINO E APRENDIZAGEM À INICIAÇÃO DO NADO PEITO.............................................................................

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................................................

6.1 O QUE É NADO PEITO............................................................................................................................................

6.2 SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA DO PEITO...............................................................................................................

7 CONCEITOS SOBRE OS FUNDAMENTOS DO NADO PEITO....................................................................................

7.1 BRAÇADA...................................................................................................................................

7.2 PERDANA................................................................................................................................................................

7.3 COORDENAÇÃO BRAÇADA-PERNADA...........................................................................................................

7.4 RESPIRAÇÃO..........................................................................................................................................................

CONCLUSÃO...............................................................................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO

Os fundamentos do nado peito para crianças de 5 a 7 anos em escolas de iniciação esportiva de


natação envolvem a introdução dos movimentos básicos e a construção de uma base técnica
sólida, além de abordagem gradual e lúdica. É importante lembrar que crianças nessa faixa
etária têm habilidades motoras e capacidade de concentração limitadas, portanto, é importante
manter as atividades divertidas e variadas, ajustando o treinamento às necessidades individuais
e oferecendo muitos estímulos positivos e encorajadores durante o processo de aprendizagem.
Importante começar com uma introdução adequada ao estilo. Lembrar também de adaptar as
atividades de acordo com as habilidades individuais das crianças, fornecendo feedback positivo
e encorajamento durante todo o processo de aprendizado. O objetivo principal é para além de
construir uma base técnica sólida, criar uma experiência positiva na água, incentivando o
desenvolvimento das habilidades do nado peito.

2. OBJETIVO

O Ensino do nado peito é caracterizado com o objetivo em proporcionar uma mecânica correta
da técnica, porém o processo nos mostra que há desafios até chegar a essa técnica, como os
processos envolvidos na prática do nado.
No artigo, ESTUDO DO NADO PEITO: análise crítica da literatura, de Carina Delfino Hardy
Sabino, Trás que, “o profissional de educação física que atua nesse campo de atuação deve
conhecer as características individuais de seus alunos e do ambiente onde a aula acontece”.
É denominado ao profissional entender o tema a ser implementado, aplicar com êxito, e
conseguir justificar as tarefas propostas aos alunos (Crianças). Também é necessário levar em
consideração o processo da aprendizagem motora, tais como, objetos propostos pelo professor,
para além de proporcionar atividades adequada, tendo em vista uma sequência pedagógica
adequada, ( tarefas simples, e mais complexas) facilitando o processo de aprendizagem.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICO

O nado peito para crianças de 5 a 7 anos em uma escola de iniciação esportiva de natação, tem
por finalidade introduzir e familiarizar as crianças com o estilo de nado peito, desenvolvendo
habilidades básicas e uma base técnica sólida. São vários os objetivos específicos para essa
faixa etária como, a adaptação a água, aprendizagem da técnica, coordenação motora, segurança
da criança no meio líquido, diversão e confiança, além de estimular o interesse da criança pela
natação. É importante adaptar as atividades e o ensino de acordo com as habilidades
individuais, e proporcionar um ambiente seguro, além de fornecer propostas lúdicas, e
estimulantes.

3. METODOLOGIA

Ao nadar o nado peito, o nadador está de frente na água e as ações de braço e perna são
simétricas. O nadador inspira no início de cada braçada.
Nado Peito é o único estilo competitivo em que o retorno do braço é conduzido sob a água e em
que uma grande quantia de resistência frontal é experimentada.
A ação do braço é um movimento para fora, movimento para baixo e movimento para cima
com retorno em uma posição alongada.
A batida de perna do nado peito é provavelmente a mais difícil de todas as pernadas para os
nadadores dominarem e pode levar algum tempo. A ação da perna é simultânea e às vezes é
descrita como “chicotada”. Além da respiração, a sincronia correta dos braços e pernas é muito
importante.

4. O QUE É NATAÇÃO
A natação é um esporte aquático que envolve o deslocamento eficiente na água através da
coordenação dos movimentos do corpo. É praticada por recreação, exercício físico e como
modalidade esportiva competitiva.

5. O QUE É INICIAÇÃO ESPORTIVA

A iniciação esportiva é o período em que a criança começa a aprender de forma específica e


planejada a prática esportiva. Santana (2005), procurando uma iniciação esportiva que
contemple toda a complexidade humana, a entende como o período em que a criança inicia a
prática regular e orientada de uma ou mais modalidades esportivas, e o objetivo imediato é dar
continuidade ao seu desenvolvimento de forma integral, não implicando em competições
regulares.
É um processo que acontece quando crianças são introduzidas antes da fase pubertária a um
treinamento planejado e organizado em longo prazo, e que se efetiva em um mínimo de três
sessões semanais, com o objetivo do gradual aumento do rendimento, além, de participação
periódica em competições esportivas.

5.1 ELEMENTOS DA INICIAÇÃO ESPORTIVA

A iniciação esportiva deve ser dividida em três fases: a primeira chamada de iniciação esportiva
deve ocorrer entre os 8 e 9 anos de idade. Tem como objetivo a aquisição de habilidades
motoras e destrezas específicas e globais, realizada através de formas básicas de movimento e
de jogos pré-esportivos.
A segunda fase chamada de aperfeiçoamento esportivo, deve ocorrer entre os 10 e os 11 anos
de idade. Tem como objetivo introduzir os elementos técnicos fundamentais, táticas gerais e
regras através de jogos educativos e atividades esportivas com regras.
Já a terceira e última fase, deve ocorrer entre os 12 e 13 anos de idade. O objetivo é o
aperfeiçoamento das técnicas individuais, dos sistemas táticos, além da aquisição das
qualidades físicas necessárias à prática dos esportes.
Desta forma, consideram que o processo de treinamento seja realizado através de uma
preparação planejada e sistematizada. Isso deve ocorrer em três fases:

1) Iniciação e formação básica geral (12-13 anos);

2) Treinamento específico – período destinado ao aprimoramento dos gestos específicos da


modalidade. Início da organização e sistematização do treinamento (a partir dos 13 anos);

3) Treinamento de alto-rendimento. Estabilização das capacidades coordenativas com o


aumento otimizado das capacidades condicionais (a partir dos 17-18 anos de idade).

5.2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Os autores Santana (2005), Kunz (1994) e Piaget (1980) enriquecem o presente trabalho ao
citarem sobre o período de aperfeiçoamento da fase de iniciação esportiva e também de seus
elementos da iniciação juntamente com o esboço do nado peito sobre a obra.

5.3 ENSINO E APRENDIZAGEM À INICIAÇÃO DO NADO PEITO

BRAÇADA: As mãos devem ser lançadas juntas para a frente a partir do peito, abaixo ou sobre
a água. Os cotovelos devem estar abaixo de água exceto para a última braçada antes da volta,
durante a volta e na braçada final da chegada. As mãos devem ser trazidas para trás na
superfície ou abaixo da superfície da água. As mãos não podem ser trazidas para trás além da
linha dos quadris, exceto durante a primeira braçada após a saída e em cada volta.
Durante cada ciclo completo de uma braçada e uma pernada, nesta ordem, parte da cabeça do
nadador deve quebrar a superfície da água, exceto após a saída e após cada virada, quando o
nadador poderá dar uma braçada completa até as pernas e uma pernada enquanto
completamente submerso. A cabeça tem que quebrar a superfície da água antes que as mãos
virem para dentro na parte mais larga da segunda braçada.

PERNADA: Todos os movimentos das pernas devem ser simultâneos e no mesmo plano
horizontal, sem movimentos alternados. Os pés devem estar virados para fora durante a parte
propulsiva da pernada. Não são permitidos movimentos em forma de tesoura, pernada vertical
alternada ou de golfinho. É permitido quebrar a superfície da água com os pés, exceto seguido
de uma pernada de golfinho.

RESPIRAÇÃO: No momento em que o nadador estende as pernas, o corpo sobe, o que


possibilita a elevação dos quadris. Com isso, automaticamente, o nadador retira a cabeça da
água para respirar, do meio para o final da braçada. No início da propulsão, quando os braços
ficam estendidos, o rosto do nadador está submerso, tendo a linha da água na altura da testa.
Durante os movimentos dos braços, o nadador, lentamente, começa a expirar pela boca.

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6.1 O QUE É NADO PEITO
É um dos nados mais antigos, e também o mais lento por ter os seus movimentos de braços e pernas submersos
promovendo assim uma maior 
resistência frontal. Este nado exige grande coordenação de movimentos tornando um pouco complexo o seu
aprendizado dentro de uma boa técnica .
O movimento do nado peito é curto, circular e de forte impulsão das pernas. O movimento dos braços é simultâneo,
assim como o das pernas; braços, contudo, executam o movimento antes das pernas. No momento da virada ou
do toque na borda, o atleta precisa bater as duas mãos na parede. É considerado o estilo mais lento. Há provas de
100m e 200m.

6.2 SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA DO NADO PEITO

EDUCATIVOS DA PERNADA FORA D’ ÁGUA

1.   De frente para uma parede ou grade que tenha a altura da cintura aproximadamente, encostar de frente
para a parede, flexionar a perna sobre a coxa, virar a ponta do pé para fora, movimentar a perna para
baixo descrevendo um semicírculo até o pé encostar no outro (repetir com a outra perna). 
2.  Deitado em decúbito ventral, flexionar uma das pernas sobre a coxa, virar a ponta do pé para fora, esticar
a perna com movimento em semicírculo para baixo e para dentro.
3. Deitado em decúbito ventral, um colega segurando os dois pés pela sola dos pés, flexionar as duas
pernas sobre a coxa, virar a ponta dos pés para fora e esticar as duas pernas com movimento em
semicírculo. 
 
EDUCATIVOS DA PERNADA DENTRO D’ ÁGUA

1. Em pé dentro d'água, de frente para borda e encostado nela, flexionar uma das pernas, virar a ponta do
pé para fora, empurrar a água para baixo descrevendo uma meia lua (repetir com a outra perna). 
2. Caso a borda seja baixa em relação ao nível da água, segurar a borda e flexionar as duas pernas sobre
as coxas, virar a ponta dos pés para fora e empurrar a água com a sola dos pés para trás e para baixo até
uni-las (no caso de borda alta, trabalhar com um colega segurando as suas mãos).
3.  Deslizar em decúbito ventral, braços esticados à frente, uma das mãos sobre a outra, rosto dentro
d'água, executar a pernada (aproveitar o deslize antes de iniciar novo ciclo de pernada).
4. Braços ao longo do corpo, em decúbito ventral, flexionar as pernas e tentar tocar os calcanhares nas
mãos, empurrar a água fazendo força para trás e para dentro.
5. Um braço esticado à frente e o outro ao longo do corpo, executar a pernada (trocar o braço que está à
frente e repetir o exercício).
6. Segurando as mãos de um colega, que deverá arrastá-lo, executar a pernada.
7. Segurando a prancha com as duas mãos, rosto dentro d'água, executar a pernada e aproveitar o deslize.
8. Segurando a prancha com uma das mãos, a outra ao longo do corpo, rosto dentro d'água executar a
pernada (trocar a mão e repetir o exercício).
9. Sem prancha, em decúbito dorsal, executar a pernada nessa posição sem tirar os joelhos da água.
10. Segurando a prancha com as duas mãos, em decúbito ventral, executar o movimento de perna
alternadamente (este exercício é para quem já está dominando a pernada).

EDUCATIVOS DA BRAÇADA FORA D’ ÁGUA


1. Um braço ao longo do corpo, o outro braço esticado à frente, tronco inclinado para frente. Palma da mão
virada para fora, abrir o braço até pouco depois da linha do ombro, movimentar a mão puxando para baixo
e depois para dentro, flexão do cotovelo até a linha do ombro, lançar o braço para frente até esticar.
2. Dois a dois, o companheiro coloca o braço atravessado na altura do peito do outro que deverá executar a
braçada completa. Abrindo os braços até pouco depois da linha dos ombros, palma das mãos voltadas
para fora, puxar para baixo e depois para dentro até as mãos se encontrarem na altura do peito, lançar os
braços à frente com as mãos unidas em forma de reza ou de leitura.
3. Repetir o exercício anterior sem a intervenção do companheiro.

EDUCATIVOS DA BRAÇADA DENTRO D’ ÁGUA 

1. Na parte rasa da piscina, braços esticados à frente, tronco inclinado para frente. Palmas das mãos
voltadas para fora, movimentar as mãos para baixo e depois para dentro. Os braços devem permanecer
esticados.
2. Repetir o movimento afastando as mãos até a linha dos ombros, os braços dobrarão um pouco como
consequência do movimento das mãos.
3. Um braço esticado à frente e o outro ao longo do corpo. Palma da mão voltada para fora, abrir o braço até
pouco depois da linha do ombro, movimentar a mão puxando para baixo e depois para dentro, flexão do
cotovelo até a linha do ombro, lançar o braço esticado à frente (repetir com o outro braço).
4. Tronco inclinado para frente, braços esticados à frente, movimentar o braço direito e depois o esquerdo.
5. Na mesma posição do exercício anterior, trabalhar os dois braços ao mesmo tempo. Abrir os braços até
um pouco depois da linha dos ombros levando as mãos para o fundo e depois para dentro com a flexão
dos cotovelos, unir as mãos e lançar os braços para frente.

EDUCATIVOS PARA A RESPIRAÇÃO 

A respiração do nado de peito é frontal e deve ser combinada com a braçada, com a pernada e depois coordenada
com o nado completo. 

1. Tronco inclinado para frente, rosto dentro d'água, olhar para frente tirando a boca da água, pegar o ar,
olhar para o fundo da piscina e soltar o ar.
2. Ainda com os pés no fundo, segurando a prancha com as duas mãos, olhar para frente tirando a boca da
água para pegar o ar, olhar para o fundo e soltar o ar.
3. Sem a prancha, pernas afastadas e pés no fundo da piscina, braços esticados à frente, rosto dentro
d'água, executar a braçada de peito e no momento em que as mãos pressionarem a água para dentro
iniciar a respiração até que as mãos se unam, lançar as mãos para frente e ao mesmo tempo colocar o
rosto na água para soltar o ar.
4.  Segurando a prancha, executar a pernada de peito combinando com a respiração. No momento da
recuperação da pernada é feita a inspiração, na parte propulsiva da pernada o rosto vai para dentro
d'água e o ar é expirado.

COORDENAÇÃO DO NADO 

1. Um dos braços ao longo do corpo, nadar o peito utilizando um dos braços (repetir com o outro
braço).
2. Braços esticados à frente, nadar trabalhando uma braçada direita, uma esquerda e uma
completa.
3. Braços esticados à frente, trabalhar duas pernadas para uma braçada completa
4. Braços esticados à frente, trabalhar duas braçadas para uma pernada.
5. Trabalhar um ciclo completo de braçada e de pernada, parar o corpo esticado e em
deslizamento, contar mentalmente até três antes de iniciar outro ciclo.

7 CONCEITOS SOBRE OS FUNDAMENTOS DO NADO PEITO

O Nado peito é considerado como o nado mais lento, em relações aos demais nados
competitivos. Onde é executado com o corpo e os braços estendidos, as palmas das mãos
voltadas para fora e o rosto dentro d´água. As pernas são trazidas junto do corpo, com joelhos
dobrados e abertos, enquanto os braços se abrem e recolhem a altura do peito.
7.1 BRAÇADA
Existe quatro fase da Braçada: recuperação, varredura para fora, varredura para dentro e
sustentação e deslizamento.
A pernada do nado de peito requer uma boa flexibilidade tibio-társica, já que para um bom
posicionamento dos pés, no momento da flexão máxima das pernas e no decorrer da ex. tensão,
é necessário realizar dorsiflexão com eversão, para que os mesmos realizem um eficiente apoio
na água com as plantas dos pés.
A flexão das coxas sobre o tronco deve ser o suficiente para que os pés não saiam fora da água,
já que se houver um abaixamento grande das mesmas ocorrerá uma grande resistência frontal
ao deslocamento, prejudicando a propulsão.
A flexão da perna sobre a coxa deve ser a máxima possi-vel, ou seja, aproximando os pés aos
glúteos, obtendo-se assim uma maior amplitude de movimento.
Na flexão máxima das pernas, os joelhos devem posicionar-se, apontados para o fundo da
piscina e não muito para os lados, ou seja, deverá haver rotação medial das coxas, para evitar
um grande afastamento destes.
1. Varredura para fora
Os pés devem estar flexionados e girados para fora nos tornozelos, de forma que as plantas
estejam voltadas para fora e para trás e executarão um movimento circular com pressão
simultânea no sentido lateral para fora, para baixo (em direção ao fundo)e alguma coisa para
trás, sendo que, quanto menos os pés se deslocarem para trás, isto significará que a eficiência da
sustentação (pressão realizada pelos pés na água) é melhor, o que proporcionará uma maior
propulsão.
Esse movimento é realizado pela ação dos músculos extensores do joelho (vastos lateral,
intermédio e medial, reto anterior e sartório) e extensores coxo-femural (semitendíneo,
semimembranáceo, bíceps crural e glúteo maior). Paulo Carnaval-2000.

2. Varredura para Dentro


No meio da trajetória da extensão das pernas, que iniciou-se na fase anterior, chamado de
agarre, os pés e as pernas movimentam-se principalmente para dentro, para baixo e para trás. As
solas dos pés deverão posicionar-se voltadas para baixo e para dentro, até ficarem voltadas
somente para dentro ao completarem a fase.
A pressão realizada pelos pés e sua velocidade devem aumentar continuamente durante toda a
fase, com o ponto de pico ocorrendo imediatamente antes dos pés reduzirem a pressão contra a
água, para dar início à sustentação.
Os músculos responsáveis por essas ações (extensão total do joelho e adução coxo-femural),
são os inversores dos tomozelos (tibial anterior e posterior) e os adutores da coxo-femural
(adutores maior, médio e menor, pectíneo e grácil).
Paulo Carnaval-2000.

3. Sustentação e Deslizamento
Essa fase é uma continuidade do movimento circular, da varredura para dentro, onde, ao se
liberar a pressão contra a água para baixo e para dentro, um pouco antes da união dos pés, os
mesmos irão projetar-se em direção à superfície, finalizando a ação propulsiva da pernada e
iniciando a sustentação. As pernas irão subir até que estejam alinhadas com o corpo numa
posição imediatamente abaixo da superfície. Aí, inicia-se a fase de deslizamento das pernas.
Nesse momento é importante em que se mantenham as pernas numa posição hidrodinâmica,
para que não prejudique a ação propulsiva dos braços.
Quando as pernas se estenderem, os pés se unirão, com as plantas, uma voltada para a outra,
através da flexão plantar e inversão dos pés.

4. Recuperação
O movimento de flexão das pernas (recuperação) deverá ser um movimento mais descontraído
(com menor gasto energético), e a extensão, onde se realiza o apoio necessário ao
deslocamento, deverá ser executado com vigor, com potência.
Os pés devem deslocar-se para frente, juntos, em flexão plantar, permitindo que os dedos
estejam apontados para trás.
Durante a recuperação, os pés e a perna deverão deslocar-se à frente, dentro da linha do quadril,
de forma que a perna esteja na direção da coxa. Os calcanhares deverão aproximar-se dos
glúteos, para permitir uma boa amplitude do movimento propulsivo, através da flexão dos
joelhos. Os joelhos poderão afastar um pouco, facilitando o movimento, mas não mais que a
largura dos ombros, o que acarretaria um aumento significativo do arrasto.
A coordenação entre a recuperação das pernas e a devolução da cabeça à água é crucial para os
nadadores de peito, que usam um estilo ondulante. Durante a recuperação das pernas, é
importante manter a cabeça e os ombros acima da água até que as pernas se recuperem
completamente e comecem a se movimentar para fora. Isso reduzirá o arrasto, melhorará o
desempenho. Além disso, um leve abaixamento do quadril permite que as pernas se recuperem
sobre a coxa, direcionando os pés em direção ao glúteo e evitando que a coxa se flexione em
relação ao tronco. Essas técnicas ajudam os nadadores de peito a nadar de forma mais eficiente.
Para a realização do movimento de recuperação das per-nas, os músculos responsáveis são os
flexores do joelho (biceps crural, semitendíneo e semimembranáceo), os flexores do tornozelo
(tibial anterior, fibular anterior e extensor dos de-dos), os eversores do tornozelo (extensor dos
dedos, fibular anterior, fibular curto e longo) e abdutores da coxo-femoral (gluteo médio e
tensor da fáscia latta)

7.2 PERDANA

1. FASE DE APOIO DA BRAÇADA OU VARREDURA PARA FORA


A braçada do nado de peito caracteriza-se por possuir ênfase na lateralidade dos movimentos.
Partindo com os braços estendidos à frente da cabeça, mãos juntas, o início da braçada é
realizado com pressão para os lados e ligeiramente para o fundo, classificando-se como Fase de
apoio da braçada ou Varredura para Fora. Durante essa abertura dos braços, as mãos,
inicialmente voltadas para baixo, vão girando lentamente para fora até ultrapassarem as linhas
dos ombros, ponto em que elas, além da pressão lateral, exercerão também um movimento para
baixo, atingindo o agarre. Durante essa fase, o nadador não deve permitir que haja grande
afastamento dos braços, para que no momento da tração (movimento de aproximação dos
braços ao corpo), as mãos não ultrapassem a linha dos ombros e/ou do rosto. As mãos
deslocarão inclinadas, tendo como bordo de ataque o dedo mínimo e o de fuga, o polegar.
Alguns nadado res, no início desta fase, realizam uma ligeira flexão de punho, o que é
admissível, mas, ao atingirem o agarre, suas mãos e seus antebraços deverão estar alinhados.
No momento do agarre, ponto de transição da varredura para fora e da varredura para dentro, os
braços devem estar com uma flexão de 30 a 40 graus no cotovelo, de forma que os braços e as
mãos alcancem uma orientação retrógrada.
Na primeira metade dessa fase, ocorrerá principalmente a participação dos seguintes músculos:
dorsal largo, redondo maior e subescapular. Na segunda metade dessa fase, os músculos
adutores da escápulo-umeral, (peitoral maior, redondo maior e dorsal largo) flexores do
cotovelo (bíceps braquial, braquial e braquiradial) e flexores do punho, (flexor radial do carpo e
flexor ulnar do carpo) terão grande participação.

2. TRAÇÃO OU VARREDURA PARADENTRO


Após o apoio da braçada, citado acima, teremos a Tração ou Varredura para Dentro, que é um
movimento de pressão do antebraço, inicialmente para dentro e para baixo, e também para
dentro e para cima, onde existirá flexão do antebraço sobre o braço e adução do braço junto ao
corpo, com união das mãos. Os cotovelos deverão manter-se elevados, e as mãos e os
antebraços giram para baixo e para dentro, em torno deles.
Na conclusão deste momento da braçada, as mãos deverão estar juntas, à frente da linha dos
ombros (posição de reza), atingindo um ângulo de 80 graus nos cotovelos. No decorrer da
varredura para dentro, as mãos deverão permanecer alinhadas com os antebraços. Nesta fase, o
bordo de ataque passa a ser o polegar e o de fuga, o dedo mínimo, ou seja, o inverso da fase
inicial da braçada. E no início dessa fase que o nadador iniciará o movimento de elevação para
a respiração, para, durante ou após a recuperação dos braços, devolver o rosto à água.)
A ação dos músculos; extensores da nuca, (esplênios da cabeça e pescoço, ileocostal cervical,
transverso do pescoço, complexo maior, espinhoso cervical, semi-espinhal cervical, complexo
menor, intertransversais, interespinhais e multífides)
flexores do cotovelo, dos adutores da gleno-umeral, dos supinadores do antebraço (supinador) e
dos elevadores da cintura escapular (trapézios I e II, elevadores da escápula e rombóides) são os
responsáveis pôr essa fase.

3. RECUPERAÇÃO
O direcionamento das mãos, à frente, próximas à superfície, ou sobre esta, e ao final desta
ocorrerá ou não o deslize, para logo a seguir, iniciar-se um novo ciclo de braçada.
Nessa fase o nadador estende seus braços à frente, através da ação dos músculos extensores do
cotovelo (tríceps braquial e ancôneo), flexores da gleno-umeral (deltóide anterior, peitoral
maior e coracobraquial) e elevadores da cintura escapular. O encaixe da cabeça entre os braços,
que varia de acordo com o estilo do nado executado pelo nadador, será feito pela ação dos
músculos flexores do pescoço (esterno-cleidomastóideo). Paulo Carnaval-2000

7.3 COORDENAÇÃO BRAÇADA-PERNADA


Braços/Pernas
A coordenação no nado de peito, de braços e pernas, caracterizar-se por movimentos alternados,
ou seja:
Apoio da braçada - pernas permanecem estendidas;
• Tração da braçada - pernas permanecem estendidas;
• Início da recuperação da braçada - início da fase lenta da recuperação das pernas;
• Segunda metade da recuperação da braçada - fase rápida da recuperação das pernas;
• Final da recuperação da braçada - ação, pressão das pernas (extensão).
1 - DESLIZANTE - Onde o nadador, a cada ciclo de braçada e de pernada, antes de iniciar um
novo ciclo, realiza um pequeno deslize, ou seja, mantém o seu corpo estendido antes de iniciar
um novo ciclo. Ocorrerá um pequeno intervalo entre o término da pernada e o início da braçada
seguinte.
Esta forma de execução do nado é recomendada para nadadores iniciantes, para facilitar a
coordenação e melhor execução das técnicas de braçada e pernada.
2- CONTÍNUA - Neste tipo de coordenação, o nadador não mais fará a parada dos braços à
frente, realizando o deslize.
Sempre ao finalizar a recuperação da braçada, imediatamente após, ele dará início a um novo
ciclo, ou seja, assim que as pernas estiverem se unindo, os braços estarão se abrindo.
3-SUPERPOSIÇÃO - A braçada começa antes que se tenha completado a pernada, ou seja, no
momento em que as pernas se unem, os braços estão no final na Varredura para Fora, no Agarre.

7.4 RESPIRAÇÃO
Durante a pressão inicial da braçada (apoio), o nadador deverá realizar a expiração. Quando o
nadador estiver realizando a tração, ele estará elevando o tronco e, consequente-mente,
retirando o rosto da água, realizando a inspiração. No momento do lançamento dos braços à
frente, na recuperação, ele retornará o rosto à água.
Os nadadores de peito realizam uma respiração para cada ciclo de braçada, independente da
distância da prova: 50, 100 ou 200m.

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Carina Delfino Hardy Sabino, ESTUDO DO NADO PEITO: análise crítica da literatura Belo
Horizonte Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG 2013.
GOMES, Wagner Domingos F. Natação uma Alternativa Metodológica . Editora Sprint
Ltda, 1995 .

https://www.dicionarioolimpico.com.br/natacao/cenario/nado-peito

https://revistas.ufg.br/fef/article/view/1786/3339
https://efdeportes.com/efd218/iniciacao-e-formacao-esportiva.htm

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