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PSICS
PSICS
Transições ecológicas: uma vez que estes sistemas não são estáticos nem iguais para todos,
Bronfenbrenner utiliza este termo para referir as mudanças que condicionam a relação do “eu
com os outros”.
CONCLUSÃO:
1-Wundt e a consciência
Wundt foi o fundador da psicologia como ciência, pois devemos-lhe a introdução da
experimentação em psicologia, condição essencial para passar a merecer o título de ciência.
O objeto de estudo de Wundt era a consciência,
esta era constituída por várias partes distintas e tinha como objetivo a análise dos
elementos mais simples (sensações, sentimentos e imagens).
Os estados de consciência, por mais complexos que possam ser, podem ser reduzidos
a elementos simples e resultam da sua combinação.
O papel do sujeito na observação e na descrição do que se passa consigo faz com que este
funcione ao mesmo tempo como observador e observado.
CONCLUSÃO:
Wundt concluiu que as unidades básicas da consciência (sensações, sentimentos, imagens) se
combinam de tal modo que os fenómenos psíquicos são a associação e não a simples soma
desses dados elementares, logo a mente humana é um conjunto organizado de elementos
básicos.
Wundt defendeu uma conceção dinâmica da vida psíquica: os processos psicológicos não são
coisas, mas acontecimentos
2- Freud e a inconsciência
Segundo freud somos gerados e movidos por desejos e impulsos inconscientes que
secretamente influenciam o nosso comportamento, ou seja, algo na nossa mente
manda em nós sem nos apercebermos.
Existem alguns desejos e sentimentos que consideramos inaceitáveis, tais como também
existem experiências muito dolorosas e traumatizantes que passamos na infância e portanto
não gostamos de conviver com estas experiências.
Assim sendo, a nossa tendência é de os afastar da nossa consciência.
Recalcamento: tendemos a afastar memórias negativas. Recalcar não significa eliminar,
pois as recordações continuam a existir e a influenciar o nosso comportamento e a nossa
maneira de ser, sem darmos conta.
Atos falhados
● Para Freud os atos falhados têm um significado, esses “deslizes” quotidianos provêm
do recalcamento de desejos, sentimentos e pensamentos que queríamos lançar no
inconsciente.
● São portanto representações inconscientes a vencerem a barreira da censura.
● EX: Dizer “I leave you” em vez de “I love you” pode levar a problemas.
Sonhos:
● realização ilusória (simbólica) de desejos inconscientes (recalcados). Para Freud, o
sonho era a via real de acesso ao inconsciente.
● O sonho é para Freud uma “expressão noturna das nossas frustrações diurnas”, o
sonho só aparentemente é absurdo, pois possui muito sentido: os desejos interditos e
recalcados encontram nele uma satisfação velada, desviada e simbólica.
● Durante o sonho, a vigilância da censura enfraquece , por isso, mais facilmente lhe
escapam as representações inconscientes.
Segunda descrição:
Freud considerava que a mente do ser humano era constituída por 3 estruturas, a que chamou
instâncias do Eu: Id, ego e superego.
ID (Princípio do prazer)
● dimensão totalmente inconsciente da mente.
● é uma componente básica e primitiva do nosso psiquismo
● é a sede de forças ou impulsos irracionais, ilógicos, descontrolados e perigosos- ex:
fome, sede, sexualidade, agressão.
● está desligado do mundo real: é completamente irrealista e não distingue o que é
desejável do que é realmente possível, orienta-se pelo princípio do prazer.
● não atua segundo princípios lógicos e morais: pretende realizar tudo o que deseja, não
distinguindo o correto do incorreto, o proibido e o permitido. É a parte obscura,
impenetrável da nossa personalidade, tem de aprender que há coisas normalmente
proibidas.
Ex: um bebé com fome vai chorar até ser alimentado
Representante dos nossos desejos e necessidades mais básicas.
Eu ideal: Imagem ideal de como devemos ser, de como devemos tratar os outros e de como
nos devemos comportar. Se não correspondermos a este padrão ideal pode-se levar a
sentimentos de culpa.
No caso da rapariga:
● Tal como o rapaz, a forma de resolver o conflito emocional consiste na identificação
com o progenitor do mesmo sexo. Procurando parecer-se cada vez mais com a mãe, a
rapariga possui , simbólica e indiretamente, o pai.
● Para Freud, a resolução do conflito, no caso das raparigas, é mais complicada e menos
bem-sucedida. Pois, segundo Freud, a sociedade em geral reprime com menos
severidade (do que no caso dos rapazes) a persistência dos sentimentos de posse em
relação ao pai.
● Além disso, desapontadas por verificar não possuir o mesmo órgão sexual que os
rapazes, a rapariga sente-se “castrada” e responsabiliza a mãe por essa “falha/ inveja
do pénis”, sendo que esta no futuro terá o desejo de dar à luz crianças do sexo
masculino.
Enquanto adultos:
Caso existam problemas e fixações desenvolvidas neste estádio, o adulto poderá ter falta de
maturidade no plano afetivo, dificuldades no plano do relacionamento sexual e uma
personalidade bipolar.
DICOTOMIAS FREUD
Inato/Adquirido: apesar da importância dos fatores biológicos, a teoria freudiana não ignora
a educação (o que é adquirido). Portanto, o superego é o resultado da interiorização de
normas e de proibições adquiridas dos progenitores. Envolve portanto fatores biológicos e
ambientais.
Continuidade/Descontinuidade: concebe o desenvolvimento como descontínuo, como um
conjunto de transformações que diferem qualitativamente entre si. Há uma diferença
qualitativa entre o estádio fálico (objeto de desejo é o progenitor do sexo oposto) e o estádio
genital (objeto de desejo pessoas do sexo oposto fora do universo)
Estabilidade/Mudança: permanece a procura de prazer mas mudam as zonas erógenas. Há
uma evolução, desde a sexualidade centrada na exploração do nosso corpo até uma que atinge
a forma ligada à capacidade reprodutiva. Permanecem os impulsos agressivos e destrutivos
do Id, mas muda a forma como nos relacionamos com o mundo.
Interno/Externo: em cada estádio, o indivíduo vive o conflito entre os seus impulsos
biológicos (fatores internos) e as expectativas sociais (externos)
Individual/Social: apesar da importância do fator social, dá maior relevância ao fator
individual porque se foca no que acontece e muda na mente do sujeito (durante os estádios)
3-Watson e o comportamento
Little Albert era um bebé alegre que gostava de ratinhos e coelhos brancos. De cada vez que
lhe apresentava um destes animais e a criança se preparava para acariciar, Watson fazia soar
um barulho estridente que o assustava. Não demorou muito até Albert começar a chorar e a
gatinhar aterrorizado sempre que lhe mostravam um destes animais.
O condicionamento alterara o seu comportamento. Com efeito, os animais referidos
tornaram-se estímulos condicionados que induziam respostas condicionadas como chorar e
fugir a gatinhar.
O que é o Behaviorismo?
O behaviorismo é uma corrente que define a Psicologia como a ciência do
comportamento.
O comportamento é, para Watson, toda e qualquer resposta observável de um
organismo a um determinado estímulo.
Um estímulo é qualquer impressão ou dado proveniente do meio ambiente em que
alguém está situado, por exemplo o choro de um bebé.
A resposta é a reação observável de um indivíduo face ao efeito de um ou mais
estímulos, por exemplo, o choro do bebé pode irritar-nos.
Estas respostas àqueles estímulos são comportamentos.
R=f(s)
O poder dos fatores ambientais e educacionais
Watson defende que todo o nosso comportamento é exclusivamente influenciado pela
experiência, por fatores sociais e educativos, ou seja, somos produtos do meio, uma vez que
somos modelados por ele.
Para ele, nós somos o que fazemos, e o que nós fazemos é o que o meio nos faz fazer. Por
exemplo, o comportamento de uma pessoa que cresce num ambiente religioso é de prever que
essa pessoa será religiosa. Assim, a sociedade é um conjunto de condicionamentos que
influenciam e moldam o comportamento individual.
DICOTOMIAS WATSON
Inato/ Adquirido- se somos produtos do meio e o que a socialização e a educação fazem de
nós, então o fator inato é irrelevante. O comportamento dos indivíduos é condicionado pelo
ambiente social.
Continuidade/ Descontinuidade- o desenvolvimento individual é um processo lento, gradual
sem alterações bruscas. Esta forma de conceber o desenvolvimento acentua a mudança
quantitativa, assim o pensamento e a inteligência dos adultos apenas diferem
quantitativamente do das crianças.
Interno/ Externo- as causas de um comportamento não estão no interior da personalidade do
indivíduo, mas sim fora dele, nos condicionamentos a que foi submetido.
Individual/Social- o comportamento difere de indivíduo para indivíduo devido a influências
ambientais. É possível uma sociedade com pessoas mais felizes e saudáveis se alterarmos as
condições em que os indivíduos vivem. Como o comportamento humano é determinado pelo
meio, alterando as situações, poderemos modificar os comportamentos.
ESQUEMAS
- Padrões de comportamento e de pensamento que organizam a nossa interação com o meio e
estão envolvidos na aquisição de conhecimentos. Podem ser atos físicos (visão, sucção,
agarrar e manipular objetos) e atos mentais (comparação e classificação de objetos).
- Nascemos com alguns esquemas de ações reflexas como chuchar e mais tarde
desenvolvemos esquemas mentais simbólicos que se tornam mais complexos. São a unidade
básica da inteligência tornando possível a interação com a realidade.
Desta aquisição somos capazes de formar imagens mentais de objetos e pessoas que
não estamos a ver no momento. Assim, a criança não se limita a agir sobre os objetos
mas representa-os, ou seja pode pensar sobre eles, falar deles e desenhá-los. Da
inteligência prática passamos à inteligência representativa.
FINALISMO: tendência para acreditar que nada acontece por acidente, ou seja, tudo tem
uma razão para acontecer. Por exemplo, o sol existe para que não vivamos sempre de noite.
-Dos 4 aos 7 anos está presente o pensamento intuitivo, que reduz o egocentrismo pois o
pensamento já não é dominado pela imaginação mas sim pela perceção. Assim, a sua
percepção imediata é encarada como verdade absoluta, sem perceber que podem existir
outros pontos de vista: privilegia as suas perceções subjectivas, desprezando as relações
objectivas. Não percebe as diferenças entre as mudanças reais e aparentes e, portanto,
responde com base na aparência, acreditando que é o real.
Exemplo: são apresentados à criança dois corpos iguais com a mesma quantidade de água. À
sua frente, verte-se a água de um dos copos para um terceiro copo alto e fino. A criança
afirma que agora este copo alto e fino tem mais água do que o outro. Não compreende que a
quantidade de água permanece a mesma, independentemente do recipiente em que é
colocada. Assim, a criança centra a sua atenção apenas num aspeto, a altura do copo, e
esquece-se de outro aspeto igualmente relevante- fenómeno da centração.
3 aquisições fundamentais:
1- Distinção entre o real e o possível, onde adolescente é capaz de raciocinar com sentido
acerca de situações que nunca vivenciou.
2- Raciocínio hipotético-dedutivo, que representa a aptidão para pensar logicamente acerca
de possibilidades. O adolescente confronta o real com o possível, clarificando os seus valores
e atitudes.
3- A forma sistemática de resolução de problemas, em que o adolescente procura
metodicamente a resposta a uma questão. Neste estádio há a capacidade para considerar
diferentes soluções para um problema.
DICOTOMIAS PIAGET
Inato/ Adquirido- Piaget valoriza ambos os fatores pois considera que há uma interação
ativa entre a nossa herança genética (inato) e fatores socioculturais (adquirido), o que permite
o nosso desenvolvimento cognitivo.
Continuidade/ Descontinuidade- Valoriza o fator descontinuidade, ou seja, para ele o
desenvolvimento são transformações que diferem qualitativamente entre si. Isto verifica-se
pelo facto de desde o 1º estádio ao último ter ocorrido uma mudança qualitativa, pois a
inteligência passa de prática a abstrata.
Interno/ Externo- Ambos os fatores são relevantes pois há uma constante interação entre
fatores endógenos (do sujeito) e exógenos (do meio), o que permite a constituição do
conhecimento.
Individual/Social- Piaget só faz referência ao fator individual, não mencionando a influência
dos agentes socializadores no desenvolvimento durante os estádios. Assim, fica a ideia de que
a criança/ jovem são exploradores relativamente solitários da realidade.
Estabilidade/Mudança- Cada estádio coloca novos problemas e desafios, o que faz com que
as estruturas cognitivas do sujeito estejam em constante mudança, apesar de se procurar um
equilíbrio.