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DIREITO DO CONSUMIDOR e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso
XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48
DIREITO PRINCÍPIO DA PRAZO DE 120
de suas Disposições Transitórias.
FUNDAMENTAL ORDEM DIAS PARA
ECONÔMICA CODIFICAR
Art. 5º, XXXII, da Art. 170, V, da Art. 48 do ADCT Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica
CF CF que adquire ou utiliza produto ou serviço como
Almeida, Fabricio Bolzan de. Direito do consumidor esquematizado / Fabricio Bolzan destinatário final.
de Almeida. - Coleção esquematizado® / coordenador Pedro Lenza – 8. ed. – São
Paulo : Saraiva Educação, 2020, pag. 61
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a
coletividade de pessoas, ainda que
CARACTERÍSTICAS DO CDC indetermináveis, que haja intervindo nas relações
de consumo.
LEI PRINCIPIOLÓGICA
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Turma. AgInt no AREsp 363.209/RS, Rel. Min. Raul Coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis,
Araújo, julgado em 15/06/2020. que haja intervindo nas relações de consumo.
VULNERABILIDADE – STJ
CONSUMIDOR - TEORIAS
■ TÉCNICA: Não possui conhecimentos específicos
TEORIA FINALISTA TEORIA MAXIMALISTA
sobre o produto/serviço;
(SUBJETIVA) (OBJETIVA)
■ JURÍDICA ou CIENTÍFICA: Falta de conhecimento
Consumidor seria o não Consumidor seria apenas jurídico, contábil, econômico, matemático financeiro;
profissional (aquele que o destinatário fático, ■ ECONÔMICA ou FÁTICA: Vulnerabilidade real
adquire ou utiliza um pouco importando a diante do parceiro contratual. Posição de
produto para uso próprio destinação econômica superioridade;
ou de sua família). que o bem venha a ■ INFORMACIONAL: Dados insuficientes sobre o
É o que retira o bem do sofrer. produto ou serviço capazes de influenciar no
mercado ao adquirir ou processo decisório de compra.
simplesmente utilizá-lo CONSUMIDOR =
(destinatário final fático), DESTINATÁRIO FÁTICO
PJDPúblico pode ser consumidora, desde que
e coloca um fim na
presente a vulnerabilidade.
cadeia de produção
(destinatário final
econômico)- STJ
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
CONSUMIDOR =
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
DESTINATÁRIO FÁTICO +
como os entes despersonalizados, que desenvolvem
ECONÔMICO
atividade de produção, montagem, criação,
STJ – CDC adotou teoria finalista. Admite mitigação construção, transformação, importação, exportação,
(vulnerabilidade no caso concreto – vulnerabilidade distribuição ou comercialização de produtos ou
técnica, jurídica, econômica ou informacional). prestação de serviços.
TEORIA DO FINALISMO APROFUNDADO/ § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,
MITIGADO/ATENUADO. material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no
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FORNECEDOR Sociedade civil sem fins Relação entre seguro
lucrativos e associados. obrigatório DPVAT e
■ REAL: Fabricante, produtor e construtor;
beneficiário.
■ APARENTE: Detentor do nome, marca ou signo
Almeida, Fabricio Bolzan de. Direito do consumidor esquematizado / Fabricio Bolzan
aposto no produto final; de Almeida. - Coleção esquematizado® / coordenador Pedro Lenza – 8. ed. – São
Relação entre bancos de Relação entre atividade tem por OBJETIVO o atendimento das necessidades
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ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), FUNÇÕES DA BOA-FÉ OBJETIVA
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações
TELEOLÓGICA ou INTERPRETATIVA
entre consumidores e fornecedores;
IV - educação e informação de fornecedores e Serve de orientação para o juiz, devendo este
consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, sempre prestigiar, diante de convenções e contratos,
com vistas à melhoria do mercado de consumo; a teoria da confiança, segundo a qual as partes
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios agem com lealdade na busca do adimplemento
eficientes de controle de qualidade e segurança de contratual.
produtos e serviços, assim como de mecanismos
CONTROLE ou LIMITADORA DE DIREITOS
alternativos de solução de conflitos de consumo;
VI - coibição e repressão eficientes de todos os Evitar abuso do direito subjetivo, limitando
inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de certa forma, a autonomia dos contratantes.
de inventos e criações industriais das marcas e nomes INTEGRATIVA OU CRIADORA DE DEVERES LATERAIS
comerciais e signos distintivos, que possam causar (ANEXOS)
prejuízos aos consumidores;
Insere novos deveres para as partes diante das
VII - racionalização e melhoria dos serviços
relações de consumo, pois além da verificação da
públicos;
obrigação principal, surgem novas condutas a serem
VIII - estudo constante das modificações do mercado
também observadas. São os denominados deveres
de consumo.
anexos ou deveres laterais pela doutrina e
IX - fomento de ações direcionadas à educação
jurisprudência. A violação dos deveres anexos
financeira e ambiental dos consumidores; (LEI
implica em inadimplemento contratual.
14181/21)
X - prevenção e tratamento do
superendividamento como forma de evitar a
exclusão social do consumidor. (LEI 14181/21) Art. 5° Para a execução da Política Nacional das
Relações de Consumo, contará o poder público com
os seguintes INSTRUMENTOS, entre outros:
VULNERABILIDADE HIPOSSUFICIÊNCIA
I - manutenção de assistência jurídica, integral e
Fenômeno de ordem Fenômeno de ordem gratuita para o consumidor carente;
material com presunção processual que deve ser II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa
absoluta – jure et de juris analisado no caso do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
concreto. III - criação de delegacias de polícia especializadas no
CONSUMIDOR PESSOA
FÍSICA: Vulnerabilidade atendimento de consumidores vítimas de infrações
presumida penais de consumo;
CONSUMIDOR PESSOA IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas
JURÍDICA: Causas e Varas Especializadas para a solução de
Vulnerabilidade a ser litígios de consumo;
comprovada V - concessão de estímulos à criação e
desenvolvimento das Associações de Defesa do
Consumidor.
VI - instituição de mecanismos de prevenção e
tratamento extrajudicial e judicial do
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superendividamento e de proteção do consumidor hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
pessoa natural; (LEI 14181/21) experiências;
VII - instituição de núcleos de conciliação e
mediação de conflitos oriundos de A inversão do ônus da prova prevista no art. 6º,
superendividamento. (LEI 14181/21) VIII, do Código de Defesa do Consumidor é regra
de instrução e não regra de julgamento, motivo
pelo qual a decisão judicial que a determina deve
CAPÍTULO III - Dos Direitos Básicos do Consumidor ocorrer antes da etapa instrutória ou, quando
proferida em momento posterior, há que se
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: garantir à parte a quem foi imposto o ônus a
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os oportunidade de apresentar suas provas, sob
riscos provocados por práticas no fornecimento de pena de absoluto cerceamento de defesa. STJ. 4ª
produtos e serviços considerados perigosos ou Turma. REsp 1.286.273-SP, Rel. Min. Marco Buzzi,
nocivos; julgado em 08/06/2021 (Info 701)
II - a educação e divulgação sobre o consumo
adequado dos produtos e serviços, asseguradas a X - a adequada e eficaz prestação dos serviços
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; públicos em geral.
III - a informação adequada e clara sobre os XI - a garantia de práticas de crédito responsável,
diferentes produtos e serviços, com especificação de educação financeira e de prevenção e tratamento
correta de quantidade, características, composição, de situações de superendividamento, preservado o
qualidade, tributos incidentes e preço, bem como mínimo existencial, nos termos da regulamentação,
sobre os riscos que apresentem; por meio da revisão e da repactuação da dívida, entre
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e outras medidas; (LEI 14181/21)
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, XII - a preservação do mínimo existencial, nos
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou termos da regulamentação, na repactuação de dívidas
impostas no fornecimento de produtos e serviços; e na concessão de crédito; (LEI 14181/21)
V - a MODIFICAÇÃO das cláusulas contratuais que XIII - a informação acerca dos preços dos produtos
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua por unidade de medida, tal como por quilo, por litro,
REVISÃO em razão de fatos supervenientes que as por metro ou por outra unidade, conforme o caso.
tornem excessivamente onerosas; (LEI 14181/21)
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos Parágrafo único. A informação de que trata o inciso
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa
difusos; com deficiência, observado o disposto em
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos regulamento.
com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
MODIFICAÇÃO REVISÃO
difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa
e técnica aos necessitados; Prestações Fatos supervenientes que
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TEORIA DO embora haja colocado o
ROMPIMENTO DA BASE produto no mercado, o
TEORIA DA IMPREVISÃO
OBJETIVA DO defeito inexiste
– CÓDIGO CIVIL
NEGÓCIO JURÍDICO –
Art. 14, § 3º, I - O
CDC
fornecedor de serviços só
Exige a Não exige não será
imprevisibilidade e a responsabilizado
extraordinariedade do quando provar que,
fato superveniente tendo prestado o
serviço, o defeito
Exige a extrema Não exige
inexiste
vantagem para o credor
Art. 38 - O ônus da prova
Implica resolução (a Implica revisão
da veracidade e
revisão somente com a (resolução somente
correção da informação
voluntariedade do quando não houver
ou comunicação
credor) possibilidade de revisão –
publicitária cabe a
princípio da
quem as patrocina.
conservação dos
contratos)
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fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as SEÇÃO II - Da Responsabilidade pelo Fato do
informações necessárias e adequadas a seu respeito. Produto e do Serviço
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao
fabricante cabe prestar as informações a que se
FATO VÍCIO
refere este artigo, através de impressos apropriados
que devam acompanhar o produto. Responsabilidade por Responsabilidade por
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os VÍCIOS DE SEGURANÇA VÍCIOS DE ADEQUAÇÃO
equipamentos e utensílios utilizados no (atinge a incolumidade
fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à física do consumidor)
disposição do consumidor, e informar, de maneira
A utilização do Produtos/serviços não
ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o
produto/serviço é capaz correspondem às
risco de contaminação.
de ocasionar um evento expectativas geradas pelo
danoso – acidente de consumidor quando da
consumo utilização/fruição,
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços
afetando a
potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou
prestabilidade,
segurança deverá informar, de maneira ostensiva e
tornando-os
adequada, a respeito da sua nocividade ou
inadequados.
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras
medidas cabíveis em cada caso concreto. Garantia da Garantia da
INCOLUMIDADE INCOLUMIDADE
FÍSICO-PSÍQUICA do ECONÔMICA do
ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade O prejuízo é extrínseco O prejuízo é intrínseco
ou periculosidade à saúde ou segurança. ao bem ao bem
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que,
Prescrição Decadência
posteriormente à sua introdução no mercado de
consumo, tiver conhecimento da periculosidade
que apresentem, deverá comunicar o fato VÍCIO DEFEITO
imediatamente às autoridades competentes e aos
O vício pertence ao É o vício acrescido de
consumidores, mediante anúncios publicitários.
produto/serviço, um problema extra.
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o
tornando-o inadequado, Gera não só
parágrafo anterior serão veiculados na imprensa,
mas não atinge o inadequação do
rádio e televisão, às expensas do fornecedor do
consumidor ou outras produto/serviço, mas
produto ou serviço.
pessoas dano ao consumidor ou
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de
a outras pessoas.
periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou
Geram acidente de
segurança dos consumidores, a União, os Estados, o
consumo
Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a
respeito. Há vício sem defeito, mas não há defeito sem vício.
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Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, 3º do art. 12 do CDC. STJ. 3ª Turma. REsp
nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, 1.955.890-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
independentemente da existência de culpa 05/10/2021 (Info 714)
(responsabilidade objetiva), pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos
PERICULOSIDADE INERENTE (LATENTE)
decorrentes de projeto, fabricação, construção,
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou “Os bens de consumo de periculosidade inerente
acondicionamento de seus produtos, bem como por ou latente (unavoidably unsafe product or service)
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua trazem um risco intrínseco atado a sua própria
utilização e riscos. qualidade ou modo de funcionamento. Embora se
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a mostre capaz de causar acidentes, a periculosidade
segurança que dele legitimamente se espera, dos produtos e serviços, nesses casos, diz-se normal
levando-se em consideração as circunstâncias e previsível em decorrência de sua natureza ou
relevantes, entre as quais: fruição, ou seja, está em sintonia com as
I - sua apresentação; expectativas legítimas dos consumidores.” Ex.: facas.
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se
PERICULOSIDADE ADQUIRIDA
esperam;
“Os chamados produtos ou serviços de
periculosidade adquirida tornam-se perigosos em
O laboratório tem responsabilidade objetiva na
decorrência de um defeito que, por qualquer razão,
ausência de prévia informação qualificada quanto
apresentam. São bens de consumo que, se ausente o
aos possíveis efeitos colaterais da medicação, ainda
vício de qualidade por insegurança que trazem, não
que se trate do chamado risco de desenvolvimento.”
manifestam risco superior àquele legitimamente
STJ. 3ª Turma. REsp 1.774.372-RS, Rel. Min. Nancy
esperado pelo consumidor. A característica principal
Andrighi, julgado em 05/05/2020 (Info 671)
da periculosidade adquirida é exatamente a sua
imprevisibilidade para o consumidor. É impossível
III - a época em que foi colocado em circulação.
(ou, quando possível, inútil) qualquer modalidade de
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo
advertência, já que esta não tem o condão de
fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado
eliminá-la.”
no mercado.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou PERICULOSIDADE EXAGERADA
importador só não será responsabilizado quando “Estes são, em verdade, uma espécie dos bens de
provar: consumo de periculosidade inerente embora Eike
I - que não colocou o produto no mercado; von Hippel (Verbraucherschutz, p. 50) prefira
II - que, embora haja colocado o produto no situá-los como portadores de defeito de concepção.
mercado, o defeito inexiste; Só que, ao contrário dos bens de periculosidade
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. inerente, a informação adequada aos consumidores
não produz maior resultado na mitigação de seus
Demonstrada, pelo consumidor, a relação de causa e riscos. Seu potencial danoso é tamanho que o
efeito entre o produto e o dano, incumbe ao requisito da previsibilidade não consegue ser
fornecedor o ônus de comprovar a inexistência totalmente preenchido pelas informações prestadas
de defeito do produto ou a configuração de outra pelos fornecedores.”
excludente de responsabilidade consagrada no §
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Almeida, Fabricio Bolzan de. Direito do consumidor esquematizado / Fabricio Bolzan
de Almeida. - Coleção esquematizado® / coordenador Pedro Lenza – 8. ed. – São
solidários e seu credor, ela extingue a dívida em
Paulo : Saraiva Educação, 2020, pag. 507
relação aos codevedores). STJ. 3ª Turma. REsp
1.968.143-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado
em 08/02/2022 (Info 724).
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável,
nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o
importador não puderem ser identificados;
Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
II - o produto for fornecido sem identificação clara
independentemente da existência de culpa
do seu fabricante, produtor, construtor ou
(responsabilidade objetiva), pela reparação dos
importador;
danos causados aos consumidores por defeitos
III - não conservar adequadamente os produtos
relativos à prestação dos serviços, bem como por
perecíveis.
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao
fruição e riscos.
prejudicado poderá exercer o direito de regresso
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a
contra os demais responsáveis, segundo sua
segurança que o consumidor dele pode esperar,
participação na causação do evento danoso.
levando-se em consideração as circunstâncias
relevantes, entre as quais:
A inexistência de responsabilidade solidária por
I - o modo de seu fornecimento;
fato do produto entre os fornecedores da cadeia
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
de consumo impede a extensão do acordo feito
esperam;
por um réu em benefício do outro. Exemplo:
III - a época em que foi fornecido.
Marina adquiriu um suco de caixinha industrializado
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela
no supermercado e, depois de tomar o primeiro
adoção de novas técnicas.
gole, percebeu que o produto estava contaminado
§ 3° O fornecedor de serviços só não será
com um corpo estranho. A consumidora ajuizou ação
responsabilizado quando provar:
de indenização por danos morais contra a fabricante
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
do suco e o supermercado. O comerciante
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
(supermercado) resolveu fazer um acordo com a
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais
consumidora e pagou R$ 4 mil à autora. A fabricante,
liberais será apurada mediante a verificação de culpa
por sua vez, não participou da transação. O juiz, ao
(responsabilidade subjetiva).
homologar a transação, irá extinguir o processo
apenas no que tange ao supermercado,
O ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL GERA DIREITO
prosseguindo o feito com relação à fabricante. A
À INDENIZAÇÃO?
ingestão parcial de produto contaminado configura
hipótese de fato do produto, situação na qual o DANOS MORAIS
comerciante não possui responsabilidade solidária, Em regra, não são devidos. O mero descumprimento
mas sim subsidiária (art. 13 do CDC). Sendo a do prazo de entrega previsto no contrato não
responsabilidade do supermercado subsidiária, o acarreta, por si só danos morais.
acordo por ele firmado não se estende Em situações excepcionais é possível haver a
necessariamente à fabricante porque não se aplica o condenação em danos morais, desde que
§ 3º do art. 844 do CC (este dispositivo afirma que se devidamente comprovada a ocorrência de uma
a transação foi feita entre um dos devedores
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significativa e anormal situação que repercuta na Em regra, o desconto indevido em conta corrente,
esfera de dignidade do comprador. Ex1: atraso muito posteriormente ressarcido ao correntista, não gera,
grande (2 anos); Ex2: teve que adiar o casamento por por si só, dano moral, sendo necessária a
conta do atraso. STJ. 3ª Turma. REsp 1654843/SP, Rel. demonstração, no caso concreto, do dano
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em eventualmente sofrido.
27/02/2018. STJ. 3ª Turma. AgInt-REsp 1.870.773, Rel. Em outras palavras, não há dano moral in re ipsa. Ou
Min. Paulo de Tarso Sansenverino, julgado em seja, o prejuízo não é presumido. Deve-se comprovar
26/03/2021. STJ. 3ª Turma. AgInt-REsp 1.913.570, Rel. o abalo à honra.
Min. Ricardo Villas Boas Cueva, julgado em Assim, para que haja dano moral é necessária a
15/06/2021 demonstração, no caso concreto, do dano
eventualmente sofrido ou violação ao direito da
DANOS MATERIAIS
personalidade (exemplo: inscrição indevida em
O atraso pode acarretar a condenação da cadastro de inadimplentes ou cobrança vexatória).”
construtora/imobiliária ao pagamento de: STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 1701311/GO, Rel. Min.
❖ Dano emergente (precisa ser provado pelo Raul Araújo, julgado em 01/03/2021.
adquirente);
A concessionária de serviço público de transporte
❖ Lucros cessantes (são presumidos; o
não tem responsabilidade civil em caso de assédio
adquirente não precisa provar). Os lucros
sexual cometido por terceiro em suas dependências.
cessantes devem ser calculados como sendo
A importunação sexual no transporte de passageiros,
o valor do aluguel do imóvel atrasado.
cometida por pessoa estranha à empresa, configura
Isso porque:
fato de terceiro, que rompe o nexo de causalidade
• o adquirente está morando em um imóvel
entre o dano e o serviço prestado pela
alugado, enquanto aguarda o seu; ou
concessionária – excluindo, para o transportador, o
• o adquirente não está morando de aluguel
dever de indenizar.
mas comprou o novo imóvel para investir.
O crime era inevitável, quando muito previsível
Está perdendo “dinheiro” porque poderia
apenas em tese, de forma abstrativa, com alto grau
estar alugando para alguém. STJ. 3ª Turma.
de generalização. Por mais que se saiba da
REsp 1662322/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi,
possibilidade de sua ocorrência, não se sabe quando,
julgado em 10/10/2017.
nem onde, nem como e nem quem o praticará.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Se a construtora atrasar a
Apenas se sabe que, em algum momento, em algum
entrega do imóvel o adquirente terá direito de ser indenizado
por danos materiais e morais?. Buscador Dizer o Direito, lugar, em alguma oportunidade, algum malvado o
Manaus. Disponível em: consumará. Então, só pode ter por responsável o
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detal próprio criminoso.” STJ. 2ª Seção. REsp 1.833.722/SP,
hes/a10a26631d45928cb8be4ebabbee8b8d>
Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 03/12/2020
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As indenizações por danos morais decorrentes de própria atividade
extravio de bagagem e de atraso de voo desenvolvida).
internacional não estão submetidas à tarifação
O fortuito interno NÃO O fortuito externo é uma
prevista na Convenção de Montreal, devendo-se
exclui a obrigação do causa excludente de
observar, nesses casos, a efetiva reparação do
fornecedor de indenizar o responsabilidade
consumidor preceituada pelo CDC. A tese fixada pelo
consumidor.
STF no RE 636331/RJ (Tema 210) tem aplicação
https://www.buscadordizerodireito.com.br/teses/detalhes/8f53295a73878494e9bc8dd
apenas aos pedidos de reparação por danos 6c3c7104f?palavra-chave=EDI%C3%87%C3%83O+N.+39%3A+DIREITO+DO+CONSUMID
OR+I+&criterio-pesquisa=e
materiais.” STJ. 3ª Turma. REsp 1842066-RS, Rel. Min.
Moura Ribeiro, julgado em 09/06/2020 (Info 673).
Existe dever de indenizar em caso de roubo
mediante uso de arma de fogo?
FORTUITO INTERNO FORTUITO EXTERNO
REGRA
Está relacionado com a Não está relacionado
NÃO.
organização da empresa. com a organização da
Em caso de roubo mediante uso de arma de fogo,
É um fato ligado aos empresa.
em regra, não há dever de indenizar, ainda que no
riscos da atividade É um fato que não guarda
âmbito da responsabilidade civil objetiva. Isso
desenvolvida pelo nenhuma relação de
porque se trata de fato inevitável e irresistível,
fornecedor. causalidade com a
acarretando uma impossibilidade quase absoluta de
atividade desenvolvida
não ocorrência do dano.
pelo fornecedor.
É uma situação EXCEÇÕES
absolutamente estranha
a) serviços que, em sua Ex: atividades bancárias.
ao produto ou ao serviço
natureza, envolvem risco
fornecido.
à segurança. Aqui o risco
Ex1: o estouro de um Ex1: assalto à mão é um evento previsível.
pneu do ônibus da armada no interior de
b) quando há exploração Ex: estacionamentos
empresa de transporte ônibus coletivo (não é
econômica direta da pagos.
coletivo; parte da organização da
atividade.
Ex2: cracker invade o empresa de ônibus
sistema do banco e garantir a segurança dos c) quando, em troca dos Ex: estacionamentos
consegue transferir passageiros contra benefícios financeiros gratuitos de shoppings e
dinheiro da conta de um assaltos); indiretos, o fornecedor hipermercados.
cliente. Ex2: um terremoto faz assume, ainda que
Ex3: durante o transporte com que o telhado do implicitamente, o dever
da matriz para uma das banco caia, causando de lealdade e segurança.
agências, ocorre um danos aos clientes que lá
d), quando o Ex: se o fornecedor
roubo e são subtraídos estavam.
empreendedor acaba divulga essa segurança
diversos talões de cheque
atraindo para si tal em oferta ou publicidade.
(trata-se de um fato que
responsabilidade.
se liga à organização da
https://www.buscadordizerodireito.com.br/teses/detalhes/8f53295a73878494e9bc8dd
empresa e aos riscos da 6c3c7104f?palavra-chave=EDI%C3%87%C3%83O+N.+39%3A+DIREITO+DO+CONSUMID
OR+I+&criterio-pesquisa=e
11
1.823.284-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se
julgado em 13/10/2020 (Info 681).
aos consumidores todas as vítimas do evento.
em ação redibitória.” STJ. 3ª Turma. REsp pelos vícios de QUANTIDADE do produto sempre
que, respeitadas as variações decorrentes de sua
natureza, seu conteúdo líquido for inferior às
12
indicações constantes do recipiente, da embalagem, I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e
rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o quando cabível;
consumidor exigir, alternativamente e à sua II - a restituição imediata da quantia paga,
escolha: monetariamente atualizada, sem prejuízo de
I - o abatimento proporcional do preço; eventuais perdas e danos;
II - complementação do peso ou medida; III - o abatimento proporcional do preço.
III - a substituição do produto por outro da mesma § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; a terceiros devidamente capacitados, por conta e
IV - a restituição imediata da quantia paga, risco do fornecedor.
monetariamente atualizada, sem prejuízo de § 2° São impróprios os serviços que se mostrem
eventuais perdas e danos. inadequados para os fins que razoavelmente deles
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo se esperam, bem como aqueles que não atendam
anterior. as normas regulamentares de prestabilidade.
§ 2° O fornecedor imediato será responsável
quando fizer a pesagem ou a medição e o
instrumento utilizado não estiver aferido segundo Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham
os padrões oficiais. por objetivo a reparação de qualquer produto
considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor
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Os serviços públicos estão sujeitos ao CDC. solidários seu fabricante, construtor ou importador e
podendo o fornecedor será facultativa. que deve ser transmitida de forma inequívoca (A
14
Duráveis 90 d § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa
jurídica sempre que sua personalidade for, de
VÍCIOS OCULTOS
alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de
Produtos ou Prazo Início da contagem prejuízos causados aos consumidores.
serviços
violação dos estatutos ou contrato social. A sócios da pessoa jurídica pagamento de suas
desconsideração também será efetivada quando foram beneficiados direta obrigações, somada à má
encerramento ou inatividade da pessoa jurídica abuso (novo requisito empresa (art. 28, caput,
culpa. do CDC.
15
STJ. 3ª Turma. REsp determináveis ou não, expostas às práticas nele
SOCIEDADES CONTROLADAS
É aquela cuja preponderância nas deliberações e Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou
decisões pertencem à outra sociedade, dita serviços devem assegurar informações corretas,
controladora. claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa
Responsabilidade SUBSIDIÁRIA. sobre suas características, qualidades, quantidade,
composição, preço, garantia, prazos de validade e
SOCIEDADES CONSORCIADAS
origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos
Reunião de sociedades que se agrupam para que apresentam à saúde e segurança dos
executar um determinado empreendimento. consumidores.
Responsabilidade SOLIDÁRIA. Parágrafo único. As informações de que trata este
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, tempo, na forma da lei.
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1.947.757-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou 08/03/2022 (Info 728).
reembolso postal, deve constar o nome do fabricante
e endereço na embalagem, publicidade e em todos os
impressos utilizados na transação comercial.
SEÇÃO III - Da Publicidade
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e
serviços por telefone, quando a chamada for
onerosa ao consumidor que a origina. Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal
forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a
identifique como tal.
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus
solidariamente responsável pelos atos de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para
PUFFING
O mero fato de o fornecedor do produto não o
possuir em estoque no momento da contratação não Exagero publicitário.
é condição suficiente para eximi-lo do cumprimento Não pode induzir o consumidor a erro
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§ 2° É ABUSIVA, dentre outras a publicidade verdadeira, parcial ou prejudicial ou perigosa à
discriminatória de qualquer natureza, a que incite total, sobre o produto ou sua saúde ou segurança.
à violência, explore o medo ou a superstição, se serviço;
aproveite da deficiência de julgamento e experiência • por omissão: que é
da criança, desrespeita valores ambientais, ou que quando deixa de
seja capaz de induzir o consumidor a se comportar informar sobre dado
de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou essencial do produto ou
segurança. serviço.
§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A ausência de informação relativa ao preço, por si
enganosa por omissão quando deixar de informar só, não caracteriza publicidade enganosa. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:
sobre dado essencial do produto ou serviço. <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/6084e82a08cb97
9cf75ae28aed37ecd4>.
deve ser de qualidade essencial do produto, do redacional. Nela geralmente ocorre uma entrevista
serviço ou de suas reais condições de contratação, ou pesquisa em que o ator principal da publicidade
considerando, na análise do caso concreto, o público se passa por um jornalista, mas o objetivo comercial
alvo do anúncio publicitário. STJ. 4ª Turma. REsp de promover um produto ou um serviço é o seu
julgado em 19/11/2019 (Info 663). Desde que este tipo de publicidade venha
acompanhado de avisos, por exemplo “informe
publicitário”, a mensagem estará compatível com o
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção princípio da identificação fácil e imediata da
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O Código de Defesa do Consumidor não veda LEI 12594/12 - SINASE
expressamente a veiculação do merchandising,
mas a doutrina entende pela necessidade de
TÍTULO I - DO SISTEMA NACIONAL DE
compatibilizá-lo com o princípio da identificação
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO (Sinase)
fácil e imediata da publicidade.
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Segundo Herman Benjamin, a melhor forma de se
atingir tal intento seria por meio da “utilização de
Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de
‘créditos’, ou seja, a veiculação antecipada de uma
Atendimento Socioeducativo (Sinase) e regulamenta a
informação comunicando que, naquele programa,
execução das medidas destinadas a adolescente que
peça ou filme, ocorrerá merchandising de tais e tais
pratique ato infracional.
produtos ou serviços. Não vejo aí violação do
§ 1o Entende-se por SINASE o conjunto ordenado de
requisito da imediatidade. Esta tem por ratio evitar a
princípios, regras e critérios que envolvem a
identificação a posteriori.
execução de medidas socioeducativas, incluindo-se
PUBLICIDADE POR CORREIO ELETRÔNICO (SPAM) nele, por adesão, os sistemas estaduais, distrital e
O spam é a denominação dada à mensagem municipais, bem como todos os planos, políticas e
Herman Benjamin, trata-se de exemplo de previstas no art. 112 da Lei no 8.069, de 13 de julho de
publicidade abusiva, pois, em apertada síntese: 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), as quais
■ causa danos diretos e indiretos, patrimoniais e que possível incentivando a sua reparação;
gastar tempo e dinheiro em atividades como, por garantia de seus direitos individuais e sociais, por
não reconheceu responsabilidade por dano moral parâmetro máximo de privação de liberdade ou
Almeida, Fabricio Bolzan de. Direito do consumidor esquematizado / Fabricio Bolzan em lei.
de Almeida. - Coleção esquematizado® / coordenador Pedro Lenza – 8. ed. – São
§ 3o Entendem-se por programa de atendimento a
Paulo : Saraiva Educação, 2020, pag. 432/438; 780
organização e o funcionamento, por unidade, das
condições necessárias para o cumprimento das
medidas socioeducativas.
§ 4o Entende-se por unidade a base física
necessária para a organização e o funcionamento
de programa de atendimento.
§ 5o Entendem-se por entidade de atendimento a
pessoa jurídica de direito público ou privado que
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expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se
SEÇÃO IV - Das Práticas Abusivas O art. 39, IX, do CDC é inaplicável às instituições
financeiras quando do encerramento unilateral de
conta bancária, afastando-se a obrigatoriedade de
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
manutenção do contrato de conta-corrente.
serviços, dentre outras PRÁTICAS ABUSIVAS (rol
Isto porque, o encerramento do contrato de conta
exemplificativo):
corrente consiste em um direito subjetivo exercitável
I - condicionar o fornecimento de produto ou de
por qualquer das partes contratantes, desde que
serviço ao fornecimento de outro produto ou
observada a prévia e regular notificação.” STJ. 4ª
serviço, bem como, sem justa causa, a limites
Turma. AgInt no REsp 1473795/RJ, Rel. Min. Antonio
quantitativos;
Carlos Ferreira, julgado em 29/06/2020
II - recusar atendimento às demandas dos
consumidores, na exata medida de suas
disponibilidades de estoque, e, ainda, de X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou
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consumidores que o fixado pela autoridade Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia
administrativa como máximo (caracteriza CRIME – indevida tem direito à repetição do indébito, por
art. 65, §2°) valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos acrescido de correção monetária e juros legais, salvo
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese hipótese de engano justificável.
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras
grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de
débitos apresentados ao consumidor, deverão constar
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a o nome, o endereço e o número de inscrição no
entregar ao consumidor orçamento prévio Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro
discriminando o valor da mão de obra, dos materiais e Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do fornecedor do
equipamentos a serem empregados, as condições de produto ou serviço correspondente.
pagamento, bem como as datas de início e término
dos serviços.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado SEÇÃO VI - Dos Bancos de Dados e Cadastros de
terá validade pelo prazo de 10 dias, contado de seu Consumidores
recebimento pelo consumidor.
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no
orçamento obriga os contraentes e somente pode
art. 86, terá acesso às informações existentes em
ser alterado mediante livre negociação das partes.
cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as
ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços
suas respectivas fontes. (Direito de acesso)
de terceiros não previstos no orçamento prévio.
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem
ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem
de fácil compreensão, não podendo conter
Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de
informações negativas referentes a período superior
serviços sujeitos ao regime de controle ou de
a 5 anos. (Direito à exclusão)
tabelamento de preços, os fornecedores deverão
§ 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados
respeitar os limites oficiais sob pena de não o fazendo,
pessoais e de consumo deverá ser comunicada por
responderem pela restituição da quantia recebida em
escrito ao consumidor, quando não solicitada por
excesso, monetariamente atualizada, podendo o
ele. (Direito à informação)
consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar
negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá
exigir sua imediata correção, devendo o arquivista,
no prazo de 5 dias úteis, comunicar a alteração aos
SEÇÃO V - Da Cobrança de Dívidas eventuais destinatários das informações incorretas.
(Direito à retificação)
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a
inadimplente não será exposto a ridículo, nem será consumidores, os serviços de proteção ao crédito e
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou congêneres SÃO CONSIDERADOS ENTIDADES DE
ameaça. CARÁTER PÚBLICO.
2
§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou
débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos não pelo fornecedor.
respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, § 1° É facultado o acesso às informações lá constantes
quaisquer informações que possam impedir ou para orientação e consulta por qualquer interessado.
dificultar novo acesso ao crédito junto aos § 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as
fornecedores. (Direito à exclusão) mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do
§ 6o Todas as informações de que trata o caput parágrafo único do art. 22 deste código.
deste artigo devem ser disponibilizadas em
formatos acessíveis, inclusive para a pessoa com
deficiência, mediante solicitação do consumidor. CAPÍTULO VI - Da Proteção Contratual
SEÇÃO I - Disposições Gerais
BANCO DE DADOS CADASTROS DE
CONSUMIDORES Art. 46. Os contratos que regulam as relações de
Inexistência de Geralmente, há o
autorização ou conhecimento e
conhecimento do anuência do Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas
consumidor consumidor de maneira mais favorável ao consumidor.
3
Art. 48. As declarações de vontade constantes de
escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos SEÇÃO II - Das Cláusulas Abusivas
às relações de consumo vinculam o fornecedor,
ensejando inclusive execução específica, nos
Art. 51. São NULAS DE PLENO DIREITO, entre outras,
termos do art. 84 e parágrafos.
as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a
Art. 49 - [DIREITO DE ARREPENDIMENTO] - O
responsabilidade do fornecedor por vícios de
consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7
qualquer natureza dos produtos e serviços ou
dias a contar de sua assinatura ou do ato de
impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas
recebimento do produto ou serviço, sempre que a
relações de consumo entre o fornecedor e o
contratação de fornecimento de produtos e
CONSUMIDOR PESSOA JURÍDICA, a indenização
serviços ocorrer fora do estabelecimento
poderá ser limitada, em situações justificáveis;
comercial, especialmente por telefone ou a
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso
domicílio.
da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
de arrependimento previsto neste artigo, os valores
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas,
eventualmente pagos, a qualquer título, durante o
abusivas, que coloquem o consumidor em
prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato,
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis
monetariamente atualizados.
com a boa-fé ou a equidade;
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em
prejuízo do consumidor;
Art. 50. A garantia contratual é complementar à
VII - determinem a utilização compulsória de
legal e será conferida mediante termo escrito.
arbitragem;
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente
VIII - imponham representante para concluir ou
deve ser padronizado e esclarecer, de maneira
realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
adequada em que consiste a mesma garantia, bem
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou
como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser
não o contrato, embora obrigando o consumidor;
exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo
X - permitam ao fornecedor, direta ou
ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo
indiretamente, variação do preço de maneira
fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de
unilateral;
manual de instrução, de instalação e uso do produto
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
em linguagem didática, com ilustrações.
unilateralmente, sem que igual direito seja
conferido ao consumidor;
GARANTIA GARANTIA LEGAL XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de
CONTRATUAL cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe
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XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção É abusiva cláusula contratual de plano de saúde que
ao consumidor; impõe à dependente a obrigação de assumir
XVI - possibilitem a renúncia do direito de eventual dívida do falecido titular, sob pena de
indenização por benfeitorias necessárias. exclusão do plano.” STJ. 3ª Turma. REsp 1.899.674/SP,
XVII - condicionem ou limitem de qualquer forma o Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 16/03/2021
acesso aos órgãos do Poder Judiciário; (LEI 14181/21) (Info 689).
XVIII - estabeleçam prazos de carência em caso de
impontualidade das prestações mensais ou
impeçam o restabelecimento integral dos direitos
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que
do consumidor e de seus meios de pagamento a
envolva outorga de crédito ou concessão de
partir da purgação da mora ou do acordo com os
financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá,
credores; (LEI 14181/21)
entre outros requisitos, informá-lo prévia e
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a
adequadamente sobre:
vantagem que:
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente
I - ofende os princípios fundamentais do sistema
nacional;
jurídico a que pertence;
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais
de juros;
inerentes à natureza do contrato, de tal modo a
III - acréscimos legalmente previstos;
ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
IV - número e periodicidade das prestações;
III - se mostra excessivamente onerosa para o
V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo
§ 1° As multas de mora decorrentes do
do contrato, o interesse das partes e outras
inadimplemento de obrigações no seu termo não
circunstâncias peculiares ao caso.
poderão ser superiores a 2% do valor da prestação.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação
não invalida o contrato, exceto quando de sua
antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante
ausência, apesar dos esforços de integração,
redução proporcional dos juros e demais acréscimos.
decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade
que o represente requerer ao Ministério Público que
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis
ajuíze a competente ação para ser declarada a
ou imóveis mediante pagamento em prestações,
nulidade de cláusula contratual que contrarie o
bem como nas alienações fiduciárias em garantia,
disposto neste código ou de qualquer forma não
consideram-se NULAS DE PLENO DIREITO as
assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações
cláusulas que estabeleçam a perda total das
das partes.
prestações pagas em benefício do credor que, em
razão do inadimplemento, pleitear a resolução do
Não é abusiva a cláusula do contrato de cartão de contrato e a retomada do produto alienado (cláusula
crédito que autoriza a operadora/financeira, em caso de decaimento).
de inadimplemento, a debitar na conta-corrente do § 2º Nos contratos do sistema de consórcio de
titular o pagamento do valor mínimo da fatura, ainda produtos duráveis, a compensação ou a restituição
que contestadas as despesas lançadas.” STJ. 4ª das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá
Turma. REsp 1.626.997-RJ, Rel. Min. Marco Buzzi, descontada, além da vantagem econômica auferida
julgado em 01/06/2021 (Info 699). com a fruição, os prejuízos que o desistente ou
inadimplente causar ao grupo.
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§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo A cláusula de prazo As cláusulas que
serão expressos em moeda corrente nacional. deverá ser implicarem limitação de
convencionada em direito do consumidor
Em contrato de promessa de compra e venda de separada, por meio de deverão ser redigidas
imóvel na planta, no âmbito do Programa Minha manifestação expressa com destaque.
Casa, Minha Vida, para os beneficiários das faixas de do consumidor.
renda 1,5, 2 e 3, na aquisição de unidades
autônomas em construção, o contrato deverá
estabelecer, de forma clara, expressa e inteligível, o
prazo certo para a entrega do imóvel, o qual não CAPÍTULO VI-A - Da Prevenção e do Tratamento do
poderá estar vinculado à concessão do Superendividamento (LEI 14181/21)
financiamento, ou a nenhum outro negócio jurídico,
exceto o acréscimo do prazo de tolerância. STJ. 2ª
Art. 2º, Decreto 11150/22. Entende-se por
Seção. REsp 1.729.593-SP, Rel. Min. Marco Aurélio
superendividamento a impossibilidade manifesta de
Bellizze, julgado em 25/09/2019 (recurso repetitivo –
o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a
Tema 996) (Info 657).
totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e
vincendas, sem comprometer seu mínimo
existencial.
SEÇÃO III - Dos Contratos de Adesão Parágrafo único. Para fins do disposto neste
Decreto, consideram-se dívidas de consumo os
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas compromissos financeiros assumidos pelo
tenham sido aprovadas pela autoridade consumidor pessoa natural para a aquisição ou a
competente ou estabelecidas unilateralmente pelo utilização de produto ou serviço como destinatário
fornecedor de produtos ou serviços, sem que o final.
consumidor possa discutir ou modificar Art. 3º No âmbito da prevenção, do tratamento e da
substancialmente seu conteúdo. conciliação administrativa ou judicial das situações
§ 1° A inserção de cláusula no formulário NÃO de superendividamento, CONSIDERA-SE MÍNIMO
DESFIGURA a natureza de adesão do contrato. EXISTENCIAL a renda mensal do consumidor
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula pessoa natural equivalente a 25% do salário
resolutória, desde que a alternativa, cabendo a mínimo vigente na data de publicação deste
escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto Decreto.
no § 2° do artigo anterior. § 1º A apuração da preservação ou do não
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos comprometimento do mínimo existencial de que
em termos claros e com caracteres ostensivos e trata o caput será realizada considerando a base
legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao mensal, por meio da contraposição entre a
corpo 12, de modo a facilitar sua compreensão pelo renda total mensal do consumidor e as parcelas
consumidor. das suas dívidas vencidas e a vencer no mesmo
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito mês.
do consumidor deverão ser redigidas com destaque, § 2º O reajustamento anual do salário mínimo não
permitindo sua imediata e fácil compreensão. implicará a atualização do valor de que trata o
caput.
Art. 18, §2° Art. 54, §4° § 3º Compete ao Conselho Monetário Nacional a
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atualização do valor de que trata o caput. SUPERENDIVIDAMENTO
7
natureza, previstos para o atraso no pagamento; (LEI crédito, principalmente se se tratar de consumidor
14181/21) idoso, analfabeto, doente ou em estado de
III - o montante das prestações e o prazo de vulnerabilidade agravada ou se a contratação
validade da oferta, que deve ser, no mínimo, de 2 envolver prêmio; (LEI 14181/21)
dias; (LEI 14181/21) V - condicionar o atendimento de pretensões do
IV - o nome e o endereço, inclusive o eletrônico, do consumidor ou o início de tratativas à renúncia ou à
fornecedor; (LEI 14181/21) desistência de demandas judiciais, ao pagamento
V - o direito do consumidor à liquidação antecipada de honorários advocatícios ou a depósitos
e não onerosa do débito, nos termos do § 2º do art. judiciais. (LEI 14181/21)
52 deste Código e da regulamentação em vigor. (LEI Parágrafo único. (VETADO).
14181/21)
§ 1º As informações referidas no art. 52 deste Código
e no caput deste artigo devem constar de forma Art. 54-D. Na oferta de crédito, previamente à
clara e resumida do próprio contrato, da fatura ou contratação, o fornecedor ou o intermediário
de instrumento apartado, de fácil acesso ao deverá, entre outras condutas: (LEI 14181/21)
consumidor. (LEI 14181/21) I - informar e esclarecer adequadamente o
§ 2º Para efeitos deste Código, o custo efetivo total da consumidor, considerada sua idade, sobre a natureza
operação de crédito ao consumidor consistirá em taxa e a modalidade do crédito oferecido, sobre todos os
percentual anual e compreenderá todos os valores custos incidentes, observado o disposto nos arts. 52
cobrados do consumidor, sem prejuízo do cálculo e 54-B deste Código, e sobre as consequências
padronizado pela autoridade reguladora do sistema genéricas e específicas do inadimplemento; (LEI
financeiro. (LEI 14181/21) 14181/21)
§ 3º Sem prejuízo do disposto no art. 37 deste Código, II - avaliar, de forma responsável, as condições de
a oferta de crédito ao consumidor e a oferta de venda crédito do consumidor, mediante análise das
a prazo, ou a fatura mensal, conforme o caso, devem informações disponíveis em bancos de dados de
indicar, no mínimo, o custo efetivo total, o agente proteção ao crédito, observado o disposto neste
financiador e a soma total a pagar, com e sem Código e na legislação sobre proteção de dados; (LEI
financiamento. (LEI 14181/21) 14181/21)
III - informar a identidade do agente financiador e
entregar ao consumidor, ao garante e a outros
Art. 54-C. É vedado, expressa ou implicitamente, na coobrigados cópia do contrato de crédito. (LEI
oferta de crédito ao consumidor, publicitária ou 14181/21)
não: (LEI 14181/21) Parágrafo único. O descumprimento de qualquer
I - (VETADO); dos deveres previstos no caput deste artigo e nos
II - indicar que a operação de crédito poderá ser arts. 52 e 54-C deste Código poderá acarretar
concluída sem consulta a serviços de proteção ao judicialmente a redução dos juros, dos encargos ou
crédito ou sem avaliação da situação financeira do de qualquer acréscimo ao principal e a dilação do
consumidor; (LEI 14181/21) prazo de pagamento previsto no contrato original,
III - ocultar ou dificultar a compreensão sobre os conforme a gravidade da conduta do fornecedor e as
ônus e os riscos da contratação do crédito ou da possibilidades financeiras do consumidor, sem
venda a prazo; (LEI 14181/21) prejuízo de outras sanções e de indenização por
IV - assediar ou pressionar o consumidor para perdas e danos, patrimoniais e morais, ao
contratar o fornecimento de produto, serviço ou consumidor. (LEI 14181/21)
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Art. 54-F. São conexos, coligados ou Art. 54-G. Sem prejuízo do disposto no art. 39 deste
interdependentes, entre outros, o contrato Código e na legislação aplicável à matéria, é vedado
principal de fornecimento de produto ou serviço e ao fornecedor de produto ou serviço que envolva
os contratos acessórios de crédito que lhe garantam crédito, entre outras condutas: (LEI 14181/21)
o financiamento quando o fornecedor de crédito: (LEI I - realizar ou proceder à cobrança ou ao débito em
14181/21) conta de qualquer quantia que houver sido
I - recorrer aos serviços do fornecedor de produto ou contestada pelo consumidor em compra realizada
serviço para a preparação ou a conclusão do contrato com cartão de crédito ou similar, enquanto não for
de crédito; (LEI 14181/21) adequadamente solucionada a controvérsia, desde
II - oferecer o crédito no local da atividade empresarial que o consumidor haja notificado a
do fornecedor de produto ou serviço financiado ou administradora do cartão com antecedência de
onde o contrato principal for celebrado. (LEI pelo menos 10 dias contados da data de vencimento
14181/21) da fatura, vedada a manutenção do valor na fatura
§ 1º O exercício do direito de arrependimento nas seguinte e assegurado ao consumidor o direito de
hipóteses previstas neste Código, no contrato deduzir do total da fatura o valor em disputa e
principal ou no contrato de crédito, implica a efetuar o pagamento da parte não contestada,
resolução de pleno direito do contrato que lhe seja podendo o emissor lançar como crédito em
conexo. (LEI 14181/21) confiança o valor idêntico ao da transação
§ 2º Nos casos dos incisos I e II do caput deste artigo, contestada que tenha sido cobrada, enquanto não
se houver inexecução de qualquer das obrigações e encerrada a apuração da contestação; (LEI
deveres do fornecedor de produto ou serviço, o 14181/21)
consumidor poderá requerer a rescisão do contrato II - recusar ou não entregar ao consumidor, ao
não cumprido contra o fornecedor do crédito. (LEI garante e aos outros coobrigados cópia da minuta do
14181/21) contrato principal de consumo ou do contrato de
§ 3º O direito previsto no § 2º deste artigo caberá crédito, em papel ou outro suporte duradouro,
igualmente ao consumidor: (LEI 14181/21) disponível e acessível, e, após a conclusão, cópia do
I - contra o portador de cheque pós-datado emitido contrato; (LEI 14181/21)
para aquisição de produto ou serviço a prazo; (LEI III - impedir ou dificultar, em caso de utilização
14181/21) fraudulenta do cartão de crédito ou similar, que o
II - contra o administrador ou o emitente de cartão consumidor peça e obtenha, quando aplicável, a
de crédito ou similar quando o cartão de crédito ou anulação ou o imediato bloqueio do pagamento,
similar e o produto ou serviço forem fornecidos pelo ou ainda a restituição dos valores indevidamente
mesmo fornecedor ou por entidades pertencentes recebidos. (LEI 14181/21)
a um mesmo grupo econômico. (LEI 14181/21) § 1º Sem prejuízo do dever de informação e
§ 4º A invalidade ou a ineficácia do contrato esclarecimento do consumidor e de entrega da minuta
principal implicará, de pleno direito, a do contrato do contrato, no empréstimo cuja liquidação seja feita
de crédito que lhe seja conexo, nos termos do caput mediante consignação em folha de pagamento, a
deste artigo, ressalvado ao fornecedor do crédito o formalização e a entrega da cópia do contrato ou do
direito de obter do fornecedor do produto ou instrumento de contratação ocorrerão após o
serviço a devolução dos valores entregues, inclusive fornecedor do crédito obter da fonte pagadora a
relativamente a tributos. (LEI 14181/21)
9
indicação sobre a existência de margem consignável. de interesse do consumidor, resguardado o segredo
(LEI 14181/21) industrial.
§ 2º Nos contratos de adesão, o fornecedor deve
prestar ao consumidor, previamente, as informações
de que tratam o art. 52 e o caput do art. 54-B deste Art. 56. As infrações das normas de defesa do
Código, além de outras porventura determinadas na consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às
legislação em vigor, e fica obrigado a entregar ao seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das
consumidor cópia do contrato, após a sua de natureza civil, penal e das definidas em normas
conclusão. (LEI 14181/21) específicas:
I - multa;
4ª Turma. REsp 1626997-RJ, Rel. Min. Marco Buzzi, VI - suspensão de fornecimento de produtos ou
10
vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou § 1º A contrapropaganda será divulgada pelo
índice equivalente que venha a substituí-lo. responsável da mesma forma, freqüência e dimensão
e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço
e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de publicidade enganosa ou abusiva.
produtos, de proibição de fabricação de produtos,
de suspensão do fornecimento de produto ou
serviço, de cassação do registro do produto e TÍTULO II - Das Infrações Penais
revogação da concessão ou permissão de uso serão
aplicadas pela administração, mediante procedimento
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de
administrativo, assegurada ampla defesa, quando
consumo previstas neste código, sem prejuízo do
forem constatados vícios de quantidade ou de
disposto no Código Penal e leis especiais, as condutas
qualidade por inadequação ou insegurança do
tipificadas nos artigos seguintes.
produto ou serviço.
11
§ 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo
das correspondentes à lesão corporal e à morte.
§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 desta Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça,
Lei (permitir o ingresso em estabelecimentos coação, constrangimento físico ou moral,
comerciais ou de serviços de um número maior de afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de
consumidores que o fixado pela autoridade qualquer outro procedimento que exponha o
administrativa como máximo) também caracteriza o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira
crime previsto no caput deste artigo. com seu trabalho, descanso ou lazer:
Pena Detenção de 3 meses a 1 ano e multa.
12
I - serem cometidos em época de grave crise Parágrafo único. Se assim recomendar a situação
econômica ou por ocasião de calamidade; econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo; ser:
III - dissimular-se a natureza ilícita do a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
procedimento; b) aumentada pelo juiz até 20 vezes.
IV - quando cometidos:
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição
econômico-social seja manifestamente superior à Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
da vítima; previstos neste código, bem como a outros crimes e
b) em detrimento de operário ou rurícola; de contravenções que envolvam relações de consumo,
menor de 18 ou maior de 60 anos ou de pessoas poderão intervir, como assistentes do Ministério
portadoras de deficiência mental interditadas ou Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso
não; III e IV, aos quais também é facultado propor ação
V - serem praticados em operações que envolvam penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no
alimentos, medicamentos ou quaisquer outros prazo legal.
produtos ou serviços essenciais .
13
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
relação jurídica base pode se dar entre os membros
consumidores e das vítimas poderá ser exercida em
do grupo, categoria ou classe (membros de uma
juízo individualmente, ou a título coletivo.
determinada associação ou pertencentes ao
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida
mesmo sindicato) ou com a parte contrária (ex: os
quando se tratar de:
estudantes em relação à determinada escola). A
I - interesses ou direitos DIFUSOS, assim entendidos,
relação jurídica base necessita ser anterior à lesão;
para efeitos deste código, os transindividuais, de
■ Indivisível: Indivisibilidade do direito - o direito ou
natureza indivisível, de que sejam titulares
interesse é insuscetível de ser dividido em quotas
pessoas indeterminadas e ligadas por
ou parcelas;
circunstâncias de fato;
■ Ligados por relações jurídicas individuais.
II - interesses ou direitos COLETIVOS, assim
entendidos, para efeitos deste código, os Interesses ou direitos INDIVIDUAIS
transindividuais, de natureza indivisível de que HOMOGÊNEOS
seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas
■ Determinável: os titulares são identificáveis;
ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
■ Divisível: O objeto pode ser divisível;
relação jurídica base;
■ Origem comum.
III - interesses ou direitos INDIVIDUAIS
HOMOGÊNEOS, assim entendidos os decorrentes de
origem comum.
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são
legitimados concorrentemente:
I - o Ministério Público,
Interesses ou direitos DIFUSOS
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito
■ Grupo Indeterminável: Os titulares não são Federal;
somente pessoas indeterminadas, mas também III - as entidades e órgãos da Administração
indetermináveis, ou seja, não há nenhuma Pública, direta ou indireta, ainda que sem
vantagem para fins de tutela na sua identificação. personalidade jurídica, especificamente destinados
Há uma impossibilidade de se determinar os à defesa dos interesses e direitos protegidos por este
titulares dos direitos difusos; código;
■ Indivisível: A indivisibilidade justifica-se porque IV - as associações legalmente constituídas há pelo
os direitos difusos pertencem a todos os titulares menos 1 ano e que incluam entre seus fins
simultânea e indistintamente. Não podem ser institucionais a defesa dos interesses e direitos
compartilhados (só podem ser considerados como protegidos por este código, dispensada a autorização
um todo) porque não há como se partilhar algo assemblear.
quando os titulares são indefinidos; § 1° O requisito da pré-constituição pode ser
■ Ligados por situação de fato. dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91
e seguintes, quando haja manifesto interesse social
Interesses ou direitos COLETIVOS
evidenciado pela dimensão ou característica do
dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser
■ Grupo Determinável: Os titulares são
protegido.
determináveis, justamente porque possuem
entre si ou com a parte contrária uma relação
jurídica base anterior (origem do direito). Essa
14
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses propositura da ação serão solidariamente
protegidos por este código são admissíveis todas as condenados em honorários advocatícios e ao
espécies de ações capazes de propiciar sua décuplo das custas, sem prejuízo da
adequada e efetiva tutela. responsabilidade por perdas e danos.
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código ou seus sucessores, ação civil coletiva de
emolumentos, honorários periciais e quaisquer sofridos, de acordo com o disposto nos artigos
associação autora e os diretores responsáveis pela atuará sempre como fiscal da lei.
15
O MP não possui legitimidade para promover a
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é execução coletiva prevista no art. 98 do CDC. O
competente para a causa a justiça local: Ministério Público não possui legitimidade para
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o promover a execução coletiva do art. 98 do CDC por
dano, quando de âmbito local; ausência de interesse público ou social a justificar
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito sua atuação: Art. 98. A execução poderá ser coletiva,
Federal, para os danos de âmbito nacional ou sendo promovida pelos legitimados de que trata o
regional, aplicando-se as regras do Código de art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já
Processo Civil aos casos de competência concorrente. tenham sido fixadas em sentença de liquidação, sem
prejuízo do ajuizamento de outras execuções. Nessa
execução do art. 98, o que se tem é a perseguição de
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no direitos puramente individuais. O objetivo é o
órgão oficial, a fim de que os interessados possam ressarcimento do dano individualmente
intervir no processo como litisconsortes, sem experimentado, de modo que a indivisibilidade do
prejuízo de ampla divulgação pelos meios de objeto cede lugar à sua individualização. Essa
comunicação social por parte dos órgãos de defesa do particularidade da fase de execução constitui óbice à
consumidor. atuação do Ministério Público, pois o interesse social,
que justificaria a atuação do Parquet, à luz do art.
129, III, da Constituição Federal, era a
Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a homogeneidade do direito que, no caso, não mais
condenação será genérica, fixando a existe. STJ. 4ª Turma. REsp 869.583-DF, Rel. Min. Luis
responsabilidade do réu pelos danos causados. Felipe Salomão, julgado em 05/06/2012. STJ. 3ª
Turma. REsp 1.801.518-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença Sanseverino, julgado em 14/12/2021 (Info 722).
poderão ser promovidas pela vítima e seus
sucessores, assim como pelos legitimados de que
trata o art. 82.
Art. 99. Em caso de concurso de créditos
decorrentes de condenação prevista na Lei n.° 7.347,
de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo
prejuízos individuais resultantes do mesmo evento
promovida pelos legitimados de que trata o art. 82,
danoso, estas terão preferência no pagamento.
abrangendo as vítimas cujas indenizações já
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo,
tiveram sido fixadas em sentença de liquidação,
a destinação da importância recolhida ao fundo criado
sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.
pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada
§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão
enquanto pendentes de decisão de 2° grau as ações
das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a
de indenização pelos danos individuais, salvo na
ocorrência ou não do trânsito em julgado.
hipótese de o patrimônio do devedor ser
§ 2° É competente para a execução o juízo:
manifestamente suficiente para responder pela
I - da liquidação da sentença ou da ação
integralidade das dívidas.
condenatória, no caso de execução individual;
II - da ação condenatória, quando coletiva a
execução.
16
Art. 100. Decorrido o prazo de 1 ano sem contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao
habilitação de interessados em número Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o
compatível com a gravidade do dano, poderão os litisconsórcio obrigatório com este.
legitimados do art. 82 promover a liquidação e
execução da indenização devida.
Parágrafo único. O produto da indenização devida Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código
reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 poderão propor ação visando compelir o Poder
de julho de 1985. Público competente a proibir, em todo o território
nacional, a produção, divulgação distribuição ou
Para que a associação tenha legitimidade para venda, ou a determinar a alteração na composição,
envolvendo direitos individuais homogêneos é cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou
necessário que esteja presente a situação perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.
17
§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16,
■ ERGA OMNES, apenas no caso de procedência
combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de
do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
julho de 1985, não prejudicarão as ações de
sucessores;
indenização por danos pessoalmente sofridos,
■ Em caso de improcedência do pedido, os
propostas individualmente ou na forma prevista
interessados que não tiverem intervindo no
neste código, mas, se procedente o pedido,
processo como litisconsortes poderão propor
beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que
ação de indenização a título individual.
poderão proceder à liquidação e à execução, nos
termos dos arts. 96 a 99.
§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à EFEITOS DA SENTENÇA
sentença penal condenatória.
INTERESSES OU DIREITOS DIFUSOS
18
Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I
➔ O lesado pode propor ação individual se
(difusos) e II (coletivos) e do parágrafo único do art.
não participou da ação coletiva. Logo, não
81, não induzem litispendência para as ações
se admite a regra secundum eventum
individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga
probationis (impossível a repropositura da
omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III
mesma demanda coletiva diante da
do artigo anterior não beneficiarão os autores das
improcedência por falta de provas)
ações individuais, se não for requerida sua
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não é possível a repropositura de ação coletiva de
direitos individuais homogêneos julgada improcedente, ainda que por falta de provas. SUSPENSÃO no prazo de 30 dias, a contar da
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1843e35d41ccf6
e63273495ba42df3c1>.
Se a ação coletiva envolvendo direitos individuais superendividado pessoa natural, o juiz poderá
19
consumidor, devendo o pagamento a esse credor ser DÍVIDAS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DO
estipulado para ocorrer apenas após o pagamento aos PROCESSO DE REPACTUAÇÃO
credores presentes à audiência conciliatória. (LEI
✔ oriundas de contratos celebrados dolosamente
14181/21)
sem o propósito de realizar pagamento;
§ 3º No caso de conciliação, com qualquer credor, a
✔ provenientes de contratos de crédito com
sentença judicial que homologar o acordo descreverá
garantia real;
o plano de pagamento da dívida e terá eficácia de
✔ provenientes de financiamentos imobiliários;
título executivo e força de coisa julgada. (LEI
✔ provenientes de crédito rural.
14181/21)
https://www.dizerodireito.com.br/2021/07/breves-comentarios-lei-do
§ 4º Constarão do plano de pagamento referido no §
.html
3º deste artigo: (LEI 14181/21)
I - medidas de dilação dos prazos de pagamento e
de redução dos encargos da dívida ou da
Art. 104-B. Se não houver êxito na conciliação em
remuneração do fornecedor, entre outras destinadas
relação a quaisquer credores, o juiz, a pedido do
a facilitar o pagamento da dívida; (LEI 14181/21)
consumidor, instaurará processo por
II - referência à suspensão ou à extinção das ações
superendividamento para revisão e integração dos
judiciais em curso; (LEI 14181/21)
contratos e repactuação das dívidas remanescentes
III - data a partir da qual será providenciada a exclusão
mediante plano judicial compulsório e procederá à
do consumidor de bancos de dados e de cadastros de
citação de todos os credores cujos créditos não
inadimplentes; (LEI 14181/21)
tenham integrado o acordo porventura celebrado. (LEI
IV - condicionamento de seus efeitos à abstenção, pelo
14181/21)
consumidor, de condutas que importem no
§ 1º Serão considerados no processo por
agravamento de sua situação de superendividamento.
superendividamento, se for o caso, os documentos e
(LEI 14181/21)
as informações prestadas em audiência. (LEI
§ 5º O pedido do consumidor a que se refere o caput
14181/21)
deste artigo não importará em declaração de
§ 2º No prazo de 15 dias, os credores citados
insolvência civil e poderá ser repetido somente
juntarão documentos e as razões da negativa de
após decorrido o prazo de 2 anos, contado da
aceder ao plano voluntário ou de renegociar. (LEI
liquidação das obrigações previstas no plano de
14181/21)
pagamento homologado, sem prejuízo de eventual
§ 3º O juiz poderá nomear administrador, desde
repactuação. (LEI 14181/21)
que isso não onere as partes, o qual, no prazo de
até 30 dias, após cumpridas as diligências
PROCESSO DE REPACTUAÇÃO DE DÍVIDAS eventualmente necessárias, apresentará plano de
· não importará em declaração de insolvência civil; e credores, no mínimo, o valor do principal devido,
· poderá ser repetido somente após decorrido o corrigido monetariamente por índices oficiais de
prazo de 2 anos, contado da liquidação das preço, e preverá a liquidação total da dívida, após a
homologado, sem prejuízo de eventual repactuação. no art. 104-A deste Código, em, no máximo, 5 anos,
sendo que a primeira parcela será devida no prazo
20
máximo de 180 dias, contado de sua homologação do Distrito Federal e municipais e as ENTIDADES
judicial, e o restante do saldo será devido em parcelas PRIVADAS de defesa do consumidor.
mensais iguais e sucessivas. (LEI 14181/21)
21
poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de Súmula 130-STJ: A empresa responde, perante o
notória especialização técnico-científica. cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo
ocorridos em seu estacionamento.
TÍTULO V - Da Convenção Coletiva de Consumo
Súmula 285-STJ: Nos contratos bancários
posteriores ao Código de Defesa do Consumidor
Art. 107. As ENTIDADES CIVIS DE CONSUMIDORES e incide a multa moratória nele prevista.
as ASSOCIAÇÕES DE FORNECEDORES ou
Súmula 286-STJ: A renegociação de contrato
SINDICATOS DE CATEGORIA ECONÔMICA podem
bancário ou a confissão da dívida não impede a
regular, por convenção escrita, relações de
possibilidade de discussão sobre eventuais
consumo que tenham por objeto estabelecer
ilegalidades dos contratos anteriores.
condições relativas ao preço, à qualidade, à
quantidade, à garantia e características de Súmula 297-STJ: O Código de Defesa do Consumidor
produtos e serviços, bem como à reclamação e é aplicável às instituições financeiras.
composição do conflito de consumo.
Súmula 302-STJ: É abusiva a cláusula contratual de
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do
plano de saúde que limita no tempo a internação
REGISTRO do instrumento no cartório de títulos e
hospitalar do segurado.
documentos.
§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às Súmula 322-STJ: Para a repetição de indébito, nos
entidades signatárias. contratos de abertura de crédito em conta-corrente,
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o não se exige a prova do erro.
fornecedor que se desligar da entidade em data Súmula 323-STJ: A inscrição do nome do devedor
posterior ao registro do instrumento. pode ser mantida nos serviços de proteção ao
crédito por até o prazo máximo de 5 anos,
SÚMULAS SOBRE CONSUMIDOR INDEPENDENTEMENTE DA PRESCRIÇÃO DA
EXECUÇÃO.
STF
Súmula 356-STJ: É legítima a cobrança da tarifa
Súmula 28-STF: O estabelecimento bancário é
básica pelo uso dos serviços de telefonia fixa.
responsável pelo pagamento de cheque falso,
ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou Súmula 359-STJ: Cabe ao órgão mantenedor do
concorrente do correntista. (Superada, em parte: cadastro de proteção ao crédito a notificação do
Segundo entendimento do STF o Código de Defesa devedor antes de proceder à inscrição.
do Consumidor é aplicado nas relações entre as
Súmula 381-STJ: Nos contratos bancários, é
instituições financeiras e seus clientes (ADI 2591/DF).
vedado ao julgador conhecer, de ofício, da
O CDC afirma que somente a culpa exclusiva do
abusividade das cláusulas.
consumidor (no caso o correntista é que exclui a
responsabilidade do fornecedor de serviços (art. 14, Súmula 385-STJ: Da anotação irregular em cadastro
§ 3º, II). Logo, mesmo havendo culpa concorrente do de proteção ao crédito, não cabe indenização por
STJ
22
consumidor sobre a negativação de seu nome em realizado em parcela única, após o prazo de 180 dias,
bancos de dados e cadastros. contado da data do desfazimento do contrato.
Súmula 407-STJ: É legítima a cobrança da tarifa de Súmula 548-STJ: Incumbe ao credor a exclusão do
água fixada de acordo com as categorias de usuários registro da dívida em nome do devedor no cadastro
e as faixas de consumo. de inadimplentes no prazo de 5 dias úteis, a partir
do integral e efetivo pagamento do débito.
Súmula 412-STJ: A ação de repetição de indébito de
tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo Súmula 550-STJ: A utilização de escore de crédito,
prescricional estabelecido no Código Civil. método estatístico de avaliação de risco que não
constitui banco de dados, dispensa o
Súmula 477-STJ: A decadência do art. 26 do CDC não
consentimento do consumidor, que terá o direito de
é aplicável à prestação de contas para obter
solicitar esclarecimentos sobre as informações
esclarecimentos sobre cobrança de taxas, tarifas e
pessoais valoradas e as fontes dos dados
encargos bancários.
considerados no respectivo cálculo.
Súmula 479-STJ: As instituições financeiras
Súmula 563-STJ: O Código de Defesa do Consumidor
respondem objetivamente pelos danos gerados
é aplicável às entidades abertas de previdência
por fortuito interno relativo a fraudes e delitos
complementar, não incidindo nos contratos
praticados por terceiros no âmbito de operações
previdenciários celebrados com entidades
bancárias.
fechadas.
Súmula 532-STJ: Constitui prática comercial
Súmula 572-STJ: O Banco do Brasil, na condição de
abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e
gestor do Cadastro de Emitentes de Cheques sem
expressa solicitação do consumidor,
Fundos (CCF), não tem a responsabilidade de
configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à
notificar previamente o devedor acerca da sua
aplicação de multa administrativa.
inscrição no aludido cadastro, tampouco
Súmula 543 -STJ: Na hipótese de resolução de legitimidade passiva para as ações de reparação de
contrato de promessa de compra e venda de imóvel danos fundadas na ausência de prévia comunicação.
submetido ao Código de Defesa do Consumidor,
Súmula 595-STJ: As instituições de ensino superior
deve ocorrer a imediata restituição das parcelas
respondem objetivamente pelos danos suportados
pagas pelo promitente comprador -
pelo aluno/consumidor pela realização de curso não
integralmente, em caso de culpa exclusiva do
reconhecido pelo Ministério da Educação, sobre o
promitente vendedor/construtor, ou
qual não lhe tenha sido dada prévia e adequada
parcialmente, caso tenha sido o comprador quem
informação.
deu causa ao desfazimento.
Lei nº 13.786/2018: Súmula 597-STJ: A cláusula contratual de plano de
• Quando a incorporação estiver submetida ao saúde que prevê carência para utilização dos
regime do patrimônio de afetação: o incorporador serviços de assistência médica nas situações de
restituirá os valores pagos pelo adquirente no prazo emergência ou de urgência é considerada abusiva
máximo de 30 dias após o habite-se ou documento se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas
equivalente expedido pelo órgão público municipal contado da data da contratação.
competente.
Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem
• Caso a incorporação não esteja submetida ao
legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos
regime do patrimônio de afetação: o pagamento será
difusos, coletivos e individuais homogêneos dos
23
consumidores, ainda que decorrentes da 5) Em demanda que trata da responsabilidade
prestação de serviço público. pelo fato do produto ou do serviço (arts. 12 e 14
do CDC), a inversão do ônus da prova decorre da
Súmula 602-STJ: O Código de Defesa do Consumidor
lei (ope legis), não se aplicando o art. 6º, inciso
é aplicável aos empreendimentos habitacionais
VIII, do CDC.
promovidos pelas sociedades cooperativas
6) A redução da multa moratória para 2% prevista no
Súmula 608-STJ: Aplica-se o Código de Defesa do
art. 52, § 1º, do CDC aplica-se às relações de
Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo
consumo de natureza contratual, não incidindo
os administrados por entidades de autogestão.
sobre as sanções tributárias, que estão sujeitas à
Súmula 609-STJ: A recusa de cobertura securitária, legislação própria de direito público. (Tese julgada
sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se sob o rito do art 543-C do CPC)
não houve a exigência de exames médicos prévios à
7) A devolução em dobro dos valores pagos pelo
contratação ou a demonstração de má-fé do
consumidor, prevista no art. 42, parágrafo único,
segurado.
do CDC, PRESSUPÕE tanto a existência de
PAGAMENTO INDEVIDO quanto a MÁ-FÉ do
JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ credor.
24
12) É descabida a aplicação do Código de Defesa do 10) Da anotação irregular em cadastro de proteção
Consumidor alheia às normas específicas inerentes à ao crédito, não cabe indenização por dano moral,
relação contratual de previdência privada quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o
complementar e à modalidade contratual da direito ao cancelamento. (Recurso Repetitivo - Tema
transação, negócio jurídico disciplinado pelo Código 41) (Súmula n. 385/STJ)
Civil, inclusive no tocante à disciplina peculiar para o Admite-se a flexibilização da orientação contida na
seu desfazimento. súmula 385/STJ para reconhecer o dano moral
decorrente da inscrição indevida do nome do
EDIÇÃO N. 42: DIREITO DO CONSUMIDOR II
consumidor em cadastro restritivo, ainda que não
1) Na avaliação do risco de crédito, devem ser tenha havido o trânsito em julgado das outras
respeitados os limites estabelecidos pelo sistema de demandas em que se apontava a irregularidade das
proteção do consumidor no sentido da tutela da anotações preexistentes, desde que haja nos autos
privacidade e da máxima transparência nas relações elementos aptos a demonstrar a verossimilhança das
negociais, conforme previsão do CDC e da Lei n. alegações. STJ. 3ª Turma. REsp 1.704.002-SP, Rel. Min.
12.414/2011. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do Nancy Andrighi, julgado em 11/02/2020 (Info 665).
CPC TEMA 710)
11) A agência de turismo que comercializa pacotes
3) A instituição de ensino superior responde de viagens responde solidariamente, nos termos
objetivamente pelos danos causados ao aluno em do art. 14 do CDC, pelos defeitos na prestação dos
decorrência da falta de reconhecimento do curso serviços que integram o pacote.
pelo MEC.
12) O INÍCIO DA CONTAGEM do prazo de
5) É cabível indenização por dano moral quando o decadência para a reclamação de vícios do
consumidor de veículo zero-quilômetro necessita produto (art. 26 do CDC) se dá APÓS O
retornar à concessionária por diversas vezes para ENCERRAMENTO DA GARANTIA CONTRATUAL.
reparo de defeitos apresentados no veículo.
14) O roubo no interior de estacionamento de
6) A constatação de defeito em veículo veículos, pelo qual seja direta ou indiretamente
zero-quilômetro revela hipótese de vício do produto responsável a instituição financeira, não caracteriza
e impõe a responsabilização solidária da caso fortuito ou motivo de força maior capaz de
concessionária e do fabricante. desonerá-la da responsabilidade pelos danos
7) As bandeiras ou marcas de cartão de crédito suportados por seu cliente vitimado, existindo
25
terceiros, nos termos do art. 37, §6º da Constituição concomitante de outro produto ou serviço de
Federal e dos art. 14 e 22 do Código de Defesa do natureza distinta e comercializado em separado,
Consumidor. hipótese em que se configura a venda casada.
elemento volitivo do fornecedor que cobrou valor são aplicáveis aos contratos do Sistema Financeiro
indevido, revelando-se cabível quando a cobrança de Habitação - SFH, desde que não vinculados ao
objetiva. STJ. Corte Especial. EAREsp 676608/RS, Rel. FCVS e posteriores à entrada em vigor da Lei
5) É objetiva a responsabilidade civil das instituições 13) O Código de Defesa do Consumidor não é
financeiras pelos crimes ocorridos no interior do aplicável aos contratos locatícios regidos pela Lei
inerente à atividade econômica (art. 14 do CDC). 14) Não incide o Código de Defesa do Consumidor
6) É admitida a revisão das taxas de juros nas relações jurídicas estabelecidas entre
que caracterizada a relação de consumo e que a 15) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às
abusividade (capaz de colocar o consumidor em entidades abertas de previdência complementar,
desvantagem exagerada - art. 51, §1 º, do CDC) fique não incidindo nos contratos previdenciários
cabalmente demonstrada, ante as peculiaridades do celebrados com entidades fechadas. (Súmula n.
julgamento em concreto. (Tese julgada sob o rito do 563/STJ)
art. 543-C do CPC/73 - Tema 27)
17) O Código de Defesa do Consumidor não se aplica
7) Não existindo anotação irregular nos órgãos de ao contrato de plano de saúde administrado por
proteção ao crédito, a mera cobrança indevida de entidade de autogestão, por inexistir relação de
serviços ao consumidor não gera danos morais consumo.
presumidos.
18) É solidária a responsabilidade entre aqueles que
8) A ação de indenização por danos morais veiculam publicidade enganosa e os que dela se
decorrente da inscrição indevida em cadastro de aproveitam na comercialização de seu produto ou
inadimplentes não se sujeita ao prazo quinquenal serviço.
do art. 27 do CDC, mas ao prazo de 3 anos,
19) A diferenciação de preços para o pagamento em
conforme previsto no art. 206, § 3º, V, do CC/2002.
dinheiro, cheque ou cartão de crédito caracteriza
9) Considera-se abusiva a prática de limitar a prática abusiva no mercado de consumo – A Lei nº
liberdade de escolha do consumidor vinculando a 13.455/17 passou a admitir a diferenciação: Art. 1o
compra de produto ou serviço à aquisição Fica autorizada a diferenciação de preços de bens e
26
serviços oferecidos ao público em função do prazo 5) A pretensão indenizatória do consumidor de
ou do instrumento de pagamento utilizado. receber ressarcimento por prejuízos decorrentes de
Parágrafo único. É nula a cláusula contratual, vício no imóvel se submente ao prazo prescricional
estabelecida no âmbito de arranjos de pagamento previsto no art. 205 do Código Civil.
ou de outros acordos para prestação de serviço de O prazo decadencial previsto no art. 26 do CDC
pagamento, que proíba ou restrinja a relaciona-se ao período de que dispõe o consumidor
diferenciação de preços facultada no caput deste para exigir em juízo alguma das alternativas que lhe
artigo. são conferidas pelos arts. 18, § 1º, e 20, caput, do
mesmo diploma legal (a saber, a substituição do
EDIÇÃO N. 160: DIREITO DO CONSUMIDOR - IV
produto, a restituição da quantia paga, o abatimento
1) Na ação consumerista, o Ministério Público faz jus proporcional do preço e a reexecução do serviço),
à inversão do ônus da prova, independentemente não se confundindo com o prazo prescricional a que
daqueles que figurem como autores ou réus da se sujeita o consumidor para pleitear indenização
demanda. decorrente da má-execução do contrato. STJ. 3ª
2) A ausência de comunicação acerca da Turma. REsp 1819058/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi,
3) O clube de turismo e a rede conveniada de hotéis do art. 14 do CDC, devendo o prestador do serviço
são responsáveis solidariamente pelo padrão de responder de forma objetiva, independente de culpa,
atendimento e pela qualidade dos serviços bastando que esteja presente o nexo causal entre a
prestados, em razão da indissociabilidade entre as conduta e o resultado. STJ. 4ª Turma. AgInt no REsp
obrigações de fazer assumidas pela empresa e pelo 1830752/RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado
na Súmula n. 385/STJ, para reconhecer dano moral fornecedora de serviço, responde solidariamente
consumidor em cadastro restritivo de crédito, prestação, seja quando os fornece por meio de
quando existentes nos autos elementos aptos a hospital próprio e médicos contratados ou por meio
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1.414.776-SP, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em desacordo com a avença ou fora das especificações
11/02/2020 (Info 666). técnicas –, conferem condição especial à
Administração, dispensando-se o uso do CDC, na
8) O Código de Defesa do Consumidor - CDC, em
maior parte dos casos.
regra, é inaplicável aos contratos
5) a legislação especial relativa à contratação de
administrativos, tendo em vista as prerrogativas já
bens, obras e serviços públicos não confere proteção
asseguradas pela lei à administração pública.
direta à Administração Pública na posição de
9) Em situações excepcionais, a administração consumidora final ou usuária de serviços, sendo que
pública pode ser considerada consumidora de a própria Lei de Licitações e Contratos prevê a
serviços (art. 2º do CDC) por ser possível aplicação supletiva das normas de direito privado.
reconhecer sua vulnerabilidade, mesmo em 6) a Administração Pública celebra contratos
relações contratuais regidas, preponderantemente, regulados predominantemente por regras de direito
por normas de direito público, e por se aplicarem privado, nos termos do art. 62, § 3º, da Lei 8.666/93,
aos contratos administrativos, de forma supletiva, as como os de locação, seguro e mesmo os bancários.
normas de direito privado (art. 54 da Lei n. Caso concreto: ação de cobrança ajuizada pelo
8.666/1993). Distrito Federal contra o Banco devido a
O STJ admite excepcionalmente, que a Administração transferência bancária feita pela instituição
Pública possa ser considerada consumidor de financeira em favor de pessoa diversa da que deveria
serviços. Argumentos: ser beneficiada.
1) art. 2º do CDC não restringiu seu conceito à pessoa STJ. 2ª Turma. REsp 1772730/DF, Rel. Min. Herman
jurídica de direito privado; Benjamin, julgado em 26/05/2020.
2) as normas de direito privado podem ser aplicadas,
10) O Código de Defesa do Consumidor é inaplicável
supletivamente, aos contratos administrativos,
a contrato acessório de contrato administrativo,
conforme prevê o art. 54 da Lei nº 8.666/93.
pois não se origina de uma relação de consumo.
Ademais, mesmo em relações contratuais regidas
por normas de direito público preponderantemente, EDIÇÃO N. 161: DIREITO DO CONSUMIDOR - V
é possível que haja vulnerabilidade da
1) Nos contratos bancários posteriores ao início da
Administração.
vigência da Resolução-CMN n. 3. 518/2007, em
3) apesar de a Administração Pública poder definir o
30/4/2008, pode ser cobrada a tarifa de cadastro no
objeto da licitação (bens, serviços e obras), o fato é
início do relacionamento entre o consumidor e a
que serão contratados os disponíveis no mercado,
instituição financeira. (Súmula n. 566/STJ)
segundo as regras nele praticadas, de modo que o
Súmula 565-STJ: A pactuação das tarifas de abertura
Estado não necessariamente estará em posição
de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou
privilegiada ou diferente dos demais consumidores,
outra denominação para o mesmo fato gerador, é
podendo, eventualmente, existir vulnerabilidade
válida apenas nos contratos bancários anteriores ao
técnica, científica ou econômica, por exemplo.
início da vigência da Resolução-CMN n. 3.518/2007,
4) a existência das cláusulas exorbitantes que
em 30/4/2008.
permitem a modificação das cláusulas contratuais e
a revisão diante de fatos supervenientes, além das 2) É abusiva a cláusula contratual que restringe a
direito público – como a possibilidade de aplicar danos decorrentes de roubo, furto ou extravio de
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3) Aplica-se o prazo prescricional do art. 27 do CDC 1) É suficiente para a aplicação da teoria menor
às ações de repetição de indébito por descontos da desconsideração da personalidade jurídica (art.
indevidos decorrentes de defeito na prestação do 28, § 5º, do CDC) a existência de obstáculo ao
serviço bancário. ressarcimento de prejuízos causados aos
consumidores.
4) Nas ações de repetição de indébito por defeito do
serviço bancário (art. 27 do CDC), o termo inicial da 2) A desconsideração da personalidade jurídica de
contagem do prazo prescricional é a data em que sociedade cooperativa, com fundamento no art. 28,
ocorreu a lesão ou pagamento. § 5º, do CDC (teoria menor), não pode atingir o
patrimônio pessoal de membros do Conselho
5) Não há relação de consumo entre a instituição
Fiscal sem que haja a mínima presença de
financeira e a pessoa jurídica que busca
indícios de que estes contribuíram, ao menos
financiamento bancário ou aplicação financeira
culposamente, e com desvio de função, para a
para ampliar o capital giro ou fomentar atividade
prática de atos de administração.
produtiva.
3) Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor
6) As normas do Código de Defesa do Consumidor
aos contratos relativos a aplicações em fundos de
são aplicáveis às atividades de cooperativas que
investimento celebrados entre instituições
são equiparadas àquelas típicas de instituições
financeiras e seus clientes.
financeiras.
4) É ilícito o investimento de risco realizado pela
7) A ocorrência de fortuito externo afasta
instituição financeira sem autorização expressa do
responsabilidade civil objetiva das instituições
correntista, nos termos dos arts. 6º, III, e 39, III e VI,
financeiras, por não caracterizar vício na prestação
ambos do Código de Defesa do Consumidor, sendo
do serviço.
cabível a indenização por danos materiais e
8) As instituições financeiras são responsáveis por morais decorrentes da operação realizada.
reparar os danos sofridos pelo consumidor que
5) A instituição financeira responde por vício na
tenha o cartão de crédito roubado, furtado ou
qualidade do produto ao emitir comprovantes de
extraviado e que venha a ser utilizado
suas operações por meio de papel termossensível
indevidamente, ressalvada as hipóteses de culpa
(papel térmico).
exclusiva do consumidor ou de terceiros.
6) É abusiva e ilegal cláusula prevista em contrato
9) As entidades bancárias são responsáveis pelos
de prestação de serviços de cartão de crédito que
prejuízos resultantes de investimentos malsucedidos
autoriza o banco contratante a compartilhar
quando houver defeito na prestação do serviço de
dados dos consumidores com outras entidades
informação/conscientização dos riscos envolvidos na
financeiras ou mantenedoras de cadastros
operação.
positivos e negativos de consumidores, sem que
10) As regras do CDC não se aplicam aos contratos haja opção de discordar daquele
firmados no âmbito do Programa de compartilhamento, por desrespeitar os princípios da
Financiamento Estudantil - FIES, pois não se trata transparência e da confiança.
de serviço bancário, mas de programa
7) A responsabilidade da instituição financeira deve
governamental custeado pela União.
ser afastada quando o evento danoso decorre de
EDIÇÃO N. 162: DIREITO DO CONSUMIDOR – VI transações realizadas com a apresentação física
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do cartão original e mediante uso de senha vendedor/construtor, ou parcialmente, caso
pessoal do correntista. tenha sido o comprador quem deu causa ao
desfazimento. (Súmula n. 543/STJ)
8) Nos contratos de locação de cofre particular, não
1) O desfazimento do contrato ocorreu por culpa
se revela abusiva a cláusula limitativa de valores
exclusiva do promitente vendedor: as parcelas pagas
e de objetos a serem armazenados, sobre os quais
deverão ser INTEGRALMENTE devolvidas.
recairá a obrigação de guarda e de proteção do
2) O desfazimento do contrato ocorreu por culpa
banco locador.
exclusiva do consumidor: as parcelas pagas deverão
9) O banco não é responsável por fraude em ser PARCIALMENTE devolvidas.
compra on-line paga via boleto de produto não Em caso de resolução do contrato, em quanto tempo a
recebido, uma vez que a instituição financeira não incorporadora deverá promover devolução dos valores
pertence à cadeia de fornecimento nem ao adquirente?
apresentou falha em sua prestação de serviço. - Posição do STJ: imediatamente. Súmula 543-STJ: Na
da celebração do contrato, mas não proíbe que, Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata
posteriormente, em face de eventual litígio, restituição das parcelas pagas pelo promitente
havendo consenso entre as partes, seja instaurado o comprador - integralmente, em caso de culpa
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4) Não é abusiva a cláusula de tolerância nos EDIÇÃO N. 164: DIREITO DO CONSUMIDOR - VIII
contratos de promessa de compra e venda de imóvel
1) As agências de turismo não respondem
em construção que prevê prorrogação do prazo
solidariamente pela má prestação do serviço de
inicial para a entrega da obra pelo lapso máximo
transporte aéreo na hipótese de compra e venda de
de 180 dias, desde que observado o direito de
passagens sem a comercialização de pacotes de
informação ao consumidor.
viagens.
5) A recusa de cobertura securitária, sob a alegação Agência de turismo vendeu o pacote de viagens:
de doença preexistente, é ilícita se não houve a possui responsabilidade solidária
exigência de exames médicos prévios à Agência de turismo foi mera intermediária da
contratação ou a demonstração de má-fé do compra de passagem aérea: não possui
segurado. (Sumula n. 609/STJ) responsabilidade solidária
6) A cláusula contratual de plano de saúde que prevê 2) Configura defeito do serviço, a ausência de
carência para utilização dos serviços de assistência informação adequada e clara pelas empresas
médica nas situações de emergência ou de urgência aéreas e agências de viagem aos consumidores,
é considerada abusiva se ultrapassado o prazo quanto à necessidade de obtenção de visto
máximo de 24 horas contado da data da (consular ou trânsito) ou de compra de passagem
contratação. (Súmula n. 597/STJ) aérea de retorno ao país de origem para a
utilização do serviço contratado.
7) É abusiva a negativa de cobertura para
tratamento de emergência ou urgência do 3) A ausência de condições dignas de
segurado mesmo sob o argumento de necessidade acessibilidade de pessoa com deficiência ao
de cumprimento do período de carência, sendo interior da aeronave configura má prestação do
devida a reparação por danos morais. serviço e enseja a responsabilidade da empresa
aérea pela reparação dos danos causados (art. 14
8) Na ausência de previsão contratual expressa,
da Lei n. 8.078/1990).
impõe-se o afastamento do dever de custeio da
fertilização in vitro pela operadora do plano de 4) O atraso ou cancelamento de voo pela
saúde, por não se tratar de hipótese de cobertura companhia aérea NÃO CONFIGURA DANO MORAL
obrigatória. PRESUMIDO (IN RE IPSA), sendo necessária a
demonstração, por parte do passageiro, da
9) A ausência de informação qualificada quanto aos
ocorrência de lesão extrapatrimonial.
possíveis efeitos colaterais e reações adversas de
medicação configura defeito do produto, conforme 5) É abusiva a prática comercial consistente no
disposto no art. 12, § 1º, II, do CDC, ocasionando cancelamento unilateral e automático de um dos
responsabilidade objetiva do fabricante/fornecedor trechos da passagem aérea, em virtude da não
apresentação do passageiro para embarque no
10) Não se aplica o Código de Defesa do
voo antecedente (no show), configurando dano
Consumidor - CDC aos contratos de plano de
moral.
seguro de saúde de reembolso de despesas
médico-hospitalares destinados à fruição dos 6) As indenizações por DANOS MORAIS envolvendo
empregados do empregador contratante, pois, transporte aéreo internacional de passageiros
dentro do pacote de retribuição e de benefícios não estão submetidas à tarifação prevista nas
ofertado, a relação do contratante-empregador com normas e nos tratados internacionais, devendo-se
a seguradora é comercial. observar, nesses casos, a efetiva reparação do
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consumidor preceituada pelo Código de Defesa do falha na prestação do serviço e o princípio da
Consumidor – CDC. vinculação da oferta.
A indenização decorrente de extravio de bagagem e
3) A ausência de informação relativa ao preço, por si
de atraso de voo internacional está submetida à
só, não caracteriza publicidade enganosa.
tarifação prevista na Convenção de Montreal?
• Em caso de danos MATERIAIS: SIM. 4) É possível o redirecionamento da condenação de
estão abrangidos pelo contrato de hospedagem, modelos diferentes para o mesmo automóvel, no
razão pela qual a garantia de acesso aos quartos mesmo ano, ambos anunciados como novo modelo
pelo período integral da diária não é razoável nem para o próximo ano.
comércio eletrônico que não realiza qualquer quantidade de sódio ou de calorias (valor
pode ser responsabilizado por vício de mercadoria 8) A inserção de cartões informativos, inserts ou
ou inadimplemento contratual. onserts, no interior das embalagens de cigarros não
10) É válida a intermediação, pela internet, da constitui prática de publicidade abusiva apta a
venda de ingressos para eventos culturais e de caracterizar dano moral coletivo, por não
aos limites previstos nas convenções e tratados informação ao consumidor (art. 6º, III, do CDC),
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11) Em ação redibitória, o consumidor que teve julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema
restituição do valor pago pelo fornecedor deve 922)
devolver o bem considerado inadequado ao uso.
10) É cabível a aplicação de multa diária como
12) O estabelecimento comercial responde pela meio coercitivo para o cumprimento de decisão
reparação de danos sofridos pelo consumidor judicial que determina a exclusão ou impede a
vítima de crime ocorrido no drive-thru. inscrição do nome do devedor em cadastro de
restrição de crédito.
13) Nos contratos de telecomunicação com previsão
de permanência mínima, é abusiva a cobrança 11) Diante da presunção legal de veracidade e
integral da multa rescisória de fidelização, que publicidade inerente aos registros do cartório de
deve ser calculada de forma proporcional ao período distribuição judicial e cartório de protesto, a
de carência remanescente. reprodução objetiva, fiel, atualizada e clara
desses dados na base de órgão de proteção ao
EDIÇÃO N. 59: CADASTRO DE INADIMPLENTES
crédito - ainda que sem a ciência do consumidor-,
1) A inscrição indevida em cadastro de não tem o condão de ensejar obrigação de
inadimplentes configura dano moral in re ipsa. reparação de danos. (Tese julgada sob o rito do art.
possuem legitimidade passiva para as ações que a cobrança indevida se funda na aparência do
materiais decorrentes da inscrição, sem prévia STF ou STJ; c) houver depósito da parcela
cadastros restritivos, inclusive quando os dados conforme o prudente arbítrio do juiz. (Tese julgada
utilizados para a negativação são oriundos do CCF sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Temas 31 a 34)
do Banco Central ou de outros cadastros 14) A inscrição do nome do devedor nos cadastros
mantidos por entidades diversas. (Tese julgada de inadimplência é ilícita quando
sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Temas 37 e 38) descaracterizada a mora em razão de
dos créditos, é possível promover a retirada do julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Temas 31
credor que efetivou a inscrição irregular. (Tese independentemente de sua cobrança mediante
execução fiscal.
33
16) O Sistema de Informações de Crédito do Banco a) medidas para a prestação adequada da defesa
Central - Sisbacen possui natureza semelhante aos dos interesses e direitos do consumidor, da livre
34
pequenos litígios referentes às relações de consumo § 2º O membro de que trata o inciso II do caput e
ou para convenção coletiva de consumo. respectivo suplente será indicado pelo Ministro de
Estado da Economia.
§ 3º Os membros de que tratam os incisos III ao V do
Art. 3º O Conselho Nacional de Defesa do Consumidor caput e respectivos suplentes serão indicados pela
é composto (15 membros): autoridade máxima das entidades que representam.
I - pelo Secretário Nacional do Consumidor do § 4º Os membros de que tratam os incisos VI ao X do
Ministério da Justiça e Segurança Pública, que o caput e respectivos suplentes serão indicados pelo
presidirá; Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública,
II - por 1 representante indicado pelo Ministério da após chamamento público, conforme normas
Economia; definidas em ato do Ministro de Estado da Justiça e
III - por 1 representante indicado pelo Conselho Segurança Pública, e terão mandato de 2 anos,
Administrativo de Defesa Econômica - Cade; permitida uma recondução.
IV - por 1 representante indicado pelo Banco Central § 5º Na ausência do Presidente, as reuniões do
do Brasil; Conselho Nacional de Defesa do Consumidor serão
V - por 4 representantes de agências reguladoras, dos presididas por seu substituto no cargo.
quais:
a) 1 indicado pela Agência Nacional de Aviação Civil;
b) 1 indicado pela Agência Nacional de Art. 4º O quórum de reunião do Conselho Nacional
Telecomunicações; de Defesa do Consumidor será de 2/3 dos membros
c) 1 indicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica; e o quórum de aprovação será de maioria simples
e dos membros.
d) 1 indicado pela Agência Nacional de Petróleo; Parágrafo único. Além do voto ordinário, o
VI - por 3 representantes de entidades públicas Presidente do Conselho Nacional de Defesa do
estaduais ou distritais destinadas à defesa do Consumidor terá o voto de qualidade em caso de
consumidor de três regiões diferentes do País; empate.
VII - por 1 representante de entidades públicas
municipais destinadas à defesa do consumidor;
VIII - por 1 representante de associações destinadas à Art. 5º O Conselho Nacional de Defesa do Consumidor
defesa do consumidor com conhecimento e se reunirá em caráter ordinário, no mínimo, 4
capacidade técnica para realizar análises de impacto vezes ao ano, na cidade de Brasília, Distrito Federal, e
regulatório; em caráter extraordinário a pedido de seu
IX - por 1 representante dos fornecedores com Presidente ou por solicitação de, no mínimo, 1/4 de
conhecimento e capacidade técnica para realizar seus membros.
análises de impacto regulatório; e
X - por 1 jurista de notório saber e reconhecida
atuação em direito econômico, do consumidor ou de Art. 6º Serão convidados a compor o Conselho
regulação. Nacional de Defesa do Consumidor, sem direito a
§ 1º Cada membro do Conselho Nacional de Defesa voto:
do Consumidor terá um suplente, que o substituirá I - um membro de Ministério Público Estadual,
em suas ausências e impedimentos. indicado pelo Conselho Nacional de
Procuradores-Gerais;
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II - um membro do Ministério Público Federal,
indicado pelo Procurador-Geral da República; e Art. 12. É vedado aos membros a divulgação de
III - um membro da Defensoria Pública, indicado discussões em curso no Conselho Nacional de Defesa
pelo Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais. do Consumidor sem a prévia anuência de seu
Presidente.
Art. 8º A Secretaria Nacional do Consumidor do Art. 14. O Decreto nº 2.181, de 1997, passa a vigorar
Ministério da Justiça e Segurança Pública exercerá a com as seguintes alterações:
função de Secretaria-Executiva do Conselho Nacional “Art. 5º
de Defesa do Consumidor. .................................................................................................
......
Parágrafo único. Se instaurado mais de um processo
Art. 9º O Conselho Nacional de Defesa do Consumidor administrativo por pessoas jurídicas de direito público
poderá instituir comissões especiais com a finalidade distintas, para apuração de infração decorrente de um
de realizar tarefas e estudos específicos destinados à mesmo fato imputado ao mesmo fornecedor,
defesa do consumidor na ordem econômica eventual conflito de competência será dirimido pela
constitucional brasileira. Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da
Justiça e Segurança Pública, que poderá ouvir o
Conselho Nacional de Defesa do Consumidor,
Art. 10. As comissões especiais: considerada a competência federativa para legislar
I - serão compostas na forma de ato do Conselho sobre a respectiva atividade econômica.” (NR)
Nacional de Defesa do Consumidor; “Art. 16. Nos casos de processos administrativos em
II - não poderão ter mais de 7 membros; trâmite em mais de um Estado, que envolvam
III - terão caráter temporário e duração não superior interesses difusos ou coletivos, a Secretaria Nacional
a 1 ano; e do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança
IV - estarão limitadas a 3 operando simultaneamente. Pública poderá avocá-los, ouvido o Conselho Nacional
de Defesa do Consumidor, e as autoridades máximas
dos sistemas estaduais.” (NR)
Art. 11. Os membros do Conselho Nacional de Defesa
do Consumidor e das comissões especiais que se
encontrarem no Distrito Federal se reunirão Art. 15. Ficam revogados:
presencialmente ou por videoconferência e os I - o Decreto de 28 de setembro de 1995, que cria a
membros que se encontrem em outros entes Comissão Nacional Permanente de Defesa do
federativos participarão da reunião por meio de Consumidor; e
videoconferência. II - o Decreto de 11 de janeiro de 1996, que acrescenta
inciso ao art. 2º do Decreto de 28 de setembro de
36
1995, que cria a Comissão Nacional Permanente de
Defesa do Consumidor.
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