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TIPOS DE AUTOFAGIA
Microautofagia:
Por oposição ao tipo de autofagia anteriormente referido, através de uma invaginação
da sua membrana, o lisossoma capta diretamente os componentes presentes no
citosol da célula.
DOENÇA DE PARKINSON
A doença de Parkinson afeta milhões de pessoas no mundo, como podem ver, este
gráfico demonstra a Carga global projetada da doença de Parkinson, provocadas pelas
mudanças no envelhecimento, longevidade, taxas de tabagismo e industrialização,
1990-2040. Em 1990 cerca de 2,6 milhões de pessoas sofriam desta patologia, em 2015
cerca de 6,3 milhões e para 2040 está projetada uma estimativa de 17,5 milhões de
pessoas virem a sofrer da mesma.
Isto é, está previsto um crescimento exponencial! Quase que o número triplica! Ou
seja fatores ambientais e sociais influenciam negativamente a prospecção da doença.
Esta doença não possui uma cura. No entanto, existe uma série de tratamentos que
vão desde medicamentos à cirurgia, sendo que apenas melhoram os sintomas e não a
progressão da doença, ou seja, atenuam a gravidade destas manifestações, sem que
retrocedam o estado da mesma. Esta não é uma doença fatal mas pode ter sérias
complicações.
Na maior parte das vezes não existe nenhuma causa conhecida para as razões
das alterações que levam a esta doença, no entanto, em alguns casos, pode
haver uma causa genética como mutações na PINK1, na Parkin, no gene da alfa-
sinucleína e também mais comum no gene da cinase LRRK2, que leva ao
acúmulo da alpha sinucleína , que prejudicam a macroautofagia e a autofagia
mediada por chaperons e em casos raros pode ainda ser causada por MPTP
(impurezas tóxicas), encontrada na droga recreativa MPPP (opióide sintético).
- apatia;
- depressão;
- défices cognitivos.
Como podem observar existem vários estádios da doença, vão desde o estádio 1 que
representa um envolvimento unilateral, em que os tremores e as dificuldades motoras
atingem apenas um lado do corpo e não interferem no quotidiano, até ao estádio 5, o
mais avançado no qual a rigidez nas pernas impede a locomoção, o que obriga ao uso
de cadeira de rodas ou até mesmo implicam ficarem acamadas, podem ainda
apresentar delírios e alucinações e os efeitos colaterais das medicações superam os
seus benefícios.
Primeiro de tudo é importante salientar que parecem existir várias causas para a
doença de Parkinson, no entanto a patogénese desta doença parece estar a convergir
num tema comum, fatores como o stress oxidativo, disfunção mitocondrial e
agregação de proteínas - ou seja, todos relacionados com uma autofagia disfuncional
estão também interligados com o Parkinson.
De facto, há cada vez mais dados que mostram a autofagia como um processo
essencial à sobrevivência neuronal e a sua desregulação leva ao processo
neurodegenerativo.
A PINK 1 (que é uma cinase mitocondrial) e a Parkin ubiquitina ligase E3, essencial na
ubiquitinação: marcadas com ubiquitina de forma a serem direcionadas para a
degradação em lisossomas são uma via que previne danos e disfunções mitocondriais
progressivas. Quando as mitocôndrias são danificadas e se tornam disfuncionais, a
PINK 1 estabiliza e recruta a Parkin para as mitocôndrias danificadas, de modo a
eliminá-las.
Para além deste processo, é importante salientar que mutações ao nível dos genes que
codificam a alfa sinucleína e a LRRK2 levam a distúrbios na macroautofagia e na
autofagia mediada por chaperons o que leva à acumulação de substâncias como a alfa
sinucleína como já foi referido anteriormente.
Conclusão:
Assim, depois de concluída esta apresentação é possível perceber que a autofagia
assume um duplo efeito nas doenças neurológicas, ou seja, um normal funcionamento
permite a viabilidade celular, no entanto o contrário pode levar à perda das células
neuronais.
Com isto pudemos concluir que o tratamento e novas terapias da doença de parkinson
devam se basear na promoção da autofagia de forma a restaurar a homeostase
celular.