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RESUMÃO ( RESUMO DO RESUMO ) - 2ª PROVA


02 – CHEFIA E LIDERANÇA

CHEFE: O exercício da chefia é prerrogativa de um cargo recebido ou conquistado, de fundamental


importância na condução do grupo/equipe para atingir um determinado objetivo, chefiar significa contrariar
interesses e estabelecer prioridades.
Chefe – Figura muito conhecida no nosso meio, muitas das vezes é aquele que toma decisões de
forma individual e tende a falar mais do que escutar. Foca nos resultados, exige que tudo passe por sua aprovação,
cobrando que cada trabalhador cumpra suas tarefas.
Comando é a autoridade que o militar exerce sobre seus subordinados, em virtude do posto,
graduação ou função, é uma espécie de chefia militar. O comandante deve capacitar os militares a cumprirem
qualquer missão, agindo com responsabilidade, mesmo na ausência de ordens.
Atributos do Chefe: 1) Conhecer a sua profissão; 2) Conhecer a si próprio e procurar aperfeiçoar-se
(pontos fracos e fortes); 3) Conhecer seus subordinados e interessar-se pelo seu aprimoramento profissional e
bem estar; 4) Manter seus comandados bem informados; 5) Dar o exemplo; 6) Verificar se a ordem foi bem
compreendida, fiscalizada e executada; 7) Instruir seus comandados como uma equipe; 8) Decidir com acerto e
oportunidade; 9) Ter amor à responsabilidade e desenvolver esse sentimento entre os subordinados; 10) Empregar
as tropas de acordo com suas possibilidades; 11) Assumir a responsabilidade dos seus atos.
LIDER é aquele que consegue estabelecer uma interação pessoal com o grupo/equipe, influenciando
estes a se comprometerem com a busca de objetivos comuns. Liderar significa descobrir o poder que existe nas
pessoas, torná-las capazes de criatividade, auto-realização e visualização de um futuro melhor para si e para a
organização em que trabalham. A figura do líder é conhecida por trazer inspiração e motivação para os
trabalhadores. De modo geral, esses profissionais não focam nos resultados, mas no caminho que leva até eles.
O líder também é aquele capaz de estimular a autonomia do trabalhador e valorizar suas iniciativas e a
criatividade.

Qualidade do Lider:

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Liderança autoritária Liderança participativa
Liderança delegativa
ou autocrática (democrática)
dá ênfase à responsabilidade integral do
líder, que fixa normas, estabelece cabe ao líder o cumprimento da
este tipo é mais indicado para
objetivos e avalia resultados. O líder é o missão por meio da
assuntos de natureza técnica,
único dono da participação, do
em que
verdade; é quem estabelece normas engajamento dos homens e do
o líder atribui a seus assessores
rígidas, inspeciona os subordinados nos aproveitamento de suas ideias,
a
mínimos detalhes e determina os procurando estabelecer o
tomada de decisões
padrões de eficiência usando, para respeito e a
especializadas.
motivar os homens, o sistema de confiança mútua.
recompensas e punições.

Motivação: Na motivação, tanto o objetivo a ser alcançado quanto à recompensa deve ser valorizado
pelo indivíduo. Dentro das possibilidades, os interesses individuais devem ser incorporados em projetos da
organização.

07 – DIREITOS HUMANOS

CONCEITO: Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos,


independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos
humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à
educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.

CARACTERISTICAS: Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor
de cada pessoa; • Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem
discriminação a todas as pessoas; • Os direitos humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser privado de seus
direitos humanos; eles podem ser limitados em situações específicas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser
restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal;
• Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns
direitos humanos e outros não. Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito por muitos outros; • Todos
os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a
dignidade e o valor de cada pessoa.

NORMAS INTERNACIONAIS: Uma série de tratados internacionais dos direitos humanos e


outros instrumentos surgiram a partir de 1945. A criação das Nações Unidas viabilizou um fórum ideal para o
desenvolvimento e a adoção dos instrumentos internacionais de direitos humanos.

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TRATADOS: Um Estado pode fazer parte de um tratado através de uma ratificação, adesão ou
sucessão.
A ratificação é a expressão formal do consentimento de um Estado em se comprometer com um
tratado. Somente um Estado que tenha assinado o tratado anteriormente durante o período no qual o tratado esteve
aberto a assinaturas – pode ratificá-lo.
A adesão implica o consentimento de um Estado que não tenha assinado anteriormente o instrumento.
Um Estado também pode fazer parte de um tratado por sucessão, que acontece em virtude de uma
disposição específica do tratado ou de uma declaração.
COSTUME: O direito internacional consuetudinário – ou simplesmente “costume” – é o termo usado
para descrever uma prática geral e consistente seguida por Estados, decorrente de um sentimento de obrigação
legal.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS DA ONU


HISTÓRICO:
Os Direitos Humanos não foram criados por alguém - Em primeiro lugar, os Direitos Humanos
não são uma invenção, e sim o reconhecimento de que, apesar de todas as diferenças, existem aspectos básicos da
vida humana que devem ser respeitados e garantidos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi
redigida a fim de resguardar os direitos já existentes desde que houve qualquer indício de racionalidade nos seres
humanos. Os Direitos Humanos são assegurados a toda e qualquer pessoa.
Em segundo lugar, a extensão dos Direitos Humanos é universal, aplicando-se a todo e qualquer
tipo de pessoa. Portanto, eles não servem para proteger ou beneficiar alguém e condenar outros, mas tem aplicação
geral.
Por último, os Direitos Humanos não são uma entidade, uma ONG ou uma pessoa que se apresenta
fisicamente e tem vontade própria.
Como surgiram os Direitos Humanos?
Podemos fazer uma primeira incursão na Revolução Americana, em que a carta Bill of Rights (ou
Declaração dos Direitos dos Cidadãos dos Estados Unidos) assegura certos direitos aos nascidos no país. Entre
eles, garante o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à propriedade.
Na Revolução Francesa, em 1789, e foi redigida a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. De cunho liberal e baseado nos ideais iluministas que pregavam a igualdade, a liberdade e a fraternidade.
Somente em 1948 foi publicada a carta oficial contendo a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, a qual asseguraria, para todos e todas, os seus direitos básicos.
A história desse documento acompanha a história do início da Organização das Nações Unidas
(ONU), que iniciou suas atividades em fevereiro de 1945.
O que se queria naquele ano era evitar novas tragédias, como as ocorridas durante a Segunda
Guerra Mundial — por exemplo, a chamada “solução final” do governo nazista contra o povo judeu ou os atos
anteriores ao início oficial da guerra, como as prisões arbitrárias e o exílio de judeus, bem como a escravização de
povos, outros genocídios etc.
50 países se reuniram para elaborar um organismo mundial (Comissão de Direitos Humanos da
ONU), responsável pela redação de um documento. A declaração foi concluída em 18 de junho de 1948 e
aprovada
pela Assembléia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948. Hoje 193 países são signatários da ONU.
Porém, a organização não pode atuar como uma fiscal ou central reguladora ordenando ações dentro
dos países e dos governos. O que a ONU pode fazer é, no máximo, recomendações para que os países signatários
sigam os preceitos estabelecidos no documento.
Direitos Humanos no Brasil: inúmeros desrespeitos, relutância, personalidades que dedicaram suas
vidas foram ameaçadas ou mortas.
Artigos da Declaração Universal de Direitos Humanos: Artigo 1º — trata da liberdade e da
igualdade, que devem estender-se a todos os seres humanos. (DEMAIS ARTIGOS, VIDE APOSTILA).
Os Direitos Humanos são uma categoria de direitos básicos e inalienáveis.
No Brasil, os direitos humanos são garantidos na Constituição Federal de 1988, o que pode ser
considerado um grande avanço jurídico.

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O relatório Estado dos Direitos Humanos no Mundo, organizado pela Anistia Internacional,
mostra que entre as principais falhas do Brasil em direitos humanos, aparecem problemas como: A alta taxa de
homicídios no país, sobretudo de jovens negros; Os abusos policiais e as execuções extrajudiciais, cometidas
por policiais em operações formais ou paralelas, em grupos de extermínio ou milícias; A crítica situação do
sistema prisional; A vulnerabilidade dos defensores de direitos humanos, principalmente em áreas rurais; A
violência sofrida pela população indígena, sobretudo pelas falhas em políticas de demarcação de terras; e As várias
formas de violência contra as mulheres.
O Policial, no exercício de sua cidadania, tem o direito de ser bem assistido pelo Estado, estar bem
equipado, preparado e ter boas condições de trabalho refletindo, assim, a imagem da Instituição e de seu País. O
Policial Militar, inequivocamente, é sujeito de Direitos Humanos; respeitar e conceber sua cidadania são
fundamentos imprescindíveis para o crescimento de todos.
Características dos direitos humanos ou especificidades: Indivisibilidade (não podem ser
divididos ou cindidos), Interdependentes (dependem de outros, possuem interseções para atingirem finalidades),
Interrelacionalidade (relacionados com os sistemas de proteção dos direitos humanos, ou seja, não há hierarquia),
Imprescritibilidade (a pretensão de respeito e concretização de direitos humanos não se esgota pelo passar dos
anos).
Interpretação dos Direitos Humanos. Máxima Efetividade: Os Direitos Humanos devem ter
aplicação direta, imediata e integral. Não necessita de complemento, não tem prazo e não tem restrição. Primazia
da norma mais favorável: É a aplicação da norma mais favorável. Margem de apreciação: É baseada no sistema
Europeu de proteção dos Direitos Humanos, a corte europeia se utiliza da margem de apreciação para a reparação
do dano ou lesão no seu tempo, modo e disposição.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios: II - Prevalência dos direitos humanos; VI - Defesa da paz; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; X
- Concessão de asilo político. Art.5º, §1°, 2°, e 3°, CF/88, aplicação imediata, ou seja, os Direitos são
autoaplicáveis, vinculam os três poderes.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade.
Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

ATENÇÃO: 1) Bloco de Constitucionalidade; 2) Recurso Extraordinário 466343/2008; e 3) Súmula


Vinculante 25 CF/88 – dizia que tínhamos 02 tipos de prisão civil: Prisão civil por
dívidas; Prisão para o devedor de alimentos. Mas com o Pacto de São José da Costa Rica, também chamado de
Convenção Americana de Direitos Humanos, há previsão de somente uma prisão civil que seria a do devedor de
alimentos.
O Brasil também se submete ao Tribunal Penal Internacional (TPI). O Brasil se submete à
jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. Este Tratado foi criado pelo
Estatuto de Roma.
Presunção de inocência. Todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido
inocente até que sua culpabilidade tenha sido provada: Ninguém será culpado até o trânsito em julgado da sentença
penal condenatória.
Valores - Valores como igualdade, fraternidade, presunção da inocência, propriedade, privacidade,
liberdade de pensamento, opinião, consciência e religião, segurança social, esforço nacional pela cooperação
internacional, direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à dignidade humana e ao livre
desenvolvimento de sua personalidade, são elementos constitutivos da Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
Violações - Ações como escravagismo, tortura e prisão ilegal são tratadas como violações da
dignidade humana. As leis brasileiras passaram a tratar esses atos de forma específica, cominando penas aos
transgressores, todavia acreditamos que, apenas o conhecimento da lei e punições não constituam motivações
determinantes para que tais violações não ocorram.

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CIDADANIA: amplo conjunto de direitos e obrigações da pessoa, sob a vigência do Estado
Democrático de Direito.
Conduta Ética e Legal na Aplicação da Lei:
Moral tem fundamentos em valores na obediência a costumes e hábitos criados.
Ética fundamenta as ações morais especificamente pela razão, ou seja, pela racionalidade humana.
Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei (CCEAL):
Artigo 1 - Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem cumprir, a todo o momento, o
dever que a lei lhes impõe, servindo a comunidade e protegendo todas as pessoas contra atos ilegais, em
conformidade com o elevado grau de responsabilidade que a sua profissão requer. (DEMAIS ARTIGOS, VIDE
APOSTILA).

PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DA FORÇA E ARMAS DE FOGO PELOS


RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI (PBUFAF)
Neste mister, o uso da força e arma de fogo, se houver necessidade, deverão ocorrer dentro dos
chamados ―meios necessários‖ para conter a agressão, ou seja, ―[...] funcionários só podem utilizar a força
quando for estritamente necessário e somente na medida exigida para o desempenho das suas funções‖.
PRINCÍPIO 1 - Os Governos e os organismos de aplicação da lei devem adotar e aplicar regras sobre
a utilização da força e de armas de fogo contra as pessoas, por parte dos funcionários responsáveis pela aplicação
da lei.
PRINCÍPIO 2 - Os Governos e os organismos de aplicação da lei devem desenvolver um leque de
meios tão amplos quanto possível e habilitar os funcionários responsáveis pela aplicação da lei com diversos tipos
de armas e de munições, que permitam uma utilização diferenciada da força e das armas de fogo.
PRINCÍPIO 3 - O desenvolvimento e utilização de armas neutralizadoras não letais deveria ser
objeto de uma avaliação cuidadosa, a fim de reduzir ao mínimo os riscos com relação a terceiros, e a utilização
dessas armas deveria ser submetida a um controlo estrito.
(DEMAIS PRINCIPIOS, VIDE APOSTILA).

MANUTENÇÃO DA ORDEM EM CASO DE REUNIÕES ILEGAIS


PRINCÍPIO 12 - Dado que a todos é garantido o direito de participação em reuniões lícitas e
pacíficas.
PRINCÍPIO 13 - devem esforçar-se por dispersar as reuniões ilegais, mas não violentas sem recurso
à força e, quando isso não for possível, limitar a utilização da força ao estritamente necessário.
PRINCÍPIO 14 - só podem utilizar armas de fogo para dispersarem reuniões violentas se não for
possível recorrer a meios menos perigosos, e somente nos limites do estritamente necessário.

Praticidade Fundamentada na Normativa Internacional de Direitos Humanos e nas Leis


Internas, no que Concerne ao Exercício da Função Policial Militar:
PRINCÍPIO 15 - não devem utilizar a força na relação com pessoas detidas ou presas, exceto se isso
for indispensável para a manutenção da segurança e da ordem nos Estabelecimentos penitenciários, ou quando a
segurança das pessoas esteja ameaçada.
(DEMAIS PRINCIPIOS, VIDE APOSTILA).

REUNIÃO, MANIFESTAÇÃO POPULAR E PROTESTO: É a mobilização ativista de um


grupo de pessoas com a finalidade de obter do poder público ou privado competente, ações efetivas para
conquista das reivindicações manifestas por seus representantes, de formas pacífica e legal.
CF: “Artigo 5º, inciso XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente".

Prisão Ilegal:
CF: Art. 5º LXI, CRFB: "Ninguém será preso, senão em flagrante delito, ou ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente".

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CONVENÇÃO CONTRA TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS,
DESUMANOS OU DEGRADANTES – TRATADOS INTERNACIONAIS E DEMAIS INSTRUMENTOS.
Na Legislação Brasileira - O Brasil, com base na Constituição Federal e na Normativa Internacional,
sancionou a Lei de nº 9.455, de 7 de abril de1997, a Lei da Tortura. “Art. 1º Constitui-se em crime de tortura:
Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com o
fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; para provocar ação ou omissão
de natureza criminosa; em razão de discriminação racial ou religiosa.” (O Policial que presenciar um ato de tortura,
mesmo que não participe diretamente, será considerado como partícipe, pela omissão.).

MINORIAS E GRUPOS VULNERÁVEIS


As Minorias que nos reportamos são, na verdade, “minorias no Poder”, Étnicas, Religiosas e
Linguísticas (conforme Art. 27 do Pacto Internacional dos Direitos Civis ou Políticos).
Minorias Étnicas: Os grupos étnicos construtores de nosso País apresentam culturas próprias, em
seus hábitos, valores, idiomas e, assim o Brasil constrói sua riqueza maior que se chama diversidade.
Minorias Linguísticas - São as que utilizam dialeto ou idioma diverso do empregado pela maioria
numérica de um País.
Minorias Religiosas - São grupos praticantes de religiões de minorias numéricas, tais como
Candomblé, Umbanda, Budismo, Espiritismo e outras.
Grupos Vulneráveis: A palavra VULNERÁVEL pode significar fragilidade, suscetibilidade a riscos
pessoais e sociais, situação capaz para ser violado em seus direitos elementares, ferido, ofendido etc. A situação
de risco pessoal e social, na legislação brasileira, é destinada às crianças e adolescentes abandonados, idosos e até
mulheres, todos não alcançados pelas Políticas Públicas.
Criança - da concepção até 12 anos incompletos. Adolescente - de 12 anos até 18 anos incompletos.

08 – LEGISLAÇÃO PENAL MILITAR


Art. 124. A Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Art. 144, § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem ressalvada
a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
CRIMES PROPRIAMENTE MILITAR: Abandono de Posto; Dormir em serviço; Deserção
(Ausentar-se o militar, sem licença, da Unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de
oito dias).

CRIMES IMPROPRIAMENTE MILITARES: seriam previstos no Código Penal Militar, dentro


das condicionantes do seu Art. 9º, que podem ser cometidos tanto civil quanto militarmente. (Não há previsão legal
para Justiça Militar Estadual processar e julgar civil, Art. 125, §4º).

PRINCÍPIOS DA LEGISLAÇÃO PENAL MILITAR: Princípio da Legalidade; Princípio da


Intervenção Mínima; Princípio da Insignificância; Princípio da Culpabilidade; Princípio da Humanidade.

APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR:


Lei Penal Militar no tempo: Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto
aos efeitos de natureza civil.

Lugar do Crime: Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar que se desenvolveu a atividade
criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria
produzir se o resultado.

NOVA DEFINIÇÃO DOS CRIMES MILITARES:


É imprescindível frisar que, em regra, os crimes dolosos contra a vida de civil continuam da
competência do Tribunal do Júri, e somente nas circunstâncias excepcionais incluídas no CPM pelas Leis nº
13.491/17 e 12.432/11 é que se atribui à Justiça Castrense.

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LUGAR DE CRIME:
A lei penal militar aplica-se ao crime MILITAR praticado dentro e fora do território nacional, sem
prejuízo de tratados e convenções internacionais (art. 7º).
Teoria da Atividade (omissivos): lugar do crime é aquele em que se iniciou a execução da conduta
típica; Teoria do resultado: lugar do crime é aquele em que se produziu o resultado da ação/omissão; Teoria da
Ubiquidade (comissivos): lugar do crime é tanto aquele em que se iniciou sua execução, como aquele em que
ocorreu o resultado.
Crimes Militares em Tempo de Guerra e Crimes Militares em Tempo de Paz: (VIDE
APOSTILA).
Forças Armadas: ficam sob a autoridade suprema do Presidente da República.
Funções: 1) à defesa da Pátria, 2) à garantia dos poderes constitucionais e, 3) à garantia da lei e da
ordem.
GLO: Ordem do Presidente, de forma excepcional, temporária e justificada pela incapacidade dos
órgãos de segurança pública de garantirem a lei e a ordem.
I patrulhamento; II revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e III
prisões em flagrante delito.
Outra utilização atípica, mas frequente, das Forças Armadas está relacionada com obras de construção
civil. O Exército possui um Departamento de Engenharia e Construção, que foi idealizado originalmente para
construir e reformar as instalações militares (quartéis etc.).

Polícia judiciária militar: a) apurar os crimes militares; b) realizar diligências requisitadas pelos
órgãos e juízes da Justiça Militar e pelos membros do Ministério Público; c) cumprir os mandados de prisão
expedidos pela Justiça Militar.
Observações Doutrinárias Importantes: Crimes dolosos contra a vida de militar praticado por
militar: crime militar: se o fato se enquadrar no art. 9º, será crime militar.
Militar federal X militar estadual: Crime Militar. Julgado pela Justiça Militar.
Policial Militar X Bombeiro: crime militar: será crime militar, pois ambos pertencem a instituições
militares estaduais e podem ser julgados pela Justiça Militar Estadual.

INFRAÇÕES DISCIPLINARES
Art. 13 - Transgressão disciplinar é qualquer violação dos princípios da ética, dos deveres e das
obrigações Policiais Militares, na sua manifestação elementar e simples, e qualquer ação ou omissão contrárias aos
preceitos estatuídos em leis, regulamentos, normas ou disposições, desde que não constituam crime.

PESSOA CONSIDERADA MILITAR: Art. 22. É considerado militar, para efeito da aplicação
deste Código, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas
servir em posto, graduação, ou sujeição à disciplina militar.

CONCEITO DE SUPERIOR: Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre
outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar.

Penas principais: Art. 55: a) morte; b) reclusão; c) detenção; d) prisão; e) impedimento; f)


suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; g) reforma.
Penas Acessórias: Art. 98: a perda de posto e patente; II - a indignidade para o oficialato; III - a
incompatibilidade com o oficialato; IV - a exclusão das forças armadas; V - a perda da função pública, ainda que
eletiva.

10 – INTELIGENCIA POLICIAL
A Atividade de ISP (inteligência da Segurança Publica) é o exercício permanente e sistemático de
ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança
Pública, basicamente voltadas/orientadas para obtenção, produção e salvaguarda de dados e ou conhecimentos
necessários para subsidiar os tomadores de decisão.

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Características da Atividade da ISP: Ações Especializadas, Amplitude, Assessoria, Busca de
Dados, Economia de Meios, Dinâmica, Produção de Conhecimentos, Segurança, Verdade com significado.
Princípios da Atividade de ISP: princípio da Precisão, princípio da Imparcialidade, princípio da
Objetividade, princípio da Simplicidade, princípio da Oportunidade, princípio da Interação, princípio da
Permanência, princípio do Controle, princípio da Compartimentação, princípio do Sigilo, princípio da Amplitude.
Ramos da ISP: (são ligados)
Ramo da Inteligência refere-se a produzir conhecimentos para a atividade-fim, sobre a criminalidade
em geral. ("inteligência positiva", porque produz conhecimento, “soma” com informações).
Ramo da Contra Inteligência, destina-se a produzir conhecimentos para proteger a atividade de
Inteligência e a Instituição a que pertence. ("inteligência negativa", porque busca neutralizar ameaças das forças
adversas, ou seja, “retirar” ações adversas).

Pessoal empregado nas Operações de Inteligência:


Agente é o elemento que possui capacitação especializada e que só deve em ela ingressar após passar
por um Processo de Recrutamento Administrativo (PRA).
Colaborador é o elemento recrutado operacionalmente ou não, que por suas ligações e
conhecimentos cria facilidades para a AI.
Informante é o elemento recrutado operacionalmente que fornece dados e informações da sua área
normal de atuação.

Tipos de Operações e Ações de Inteligência:


Operações Exploratórias - São utilizadas para cobrir eventos e levantar dados específicos, em curto
faixa de tempo.
Operações Sistemáticas - São utilizadas para acompanhar, metodicamente, atividades de pessoas,
organizações, entidades e localidades por médio ou longo prazo.

AÇÕES DE INTELIGÊNCIA
AÇÕES DE COLETA AÇÕES DE BUSCA
São todos os
São todos os
procedimentos realizados
procedimentos realizados
por uma AI, ostensiva ou
por uma AI, normalmente
sigilosamente, a fim de
sigilosos, de
reunir dados cadastrados
dados ou conhecimentos
em órgãos públicos ou
não disponíveis.
privados.

Ciclo de Produção de Conhecimento – CPC:


Produzir conhecimento para a atividade de inteligência é transformar dados e/ou conhecimentos
em conhecimentos avaliados, significativos, úteis, oportunos e seguros, de acordo com metodologia própria e
específica. Os tipos de conhecimento produzidos são: Informe (conhecimento resultante de juízos formulados que
podem expressar dúvida, opinião ou certeza sobre a verdade de fato ou situação), Informação (conhecimento
resultante de raciocínios formulados que podem expressar sua certeza sobre a verdade de fato), Apreciação (sua
opinião sobre a verdade de fato) e Estimativa (sua opinião sobre a evolução de um fato).
Dado é toda representação de um fato ou situação, comunicação, documento, relato, denúncia, etc,
não elaborado por um profissional da AI.
Conhecimento é o resultado final expresso por escrito ou oralmente de um fato ou situação, real ou
hipotético, elaborado por um Órgão de Inteligência.
Avaliação é a etapa da fase do processamento do ciclo de produção de conhecimento na qual o
analista estabelece o grau de veracidade dos dados ou conhecimentos reunidos: Pertinência: o analista verifica se
o assunto constante do dado ou conhecimento reunido á coerente e interessa a AI; Credibilidade: o analista
verifica e estabelece julgamentos sobre: as frações significativas; a fonte; e o conteúdo.

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INTELIGÊNCIA POLICIAL
Pessoal Qualificado:
O primeiro passo é o Processo de Recrutamento Administrativo – PRA. O candidato à agência de
inteligência pode ser aprovado; contraindicado (caráter temporário) ou vetado (caráter permanente).
Um profissional de Inteligência deve ter ciência e consciência das suas responsabilidades, do sigilo e
do profissionalismo exigido para a função, tais como lealdade, integridade, discrição, ética e moral preconizada na
Doutrina de Inteligência (DISPERJ).

Meios Tecnológicos:
Interceptação telefônica: 1 terceiro capta o diálogo telefônico travado entre 2 pessoas, sem que
nenhum saiba.
Escuta telefônica: 1 terceiro capta o diálogo telefônico travado entre 2 pessoas, que 1 dos saiba.
Gravação telefônica: diálogo de 2 pessoas que 1 grave sem que a outra saiba.
Dados telefônicos: São os registros de uma comunicação telefônica, que atestam sua existência,
duração, destino etc.
Audit: telefone que efetuou e recebeu a ligação (dados).
Conta reversa: planilha de todas as chamadas efetuadas e recebidas.
Conta detalhada: planilha com todas as chamadas em um determinado período.
Rede de telefonia móvel:
Sistema guardião: software - tecnologia que ‘grampeia’ centenas de linhas simultaneamente.
Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou
quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Pena: reclusão, de
dois a quatro anos, e multa.

Banco de Dados: conjunto de arquivos relacionados entre si, contendo diversas informações que
podem variar de acordo com a especialidade.

Responsabilidades e acessos: A necessidade de conhecer é a condição pessoal, inerente ao efetivo


exercício do cargo, função, emprego ou atividade, indispensável para que uma pessoa possuidora de credencial de
segurança tenha acesso a dados ou informações sigilosas.

Comprometimentos: significa perda de segurança resultante do acesso não autorizado.

Vazamentos: divulgação não autorizada de conhecimento ou dado sensível. Pode ser


IRRESPONSAVEL (quem sabe, fala demais), OCASIONAL (falha humana, erro), VINGATIVA (prejudicar
alguém), FINANCEIRA (conhecimento ou dado é vendido à imprensa, empresa ou órgão).

Introdução à inteligência na Secretaria:


É bom lembrar que a PMERJ possui um Sistema, o SIPMERJ, que está inserido no Sistema Estadual
o Rio de Janeiro, o SISPERJ, o qual está inserido no Sistema Nacional de Segurança Pública, o SISP, que por fim
está inserido no Sistema Brasileiro de Inteligência, o SISBIN.
SIPMERJ é composto pela Agência Central; Agências classe A; Agências Classe B e Agências
classe C:
Agência Central: Subsecretaria de Inteligência (SSI) possui a seguinte estrutura: C1- Chefe; C2-
Subchefe; D1- Divisão Administrativa “10”(SS 10); D2 – Divisão da Inteligência “20” (SS20); D3- Divisão da
contra – inteligência “30” ( SS 30); D4 – Divisão de operações de inteligência “40” (SS40); D5 – Divisão de
informática “50” ( SS 50); D6 – Divisão eletrônica “60” (SS60); D7- Divisão de ensino “70” (SS70).
Agência Classe “A” (AIA): São as 2ª Seções dos Comandos Intermediários. (CPAs), (CPE), (COE).
Agência Classe “B” (AIB): São as 2ª Seções das Unidades Operacionais e das Unidades
Operacionais Especiais da PMERJ.
Agência Classe “C” (AIC): São os Setores de Assuntos Sigilosos e de Expediente dos Órgãos de
Coordenação, Direção e Apoio da PMERJ (unidades administrativas).

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Estrutura básica da Agência de Inteligência na PMERJ (mais comum):
Permanência é aquele que funciona diuturnamente, nas diversas Agências de Inteligência com o
escopo de captar conhecimento acerca das ocorrências de vulto acontecidas dentro das áreas de Policiamento.
Equipe de Operações visa à busca e coleta de informações a fim de subsidiar a AI, autoridade militar
(CMT) ou Agência Central.

Recrutamento:
Agente Ativo é aquele que está atuando na agência de inteligência. Já o
Reserva Técnica é aquele policial que fica de “stand bay”. Credenciado, mas não está atuando.
Desclassificado: fazia parte da agência (ativo ou reserva técnica) não faz mais.
Descredenciado: deixou de fazer parte do Sistema de inteligência.

Arquivo e documentação:
Arquivo é a área da inteligência que armazena as informações e conhecimentos recebidos e
produzidos.
Documentos: (VIDE APOSTILA)

11 – LEIS ESPECIAIS
ABUSO DE AUTORIDADE - Lei nº 13.869/19
A definição sobre os crimes de abuso de autoridade, contida no artigo 1º da nova lei, nos indica a
necessidade da existência de determinados requisitos, de forma concomitante, para a sua prática: (não há
modalidade culposa)
• Serem cometidos por agente público, servidor ou não,
• Com o abuso do poder que lhe é atribuído em razão do seu cargo público,
• No exercício de suas funções públicas ou a pretexto de exercê-las,
• Praticadas com a finalidade específica de: Prejudicar outra pessoa; Beneficiar a si mesmo ou
a terceiro; e Por mero capricho ou satisfação pessoal.
Dolo específico: a vontade do agente, ao praticar o ato.
Dolo eventual: O agente não quer produzir esse resultado, mas ele continua praticando o ato.
Sujeito ativo: Está definido no caput do artigo 2º e seus incisos: sujeito ativo do crime de abuso de
autoridade é qualquer agente público, servidor ou não (agente público aposentado não pratica abuso de autoridade).
O particular poderá praticar o crime de abuso de autoridade na condição de coautor ou partícipe, em
concurso com o agente público.
Sujeito passivo principal ou imediato: é a pessoa, física ou jurídica, que sofreu a ação delituosa.
Sujeito passivo secundário ou mediato: é o Estado, titular do serviço público e interessado no
regular funcionamento da administração pública.

BEM JURÍDICO TUTELADO PELA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE: a liberdade, direito


a advogado, intimidade ou a vida privada.

AÇÃO PENAL
Como regra geral, na forma de ação penal pública incondicionada, se houver inércia por parte do
Ministério Público, será admitida a ação penal privada subsidiária da pública.

COMPETÊNCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE ABUSO DE


AUTORIDADE
• Como regra geral, será a Justiça Comum Estadual e o Juizado Especial Criminal, conforme a pena
prevista.
• Se possuir foro por prerrogativa de função, fato este que remeterá a competência para o Tribunal de
Justiça.
• Crime for praticado por agente público federal, a competência será da Justiça Comum Federal.
• Crime for praticado por militar, a competência será da Justiça Militar da União ou da Justiça Militar
Estadual.

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Projeto Monitoria
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; A inabilitação para o exercício
de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; A perda do cargo, do mandato ou
da função pública.

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS


Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; Suspensão do exercício do cargo, da
função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens.

CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE


Art. 9 - Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses
legais. A seguir, podemos observar as respectivas modalidades de prisão e as suas hipóteses legais:
Cautelares: Prisão em Flagrante; Prisão preventiva; Prisão temporária.
Definitiva: Prisão em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado.
Atenção: Se a restrição de liberdade for imposta contra uma criança ou adolescente =>NÃO será
aplicado este artigo da Lei de Abuso de Autoridade =>Será aplicada a norma especial contida no ECA.
Art. 10 - Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou
sem prévia intimação de comparecimento ao juízo.
Art. 12 - Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo
legal.
Art. 13 - Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência.
Art. 15 - Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério,
ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo.
Art. 16 - Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou
quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão.
Art. 18 - Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se
capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações.
Art. 19 - Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária
competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia.
Art. 20 - Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado.
Art. 21 - Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento.
Art. 22 - Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora
das condições estabelecidas em lei. (período noturno: após 21:00 horas ou antes das 5:00 horas).
Excludente de ilicitude mediante o ingresso no imóvel à revelia da vontade do seu ocupante: para
prestar socorro, OU quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação
de flagrante delito OU em razão de situação de desastre.
Art. 23 - Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado de
lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente
alguém ou agravar-lhe a responsabilidade.
Art. 24 - Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição
hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar
local ou momento de crime, prejudicando sua apuração.
Art. 25 - Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio
manifestamente ilícito.
(Recentemente, ao julgar o RHC89.385/SP (j. 16/08/2018), o tribunal reiterou orientação semelhante
ao considerar nula a prova obtida por meio de acesso ao WhatsApp em telefone celular apreendido após prisão em
flagrante por tráfico de drogas.)
Art. 27 - Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de
infração administrativa.

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Projeto Monitoria
Art. 28 - Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir,
expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado.
Art. 29 - Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com
o fim de prejudicar interesse de investigado.
Art. 30 - Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente.
Art. 31 - Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou
fiscalizado.
Art. 32 - Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar,
ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou
administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em
curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível.
Art. 33 - Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer,
sem expresso amparo legal.
Art. 36 - Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que
extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte,
da excessividade da medida, deixar de corrigi-la.
Art. 37 - Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista
em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento.
Art. 38 - Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação.
A Lei dos crimes de abuso de autoridade entrou em vigor após 120 (cento e vinte) dias de sua
publicação oficial, em 5 de setembro de 2019. Esse período de 120 (cento e vinte) dias decorridos entre a data da
publicação e a data da entrada em vigor é denominado pelos doutrinadores de vacatio legis.

LEIS DOS CRIMES HEDIONDOS - LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990


Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: Homicídio (art. 121); Lesão corporal dolosa de
natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º); Roubo (Circunstanciado pela
restrição de liberdade da vítima, pelo emprego de arma de fogo, qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou
morte); Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte;
Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada; Estupro (e de vulnerável); Epidemia com resultado morte;
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais;
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável;
Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: (Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019): O crime de genocídio; posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido; comércio
ilegal de armas de fogo; tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição; organização criminosa,
quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo são insuscetíveis de: I - Anistia, graça e indulto; II - Fiança. § 1º A pena por crime previsto neste artigo
será cumprida inicialmente em regime fechado.
São equiparados aos crimes hediondos a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e o terrorismo.
A anistia, a graça e o indulto:
A anistia normalmente incide aos crimes políticos, mediante lei emanada do Congresso Nacional;
Graça é para crimes comuns, por meio de Decreto do Presidente da República ou por autoridade por
ele delegada, e é pessoal e individual, sendo necessário que o decreto arrole a todos os apenados agraciados;
Já o indulto é uma graça coletiva, devendo o Decreto Presidencial descrever não os nomes dos
apenados, mas sim algumas situações jurídicas nas quais todos os apenados que se enquadrarem.
Art. 112 - A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019). (VIDE APOSTILA)

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Projeto Monitoria
PRISÃO TEMPORÁRIA: cautelar que ocorre no inquérito policial, somente pode ser decretada
pelo juiz competente, e nos crimes comuns por até 5 dias, + 5. Nos crimes hediondos, por até 30 dias, + 30.

DELAÇÃO EFICAZ: e o crime é cometido em concurso concorrente que o denunciar à autoridade,


facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um dois terços.

LEI DE TORTURA - Lei n. 9.455/97


Art. 1º: Constitui crime de tortura: Constranger alguém com emprego de violência ou grave
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da
vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de
discriminação racial ou religiosa.

Tortura prova: obter declaração ou confissão de qualquer pessoa como meio de prova.
Tortura para prática de crime: conseguir do torturado um comportamento criminoso.
Tortura discriminatória: sofrimento físico ou mental é produzido em razão de preconceito ou
discriminação de raça ou religião.
Tortura Castigo: relação especial de poder, autoridade ou vigilância, entre o sujeito ativo e
passivo, como os pais, tutor, professor, curador, etc.
Tortura do Encarcerado: tortura ou tratamento desumano ou cruel a pessoas presas.
Omissão em Face à Tortura: Trata-se de crime próprio, não do torturador, mas daquele que tinha
o dever jurídico de evitar a tortura ou para aquele que posteriormente ao fato tomou conhecimento, e tinha o
dever apurar a infração, e não o fez.
Tortura Qualificada pelo Resultado: lesão grave ou morte, crime preterdoloso, o agente não quer
a morte da vítima e nem a lesão corporal grave, mas o resultado ocorre como consequência da tortura e é
atribuído ao agente a título de culpa, isto é, dolo na conduta e culpa no resultado.
Causas de Aumento de Pena: Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I. Se o crime é
cometido por agente público. II. Se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,
adolescente ou maior de sessenta anos. III. Se o crime é cometido mediante seqüestro.
Efeitos da Sentença Condenatória: “Art. 1º, § 5º - A condenação acarretará a perda do cargo,
função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada”.

TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS - Lei nº 11.343/06


Instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD.
Os tipos penais da Lei de Drogas contêm normas penais em branco, que necessitam de
complementação, uma vez que ela se refere a drogas apenas. Quem estabelece a lista de substâncias é o
Ministério da Saúde, através da ANVISA.

CRIME PERMANENTE: Quem guarda droga em casa está em estado de flagrância permanente,
podendo ser preso a qualquer momento do dia ou da noite, independentemente de mandado judicial.

CRIMES EM ESPÉCIE:
Porte e Cultivo para Consumo Próprio: Art. 28 - Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I. Advertência sobre os efeitos das drogas; II. Prestação de serviços à comunidade; III. Medida
educativa de comparecimento ao programa ou curso educativo.
(trata da figura do usuário que possui a droga ou plantas em pequena quantidade para uso próprio).
Tráfico na Forma Simples: Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa.

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Projeto Monitoria
Tráfico no Contexto da Atuação de Agente Policial Disfarçado: Art. 33. (...) § 1º Nas mesmas
penas incorre quem: IV - Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à
preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente
policial disfarçado.
Tráfico Privilegiado: “Art. 33. (...) § 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de
droga.
Uso Compartilhado: “Art. 33. (...) § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem.
Aparelhos, Maquinários e Objetos Destinados ao Tráfico: “Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar,
transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que
gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção
ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Associação para o Tráfico: “Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar,
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei.
Financiar ou Custear o Tráfico: “Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei.
Informante Colaborador: “Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou
associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei.
Prescrever ou Ministrar Culposamente Drogas: “Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente,
drogas, sem que delas necessite o paciente, fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar.
Conduzir Embarcação ou Aeronave Após Consumo de Droga: “Art. 39. Conduzir embarcação
ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.

O Agente Infiltrado e a Ação Controlada na Lei de Drogas: “Art. 53: I. A infiltração por agentes
de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes; II. A não-atuação
policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção,
que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de
integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível.
Do agente infiltrado: se dá mediante prévia autorização judicial e cuja relação com o grupo
criminoso é premeditada e planejada antecipadamente pelo Estado.
Do agente provocador: Trata-se, destarte, de ação desautorizada pelo Estado, que enseja nulidades
a atuação estatal e a possível responsabilidade criminal da autoridade que assim procede.
Do agente disfarçado: aquele que, ocultando sua real identidade, posiciona-se com aparência de um
cidadão comum (não chega a infiltrar-se no grupo criminoso) e, partir disso, coleta elementos que indiquem a
conduta criminosa preexistente do sujeito ativo.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


De acordo com o artigo 1º, o Estatuto dispõe sobre a proteção integral à criança e aos adolescentes
infratores ou não. Em seu artigo 2º considera criança a pessoa até 12 (doze) anos de idade incompletos e
adolescentes aquela pessoa, entre 12 (doze) completos e 18 (dezoito) anos incompletos.
Os Direitos Fundamentais dos Menores: Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua
liberdade senão em flagrante de ato infracional; Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se
encontra recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido
ou à pessoa por ele indicada.
Medidas de Proteção: Art. 98. Sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou
violados: I. Por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II. Por falta, omissão ou abuso dos pais ou
responsável; III. Em razão de sua conduta.
Ato Infracional: Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou
contravenção penal.
Você sabia que a criança e o adolescente são inimputáveis, e por essa razão não cometem crime, mas
sim ato infracional?

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Projeto Monitoria
Medidas Socioeducativas: “Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade
competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: I. Advertência; II. Obrigação de reparar o dano;
III. Prestação de serviços à comunidade; IV. Liberdade assistida; V. Internação em estabelecimento educacional;
VI. Qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
Infiltração de agentes de polícia para a investigação de crimes pela internet contra a dignidade
sexual de criança e de adolescente =>A Lei nº 8.069/90 prevê a infiltração de agentes de polícia na internet com a
finalidade de que sejam investigados determinados crimes contra a dignidade sexual de criança e de adolescente
previstos no ECA e no Código Penal.
Medidas Aplicadas aos Pais ou Responsáveis: “Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou
responsável: I. Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de promoção à família; II. Inclusão em
programa oficial ou comunitário de auxilio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; III.
Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; IV. Obrigação de matricular o filho ou pupilo e
acompanhar sua frequência e aproveitamento V. escolar; VI. Obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
tratamento especializado; VII. Advertência; VIII. Perda da guarda; IX. Destituição da tutela; X. Suspensão ou
destituição do poder familiar.
Conselho Tutelar: O Conselho Tutelar, de acordo com o art. 131 “é órgão permanente e autônomo,
não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente,
definidos nesta Lei”. Em cada município haverá ao menos um, como órgão integrante da administração pública
local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de quatro anos, dentre
pessoas que possuam reconhecida idoneidade moral; idade superior a vinte e um anos; que residam no município.

LEI DOS JUIZADOS CÍVEIS E CRIMINAIS - Lei nº 9.099/95


Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos da Lei, as contravenções
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa.
No Juizado Especial Criminal não há a necessidade de inquérito policial. A autoridade policial ao
tomar conhecimento da ocorrência, mandará lavrar um termo circunstanciado (registro de ocorrência melhor
elaborado).
Nos casos de violência doméstica NÃO poderá ser aplicada a Lei nº 9.099/95.

Suspensão Condicional do Processo:


Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou
não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a
quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime,
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.

ESTATUTO DO DESARMAMENTO - Lei nº 10.826/2003


Posse Ilícita: “Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência
desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa.
Porte Ilegal e as Demais Condutas do Art. 14: Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber,
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar.

Omissão de Cautela: “Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor
de 18, ou pessoa com deficiência mental se apodere da arma de fogo que esteja sob a sua posse ou que seja de sua
propriedade.
Disparo de Arma de Fogo: “Art. 15. É crime de perigo “disparar arma de fogo ou acionar munição
em lugar habitado ou em suas dependências, em via pública, ou em direção a ela, desde que esta conduta não tenha
por finalidade a prática de crime mais grave.

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Projeto Monitoria
Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito: Art. 16 - Possuir, deter, portar, adquirir,
fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Lei nº 8.072/90 “Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes: II. O crime de posse ou
porte ilegal de arma de fogo de uso proibido; III. O crime de comércio ilegal de armas de fogo; IV. O crime de
tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição.
Tráfico internacional de arma de fogo: Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente.
Bem Jurídico Tutelado, Ação Penal e Competência para o Processo e Julgamento dos
crimes previstos no Estatuto do Desarmamento:
Bem jurídico tutelado => A segurança pública é bem tutelado.
Ação Penal => A ação penal nos crimes previstos no Estatuto do Desarmamento será realizada na
forma de ação penal pública incondicionada.
Competência => como regra geral, será a Justiça Comum Estadual.

O Decreto Nº 9.847/19 e os Conceitos para as Armas de Fogo e Munições:


Arma de fogo de uso permitido - as armas de fogo semiautomáticas ou de repetição. (vide apostila)
Arma de fogo de uso restrito - as armas de fogo automáticas e as semiautomáticas que sejam: (vide
apostila).

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - Lei nº 8.078/90


Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.
Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração.

Direitos Básicos do Consumidor:


I. A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; (demais, vide apostila).

Práticas Abusivas:
I. Condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou
serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos. (demais, vide apostila).

Cobrança de Dívidas:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral,
afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor,
injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena: Detenção de três meses a um
ano e multa.
Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores:
O consumidor terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais
e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.

LEI MARIA DA PENHA


Art. 5º. Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano
moral ou patrimonial.
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma
articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema
Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e
emergencialmente quando for o caso.

16
Projeto Monitoria
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial
e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino - previamente
capacitados.
Art. 11
a) Garantir proteção policial, quando necessário;
b) Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde;
c) Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando
houver risco de vida;
d) Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da
ocorrência ou do domicílio familiar;
e) Informará ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive os de
assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de separação judicial, de
divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável.
MEDIDAS PROTETIVAS: (VIDE APOSTILA)

ESTATUTO DO IDOSO
Com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
O art. 6º diz que “todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma
de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento”.

12 – ETICA
SIGNIFICADO: Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de
um grupo social ou de uma sociedade. "é. profissional".
A Deontologia Policial Militar, então, deve basear-se na Ética autêntica, ou seja, na ética fundadora
dos princípios, uma deontologia trabalhada à luz de uma permanente retomada, comandada pela reflexão,
descartando-se a possibilidade de torná-la uma ética profissional aplicada segundo um enganoso e oportunista
moralismo.
Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras iguais, porém, será apresentada
posteriormente a diferenciação básica entre Ética e Moral.
A moral é compreendida na forma de uma conduta voluntária isenta de pressões externas ao
indivíduo.
Em resumo, a diferenciação entre Moral e Ética pode acontecer de várias maneiras: Ética é
princípio, moral são aspectos particulares de determinado tipo de conduta; Ética é permanente, moral é
temporária; a Ética possui a propriedade da universalidade enquanto que a moral é restrita à dada cultura;
Ética é regra, moral é prática de tal regra; Ética é teoria, moral é prática desta teoria.
Por fim, temos que a Ética é o estudo geral do que é certo ou errado, bom ou mal, justo
ou injusto, apropriado ou inapropriado.
ÉTICA: A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.

ÉTICA E MORAL: A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam
o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções
estabelecidas por cada sociedade.
➢ Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao
tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
➢ Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão.
Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral,
certo ou errado, bom ou mau.

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: O servidor público deve assumir o compromisso de promover


a igualdade social, de lutar para a criação de empregos, de desenvolver a cidadania e de robustecer a democracia.
O Código de Ética Profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas pelos
profissionais no exercício de seu trabalho.

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Projeto Monitoria
Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que significa ciência do
dever e da obrigação. A deontologia é um tratado dos deveres e da moral.
Deontologia jurídica: A deontologia jurídica é a ciência que se preocupa em cuidar dos deveres e
dos direitos dos profissionais que trabalham com a justiça. Advogados, juízes, desembargadores, Policiais e etc,
são alguns exemplos de profissionais abrangidos pela deontologia jurídica.

13 – CONTITUCIONAL
Conceito orgânico de constituição: Lei fundamental e suprema de um Estado, criada pela vontade
soberana do povo.
Estrutura das constituições:
O preâmbulo é a parte que antecede o texto constitucional propriamente dito.
A parte dogmática da Constituição é o texto constitucional propriamente dito.
A parte transitória da Constituição visa integrar a ordem jurídica antiga à nova.
No que se refere à classificação da Constituição de 1988 podemos aduzir que é escrita, do tipo
codificada, elaborada em processo democrático, dogmática eclética, rígida, formal, analítica, normativa,
dirigente, social princípio lógica e expansiva.

Classificação das constituições:


Origem: Outorgadas, Democráticas, Cesaristas, Dualistas.
Forma: Escrita, Não-escrita.
Modo de Elaboração: Dogmáticas, Históricas.
Estabilidade: Imutáveis, Rígidas, Semirígidas.
Conteúdo: Materiais, Formais.
Extensão: Analíticas, Sintéticas.
Correspondência com a realidade: Normativas, Nominativas, Semânticas.
Finalidade: Constituições-Garantia, Constituições-Dirigentes, Constituições-Balanço.
Conteúdo Ideológico: Liberais, Sociais.
Local da Decretação: Heteroconstituições, Autoconstituições.
Quanto ao Sistema: Principiologicas, Preceituais (regra).

Dica: NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL É PRAFED.


P = Promulgada.
R = Rígida.
A = Analítica.
F = Formal.
E = Escrita.
D = Dogmática.
Breve histórico das constituições brasileiras:
CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824 (monarquia hereditária)
CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA DE 1891 (federação, republica e presidencialismo)
CONSTITUIÇÃO DE 1934 (Manteve-se a federação, a república presidencialista e os três poderes)
CONSTITUIÇÃO DE 1937 (Estado Novo)
CONSTITUIÇÃO DE 1946 (após 2ª Guerra - Foi eleito, com o apoio de Vargas, o General Eurico
Gaspar Dutra)
CONSTITUIÇÃO DE 1967 e a EMENDA CONSTITUCIONAL Nº. 1 DE 1969 (regime militar –
AI-5)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (1984-Diretas Já)
O vínculo entre as entidades componentes da Federação (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) é indissolúvel, ou seja, nenhuma delas pode abandonar o restante para fundar um novo país, não é
admitido o fenômeno da secessão.

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Projeto Monitoria

PODER CONSTITUINTE
É aquele que cria a Constituição, enquanto os poderes constituídos são aqueles estabelecidos por ela.
Poder constituinte originário: (primeiro grau ou genuíno) é o poder de criar uma Constituição.
Apresenta 6 (seis) características: político, inicial, incondicionado, permanente, ilimitado juridicamente e
autônomo, cria o ordenamento jurídico de um Estado dando validade a uma nova ordem constitucional.
Poder Constituinte Derivado: (segundo grau) é o poder de modificar a Constituição Federal bem
como de elaborar as Constituições Estaduais. (reformador, decorrente ou difuso)
Mutação constitucional é o fenômeno que modifica determinada norma da Constituição Federal sem
que haja qualquer alteração no seu texto.

CLÁUSULAS PÉTREAS
São objetos das Cláusulas Pétreas (não haverá emenda): a forma federativa de Estado; o voto direto,
secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais.
Forma federativa de Estado: A denominação República Federativa do Brasil indica que o país é
baseado em uma federação, isto é, composto por vários estados membros.

Voto direto, secreto, universal e periódico: (voto obrigatório não consta aqui!)

A Separação dos Poderes: Judiciário, Legislativo e Executivo. Estes poderes são independentes e
harmônicos entre sí, e não existe hierarquia entre eles, e sim competências específicas.

Os Direitos e Garantias Individuais: Direitos individuais elencados no artigo 5° e seus incisos,


possuindo maior relevo a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança, a propriedade, ente outros.
Os princípios fundamentais estão disciplinados nos artigos 1º a 4º da Constituição: Trata-se de uma
federação (forma de Estado), de uma república (forma de governo), que adota o regime político democrático (traz
ínsita a ideia de soberania assentada no povo); constitui um Estado de Democrático de Direito (implica a noção de
limitação do poder e de garantia de direitos fundamentais aos particulares)
Ademais, traz (no art 1º) os fundamentos da República federativa do Brasil, que são: soberania;
cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político
(SOCIDIVAPLU).
No artigo 2º estão elencados os Poderes da União, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
No art. 3º os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que são: construir uma
sociedade livre, justa e solidária: garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais, por fim, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (CON – GA – E – PRO).
O art. 4º estabelece os princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas
relações internacionais: (PÂNICO SOCO REDE).

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Projeto Monitoria
DOS PRÍNCÍPIOS, DOS DIREITOS E DAS GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ART. 5º AO
17 DA CRFB/88).
Primeira Geração: são os direitos que buscam restringir a ação do Estado sobre o indivíduo,
impedindo que este se intrometa de forma abusiva na vida privada das pessoas.
Segunda geração: são os direitos que envolvem prestações positivas do Estado aos indivíduos
(políticas e serviços públicos).
Terceira geração: são os direitos que não protegem interesses individuais, mas que transcendem a
órbita dos indivíduos para alcançar a coletividade.
Distinção entre direitos fundamentais e garantias fundamentais:
Direitos fundamentais: Direitos individuais e coletivos, Direitos sociais, Direitos de nacionalidade,
Direitos políticos e Direitos de sufrágio.
Garantias fundamentais: São estabelecidas pelo texto constitucional como instrumentos de
proteção dos direitos fundamentais.
Direitos e garantias fundamentais: abrangendo os direitos e deveres individuais e coletivos, os
direitos sociais, a nacionalidade, os direitos políticos e os partidos políticos.
Características dos direitos fundamentais: históricos, inalienáveis, imprescritíveis, irrenunciáveis
e relativos.
No artigo 5º: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, a
segurança e a propriedade”.
II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
IV - É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato
VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei. (escusa de consciência)
IX - É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença.
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial.
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
XIII - É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer.
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário
ao exercício profissional.
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

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Projeto Monitoria
XXI - As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição.
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
Inafastabilidade do poder judiciário (art. 5°, xxxv) - “A Lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Segurança jurídica (art. 5°, xxxvi) - “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito
e a coisa julgada”.
Tribunal do júri (art. 5°, xxxviii)

DIREITOS CONSTITUCIONAIS PENAIS


O art. 5º, LVII, determina que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória”.
Do direito à presunção de inocência: Trata-se de um princípio penal, de que ninguém é culpado
pela prática de qualquer ilícito senão após ter sido como tal julgado pelo juiz natural, com ampla oportunidade de
defesa.
Direito ao devido processo legal: Por esse princípio é garantido a todos que ninguém será privado
de seus bens e liberdade, sem que haja o devido processo legal, dotado de todas as garantias constitucionais, com
todas as etapas e formalidades previstas em lei, sob pena de nulidade.
Princípio do contraditório e da ampla defesa: Ampla defesa é o asseguramento de condições que
possibilitam ao réu apresentar, no processo, todos os elementos de que dispõe. Contraditório é decorrência direta
da ampla defesa, impondo a condução dialética do processo.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

REMÉDIOS CONSTITUICIONAIS

Habeas corpus: LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
(REPRESSIVO, PREVENTIVO ou SUSPENSIVO)
Mandado de segurança: LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido
e certo, não amparado por “habeas corpus” ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Mandado de injunção: LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania; O mandado de injunção foi disciplinado pela Lei nº 13.300/2016.
Habeas-data: LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo.

DA NACIONALIDADE
Vínculo jurídico-político de direito público interno que faz da pessoa um dos elementos componentes
da dimensão do Estado.

Espécie de nacionalidade: • A nacionalidade primária - resulta de fato natural (nascimento); • A


nacionalidade secundária - é a que se adquire por ato volitivo, depois do nascimento (em regra, pela
naturalização).

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Projeto Monitoria
ART. 12. São brasileiros:
Natos: ✓ Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país; ✓ Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; ✓ Os nascidos no estrangeiro de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a
residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
Naturalizados: ✓ Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral; ✓ Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III de Presidente do Senado Federal; IV de Ministro do Supremo
Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado
da Defesa.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil: § 1º - São
símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º - Os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

DOS DIREITOS POLÍTICOS


Conceito: Nos termos expressos da Constituição Federal, a soberania popular será exercida pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos e, nos termos da lei, mediante plebiscito,
referendo e iniciativa popular (CF, art. 14).
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: VI - a idade mínima de:
a) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) Trinta anos para Governador
e Vice Governador de Estado e do Distrito Federal; c) Vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual
ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) Dezoito anos para Vereador.
A Direito ao sufrágio: é materializar pela capacidade de votar e de ser votado, representando, pois,
a essência dos direitos políticos.
Capacidade eleitoral ativa: é a que garante ao nacional o direito de votar nas eleições, nos plebiscitos
e nos referendos, no Brasil.
Plebiscitos e referendos: a Constituição Federal prever que uma das formas de exercício da soberania
popular será a realização de consulta a população, por meio de plebiscito e referendos.
Capacidade eleitoral passiva: conforme discorrida diz respeito de servotado e de ser eleito
(elegibilidade).
As inelegibilidades afastam a capacidade eleitoral passiva constituindo impedimento à candidatura
a inelegibilidades eletivas dos Poderes Executivo e Legislativo.
Inelegibilidades absoluta: impede que o cidadão concorra em qualquer eleição a qualquer mandado
eletivo: (analfabeto, os não alistáveis).
Inelegibilidade relativa: ao contrário da absoluta, não está relacionada com a condição pessoal
daquele que pretende candidatar-se. (motivos funcionais; motivo de casamento, parentesco ou afinidade; da
condição de militar; previsões e leis complementares)
Para concorrer em outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estados e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito.

Condição militar: o militar é alistável, podendo ser eleito (CF, art. 14,§ 8º). Porém, é vedado ao
militar, enquanto estiver em serviço ativo estar filiado a partido político (CF, art. 142, § 3º, V).
a) Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
b) Se contar com mais de 10 anos de serviço será agregado pela autoridade superior, e se eleito
passará automaticamente no ato da diplomação para a inatividade.

22
Projeto Monitoria
A FEDERAÇÃO BRASILEIRA
Os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) são todos autônomos, isto é, são
dotados de auto- organização, auto legislação, auto administração e autogoverno, dentro dos limites estabelecidos
pela Constituição Federal.
A auto-organização dos Estados-membros se manifesta por meio da elaboração de suas Constituições,
fruto do exercício do Poder Constituinte Derivado Decorrente pela atuação de suas Assembleias Legislativas.
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Poder legislativo: É aquele que tem a atribuição de elaborar ou modificar as leis. Existe poder
legislativo nas esferas da União, Estados e Municípios.
Poder executivo: O Poder Executivo tem a função de executar as leis já existentes e de propor a
aprovação de novas leis segundo a necessidade do Estado e do povo.
Poder judiciário É composto por Juízes (em 1ª instância), Desembargadores (em 2ª instância) e
Ministros (STF, STJ, TSE, TST e STM). O Poder Judiciário tem a obrigação de julgar quaisquer conflitos que
possam surgir no País, baseando-se nas Leis que se encontram em vigor. Cabe-lhe a função de aplicar as Leis,
julgando de maneira imparcial e isenta, determinada situação e as pessoas nela envolvidas, determinando quem
tem razão e se alguém deve ou não ser punido por infração à Lei.
De acordo com o art. 92 da Constituição Federal, são órgãos do Poder Judiciário: Supremo Tribunal
Federal (STF); Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Superior Tribunal de Justiça (STJ); Tribunais Regionais
Federais (TRF) e Juízes Federais; Tribunais e Juízes do Trabalho; Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes
Militares; Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

INTERVENÇÃO FEDERAL
Em nosso país, somente podem ser sujeitos ativos de intervenção a União (INTERVEEM EM
ESTADOS E DF) e os Estados Membros (INTERVEEM NOS MUNICIPIOS). Não existe intervenção praticada
por municípios ou pelo Distrito Federal.
Intervenção federal espontânea: há intervenção espontânea nas hipóteses em que a Constituição
autoriza que a medida seja efetivada diretamente pelo chefe do poder executivo, e por sua própria iniciativa.
Intervenção federal provocada: há intervenção provocada quando a medida depende de provocação
de algum órgão a qual a Constituição conferiu tal competência.
Órgãos que provocam: Poder Legislativo, Supremo Tribunal Federal, SFT, STJ ou TSE,
Procurador Geral da República (PGR).
Decreto interventivo: A intervenção federal será implementada mediante decreto expedido pelo
Presidente da República, que, uma vez publicado, terá eficácia imediata da, legitimando os demais atos do chefe
do Poder Executivo na execução da medida.
O Estado Rio de Janeiro esteve em estado de intervenção federal na área da segurança pública no
ano de 2018, tendo como interventor o General de Exército Braga Netto atual Ministro chefe da casa civil do
Governo Federal.
Controle político da intervenção: O decreto presidencial de intervenção deverá ser submetido à
apreciação do Congresso Nacional no prazo de vinte e quatro horas. Se o Congresso estiver em recesso será
convocado extraordinariamente no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
Intervenção no município Os Estados-Membros poderão intervir nos municípios localizados no seu
território mediante a expedição de decreto pelo governador. (a UNIÃO só pode intervir em municípios em
territórios, hoje no Brasil, não há territórios).

ESTADO DE DEFESA
Esse equilíbrio constitucional poderá ser afetado por situações que não há harmonia entre grupos
sociais como a guerra externa ou agressão armada estrangeiras ou calamidade de grandes proporções na natureza.
Constatada uma situação de crise constitucional, a Constituição Federal autoriza a adoção de certas
medidas de exceção, estado de defesa e estado de sítio, com o fim de fazer frente a anormalidade manifestada e
reestabelecer a ordem.

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Projeto Monitoria
Estabelece a Constituição Federal que o Presidente da República pode, ouvidos os Conselhos da
República e o Conselho de Defesa Nacional decretar estado de defesa para preservar ou prontamente reestabelecer,
em locais restritos e determinados a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza (CF, art. 136).
São duas, portanto, as situações excepcionais que autorizam a decretação do estado de defesa: a) a
existência de grave e iminente instabilidade institucional que ameace a ordem pública ou a paz social; ou b)
a manifestação de calamidades de grandes proporções na natureza, que atinjam a ordem pública ou a paz
social.
O estado de defesa é medida de exceção mais branda do que o estado sítio: não poderá ser superior
a 30 dias, com prorrogação única de 30 dias; em locais restritos e determinados; nos termos e limites
fixados em lei, certas medidas coercitivas de restrição de direitos e garantias fundamentais dos indivíduos (reunião,
sigilo de correspondência ou telefônica, ocupação temporária de bens e serviços públicos).

O estado de sítio: Determina a Constituição Federal que o Presidente da República pode, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar
o estado de sítio nos casos de: • Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fato que comprovem
a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; ou • Declaração de estado de estado de guerra ou
resposta a agressão armada estrangeira.
Uma vez decretado, estabelece-se uma legalidade constitucional extraordinária, na qual é permitida
a suspensão temporária de direitos e garantias fundamentais do indivíduo, como forma de reverter a anormalidade
em curso.
Deste modo, a instauração do estado de sítio depende do cumprimento de três requisitos formais, são
eles: • Audiência do Conselho da República e do Conselho Nacional; • Autorização do Congresso Nacional, pelo
voto da maioria absoluta de seus membros, em face de solicitação fundamentada do Presidente da República; •
Expedição do decreto pelo Presidente da República.
A duração máxima do estado de sítio dependerá da causa de sua decretação; não necessariamente
abrangerão todo o território nacional; as medidas coercitivas que poderão ser tomadas contra as pessoas também
dependerão da causa que fundamentou a decretação do estado de sítio.
Controle político da decretação do estado de sítio é realizado pelo Congresso Nacional,
e pode ser divido em três diferentes modalidades: Controle preventivo; controle concomitante; controle sucessivo;
controle jurisdicional.

DAS FORÇAS ARMADAS – MILITARES FEDERAIS


A Constituição Federal estabelece que as forças armadas, integradas pela Marinha, pelo Exército e
pela Aeronáutica são instituições nacionais permanentes e regulares, organizada com base na hierarquia e na
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, a garantia
dos Poderes Constitucionais e por iniciativa de qualquer deste, da lei e da ordem.
Militares estaduais e distritais: Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros
Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.
Organização e manutenção dos militares distritais: Art. 21. Compete a União XIV -organizar e
manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
Segurança Pública: A Constituição Federal trata da Segurança Pública no Capítulo III do seu Título
V no art. 144, “caput”, CF/88. Dispõe a Carta Magna que a segurança pública é dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, sendo exercida com o objetivo de preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
• Polícia Federal;
• Polícia Rodoviária Federal;
• Polícia Ferroviária Federal;
• Policiais Civis: (polícia judiciária);
• Policiais Militares (polícia administrativa) e Corpos de Bombeiros Militares.
• Polícias penais federal, estaduais e distrital (EC nº 104/2019).

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Projeto Monitoria

A guarda municipal destina-se ao policiamento administrativo da cidade, especialmente


dos parques e jardins, dos edifícios públicos e museus, onde a ação dos depredadores do
patrimônio público se mostra mais danosa.

15 – CRIMINALISTICA
A Criminalística é uma ciência aplicada que utiliza conceitos de outras ciências firmadas nos
princípios da física, da química e da biologia, no bojo de métodos e leis próprias embasadas nas normas específicas
constantes na legislação, principalmente a processual penal.
Considerado o Pai da Criminologia, Hans Gross professor de criminologia na Universidade de Praga,
foi um magistrado austríaco que defendeu o uso da ciência e da tecnologia na investigação, autor do Livro System
der Kriminalistik, que se manteve atual por mais de 50 anos.
Para a Polícia Militar a história se inicia por Ato do Comandante Geral, em 09 de fevereiro de 1988,
criando o Núcleo do Centro de Criminalística da PMERJ.
E, finalmente, pela Resolução nº 196, de 23 de julho de 1998, da Secretaria de Estado de Segurança
Pública, passou a ser denominado Centro de Criminalística da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - CCrim.

Definição de Local de Infração Penal:


Local de crime é a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual
é constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que, aparente, necessária ou
presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou
posteriores, à consumação do delito, e com este diretamente relacionado.

Classificação de Local de Infração Penal:


1) Quanto ao local em si;
Local Interno: é a área compreendida no interior das habitações de quaisquer espécies, isto é, em todo
ambiente fechado. O fato ocorrendo em terreno cercado ou murado será a área considerada como “local interno”,
por constituir recinto fechado.
Local Externo: é a área constituída por extensão aberta, ou seja, fora das habitações. Ex: rua, terreno
baldio, etc....
Ambiente Imediato: É a área onde ocorreu o fato.
Ambiente Mediato: Compreende as adjacências do local onde ocorreu o fato.

2) Quanto à natureza do fato;


1) Local de Homicídio; 2) Local de Furto; 3) Local de Furto Qualificado; 4) Local de Incêndio; 5)
Local de Contravenção Penal, etc....

3) Quanto ao exame do local.


Local Idôneo: é aquele que não foi violado. Local Inidôneo: Violado, Alterado ou Desfeito.

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Projeto Monitoria
Técnicas de Isolamento e Preservação:
O isolamento e a consequente preservação do local de crime é uma garantia que o perito terá ao
encontrar a cena do crime conforme fora deixada pelo infrator, assim, como pela vítima, tendo com isso, as
condições técnicas de analisar todos os vestígios.
A responsabilidade pela preservação dos locais de crime é de competência do primeiro agente de
segurança pública que se defrontar para com a cena criminosa.
Protocolo de Procedimentos nos Locais de Crime – IN 006/98
1) Procedimentos Genéricos: Socorrer a vítima (primeiros socorros) ou providenciar atendimento
médico; Prender o infrator (se possível); Interditar o local; Preservar o local; Comunicar o fato ao COPOM,
ou a Sala de Operações e à DP da circunscrição; Arrolar testemunhas e realizar a investigação preliminar;
Aguardar no local a chegada da Autoridade de Polícia Judiciária e da Perícia Criminal.

COMPETÊNCIAS DE CADA ÓRGÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA


No art. 144, da CRFB está previsto que, “A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos: I- Polícia Federal; II- Polícia Rodoviária Federal; III- Polícia Ferroviária
Federal; IV- Polícia Civil; V- Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar”.

PROVA
É a demonstração que se faz, pelos meios legais, da existência ou veracidade de um fato material ou
de um ato jurídico, em virtude da qual se conclui por sua existência ou se afirma a certeza a respeito da existência
do fato ou do ato demonstrado. - Provas Ilícitas: (vedada).
Estrutura Analítica da Prova:
Elemento de prova, são os dados da realidade objetiva concernente ao fato ocorrido: coisa, pessoa,
cadáver, espaço, etc.
Meio de prova refere-se aos dados da realidade objetiva, existentes na dimensão do espaço,
concernente ao ato, fato, coisa ou pessoa, tal como um cadáver ou um elemento qualquer existente no fato ocorrido:
o Interrogatório; a Acareação; o Depoimento do Ofendido, e o das Testemunhas; a Perícia; o Reconhecimento de
Pessoas e Coisas; e a Busca e Apreensão.
Instrumento de prova, que se destina a materializar de modo gráfico-formal os elementos obtidos.
Corpo de Delito:
É o elemento principal de um local de crime, em torno do qual gravitam os vestígios e para o qual
convergem as evidências. É o elemento desencadeador da perícia e o motivo e razão última de sua implementação.
Ônus da Prova:
O ônus da prova incumbe: Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; Ao réu, quanto à
existência de fato impeditiva, modificativa ou extintiva do direito do autor.

PROVA MATERIAL – INVESTIGAÇÃO OBJETIVA


As provas Objetivas são denominadas provas mudas, são aquelas baseadas em vestígios, são colhidas
e entregues para apreciação dos peritos e são transportadas ao Inquérito por meio de laudos. A finalidade é provar
a materialidade do delito.
O Inquérito Policial é o procedimento utilizado pela Polícia Judiciária para investigar, apurar a
infração penal, a fim de colher todos os elementos de prova relacionados com o fato. Trata-se de procedimento
administrativo e meramente informativo. Não temos no inquérito policial o contraditório, ou seja, o Inquérito
Policial é todo desenvolvido pelo Estado contra o investigado.
Vestígios, Evidências e Indícios.
Os vestígios constituem-se, pois, em qualquer marca, objeto ou sinal sensível que possa ter relação
com o fato investigado.
Constitui uma evidência o vestígio que, após analisado pelos peritos, se mostrar diretamente
relacionado com o delito investigado. (fase processual)
Considera-se indício a circunstância conhecida e provada que, tendo relação com o fato, autorize, por
indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. (fase pós pericia)

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Projeto Monitoria
Preservação da Prova Material – Cadeia de Custódia
Desde o início até o fim do processo judicial, é fundamental ser capaz de demonstrar cada passo
(todas as etapas) para assegurar o “rastreamento” e a “continuidade” da evidência desde o local de crime até a sala
do tribunal.

PROVA SUBJETIVA – INVESTIGAÇÃO SUBJETIVA


Aquela que exprime o conhecimento subjetivo e pessoal atribuídos a alguém. Exemplificando: o
interrogatório, os depoimentos, a confissão, as conclusões dos peritos e etc.
Abordagem de Testemunhas, Vítimas e Suspeitos: Atuação do policial militar deve se persuasiva,
cortês e objetiva.

Técnicas de Abordagem:
Interrogatório: como sendo a resposta dada pelo acusado às perguntas que lhe são formuladas, para
esclarecimento do fato delituoso e suas circunstâncias.
Confissão: Consiste no reconhecimento total ou parcial, feito pelo acusado, da verdade dos fatos
pertinentes à acusação que lhe é imputada.
Ofendido é o titular eventual do bem jurídico ameaçado ou atingido.
Testemunha: São os olhos e ouvidos da justiça, haja vista que toda pessoa pode servir como
testemunha.
Preservação da Prova Subjetiva
Pode ocorrer mediante a garantia dos cuidados médicos indispensáveis a manutenção da vida, à
recuperação de alguma doença, o tratamento de ferimentos, como também nas medidas voltadas a garantir a
integridade física, como o que ocorre com os programas de proteção à testemunha.
Catalogar Possíveis Testemunhas Esta é uma importante ajuda para o esclarecimento do crime;
Observar Possíveis Suspeitos.

MÉTODOS DE ACIONAMENTO DO CCRIM


Nos casos em que a presença do perito seja fundamental: pelo fato da natureza da prisão é necessária
a presença do perito; solicitação do Cmt, Chefe ou Dir. (durante o Expediente) e após instalação de procedimento
OU Of. De dia, Supervisor, ou Oficial mais antigo (fora do Expediente).
Nos casos de acidente de trânsito sem vítima, cujas viaturas tenham sido removidas, com base nas
Leis Federais nº 5.970/73 (para remoção veículos civis) e 6.174/74 (para remoção veículos militares), art. 1º e
parágrafo únicos, respectivamente, permanecendo a necessidade de realização do Exame Pericial da(s) viatura(s)
envolvida(s), o Comandante, Chefe ou Diretor agendará a ida do Perito Militar à sua OPM durante o horário de
expediente, instaurando em seguida o devido Inquérito Técnico, cujo encarregado ratificará através de ofício
(Anexo I), a solicitação de exame pericial pretérita, no prazo máximo de dez dias úteis, a contar da data de
acionamento dos peritos.
Dos Tipos de Exames Periciais Realizados Pelo CCrim:
Balístico, Documentoscópico/Grafotécnico/Grafodocumentoscópico, local, Reprodução Simulada
(Reconstituição), laboratório, Merceológico, material, veículo, Audiovisual, Computação Forense (COM),
Papiloscopia (PAP).

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Atenciosamente, Projeto Monitoria. Boa prova a todos!

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