O brincar na educação infantil vai muito além do simples entretenimento ou um “preencher
o tempo” das crianças. A brincadeira propicia à criança uma oportunidade de entendimento de diversas situações do mundo adulto, através dela consegue identificar e dar significado as ações e atitudes do mundo adulto.
A criança ao brincar, se vê no papel do adulto, podendo experimentar situações diversas que
vão contribuir para o seu crescimento e amadurecimento emocional e cognitivo. A escola tem um papel primordial no exercício deste desenvolvimento. Froebel propunha uma analogia entre a criança e uma planta, onde esta necessita de um ambiente apropriado para poder se desenvolver. Este ambiente deve ser oferecido pela escola com ambientes aparelhados para propiciar um desenvolvimento adequado e que faça sentido à criança. Froebel também propôs de forma bem intensa a prática de jogos ao ar livre para o aprendizado das crianças. Na concepção Froebeliana é através do jogo que a criança chega ao conhecimento. Para ele o trabalho em grupo é essencial, isso é constatado através de sua prática em desenhar um círculo no meio da sala de aula para auxiliar nas atividades interativas em grupos. Criador também do “dons” que são sólidos geométricos para serem utilizados nos jogos. Segundo esse autor, o “Brincar é a mais alta fase do desenvolvimento infantil”.
Segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação, a brincadeira é importante pois é
através dela que a criança assume papéis, fazendo a substituição de objetos para outros de sua própria imaginação.
Para Vygosky é através da brincadeira que a criança apropria-se do mundo adulto,
desenvolvendo sentimentos e atitudes.
Carvalho (1992, p.14) afirma que:
(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental
importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante. O ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo. A criança através do brincar, recria a realidade, agindo de forma mais segura e descontraída, pois não há adultos para julgar suas ações. Neste momento lúdico ela é dona de suas ações, livre de qualquer julgamento. Referência FANTACHOLI, Fabiana. As implicações do brincar no desenvolvimento infantil. Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-brincar-na-educacao- infantil.htm#capitulo_3>. Acesso em 15 Out. 2018.