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Anos Finais
6º ao 9º ano
Arte
MATERIAL DE FORMAÇÃO – ARTE – 6º AO 9º ANO – MARÇO – 2023
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ANO 6º AO 9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
COMPONENTE CURRICULAR ARTE
LIVROS DIGITAIS SE LIGA NA ARTE - 6º ANO: http://bit.ly/3b2yMo5
SE LIGA NA ARTE - 7º ANO: http://bit.ly/3rgcULX
SE LIGA NA ARTE - 8º ANO: http://bit.ly/3sAoeT7
SE LIGA NA ARTE - 9º ANO: https://bit.ly/3oD7f1Y
6º ANO – ABRIL
ARTE E APRENDIZAGEM
Há um tempo, aprender era entendido como sair do não saber em direção ao saber, solucionando, nesse cami-
nho, problemas postos por outro (pai, mãe, professor, professora etc.). Acreditava-se que o aprendiz reconhecia, nas
situações atuais, as semelhantes situações passadas e colocava a memória para funcionar, buscava as sensações conhe-
cidas e, repetindo o passado, obtinha resultados semelhantes aos já existentes, esperados pelo outro. Assim, nasceram
o ensino e a aprendizagem reprodutivos, nos quais a repetição exata do que foi ensinado era o resultado esperado para
todos os aprendizes.
Se aprender, no entanto, fosse somente resolver problemas já postos, possivelmente usar-se-iam, ainda, tecno-
logias rudimentares, como alavancas primitivas para mover grandes pedras e polimento de pedras para se criar instru-
mentos. Por que será que o ser humano saiu da condição de ser pré-histórico e chegou à condição de amigo virtual,
num mundo bem diferente do vivido pelos ancestrais?
É possível que seja porque aprender é mais que resolver problemas conhecidos, aprender é ir além do que se
sabe, é fazer a sensibilidade, a memória e a imaginação trabalharem para criar problemas novos, de tal forma que os
hábitos, habilidades e competências já conhecidos não servem mais para enfrentar as novas situações problemáticas,
as novas propostas.
Só é possível aprender o que não se sabe; nesse sentido, o novo provoca um afastamento do que é conhecido e
traz uma sensação de estranhamento, abrindo a possibilidade de indagações, questionamentos, o que é, justamente,
aquilo que possibilita ir além do sabido, do conhecido. O estrangeiro, como diz Derdick, desacomoda, incomoda e,
assim, só resta criar para poder ir além. Aprender começa exatamente do ponto em que não se reconhecem mais as
ferramentas existentes para resolver os problemas que se apresentam. Isso significa que aprender tem a ver com im-
previsibilidade e, diante do imprevisível, é preciso inventar, ser autor.
Sendo assim, é possível pensar que a perspectiva da arte, a arte como um ponto de vista, faz aflorar, no aprendiz,
possibilidades de problematização e de solução de problemas, que surgem do inusitado e do inesperado. Adentrar ao
campo da aprendizagem com a arte possibilita compreender porque é possível dizer que a aprendizagem começa com
invenção e porque somente reconhecer situações passadas não é suficiente para solucionar problemas presentes, que
se lançam em direção ao futuro. (...)
A interrogação coloca o sujeito diante da experiência da problematização que mobiliza; assim, o aprendiz coloca
em ação o que já sabe (passível de repetição) e o incômodo que resulta do estranhamento (mobilização diante da
novidade e da necessidade da invenção), a fim de lidar com a imprevisibilidade dos resultados e a inquietação que ela
gera.
Quem ensina a olhar de forma diferente para o mundo e agir sobre ele anunciando novidades, ao mesmo tempo
em que denuncia as barbaridades do presente, é a arte, invenção humana que ensina a olhar para além do óbvio, da
concretude, da objetividade, da lógica matemática, trazendo para o diálogo a sensibilidade, a imaginação, a memória
das experiências anteriores e possibilitando a busca de formas e respostas inusitadas para os conflitos que enxerga e
para o futuro que antevê. Nada como a arte para apurar o olhar e a escuta. Nada como a arte para propiciar o estabe-
lecimento de vínculos afetivos com as situações de aprendizagem, os quais aproximam o sujeito do que deseja, mobili-
zando-o frente ao indesejado. Nada como a arte para provocar a decifração dos sinais que o objeto de aprendizagem
traz em si. Nada como o olhar da arte para encorajar, para propor a experiência do diferente!
Para Deleuze, a invenção humana que apresenta uma superioridade frente a tantas outras, por possuir signos
mais potentes, é a arte. Ela coloca o sujeito diante do novo, do estranho, do não pensado, do imprevisível e, com isso,
ela traduz-se como uma oportunidade de o aprendiz inventar, criar e improvisar, o que é fundamental para uma apren-
dizagem inventiva. O mundo atual e o mundo que se desenha adiante pedem um olhar e um fazer atentos, observado-
res, preocupados e cuidadosos, ao mesmo tempo em que requerem ousadia, inovação e transformação.
Aprender, portanto, é ser autor, é autorizar-se à experiência, aquela que passa por dentro, que raspa por dentro,
que toca a sensibilidade e faz com que se deseje descobrir e criar.
FONTE: Disponível em: https://tinyurl.com/4fm2yszz. Acesso em: 16/02/2023 (Adaptado).
ATIVIDADE REFLEXIVA E PRÁTICA EM GRUPO
Após a leitura e discussão do texto apresentado no estudo teórico, os(as) professores(as) se dividirão em quatro grupos
e sortearão uma das habilidades apresentadas abaixo. Dentre as habilidades, estão duas do DCRC e outras duas da
matriz de referência do SAEB. Tendo por princípio que o ensino de arte possibilita a aprendizagem nos outros diversos
campos do saber, o grupo de professores deve criar uma atividade que contemple a aprendizagem dessa habilidade
sorteada. Os(as) professores(as) podem pesquisar na internet para criarem uma atividade que contenha um “suporte”
(música, poema, tela, vídeo, grafite, fotografia, entre outros) e a partir dele e da habilidade, descrever uma metodologia
sucinta a ser apresentada em um cartaz para o restante da turma.
(EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, compa-
rando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.
(EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urba-
nas e rurais, ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação de solos da África e América.
Habilidades da Matriz de linguagens - 9º ano do Ensino Fundamental
Eixo cognitivo: Reconhecer
1 - Reconhecer artistas que contribuíram para o desenvolvimento e a disseminação de diferentes gêneros e estilos nas
artes visuais, dança, música e teatro.
3 - Identificar os usos de diferentes tecnologias e recursos digitais na produção e circulação das linguagens artísticas.
FORMAÇÃO DE ARTE – 6º AO 9º ANO – ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS – CSE – MARÇO
PROPOSTA I
Vídeo:
2. Existe uma motivação que faz com que o pássaro tente superar o medo, que fato é esse?
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3. Para se sentir seguro, o pássaro precisa tomar uma atitude e assim alcançar o seu objetivo. O que ele resolve fazer?
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4. Na sua vida, em quais momentos você já se viu autoconfiante? O que você precisou para se sentir assim?
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FORMAÇÃO DE ARTE – 6º AO 9º ANO – ORIENTAÇÃO DIDÁTICA – MARÇO
6º e 9º ano
A música e o movimento
A atividade tem por objetivo trabalhar os conteúdos do 6º ano, que trata da linguagem da dança, sobre o que
nos move, e o conteúdo do 9ª ano, sobre “Dançar e pensar a sociedade”. O(A) professor(a) solicitará aos(às) alunos(as)
que se dividam em trios. Cada trio sorteará um tema sobre uma questão social, em seguida eles(as) farão uma pesquisa
na internet ou discutirão uma possível música para dela retirarem um trecho e criarem movimentos corporais para
aquele trecho. É importante que os movimentos criados deem ênfase à temática abordada pela música. Concluída a
preparação da atividade os(as) alunos(as) devem apresentar a música e a sequência de movimentos para o restante da
turma. Essa atividade tem o tempo estimado de 40 minutos para ser realizada.
7º e 8º ano
A atividade tem por objetivo refletir os conteúdos do 7º ano, sobre as relações da paisagem com a música e do
8º ano, que trata sobre o imaterial na música. Os(As) alunos(as) estarão vendados. Inicialmente eles experimentarão
através do tato, texturas diferentes que serão organizadas sobre mesas em forma de “plaquinhas” pequenas. Ainda
vendados, os(as) alunos(as) ouvirão trechos de 3 músicas, no final de cada trecho eles(as) devem escolher uma textura
que represente a emoção de ouvir aquela música. Para finalizar a atividade os(as) alunos(as) discutirão sobre como cada
música pode afetar o outro de maneira diferente, trazendo emoções distintas a cada ouvinte. Essa atividade terá em
média a duração de 40 minutos.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES – 6º ANO
1. No capítulo 3 do livro Se Liga na Arte, há a definição de que os elementos da dança são o corpo, tempo e espaço.
Explique qual a relação desses três elementos para que se entenda a arte da dança.
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2. É um modo de dançar que acontece tradicionalmente em uma ocasião em que diversas pessoas se reúnem. O que
importa é o improviso. Nesses encontros participam adultos, crianças, pessoas com ou sem experiência. Qual é esse
tipo de dança?
(A) Ações corporais. (B) Contato de improvisação. (C) Dança coral. (D) Objetos coreográficos.
a) Qual é o nome dessa dança? Quais habilidades podemos desenvolver nessa atividade que mistura dança e brinca-
deira?__________________________________________________________________________________________
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES – 7º ANO
Imagem para a questão 1.
2. É o ambiente sonoro ou conjunto de sons de um ambiente. Pode-se referir aos sons naturais, aos sons artificiais, aos
ruídos ou às músicas. Esse conceito refere-se à
(A) densidade. (B) harmonia. (C) melodia. (D) paisagem sonora.
3. No trecho da música, os autores Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco descrevem o luar do sertão. Em que
verso é possível perceber o motivo pelo qual ele tem saudade do luar desse sertão? Explique sua resposta.
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4. Por que as músicas indígenas ampliam a nossa visão sobre as relações da arte com as paisagens?
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5. Estudamos dois conceitos importantes na área musical, timbre e densidade. Defina o que é cada um.
Timbre:_________________________________________________________________________________________
Densidade:______________________________________________________________________________________
6. Observando a paisagem ao seu redor, que música você escolheria para relacionar a ela? Ou que música você criaria
para fazer relacionar a essa paisagem?
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES – 8º ANO
1. Os instrumentos musicais são exemplos de elementos materiais da música. Na linguagem musical, existem os ele-
mentos imateriais que se associam a outros elementos tais como as emoções, símbolos e divindade. Cite 3 elementos
imateriais da música.
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2. O que a autora Ana Vilela quis dizer com “que a vida é trem bala”? Que sentimentos essa música desperta em você?
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3. Os cantos fazem parte de diferentes ritos sagrados, reverenciando divindades. Qual é o nome do canto cristão mais
antigo?
(A) Códices.
(B) Coral.
(C) Gregoriano.
(D) Trovadores.
4. Assim como os cantos cristãos, os cantos religiosos de origem africana também invocam e reverenciam entidades
divinas. Esses cantos são transmitidos oralmente e ensinados ao longo dos séculos. Qual a contribuição desses ensina-
mentos para a cultura brasileira?
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6. Quais são os compassos mais utilizados para organizar ritmicamente uma música?
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES – 9º ANO
1. Ao longo do capítulo 3 do livro Se Liga na Arte, você aprendeu sobre como a dança pode promover uma reflexão
sobre o convívio em sociedade. Pois o lugar de encontro com o outro, é um lugar de passagem que permite mudanças,
que marcam a vida em sociedade. Que situações mais o inquietam na sociedade? Explique.
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2. É uma modalidade de dança nascida na periferia do Rio de Janeiro que ganhou visibilidade por meio de vídeos divul-
gados na internet. Os dançarinos em sua maioria são trabalhadores que alternam seus ensaios e batalhas dos passos
de dança com o seu horário de trabalho. Que dança é essa?
(A) Danças coletivas. (B) Hip hop. (C) Passinho. (D) Performance.
3. Na década de 1960, bairros periféricos da cidade de Nova York, nos quais faltavam escolas, hospitais e outros serviços
e infraestrutura, abrigavam uma população de baixa renda, constituída majoritária por afro-americanos e imigrantes
latinos. O Bronx era um desses bairros e foi nele que nasceu o movimento artístico de grande relevância social, o hip
hop. Pode-se afirmar que o que levou ao surgimento do hip hop foi:
(A) A carência de escolas e serviços fez com que se criasse um movimento artístico para a população.
(B) A necessidade de aprender a nova cultura imposta pela população afro-americana.
(C) O desejo de construir um bairro de elite em meio a carência social.
(D) O fato da população de imigrantes trazer uma nova cultura e costumes diferentes.
4. Segundo o livro Se Liga na Arte, na página 55, o que são os baile black?
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6. Ao ler e estudar um pouco sobre o movimento hip e hop, como você acredita que ele possa contribuir para as trans-
formações na sociedade?
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES – ARTE – GABARITO – MARÇO
6º ANO
1. Resposta esperada: para dançar é preciso ter consciência corporal, saber que somos um corpo e estamos situados
em um determinado lugar no espaço e em um momento do tempo.
2. (B) Contato de improvisação.
3. `Resposta esperada: é o sentido responsável pela conexão de informações do interior do corpo com o que se passa
ao nosso redor.
4. (D) permitiu que muitos artistas da dança investigassem formas de movimento conectadas a sensações.
5. (B) Cinesfera.
6. Resposta esperada: dança das cadeiras. Por meio dessa atividade é possível desenvolver habilidades motoras como
equilíbrio, noção de espaço, relacionamento com os colegas
7º ANO
1. Resposta esperada: o barulho do mar, as vozes das pessoas na praia, algum barulho de carro, e pode ter alguém
ouvindo música.
2. (D) Paisagem sonora.
3. Resposta esperada: nos versos “este luar cá da cidade tão escuro, não tem aquela saudade do luar lá do sertão”, o
compositor faz uma comparação entre o luar da cidade e do sertão, e a saudade do mesmo, o faz dizer que o luar da
cidade é muito escuro.
4. Resposta esperada: porque os povos indígenas desenvolveram um modo de vida integrado com os ambientes das
regiões que habitam, usando o que necessitam para viver e interagindo respeitosamente com a natureza.
5. Timbre: A qualidade de cada som relacionada ao material do qual um instrumento feito.
Densidade: Comumente usado para se referir a qualidade de materiais líquidos, sólidos ou gasosos, também pode ser
usado no contexto musical, para falar da quantidade de sons que soam ao mesmo tempo.
6. Resposta pessoal.
8º ANO
1. Resposta esperada: timbre, ritmo, melodia, harmonia, entre outros.
2. Resposta esperada: o autor faz uma comparação da vida com um trem bala, que anda em uma velocidade rápida,
querendo dizer que a vida também é breve e que portanto precisa ser vivida e aproveitada.
3. (C) Gregoriano.
4. Resposta esperada: o repasse desses cantos nas línguas africanas contribuem para manter vivas no Brasil as línguas
dos povos africanos, faladas por pessoas que foram trazidas para cá e escravizadas.
5. (C) É o elemento ligado à organização dos sons em um intervalo de tempo.
6. Resposta esperada: os compassos mais utilizados são: binário, terciário e quaternário.
9º ANO
1. Resposta esperada:
2. (C) Passinho.
3. (A) A carência de escolas e serviços fez com que se criasse um movimento artístico para a população.
4. Resposta esperada: são festas produzidas e frequentadas em sua maioria, por pessoas negras, na qual se veiculam
músicas de artistas negros. Era parte de um movimento de afirmação da comunidade negra.
5. BRASIL- MARGINALIZADAS- EXCLUÍDAS- ARTE- DENÚNCIA- DESIGUALDADES.
6. Resposta esperada: espera-se que os alunos entendam que o movimento hip hop pretende dar voz e vez aos margi-
nalizados da sociedade, e que ao colocar questões para a discussão que antes eram esquecidas, a sociedade pode re-
pensar e modificar a maneira de ver e propor as coisas.