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Discentes:
Anastancia Zacarias
Angelina Pita Magaico
Docente:
Berta Jaime Azevedo Francisco
Carolina Tome Segredo Florência Castomo
Edna Tomás Cumbuira
Elísio Basílio Chahata
Eulogio Erasto Máximo Quissimisse
Florentina Baptista
Felismino Florindo Sinate
Fábia Titos Armando
Isaura José Gabriel
José Maria Domingos
Joana Agostinho
Juvêncio Artur Sairome
Luís Domingos José
Mebo Caetano Gravata
Melody Tobias Daimone
Olívio Mário Trinta
Orlando Ndaramo
São Guilherme Andrade
Sara Luís
Victor Manuel
Chimoio, Julho, 2023
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MUTASSA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3o Ano/ 2o Semestre
Levantamento das Necessidades de Treinamento
Discentes:
Anastancia Zacarias
Angelina Pita Magaico
Berta Jaime Azevedo Francisco
Carolina Tome Segredo
Edna Tomás Cumbuira
Elísio Basílio Chahata
Eulogio Erasto Máximo Quissimisse
Florentina Baptista
Felismino Florindo Sinate
Fábia Titos Armando
Isaura José Gabriel
José Maria Domingos
Joana Agostinho
Juvêncio Artur Sairome
Luís Domingos José
Mebo Caetano Gravata
Melody Tobias Daimone
Olívio Mário Trinta
Orlando Ndaramo
São Guilherme Andrade
Sara Luís
Victor Manuel
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Falar sobre o Levantamento de Necessidades de Treinamento.
1.1.2. Específicos
Arrolar as Etapas do Levantamento de Necessidades de Treinamento;
Conhecer as Ferramentas usadas para o Levantamento de Necessidades de
Treinamento;
Elencar as Vantagens do Levantamento de Necessidades de Treinamento numa
Organização.
1.1.3. Metodologia
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directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa”. Através desta, usou-se os
materiais devidamente referenciados na presente pesquisa.
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2. Levantamento de Necessidades de Treinamento
2.1.Conceito de Treinamento
Na definição de Carvalho (1988) citado por Lôpo (1999, p.57), o treinamento constitui-se
no "( ... ) processo de ajudar os empregados a adquirir eficiência no seu trabalho presente
ou futuro, através de apropriados hábitos de pensamento e acção, habilidades,
conhecimentos e atitudes".
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2.1.3. Etapas de Treinamento
De acordo com Lôpo (1999, p.56) em termos amplos, o treinamento envolve um processo
composto de quatro etapas, como:
Para o presente trabalho, nos interessa desenvolver aspectos inerentes a primeira etapa do
processo de treinamento, ou seja, levantamento de necessidades de treinamento.
Macian (apud, MÂSIH, 1999, p.44) afirma que “o LNT nada mais é do que um diagnóstico,
o mais completo possível, sobre o estado geral da empresa e dos que nela actuam. É uma
sondagem, visando o estabelecimento de processos e instrumentos capazes de corrigir e
prevenir falhas, ou melhorar o desempenho”.
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Ainda no contexto do levantamento das necessidades de treinamento, somos aconselhados a
não só considerar ou se preocupar com as dificuldades dos recursos humanos da
organização, é também importante olharmos para as potencialidades dos mesmos.
Utilizando as palavras de Vasconcelos (1999, apud, Mâsih, 1999, p.45), temos que:
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2.2.2. Abrangência do Levantamento de Necessidades de Treinamento
Tal pesquisa, segundo Macian (1987) citado por Mâsih (1999) deve abranger:
Gil (1994, apud, Mâsih, 1999) reforça tal abordagem, enfatizando que, por sua própria
natureza, o LNT deve ser concebido como uma pesquisa que se desenvolve em três níveis:
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as pessoas devem ser treinadas. A análise dos cargos serve para determinar os tipos
de habilidades, conhecimentos, atitudes e comportamentos, e as características de
personalidade requeridas para o desempenho eficaz dos cargos, entre outros.
ANÁLISE DOS RECURSOS HUMANOS: consiste na identificação, junto aos
empregados, dos níveis de conhecimento, habilidades e atitudes requeridas para a
execução das tarefas que executam. Enquanto a análise organizacional para fins de
treinamento se ocupa de um estudo dos objectivos fixados, da sua clareza e da sua
coerência, a análise dos recursos humanos busca verificar se os recursos humanos
são suficientes quantitativa e qualitativamente para as actividades atuais e futuras da
organização (LÔPO, 1999).
Os autores ressaltam ainda que os objectivos de longo prazo devem ser estabelecidos em
vastas áreas de actuação dentro da empresa e, em seguida, é preciso que sejam
estabelecidas metas e estratégias específicas para os diversos sectores da empresa; tais
metas devem ser o meio pelo qual os objectivos serão alcançados.
No entender dos autores Mâsih (1999) e Lôpo (1999) esse processo geralmente envolve as
seguintes etapas:
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Avaliação do desempenho actual: Avaliar o desempenho dos funcionários é uma
forma objectiva de identificar lacunas entre as habilidades actuais e as exigências da
função. Isso pode ser feito por meio de avaliações de desempenho, feedback de
gerentes, auto-avaliações ou outras ferramentas de avaliação.
Consulta aos colaboradores: Os próprios funcionários podem fornecer insights
valiosos sobre suas necessidades de treinamento. Pesquisas ou entrevistas com os
colaboradores ajudam a identificar quais habilidades eles sentem que precisam
desenvolver para melhorar seu desempenho.
Análise de dados e estatísticas: O uso de métricas e dados de desempenho da
empresa pode fornecer uma visão mais objectiva das áreas que precisam ser
melhoradas. Indicadores-chave de desempenho (KPIs) podem ser analisados para
identificar tendências e padrões que apontam para áreas problemáticas.
Priorização das necessidades de treinamento: Nem todas as necessidades
identificadas terão a mesma urgência ou impacto nos resultados. É essencial
priorizar as áreas que requerem treinamento imediato ou que causam o maior
impacto na eficiência e produtividade da organização.
Desenvolvimento do programa de treinamento: Com base nas necessidades
identificadas, é possível desenvolver programas de treinamento eficazes e
personalizados para abordar as lacunas de habilidades. Os programas podem variar
de treinamento em sala de aula a treinamento online, workshops, tutoriais e outras
actividades de aprendizado.
Avaliação dos resultados: Após a implementação do treinamento, é fundamental
avaliar seus resultados. Medir o impacto do treinamento no desempenho dos
funcionários e nos resultados da empresa ajuda a determinar a eficácia do programa
e a fazer ajustes, se necessário.
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2.2.4. Ferramentas para o Levantamento das Necessidades de Treinamento
Como afirma Mâsih (1999) entre as várias ferramentas utilizadas em pesquisas de LNT, as
relacionadas por Ferreira (1994), estão em concordância com as apresentadas pela demais
bibliografias sobre o assunto e são as mais coerentes e melhor traduzem a realidade. Na
opinião do referido autor, devem ser preferidos para identificação da necessidade de
treinamento, as seguintes ferramentas:
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com a compreensão dos objectivos da empresa ou com certos procedimentos
organizacionais;
ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO: através de análises dessa natureza é possível
identificar falhas em questões importantes, por exemplo: planeamento confuso, má
divulgação das funções, delegação conflituante de responsabilidades, programas
injustos de incentivo, objectivos da corporação mau definidos, inexistência de
padrões de desempenho. Problemas, como os citados acima, podem ser factores
desestimulantes para a organização, podendo levar a desempenho insatisfatório e,
por isso, devem ser encarados como indícios de necessidade de treinamento
individual ou grupai.
Além dos métodos tradicionais, Faquim (1997, apud, MÂSIH,1999, p.49) mostra uma
maneira pouco comum de se identificar as carências dos funcionários: a criação de uma sala
equipada com microcomputadores, multimídia, Internet, livros, revistas, TV, vídeo e áudio;
a partir das áreas mais procuradas pelos funcionários são identificadas suas carências e
direccionados os treinamentos. O autor ressalta que tal centro não tem a finalidade de
substituir nenhum tipo de treinamento, seu objectivo é que, no caso, “ eles é que vão
identificar a necessidade de treinamento”.
Em relação às limitações das principais ferramentas utilizadas, Macian (1987) citado por
Mâsih,1999, p.50-52) ressalta:
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QUESTIONÁRIO: deve-se ter cuidado quanto à extensão, clareza da linguagem,
objectividade na formulação de perguntas, bem como garantia da coerência e
precisão entre os objectivos a atingir e o conteúdo do questionário;
REUNIÕES: os participantes das reuniões, por vezes, ocultam suas verdadeiras
percepções, quer por receio, quer por dificuldade real de expressão. Na busca pela
solução de tal restrição, muitos profissionais recorrem para as dinâmicas de grupo,
porém para utilizar tais técnicas, é necessário que o profissional tenha
conhecimentos específicos a seu respeito e, por isso, pessoas não qualificadas
devem evitar seu emprego.
De uma forma geral, Macian (1987) recomenda que os factores abaixo devem ser
observados no intuito de evitar que sejam cometidos enganos de diagnósticos. Tais enganos
estão relacionados a:
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Certas necessidades aparentemente organizacionais, constatadas em entrevistas,
podem corresponder a anseios pessoais dos funcionários;
Influencia pelo êxito alcançado em outros treinamentos bem-sucedidos, partindo
para uma repetição pura e simples dos programas, sem uma análise mais aprofunda
de sua pertinência;
Dar maior peso a informações fornecidas por pessoas de posição mais destacada na
empresa, desprezando fontes que, por estarem mais envolvidas com os problemas,
têm deles uma visão mais clara;
Utilizar amostras viciadas, isto é, que contenham informações só das chefias ou só
dos funcionários, carregando, portanto, vieses de percepção;
Usar instrumentos muito longos, exaustivos, que cansam os sujeitos da pesquisa. E
importante seleccionar bem o que se quer realmente saber, evitando solicitações
irrelevantes;
Usar sempre o mesmo instrumento de colecta, convém mesclar o emprego de
técnicas: questionários, entrevistas, exercícios de dinâmica de grupos, etc;
Analisar os dados apenas em função das respostas do momento, esquecendo-se de
que a organização deve sempre ser vista como um todo e de que as informações
devem ser compatibilizadas com outros elementos componentes do contexto geral.
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Alinhamento com os objectivos da organização: Ao identificar as necessidades
específicas de treinamento, a organização pode garantir que os programas de
capacitação estejam alinhados com os objectivos estratégicos e metas da empresa.
Isso leva a um uso mais eficiente dos recursos e esforços direccionados para as
áreas de maior impacto.
Melhoria da produtividade e desempenho: O treinamento direccionado ajuda a
aprimorar as habilidades dos colaboradores, tornando-os mais competentes em suas
funções. Como resultado, a produtividade e o desempenho individuais e da equipe
tendem a melhorar.
Redução de custos e desperdícios: Ao focar nos aspectos específicos que requerem
aprimoramento, evita-se a alocação desnecessária de recursos em treinamentos que
não agregam valor. Isso reduz custos e evita desperdícios de tempo e esforços.
Aumento da motivação e satisfação dos colaboradores: Oferecer treinamentos
que atendam às necessidades dos funcionários demonstra o interesse da empresa em
seu desenvolvimento profissional. Isso aumenta a motivação e a satisfação dos
colaboradores, o que, por sua vez, pode levar a uma maior retenção de talentos.
Adaptação às mudanças do mercado e tecnologia: O levantamento contínuo das
necessidades de treinamento permite que a organização se adapte rapidamente às
mudanças do mercado e às novas tecnologias. Isso é especialmente importante em
sectores em constante evolução, onde a actualização das habilidades dos
funcionários é essencial para se manter competitivo.
Fortalecimento da cultura organizacional: O investimento em treinamento
mostra que a empresa valoriza o desenvolvimento de seus colaboradores e a busca
pela excelência. Isso fortalece a cultura organizacional, criando um ambiente de
aprendizagem contínua e crescimento profissional.
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3. Conclusão
Além disso, ficou evidente que essa prática contribui para a melhoria da produtividade e
desempenho dos recursos humanos, aumentando sua motivação e satisfação no trabalho.
Funcionários bem treinados tendem a ser mais engajados, comprometidos e preparados para
enfrentar desafios do cotidiano profissional.
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4. Referências Bibliográficas
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