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O MS preconiza às seguintes consultas: 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º

MARC 2 - PUERICULTURA mês, 12º mês, 18º mês e 24º mês.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
PEDRO BONALDI BRITTO NILO ARAUJO
Nós podemos distinguir os fatores que influenciam em dois: extrínsecos e
PUERICULTURA
extrínsecos.
Puericultura é a área da saúde que se dedica ao estudo dos cuidados com o
ser humano em desenvolvimento indo de 0 a 19 anos. FATORES EXTRÍNSECOS

Dentro da puericultura analisamos: crescimento, alimentação, hábitos, A alimentação é um dos principais fatores relacionados ao processo de
desenvolvimento neuropsicomotor, entre outros fatores importantes. crescimento.

A primeira consulta deve ser feita em até 7d e a segunda em 15d

Da segunda consulta a 6 m – a cada mês

Até 1 ano – a cada dois mês

Até 2 anos – a cada 6 meses

Até 19 – a cada ano

Durante a primeira consulta devemos ter os seguintes objetivos:

❖ Avaliar o estado de saúde do RN e da mãe;


❖ Orientar e incentivar o aleitamento materno exclusivo até no mínimo
6 meses;
❖ Orientar e avaliar os cuidados básicos com o RN;
❖ Orientar e realizar quanto as imunizações;
❖ Verificar a realização da triagem neonatal;
❖ Avaliar o desenvolvimento do neonato;
❖ Identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las.

Durante essas consultas, o maior objetivo é avaliar a criança, realizar as


imunizações (ou informar) e realizar a prevenção de doenças.
FATORES INTRÍNSECOS

Podem ser divididos em pré-concepcionais ou genéticos (fisiológicos ou


patológicos; com ou sem alteração cromossomial) ou pós-concepcionais
(hormônios).

Fatores genéticos são características herdadas dos pais.

Alguns hormônios são mais influentes nas 4 fases do crescimento:

1. Crescimento intrauterino: insulina, lactogênio placentário (ação


semelhante à do hormônio do crescimento hipofisário [GH],
somatotrofina coriônica e somatomedinas).
2. Fase de lactente: os hormônios tireoidianos são os mais
importantes, associados à insulina e ao GH.
3. Fase pré-puberal: a ação fisiológica mais importante é a do GH.
4. Fase puberal: dependente do aumento de esteroides sexuais, GH e
somatomedinas

Deve-se sempre avaliar a alimentação da criança para que não haja erro.

ANTROPOMETRIA

Durante as consultas devemos sempre analisar o peso, a estatura, o IMC e o


PC
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR

Além disso, devemos avaliar durante as consultas o desenvolvimento


neuropsicomotor de acordo com a idade da criança.

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA

Ao nascer: BCG e Hepatite B.

2 meses: 1ª peneumocócica 10V; 1ª VIP; 1ª Pentavalente (DTP + Men por


Hib + Hep B); 1ª Rotavírus.

3 meses: 1ª meningocócica C

4 meses: 2ª pneumocócica 10V; 1ª VIP; 1ª Pentavalente (DTP + Men por


Hib + Hep B); 1ª Rotavírus.

5 meses: 2ª meningocócica C.

6 meses: 3ª Pentavalente (DTP + Men por Hib + Hep B); 3ª VIP; 1ª Pfizer
baby (COVID-19).

7 meses: 2ª Pfizer baby (COVID-19)


9 meses: Febre Amarela; 3ª Pfizer baby (COVID-19). lenta e gradual, sempre complementando com o leite materno ou fórmula
infantil.
12 meses: Reforço pneumocócica 10; reforço meningocócica C; Triplice
viral (sarampo, caxumba e rubéola).

15 meses: 1º reforço DTP; 1º reforço VOP; Hepatite A; tetra viral (sarampo,


caxumba, rubéola e varicela).

4 anos: 2º reforço DTP; 2º reforço VOP; 2ª varicela.

OBS: de 6 meses a 5 anos anualmente – Influenza.

ALIMENTAÇÃO INFANTIL

O leite materno deve ser exclusivo até os 6 meses de idade. A partir daí
pode-se introduzir uma alimentação complementar, pois é nesse momento
que a criança apresenta um adequado desenvolvimento digestório,
neurológico e imunológico para receber novos alimentos.

Para que as recomendações sejam atingidas, a alimentação deve conter


todos os grupos de alimentos: raízes, tubérculos, leguminosas, carnes ou
ovos, hortaliças, legumes e frutas, que devem ser introduzidos de forma
A alimentação complementar deve ser iniciada de forma pastosa e com o
tempo ir mudando a consistência da comida de uma aceitação melhor da
criança por pedacinhos.

ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA DE 1 A 2 ANOS DE IDADE


A alimentação já deve ser similar a consumida pela família.

Deve-se escolher alimentos adequados para a mastigação e deglutição da


criança.

As refeições devem ser preparadas com pouco óleo e sal, não devem ser
adicionados temperos prontos/industrializados, corantes artificiais e açúcar.

Deve-se oferecer para a criança a maior variedade possível de alimentos


(cores).
Doenças virais também podem ser transmitidas pelo leite, como AIDS e
infecções causadas pelo vírus HTLV-1 (oncovírus do tipo C, pertencente à
família Retroviridae).

BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MAT ERNO PARA A MÃE

Diminui o sangramento no pós-parto;

Faz o útero voltar ao tamanho normal mais rápido;

Previne a anemia materna;

Reduz o risco de câncer de mama, ovário e endométrio;

Acelera a perda de peso;

Evita osteoporose;

Protege contra doenças cardiovasculares;


ALEITAMENTO MATERNO
Pode evitar diabetes.
A amamentação é importante à saúde do lactente sob o aspecto nutricional,
imunológico, gastrointestinal e psicológico do desenvolvimento e da BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O BEBÊ
interação entre mãe e filho. Dispensa água ou outras comidas até os 6 primeiros meses de vida de bebê,
pois é um alimento completo;
A OMS recomenda o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até os 6
meses de vida e sua complementação até os 2 anos. Melhora a digestão e minimiza as cólicas;
AME até o 6º mês de vida pode evitar, anualmente, mais de 1,3 milhão de Proporciona um maior contato com a mãe, fortalecendo o elo entre os dois;
mortes de crianças com menos de 5 anos em países em desenvolvimento.
Protege contra doenças alérgicas e contagiosas;
Nessa fase, é relevante considerar a possibilidade de diversos
medicamentos, nicotina, álcool e outras substancias serem eliminadas pela Previne a formação incorreta dos dentes;
secreção láctea, fator a ser observado como possíveis prejuízos ao recém-
Diminui as chances de problemas na fala;
nascido.
Proporciona melhor crescimento e desenvolvimento;
Evita doenças graves como diabetes;

Reduz a mortalidade infantil (13%) até os 5 anos de idade (risco de infecção


6x menor);

Reduz a chance da obesidade (22%);

Melhor nutrição;

Melhor custo financeiro;

Melhor qualidade de vida;

Efeito positivo na inteligência;

Evita diarreia.

RISCOS DA GRAVIDEZ TARDIA

Na gravidez tardia (acima de 35 anos de idade) existem riscos tanto para a


mãe quanto para o bebê.

Riscos para a mãe:

❖ Diabetes gestacional;
❖ Pré-eclâmpsia;
❖ Hipertensão.

Riscos para o bebê:

❖ Síndrome de down (trissomia do cromossomo 21);


❖ Parto prematuro;
❖ Aborto espontâneo;
❖ Outras síndromes genéticas.

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