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Os Fundamentos

• Desde a antiguidade, compreender as


relações ente cérebro, comportamento,
cognição e emoção é uma questão que
mobiliza diversas ciências, como a
Psicologia

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A Ciência subsidia a prática profissional

Para atuar tanto no escopo da Patologia


quanto da Normalidade Psíquica

Seus procedimentos possibilitam

Estuda a relação do funcionamento


observar Predizer como uma pessoa:
psicológico, (considerando as
descrever  percebe
estruturas cerebrais e processos
Analisar  sente
psicológicos (emoção e cognição) e
 analisa
sua expressão no comportamento
decide ação

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NEUROPSICOLOGIA

Campo de atuação profissional que investiga as funções e alterações


cognitivas e comportamentais associadas às lesões ou disfunções
cerebrais

Derivação
interdisciplinar

Neurociências Psicologia

• Neuroanatomia  Psicologia clínica


• Neurofisiologia  Psicopatologia
• Neuroquímica  Psicologia cognitiva
• Psicofarmacologia  Técnicas de avaliação
• Neurologia psicológica
 Psicologia do
Desenvolvimento

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O que buscamos entender

Estrutura biológica

Estrutura Psicológica

Cognição + Emoção

Comportamento

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O processo Psicológico compreende

 Eficiência intelectual
 Funções cognitivas
 Regulação emocional
 Características da Personalidade
 Frequência do comportamento
 Intensidade do comportamento
 Circunstâncias do comportamento
Arquitetura Neuropsicológica
Entrevista, consulta de material, processo

Testes cognitivos

 Atenção
 Memória
 Linguagem
 Percepção
 Funções Executivas
 Praxias
 Gnosias
 Funções Visuoespaciais

 Regulação emocional
 Comportamento

Testes de personalidade 10
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Sistema Neuropsicológico

Receber Programar

Executar
Sintetizar
Controlar
Armazenar
Informações Corrigir a
atividade

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Funcionamento Cognitivo

Processos de controle
e planejamento

Seleção

Organização

Monitoramento

Avaliação

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Comportamento Humano

Sob o prisma do psiquismo, dois sistemas


são fundamentais

Cognitivo Emocional

que envolve funções como que envolve o manejo da


atenção, memória, resposta emocional como a
planejamento, percepção, expressão dos afetos (amor,
compreensão, abstração, carinho, sensibilidade, raiva, etc
raciocínio, linguagem etc.,

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Emoção
• Embora não haja um consenso, autores em geral concordam que a emoção se configura co
fenômeno multifatorial complexo que exerce uma importante influência sobre o comport
humano, possibilitando ou não sua adaptação ao meio

Participação direta do Sistema Límbico

Sistema relacionado fundamentalmente


com a regulação dos processos emocionais

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Cognição
Envolve duas vias relativas a capacidade de aprender, manter e reproduzir

A Eficiência intelectual
Refere-se a medida da
inteligência por meio do
Quociente de Inteligência - QI

Funções Cognitivas
Refere-se ao desempenho das funções como
atenção, memória, linguagem, compreensão,
raciocínio, orientação, percepção, praxias,
funções executivas...

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Logo
Eventos
Comportamento Resposta ? desencadeadores

Investigar

Avaliação
Papel da Ciência Compreender
Psicológica

Psicologia
Intervir

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Pressupõe
Psicopatologia

Psicologia do Desenvolvimento
Conhecimentos Consistentes

Personalidade: Traços + Transtornos

Psicologia Cognitiva: Processos


psicológicos básicos (complexos)

Técnicas de Avaliação Fonte: http://www.bwjp.org


Demandas

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Depressão

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Traumatismo Cranioencefálico
Fonte: www.soc.ucsb.edu
Dependência Química
Fonte: http://www.lifepsych.com.au/
Problemas de aprendizagem
Perícia Psicológica

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RESOLUÇÃO Nº 9, DE 25 DE ABRIL DE 2018 – CFP
Art. 1º - Avaliação Psicológica é definida como um processo estruturado de investigação
de fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o
objetivo de prover informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou
institucional, com base em demandas, condições e finalidades específicas

§1 - Os testes psicológicos abarcam também os seguintes instrumentos: escalas,


inventários, questionários e métodos projetivos/expressivos, para fins de padronização
desta Resolução e do SATEPSI

§2 - A psicóloga e o psicólogo têm a prerrogativa de decidir quais são os métodos,


técnicas e instrumentos empregados na Avaliação Psicológica, desde que devidamente
fundamentados na literatura científica psicológica e nas normativas vigentes do
Conselho Federal de Psicologia (CFP)

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Como Investigamos?
O que precisamos avaliar?

A Maneira como a pessoa pensa A Maneira como a pessoa sente

Processos cognitivos Organização emocional e


Traços psicológicos

Modula o padrão de interação


com o meio

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Perspectiva Biopsicossocial

Fatores

Biológicos Psicológicos Socioculturais

Atuam em conjunto para determinar a saúde e a


vulnerabiliade da pessoa á
doença

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O processo da avaliação: clínico ou forense
• Exame Psíquico
• Anamnese
• Outros recursos Entrevistas Etapa soberana
necessários

Cognição Emoção

Atenção Linguagem
Estados Traços de
afetivos Personalidade

Memória Compreensão

Interação
Percepção Raciocínio Comportamento
Social

Funções Executivas Pensamento

Emissão do lado
Psicomotricidade Inteligência
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Avaliação da Personalidade
Avaliação da Personalidade

Organização cognitiva
(interpretação dos fatos) Regulação Emocional

Controle da Ansiedade Regulação dos impulsos

Disfunção total Disfunção Parcial


(acentuação de alguns traços)

Transtorno da Personalidade Sofrimento


psicológico/vulnerabilidade

Desadaptação social
total Desadaptação social parcial

Prof. Dr. Antonio Serafim 33 33


Técnicas e instrumentos

•A Entrevista como técnica


soberana (pacientes e familiares)

•Utiliza ampla bateria de


instrumentos

•Emprega análise qualitativa e


quantitativa

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Entrevistas + Testes Psicológicos

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Permite a
compreensão do
caso em questão

Deriva dos seus resultados a estratégia da avaliação

Instrumental

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Por que usar Testes?
 São administrados de forma padronizada

 Fornecem medidas quantitativas e qualitativas


confiáveis e válidas

 Fornecem informações regulares e replicáveis

 É possível fazer comparações fidedignas

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Objetivos da Avaliação Psicológica

 Comparar a amostra do comportamento do sujeito com


os resultados de outros pertencentes a população geral
ou grupos específicos

 Identificar forças e fraquezas (ex: parte de execução bem


melhor que a verbal)

 Testar hipóteses tomando como referência critérios


diagnósticos

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Objetivos da Avaliação Psicológica

 Realizar diagnóstico diferencial (depressão / demência


na fase inicial);

 Realizar avaliação compreensiva, para se examinar as


potencialidades e limitações

 Promover um entendimento dinâmico do


funcionamento da personalidade

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Objetivos da Avaliação Psicológica

 Identificar problemas precocemente, avaliar riscos

 Fornecer prognóstico, determinando o curso provável do


caso

 Avaliação de incapacidades ou patologias que podem se


associar com infrações da lei

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Avaliação Psicológica Clínica e Forense

Nosológico/descritivo/CID/DSM
Auxílio Diagnóstico
Funcional

Prognóstico

Objetivos
planejamento e tratamento

Para fins Legais -Jurídicos Perícia

Pesquisa

Informar que não há transtorno,


déficit ou qualquer outro problema 41
Diagnóstico Funcional
Buscamos investigar Compreender o impacto dos transtornos mentais, da lesão
o impacto funcional encefálica, dos traços psicológicos e ou do trauma psíquico
sobre as funções psicológicas e o comportamento

Consciência Sensopercepção

Orientação Pensamento

Atenção Crítica/Insight

Memória Linguagem

Juízo Vontade/Impulso

Afetividade Psicomotricidade

Inteligência Funções executivas

Personalidade Regulação emocional

Alterações Comportamento

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O Teste
Psicológico

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Psicometria

 Do grego psyké, alma (Psiquismo) e metron, medida, medição

 É uma área da Psicologia que faz conexão direta coma a


matemática e a estatística

 Conjunto de técnicas utilizadas para mensurar (medir), de forma


adequada e comprovada experimentalmente, um conjunto ou uma
gama de comportamentos associados ao funcionamento
psicológico

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Fundamentos da Psicometria
 Séc. XX várias tendências epistemológicas procurando
superar o status pré-científico

 Tradicional diatribe de origem cartesiana, alma vs.


corpo subsidiava estas tendências:

 Psicologia alemã: introspectiva - procedimentos mais


descritivos (experiência subjetiva)
 Psicologia inglesa e norte americana: empirista -
procedimentos mais quantitativos (comportamento)

45
Psicometria

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Psicometria e avaliação psicológica

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Psicometria e avaliação psicológica
 A era da sistematização: 1940-1980
 A era da Psicometria Moderna (TRI) Teoria
Relativa ao Item (1980)
 Cronbach (1996) “teste estatístico,
procedimento sistemático para observar o
comportamento e descrevê-lo com a ajuda de
escalas numéricas ou categorias fixas”

Estimar a confiabilidade de um questionário (teste) aplicado em uma pesquisa


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Atuação
 Estuda o comportamento humano, a conduta

 Interessa-lhe o comportamento decorrente de


um transtorno mental como qualquer outro
comportamento.

 Trata de portadores de transtornos mentais


mentais e de pessoas em sofrimento psicológico

 Avaliação de habilidades, aptidões

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Processos psicológicos
 Por funcionamento mental entende-se a participação dos
Processos Psicológicos na relação do indivíduo como o meio
utilizando-se das seguintes funções

 Sensação, Percepção, Pensamento, Motivação, Linguagem,


Memória, Atenção, Consciência, Raciocínio, Psicomotricidade,
Funções Executivas, Tomada de Decisão Inteligência, Emoção,
Personalidade

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Voltando aos Testes

• Os testes psicométricos se baseiam na teoria da


medida e, mais especificamente, na
psicometria, usam números para descrever os
fenômenos psicológicos.

– Podem ser de aplicação:


• Coletiva
• Individual

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
Por que a mensuração na Psicologia?

Possibilitar generalizações para momentos e/ou situações


futuras (valor preditivo)

Permitir comparações de desempenho nas instâncias intra e


inter-individual

Subsidiar demais técnicas de coleta de informações, como a


observação e a entrevista

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida

Busca criar uma interface entre sistemas teóricos


de saber diferentes e a utilização do símbolo
matemático (o número) no estudo científico dos
fenômenos naturais.

Objeto da teoria da medida: o uso do número na descrição dos


fenômenos naturais

Problema central da teoria da medida: justificar a legitimidade de se


passar de procedimentos e operações empíricos (observação) para
uma representação numérica destes procedimentos.

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
Características da Medida

- O processo de mensuração é sempre quantitativo: implica sempre em um


resultado numérico

- A medida apresenta-se em unidades relativamente constantes, desde que


as condições de mensuração também o sejam

Ex.: Metro (unidade constante) x pé, jarda, palmo (unidade não-constante)

- A medida, boa parte das vezes, é relativa (não dispõe de um ponto zero
absoluto)

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
Por que a mensuração na Psicologia?

Conhecer sistematicamente um determinado atributo ou traço


psicológico

Fins de diagnóstico e intervenção psicológicos

Identificação do tipo e intensidade de uma desordem de caráter


psicológico

Promover a clareza nas soluções e guiar as decisões pautadas em


fundamentos empíricos

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
Principais Termos em Medida

1) Símbolo: é o que representa o atributo medido


Ex.: número, letra, palavra, etc

2) Objeto: elemento para o qual a mensuração se dirige


Ex.: pessoas, empresas, etc

3) Atributo: característica do objeto aferida pela mensuração


Ex.: atitude, aptidão, reação à mudança organizacional, etc

4) Instrumento: meio utilizado para medir o atributo do objeto


Ex.: testes, telescópios, microscópios, questionários, etc

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
Principais Termos em Medida

5) Regras: Formulações, previamente estabelecidas, que indicam os


procedimentos para a atribuição de símbolos aos atributos dos objetos
que determinam as relações entre o objeto e o símbolo

Ex.: atribuição de um escore para uma variável de clima organizacional

6) Situação-padrão: diz respeito ao controle de variáveis que podem


interferir no resultado da mensuração (medida)

Ex.: dar instruções padronizadas quando da aplicação de um teste de


seleção em empresas

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
Funções da Medida
1. QUANTIFICAÇÃO

 Permite uma descrição precisa do fenômeno, bem


como sua comparação com outros fenômenos.

2. COMUNICAÇÃO

 Condensa informações de maneira precisa e


objetiva

3. PADRONIZAÇÃO

 Assegura a equivalência entre objetos com


características diversas.

4. OBJETIVIDADE

 Reduz as possíveis ambigüidades.


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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
A Complexidade da Medida na Psicologia

 Em geral, a medida do fenômeno psicológico é do tipo derivada.

 A medida do fenômeno psicológico é relativa, não dispondo do


ponto zero absoluto (raro uso da escala de razão).

 Menor precisão do que as medidas das ciências exatas.

 Grande número de variáveis intervenientes.

 Na maior parte das vezes trabalham-se com construtos e não


com conceitos.

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
A Complexidade da Medida na Psicologia

 Muitas vezes, os testes são utilizados como instrumento


diagnóstico único.

 O objeto de estudo é, por vezes, isolado do seu contexto para a


viabilidade da mensuração.

 Muitos construtos são sensíveis à influência do treinamento


(efeito-prática).

O valor preditivo da medida é influenciado pela possibilidade de


modificação do construto no tempo e espaço.

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Medidas em Psicologia
Teoria da Medida
Objetividade e padronização

Construto (processo psicológico) que Mede:


Testes de capacidade intelectual (inteligência geral – Q.I.)
Teste de aptidões (inteligência diferencial: numérica, abstrata, verbal,
espacial, mecânica, etc.)
Testes de aptidões específicas (psicomotricidade, etc.)
Testes de desempenho acadêmico (provas educacionais, etc.)
Testes neuropsicológicos (testes de disfunções cerebrais, digestivos,
neurológicos, etc.)
Testes de preferência individual (personalidade; atitudes: valores;
interesses; projetivos; situacionais: observação de comportamento,
biografias)

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Medidas em Psicologia
Categorias
Objetividade e Padronização:

Construto (processo psicológico) que Mede


Testes de capacidade intelectual (inteligência geral – Q.I.)
Teste de aptidões (inteligência diferencial: numérica, abstrata, verbal,
espacial, mecânica, etc.);
Testes de aptidões específicas (psicomotricidade, etc.)
Testes de desempenho acadêmico (provas educacionais, etc.)
Testes neuropsicológicos (testes de disfunções cerebrais, digestivos,
neurológicos, etc.)
Testes de preferência individual (personalidade; atitudes: valores;
interesses; projetivos; situacionais: observação de comportamento,
biografias)

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Categorias
Forma de Resposta:
Verbal
Escrita: papel-e-lápis
Motor
Via computador:
Vantagens:
• apresentam em melhores condições as questões do teste
• corrige com rapidez
• enquadra de imediato o perfil nas tabelas de interpretação;
• produz registros legíveis em grande número e os transmite à distância
• motiva as pessoas ao interagir com o computador na avaliação
Desvantagens:
a interpretação dos resultados do perfil psicológico é mais limitada do que a
realizada pelo psicólogo.

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Definição de Termos e Conceitos
Elaboração de Hipóteses Operacionais da Medida

Elaboração dos Itens

Ensaio Experimental

Análise dos Itens: dificuldade; discriminação; intercorrelações

Etapas de Composição de Forma Final


do Teste
Construção
de um VALIDADE PRECISÃO

Teste
Validade Lógica Validade Empírica Aporte Metodológico:
Teste-Reteste
Paralelas
Duas Metades
Preditiva Concorrente

Homogeneidade:
Conteúdo Conceito 
KR

Construção Análise Fatorial

Padronização
Percentil

Material Aplicação Normas Idade

Escores Padrão

Classes
65 Normalizadas
Técnicas para demonstrar a validade
dos instrumentos

Validade do Construto

Validade de Critério

Validade de Conteúdo

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Validade do Construto

Construto: definição operacional que busca


representar o significado teórico de um conceito, por
exemplo, ansiedade
Elabora-se a escala de ansiedade
Grau em que um instrumento de medidas se
relaciona com outros instrumentos de medida que
derivam da mesma teoria e conceitos que estão
sendo medidos

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Validade do Construto

Análise da Representação Comportamental:


demonstração da adequação de um construto

Análise da Consistência Interna

 Análise Fatorial

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Validade do Construto

 Análise por hipótese

 Validação convergente-discriminante

 Idade

 Correlação com outros testes

 Experimentação

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Validade do Critério

• Validade preditiva – os dados sobre o critério


são coletados após a coleta da informação
sobre o teste.

• Validade concorrente – as coletas são


simultâneas

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Validade do Critério

Quanto a adequação dos critérios


Desempenho acadêmico
Desempenho em treinamento especializado
Desempenho profissional
Diagnóstico psiquiátrico
Diagnóstico subjetivo
Outros testes disponíveis

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Validade do Conteúdo

Definição do conteúdo

Explicitação dos processos psicológicos a serem avaliados


(os objetivos)

Determinação da proporção relativa de representação no


teste de cada tópico do conteúdo

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Precisão

Capacidade do instrumento, teste, medir sem flutuações dos


resultados, o mesmo traço.

Utiliza-se comumente duas provas:


- correlação simples
- alphas

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Precisão
Representa precisão, consistência de escalas
Existem diversos métodos para obter a fidedignidade dos testes
ou escalas.
• Teste-reteste
• Formas paralelas
• Metades
• Consistência interna
• Juizes (análise qualitativa)

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Procedimentos Empíricos

Técnica Procedimento Vantagem Desvantagem

Formas paralelas Aplica-se as duas Um único momento Dificuldade de


formas em um mesmo Atende diretamente o conseguir formas
grupo. conceito. paralelas.

Teste reteste Aplica-se mesmo teste Atende a equivalência Estipular intervalo


no mesmo grupo em Variáveis
tempos diferentes intervenientes
Fadiga dos testandos.

Duas metades Após aplicação de um Somente uma Dificuldade em


teste, dividi-lo e aplicação garantir equivalência
correlacionar as das partes.
metades por
Sperman- Brown

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Delineamento
Técnica Grupo Teste Tempo
Formas paralelas = ≠ =

Teste reteste = = ≠

Duas metades = = =

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Padronização

Normas dos Resultados:


Aplicação: 1-Normas de desenvolvimento
1.1 Idade Mental
• Instruções 1.2 Série Escolar
1.3 Estágio de Desenvolvimento
• Cuidados
2 - Normas Intra-grupo
2.1 Posto Percentílico
Material: 2.1 Escore Padrão:
2.1.2 Transformações lineares
• Manutenção das 2.1.3 Classes normalizadas
referências originais

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80
Idade

• Utilizam-se modelos de comparação dos resultados com o


de grupos de crianças (de mesma idade) a fim de
estabelecer um padrão, a norma

• Geralmente estabelecem-se escalas intervalares em meses.

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Série Escolar

É um critério utilizado para testes de desempenho acadêmico em


disciplinas que são oferecidas numa sequência de várias séries escolares

As normas são estabelecidas, computando-se o escore bruto médio obtido


pelos alunos em cada série, resultando num escore típico para cada série

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Estágio de Desenvolvimento

Este critério é utilizado por pesquisadores que estudam o desenvolvimento mental e


psicomotor em termos de idades sucessivas de desenvolvimento

Gesell e colaboradores desenvolveram normas para oito idades típicas (de 4 semanas
a 36 meses) de desenvolvimento das crianças nas áreas do comportamento motor,
adaptativo, da linguagem e social

Piaget estudou o desenvolvimento cognitivo em estágios sucessivos (sensório-motor,


pré-operacional, operacional concreto, operacional formal)

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Percentis

Forma não-linear de expressar os resultados, baseada


na frequência de casos

Vantagem:
Avaliação rápida e de cálculo fácil
Desvantagens:
Difícil manuseio para comparações, não tem uma unidade
constante

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Percentil (PC): É o ponto da distribuição dos resultados ordenados da amostra (por
ordem crescente dos dados) em 100 partes de igual amplitude
Por exemplo, um resultado no percentil 95 significa que 95% dos resultados se situam
nesse ponto ou abaixo dele, enquanto um resultado no percentil 5 significa que apenas
5% dos resultados se situam nesse ponto ou abaixo dele

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Escore Padrão ou Z-score
É o quanto uma medida se afasta da média em termos de Desvios Padrão.
Quando o escore Z é positivo isto indica que o dado está acima da média e quando o
mesmo é negativo significa que o dado está abaixo da média.
Seus valores oscilam entre -3 < Z < +3 e isto corresponde a 99,72% da área sob a curva da
Distribuição Normal.

T= escore bruto ou
empírico do sujeito, que é a
soma dos pontos obtidos no
teste

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CLASSES NORMALIZADAS

Superior
Médio Superior
Médio
Médio Inferior
Inferior

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88
89
APLICANDO TESTES
Cuidados Essenciais

1) ANTES
Procedimento - Material - Local
2) DURANTE
Procedimento - Clientes - Material - Local
3) FINAL
Procedimento - Clientes - Protocolos

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Avaliação Psicológica
Fluxograma

Técnicas
psicológicas

Processo Análise
Demanda integrada de
Avaliativo psicológico
elementos

Informe
Psicológico

91
O que avaliar?
Ambiente

Funções Contexto
psicológicas Comportamento
Desenvolvimental

Contexto
Sócio
cultural

92
Estrutura do processo de Avaliação

93
Constructos Psicológicos

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Bases teóricas para compreender
comportamentos

Psicologia do Desenvolvimento Psicopatologia

• Bases morfofuncionais • Riscos evolutivos


• Crescimento e aquisições • Riscos de recaída
• Influências socioambientais • Patologias
• Alterações esperadas • Terapêuticas
• Crises Vitais • Prognósticos

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Comportamento é variável.....SEMPRE!

Em função de:
• Idade
Assim, para cada situação
• Sexo há uma avaliação distinta
• Escolarização Avaliação Escolar
Avaliação Laboral
Plano
Avaliação Compulsória
Desenvolvimental Avaliação Clínica

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Instrumentais
Técnicas
Instrumentos
Métodos

97
Processo
Demanda
Enquadre
Resultados

98
Avaliação Psicológica
Fenômeno psicológico
Comportamento

.
Dimensão
Observacional
Ações diretamente
observáveis

Dimensão
Representativa
Dimensão

. .
Ações Inquiridora
representadas por Ações auto-avaliadas
meio de situações pelo cliente
semelhantes

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Observação
Vantagens e desvantagens

 Percepção real do  Treinamento para evitar


fenômeno enganos
 Acompanhamento direto e  Conhecimento dos aspectos
real dos eventos fundamentais do fenômeno
 Possibilidade de agregar psicológico
novas informações ao  Necessita de constante
evento investimento temporal e
descritivo

100
Entrevistas
Vantagens e desvantagens

 Descrição real do fenômeno  Possibilidade de erros de


auto-percebido descrição, avaliação e
intencionais
 Encadeamento
multidimensional (evento,  Equívocos, falhas, lapsos e
falta de coerência do narrador
tempo, percepção) do
narrador  Perda da objetividade
descritiva, ausência de
 Possibilidade de ampliar e condução lógica e descrições
descrever o fenômeno sem-fim do fenômeno
resignificado

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Verificação
Vantagens e desvantagens

 Percepção equivalente do  Não possibilita


fenômeno psicológico generalização direta
 Verificação de diversas  Imprecisão quanto ao
modalidades psicológicas do fenômeno
comportamento
 Necessita de constante
 Possibilidade de agregar novas
informações ao evento
investimento temporal e
descritivo
 Ganho de tempo e recursos na
verificação do comportamento  Não pode ser definido como
o comportamento final
102
ESCOLHA DE TESTES PSICOLÓGICOS
1 -Aspectos definidores da avaliação (indicação com base nos
fundamentos teóricos)

• Você entende o construto teórico que o teste


supõe medir?
• Os itens do teste correspondem com a
descrição teórica do construto?
• É o melhor instrumento (técnica) a utilizar?
• Quais suas limitações?

103
2 - Indicadores dimensionais (considerações práticas)

• Se é necessário que o examinando saiba ler e


escrever para responder ao teste o
examinando tem o nível requerido?

• O tamanho do teste é apropriado?

• O tempo de aplicação, correção interpretação


é conveniente as necessidades?

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3 - Definições técnicas e operacionais (instrumentos)
• Padronização
– A pessoa a ser examinada possui características semelhantes às pessoas do
grupo de padronização do teste?
– O tamanho do grupo de padronização é suficiente?
– Há normas para grupos específicos?
– As instruções estão suficientemente claras permitindo que a aplicação
padronizada seja efetivada

• Precisão
– Os coeficientes são altos? (maiores que 0,70, para decisões clínicas 0,90)
– Quais foram os métodos usados?

• Validade
– Como o teste foi validado?
– O teste produzirá medidas corretas dentro contexto e para o propósito quer
você gostaria de usá-lo?

105
4 - Ações posteriores ao processo de avaliação

• Os resultados são compatíveis a solicitação do processo?

• Quais as principais abrangências e limitações do uso do instrumento?

• Em uma re-avaliação é possível utilizar instrumentos semelhantes na


medida efetuada?

• Pode ser dimensionada a medida em um acompanhamento posterior?

106
Tipos de instrumentos

Os instrumentos de Avaliação
Psicológica, podem-se classificar Objetivos
de diversas maneiras, mas aqui e
utilizamos a classificação de
acordo o preceito de elaboração
Projetivos

107
Objetivos

108
Projetivos

109
Expressivos

110
OBJETIVOS DOS TESTES
• 1- Classificação: Uso em situações onde os resultados do desempenho do
sujeito pode ser fator de indicabilidade ou diagnose, ex: Seleção Pessoal e
diagnóstico
• 2- Promoção do Auto-entendimento: Com base nos resultados da avaliação
dos instrumentos o sujeito pode ter uma ideia de seu desempenho.
• Utilizado em Orientação Profissional e Aconselhamento
• 3- Avaliação de tratamentos e programas terapêuticos: No planejamento de
ações de atendimento, orientação e verificação de resultados do tratamento
• 4- Investigação Científica: Na verificação de comportamentos (variáveis) e
resultados de ações investigativas
• Ex: Testar hipóteses sobre eficácia de uma modalidade experimental.

111
Avaliação Psicológica e Ética

112
ÉTICA NA UTILIZAÇÃO DE TESTES
• Art. 02 – Ao Psicólogo é vedado:
» b) Apresentar, publicamente, através dos
meios de comunicação, resultados de
psicodiagnóstico de indivíduos ou grupos,
bem como interpretar ou diagnosticar
situações problemáticas, oferecendo soluções
conclusivas
» l) Interferir na fidedignidade de resultados de
instrumentos e técnicas psicológicas;
» m) Adulterar resultados, fazer declarações
falsas e dar atestado sem a devida
fundamentação técnico-científica
113
• Art 06 [O Psicólogo em Instituições Empregadoras] –

• O Psicólogo garantirá o caráter confidencial das informações que vier


a receber em razão de seu trabalho, bem como do material
psicológico produzido

• Parágrafo 1 – Em caso de demissão ou exoneração, o Psicólogo


deverá repassar todo o material ao psicólogo que vier a substitui-lo

• Parágrafo 2 – Na impossibilidade de fazê-lo, o material deverá ser


lacrado na presença de um representante do CRP, para somente vir a
ser utilizado pelo Psicólogo substituto, quando, então, será rompido o
lacre, também na presença de um representante do CRP

• Parágrafo 3 – Em caso de extinção do serviço psicológico, os arquivos


serão incinerados pelo profissional responsável, até aquele data, por
este serviço, na presença de um representante do CRP

114
• Art. 19 [ O Psicólogo e a Justiça] – Nas perícias, o
Psicólogo agirá com absoluta isenção, limitando-se
à exposição do que tiver conhecimento através do
seu trabalho e não ultrapassando, nos laudos, o
limite das informações necessárias à tomada de
decisão

» Do Sigilo Profissional
• Art. 21 – O sigilo protegerá o atendido em tudo aquilo que
o Psicólogo ouve, vê ou de que tem conhecimento como
decorrência do exercício da atividade profissional

115
 Art. 22 – Somente o examinado poderá ser informado dos resultados dos
exames, salvo nos casos previstos neste Código

 Art. 23 – Se o atendimento for realizado por Psicólogo vinculado a trabalho


multiprofissional numa clínica, empresa ou instituição ou a pedido de
outrem, só poderão ser dadas informações a quem as solicitou, a critério do
profissional, dentro dos limites do estritamente necessário aos fins a que se
destinou o exame

 Parágrafo 1 – Nos casos de perícia, o Psicólogo tomará todas as precauções, a


fim de que só venha a relatar o que seja devido e necessário ao
esclarecimento do caso

 Parágrafo 2 – O Psicólogo, quando solicitado pelo examinado, está obrigado a


fornecer a este as informações que foram encaminhadas ao solicitante e a
orientá-lo em função dos resultados obtidos
• Art. 24 – O Psicólogo não remeterá informações confidenciais
a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo
por Código de Ética ou que, por qualquer forma, permitam a
estranhos o acesso a essas informações

Das comunicações científicas e da divulgação ao público:


• Art. 35- O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, dará,
emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas
psicológicas, que permitam ou facilitem o exercício ilegal da
profissão

117
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 29 DE MARÇO DE 2019 (Documentos Psicológicos)
Relatório Psicológico Relatório Multiprofissional Laudo Psicológico
Art 11 Art 12 Art 13
Exposição escrita, descritiva e Resulta da atuação da(o) Resulta de um processo de
circunstanciada, considera os psicóloga(o) em contexto avaliação psicológica, com
condicionantes históricos e multiprofissional, podendo ser finalidade de subsidiar decisões
sociais da pessoa, grupo ou produzido em conjunto com relacionadas ao contexto em que
instituição atendida, podendo profissionais de outras áreas, surgiu a demanda.
também ter caráter preservando-se a autonomia e a Apresenta informações técnicas e
informativo. ética profissional dos científicas dos fenômenos
Visa a comunicar a atuação envolvidos. psicológicos, considerando os
da(o) psicóloga(o) em I - A(o) psicóloga(o) deve condicionantes históricos e sociais
diferentes processos de observar as mesmas da pessoa, grupo ou instituição
trabalho já desenvolvidos ou características do relatório atendida
em desenvolvimento, psicológico nos termos do Artigo
podendo gerar orientações, 11.
recomendações, II - As informações para o
encaminhamentos e cumprimento dos objetivos da
intervenções pertinentes à atuação multiprofissional devem
situação descrita no ser registradas no relatório, em
documento, não tendo como conformidade com o que institui
finalidade produzir o Código de Ética Profissional do
diagnóstico psicológico Psicólogo em relação ao sigilo

118
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 29 DE MARÇO DE 2019 (Documentos Psicológicos)

Relatório Psicológico Relatório Multiprofissional Laudo Psicológico


Estrutura Estrutura Estrutura

a) Identificação; a) Identificação;
b) Descrição da demanda; b) Descrição da demanda; a) Identificação;
c) Procedimento; c) Procedimento; b) Descrição da demanda;
d) Análise; d) Análise; c) Procedimento;
e) Conclusão. e) Conclusão. d) Análise;
e) Conclusão;
f) Referências.

Indicado para avaliação


clínica e pericial

119
Obrigado

120
Sugestão de Leitura

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