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INTRODUÇÃO À TEORIA DO
CRIME
3a EDIÇÃO/2023
1. CONCEITO DE CRIME 3
1.1 CRITÉRIO MATERIAL OU SUBSTANCIAL 3
1.2 CRITÉRIO LEGAL 3
1.2.1 SISTEMA ADOTADO 3
1.2.2 DISTINÇÕES ENTRE CRIME E
CONTRAVENÇÕES 3
1.2.3 CONCEITO LEGAL DE CRIME E O ART. 28
DA LEI DE DROGAS 5
1.3 CRITÉRIO ANALÍTICO 7
2. SUJEITOS DO CRIME 9
2.1 CONCEITO 9
2.2. SUJEITO ATIVO 9
2.2.1. CLASSIFICAÇÃO DO CRIME QUANTO AO
SUJEITO ATIVO 11
2.3. SUJEITO PASSIVO 12
2.3.1. CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO 13
4. OBJETO DO CRIME 14
1
entanto, está prevista no art. 1º da Lei de Introdução a
1. CONCEITO DE CRIME
o Código Penal:
mal produzido aos interesses e valores selecionados Há países, como Alemanha e França, que
pelo legislador. adotam o sistema tricotômico, ou seja, crimes seriam
Tem por objetivo orientar políticas as infrações mais graves, delitos as intermediárias e,
criminais, de modo que funciona como um vetor por fim, as contravenções penais seriam as de menor
Sanches, “A prisão preventiva não pode ser imposta acerca da competência por conexão ou
continência, sendo correta a decisão que
pela prática de contravenção penal por interpretação
determinou o desmembramento do feito,
do artigo 313 do Código de Processo Penal. Esta
devendo a Justiça Federal processar e
medida cautelar restringe-se à prática de crime. A
julgar o crime de descaminho ou
prisão temporária, por sua vez, somente pode ser contrabando e a Justiça Estadual a
aplicada às infrações penais listadas em rol taxativo contravenção penal.
previsto no artigo 1°, III, da Lei n° 7.960/89, rol no qual (STJ, CC n. 116.564/MG, relator Ministro Marco
não se incluiu qualquer contravenção penal” (CUNHA, Aurélio Bellizze, Terceira Seção, julgado em
6
Biffe Junior, João Concursos públicos : terminologias e teorias inusitadas
● Advertência sobre os efeitos das
/ João Biffe Junior, Joaquim Leitão Junior. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2017, pag 59. drogas;
7
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 38-STJ. Buscador Dizer o
Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/222 8
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson -
7d753dc18505031869d44673728e2> 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 164/165.
4
● Prestação de serviços à comunidade; penais, tendo em vista que ambos
● Medida educativa de passaram a vigorar de forma simultânea
comparecimento a programa ou em 1º de janeiro de 1942;
curso educativo. ● A LICP pode ser modificada por outra lei
Considerando as penas previstas e a ordinária, como aconteceu com a Lei de
definição legal de crime estudadas nos tópicos Drogas;
anteriores, surgiu na doutrina uma discussão sobre a ● Não existiam penas alternativas quando
natureza jurídica do referido artigo. foi editada a LICP.
Nesse cenário, questiona-se: A previsão do Defendem essa corrente: Cleber Masson,
art. 28 da lei de drogas tem natureza jurídica de Vicente Greco Filho, João Daniel Rassi.
crime ou não?
Para responder essa pergunta, há duas ⚠️ ATENÇÃO
correntes doutrinárias: O STF decidiu que não houve
1 CORRENTE: Defende que não se trata de
a
descriminalização da conduta, ou seja, existe
crime, pois o artigo não previu penas de reclusão ou crime.Para a corte, ocorreu a despenalização da
detenção. No mesmo sentido, não se trata de conduta, uma vez que houve supressão da pena
contravenção penal, uma vez que o dispositivo não privativa de liberdade.
previu penas de prisão simples ou multa.
Nesse cenário, com fundamento no art. 1º [...] À luz do posicionamento firmado pelo
da LICP, seria, residualmente, um ilícito penal sui Supremo Tribunal Federal na questão de
5
consumo pessoal, ou seja, um conceito específico. ⚠️ ATENÇÃO
O professor Cleber Masson10 destaca que
punibilidade.
b. POSIÇÃO TRIPARTIDA
Para essa posição, os elementos do crime
seriam: 1) Fato típico; 2) Ilicitude; 3) Culpabilidade;
Filiam-se a essa posição os autores Nélson
Hungria, Aníbal Bruno, E. Magalhães NOronha,
Francisco de Assis Toledo, Cezar Roberto Bitencourt; e
Luiz Regis Prado. 11
10
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson
- 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 166.
9
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson - 11
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson
16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 166/167. - 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 167.
6
c. POSIÇÃO BIPARTIDA Qual a posição adotada pelo Código Penal? 14
Para essa posição, os elementos do crime O professor Cleber Masson explica que existe a
seriam: 1) Fato típico e 2) iLÍCITO impressão de ter sido adotado o conceito bipartido de
Essa posição é defendida por René Ariel crime, ligado obrigatoriamente à teoria finalista da
Dotti, Damásio E. de Jesus e Julio Fabbrini Mirabete. conduta pelos seguintes motivos:
Nessa hipótese, a culpabilidade deve ser ● No Título II da Parte Geral o CP trata “Do
excluída, pois trata-se de pressuposto para Crime” e no Título III, trata “Da
13
● O art. 180, §4º do CP prevê que “a
receptação é punível, ainda que
desconhecido ou isento de pena o autor
do crime de que proveio a coisa.”. Ou seja,
isento de pena significa exclusão da
12
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson
- 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 167.
13
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson 14
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson
- 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 167. - 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 168.
7
culpabilidade, ainda assim existe o crime seguinte assertiva: Por teoria da ratio essendi
do qual proveio a coisa. entende-se o(a): fusão entre dois substratos do
conceito analítico de crime, a saber, a tipicidade e
O professor Cleber Masson destaca que, como a razão de ser desta; assim, o crime é
embora existam os argumentos acima descritos que composto pelo fato antijurídico (injusto) e pela
2.1 CONCEITO
2. TEORIA DA RATIO ESSENDI
“Sujeitos do crime são as pessoas ou entes
No conceito tripartite de crime, o fato típico e relacionados à prática e aos efeitos da empreitada
a ilicitude formam o chamado injusto penal. No criminosa. Dividem-se em sujeito ativo e sujeito
âmbito da teoria da ratio essendi (Mezger), o crime passivo15”.
seria fato típico e ilícito, somado à culpabilidade.
Nesse caso, há dois elementos, sendo o primeiro
formado pela soma do fato típico e ilícito e o segundo 2.2. SUJEITO ATIVO
formado pela culpabilidade. Essa junção do fato típico É a pessoa que realiza direta ou
e ilícito forma o que a doutrina chama de tipo total indiretamente a conduta criminosa, seja
de injusto. isoladamente, seja em concurso16 . Poderá ser
A consequência prática disso é que, para essa qualquer pessoa física capaz e com 18 anos ou mais.
teoria, se houver um fato típico com uma excludente ◾Autor e coautor: realizam o crime de
de ilicitude, está excludente excluiria o próprio fato forma direta;
típico, uma vez que fato típico e ilicitude formam um ◾Partícipe e autor mediato: realizam o
elemento único. crime de forma indireta.
🚨JÁ CAIU
Na prova para o cargo de Delegado de Polícia PC-PA 15
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson
- 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 169.
(Ano: 2016, FUNCAB), a banca considerou correta a 16
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson
- 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 168.
8
Pode receber variadas denominações, uma Pessoa Jurídica ser sujeito ativo de crime, neste
dependendo do momento processual e do critério em sentido há as seguintes correntes:
exame: 1a Corrente: A CF/88 não previu a
Exemplos: responsabilidade penal da pessoa jurídica, mas
● Agente (geral); apenas sua responsabilidade administrativa. Adotam
● Indiciado (no inquérito policial); essa corrente: Miguel Reale Jr., Cézar Roberto
denúncia ou queixa);
● Réu (após o recebimento da inicial 2a Corrente: A ideia de responsabilidade da
sentença); doutrina.
9
responsabilização penal da pessoa jurídica no caso de Min. Rosa Weber, julgado em 6/8/2013 (Info
No que consiste a teoria da dupla pessoa física. A pessoa jurídica responde pelo fato de
19
https://www.migalhas.com.br/depeso/58248/crime-ambiental-e-respons
18
Masson, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts 1º a 120) Cleber Masson abilidade-penal-de-pessoa-juridica-de-direito-publico
- 16. ed. - Rio de Janeiro: Método, 2022. p. 171. 20
SANCHES (2020), pag. 206.
10
condição especial do agente, portanto pode ■ Cadáver: a pessoa morta não poderá ser
ser praticado por qualquer pessoa. Exemplo: sujeito passivo do crime. No delito de vilipêndio de
homicídio. cadáver (art. 212 do CP), o sujeito passivo é a
coletividade (segundo entendimento doutrinário
b. PRÓPRIO: o tipo penal exige qualidade ou dominante) e, no crime de calúnia contra os mortos
condição especial do agente. Exemplo: (art. 138, § 2º, do CP), sua família.
peculato (sujeito ativo: funcionário público). ■ Animais: não podem ser sujeitos passivos
do crime, pois o direito não lhes reconhece a
c. DE MÃO PRÓPRIA ou DE CONDUTA titularidade de bens jurídicos. Podem, por óbvio, ser
INFUNGÍVEL: o tipo penal exige qualidade ou objeto material, como no furto de animal doméstico e
📌 OBSERVAÇÕES 21
entidades desprovidas de personalidade jurídica,
como a família, apesar de não serem titulares de bens
■ Civilmente incapaz: pode ser sujeito
jurídicos, podem ser sujeitos passivos de infrações
passivo de delitos, na medida em que pode ser titular
penais. Esse é o entendimento majoritário da
de um bem jurídico tutelado por norma penal, como a
doutrina. Os crimes que possuam como sujeito
vida e a integridade física, por exemplo.
passivo um ente sem personalidade jurídica são
■ Recém-nascido: também pode ser sujeito chamados de crimes vagos (p. ex., crimes contra a
passivo de crime (ex.: infanticídio – CP, art. 123). família).
■ Feto: o mesmo se dá com o feto (sujeito
passivo no crime de aborto – CP, arts. 124 a 127).
https://www.dizerodireito.com.br/2020/09/lei-140642020-aumenta-pen
22
a-do-crime-de.html
21
ESTEFAM, André. Direito Penal Parte Especial, 11. Ed. SaraivaJur. 2022
11
O que é CRIME DE DUPLA SUBJETIVIDADE participa).23
PASSIVA?
É aquele que tem obrigatoriamente 2.3.1. CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
pluralidade de vítimas. Exemplo: violação de
PASSIVO
correspondência.
a. SUJEITO PASSIVO CONSTATE ou MEDIATO
ou FORMA ou GERAL ou GENÉRICO: é o
A pessoa física pode ser, ao mesmo tempo,
Estado, interessado na manutenção da paz
sujeito ativo e passivo?
pública e da ordem social.
Entende-se que não. Por conta do princípio da
alteridade, não pode figurar uma mesma pessoa
b. SUJEITO PASSIVO EVENTUAL ou IMEDIATO
como os dois sujeitos ao mesmo tempo, pois o direito
ou MATERIAL ou PARTICULAR ou
penal não pune a autolesão.
ACIDENTAL: É o titular do interesse
25
MASSON, Cleber. Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120), V.1. 14ª ed.
Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: MÉTODO, 2020, p.173 e ss.
26
Nucci, Guilherme de S. Manual de Direito Penal. Disponível em: Minha
Biblioteca, (18th edição). Grupo GEN, 2022. p. 117.
13
testemunha no falso qualquer participação
testemunho; perito da mãe, cuida-se de
na falsa perícia). homicídio).
27
Nucci, Guilherme de S. Manual de Direito Penal. Disponível em: Minha 28
Andreucci, Ricardo A. Manual de Direito Penal. Disponível em: Minha
Biblioteca, (18th edição). Grupo GEN, 2022. p. 117. Biblioteca, (15th edição). Editora Saraiva, 2021.
14
Não admitem coautoria, 2. CRIME
mas somente EVENTUALMENTE
participação, nem a PERMANENTE: São
autoria mediata. instantâneos em
É o caso do falso regra, mas a ilicitude
testemunho, em que pode ser prorrogada
somente a testemunha por vontade do
pode, diretamente, agente
cometer o crime,
apresentando-se ao juiz 🚨JÁ CAIU
para depor e faltando com
Na prova para o cargo de
a verdade. Mencione-se,
Defensor Público da
ainda, o crime de
DPE-RS (Ano: 2022,
reingresso de estrangeiro
CEBRASPE), no que diz
expulso (art. 338):
respeito à lei penal, a
somente a pessoa que foi
banca considerou correta
expulsa pode cometê-lo,
a seguinte afirmativa “Ao
reingressando no
crime continuado e ao
território nacional.29
crime permanente é
prolongue no tempo.
CRIME “É o delito instantâneo,
EVENTUALMENTE como regra, mas que, em
PERMANENTE caráter excepcional, pode
29
Nucci, Guilherme de S. Manual de Direito Penal. Disponível em: Minha
Biblioteca, (18th edição). Grupo GEN, 2022. p. 117
15
realizar-se de modo a somente uma delas, que é
lesionar o bem jurídico de atípica30.
maneira permanente.
Exemplo disso é o furto de São requisitos para o seu
energia elétrica. A figura reconhecimento:
do furto, prevista no art. a) reiteração de vários
155, concretiza-se sempre fatos;
instantaneamente, sem b) identidade ou
prolongar o momento homogeneidade de tais
consumativo, contudo, fatos;
como o legislador
c) nexo de habitualidade
equiparou à coisa móvel,
entre os fatos.
para efeito punitivo, a
energia elétrica (art. 155, §
1. CRIME HABITUAL
3.º), permite-se,
PRÓPRIO: É aquele
certamente, lesionar o
que somente se
bem jurídico (patrimônio)
consuma com a
desviando a energia de
prática reiterada e
modo incessante,
uniforme de vários
causando prejuízo
atos que revelam um
continuado à distribuidora
criminoso estilo de
de energia.)”11
vida do agente. Cada
mais de 30 dias).
2. CRIME HABITUAL
É aquele que somente se IMPRÓPRIO
consuma através da (ACIDENTALMENTE
prática reiterada e HABITUAL): Uma só
contínua de várias ações, ação tem relevância
traduzindo um estilo de para configurar o
CRIME HABITUAL
vida indesejado pela lei tipo, ainda que a sua
penal. Logo, pune-se o reiteração não
conjunto de condutas configure pluralidade
habitualmente
desenvolvidas e não 30
Nucci, Guilherme de S. Manual de Direito Penal. Disponível em: Minha
Biblioteca, (18th edição). Grupo GEN, 2022. p. 121.
16
de crimes (MASSON, tipo penal. Nesses
2020, p. 185) casos, o omitente não
responde pelo
Crimes praticados resultado
mediante uma conduta naturalístico
positiva, um fazer. eventualmente
Tipo descreve uma ação produzido, mas
proibida. A norma penal é somente pela sua
proibitiva. omissão (MASSON,
2020, p. 178). O
17
admitem a Também chamados de
tentativa. materiais ou causais.
São aqueles que
3. CRIME OMISSIVO necessariamente
POR COMISSÃO: possuem resultado
Segundo Cleber naturalístico; sem a sua
Masson, nestes ocorrência, o delito é
crimes há uma ação apenas uma tentativa.
provocadora da Ex.: furto. Se a coisa for
CRIME DE RESULTADO32
omissão. Masson retirada da esfera de
coloca o seguinte proteção e vigilância do
exemplo: funcionário proprietário, consuma-se
superior que impede o delito. Do contrário,
que uma funcionária caso o resultado
subalterna, com naturalístico não se dê por
problemas de saúde, circunstâncias alheias à
seja socorrida, e ela vontade do agente, temos
vem a falecer. apenas uma tentativa de
furto.
4. CRIME OMISSIVO
O tipo prevê dois
QUASE IMPRÓPRIO:
comportamentos.
A omissão não
Exemplo: apropriação de
produz uma lesão ao
CRIME DE CONDUTA coisa achada (primeiro há
bem jurídico, mas
MISTA o ato de achar e se
apenas um perigo. O
apropriar e depois o ato
direito brasileiro
de deixar de restituir ao
ignora essa
dono).
classificação.
31
Nucci, Guilherme de S. Manual de Direito Penal. Disponível em: Minha 32
Nucci, Guilherme de S. Manual de Direito Penal. Disponível em: Minha
Biblioteca, (18th edição). Grupo GEN, 2022. p. 119. Biblioteca, (18th edição). Grupo GEN, 2022. p. 119.
18
como demonstra o caso a. DE CONDUTAS
do curandeirismo (art. CONTRAPOSTAS:
284, I, II e III, do CP). agentes atuam
uns contra os
Apenas podem ser outros. Exemplo:
executados pelos meios Rixa.
CRIME DE FORMA
indicados no tipo b. DE CONDUTAS
VINCULADA
(exemplo:perigo de PARALELAS: os
contágio venéreo). agentes se
auxiliam
Tipo exige apenas um
mutuamente, com
agente realizando conduta
o objetivo de
típica, mas pode haver
produzirem o
concurso de pessoas.
mesmo resultado.
CRIME
🚨JÁ CAIU São aqueles que não
1. BILATERAIS OU DE
CRIME Consuma-se com a prática
CRIME ENCONTRO: Exige
UNISSUBSISTENTE de apenas 1 ato.
PLURISSUBJETIVO OU dois agentes, cujas
PLURILATERAIS OU condutas tendem a CRIME Consuma-se com a prática
DE CONCURSO se encontrar PLURISSUBSISTENTE de 1 ou vários atos.
NECESSÁRIO (exemplo: bigamia);
2. COLETIVOS OU DE Reúne todos os elementos
CRIME CONSUMADO
CONVERGÊNCIA: 3 da definição legal.
ou mais agentes.
Iniciada a execução, não
Divide-se ainda em: CRIME TENTADO
se consuma por
19
circunstâncias alheias à dispensável a obtenção
vontade do agente. da vantagem indevida. A
consumação ocorre com o
Aquele em que o agente já emprego de violência ou
terminou de consumar o grave ameaça. Nesse
crime, mas, mesmo assim, sentido é o teor da súmula
CRIME EXAURIDO continua a agredir o bem 96 do STJ: “O crime de
jurídico. Não temos novo extorsão consuma-se
crime. Consequência mais independentemente da
lesiva após a consumação. obtenção da vantagem
indevida”.
O tipo prevê apenas uma
CRIME DE AÇÃO ÚNICA
forma de conduta.
CRIME DE MERA Não ocorre nenhum
CONDUTA resultado naturalístico.
O tipo prevê várias formas
CRIME DE AÇÃO de conduta. A ação
Sua consumação somente
MÚLTIPLA múltipla pode ser de ação CRIME DE DANO
se produz com a efetiva
alternativa ou cumulativa. OU DE LESÃO
lesão do bem jurídico.
Necessário resultado
CRIME MATERIAL Consuma-se com a
naturalístico.
possibilidade de lesão ao
bem jurídico.
Possível a realização do
resultado naturalístico, 1. PERIGO ABSTRATO
deste. DE SIMPLES
DESOBEDIÊNCIA:
🚨JÁ CAIU
contexto, considerou
correta a alternativa que
indicou o crime de Na prova para o cargo de
20
“Os crimes de perigo ocorrer;
abstrato, que são
modalidades de tutela 7. PERIGO FUTURO ou
antecipada de bens MEDIATO: A situação
jurídicos, podem ser de perigo se projeta
considerados exemplos da para o futuro, como
forma de intervenção no porte ilegal de
penal denominada: arma de fogo. Temos
“Direito Penal do Inimigo” aqui os tipos penais
descrita por Jakobs. Esta preventivos.
forma de tutela é utilizada,
por exemplo, no Direito Reunião de condutas
Ambiental e na proteção típicas distintas.
de vítimas de violência CRIME COMPLEXO Exemplo: roubo = furto +
doméstica”. EM SENTIDO ESTRITO ameaça ou lesão corporal;
OU COMPLEXO PURO extorsão mediante
sequestro = sequestro +
2. PERIGO CONCRETO:
extorsão
consuma-se com a
efetiva comprovação
“Designa o tipo penal
da ocorrência da
formado pela soma de um
situação de perigo.
crime com um
comportamento que,
3. PERIGO INDIVIDUAL: isolado, seria penalmente
atinge apenas uma irrelevante. Usualmente
pessoa ou um se utiliza a denunciação
número determinado CRIME COMPLEXO caluniosa como exemplo
de pessoas; EM SENTIDO AMPLO dessa espécie de crime,
OU COMPLEXO pois, no caso, une-se o
4. PERIGO COMUM OU IMPURO33 crime de calúnia com a
COLETIVO: atinge um comunicação, à
número autoridade, da prática de
indeterminado de uma infração penal,
pessoas; dando causa à instauração
de procedimento
ocorrendo;
CRIMES FAMULATIVOS “São os crimes
34
individualmente
6. PERIGO IMINENTE: O
perigo está prestes a
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/03/11/certo-ou-e
33
rrado-o-crime-complexo-pode-se-lo-em-sentido-estrito-ou-em-senti
do-amplo/
21
considerados no crime CRIME DE ATENTADO Prevê a tentativa como
complexo, que compõem OU DE forma de realização do
a sua estrutura.” EMPREENDIMENTO crime.
CRIME FUNCIONAL
A ausência de condição de 🚨JÁ CAIU
funcionário público Na prova para o cargo de
IMPRÓPRIO
desclassifica a infração. Promotor de Justiça do
MPE-SP (Ano: 2019,
CRIME TRANSEUNTE Não deixa vestígios
banca própria), ao
OU materiais.
questionar sobre a
DE FATO TRANSITÓRIO
classificação do crime de
CRIME SUBSIDIÁRIO
CRIME NÃO Deixa vestígios materiais. divulgação de cena de
nal-o-que-e-crime-famulativo/
22
Estão interligados. A momento de emoção.
conexão pode ser penal
CRIME DE OPINIÃO OU Abuso da manifestação do
ou processual. Vejamos a
conexão penal/material: PALAVRA pensamento.
1. CONEXÃO
A pessoa interpreta de
TELEOLÓGICA OU
forma equivocada e emite
IDEOLÓGICA: aqui o
uma manifestação falsa.
crime é praticado CRIME DE
Não comete crime de
para assegurar a HERMENÊUTICA OU
interpretação o
execução de outro. INTERPRETAÇÃO
magistrado ao interpretar
Funciona como
mal a norma e decidir
qualificadora do
erroneamente.
homicídio e como
agravantes genéricas O agente quer e persegue
nos demais delitos. CRIME DE TENDÊNCIA um resultado que não
INTERNA necessita ser alcançado
2. CONEXÃO TRANSCENDENTE OU para a consumação, a
CONSEQUENCIAL DELITO DE INTENÇÃO exemplo da extorsão
OU CAUSAL: visa mediante sequestro.
CRIME CONEXO
assegurar a
ocultação, Ocorre quando o agente
23
agente e não por terceiro. lesividade aparente.
24
OBRA DO AGENTE histórico e à luz das
PROVOCADOR peculiaridades de
determinadas
São as hipóteses de erro
sociedades.
na execução, resultado
CRIMES ABERRANTES São condutas que
diverso do pretendido e
normalmente não eram
aberractio causae.
objeto de tipificação do
stico-x-crimes-naturais
25
risco. É o crime habitual quando
CRIME PROFISSIONAL cometido com finalidade
Não comportam a pena lucrativa .
CRIME DE MÍNIMO privativa de liberdade, a
POTENCIAL exemplo da posse de Caracteriza-se pela
drogas para consumo. existência de um processo
intelectivo interno do
São aqueles crimes cuja autor. Exemplo: falso
pena privativa de testemunho (CP, art. 342),
liberdade prevista na lei no qual a conduta
CRIME DE MENOR
não ultrapassa dois anos, tipificada não se funda na
POTENCIAL CRIME DE EXPRESSÃO
cumulada ou não com a veracidade ou na falsidade
multa. Também se inclui objetiva da informação,
aqui as contravenções. mas na desconformidade
entre a informação e a
A pena mínima não
convicção pessoal do seu
ultrapassa um ano,
autor (MASSON, 2020, p.
CRIME DE MÉDIO independentemente do
186).
POTENCIAL máximo da pena privativa
de liberdade que seja CRIME DE AÇÃO É o crime praticado por
cominada. ASTUCIOSA meio de fraude, engodo.
26
lesão corporal”. (MASSON, das pessoas privilegiadas
2020, p. 188). no âmbito econômico
(MASSON, 2020, p. 191).
sociais desfavorecidas.
Crimes praticados por
conhecida e enfrentada
pelo Estado. Raramente CRIMES DO Crimes de homofobia.
existem registros COLARINHO
🚨JÁ CAIU
Na prova para o cargo de
CRIME REMETIDO
Juiz de Direito do TJ-SC
(Ano: 2019, CEBRASPE). A
banca considerou correta
a seguinte assertiva: “O
crime de uso de
documento falso
configura-se como crime
remetido; e o de uso de
petrechos para falsificação
de moeda, como crime
obstáculo”.
29