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(TURMA SES0735)
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Presidente: Prof. Antônia Cecília Rodrigues De Abreu – Orientador Local
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Membro: XXXXXXXXXXXXX - Supervisor de Campo
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Membro: XXXXXXXXXXXXX - Profissional da área
Dedico esse trabalho a Deus, autor e consumador da minha fé, que me presenteia todos
os dias com sua presença, que me concede forças e coragem para atingir meus objetivos. A
Ele, toda honra e toda glória.
AGRADECIMENTOS
Keywords: Inclusive Education. School inclusion. Special Educational Needs. Social Service.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 10
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 17
4 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 18
5 METODOLOGIA ................................................................................................................ 19
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 39
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1 INTRODUÇÃO
A escola pode ser considerada como uma das principais instituições sociais, onde esta
é desafiada continuamente em apresentar o conhecimento que é trabalhado no contexto
educacional com o contexto social do aluno, ou seja, as questões sociais. No entanto, se torna
imprescindível que a escola conheça a realidade social dos alunos, encurtando a distância que
a separa do âmbito familiar.
A escola também pode desempenhar um papel político, onde pode desenvolver o
senso crítico do aluno, de acordo com a realidade que ele se encontra inserido na sociedade,
entendendo a realidade cultura, social e econômica do aluno e propiciar a interação familiar
no processo sócio pedagógico educacional.
No entanto, introduzir o Serviço Social na educação, contribui com ações que
transformem a educação com práticas de formação da cidadania, emancipação dos sujeitos
sociais e inclusão social, com oportunidade de orientar o indivíduo que se torne consciente de
empoderamento da sua própria história.
Amaro (1997) reflete que Educadores e Assistentes Sociais compartilham desafios
semelhantes, e tem na escola como ponto de encontro para enfrentá-los. Tem-se a necessidade
de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma negativa
no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social.
É extremamente importante frisar, que a inserção do Serviço social na educação por si
só não resolve conflitos existentes e nem substitui profissionais da educação. Sua participação
é útil no sentido interdisciplinar, e serve para subsidiar os demais autores escolares no
enfrentamento de questões sociais sobre as quais, geralmente a escola não sabe de que
maneira agir e intervir.
O Serviço Social é uma profissão que trabalha no sentido educativo de revolucionar
consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e
grupais. Assim, a intervenção do assistente social é uma atividade veiculadora de
informações, trabalhando em consciências, com a linguagem que é a relação social
(MARTINELLI, 1998), que estando frente às mudanças sociais, pode desenvolver um
trabalho de articulação e operacionalização, de interação de equipe, de busca de estratégias de
proposição e intervenção, resgatando-se a visão de integralidade e coletividade humana e o
real sentido da apreensão e participação do saber, do conhecimento. Desta forma, pode-se
afirmar:
O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro
campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes
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áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma
ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua
vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais
nesta passagem de milênio (ALMEIDA, 2000, p.74).
Nesse sentido, faz-se importante indagar a respeito do que se trata a Questão Social,
onde na visão de Iamamoto (1998, p. 27):
A Questão Social é apreendida como um conjunto das expressões das desigualdades
da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada
vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a
apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da
sociedade.
Além disso, Guerra et al., (2007, p. 252) afirma quanto à Questão Social que:
Cabe observar que entendemos “questão social” não como uma categoria no sentido
marxiano do termo, qual seja, como modo de ser, determinação de existência, mas
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como um termo, uma expressão que mais esconde do que permite elucidar seu
conteúdo concreto como expressão da luta de classe, de resistência e organização
dos trabalhadores.
Nesse contexto, observa-se que existem diversos conceitos para o que se trata a
Questão Social, entretanto, nota-se que comumente é associada com o avanço do capitalismo.
Assim, segundo Iamamoto (1998) o Assistente Social exerce funções educativo-
organizativas sobre as classes trabalhadoras. E, não poderia ser diferente, na escola, pois seu
trabalho se insere sobre o modo de viver da comunidade educacional, a partir de situações
vivenciadas em seu cotidiano, justamente pelo seu trabalho diretamente com ideologia.
No livro “O Serviço Social na Educação”, elaborado pelo Conselho Federal de Serviço
Social - CFESS (2001), encontram-se dados estatísticos, os quais revelam que cerca de 36
milhões de pessoas vivem nas cidades abaixo da linha de pobreza absoluta, e que o nosso país
ocupa o último lugar nos relatórios da ONU, o qual enfoca a questão social. Tudo isso,
consequentemente, se reflete em uma quantia de aproximadamente 60% de alunos, que em
determinadas regiões do Brasil, iniciam seus estudos e não chegam a concluir a 8ª série do
ensino fundamental (CFESS, 2001).
Com o intuito de incluir aqueles que se encontram em exclusão social, a escola
incentiva aos alunos a participarem da sociedade em que vivem. A escola, sendo instituição
social, deve estar atenta para as manifestações da exclusão social incluindo violência,
discriminações, de gêneros, etnia, sexo, classe social, física e mental, reprovações, evasão
escolar e etc. É nessa questão que origina a falha escolar, pois ela deve estar atenta a realidade
social do aluno. Nesse contexto, observa-se que a exclusão social perpassa as questões éticas
e culturais, quando comparados à pobreza, conforme as considerações de Sposati (1999).
Segundo Almeida (2000), as demandas provenientes do setor educacional, no que se
refere a sua ação ou ao fazer profissional do Serviço Social, recaem em diversas situações.
Tem-se assim necessidade do trabalho com crianças e adolescentes, através de projetos como
o Apoio Socioeducativo em Meio Aberto - ASEMA, como prevê o Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA (BRASIL, 1990).
Inclui-se, também neste contexto a importância na participação das famílias, por meio
do desenvolvimento de ações, como trabalho de grupo e, muitas vezes, com os próprios
professores da Unidade de Ensino, podendo ainda promover reuniões interdisciplinares para
decisões e conhecimento a respeito de determinadas problemáticas enfrentadas pela
comunidade escolar. Isso tudo, sem deixar de lado a ação junto ao campo educacional,
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mediada pelos programas e ações assistenciais que tem marcado o trabalho dos profissionais
do Serviço Social.
Além disso, conforme o CFESS (2001) relata, existem problemas sociais a serem
combatidos pelo assistente social na área da educação, dentre os quais, pode-se destacar a
evasão escolar, desinteresse pelo aprendizado, problemas com disciplinas, vulnerabilidade ao
uso de drogas etc. Assim, se faz necessário visualizar os objetivos da prática profissional do
Serviço Social no setor educacional, para evitar que esses problemas sociais sejam
recorrentes, e assim, Martins (1999, p. 60) pontua que:
Assim, é importante que o Assistente Social quando atua na política de educação saiba
introduzir programas visando a prevenção dos conflitos do meio social. Ademais, na
educação, o profissional deve promover o encontro e mediar as relações existentes do aluno,
escola, família e sociedade.
Além disso, o Assistente Social na educação deverá proporcionar ações e não apenas
sanar problemas, e assim, deverá prever os problemas e se antecipar a eles, compreendendo
que a política social de educação necessariamente deve garantir os direitos sociais, podendo
aumentar o conceito educacional na sociedade atualmente. Assim, a contribuição do Serviço
social no âmbito educacional se dá nas seguintes atribuições, conforme pontua Martins (1999,
p. 70)
-Melhorar a convivência entre escola, família e aluno;
-Beneficiar a abertura de canais nos processos decisórios da escola;
-Favorecer o aprendizado do processo democrático;
-Incentivar as ações coletivas;
-Efetuar pesquisas para analisar a realidade social dos alunos;
-Contribuir com a formação profissional de novos assistentes sociais,
disponibilizando campo de estágio adequado às novas exigências do perfil
profissional (MARTINS, 1999, p.70).
Nesse viés, observa-se que o Assistente Social que atua na educação se mostra com o
poder de contribuir com as questões sociais que são vivenciadas no dia-a-dia da instituição
escolar – professores, pais e alunos, e assim podem contribuir através de orientações, projetos,
visitas domiciliares, encaminhamentos e informações de cunho educativo, que possibilitem
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cidadania e ações voltadas para a sociedade. Entretanto, compreende-se que para alcançar o
aluno de forma eficiente, é importante participar do âmbito familiar com ações
socioeducativas e de cidadania (SILVA, s.d.)
Um outro ponto relevante para discutir, volta-se para a inclusão de alunos com
deficiência nas escolas de ensino regular, assim sendo uma obrigação ética do Estado em
promover assistência aos cidadãos. Entretanto, esse processo de criação de políticas públicas
direcionadas aos alunos com deficiência, implica no enfrentamento de algumas barreiras,
tornando-se necessário pensar em algumas estratégias para o desenvolvimento destas,
considerando os avanços alcançados, porém não se limitando a eles.
Na atualidade houve uma reformulação do pensamento a respeito das necessidades
educacionais dos alunos, visto como era de direitos. Com o rompimento da ideia de exclusão,
foi criada a política de inclusão que tem estado em evidência no Brasil. Hoje, a lei vigente em
nosso país estabelece que o atendimento dos alunos com deficiência, seja preferencialmente
em classes comuns da escola como explicita a Lei 9,394/96, a qual estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional (BRASIL, 1996).
A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
orienta o sistema de ensino a se transformar em sistema educacional inclusivo, em sintonia
com os princípios da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
da Organização das Nações Unidas - ONU. De acordo com a referida convenção, a inclusão
educacional das pessoas com deficiência é assegurada em todos os níveis de escolaridade
(BRASIL, 2008).
A Política Nacional da Educação Especial define as funções do atendimento
educacional especializado-AEE especificando que o atendimento educacional especializado
tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade
que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas
necessidades específicas (BRASIL, 2020).
A oferta desse atendimento é obrigatória para auxílio ao desenvolvimento dos alunos
com deficiência, constituindo assim o seu direito, cabendo à escola deixar claro e orientar os
familiares quanto à importância do atendimento. Nesse sentido, o Decreto n º 6.571/08 dispõe
sobre o atendimento educacional especializado.
Nessa perspectiva, percebe-se avanços quanto às legislações para pessoas com
deficiência em nosso País, porém é certo informar que essas conquistas não são apena
advindas de interesses dos nossos governantes, mas da mobilização civil em prol da clientela
educacional. Dessa forma, a intervenção do serviço social no Centro de Apoio
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3 JUSTIFICATIVA
4 OBJETIVOS
4.2.1 Refletir sobre como fazer a inclusão de alunos com necessidades especiais nas salas de
aula de ensino básico.
5 METODOLOGIA
Para a realização desse trabalho foi utilizada uma abordagem qualitativa pois é a
melhor técnica para esse tipo de pesquisa.Conforme afirma Minayo (2000) a abordagem
qualitativa trabalha com múltiplos significados e em uma realidade que não pode ser
quantificada.
Além disso, foi utilizada uma pesquisa bibliográfica, pautada em descritivo e
aprofundamento dos estudos analisados. Assim, Gil (2002) afirma que a pesquisa
bibliográfica é uma pesquisa baseada em publicações pré-existentes em livros e artigos
científicos. Esse tipo de estudo possibilita o aumento do conhecimento e melhor interação dos
alunos com deficiência, bem como a busca de estratégias e capacitação por partes dos
profissionais da educação para contribuição com respostas ao problema apresentado.
Sendo assim, foram realizadas pesquisas em livros de alguns renomados autores sobre
o assunto em discussão, além de pesquisas em sites na internet, bem como estudo de materiais
já publicados como artigos e revistas especializadas sobre o assunto. Segundo Gil (2007,
p.17) pesquisa é definida como:
(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar
respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um
processo constituídos de várias fases, desde a formulação do problema até a
apresentação e discussão dos resultados (GIL, 2007, p. 17).
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O tema escolhido para esse trabalho foi a inclusão escolar de alunos com necessidades
especiais iniciando já na educação infantil. É dever da escola ofertar acessibilidade e inclusão
a estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, matriculados na rede de ensino regular, assegurando-lhes o direito
de compartilharem os espaços comuns de aprendizagem, por meio da acessibilidade ao
ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e às comunicações e informações.
Para que realmente a educação inclusiva aconteça na prática, faz-se necessário uma
reestruturação geral, visto que a escola deverá tornar-se aberta à criação de novas
possibilidades de conhecimento (MANTOAN, 2003).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, representada pela Lei 9.394/96
recomenda que crianças com necessidades especiais sejam matriculadas na rede regular de
ensino. A Educação Especial tem o amparo da Lei 9.394,20 de dezembro de 1996 em seu
capítulo V da educação especial, art.58 (BRASIL, 1996).
No Brasil, o Ministério de Educação divulga o Plano Decenal de Educação Para Todos
para o período de 1993 a 2003, onde foi elaborado um cumprimento às resoluções da
Conferência. Além disso, o Brasil é também signatário, de um tratado de declaração
internacional que selou o compromisso de garantir acesso à educação inclusiva, até 2020.
6.1 Inclusão
Ouve-se com frequência falar de inclusão. Afinal, o que significa incluir? Incluir
significa inserir algo em algum lugar. Consiste em um processo de inserção. Desta forma,
nesse contexto faz menção a inserir, incluir pessoas em algum lugar. Desse modo podemos
considerar o lugar onde se aprende formalmente a ler e escrever, ou seja, a escola.
Para compreender a educação inclusiva, faz-se necessário, primeiro, entender o que é
inclusão. Nesse contexto faz-se menção a inclusão social e escolar de crianças com
necessidades especiais. No ensino básico. Desse modo, podemos falar da escola, lugar onde se
aprende formalmente a ler e a escrever.
No entanto, em pleno século XXI, ainda se questiona se nas escolas já superaram as
metodologias e práticas vivenciadas interiormente na educação tudo indica que ainda a
despeito de apregoar mudanças, a escola ainda continua ressaltando determinada resistência
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em ter que em não priorizar uma prática que como uma linguagem mais abrangente alcançaria
resultados que oportunizassem o processo de ensino e aprendizagem. Respaldamos essa visão
de inclusão de crianças nas palavras de Mittler (2000, p. 252).
Incluir é integrar, abranger a todos, sem exceção. Uma educação inclusiva integra os
alunos com necessidades especiais, em escolas regulares, por meio de uma abordagem
humanística. Essa visão entende que cada aluno tem suas particularidades e que elas devem
ser consideradas como diversidade e não como problema. Portanto, os alunos com
necessidades educacionais especiais (NEE) fazem parte da rotina das escolas. Inclusive, é
considerado crime não os aceitar ou mesmo atendê-los em uma sala de aula ou escola
separada. Assim, “Incluir, trata-se de trazer o indivíduo para o convívio em grupo, de forma
participativa”, conforme afirma o Centro Nacional de Reestruturação e Inclusão Educacional
(1994) apud Sasaki (1999).
Assim, Mitler (2000. p. 25) afirma que:
(...) no campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e
reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os
alunos possam ter acesso as camas de oportunidades educacionais e sociais
oferecidas pela escola (MITTLER, 2000, p.25).
Nesse viés, observa-se principalmente, que a inclusão é essencial nas relações sociais,
principalmente, em âmbito escolar, para que assim as oportunidades possam ser realizadas de
formas equitativas e que também todos possam ter acesso à educação.
Assim, observa-se que a educação inclusiva faz com que seja possível abranger o
acesso e a permanência de todos os alunos, de forma que não seja discriminatória, pois sabe-
se que não adianta apenas oferecer o acesso, mas se faz primordial buscar meios para que
fortaleça a permanência e assim, evitar a evasão escolar.
A Educação Inclusiva deve fazer parte do dia a dia escolar. A educação inclusiva
deixou de ser uma prática paralela há algum tempo, mas ainda hoje enfrenta desafios para ser
implementada nas instituições de ensino do país. Isso acontece porque o assunto ainda se
apresenta como um tabu social, o que deve ser desmistificado. É necessário que toda a
comunidade esteja engajada em alcançar e implantar a educação inclusiva no seio escolar. E
para isso, não se pode, nem se deve medir esforços.
O diálogo é a chave central, já que como a implementação de uma educação inclusiva
ainda é algo novo. Todos: diretores e diretoras, coordenadores e coordenadoras, professores e
professoras e estudantes devem participar de reuniões sobre o assunto e se inteirar sobre o seu
papel dentro dessa nova lógica educacional.
Nesse viés, Diniz (2020, s.p) afirma que:
O educador e a educadora serão os mediadores de uma prática inclusiva em sala de
aula. É esse profissional que deverá orientar e guiar os alunos, sejam eles especiais
ou não, pelo caminho do conhecimento. E para que isso seja alcançado, os
educadores deverão saber respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem. Isso
significa, na prática, pegar a mão dos alunos e com muita paciência, baseados em
estratégias pedagógicas, e ainda com muito cuidado ensinar aquilo que alguns dos
alunos não conseguiram dominar na primeira explicação.
O professor não estará eternamente ao lado dos alunos, assim, é seu dever entender
que cada um se desenvolve em seu ritmo, sem se esquecer de trabalhar a independência de
todos os alunos, inclusive os que possuem algum tipo de limitação. E assim, Diniz (2020, s.p)
também afirma que:
O educador, então, deve passar ao estudante toda a confiança que ele precisa para se
sentir capaz de resolver qualquer problema ou questão. É através desse caminho que
será possível ao educador compartilhar, confrontar e resolver conflitos cognitivos
dentro da sala de aula inclusiva.
Uma outra prática inclusiva que deve ser adotada volta-se para a capacitação de
educadores e coordenadores escolares. É dever da escola que se propõe a adotar uma
educação inclusiva fornecer meios de capacitação profissional nesta área. Para isso, há redes
de apoio de que podem ser acessadas. Afinal, não é obrigação saber ensinar e lidar com
alunos com necessidades educacionais especiais sem nenhuma capacitação anterior, mas é
obrigação procurar meios para se aprender. Portanto, confira a seguir quais são essas redes de
apoio que a escola pode procurar para capacitar seus colaboradores: Atendimento Educacional
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A escola quase sempre representa o primeiro contato social das crianças depois da
família. As diferenças de opiniões, crenças e valores encontradas lá são bastante ricas para
formar o caráter de cada um desde cedo e ao incluir alunos com necessidades distintas, esses
pilares serão ainda mais trabalhados no dia a dia das crianças. Cada uma perceberá aos poucos
algo que está muito alta hoje em dia: a singularidade do ser humano.
Por isso, no contexto atual, esse tipo de abordagem é fundamental para incentivar as
competências interpessoais e socioemocionais, ou seja, saber lidar com o outro, com sua
diversidade, ser mais adaptável e flexível às situações. Desenvolver um autogerenciamento de
suas emoções, utilizando-as a seu favor. Tudo isso contribui para formar jovens e adultos
mais bem resolvidos e, provavelmente, mais empáticos em relação aos outros.
A questão da diversidade e singularidade quando incorporadas nas escolas, reflete na
educação inclusiva, oferecendo uma visão de mundo diferenciada, fazendo com que o aluno
saia de sua bolha e passe a ter mais consciência de quem o cerca.
A diversidade de experiências, habilidades, contextos e capacidades entre estudantes é
uma realidade que deve ser celebrada através de práticas educacionais inclusivas. Nas últimas
décadas, a insistência em modelos pedagógicos padronizados demonstrou ser pouco eficiente,
de modo que o presente e o futuro da educação consistem na promoção da diversidade como
um valor inegociável. Quanto mais respeitados em suas diferenças, mais os estudantes e
educadores avançam, sejam eles pessoas com ou sem deficiência.
Assim, a Educação Inclusiva é um processo que se amplia a participação de todos os
estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura,
da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas possam responder à
diversidade de alunos.
A Educação Inclusiva é uma prática muito importante para o desenvolvimento de
todos e está aos poucos, sendo cada vez mais adotada nas escolas. O objetivo é favorecer a
diversidade e integrar todos os alunos no mesmo ambiente de aprendizagem, respeitando suas
necessidades especiais e evitando separá-los dos demais.
A educação inclusiva é uma proposta que procura trazer às escolas regulares alunos
especiais. Nesse sentido, é dever da escola transformar e adequar o ambiente aos alunos que
possuem qualquer tipo de atendimento especializado, com o objetivo de desenvolver estes
alunos completamente.
Para isso, é necessário conhecer o contexto de desafios que essa nova proposta
educacional tem enfrentado e assim pensar junto aos colabores da escola práticas inclusivas
que sanem os problemas e alcancem uma educação, de fato, inclusiva.
Além disso, Diniz (2020, s.p) também aponta que a educação inclusiva abrange três
grupos de estudantes. São eles:
alunos com deficiência;
alunos com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro
autista;
alunos com altas habilidades ou superdotação
Assim, se faz necessário também discutir acerca das práticas inclusivas para superar os
desafios e fazer com alunos que possuam algum tipo de limitação consigam se desenvolver
completamente.
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) garante o direito à educação às pessoas com
necessidade especiais, preferencialmente, no ensino regular. Tal processo de democratização
da educação, que parecia inalcançável há alguns anos, vem ganhando cada vez mais
espaço. Contudo, para que as escolas sejam verdadeiramente inclusivas é preciso que vários
desafios sejam superados. Desde problemas relacionados a infraestrutura da instituição até a
melhor preparação dos professores para desempenhar a inclusão dos alunos.
Nos últimos anos, o apelo para a inclusão social tem crescido e diversas medidas
foram criadas a fim de incluir as pessoas com necessidade especiais. O objetivo é dar para
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A educação inclusiva como objeto de intervenção do Serviço Social tem sido exigida
das escolas não apenas como uma educação de qualidade, mas também para que seja um
espaço que responda às necessidades de cada ser humano, tendo como princípio a inclusão
social. Busca-se uma escola para todos, independente de classe social, cor, sexo, etnia, idade.
Dessa forma, a educação inclusiva propõe que pessoas com deficiência se efetivem enquanto
ser de direitos e deveres, assim como todos nesse cotidiano escolar regular. Por sua vez, a
escola deixaria de ser aquele suposto espaço homogêneo, para ser o espaço da inclusão da
diversidade social, nas suas mais diferentes concepções étnicas, culturais e sociais
(ALMEIDA, 2000).
A dimensão social encontrada no âmbito escolar, assim como as diversas expressões
da questão social promove o reconhecimento da necessidade de ações profissionais
interdisciplinares que por sua vez culminam na presença de profissionais que não fazem parte,
tradicionalmente, da escola, dentre esses o assistente social. Alguns elementos subsidiam o
debate acerca da inserção do assistente social como profissional importante da equipe
multidisciplinar, no processo de inclusão de pessoas com deficiência na escola, dentre essas: a
dimensão pedagógica da Profissão; a interdisciplinaridade entre a política de educação e da
assistência; a organização do conjunto CFESS-CRESS na constituição de Grupos de Trabalho
formando espaços de discussão e encaminhamentos em torno do Serviço Social na Educação
e da inserção do assistente social nessa área.
De acordo com Lopes (2005) a atuação interdisciplinar dos profissionais de Serviço
Social vem se constituindo uma efetiva maneira de resolver problemas socioeducacionais. O
assistente social tem na escola um papel de articulador das diversas políticas sociais, visando
minimizar os efeitos das desigualdades. Além disso, tem a tarefa de elaborar e executar ações
preventivas e de enfrentamento às situações emergentes que expressam violência, dificuldades
interpessoais entre alunos, familiares e funcionários da escola e também dos problemas
socioeconômicos que afetam os estudantes.
Assim, conforme salientam Lima e Gomes (s.d., p. 188):
Permeado por contradições, diferenças, e desigualdades sociais, a escola se
apresenta como um espaço de atuação para o assistente social. Assim sendo, o
Serviço Social pode contribuir com a inclusão da pessoa com deficiência na escola,
primeiro por ser competência deste profissional, elaborar, implementar, executar e
avaliar políticas sociais, encaminhar providências e prestar orientação social a
indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar
recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e defesa de seus direitos.
Segundo, porque este profissional se configura como agente mediador das políticas
sociais e da cidadania, encontrando no espaço escolar inúmeras possibilidades de
atuação no enfrentamento da questão social. Além de que a atuação do Serviço
Social na educação é assegurada pela proposta ético-político-profissional sendo
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Além disso, conforme Lima e Gomes (s.d.) o Serviço Social na educação também
pode atuar na realização de projetos de pesquisas e intervenções no meio social que
interferem no processo de ensino – aprendizado. Ademais, também se observa que o Serviço
Social pode contribuir para sanar dificuldades enfrentadas pela comunidade escolar,
orientando assim, tanto a escola como a família, ou seja, sendo um mediador. Assim, as
atividades que podem ser desempenhadas pelo assistente social voltam-se para o sentido de
possibilitar a inclusão do aluno com deficiência no âmbito escolar. A seguir, estarão expostas
as considerações finais do estudo.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inclusão escolar a cada dia vem evoluindo dentro do sistema educacional brasileiro,
uma vez que as políticas educacionais e de inclusão vem sendo trabalhadas com dedicação
pela comunidade escolar e principalmente pelos gestores escolares e professores
especializados. O Atendimento Educacional Especializado tem sido uma ferramenta
fundamental no processo de ensino-aprendizagem de alunos com necessidades educacionais
especiais.
Logo, foi possível observar que a inclusão vai além de apenas aceitar alunos com
deficiência, mas sim, percebe-se que está voltada para o fato de realmente incluir e de
fortalecer vínculos, para que estes alunos não se sintam diferentes frente aos outros
estudantes. Assim, percebe-se que a participação de profissionais qualificados para atuar com
o publico com necessidades especiais, se faz de suma importância, pois é essencial que se
tenha um manejo e cuidado no ensino de forma diferenciada, para que todos possam aprender.
Além disso, a família tem um papel de bastante relevância para a formação de crianças
com necessidades especiais, pois, observa-se que através das relações familiares, o aluno pode
chegar na escola com outras deficiências, ou até mesmo, com estresses quando as relações são
estremecidas. Assim, se faz necessário que a família saiba lidar com a situação, buscando
assim, compreender as formas de cuidado e de convivência.
Logo, se faz até mesmo necessário que os familiares ao descobrir que a criança possui
algum tipo de deficiência busquem um apoio profissional, para que saiba lidar com seus
sentimentos e para que também saiba lidar na relação com o indivíduo que possui
necessidades especiais.
Nesse contexto, também se faz importante indagar quanto ao papel da sociedade frente
às pessoas com necessidades especiais, considerando que todos são seres iguais, e buscando
sempre agir de forma que não tenha discriminação. Assim, cabe a toda a população, buscar
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REFERÊNCIAS
DINIZ, Y. Conheça 6 práticas inclusivas para aplicar em sua escola e promover uma
educação integradora. Gestão da Escola, 2020. Disponível em:
https://educacao.imaginie.com.br/praticas-inclusivas/ Acesso em 01 jan. 2022.
SASSAKI, R.K. Como chamar as pessoas que tem deficiência? Vida independente:
história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo, RNT, 2003,p
12-16.