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22/10/23, 19:49 Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça
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acrescido de IVA;
29º - Alteração de janelas para portas de sacada em dois vãos da
fachada principal (demolição de paredes e carrego de entulhos) no valor
de € 190,00, acrescido de IVA;
30º - Execução de saídas de fumos, incluindo abertura de roços em lajes
e construção de chaminé no telhado, no valor de € 2.800,00, acrescido
de IVA;
31º - Abertura para porta de entrada do apartamento, rectificação de
ombreiras e carrego de entulhos, no valor de € 265,00, acrescido de
IVA;
32º - Construção de nova parede divisória entre cozinhas em tijolo
19x24x30 no valor de 325,00 euros, acrescido de IVA; e
33º - Alterações na rede de gás para dois contadores por ter sido
considerado apenas um contador para uma fracção no valor de €
390,00, acrescido de IVA.
***
Como se vê pela análise das conclusões das alegações da recorrente,
começa esta por suscitar a questão de saber se incorreu ou não em
responsabilidade pré-contratual ao recusar celebrar com a autora o
contrato de compra e venda das fracções aludidas após o decurso de
negociações tendencialmente conducentes à conclusão desse contrato,
sustentando ela que tal responsabilidade não lhe pode ser imputada, por
inverificação dos requisitos de ilicitude e culpa sua.
Nos termos do art.º 227º, n.º 1, do Cód. Civil, “quem negoceia com
outrem para conclusão de um contrato deve, tanto nos preliminares
como na formação dele, proceder segundo as regras da boa fé, sob pena
de responder pelos danos que culposamente causar à outra parte”.
Tais regras da boa fé consagradas no art.º 227º significam que, nas
negociações preliminares e preparatórias do contrato, as partes se
devem comportar como pessoas de bem, com correcção e lealdade; pelo
que, se alguém inicia e prossegue negociações, criando na outra parte
expectativas de negócio, mas com o propósito de as romper ou de não
fechar o contrato, ou formando no decurso dessas negociações tal
propósito de forma arbitrária, dessa maneira defraudando a confiança
que a outra parte tenha formado na celebração deste, deve indemnizar
os prejuízos que causa.
É que a ordem jurídica pretende conciliar, na fase pré-contratual, dois
interesses a salvaguardar: por um lado, o interesse da liberdade
negocial, que impõe que às partes, até ao último momento, seja
reconhecida liberdade de optar entre contratar ou não; por outro, o
interesse criado pela confiança no projecto de contrato, quer dizer, a
legítima expectativa de contratar que as próprias negociações vão
consolidando, pois que normalmente tal expectativa vai aumentando à
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