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Parte 1 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Embargar significa impedir, estorvar, conter, por obstáculo etc. De qualquer


modo, os Embargos são recursos que podem ser divididos em 2 espécies: (a) de
declaração; (b) infringentes.
Os Embargos de Declaração podem ser conceituados como sendo o recurso
cabível contra a decisão que contiver obscuridade, ambiguidade, contradição ou
omissão.
Originalmente, os Embargos representavam apenas obstáculos à execução da
sentença, como ainda estão presentes no Processo Civil. Depois, foram concebidos no
sentido literal da palavra. Só recentemente é que foi admitida pacificamente a natureza
de efetivo recurso.
*Os Embargos de Declaração, também chamados de Embargos Declaratórios, são uma
espécie de recurso com a finalidade específica de esclarecer contradição ou omissão
ocorrida em decisão proferida por juiz ou por órgão colegiado. Em regra, esse recurso
não tem o poder de alterar a essência da decisão, e serve apenas para sanar os pontos
que não ficaram claros ou que não foram abordados.
Os mencionados Embargos são previstos tanto no Código de Processo Penal
quanto no Código de Processo Civil.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: Recurso para esclarecer pontos não abordados


ou contraditórios de uma decisão.
Diz-se, normalmente, que a ação será proposta (salvo a mandamental que será
impetrada), o recurso será interposto e as exceções serão opostas. Sobre os embargos
ainda se diz que serão opostos. Isso decorre da velha ideia de que os embargos
constituem incidentes processuais, o que é ultrapassado porque se sabe serem efetivos
recursos.
O CPP disciplina os Embargos de Declaração nos arts. 619-620 só se referindo
ao acórdão. No entanto, seu art. 382 trata dos Embargos contra a sentença do juiz
singular. Como este artigo não diz o nome, a doutrina o denomina de embarguinhos, o
que é equivocado porque não deixa de ser Embargos de Declaração.
O procedimento é simples, não exigindo sequer a oitiva da parte contrária,
salvo quando objetivar efeitos infringentes. Outrossim, os Embargos de Declaração
serão decididos pelo próprio juízo prolator da decisão recorrida.
O prazo será de 2 dias (artigo 619, CPP) e suspenderá o prazo de outro recurso a
ser interposto (Lei n. 9.099/1995 art. 83, § 2º). Já se fez a analogia com o Código de
Processo Civil, o qual suspendia o prazo para interposição de outro recurso, mas
passou a entender que a interposição de Embargos de Declaração (recurso se interpõe)
interrompe o prazo para interposição de outro recurso. No entanto, com o advento da
Lei n. 9.099/1995, que disciplinou os Embargos de Declaração e, em matéria criminal,
afirma que a interposição do recurso em questão suspende o prazo para interposição
de outro recurso.
A finalidade dos Embargos de Declaração é a clareza da decisão; logo, a sua
interposição deve ter repercussão no prazo de recurso, pois só se pode recorrer
daquilo que está decidido na sentença ou no acórdão.
Contudo, o Código de Processo Penal, embora prevendo os Embargos de
Declaração, não contém qualquer regra em relação ao prazo para recurso da decisão
embargada, in verbis: a) – art. 382: "Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois)
dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade,
ambigüidade, contradição ou omissão."; b) – art. 619: "Aos acórdãos proferidos pelos
Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos embargos de
declaração, no prazo de 2 (dois) dias contado da sua publicação, quando houver na
sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão."
A jurisprudência supre essa omissão pela analogia ao art. 538 do Código de
Processo Civil, por força do art. 3º do Código de Processo Penal.
Nesse sentido: 1) – "Em face da omissão do Código de Processo Penal, o
oferecimento de embargos de declaração interrompe o prazo para outros recursos
beneficiando ambas as partes, dada a aplicação analógica do que dispõe o Código de
Processo Civil no artigo 538, em harmonia com o artigo terceiro do Código de Processo
Penal". (TJGO, 1ªCCr, rel. Des. Huygens Bandeira de Melo, ACr 25975-7/213, de Jussara,
Proc. 2003 0171 5160, j. 26/08/04, DJGO 14335, de 17/09/04.); 2) – "O Código de
Processo Penal não prevê a interrupção de prazo para outros recursos quando opostos
embargos de declaração, como ocorre no Código de Processo Civil, em seu art. 538,
caput. Contudo, por força do disposto no art. 3º da citada Lei Adjetiva Penal, o mesmo
princípio pode ser aplicado nos embargos de declaração na área processual penal".
(STJ, Corte Especial, rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, ERESP 287390-RR, j. 18/08/04,
DJU de 11/10/04, p. 211.)
A doutrina indica a mesma construção analógica: 3) – "As razões que inspiram a
regra do Processo Civil também incidem no Processo Penal, no qual o art. 538 encontra
aplicação analógica." (Grinover, 2001, p. 236); 4) – "(...) como o Código de Processo
Penal não trata do assunto, e como o seu art. 3º admite interpretação analógica,
inteiramente aplicável ao Processo Penal a regra do art. 538 do CPC." (Tourinho Filho,
1998, p. 448); 5) – "(...) com a nova redação dada ao art. 538 do Código de Processo
Civil, pela Lei 8.950/94, os embargos de declaração passaram a interromper, e não mais
suspender, o prazo recursal. Assim, entendemos que aplicando-se analogicamente tal
dispositivo (com a nova redação) ao Processo Penal, é forçoso concluir que a
interposição de embargos declaratórios agora passou a interromper e não mais a
suspender o prazo recursal, vale dizer, o prazo recomeçará a ser contado a partir do
primeiro dia, desprezando o tempo até então ocorrido." (Capez, 1999, p. 436)
O mencionado art. 538 estabelece que: "Os embargos de declaração
interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes".
Todavia, tratando-se de embargos declarados manifestamente protelatórios não
é possível a analogia, pois o parágrafo único do mencionado artigo comina sanção
imprópria no Processo Penal – ou seja: "Quando manifestamente protelatórios os
embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar
ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na
reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento),
ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor
respectivo."
Portanto, apesar do consenso, opostos/interpostos Embargos de Declaração, a
analogia com o Processo Civil não preenche satisfatoriamente a lacuna no Processo
Penal, pois inaplicável no caso de embargos protelatórios. Podendo ocorrer hipótese
absurda na qual, a parte interessada em procrastinar, maneja embargos de embargos
sucessivos sem nenhuma regra que iniba tal chicana.

PARTE 2
TERMINOLOGIA
Diz-se opor embargos de declaração. A decisão que julga os
embargos acolhe ou rejeita os embargos, por isso quem opõe os embargos requer
seu acolhimento. Embargante é quem opõe os embargos e embargada é a parte
contrária. Usa-se decisão embargada, para se referir à decisão contra a qual se
opuseram os embargos, com as variantes sentença embargada e acórdão embargado.
Também se usa, como sinônimo, a expressão embargos declaratórios.
FORMA DE INTERPOSIÇÃO
Por se tratar de um recurso julgado pelo próprio órgão que proferiu a decisão,
os embargos de declaração são opostos em peça única, em que as razões são
apresentadas na mesma petição de interposição. Se for oposta contra sentença, é
endereçada ao juiz que a proferiu, se for contra acórdão, é endereçada ao relator do
acórdão embargado.
Não há contrarrazões, a parte contrária não se manifesta nos embargos de
declaração. Trata-se de recurso inaudita altera pars
Trata-se de recurso que objetiva esclarecer o conteúdo da decisão judicial.
CABIMENTO
Embargos de declaração são cabíveis quando a decisão
for omissa, contraditória, obscura ou ambígua.
A omissão se dá se a decisão deixa de abordar um tema trazido por uma das
partes. A contradição se faltar nexo, lógica ou incoerência. A decisão contém dois
pontos que não poderiam coexistir em uma mesma decisão. Obscuridade ocorre se há
algum trecho da decisão que seja incompreensível, com falta de clareza, de
inteligibilidade. Por fim, a ambiguidade ocorre quando há trechos que permitem mais
de um sentido, de modo a não ser possível saber qual o sentido empregado pela
decisão.

COMPETÊNCIA
Mesmo órgão que proferiu a decisão (juiz, câmara ou turma).

FUNDAMENTO LEGAL
Primeira instância: art. 382, CPP.
Segunda instância: arts. 619 e 620, CPP.
Juizados Especiais Criminais: art. 83, da Lei 9.099/95: “obscuridade, contradição ou
omissão”.
Superior Tribunal de Justiça: art. 263, do RISTJ: “ponto obscuro, duvidoso, contraditório
ou omisso”.
Supremo Tribunal Federal: art. 337, do RISTF: se houver “obscuridade, dúvida,
contradição ou omissão”.
No Regimento Interno do Tribunal de Justiça de São Paulo, há previsão de
embargos de declaração, nos arts. 13, I, h, 35, 37, § 1º e 110.
PRAZO
O prazo para oposição dos embargos declaratórios será de 2 dias nas seguintes
hipóteses: primeira instância (art. 382, CPP); 2ª instância (art. 619, CPP); STJ (art. 263,
RISTJ).
Será de 5 dias no (JECrim – art. 83, § 1º, da Lei 9.099/95) e no STF (art. 337, § 1º,
RISTF).
LEGITIMIDADE
Podem opor embargos de declaração, a defesa e a acusação, ou seja, Ministério
Público e assistente de acusação ou querelante.
INTERRUPÇÃO DO PRAZO
Os Embargos de Declaração interrompem o prazo para os demais recursos e
volta a fluir desde o início. Assim, no caso de embargos de sentença, o prazo para
apelação fica interrompido e os cinco dias serão contados a partir da publicação da
decisão dos embargos. Também interrompe para a parte contrária.
Antes, no JECrim os embargos suspendiam o prazo, o que significava que o
prazo voltava a correr pelo tempo restante. Porém, com a nova redação dada pela Lei
13.105/2015, o art. 83, § 2º, Lei 9.099/95, passou a prever a interrupção.
EFEITOS INFRINGENTES
Os chamados efeitos infringentes dos Embargos de Declaração ocorrem na
hipótese de o acolhimento dos embargos de declaração leva a modificação da decisão.
Isso poderá ocorrer se, ao acolher os embargos, o órgão tiver que decidir sobre tese
não analisada na decisão embargada. É possível principalmente em caso de
omissão. Não confundir com Embargos Infringentes.
Um bom exemplo de efeitos infringente dos Embargos de Declaração ocorreu
em uma das ações penais da chamada operação Lava Jato. A defesa de José Dirceu
opôs embargos de declaração para suprir a omissão referente à atenuante por ser
maior de 70 anos o réu (art. 65, I, CP). Reconhecendo que houve omissão e que o réu
tinha, no momento da sentença, mais que setenta anos, o juiz acolheu os Embargos e,
ao considerar a agravante, reduziu a pena em dois anos.
PREQUESTIONAMENTO
Para a interposição de Recurso Extraordinário ou Especial, é necessário que o
tema tenha sido abordado no acórdão recorrido, o chamado prequestionamento. Em
razão disso, se houver algum tema abordado no recurso, mas que não tenha sido
analisado no acórdão, a parte, que pretender interpor os Recursos Extraordinário ou
Especial, deverá opor Embargos de Declaração, para que o tema seja analisado pelo
Tribunal, para que exista o prequestionamento. Caso isso não ocorra, não serão
cabíveis os mencionados recursos.
Súmula 356, do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos
Embargos Declaratórios, não pode ser objeto de Recurso Extraordinário, por faltar o
requisito do prequestionamento.”
Súmula 211, do STJ: “Inadmissível Recurso Especial quanto à questão que, a despeito
da oposição de Embargos Declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo.”
EMBARGOS INFRINGENTES E NULIDADES
Os Embargos Infringentes são oponíveis contra a decisão não unânime de segunda
Instância e desfavorável ao réu. Não basta, pois, a falta de unanimidade. É preciso, também,
que a divergência do voto vencido seja favorável ao réu. Desse modo, apreciando uma
Apelação ou Recurso em Sentido Estrito, se a Câmara ou Turma, por maioria, decidir contra o
réu, e o voto dissidente lhe for favorável, cabíveis serão os Embargos.

Quando a decisão de segunda Instância, desfavorável ao réu, não for unânime,


e versar a divergência sobre matéria estritamente processual, capaz de tornar inválido
o processo, os Embargos são denominados "de nulidade", porquanto não lhe visam à
modificação, mas à anulação do feito, possibilitando sua renovação.
Trata-se de Recurso exclusivo do réu e que existe para tutelar mais ainda o
direito de defesa. Por isso mesmo, como já se afirmou, não conflita tal particularidade
com os princípios do contraditório e da igualdade das partes, "uma vez que estes
existem como garantias do direito individual".
*eles representam uma decorrência do princípio do favor rei
Apesar de conhecidos, no Processo Civil, somente em 1952, pela Lei 1.720-B, de
3 de novembro, que deu nova redação ao art. 609 do estatuto Processual Penal,
acrescentando-lhe, inclusive, um parágrafo, é que os Embargos Infringentes ou de
Nulidade foram adotados na legislação processual penal. A propósito, o parágrafo
único do art. 609 do CPP:
"Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu,
admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de
dez dias, a contar da publicação do acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência".
Embora o órgão competente para apreciá-los não seja exatamente o mesmo
que prolatou a decisão embargada, não perde tal recurso seu característico, que é a
retratação.
Os Embargos Infringentes ou os de Nulidade, dirigidos ao Relator do acórdão
embargado, devem dar entrada no protocolo da Secretaria no prazo de dez dias, a
contar da publicação do acórdão.
O embargante deverá, junto com a petição de interposição do recurso,
apresentar as suas razões, fortalecendo-as com os argumentos expendidos no voto
dissidente.
Pouca coisa diz o CPP sobre o procedimento dos Embargos. O parágrafo único,
do art. 609 faz remissão ao art. 613, donde se concluir que os Tribunais, nos seus
Regimentos Internos, devem complementar as regras contidas no citado dispositivo,
preenchendo-lhe as lacunas. O Relator e o Revisor disporão de prazo igual e sucessivo
para se manifestarem. Esse prazo não pode ser inferior a dez dias para cada um. Igual
prazo é concedido ao Procurador-Geral da Justiça para opinar a respeito. Se houver
sustentação oral, o prazo é de quinze minutos. Essas as regras contidas no art. 613.
Se, porventura, for denegado o recurso, poderá a parte opor Agravo
Regimental.
Embargos Infringentes e de Nulidade
São recursos oponíveis contra a decisão não unânime de órgão de segunda
Instância, desde que desfavorável ao réu. Embora o CPP faça menção aos embargos
infringentes e aos de nulidade, destaca-se que os Embargos Infringentes visam discutir
matéria relativa ao mérito, já os Embargos de Nulidade têm por finalidade debater
matéria exclusivamente processual que favoreça o réu. No entanto, os pressupostos e o
processamento de ambos são idênticos.
Os Embargos Infringentes e os Embargos de Nulidade são opostos contra as
decisões dos Tribunais de 2º grau. Essa decisão deve ser desfavorável ao réu, por
maioria. Não pode ser unânime!
Sua disciplina legal está situada tão somente no parágrafo único, do artigo 609,
do Código Penal.
Desta forma, é considerado um recurso ampliativo, pois ele possibilita que o
número de julgadores seja ampliado de três para cinco e, assim, pode ocorrer a
reversão do julgamento.
Cabe lembrar que, aqueles julgadores que já participaram do julgamento da
Apelação, RESE ou Agravo em Execução, proferem uma nova decisão e, portanto,
podem modificar o primeiro entendimento.
Então, lembre-se dos requisitos do recurso em comento:
1. Decisão desfavorável ao réu;
2. Decisão não unânime: Ou seja, pelo menos um voto no julgamento do RESE ou
Apelação foi favorável ao réu.
EXEMPLO: Suponha que foi interposto um recurso de Apelação. Havia um pedido
principal e outro subsidiário. O primeiro pedia a absolvição do réu, o segundo, por sua
vez, pedia a fixação de um regime inicial mais brando. O recurso foi julgado. O pedido
de absolvição não foi provido por unanimidade dos julgadores. Em relação ao pedido
subsidiário, dois julgadores deram seu voto de forma desfavorável (2 x 1).
*Neste caso, os embargos podem ter como objeto apenas a questão que
envolve a fixação do regime inicial.

APELAÇÃO – conceito, quesitos e cabimento (não copiar, pois é meu trabalho JKKKKK)

A apelação é um instituto fundamental no sistema processual penal brasileiro,


regulamentado pelo Art. 593 do Código de Processo Penal (CPP). Ela desempenha um
papel crucial no sistema de controle das decisões judiciais de primeira instância,
permitindo às partes a possibilidade de impugnar sentenças condenatórias,
absolutórias, ou qualquer outra decisão que afete seus direitos.
O Art. 593 do CPP estabelece que a apelação é um recurso que tem como
principal finalidade a revisão das decisões judiciais proferidas em primeira instância,
seja para modificar a sentença, absolvendo o réu ou aumentando a pena, ou para
reformar o julgamento. Ela é prevista como um direito das partes, podendo ser
interposta tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa, sendo, assim, um meio
importante para garantir a ampla defesa e o contraditório.
Em relação aos quesitos e cabimento da apelação, Guilherme de Souza Nucci,
jurista renomado na área do direito penal, contribui para esclarecer a aplicação do
instituto. Em sua obra, Nucci enfatiza a importância da apelação como instrumento de
controle das decisões judiciais e de garantia da justiça. Ele destaca que a apelação é
cabível contra decisões definitivas de mérito, sentenças de pronúncia, sentenças de
impronúncia e decisões que concedam ou neguem a liberdade provisória ou a
revogação desta.
Nucci também discute a necessidade de fundamentação na interposição do
recurso de apelação, ressaltando que o recorrente deve apresentar de forma clara e
específica os motivos pelos quais discorda da decisão proferida em primeira instância.
A fundamentação é crucial para que o tribunal possa analisar os argumentos
apresentados e, assim, proferir uma decisão justa e equitativa.
A jurisprudência brasileira, frequentemente citada por Nucci, confirma a
relevância da apelação como um instrumento de revisão das decisões judiciais. Ela tem
desempenhado um papel fundamental na correção de erros e injustiças que possam
ocorrer no curso do processo penal, contribuindo para a consolidação do devido
processo legal e a garantia dos direitos das partes envolvidas.
Em resumo, a apelação, de acordo com o Art. 593 do CPP, é um recurso
importante no sistema processual penal brasileiro, permitindo a revisão de decisões
judiciais de primeira instância. Guilherme de Souza Nucci destaca sua relevância e os
quesitos para sua interposição, enfatizando a necessidade de fundamentação. A
jurisprudência, por sua vez, reforça a importância desse recurso na busca por justiça e
na correção de eventuais equívocos no sistema de justiça penal.

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