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Para a produção desta Sebenta teve como colaborador o Director Geral do Instituto de
Médio Politécnico Ciência e Inovação o Marcos Alexandre Joaquim Bande.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 6
UNIDADE I: Introdução a disciplina
1. Conceitos fundamentais
As experiências num Laboratório, envolve o manuseamento de substâncias perigosas, bem
como o uso de corrente eléctrica e gás, cuja sua manipulação requer cuidados.
O Laboratório é um local de trabalho, onde os factores de riscos estão presentes, o
conhecimento de regras de biossegurança assim como o seu cumprimento são a melhor forma
de evitar acidentes.
Segurança em Laboratório
O termo segurança é bastante familiar, fala se de segurança contra bandidos, segurança
alimentar, segurança das nossas casas contra o vendaval em fim, cada um no seu contexto. De
acordo com Chambel (2005), um laboratório é um local de trabalho com potenciais riscos de
acidente, dado que se manipulam substâncias com perigosidade considerável, que se
indevidamente utilizadas, podem causar danos graves de grandes repercussões. Realmente
isso mostra o quão importante garantir a segurança em qualquer tipo de actividade que
representa riscos a nossa saúde, e a atividade de Laboratório de Química não esta alheia a
isso, ela oferece muitos riscos, devidos ao tipo de substâncias que são manipuladas e os
equipamentos usados. Antes de desenvolver os assuntos referentes a esta unidade torna-se
importante trazer alguns conceitos directamente relacionados com a segurança no laboratório.
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Toxicidade qualquer efeito nocivo que advém da interação de uma substância química com o
organismo.
Acidentes são todas as ocorrências não programadas, estranhas ao andamento normal do
trabalho, das quais poderão resultar danos físicos ou funcionais e danos materiais e
económicos à instituição.
Prevenção de Acidentes é acto de se por em prática as regras e medidas de segurança, de
maneira a se evitar a ocorrência de acidentes.
Equipamentos de Segurança são os instrumentos que têm por finalidade evitar ou minimizar
riscos de acidentes.
A preocupação sobre a segurança no laboratório tem como o objectivo de evitar acidentes,
portanto torna-se imprescindível que durante os trabalhos realizados no laboratório, deve se
cumpra rigorosamente o uso de equipamentos de protecção individual (EPI,s) e colectivo
(EPC), que inclui todos os princípios básicos, os deveres ou responsabilidade que devem ter
tanto os estudantes bem como os docentes de modo a manter a sua integridade física dentro
do laboratório.
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1.3. Breve Historial sobre àFarmácia
As literaturas mais antigas da Medicina, datam cerca de 3500 anos a.n.e, onde as civilizações
utilizavam o meio ambiente como a fonte de remédio, tais como folhas de plantas, raízes,
estrumes de animais,
Pressupõe – se que cerca de 3000 anos da interacção com o meio ambiente, sucederam
– se várias descobertas devido ao uso vasto de substâncias de origem mineral, vegetal e
animal, para produzir certos efeitos no organismo humano, onde na modernidade aparecem
medicamentos cientificamente bem elaborados.
Contudo, pode se dizer que o uso de remédios naturais começou a longas décadas. Na
antiguidade mais remota, onde o homem tentava aliviar e curar os males por meio destes
recursos naturais e o lugar da venda dos remédios se chamava na altura por botica e o
vendedor era designado boticário.
A partir de 1940, com os avanços tecnológicos no campo da Medicina, iniciou-se um
processo de reestruturação e modernização da área de Farmácia, por exemplo no Brasil, onde
mais tarde abrangiu todo o mundo, que até hoje é imprescindível nos serviços de saúde
pública.
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organismo vivo em pequenas quantidades não actuam como alimento, antes pode produzir
alterações somáticas (SNC) – segundo à OMS.
Alimento – é toda substância que se ingere com objectivo de manter o equilíbrio no
organismo para satisfazer à fome.
Remédio – é toda substância química com fins curativos ou preventivos duma doença.
Veneno - é a droga ou preparação farmacêutica simples ou complexa, quando administrada
em doses excessivas é tóxica ou nociva.
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UNIDADE II : Higiene e Segurança no Trabalho do Laboratório
2. Regras Básicas de Higiene e Segurança-(RBHS)
2.1. Normas de Segurança
Toda tarefa a ser executada deve ser cuidadosamente programada, pois, nenhum trabalho é tão
importante e urgente que não mereça ser planejado e efectuado com segurança. É
responsabilidade de cada um zelar pela própria segurança e das pessoas com quem trabalha. O
trabalho em laboratórios de ensino só deve ser permitido no horário previsto e sob a
supervisão do professor. Em todos os laboratórios, o trabalho só deve ser efetuado quando
simultâneo ao de outro pesquisador. As normas específicas fixadas para cada laboratório
devem ser rigorosamente obedecidas. Ressalta-se que devem ser renunciadas as brincadeiras
dentro do laboratório. É bom lembrar que o professor ou o técnico do laboratório é sempre a
pessoa melhor qualificada para orientar quanto aos cuidados específicos a serem tomados em
relação a cada experiência. Suas instruções devem ser cuidadosamente seguidas e respeitadas.
Todo trabalho efectuado em laboratório oferece risco. Este risco pode ser decorrente o de
produtos químicos, eletricidade ou chamas e agentes patogênicos, resultando em materiais,
ferimentos, queimaduras ou graves infecções. É evidente, no entanto, que estas são apenas
umas delas, mas, desde que sejam seguidos, muitos acidentes poderão ser evitados: abaixo
enumeradas a seguir, as regras básicas de segurança:
1. Não entrar em locais de risco desconhecido;
2. Não permitir a entrada de pessoas alheias aos trabalhos do laboratório;
3. Não fumar no laboratório;
4. Não se alimentar e nem ingerir líquidos nos laboratórios;
5. Não armazenar substâncias incompatíveis no mesmo local;
6. Não abrir qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo rótulo; Informar-se
sobre os símbolos que nele aparecem (ver referências);
7. Não pipetar líquidos directamente com a boca; usar pipetadores adequados;
8. Não tentar identificar um produto químico pelo odor nem pelo sabor;
9. Não levar a mão à boca ou aos olhos quando estiver manuseando produtos químicos;
10. Não retornar reagentes aos frascos de origem;
11. Não executar reacções desconhecidas em grande escala e sem protecção;
12. Não adicionar água aos ácidos, mas sim os ácidos à água;
13. Não dirigir a abertura de frascos na sua direcção ou na de outros;
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14. Não trabalhar de sandálias ou chinelos no laboratório; os pés devem estar protegidos
com sapatos fechados;
15. Não abandonar o experimento, principalmente à noite, sem identificá-lo e encarregar
alguém qualificado pelo seu acompanhamento;
16. Não se distrair, durante o trabalho no laboratório, com conversas, jogos ou ouvindo
música alta, principalmente com fones de ouvido;
17. Evitar trabalhar sozinho no laboratório; avisar o responsável quando trabalhar tarde da
noite ou nos finais de semana para que os vigias visitem periodicamente o local;
18. Aprender a usar correctamente os EPIs e EPCs (equipamentos de protecção individual e
coletiva): luvas, máscaras, óculos, aventais, sapatos, capacetes, capelas, blindagens, etc.
19. Manter os solventes inflamáveis em recipientes adequados e longe de fontes de calor.
20. Utilizar a capela sempre que efectuar uma reacção ou manipular reagentes
que liberem vapores;
21. Conhecer o funcionamento dos equipamentos, antes de operá-los;
22. Lubrificar os tubos de vidro, termómetros, etc, antes de inseri-los em rolhas e
mangueiras;
23. Conhecer as propriedades tóxicas das substâncias químicas antes de
empregá-las pela primeira vez no laboratório;
24. Prender à parede, com correntes ou cintas, os cilindros de gases
empregados no laboratório;
25. Não trabalhar com material imperfeito. Vidrarias trincadas, lascadas ou
quebradas devem ser descartadas e o técnico ou responsável deve ser avisado;
26. Certificar-se da correcta montagem da aparelhagem antes de iniciar um experimento;
27. Informar sempre colegas quando for efectuar uma experiência
potencialmente perigosa;
28. Manter uma lista actualizada de telefones de emergência;
29. Informar-se sobre os tipos e usos de extintores de incêndio bem como a
localização dos mesmos (corredores);
30. Acondicionar em recipientes separados o lixo comum e os vidros quebrados
e outros Materiais cortantes;
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professor;
32. Frascos vazios de solventes e reagentes devem ser limpos e enviados ao contentor de
vidros, para descarte. Cada laboratório deve se encarregar deste serviço, não podendo
qualquer frasco ficar do lado de fora do laboratório;
33. Se tiver cabelos longos, leve-os presos ao realizar qualquer experiência no laboratório;
34. Não usar relógios, pulseiras, anéis ou qualquer ornamento durante o trabalho no
laboratório;
35. Lentes de contacto não devem ser usadas em laboratórios, pois podem absorver produtos
químicos e causar lesões nos olhos;
36. Evitar colocar na bancada de laboratório bolsas, agasalhos ou qualquer material estranho
ao trabalho;
37. Verificar, ao encerrar as actividades, se não foram esquecidos aparelhos ligados (bombas,
motores, mantas, chapas, gases, etc.) e reagentes ou resíduos em condições de risco;
38. Faça apenas as experiências indicadas pelo professor. Experiências não autorizadas são
proibidas. Improvisações podem causar acidentes
39. Comunicar qualquer acidente, por menor que seja, ao responsável pelo laboratório;
40. Organização do ambiente de trabalho. 41. Armazenamento dos reagentes.
42. Manutenção preventiva.
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Figura 1: Triângulo de fogo.
Uma vez iniciada a combustão, os gases envolvidos ‘‘ reagem em cadeia’’ alimentando a
combustão, dada a transmissão de calor de umas partículas para outras .
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Modo de procedimentos: deve desenvolver-se atitudes de vigilância mutua no ambiente de
trabalho e executar, periodicamente, exercícios de simulação de risco, que desenvolvam
atitudes expeditas e reflexos rápidos essenciais ao domínio de uma eventual situação concreta.
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expansão é de 1:6. A espuma mecânica de alta expansão chega a 1:1000. A espuma mecânica
é um agente extintor empregado no combate a incêndio da classe "B" (líquidos inflamáveis).
A espuma mecânica deve ser aplicada contra um anteparo, para que possa ir cobrindo
lentamente a superfície da área incendiada. Tanto a espuma química como a mecânica têm
dupla acção. Agem por resfriamento, devido a água e por abafamento, devido a própria
espuma. Portanto, são úteis nos incêndios de Classe A e B.
A espuma é condutora de electricidade. Portanto, jactos plenos de espuma não devem ser
aplicados em incêndios de equipamentos eléctricos energizados, ou seja em incêndios de
Classe C, porque contêm água. Também não é considerada agente adequado para incêndios
que envolvam gases de petróleo.
B) Processos de extinção.
Um fogo pode ser interrompido quando se impede a acção de um dos seus componentes
(triangulo do fogo) ou se rompem as reacções em cadeia (Tetraedro do fogo).
Alguns dos processos de extinção de fogos mais vulgarmente utilizados.
Abafamento: diminuição da percentagem de oxigénio para valores inferiores a 15% ( a
percentagem normal de oxigénio no ar é de 20%).
Dispersão: separação física do combustível.
Arrefecimento: diminuição da temperatura do ambiente onde esta a ocorrer o fogo por
valores inferiores a temperatura de combustão.
Inibição: alteração da composição química da chama suprimindo a sua formação (ruptura das
reacções em cadeia).
Tabela 2: Agentes extintores e modo de actuação.
Classe de fogo Agente extintores Modo de actuação Processo de intervenção
A Água Abafamento Jacto
Arrefecimento Chuveiro/nevoeiro
Choque vapor
Sopro,
encharcamento
A Areia Abafamento
B e fogos eléctricos Dióxido de carbono Abafamento Neve carbónica
(gás mais denso que Arrefecimento
o ar) Sopro
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B (elevadas Espuma Abafamento Jacto
proporções) Mistura de líquidos Arrefecimento
espumífero, água e ar
(menos denso que
combustíveis
líquidos)
(1) A, C Pó químico Abafamento Jacto com auxílio de um
(2) A,B, C Hidrogenocarbonato Inibição gás propulsor
(3) D de sódio (1) ou geralmente CO2
fosfato de amónio
(2) com a adição de
uma substância
gordurosa ou pó de
composição variável
(3)
D Halon Inibição Jacto
Derivados de
halogenados do
metano
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Produto Comburente
de prudência);
Os produtos com este símbolo Evitar qualquer contacto
3. Orientações para procedimentos de primeiros socorros;
facilitam a combustão de com materiais inflamáveis.
4. Incompatibilidade com outros produtos químicos:
produtos inflamáveis
Verifique na tabela a incompatibilidade do produto químico sob análise.
Xi Produto Irritante
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Produto Extremamente
Inflamável
Os produtos com este símbolo Colocar longe de
chamas ou de fontes de
inflamam-se facilmente em
calor.
presença de uma chama, mesmo a
uma temperatura inferior a 0 ºC.
F Produto Inflamável
Evitar aproximar de
Os vapores destes produtos chamas e o choque
inflamam-se em presença de uma Colocar longe de
chama ou de uma fonte de calor. chamas ou de fontes de
calor.
F+
T
Evitar completamente o
Produto Tóxico contacto com a pele e os
Os produtos com este símbolo olhos e nunca respirar os
actuam como venenos. vapores.
T+ Produto Muito Tóxico Os Evitar completamente o
produtos com este símbolo são
contacto com a pele e os
venenos muito perigosos que
provocam nauseas e vertigens, olhos e nunca respirar os
podendo causar a morte vapores.
Produto Comburente Evitar qualquer
Os produtos com este símbolo contacto com
facilitam a combustão de produtos materiais
inflamáveis inflamáveis.
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Ambiente em recipientes
adequados e nunca
Produtos com este símbolo podem derramar para o meio
contaminar o meio ambiente. ambiente.
Produto Radioactivo
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Figura 3: Aplicação do Diamante de Hommel:
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2.5. Manuseio de Reagentes Químicos no Laboratório
Para além dos materiais laboratoriais, também, alguns reagentes são empregados na execução
dos trabalhos práticos, pois convém abordarmos de uma forma generalizada alguns desses
reagentes químicos.
Ácidos
Ácido é uma espécie química que em solução aquosa liberta ião hidrogénio. Todavia ácidos
são substâncias usadas em laboratório.
Portanto, os ácidos usados com maior frequência no laboratório são: H 2SO4 (96%), HCl
(37%), HNO3 (68%). Em caso de ingestão de um desses ácidos é recomendado um
neutralizante via oral, como por exemplo: o leite fresco ou mesmo água de cal.
Se acidentalmente um destes ácidos cair na pele ou mucosa oral deve-se limpar de imediato
com um pano seco ou lavar abundantemente o local com solução de magnésia/solução de
sabão/bicarbonato de sódio (NaHCO3) ou até mesmo solução de amoníaco (NH4OH), sendo
estes reagentes utilizados apenas para queimadura ligeiras. Para queimaduras graves, deve-se
aplicar um desinfectante, secar a pele e cobrir com pomada à base de vaselina. No caso de
atingir os olhos, deve se lavar abundantemente com água ou com uma solução de borato de
sódio (Na3BO3) ou bicarbonato de sódio (NaHCO3) a 5%.
Bases
Base é uma espécie química que em solução aquosa liberta ião hidroxilo. Contudo, as bases
são substâncias usadas em laboratório.
As bases mais utilizadas no laboratório são: NaOH (soda caustica), Ca(OH) 2 (cal apagada), e
NH4OH (amónia).
Os estudantes ao servirem-se dos frascos que contém NaOH devem ter o cuidado de manter
fechado os frascos, porque é higroscópio ou seja, quando exposto ao ar, facilmente é atacado
com o gás carbónico existente na atmosfera, transformando-se assim em carbonato de sódio.
Tal fenómeno acontece também com o hidróxido de cálcio, diferentemente da amónia que é
uma solução de amoníaco com água.
Sais
Sal é substância obtida na reacção entre um ácido e uma base.
Portantos, Muitos sais, são geralmente feitos a 5-10% da sua concentração.
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precipitação de iões Hg2+, podendo evitar a morte. Deve ser providenciada imediatamente a
assistência médica.
Compostos de Antimónio: é de suma importância provocar imediatamente o vómito, quer
por excitação directa da faringe com o dedo, quer pela administração de uma substância que
desencadeie este reflexo.
Compostos de Cobre: geralmente provocam a própria eliminação, assim como o sulfato de
cobre (CuSO4), altamente irritante para a mucosa gástrica, desencadeia o vómito que o
elimina.
Compostos de Arsénio: a vítima apresenta vómitos, diarreia. É indicado a provocação do
vómito, pela ingestão de uma colher de chá de mostarda ou uma colher das de sopa de cloreto
de sódio ou sulfato de zinco, dissolvido num copo de água quente. Não é recomendado a
administração oral do leite.
Gases
Monóxido de carbono: a sua intoxicação crescente não implica no aparecimento imediato de
dificuldade de respirar que é sinal de alarme mais comum em uma asfixia. A inalação
constante de gás, provoca a depressão crescente da consciência. A remoção da vítima para
fora do ambiente é a primeira medida, sendo esta medida na maioria dos casos suficiente. Em
graus mais altos de intoxicação é recomendado a respiração de oxigénio.
Bromo, Cloro e Iodo: em acidentes com vapores de bromo principalmente, deve ser
abandonado imediatamente o local e a inalação do bicarbonato de sódio, ou deve-se dar ao
paciente pastilhas à base de eucalipto ou essência diluída de menta, para aliviar a traqueia e os
pulmões. Se a respiração ficar suspensa, aplicar respiração artificial.
Em acidentes de bromo é eficaz a administração oral de leite. Na pele o contacto é combatido
usando amónia directamente. Nos olhos, deve-se lavar continuamente com grande quantidade
de água.
Substâncias orgânicas:
Em contacto com a pele, deve-se lavar a vontade com álcool, depois com sabão e água quente
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no máximo 5 minutos. Se necessário, procure um médico.
Fragmentos nos Olhos
Remova os pedaços maiores se possível com uma pinça, ou lave o olho com água corrente em
abundância. De procure imediatamente um médico.
2.5.7. Eléctrico
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Desligar a corrente/quadro de electricidade antes de socorrer o acidentado. Se não for
possível, colocar debaixo dos pés um material isolante e afaste a vítima da fonte com um cabo
de vassoura ou outro objecto de madeira. Não utilizar materiais metálicos ou húmidos.
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das extremidades fechadas. Tem usos diversos entre os diversos entres os quais:
Observação de reacções químicas em pequena escala. É usado nos aquecimentos
de soluções, com agitação constante directo na chama.
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Tripé de ferro: serve como apoio para a tela de amianto e para equipamentos que são
colocados sobre ela.
Suportes, garras e argolas de ferro: servem para a montagem e a sustenta dos aparelhos de
laboratório.
Vidro de relógio: usado para pesar pequenas quantidades de substâncias, para evaporar
pequenas quantidades de soluções por separa cobrir béqueres e outros recipientes.
Balão de fundo redondo o seu uso é semelhante ao balão de fundo chato, mas
mais apropriado a aquecimentos sob refluxo.
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reacções entre soluções, dissolução de substâncias, reacções de precipitação e aquecimento de
líquido. Deve ser aquecido no tripé com uma tela de amianto.
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Trompa de vácuo aproveita-se de uma corrente de água para aspirar o ar, por uma abertura
lateral, é usada para as "filtrações a vácuo".
Cadinho ou porcelana (ou metal) usado para aquecimento e fusão de sólidos a altas
temperaturas.
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rotação, as partículas de maior densidade, por inércia, são arremessadas para o fundo do tubo.
Tipos de capelas
Frasco lavador ou pisseta é empregada na lavagem de recipientes por meio de jactos de água
ou de outros solventes. O mais utilizado é o de plástico pois é prático e seguro.
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Colher de deflagração se utiliza para realizar pequenas combustões de substâncias ou
observar o tipo de chama, reacção, etc.
Funil de separação ou decantação recipiente de vidro em forma de pêra, que possui uma
torneira. É Utilizado para separar líquidos imiscíveis. Deixa-se decantar a mistura; a seguir
abre-se a torneira deixando escoar a fase mais densa.
Tubos em forma de U tubo recurvado em forma de U, quando preenchido com uma solução
especial funciona como ponte salina permitindo a passagem de iões na montagem de uma
pilha de Daniell.
Cristalizador é de vidro, possuem grande superfície que faz com que o solvente evapore com
maior rapidez.
Dissecador ou exsicador é usado para guardar substâncias em ambiente com pouco teor de
humidade.
Papel de filtro papel poroso, que retém as partículas sólidas, deixando passar apenas a fase
líquida.
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material refractário e equipada com resistências capazes de elevar a temperatura interior a
valores acima de 1000°C. As muflas mais comuns possuem faixas de trabalho que variam de
200 à 1400°C.
Gobelé ou copo de Bequer é Copo de vidro de tamanho variado utilizado para aquecer e
cristalizar substâncias, recolher filtrados, fazer decantações, misturar reagentes, preparar
soluções, transferir soluções e pesar substâncias.
Instrumentos são objectos que se usam nas práticas laboratoriais, tais como:
Vidro – O material de vidro no laboratório não deve ser tratado como qualquer outro porque:
- Tem temperaturas apropriadas para os ensaios
- Tem características da fragilidade
- Suporta certas substâncias químicas, ex; Tubos de ensaios, pipetas, seringas,
- Porcelana – é um material com boa resistência mecânica, térmica, química e tem uma
temperatura de fusão entre 1600 à1700ºC,
Ex: Almofariz e sua manga.
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Figura 24: Almofariz e sua manga.
Papel é constituído por fibras celulosas de boa qualidade (algodão de celulose),
tratados quimicamente para reduzir a presença de substâncias minerais,
possuindo as seguintes características:
Dimensões das partículas a reter.
Velocidade de retenção das partículas
Disposição de coloidais para partículas muito pequenas, ex: papel de filtro,
de caqui, envelopes, caixas para incineração, os filtros mais usados podem ser de:
Tabela 4: tipos de filtros mais usados
Cor Whatman Delta Tipo Velocidade Partículas
Preta 40 366 Rápidas 15 – 30 segundos 25
Branca 41 --------- Médias 50 – 80 segundos 5 – 10
Azul 42 365 Lentas 200 – 300 segundos 2
Vermelha ----------- 367 Lentas 200 – 300 segundos -------------
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Figura 25: tubos de plástico
Espátulas − usadas para transferir e/ou retirar substâncias sólidas. Podem ser encontradas em
porcelana, aço inoxidável e níquel.
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Figura 29: Espatulas
Pano
Ex: Máscaras, batas.
Alguns destes materiais são descartável (mono uso ou uso único), como as seringas plásticas,
pipetas serológicas, quando contaminados devem ser destruídos por aterro ou incineração.
Enquanto os outros podem ser de vários usos, tais são também conhecidos por materiais
duráveis , como almofariz , esguichos , batas de pano.
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UNIDADE III - Sistema de Unidades
3. Sistema de unidades
Sistema de unidade é um conjunto de símbolos adoptados num sistema único a nível
internacional. Este sistema foi instituído em 1971, depois da realização da Conferência Geral
de Pesos e Medidas (CGPM), decorrido em Portugal, com objectivo de padronizar o sistema
de procedimentos na medição de massa e volumes.
3.1. Símbolo
Não é abreviatura
É um sinal convencional, invariável, utilizado para universalizar a escrita e a leitura das
unidades no SI. Por isso mesmo, não é seguido de ponto.
Exemplo: Segundo
Certo:s Errado: S. ;seg
Não é expoente ou seja não é escrito na forma deexpoente
Não tem plural, é invariável e não é seguido de "s". Exemplo: Dois quilogramas:
Certo:2 kg Errado:2kgs
3.2. Unidade composta
Ao escrever uma unidade composta, não misture nome com símbolo. Exemplo:
Certo: quilômetro por hora ou km/h Errado: quilômetro/h ou km/hora
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O grama
O grama pertence a o género masculino. Por isso, ao escrever e pronunciar essa unidade, seus
múltiplos e submúltiplos, faça a concordância correctamente.
Exemplos:
- Dois quilogramas
- Quinhentos mili gramas
- Duzentos e dez gramas
- Oitocentos e um gramas
Prefixo quilo
O prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está multiplicada por mil.
Portanto, não pode ser usado sozinho.
Exemplo:
Certo: quilograma; kg Errado: quilo; k
A - Para formar o múltiplo ou submúltiplo de uma unidade, basta colocar o nome do prefixo
desejado na frente do nome desta unidade. O mesmo se dá com o símbolo.
Exemplo:
Para multiplicar e dividir a unidade volt por mil quilo + volt = quilovolt ; k + V = kV
mili + volt = milivolt ; m + V = mV
B - Os prefixos SI também podem ser empregados com unidades fora do SI. Exemplo:
milibar; quilo caloria; mega tonelada; hectolitro
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3.4. Sistema de peso e medidas em farmácia
Em Farmácia, geralmente usa-se a pesagem e a volumetria nas preparações de fórmulas
farmacêuticas.
A unidade peso, é aquela que serve para avaliar com auxílio da balança as massas
dos corpos.
Unidade fundamental
- Quilograma (kg)
Submúltiplos
- Hectograma (hg)
- Decagrama (dag)
- Grama (g)
- Decigrama (dg)
- Centigrama (cg)
- Miligrama (mg)
Unidade fundamental
- Metro (m)
Submúltiplos
- Decímetro (dm)
- Centímetro (cm)
- Milímetro (mm)
1 Colher de chá 5 ml 1
Colher de sopa 15ml
As medidas relacionam- se entre si, na razão de 1 para 10. Portanto as medidas de peso são
para os sólidos, enquanto os de volume são para os líquidos.
3.6. Importância do Sistema Internacional de Unidades
As ciências em geral, que se baseiam em métodos científicos, utilizam-se de medidas para
descrever um fenómeno de interesse. O sistema:
- Tem como importância nas trocas comerciais entre os povos
- Permite o uso da mesma linguagem e compreensão universal.
Esta pequena explanação possui vários conceitos de fundamental importância, que se julga
fundamental:
1. Medida - nada mais é do que comparar, quando realizamos uma medida nós estamos
fazendo uma comparação. Portanto para medirmos é necessário um padrão para podermos
realizar a comparação (unidade). E outro facto que está embutido no conceito de medida é o
que vamos medir, ou seja, temos que estar ciente da variável que queremos medir.
2. Variável - na verdade quando a variável, de alguma forma inferir dados relevantes sobre
o fenómeno que se está estudando, está variável se denominará de grandeza física( ex :massa,
capacidade, tempo, velocidade,).
3. Unidade – é os padrões que iremos escolher para efectuar nossas medidas (ex:
quilograma, litro, segundos, quilómetro)
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 41
UNIDADE IV: Medição em Química
4. Medição em Química
Obtenção e tratamento de medições
experimentais Neste tema é fundamental:
Conhecer e utilizar vários instrumentos de medida directa, interpretar e seleccionar
escalas e inscrições.
Registar valores com incertezas e unidades
Calcular médias, desvios e erros.
Exemplos
Um grande número de instrumentos que se utiliza no laboratório permite medições directas:
A régua mede a grandeza COMPRIMENTO.
A bureta, a pipeta, proveta graduada e o balão volumétrica mede a grandeza VOLUME.
O Cronometro mede a grandeza TEMPO. A Balança mede a grandeza MASSA.
Exemplos
Medir a área de um rectângulo (mede-se directamente o comprimento (c) e a largura (l) e
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 42
aplica-se a relação matemática que relaciona as duas grandezas para obter a área:
A = c xl
Medir o volume de um sólido regular. Medir a concentração de uma solução. Medir a massa
volúmica de um corpo.
Os valores obtidos na medição são lidos e registados de acordo com o que o equipamento
permitir: número de algarismos, unidades e incerteza.
Ex : capacidade máxima de 0,85 ± 0,02 kg ; 37,0 ± 0,2 kg ; 65,8 ± 0,1 mg
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 43
Tabela 7: relação entre grandeza e unidade básica
Grandeza Símbolo da grandeza Unidade básica Símbolo da unidade
Distância D Metro M
Tempo T Segundo S
Massa M Kilo-grama Kg
Temperatura T Kelvin K
Nº de partículas N Mol Mol
Volume V Litro ℓ
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 44
Tabela 8: conversão das unidades.
Abreviatura Factor multiplicador
Prefixo do SI
Exa E x 1018
Giga G x 109
Mega M x 106
Quilo (Kilo) K x 103
Hecto H x 102
Deca Da x 10
Centi C x 10-2
Mili M x 10-3
Micro µ x 10-6
Nano N x 10-9
Piko P -12
x 10
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 45
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango - Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 48
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 46
4.4.1. Precisão e exactidão
Exactidão: é a concordância entre o valor obtido e o valor aceite como verdadeiro,
Observância ou cumprimento rigoroso. Também se refere a quão próximo um valor de uma
medida está do “valor real” se um padrão conhecido estiver disponível.
Precisão: é a concordância entre os valores obtidos no mesmo ensaio repetido várias vezes,
Regularidade na execução. Isto é se uma grandeza for repetida varias vezes e os valores forem
muito próximos uns dos outros então a medida é precisa.
As limitações tanto de precisão bem como de exactidão contribuem para a incerteza das
medições. O erro na medição é o resultado da diferença entre o valor verdadeiro da
quantidade medida e o valor medido.
Quanto menor for o erro, mais próximo estará do valor verdadeiro e mais exacto será o
resultado.
Quando não conhecemos o valor verdadeiro da quantidade medida, apenas podemos obter a
media, mediana, enfim outras medidas de dispersão, a mais fundamental destas é o desvio que
é dado pela seguinte fórmula.
δ = xi- ẍ, onde xi é o valor medido;
ẍ=
xi
n
4.4.2. Erros sistemáticos
Os erros são geralmente de dois tipos, sistemáticos (determinados) e randômicos
(indeterminado). Um erro sistemático, causa um erro na mesma direcção de cada medição.
Ex: uma escala mal calibrada (balança), ou uso inadequado do aparelho.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 47
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 49
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 48
4.4.3. Erros randômicos ou desvio padrão
Se fizer as medições em grande número de vezes, obterá uma gama de resultados. Devemos
saber que quando repetimos duas ou três vezes a medição, não estamos a procura de uma
amostragem muito grande de números de medições, mas sim a confiança que podemos
depositar no número de medição. Esta amostragem deve ter em conta o desvio padrão
S=
(x x)
i
2
O desvio-padrão S=
(x x)
i
2
0,0140
= =0,053g
n1 6 1
O melhor valor da medição é escrito como 4,29g ± 0,053g. 4,34 ou 4,23
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 49
4.4.5. Dígitos significativos
Os dígitos significativos, permite-nos concluir a precisão de uma medida sem ter de declarar
explicitamente, isto é, pode facilmente estimar a precisão.
Ex: uma dada substância pesa 56,78g, não temos duvida que este objecto tem peso exacto de
56,7… o numero 56,78 tem 4 dígitos significativos.
Regra dos dígitos significativos:
Os zeros na frente de um número não são significativos (0,0864 = 3 dígitos significativos);
Zeros terminais são significativos (1,600; 14,00= 4digitos, 250,00=
5dígitos); Os zeros entre outros dígitos significativos passam a ser significativos (12,0001= 6
dígitos);
Exemplo
1,953⇒1,96
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 50
Nb. O número de algarismo significativo não é afectado em
operações envolvidas em definições ou por contagem de objectos.
Exemplos:
A média de 10,24cm e 10,26é:
(10,24 + 10,26):2 =10,25
A massa total de 6objectos iguais, tendo cada uma a
massa de 0,2543g é: 0,2543gx6=1,5258=1,526
x 58,41 =38,96g
UNIDADE V: Reagentes
5. Reagentes
Reagentes são substâncias capazes de produzir outras a partir de
reacções químicas, que podem ser agrupados em:
Ácidos, ex:. Ácido Sulfúrico, Clorídrico, Acético
Neutros,
ex:. Água
destilada
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 51
Bases, ex:.
Hidróxido
de Potássio
Sais, ex:.
Cloreto de
Sódio
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Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 52
5.1. Manipulação e armazenamento de produtos
Para fins de segurança, as substâncias perigosas devem ser
manipuladas e armazenadas, seguindo normas e padrões
internacionais.
Considera-se substância perigosa, todo material que seja,
isoladamente ou não, corrosivo, tóxico, radioactivo, oxidante e que
durante o seu manejo, armazenamento, processamento, embalagem
e transporte, possa produzir efeitos prejudiciais sobre
trabalhadores, equipamentos e ambientes de trabalho.
Com isso, para proceder ao manuseamento ou armazenamento de
produtos químicos perigosos há que conhecer bem as
características dos produtos em questão. Não sendo possível
conhecer as características de perigosidade de cada produto (muito
dos quais identificados apenas com denominação comercial) os
meios práticos de aceder a esta informação é colocá-los em
embalagem que contém o produto ou disponibilizá-los por outros
meios como por exemplo as fichas de segurança.
Quer no manuseamento, quer no armazenamento, o contacto com o
produto deve ser mínimo para que a contaminação não ocorra ou
seja diminuta. Para tal, é necessário sempre providenciar os
equipamentos necessários entre os quais os equipamentos de
protecção individual (EPI). Atender a que a contaminação pode ser
através de inalação, absorção ou ingestão pelo que deve ser
cuidadosamente seleccionado de acordo com o modo de possível
contacto e a perigosidade do produto químico.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 53
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 53
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 54
Os reagentes devem ser armazenados em locais próprios e
ventilados segundo as regras muito especificas que, quando não
cumpridas, podem pôr em risco toda a segurança de um
laboratório. A manipulação de determinados produtos químicos
poderá ser altamente perigosa, por isso, é necessário ter em
consideração os cuidados que se seguem:
1. A armazenagem dos produtos químicos deve ser planeada com
conhecimento de riscos associados a cada um dos produtos;
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 56
14. Depois de tirar as quantidades necessárias de produtos
químicos, os frascos que os contêm devem ser de imediato
fechados e colocados nos seus respectivos lugares;
5.3. Rótulo
O rótulo deve conter informações, para a perfeita caracterização
do produto: composição, símbolos de perigo, processo de
eliminação, indicações de riscos e de medidas preventivas para o
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 57
seu manuseamento SAFETY PHRASES (S) e RISK PHRASES
(R).
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UNIDADE VI: Medição de Massa
6. Medição de massa
Peso – é tudo aquilo que faz ou exerce pressão ou força que actua
no corpo como consequência da atracção entre a terra e o corpo.
Expressa em quilograma força (Kgf) ou em Newton (N) e é
medido por umdinamómetro.
Massa – é a quantidade da matéria que constitui um corpo,
expressa em quilograma medida por uma balança
Balança – é um aparelho que permite medir a massa de um corpo
por comparação com uma massa padrão.
Segundo a lei fundamental da dinâmica (F = m x a), a medição da
massa é na prática uma comparação entre força – peso.
As balanças segundo a sua sensibilidade classificam-se em:
- Balança de carga - com capacidade superior à 1000 g, cuja sensibilidade é
de0,01g.
- Balança semi micro analítica – de carga que varia entre 100 –
200g, cuja sensibilidade é de0.00001g.
Balança micro analítica – de carga máxima de 100g, cuja a
sensibilidade é de 0.000001g.
6.1. Características das Balanças
Sensibilidade – é a variação do fiel sobre a escala quando se junta 1mg.
Precisão – é a soma de todas as diferenças entre os valores
medidos. Quanto menor for a quantidade a medir maior é a
precisão da balança.
Exactidão – é a diferença entre o valor medido e o real.
Prontidão - é a rapidez com que a balança se põe em equilíbrio ao
longo da medição. Intervalos de medição - são os valores da
capacidade mínima (igual à zero) e máxima que a balança suporta.
6.2. Tipos debalanças
Balança técnica – é um aparelho robusto, usado para as cargas
superiores à 1000g, de uso comum nos laboratórios.
Tendo uma sensibilidade não superior a um centésimo de grama,
pode ser usada nos laboratórios escolares, onde não se efectuam
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 59
operações analíticas de precisão, que podem de vários tipos :
- Com um ou dois pratos
- Mecânicas
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 60
- Electro- Ópticas ou digitais.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 62
Tabela 10: tipos de balanças com sensibilidades e alcances diferentes.
Balança Figura Sensibilidade(g)
Balança de triplo braço 1-a ± 0,1
Balança de precisão 1-b ± 0,1
Balança de precisão 1-c ± 0,01
Balança sem-analítica 1-d ± 0,001
Balança analítica 1- e ± 0,0001 ou ± 0,00001
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6.4. Cuidados a Observar na Utilização de uma Balança
A balança é num laboratório o equipamento mais usado e por isso
deve respeitar-se as regras básicas de utilização de modo a manter
a sua precisão e longevidade.
1. Antes de se utilizar a balança deve ler-se cuidadosamente
as instruções do seu funcionamento e segui-las
escrupulosamente, porque a balança é um equipamento de
manutenção dispendiosa.
2. Em cada pesagem a balança deve ser utilizada por um
único operador evitando perturbação na área circundante
abalança.
3. Colocar a amostra a pesar um papel de filtro, num vidro de
relógio ou num copo de bequer, sempre secos e nunca
colocar directamente no prato da balança.
4. Não deixar cair nada no prato da balança.
5. Se a balança não tiver sido calibrado ou estiver a funcionar
de modo incorrecto deve chamar-se o professor ou técnico.
Nunca se deve tentar consertar.
6. Os recipientes que se colocam no prato da balança não
devem estar a temperatura diferente da ambiente.
7. Após a determinação da massa, levar a balança a zero ou
desligar, conforme as circunstâncias.
8. No final da pesagem deve limpar-se a balança e a área
circundante com um pano macio, se ocorreu espalhamento
de algum material.
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UNIDADE VII: Medição de Volumes
7. Medição de Volumes
0 Volume de uma amostra indica o espaço que essa amostra ocupa
e a sua determinação nem sempre é simples.
A unidade de volume, no Sistema Internacional de Unidade (SI), é
metro cúbico (m3). Para expressar o volume de liquido ou gases,
usa-se com mais frequência a unidade de capacidade o litro (L), e o
seu submúltiplo o mililitro (mL), já que vulgarmente se associa o
volume de um liquido ou de uma gás a capacidade do recipiente
em que esta contido.
Por este motivo o volume de um liquido exprime-se
indiferentemente em decímetro cúbicos (dm3) ou litro (L), e
centímetros cúbicos (cm3) ou mililitros (mL).
Pipetas graduadas
Tem secção uniforme e apresentam uma escala que permite
efectuar a medição de fracções do seu volume total. Esta
escala de divisões em 1,0mL, 0,1mL ou 0,01mL depende
da capacidade da pipeta.
As capacidade mais frequentemente utilizada são 1,2, 5, 10 e25mL.
São instrumentos EX.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 67
Estão normalizados e possuem anel colorido de código,
marcado na parte superior que indica a sua capacidade.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 68
Pipeta volumétrica
Apresentam uma zona mais larga na parte central.
Podem apresentar um só traço superior (pipeta volumétrica
de um só traço) ou dois traços um superior e outro inferior
(pipeta de dois traços ou diferencial) e escoa nas mesmas
condições, o mesmo volume de líquidos.
São instrumentos EX.
As capacidades mais frequentes são 5,10, 20,25 e50mL.
Bureta
São equipamento de medida exacta, tipo EX.
Permitem medir volumes variáveis até a capacidade máxima.
Tem na extremidade inferior uma torneira que permite a
regulação de caudal de saída (pode deixar-se cair o
liquido gota a gota ou com caudal constante).
Utilizam-se exclusivamente em volumetrias.
Existem buretas de diferentes capacidades, sendo as
mais vulgares as de 10, 25 e 50mL.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 69
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango - Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 61
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 70
Precauções no manuseamento de buretas
1. Antes de qualquer utilização, lavar muito bem com um agente
de limpeza apropriado, passa-la com água da torneira e em
seguida com água desionizada.
2. Colocar na bureta cerca de 10mL do líquido ou solução que se
vai usar e inclinando- a rodar de modo que o liquido molhe
toda a superfície interna da bureta. Despreza- se este volume.
3. Colocar a bureta no suporte e com auxílio de um funil encher
com a solução até um pouco acima da marca.
4. Deixar cair o líquido até que o seu nível se situe dentro da
escala, eliminando possíveis bolhas do ar na zona inferior da
torneira.
5. Fazer a leitura inicial evitando erros paralaxe.
6. Abrir a torneira com a mão esquerda a mão direita segura e
agita o receptor ou utilizar um agitador magnético.
7. Fazer a leitura final e por diferença dos dois valores lidos, calcular o
volume gasto.
8. Lavar a bureta com detergente e água da torneira.
9. Lubrificar a torneira depois de a desmontar em situações aconselháveis.
Balões volumétricas
São recipientes de forma arredondada, fundo plano e colo alto com a
tampa.
São do tipo IN.
Apresentam um traço em todo o perímetro que limita o
volume contido, contribuindo para diminuir os erros de
paralaxe.
As capacidades mais frequentes são de 50, 100, 250, 500 e1000mL.
Não devem ser aquecidos, como todo o material de medida
exacta nem introduzir sólidos no seu interior.
Utilizam-se para preparar soluções de concentração rigorosa.
Provetas
As provetas podem ser de vidro ou plástico.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 71
Apresentam uma escala graduada e utilizam-se para
medidas de volumes aproximadas.
São do tipo IN.
Para esvaziar deve apoiar-se o bico da proveta numa vareta
de vidro ou directamente no receptor até cair a ultima gota
que fica normalmente junto ao bico.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 72
As capacidades mais vulgares são 10, 25, 50, 100, 500 e1000mL.
Conta-gotas
É um tudo de vidro ou plástico com um Tetina em borracha
na parte superior para aspirar liquido e expeli-lo
posteriormente.
Utilizam-se quando se pretende adicionar um líquido gota a gota.
É um instrumento de medida aproximada uma vez que o
volume de cada gora depende da natureza do líquido.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 73
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 63
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UNIDADE VIII: Transferência de Sólidos e Líquidos
8. Transferência de Sólidos e Líquidos
As substâncias químicas simples, quando estão associadas podem
formar compostos ou misturas.
As misturas podem ser homogénea, aquela que não se nota as
fases de divisão dos seus componentes e por último a heterogénea,
visíveis as fases.
Em qualquer dos casos e dependendo do tipo de mistura, para a
separação dos constituintes pode se recorrer a processos como:
Decantação
Filtração
Vaporização
Destilação
Cristalização
8.1. Técnicas de transferências de
reagentes sólidos e líquidos Sólidos
a) Se a amostra a transferir for em grande quantidades, rodar-
se o frasco nos dois sentidos deixando-se cair o reagente:
Directamente no recipiente receptor.
Usando um funil de pós.
Usando um funil feito de papel.
b) Se a amostra se sólido a transferir for pequena usa-se uma
espátula limpa e seca para efectuar essa transferência.
Líquidos
a) A transferência de líquidos faz-se em quase todas as situações,
directamente de um recipiente para outro.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 75
Se o recipiente receptor é de boca estreita, a operação realiza-se
com funil ou uma conta gota (quantidades pequenas)
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 76
UNIDADE IX: Densidades dos líquidos
9. Densidades dos líquidos
Densidade é a relação entre a massa de um corpo e o seu volume (d = m / v) .
afloxamento).
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 77
Figura 33: Densímetro
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 78
Por consegunte, a leitura da densidade dos líquidos com a balança
de Westphall, o volume do líquido deslocado pelo flutuante é
sempre o mesmo e no densímetro a massa do flutuante é constante.
Esta balança de Westphall possui dois braços desiguais, enche – se
o líquido no cilindro em estudo até ao nível preciso e mergulha-se
o flutuante seco e coloca-se os pesos no braço mais cumprido para
pôr a balança em equilíbrio.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 79
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango - Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 66
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 80
Figura 34: formas de transmissão de calor
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 81
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango Sebenta de Técnicas Laboratóriais 2020 67
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 82
d) Manta de aquecimento
Diminui o risco de incêndio.
Possui regular de temperatura, o que permite controlo do aquecimento.
Favorece um aquecimento mais homogéneo por envolver
todo o material a aquecer.
e) Banho Maria
O fluido termostático pode ser água (até 100º C) ou óleo (acima
de100ºC).
Diminui o risco de incêndio.
Permite o aquecimento em simultânea de vários líquidos.
Permite um aquecimento mais homogéneo.
Tem suportes para tubos de ensaios.
Modo de proceder
A) Quando se pretende efectuar o aquecimento de um material deve-se:
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 83
ebulição, adicionar pequenas esferas de vidro ou pedaços de
porcelana porosa para evitar que a ebulição seja tumultuosa. NB.
Para qualquer outro material de cerâmica, metálica o aquecimento
pode ser directo.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 84
UNIDA
DE XI:
Refriger
ação
11.Refri
geração
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 85
Na saída do evaporador, na forma de gás ele é succionado pelo
compressor, que eleva sua pressão e temperatura para que possa ser
conduzido através do condensador, que cederá calor ao ambiente
externo, condensando o fluido e completando o ciclo. O ventilador
ou ventoinha, efectua a circulação de ar, fazendo com que o ar a
ser resfriado entre em contacto com a serpentina do evaporador.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 86
11.1.2. Etapas de um Ciclo Ideal de Refrigeração
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 87
Figura 35: etapas de Decantação
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 88
12.2. Filtração
A filtração consiste na separação de uma fase sólida de uma fase
fluida (liquida ou gasosa), passando esta ultima através de um meio
permeável e poroso.
Ao meio poroso e permeável chama-se filtro e retém o resíduo
sólido. Fluido que passa através do filtro do filtro designa-se
filtrado.
É um processo mecânico que serve para desdobrar misturas
heterogéneas de um sólido disperso em um líquido ou em um gás.
Na filtração a mistura é vertida sobre um meio de filtrante que
retém a fase sólida enquanto a líquida passa. O meio filtrante pode
ser papel ou placa poroso de vidro e ambos podem apresentar
diferentes porosidade, cada um sendo mais adequado para
utilização com diferentes tamanhos de partícula sólida. Em alguns
casos, também pode ser usado como meio filtrante um chumaço de
fibra de vidro ou algodão.
Em laboratório, a filtração mais simples é feita com um funil do
tipo comum, em geral de vidro, no qual é colocada uma folha de
papel de filtro convenientemente dobrada.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 89
Figura 38: montagem final de processo de decantação
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 90
A filtração por gravidade é processo em que o filtrado passa
através do filtro sob a forca de gravidade e a atracão capilar entre o
líquido e haste do funil.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 91
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 72
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 92
12.2.1. Técnicas da filtração
a) Filtração por gravidade
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 93
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 73
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 94
Figura 39: Remoção de sólido residual.
c) Filtração a vácuo
Há casos em que a filtração é muito demorada. Para apressá-la,
usa-se a filtração a “vácuo” ou, melhor dizendo, a filtração à
pressão reduzida.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 95
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango - Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 74
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 96
Figura 40: Filtração a vácuo
Portanto, filtração a vácuo é o processo em que uma diferença de
é mantida através do meio filtrante pela evacuação do ar sob o
papel de filtro. A filtração a vácuo produz uma força adicional a
gravidade e, assim, aumenta a velocidade de filtração.
12.3. Lavagem do resíduo sólido
O sólido lava-se normalmente no funil, com pequenas porções de
líquidos de lavagem, adicionando-se cada um após a eliminação da
anterior.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 97
Figura 41: Lavagem do resíduo sólido
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 98
12.3. Como utilizar
contém um líquido
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 100
Figura 44: Montagem para uma filtração simples
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 101
12.4. Secagem
Secagem de um material é a operação que consiste na remoção de
água ou de outro solvente desse material.
Esta operação aplica-se tanto para sólido como a líquidos e gases e tem
subjacente uma mudança de estado (a vaporização) que, pela sua
importância em muitas operações unitárias merece especial destaque.
Água de cristalização.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 102
Usa-se exsicador sempre que se pretende conservar substâncias
hidroscópicas (absorvem a humidade do ar sem se dissolver nela)
ou deliquescentes (absorvem a humidade formando uma fase
liquida) ou arrefecer uma substancia sujeita a secagem em estufa
ou após calcinação.
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A operação de secagem é dada por terminada sempre que após três
pesagens (intercalando secagem e arrefecimento), a massa se
mantiver constante.
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Figura 47: processo de decantação
12.7. Centrifugação
É uma operação unitária que consiste na separação de duas fases,
por acção da forca centrifuga a que fica sujeita a mistura, quando
entra em movimento de rotação.
12.7.1.Técnicas da centrifugação
Uma das centrífugas mais vulgares num laboratório é semelhante a
da figura… é eléctrica possui cabeça rotatória que suporta vários
tubos e alcança alta velocidade de rotação pelo que deve seguir-se
escrupulosamente as suas instruções.
A mistura a separar é distribuída equitativamente pelos tubos que
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 106
se dispõem simetricamente na cabeça rotatório para que se a
centrífuga fique equilibrada. Se amostra apenas encher um tudo,
deve colocar-se em oposição na centrifugação num outro cheio de
água.
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Para retirar os tubos, esperar-se que a centrífuga pare
completamente. A paragem não deve ser feita com a mão, pois
alem, do perigo que este gesto representa, pode voltar-se a misturar
o sólido com o líquido.
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UNIDADE XIII: Soluções
13. Soluções
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Figura 49: preparação de Solução
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As soluções são muito importantes em nosso dia-a-dia: o ar que
respiramos é uma solução (mistura) de gases; a água do mar (que
cobre da superfície terrestre) é uma solução que contém vários sais;
muitos produtos, como bebidas, materiais de limpeza, remédios,
etc. são soluções; muitas reacções químicas, feitas em laboratórios
e em indústrias, são realizadas em solução; em nosso corpo (que
contém cerca de 65% em massa de água), o sangue, o suco
gástrico, a urina são líquidos que contêm em solução um número
enorme de substâncias que participam de nosso metabolismo. As
soluções, enfim, têm grande importância científica, industrial e
biológica.
1) Quanto à natureza
a) Iónica: as partículas do soluto apresentam carga eléctrica (são
iões) permitindo que a solução conduza a corrente eléctrica.
Ex.: NaCl em água.
b) Moleculares: as partículas do soluto não apresentam cargas
eléctrica (composto moleculares que não sofrem dissociação)
não permitindo que a solução conduza electricidade. Ex.:
açúcar em água.
2) Quanto à concentração
a) Saturada: quando o soluto está dissolvido no solvente a uma
certa temperatura em quantidade tal que, se for adicionado
mais soluto, esse excesso não mais se dissolve.
b) Supersaturada: quando o soluto está dissolvido no solvente
em quantidade inferior a saturação, na referida temperatura.
c) Não- saturada ou insaturadas: quando o soluto está
dissolvido no solvente, numa certa temperatura, em
quantidade maior que a saturação, mas sem precipitar, é uma
situação instável.
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Esta classificação pode ser representada esquematicamente do seguinte modo:
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 113
Note que o ponto de saturação representa um limite de
estabilidade. Consequentemente, as soluções supersaturadas só
podem existir em condições especiais e, quando ocorrem, são
sempre instáveis.
Na prática, é muito fácil distinguir as soluções não - saturadas,
saturadas e supersaturadas. Acompanhe o esquema abaixo.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 115
3º Dispersão quando as interacções ocorrem entre as partículas de
solventes e soluto é, fundamentalmente, do tipo London (dipolo
instantâneos). Por exemplo, parafina de dissolve no benzeno
porque, em ambas as substâncias, ocorrem forças moleculares tão
pequenas que as moléculas de benzeno formam um meio no qual
as moléculas de parafina podem se dispersar. Se um dos
componentes for polar, poderá, haver uma dispersão muito
pequena devido a interacção do tipo Debye (dipolo permanente-
dipolo induzido).
13.2.1. Cossolvente
13.2.2. Solubilização
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 116
serem solubilizadas ou adsorvidas em estruturas denominadas
micelas, formadas após a adição gradativa e continuada do
tensoativo no sistema.
13.2.3. Complexação
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adição de um agente complexante. Com isto o soluto pode ser
completamente dissolvido. No entanto deve ser analisado se o
complexo resultante não irá afectar a eficácia e a segurança
terapêutica.
por littros.
Exemplo:
Qual é a molaridade de uma solução de iodeto de sódio que encerra
45 g do sal em 400 mL de solução? (Massas atômicas: Na = 23; I =
127),
Dados formula e resolução
m (NaI)=45g =0,3moles
n=?
C=0,075moles/l
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C=?
13.4.2. Concentração(Cm)
Concentração (Cm): Indica a relação entre a massa de soluto (g) e o volume de
solução
(ℓ).
Exemplo:
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Dissolvendo-se 2g de um soluto A em 400ml de agua, qual será a
concentração da solução.
Dados
m=2g
v=
m
%m ) soluto( g x100
ass
mamostra(g)
a/
mas
sa
Amostras líquidas também são expressas em percentagem de
massa da amostra por massa da solução mas podem ser expressas
em massa de analito por volume de solução. Sempre que a
concentração for expressa em %, se não estiver claro deve ser
específico que tipo está sendo usado.
%m msoluto( g
ass ) x100
a/ mamostra(g)
mas
sa
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m
%ma soluto( g ) x100
ssa/ Vamostra(ml)
volu
me Vsoluto(ml) x100
mamostra( g
)
%vol
ume/
mass
a
V
%vol soluto(ml) x100
ume/ Vamostra(ml)
volu
me
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13.5. Diluição de soluções
Quando uma solução contém pouco em relação ao solvente,
denomina-se solução diluída. Caso contrário, se apresentar muito
soluto em relação ao solvente, chama-se solução diluída.
C1=3M
V1 =0,083ℓ 83mlV1=?
Dados Resolução
V1 = 500ml=0,5l
V
2
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=
C
2
V3 =V1+V2=0,7l C3 =0,16M
C3 =?
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UNIDADE XIV: Ponto de Ebulição e Destilação
14. Ponto de Ebulição e Destilação
A ideia de calor como temperatura foi introduzida por Rumford
em 1798, mais tarde aparecem outras pesquisas feitas pelos
cientistas como Joule, Carnot e Mayer, veio a ser descoberta a
equivalência entre o calor e a energia mecânica.
De acordo com esta teoria, a quantidade do calor contido num
corpo corresponde a energia cinética global das moléculas,
enquanto a temperatura é proporcional a energia cinética média
dessas moléculas, por isso, os termos temperaturas e calor são bem
diferentes.
Temperatura – é uma grandeza física que indica com precisão o
estado de aquecimento ou arrefecimento de um corpo, através de
termómetros, que tem como substâncias termométricas o mercúrio
e possuem escalas equivalentes a de Kelvin, Celsius eFahrenheit.
Ex: de termómetros
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14.1. Correspondência entre escalas termométricas
ESCALA PONTODEFUSÃO PONTO DE
EBULIÇÃO
Celsius (ºC ) 0ºC 100ºC
14.2.Água doLaboratório
Água é um solvente mais usado em preparações laboratoriais,
porque para além de dissolver ínumeras substâncias é um dos
constituíntes normais dos tecidos das células, é anfotérica, aplicada
por exemplo nas misturas hidroalcoólicas, hidroglicerinadas e
outras as quais requerem a obtenção de concentrações desejadas,
usando a àgua como solvente.
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/litro.
Esta é usada na obtenção da água purificada assim como para
vários fins, tais como: consumo humano, rega dos campos verdes.
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d) Água purificada é preparada por destilação assim como por
permutação de iões. Este tipo de água é inodoro, incolor e
insípido.
e) Água destilada é produzida por meio de um destilador, que
permite separar por acção do calor as substâncias de diferentes
pontos de ebulição.
É a mais aconselhável para as preparações de soluções
laboratoriais, por ser neutra, pH = 7.0 e sem iões livres.
14.3. Ponto de ebulição
Ponto de ebulição de uma substância na fase líquida é a
temperatura a qual a pressão do seu vapor iguala a pressão
atmosférica.
A pressão de vapor depende da temperatura e aumenta rapidamente
com ela, conforme se pode verificar graficamente…
A elevação da temperatura do líquido provoca um aumento da
pressão do vapor até igualar a pressão atmosférica dá-se a
vaporização, não somente a sua superfície mas toda a massa
líquida de forma tumultuosa denomina-se ebulição. O ponto de
ebulição (p.e) de um líquido depende assim da pressão atmosférica
do local em que é determinado.
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Acetona 56,5 Enxofre 444,6
Ácido acético 117,9 Carbono 4830
Etanol 78,3 Ferro 3000
Canfora 209,1 Cobre 2336
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14.3.1. Técnicas para a determinação do ponto de ebulição
14.3.1.1. Técnica tradicional
Uma das técnicas mais atingas para a determinação do ponto de
ebulição é aquela que utiliza material simples de laboratório: bico
de Bunsen ou outra fonte de aquecimento, suporte universal com
nozas e garras, tripe, tubo de ensaio, rolha, termómetro, capilar e
gobelé (copo de bequer), conforme montagem da figura.
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14.3.1.2.Técnicas usando o aparelho automático
Actualmente e a semelhança do que acontece para a determinação
do ponto de fusão, existem mo mercado aparelhos automáticos que
permitem a determinação do ponto de ebulição, em poucos
segundos, com precisão e exactidão superiores aos valores obtidos
com o método tradicional.
14.4. Destilação
Tanto na indústria como no laboratório é necessário, muitas vezes,
separar constituintes de misturas líquidas ou retirar impurezas de
produtos provenientes de reagentes que não se gastaram, produtos
de reacções laterais ou até mesmo o próprio solvente de uma
solução.
Uma das técnicas mais vulgarizadas para conseguir esta separação
é a destilação. Destilação é uma operação que tem finalidade a
separação por acção de energia térmica de:
Substâncias voláteis de outras que o não é (ou são menos voláteis).
Constituintes de uma mistura de líquidos de ponto de ebulição
diferentes.
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Destilação simples a pressão reduzida.
Destilação fraccionada.
Destilação por arrastamento devapor.
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14.4.1. Técnicas de destilação
Qualquer que seja o tipo de destilação, devem observar-se as seguintes
condições
O balão de destilação deve encher-se até cerca de metade
da sua capacidade, para evitar projeções do líquido para a
tubuladura lateral.
O aquecimento do balão pode ser feito com o bico de
Bunsen, banho ou manta de aquecimento.
A ebulição deve ser lenta e regular. Esta regulação pode
fazer-se pela adição de alguns pedaços de material poroso
(pedra-pomes ou porcelana) ou de pequenas esferas de
vidro.
O termómetro deve ser fixado de tal modo que o
reservatório de Mercúrio fique junto da saída de vapor para
o condensador.
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 134
que o condensador se quebre devido as altas temperaturas.
A fonte de aquecimento deve ser escolhida de acordo com as
características do líquido a destilar. Assim, se este for inflamável
deve usar-se aquecimento indirecto (manta de aquecimento, banho
de água ou óleo).
O vapor formado durante a ebulição da amostra é separado e
condensado de forma não voltar ao condensador nem contactar
com novas porções de vapor.
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Figura 55: destilação simples
Legenda:
1. Bico de Bunsen
2. Suporte universal com garra com nozes
3. Suporte elevatório com placaceran
4. Balão de fundo redondo
5. Termómetro
6. Condensador de tudo recto (Liebig)
7. Alonga
8. Recolha do destilado
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14.4.1.2. Destilação fraccionada
Quando se pretende separar duas ou mais substâncias voláteis, com
ponto de ebulição próximos (diferenças até cerca de 25ºC), a
utilização de uma destilação simples apenas conduzia a uma
separação parcial dos componentes e era preciso repetir o processo
com os sucessivos destilados. São estas destilações simples
sucessivos que se realizam com uma destilação fraccionada,
usando um só equipamento e com maior eficiência.
Numa montagem para uma destilação deste tipo utiliza-se, para
além do condensador normal, uma coluna de fraccionamento.
Esta tem no seu interior pratos anéis ou material inerte, que tem
como função aumentar a superfície específica melhorando assim as
trocas de calor entre o vapor e condensador. O vapor, ascender,
condensa parcialmente em contacto com a coluna fria. Este líquido,
ao descer, encontra vapor quente ascendente, o que provoca uma
nova evaporação mais acima e volta a condensar mais uma vez.
O ciclo repete-se e obtém-se na parte superior da coluna o vapor do
componente mais volátil (que passa para condensador) e na parte
inferior o ponto de ebulição mais elevado.
Uma destilação fraccionada ideal é capaz de produzir fracções de
destilado a temperatura bem definidas.
A destilação fraccionada é utilizada numa grande variedade de
industriais como: na petroquímica (separação dos diversos
componentes do crude), na indústria cervejeira, nas destilarias, etc.
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UNIDADE XV: Ponto de Fusão e Cristalização
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constituir por si só um factor importante de distinção entre eles.
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Tabela 14: ponto de ebulição de substâncias orgânicas e inorgânicas
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Figura 57: introdução do sólido no tudo capilar.
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Figura 58: copo com a capacidade de aproximadamente 100mL
(a) ou o tudo de Thiele (b)
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15.2.Técnica usando aparelho automático
Existem actualmente no mercado internacional uma grande
variedade de aparelho para determinação do ponto de fusão que
por meio de tecnologias mais ou menos sofisticadas conseguem
15.3. Cristalização
A cristalização é o processo (natural ou artificial) da formação
de cristais sólidos de uma solução uniforme, ou seja
homogénea. Ela consiste de dois principais eventos, a
nucleação e o crescimento dos cristais.
A cristalização de um constituinte de uma fase líquida consiste na
separação por formação de uma fase solida cristalina.
Esta operação unitária constitui um processo clássico de separação
e de purificação e os cristais podem ser obtidos através de:
Processos físicos, resultantes do arrefecimento da solução
ou evaporação do solvente (cristalização propriamente
dita).
Processos químicos, resultantes da adição de
agentes precipitantes (precipitação).
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UNIDADE XVI:pH
16. pH
pH potencial hidrogénio e é definido como o cologaritmo da
actividade de iões hidrônio pH é uma escala numérica a
dimensional utilizada para especificar a acidez ou basicidade de
uma solução aquosa.
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16.1. Medida depH
O pH pode ser determinado usando um medidor de pH (também
conhecido como pHmetro) que consiste em um eléctrodo acoplado
a um potenciômetro. O medidor de pH é um voltímetro com uma
escala que converte o valor de potencial eletrodo em unidades de
pH. Este tipo de elétrodo é conhecido como eletrodo de vidro, que
na verdade, é um eletrodo do tipo "iões selectivo".
O pH pode ser determinado indiretamente pela adição de um
indicador de pH na solução em análise. A cor do indicador varia
conforme o pH da solução. Indicadores comuns são a fenolftaleína,
o alaranjado de metila e o azul de bromotimol
pH + pOH = 14
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uma solução alcalina, a acidez vai diminuindo até atingir o ponto
neutro (pH =7).
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Figura 62: pH metro
16.2. Indicadores
Indicadores são substâncias que por suas propriedades físicas e
químicas apresentam a capacidade de mudar de cor na presença de
uma solução ácida ou basca, visto que essas duas substâncias têm
comportamento químico oposto.
Os Indicadores são substâncias que mudam de cor na presença de
íons H+ e OH- livres em uma solução, e justamente por esta
propriedade são usados para indicar o pH, ou seja, como o próprio
nome já diz, os indicadores indicam se uma solução é ácida ou
básica.
Existem vários tipos de indicadores, veja abaixo a relação de
alguns e como agem em meio a soluções:
16.2.1. Classificação dos indicadores
Os indicadores podem ser classificados em dois tipos:
Convencionais e naturais Exemplos de indicadores
convencionais
Papel tornassol: Esse método é feito através do papel tornassol
vermelho ou azul, este tipo de papel ao entrar em contacto com
uma determinada solução muda de cor. Exemplo: O papel
tornassol azul em presença de uma solução ácida muda da cor azul
para a vermelha. Isso ocorre porque os iões reagem mudando o
arranjo dos átomos. O papel tornassol vermelho em contacto com
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uma base muda da cor vermelha para a azul. Indicadores universais
são aqueles que apresentam cores diferentes nas diferentes
soluções (acida, neutra e básica para cada valor de pH.
Solução de fenolftaleína: Esta solução é um indicador sintético que
ao se dissolver em água se ioniza originando iões. Os iões
liberados são H+ e OH- que estabelecem um equilíbrio em meio
aquoso.
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Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 153
Quando se adiciona fenolftaleína em uma solução incolor, esta ao
entrar em contato com uma base ou ácido muda de cor. Exemplo:
se adicionarmos solução de fenolftaleína em um meio ácido ela
fica incolor, pois o aumento da concentração de H+ desloca o
equilíbrio. Por outro lado, se o meio for básico, a solução de
fenolftaleína se torna rósea (rosa claro a rosa escuro).
Os normalmente exibem cores intermédias correspondentes a
valores de pH dentro do intervalo de mudança. Por exemplo a
fenolftaleína é incolor se o pH estiver abaixo de 8,2 e muda entre
pH 8,2 e 10. O intervalo pode variar ligeiramente, dependendo da
concentração do indicador e da temperatura a que é usado.
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Solução aquosa de chá preto: a sua solução aquosa é
avermelhada/amarelada, adquirindo cor amarelo-pálida em
contacto com soluções ácidas e cor acastanhada em contacto com
soluções básicas.
Solução aquosa de beterraba: solução aquosa é
avermelhada/amarelada, adquire cor vermelha em contacto com
soluções ácidas e cor roxa em contacto com soluções básicas.
Solução aquosa repolho-roxo: a sua solução aquosa é cor roxa,
adquirindo cores diferentes de acordo com o carácter a solução
(ácida, neutra ou básica).
Solução aquosa dos rabanetes: solução aquosa é
avermelhada/amarelada, adquire cor vermelha em contacto com
soluções ácidas e cor acastanhada em contacto com soluções
básicas.
Solução aquosa da pêra: solução aquosa é
avermelhada/amarelada, adquire cor vermelha em contacto com
soluções ácidas e cor verde-seco em contacto com soluções
básicas.
Solução aquosa dos rabanetes: solução aquosa é
avermelhada/amarelada, adquire cor vermelha em contacto com
soluções ácidas e cor verde ou azul em contacto com soluções
básicas.
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16.3. Determinação do pH
Passos para fazer a determinação do pH:
Colocar com vareta limpa, uma gota de vinagre branco num
pequeno pedaço de papel indicadoruniversal.
Comparar a cor que o papel adquire com as cores da escala que
acompanha o papel.
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Lavar a vareta com água corrente e água destilada antes de se voltar a
utilizar.
Determinar o pH de outras soluções de que se possa dispor.
Dispor por ordem crescente de pH as soluções utilizadas.
Se se dispuser de um medidor de pH, comparar o valor de
pH obtido com o medidor com o obtido com o papel
indicador.
16.4. Solução-tampão
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Uma solução tamponada resiste a uma mudança de pH quando
ácidos ou bases são adicionados ou quando ocorre uma diluição. O
tampão consiste numa mistura de ácido
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e da sua base conjugada. É preciso ter quantidades comparáveis de
ácido e base conjugados (digamos com um factor 100.
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Deve permitir sabor e coloração aceitáveis.
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17. Bibliografias:
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 162
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango - Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2020 108
Elaborado por Zaqueu Naissone Simango- Sebenta de Técnicas Laboratoriais 2022 Pá gina 163