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Nathália Cerqueira
"Respeito pelas Pessoas" envolve tratar
indivíduos como autônomos, permitindo que
escolham participar ou não de pesquisas ou
avaliações psicológicas. Informar
A avaliação psicológica envolve procedimentos com o detalhadamente sobre o procedimento é
objetivo de beneficiar indivíduos ou grupos em diversas essencial, incluindo a coleta de dados e
áreas, como saúde, educação e jurídica. É um trabalho acesso a eles. Menores necessitam de
significativo, mas com potencial para causar danos se não autorização dos responsáveis, enquanto se O princípio da "Beneficência" é crucial na
realizado corretamente. A responsabilidade do psicólogo é deve obter assentimento da criança. Para pesquisa e avaliação psicológica.
grande, exigindo preparo técnico e aderência a princípios indivíduos com autonomia limitada, como Pesquisas devem evitar causar dano ou
éticos. O Conselho Federal de Psicologia estabelece que o deficiências mentais, obter consentimento sofrimento, sendo classificadas como de
psicólogo deve ter capacitação para as atividades que dos responsáveis é crucial. Em situações "risco mínimo" quando os riscos não
assume. A ética na avaliação psicológica é complexa e vai especiais, como prisioneiros, a avaliação superam atividades cotidianas. O
além de códigos. Princípios éticos na pesquisa podem guiar
requer atenção extra, considerando os outros pesquisador deve minimizar e prevenir
a avaliação, como respeito pelas pessoas, beneficência e
princípios éticos. riscos, informando os participantes sobre
justiça, como exemplificado pela evolução dos códigos de
ética desde o Código de Nuremberg até o Belmont Report. eles. Na avaliação psicológica, o foco é
beneficiar o participante, mas os riscos
podem estar presentes. O psicólogo deve
considerar possíveis danos, como
resultados equivocados de avaliações mal
feitas, que podem levar a intervenções
errôneas e prejuízos. O padrão ético deve
ser mantido, mesmo em situações
complexas.
O princípio da "Justiça" demanda igualdade no tratamento das pessoas em
pesquisas. Selecionar participantes baseado em raça, poder aquisitivo ou outras
razões injustas é inaceitável. Na avaliação psicológica, isso se reflete na
representatividade das amostras ao adaptar ou desenvolver testes. Restringir a
amostra prejudica a utilidade geral do instrumento. A pesquisa psicológica
frequentemente usa amostras de estudantes universitários, o que limita a
diversidade do conhecimento gerado. O psicólogo deve escolher instrumentos
considerando a representatividade da população que será testada em relação
às amostras de validação e normatização.

Em psicológicas, surgem dilemas éticos em várias situações. Diagnóstico clínico é comum, exigindo conhecimento
profundo de testes e psicopatologia. Erros podem levar a tratamentos inadequados com riscos graves. Avaliações
para fins jurídicos, como guarda de crianças, também apresentam desafios, pois podem ser impostas judicialmente.
É necessário respeitar o direito das pessoas avaliadas à informação. Na escola, obtenção de consentimento dos
pais é vital. Avaliações escolares e universitárias devem respeitar princípios éticos. Em organizações, avaliações
psicológicas são comuns em seleções e concursos. Deve-se minimizar danos e proteger a privacidade dos
avaliados. Decisões de aptidão devem ser fundamentadas. A avaliação psicológica é crucial, trazendo benefícios
quando realizada corretamente, mas também riscos quando feita inadequadamente. O Código de Ética dos
Psicólogos ressalta a importância da capacitação e dos princípios de respeito, beneficência e justiça para uma
prática profissional ética e respeitosa dos direitos humanos.

Hutz, C. S. (2015) Questões éticas na avaliação psicológica. In: Hutz, C., Bandeira, D. & Trentini, C. Psicometria [Série Avaliação Psicológica]. Poto Alegre: Artmed. CAP10

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