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É comum nos depararmos com essa dúvida e mais comum ainda o pedido constante, dos responsáveis pela
Manutenção, para contratar mais gente porque a Equipe está enxuta. Como sabem?
Fazendo uma analogia com o jogo Argentina x Brasil, no primeiro tempo as duas equipes começaram o jogo com o
mesmo número de jogadores, mas parecia que a Argentina tinha mais do que o Brasil e confesso que cheguei a
contar, pois estavam correndo muito mais e ocupando todos os espaços do campo enquanto o Brasil caminhava
improdutivamente.
Em Manutenção acontece a mesma coisa quando temos uma Equipe motivada e que resolve os problemas
rapidamente, com um Tempo Médio de Reparo de uma Ordem de Serviço baixo, ela ocupa todos os espaços e se
multiplica, mesmo que esteja subdimensionada.
Outro dia falamos sobre qualificação e necessidade de treinamento, mas não tocaremos nesse assunto novamente,
pois entendemos que esse conceito já foi apresentado para reflexão.
Depois que a produção retoma aos índices anteriores, nem sempre a Manutenção consegue recuperar os
funcionários perdidos e as improvisações crescem. Aí aparecem as horas extras, os jeitinhos técnicos e gambiarras
para justificar o número reduzido de funcionários.
Nas horas trabalhadas por dia ou turno, não devemos considerar as horas extras, apenas as horas normais e o Fator
de Utilização deve ser determinado, tomando como base o tipo de empresa, o tamanho e o lay-out da Planta, a
distância do almoxarifado até as áreas produtivas ou as oficinas de manutenção, a autonomia dos funcionários para
preencher documentos e requisição de materiais, etc.. Quanto mais dependente do Chefe ou Supervisor for a
Equipe, maior será a perda de tempo em atividades menos nobres, aumentando o Tempo Médio de Reparo de uma
Ordem de Serviço.
O Tempo Médio de Reparo de uma Ordem de Serviço também deve ser o menor possível, do contrário, além de
redução da Disponibilidade de Equipamentos o número de funcionários tenderá a crescer.
A Quantidade de Ordens de Serviço poderá ser dividida em duas partes, as Corretivas e as Planejadas, incluindo
nessa última as Manutenções Preventivas Sistemáticas, Preditivas, Detectivas, Planos de Inspeção, Modificações de
Equipamentos, Projetos de Automatização, etc...
Se todos esses controles existirem e forem confiáveis, costumo utilizar uma fórmula matemática em meus projetos,
que não deve ser encarada como a única forma de determinar o número ideal, mas que ajuda, junto com outras
váriáveis e diagnóstico da empresa, número de equipamentos, priorização de equipamentos em A, B e C, tipo de
gestão, etc...
Esse critério que utilizo serve como parâmetro inicial para determinar o número ideal de funcionários em cada Equipe
de Manutenção, turno de trabalho, setor produtivo, tipo de manutenção, etc...
Fator Utilização x Horas Disponíveis por dia x 21 dias úteis (média mensal)
0,55 x 8,0 x 21
Dividindo as Horas Totais Disponíveis pelas Horas Trabalhadas = 3.864h / 2.125h = 55%
Os outros 45% são considerados ociosos e provavelmente gastos em refeições, ginástica laboral,
cafés e lanches, banheiros, etc... Tempos não considerados quando estão atendendo uma Ordem
de Serviço aberta.
Conclusão:
Então, todos os esforços devem ser alocados para reduzir o tempo de reparo e o volume de
trabalho através da melhoria da qualidade da manutenção, treinamento dos funcionários,
priorização dos equipamentos produtivos, redução das manutenções corretivas nos principais
equipamentos e outras medidas gerenciais.
Espero sinceramente que tenha ajudado nessa reflexão rotineira e que sempre deixa dúvidas na
hora de escolher qual a Equipe Ideal de Manutenção.
Entre em contato.
Atenciosamente,
Marcio Cotrim
MC CONSULTORES LTD