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MACIEL FARIAS
IMPORTANTE
A alimentação é
uma peça-chave nesse
processo, pois é por meio
dela que o corpo busca a
energia necessária para sua
sobrevivência e
funcionamento contínuo. Os
alimentos fornecem
nutrientes que, por sua vez,
são transformados em
energia na forma de ATP
(trifosfato de adenosina).
Além disso, as vitaminas e minerais presentes nos alimentos desempenham papéis
fundamentais em várias funções do corpo. A renovação das estruturas do corpo é um
processo constante – enquanto as células musculares, os ossos, a pele e o sangue se
renovam, o corpo também se adapta e se modifica.
O exercício regular desempenha um papel essencial no envelhecimento saudável e
traz uma série de benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de doenças crônicas e da
mortalidade prematura. A inatividade física é uma questão predominante, e é fundamental
integrar o exercício em nossos planos de cuidados diários e conselhos de saúde.
A aptidão cardiorrespiratória, ou seja, a capacidade do corpo de realizar atividades
que exigem uma quantidade considerável de oxigênio, tem sido consistentemente associada
a um menor risco de doenças cardiovasculares e mortalidade. Estudos indicam que mesmo
pequenas doses de exercício já trazem benefícios significativos para a saúde cardiovascular.
É importante entender que o efeito do treinamento não é constante e varia com o
tempo de execução do exercício e o período de descanso subsequente. As influências e as
cargas se acumulam ao longo do tempo, e o efeito do treinamento é resultado tanto da
aplicação da carga quanto do descanso entre as sessões.
A função muscular é crucial para a realização de atividades físicas, uma vez que
está intrinsecamente ligada à capacidade de produzir força para superar uma carga de
trabalho, não importando quão pequena seja essa carga. E para possibilitar essa capacidade,
nosso organismo depende de um suprimento constante de oxigênio, mantendo o
funcionamento do sistema aeróbico durante o exercício. Esse sistema é sustentado pelo
sistema cardiorrespiratório, que consiste principalmente no coração e nos pulmões,
trabalhando em conjunto para fornecer oxigênio e nutrientes aos músculos.
O sangue, um fluido vital para o corpo, é composto por plasma, glóbulos vermelhos,
leucócitos e plaquetas. Os glóbulos vermelhos, em particular, desempenham um papel
fundamental no transporte de oxigênio pelo corpo, graças à presença da hemoglobina, uma
molécula que se liga ao oxigênio e o transporta através do sistema circulatório.
Em resumo, o corpo humano é uma máquina incrivelmente complexa, capaz de se
adaptar às demandas que enfrenta. Essa adaptação é resultado direto de nossas escolhas de
estilo de vida, alimentação e exercício. O processo de adaptação é uma resposta orgânica à
exigência imposta e ocorre em todos os níveis do corpo, com o objetivo de garantir a
funcionalidade ideal. A alimentação é a fonte de energia e nutrientes necessários para essas
adaptações, enquanto o exercício regular e a atividade física são fundamentais para promover
um envelhecimento saudável e prevenir doenças crônicas. O sistema muscular e o sistema
cardiorrespiratório desempenham papéis vitais na execução e sustentação das atividades
físicas. Enquanto isso, o sangue, com seus componentes, desempenha um papel crucial no
transporte de oxigênio e nutrientes pelo corpo. Tudo isso se conecta para manter o corpo
funcionando harmoniosamente e de maneira eficaz.
Nesse sistema, os pulmões e outros órgãos responsáveis pela respiração
desempenham um papel crucial ao fornecer oxigênio e remover dióxido de carbono em um
processo chamado troca gasosa. O treinamento físico nos torna mais adaptados, resultando
em uma taxa de respiração mais eficiente. Isso significa que a troca gasosa se torna mais
eficaz a cada respiração. Portanto, o treinamento promove adaptações tanto nos músculos
quanto no sistema cardiorrespiratório.
O sistema respiratório responde ao treinamento melhorando o débito cardíaco (a
quantidade de sangue bombeado pelo coração em um minuto), a capacidade máxima de
transporte de oxigênio (VO2máx) e a utilização fracionada do consumo de oxigênio durante o
trabalho. Essas adaptações refletem um aumento na capacidade e na eficiência dos corações
e pulmões, além de mudanças específicas nas células musculares resultantes da prática
regular de exercícios.
As respostas do corpo ao treinamento não param por aí. Os músculos se adaptam à
demanda imposta pelo treinamento, alterando o número e o tamanho dos neurônios motores,
bem como a frequência de estimulação. Os tipos de fibras musculares recrutadas também
desempenham um papel crucial na produção de força, e essas fibras são classificadas em
três tipos principais: fibras de contração lenta (Tipo I), fibras de contração rápida (Tipo IIa) e
fibras de contração rápida (Tipo IIb).
No entanto, é importante reconhecer que os resultados do treinamento não ocorrem
de maneira instantânea e que a constância é essencial. Embora qualquer forma de atividade
física seja melhor do que o sedentarismo, adaptações significativas exigem um treinamento
regular e sustentado ao longo do tempo.
A frequência, intensidade e duração do treinamento são cruciais para alcançar
adaptações efetivas. Treinamentos repetidos, idealmente de duas a quatro vezes por semana,
são necessários para que o corpo lide completamente com o estresse imposto aos sistemas
muscular e cardiorrespiratório. Com o tempo, o sistema muscular desenvolve adaptações
como um aumento no número de capilares sanguíneos que nutrem as fibras musculares, um
aumento no conteúdo de mioglobina nos músculos, um aumento no número e no tamanho
das mitocôndrias no músculo esquelético e um aumento nas contrações das enzimas
oxidativas.
As adaptações no sistema cardiorrespiratório também são notáveis, incluindo uma
maior capacidade de regular a temperatura corporal, maior eficiência do músculo cardíaco e
uma maior capacidade de transporte de oxigênio devido ao aumento no número de glóbulos
vermelhos. O treinamento afeta o coração de maneira semelhante ao músculo esquelético,
tornando-o mais forte e eficiente. Isso se reflete na redução da frequência cardíaca durante o
treino e em repouso.
Embora muitos tenham ouvido falar que treinar três vezes por semana é suficiente,
essa noção está desatualizada. De acordo com as diretrizes do American College of Sports
Medicine, o exercício deve ser incorporado à rotina diária, levando em consideração as
especificidades fisiológicas e os objetivos individuais. A recomendação é que o exercício seja
praticado diariamente, alinhando-se às necessidades do corpo, uma vez que assim como
comemos todos os dias, nosso corpo também precisa de atividade física diariamente.
Portanto, a recomendação de "três vezes por semana" é insuficiente para atingir as
adaptações desejadas. O objetivo é que, com base em evidências científicas, os profissionais
do futuro possam embasar suas orientações e oferecer uma abordagem mais eficaz e
informada aos seus clientes.
UNIDADE 2
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DO ATLETA
A obesidade é definida pelo Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30,
enquanto o sobrepeso é caracterizado por um IMC acima de 25. O IMC é calculado dividindo
o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. A prevalência de sobrepeso e
obesidade tem aumentado de forma alarmante em todo o mundo, sendo considerada uma
epidemia em muitos países, com consequências graves, incluindo quatro milhões de mortes
anualmente devido a doenças e complicações associadas a essas condições (OMS, 2022).
O cenário atual de crescente sobrepeso e obesidade é alarmante, e mesmo com
previsões de avanços tecnológicos impressionantes no futuro, como previsto pela Singularity
University, essa transformação tecnológica está sendo acompanhada por uma mudança
negativa na composição corporal e saúde da população.
Para combater esse problema, é essencial começar pela avaliação nutricional, com
destaque para a triagem nutricional. A triagem nutricional é um processo que identifica
características associadas a problemas dietéticos e nutricionais. Ela é aplicada a um grupo ou
população para identificar indivíduos em risco nutricional, determinando se uma avaliação
nutricional mais detalhada é necessária. Isso é crucial para identificar pacientes desnutridos
ou em risco de desnutrição, permitindo um planejamento adequado da terapia nutricional.
Diversos questionários estão disponíveis para a triagem nutricional, como o
"Malnutrition Universal Screening Tool" (MUST), o "Subjective Global Assessment" (SGA), o
"Mini Nutritional Assessment" (MNA) e o "Nutrition Risk Screening 2002" (NRS-2002). Cada
um possui suas indicações e limitações específicas, sendo o NRS-2002 amplamente utilizado
para pacientes hospitalizados, não restringindo a faixa etária. Ele inclui componentes como o
Índice de Massa Corporal (IMC), perda de peso no último trimestre, redução da ingestão
alimentar e a presença de doenças graves.
A diferença entre triagem e avaliação nutricional é que a triagem detecta o risco de
desnutrição, utilizando dados objetivos, enquanto a avaliação nutricional vai além,
classificando o grau de desnutrição e coletando informações para um plano de terapia
nutricional. Enquanto a triagem utiliza dados como altura, peso, alteração de peso e
diagnóstico, a avaliação nutricional inclui também histórico médico, medidas antropométricas,
exames físicos e laboratoriais.
Para realizar uma avaliação nutricional completa, métodos convencionais como
histórico clínico, exame físico, antropometria, exames laboratoriais e índices prognósticos são
utilizados. A Avaliação Subjetiva Global (SGA) é considerada o padrão-ouro para avaliar o
estado nutricional, permitindo uma análise abrangente do paciente.
Dessa forma, a avaliação nutricional é uma etapa essencial para entender e abordar
as questões relacionadas ao sobrepeso e obesidade, auxiliando na identificação dos riscos
nutricionais e na elaboração de estratégias de intervenção para promover a saúde e o bem-
estar dos indivíduos.
O autor Rossi (2013) categoriza as técnicas de avaliação e monitorização da
ingestão alimentar em duas abordagens: RETROSPECTIVAS e PROSPECTIVAS. As
RETROSPECTIVAS focam em comportamentos alimentares passados, mas podem ser
afetadas por sub-relatos e superestimativas. Exemplos incluem o registro de 24 horas e o
questionário de frequência alimentar. As PROSPECTIVAS consideram o comportamento
alimentar atual e incluem fatores como local de moradia, rotina de treino e suplementos
consumidos. Exemplos são a história alimentar e o registro alimentar.
Vários métodos de avaliação nutricional estão disponíveis, incluindo o Questionário
de Frequência Alimentar, o Recordatório Alimentar 24 Horas e o Diário Alimentar. Cada um
tem suas indicações e limitações, sendo importante considerar detalhes como o preparo dos
alimentos e o hábito de ingestão de bebidas alcoólicas.
Necessita destacar a importância de reconhecer as limitações desses métodos,
especialmente o sub-relato da ingestão alimentar, que pode ser composto por sub-registro e
subconsumo. O objetivo é minimizar erros na avaliação nutricional e entender que treino,
alimentação e recuperação estão interligados para alcançar resultados.
No contexto da avaliação da composição corporal, essa é uma ferramenta valiosa
para avaliar a condição física, acompanhar o progresso e sugerir mudanças em programas de
treinamento e dieta. Métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos são discutidos. Os
métodos indiretos incluem a Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, DXA,
Pesagem Hidrostática e Pletismografia.
Dentro dos métodos indiretos, a antropometria e a bioimpedância são destacadas.
Entafiza-se a importância de visualizar o cenário de sobrepeso e obesidade e fornece
informações sobre locais padronizados das pregas cutâneas para avaliação antropométrica.
A Bioimpedância é um
método prático de avaliação da
composição corporal, baseado na
passagem de corrente elétrica pelo
corpo. Ele mede a resistência da
corrente e utiliza as diferenças na
hidratação dos tecidos (como
músculos e gordura) para estimar a
composição corporal. O método
exige um protocolo para minimizar
variações, incluindo restrições
quanto ao consumo de álcool,
diuréticos, exercícios e alimentação
antes do exame, assim como
esvaziar a bexiga.
Equipamentos de
bioimpedância variam em número
de eletrodos e frequências de
corrente. Existem três categorias: bipolares (dois eletrodos), tetrapolares (quatro eletrodos) e
octapolares (oito eletrodos), sendo que os octapolares oferecem maior precisão ao passar
correntes pelo corpo inteiro. Além disso, equipamentos podem ser unifrequenciais (emitem
uma frequência) ou multifrequenciais (emitem várias frequências), com maior número de
frequências correspondendo a uma maior precisão e variedade de variáveis analisadas.
A Antropometria, derivada das palavras gregas para "Homem" e "Medida", é uma
área de estudo que visa determinar objetivamente os aspectos relacionados ao
desenvolvimento do corpo humano e as relações entre físico e desempenho. A origem da
Antropometria remonta a Leonardo da Vinci e seu desenho do Homem Vitruviano, que ilustra
as proporções e estruturas do corpo humano de maneira detalhada e artística.
O Discóbolo, esculpido por Míron no século V a.C., homenageia um atleta vitorioso
no lançamento de disco, representando valores político-ideológicos, mitológico-ritualísticos,
artísticos e militares da Grécia Antiga. Foi escolhido como símbolo da Educação Física pela
sua representação de força e dinamismo.
A escolha do momento para avaliações é crítica. Intensificar treinos e dieta antes da
avaliação pode resultar em resultados imprecisos, pois as agressões de exercício e dieta
precisam ser seguidas por um período regenerativo para permitir a supercompensação e
avaliação precisa dos ganhos.
A escolha do método de avaliação deve atender às características do público-alvo.
A importância da aplicação prática da avaliação em vez de se fixar em debates sobre o melhor
método. A inovação não está necessariamente na tecnologia mais recente, mas em
fundamentar a prática na avaliação.
A avaliação é fundamental para quantificar a efetividade das estratégias, corrigir
falhas e alcançar o sucesso. O acompanhamento dos clientes envolve identificar
necessidades, quantificar evolução e realizar ajustes. Escolher o momento apropriado para a
avaliação é crucial para a intervenção bem-sucedida.
UNIDADE 3
DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS POR DIFERENTES MÉTODOS
PARA DESPORTISTAS
Segundo Jeukendrup e Gleeson (2021), as células, fibras musculares e bombas iônicas nas
membranas celulares requerem energia para funcionar. Durante o exercício, as necessidades
energéticas aumentam e a oferta de energia, principalmente por meio da nutrição, torna-se
crucial. A depleção de energia, especialmente de carboidratos, é comum em atletas e pode
levar à fadiga.
O gasto energético refere-se à energia consumida por unidade de tempo para produzir
potência e é expresso em quilocalorias (kcal) ou quilojoules (kj). Os macronutrientes
(carboidratos, proteínas e gorduras) contêm energia armazenada em suas ligações químicas.
O conteúdo de energia varia para diferentes tipos de carboidratos e gorduras.
O conteúdo energético da proteína depende do tipo de proteína e do conteúdo de nitrogênio.
O nitrogênio não contribui para a energia, e proteínas com maior densidade de nitrogênio
possuem menos energia por grama. A absorção incompleta de alimentos reduz a
disponibilidade de energia.
Wilbur Olin Atwater estabeleceu fatores de correção para a digestibilidade dos
macronutrientes, resultando nos valores de
energia de 4 kcal/g para carboidratos e
proteínas, e 9 kcal/g para gorduras. O
coeficiente de digestibilidade expressa a
percentagem de energia absorvida.
Os aplicativos móveis são usados para rastrear
Figura 1 Efeito térmico dos alimentos. Porcentagem de energia o consumo alimentar e a ingestão de nutrientes,
gasta para que cada nutriente seja utilizado pelo corpo.
mas alguns valores nutricionais podem ser
imprecisos ou incompletos devido a limitações
nos bancos de dados.
O gasto energético é necessário para várias funções corporais, incluindo funções basais,
digestão, absorção, metabolismo e atividade física. O gasto energético total é composto pela
taxa metabólica basal (TMB), o efeito térmico dos alimentos (TID) e a energia gasta durante a
atividade física (ETE).
O gasto energético diário de um indivíduo é composto por vários componentes, incluindo a
taxa metabólica em repouso (TMR) ou basal (TMB), o efeito térmico do alimento (TID) e o
efeito térmico do exercício (ETE).
Taxa metabólica em repouso (TMR) ou basal (TMB): Este é o maior componente do
gasto energético diário e representa a energia necessária para manter as funções
corporais em repouso. Fatores como a atividade do sistema nervoso simpático,
hormônios da tireoide e bomba de sódio-potássio contribuem para a TMR.
Termogênese induzida pela dieta (TID): Também conhecido como efeito térmico do
alimento, é o aumento do gasto energético acima da TMR após a ingestão de uma
refeição. A TID resulta da digestão, absorção, metabolização e armazenamento de
alimentos e representa cerca de 10% do gasto energético diário total.
Efeito térmico do exercício (ETE): Este é o componente mais variável do gasto
energético diário e pode variar de 30% a 80% durante o treino intenso de resistência
ou competição. O exercício é
essencial para o balanço energético
e é o componente mais controlável.
O balanço energético refere-se ao
equilíbrio entre o gasto energético e a
ingestão de energia. Um balanço
energético positivo ocorre quando a
ingestão excede o gasto, resultando em
ganho de peso. Um balanço energético
negativo ocorre quando a ingestão é menor
que o gasto, levando à perda de peso.
Para perder peso, é necessário aumentar o
gasto energético em relação à ingestão.
Em esportes de resistência, onde os gastos
energéticos e as ingestões são altos,
manter o balanço energético é fundamental
para o desempenho.
Existem métodos para medir ou estimar o
gasto energético humano, como a
calorimetria direta e indireta, que medem a
produção de calor e a troca gasosa,
respectivamente. No entanto, esses
métodos podem ser complexos e caros.
Além disso, há gadgets modernos, como
smartwatches, que estimam o gasto
energético e existem várias fórmulas para a
estimativa do gasto energético.
Em resumo, a quantificação do gasto
energético diário é essencial para entender as necessidades nutricionais e o equilíbrio
energético de um indivíduo. Existem métodos diretos e indiretos para medir o gasto, bem como
fórmulas e gadgets que podem auxiliar nesse processo. O importante é escolher o método
mais adequado para o contexto e público-alvo.
Você abordou uma série de pontos importantes relacionados à estimativa do gasto energético,
as equações para predição da taxa metabólica basal (TMB), e a relevância de considerar a
composição corporal ao escolher uma equação adequada. Vamos recapitular e expandir
alguns desses tópicos:
1. Precisão nas Equações de Predição: É essencial escolher uma equação de predição
da TMB que seja adequada para a população em questão. No caso de atletas, a
composição corporal e as demandas energéticas podem diferir significativamente das
populações gerais, o que pode resultar em uma menor precisão ao utilizar equações
padrão.
2. Diferenças Individuais e Composição Corporal: As equações de predição da TMB
muitas vezes se baseiam no peso corporal, altura, idade e, em alguns casos, gênero.
No entanto, essas equações não levam em consideração a composição corporal
específica, principalmente a massa muscular. Como a massa muscular é
metabolicamente mais ativa do que a gordura, indivíduos com mais massa muscular
têm um metabolismo basal mais elevado.
3. Limitações das Equações Preditivas: Estudos mostram que as equações de predição
da TMB podem não ser precisas para atletas, especialmente aqueles que têm uma
massa muscular significativamente maior do que a população média. Essas equações
muitas vezes subestimam as necessidades energéticas de atletas, o que pode afetar
negativamente seu desempenho e recuperação.
4. Importância da Medição Direta: A calorimetria indireta é considerada o método mais
preciso para determinar o gasto energético de um indivíduo. Ela mede a troca gasosa,
considerando tanto a quantidade de oxigênio consumido quanto o dióxido de carbono
produzido. No entanto, a calorimetria indireta pode ser cara e não está amplamente
disponível.
5. Bioimpedância e Estimativas: Equipamentos de bioimpedância são amplamente
utilizados para medir a composição corporal, e muitos deles também fornecem
estimativas da TMB. Essas estimativas são baseadas em equações incorporadas nos
softwares dos dispositivos. Embora sejam úteis, essas estimativas também podem ter
limitações, pois dependem dos dados inseridos e das equações utilizadas.
6. Importância da Nutrição Adequada: A nutrição desempenha um papel fundamental
no desempenho esportivo e na recuperação. A cronologia dos nutrientes, ou seja, o
momento em que certos nutrientes são consumidos, pode influenciar a resposta do
corpo ao exercício, a recuperação e o crescimento muscular. Além disso, escolher
alimentos de qualidade é crucial para promover a saúde geral e o bem-estar.
7. Ultratransformados e Saúde: A ingestão de alimentos ultraprocessados tem sido
associada a riscos elevados de obesidade, doenças cardiovasculares, síndrome
metabólica e outras condições de saúde. Priorizar alimentos naturais, minimamente
processados e nutritivos é essencial para manter um estado de saúde ideal.
8. Considerações Individuais: Cada indivíduo é único, com necessidades energéticas e
demandas específicas. A personalização das abordagens nutricionais e de exercícios
é crucial para atender às necessidades e metas individuais. Isso envolve levar em
consideração fatores como composição corporal, nível de atividade, objetivos e
respostas individuais.
Em resumo, a estimativa do gasto energético é uma ferramenta importante para orientar a
prescrição nutricional e de exercícios. No entanto, é fundamental considerar as limitações das
equações de predição e buscar métodos mais precisos, como a calorimetria indireta, sempre
que possível. A individualização das abordagens é essencial para maximizar o desempenho,
a recuperação e a saúde geral de atletas e indivíduos ativos.
As três fases para a otimização da ingestão de nutrientes específicos, conforme descritas
pelos autores, são:
1. Fase Energética: Nessa fase, o objetivo é aumentar a ingestão de nutrientes para
preservar o glicogênio muscular, melhorar a resistência muscular, minimizar a
supressão do sistema imunológico, reduzir os danos musculares e facilitar a
recuperação pós-exercício. Durante essa fase, o corpo busca repor as reservas de
glicogênio utilizadas durante o exercício e também fornecer os nutrientes necessários
para reparar os danos musculares. Uma ingestão adequada de carboidratos e
proteínas é essencial para atender a esses objetivos.
2. Fase Anabólica: Essa fase ocorre no período de aproximadamente 45 minutos após o
exercício, conhecida como "janela metabólica". Durante esse período, a sensibilidade
à insulina está aumentada, o que melhora a captação de nutrientes pelas células
musculares. Isso proporciona um ambiente favorável para o restabelecimento das
reservas de glicogênio e a síntese de proteínas musculares danificadas durante o
exercício. O consumo de proteínas e carboidratos de rápida absorção nesse momento
é benéfico para maximizar os efeitos anabólicos.
3. Fase de Crescimento: Essa fase abrange o período após a fase anabólica e continua
até o início da próxima sessão de treinamento. Durante essa fase, o objetivo é manter
a sensibilidade à insulina elevada e o estado anabólico para promover o crescimento
muscular contínuo. É importante fornecer uma nutrição equilibrada, incluindo proteínas
de qualidade, carboidratos complexos e gorduras saudáveis. Manter um ambiente
nutricional adequado entre as sessões de treino ajuda a sustentar o crescimento
muscular e os ganhos de força.
A importância da quantificação de energia para atletas e o papel da Nutrição Esportiva, bem
como abordagem da questão da fadiga e a evolução da compreensão sobre o lactato. É
interessante notar que a relação entre nutrição, energia, performance e fadiga é complexa e
multifacetada, e a ciência continua a evoluir para compreender melhor esses aspectos.
A prescrição nutricional adequada desempenha um papel crucial no suporte à performance
esportiva e na prevenção da fadiga. Através da quantificação da energia necessária,
considerando a composição corporal e o treinamento, os nutricionistas esportivos podem
desenvolver planos alimentares que atendam às necessidades energéticas e nutricionais dos
atletas. Isso pode potencializar a performance, permitir uma recuperação mais eficaz e
prolongar a capacidade de se manter ativo ao longo do tempo.
No que diz respeito à fadiga, é uma questão complexa que envolve diversos fatores, incluindo
os sistemas energéticos, a acumulação de subprodutos metabólicos, o sistema nervoso e as
características individuais dos atletas. A fadiga pode ser percebida de maneira diferente em
diferentes tipos de exercícios e durações. Compreender a interação entre esses fatores é
fundamental para lidar com a fadiga e melhorar a performance esportiva.
A discussão sobre o lactato é interessante, pois representa uma mudança na percepção
científica. Antigamente, o lactato era frequentemente associado à fadiga e considerado como
um subproduto metabólico prejudicial. No entanto, pesquisas recentes têm mostrado que o
lactato desempenha um papel mais complexo e importante no metabolismo. Ele pode ser
usado como uma fonte de energia em determinadas situações e não é o principal culpado pela
fadiga. Essa reavaliação da função do lactato na biologia demonstra como a ciência está
sempre evoluindo e refinando nossa compreensão dos processos metabólicos e fisiológicos.
Em resumo, a Nutrição Esportiva desempenha um papel crucial na otimização da energia,
performance e recuperação de atletas. A fadiga é um fenômeno multifatorial e a ciência está
constantemente reavaliando nossos conhecimentos, como exemplificado pela mudança de
perspectiva em relação ao lactato. Manter-se atualizado com as pesquisas científicas é
fundamental para garantir a eficácia das abordagens nutricionais e de treinamento para
atletas.
UNIDADE 4
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E LIPÍDIOS NO ESPORTE, SUAS
NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES
UNIDADE 5
RECOMENDAÇÕIES NUTRICIONAIS NOS PERÍODOS PRÉ, DURANTE E PÓS
ATIVIDADE FÍSICA
Periodização Nutricional para Atletas
A nutrição esportiva tem evoluído consideravelmente, mas ainda enfrenta desafios como
crenças infundadas e a ideia de que "mais é sempre melhor". Atualmente, é fundamental
adotar uma abordagem global ao planejamento nutricional de atletas, alinhando-o ao plano de
treinamento para otimizar o desempenho e a recuperação.
A periodização nutricional é uma estratégia que envolve a combinação da nutrição com as
sessões de treinamento. Isso permite que o atleta esteja bem alimentado e hidratado antes
das sessões de treinamento, o que é crucial para garantir adaptações fisiológicas positivas.
Os objetivos principais da periodização nutricional incluem:
1. Manipulação do Peso Corporal: A nutrição pode ser ajustada para ganhar ou perder
peso, conforme os objetivos do atleta.
2. Melhoria da Eficiência Metabólica: Periodizar a nutrição ajuda o corpo a utilizar as
reservas de gordura como fonte de energia durante o exercício, preservando as
reservas de carboidratos.
3. Sistema Imunológico Saudável: Uma nutrição adequada pode fortalecer o sistema
imunológico, especialmente durante períodos de treinamento intenso.
4. Preparação Física: A nutrição deve apoiar as variações no volume e intensidade do
treinamento ao longo do ano.
É essencial considerar as características individuais e preferências do atleta, bem como a
facilidade de consumo, disponibilidade dos alimentos e horários de ingestão. A refeição pré-
treino é importante para evitar fadiga e desconfortos gastrointestinais. Ela deve ser rica em
carboidratos de fácil digestão para manter a glicemia e maximizar os estoques de glicogênio.
Durante o exercício, o corpo utiliza seus estoques de energia para fornecer energia aos tecidos
em atividade. A glicogenólise hepática ou muscular ocorre para manter a glicemia estável e
abastecer os músculos. A lipólise ocorre no tecido adiposo, liberando ácidos graxos para uso
como substrato energético. A proteólise também pode ocorrer, fornecendo aminoácidos para
energia ou gliconeogênese.
No contexto do triatlo, a capacidade de usar gordura como fonte de energia é crucial. Isso
permite que os atletas utilizem as reservas de gordura acumulada durante as sessões de
treinamento e competições, reduzindo a necessidade de calorias durante o exercício e
minimizando problemas gastrointestinais.
Fontes de Energia e Nutrição Pré-Exercício
Durante o exercício, a liberação de glicose pelo fígado aumenta à medida que a intensidade
aumenta. O glicogênio armazenado nos músculos e no fígado serve como fonte de energia
inicial em exercícios de alta intensidade. Os carboidratos são a fonte preferencial de energia
durante o exercício aeróbico intenso, fornecendo ATP prontamente. Nos esforços
anaeróbicos, os carboidratos são a única fonte de ATP.
A disponibilidade de carboidratos regula a mobilização de gorduras para a geração de energia
durante o exercício. A glicemia sanguínea também regula a liberação hepática de glicose
durante o exercício. Em exercícios de intensidade submáxima, a ingestão de carboidratos
antes do exercício ajuda a manter a glicose sanguínea e os estoques de glicogênio muscular.
A ingestão de carboidratos antes do exercício é crucial para maximizar as reservas de
glicogênio muscular e hepático. O glicogênio muscular e hepático, juntamente com os
triglicerídeos no tecido adiposo e muscular, são as principais fontes de energia para a
ressíntese de ATP durante o exercício. A ingestão de carboidratos antes do exercício ajuda a
aumentar a velocidade de uso de carboidratos e a manter a glicose no plasma.
No entanto, a escolha dos alimentos pré-exercício é importante. O consumo de carboidratos
complexos e pobres em fibras é preferível em comparação com açúcares simples, para evitar
respostas de insulina e hipoglicemia durante o exercício. A quantidade de carboidratos a ser
consumida depende do tempo de ingestão antes do exercício, variando de 5g/kg a 1g/kg de
peso corporal.
Além disso, é essencial considerar a individualidade de cada atleta. O que funciona para um
indivíduo pode não funcionar para outro. A ingestão de alimentos pré-exercício deve começar
com uma refeição leve e aumentar gradualmente para evitar desconfortos gastrointestinais.
Algumas dicas gerais para a ingestão pré-exercício incluem:
Evitar alimentos ricos em gordura, que podem retardar a digestão.
Consumir carboidratos complexos e pobres em fibras.
Optar por alimentos familiares e bem tolerados.
Ajustar a quantidade com base no tempo de ingestão antes do exercício.
Em resumo, a escolha adequada de alimentos pré-exercício é essencial para fornecer energia,
prevenir hipoglicemia e desconfortos gastrointestinais, além de melhorar o desempenho, a
resistência e a força durante o exercício. Cada atleta deve encontrar a estratégia que melhor
se adapte às suas necessidades e preferências individuais.
Estratégias de Nutrição Pré, Durante e Pós-Exercício
De acordo com as diretrizes do American College of Sports Medicine (ACSM) de 2016, as
estratégias nutricionais implementadas antes, durante e após o exercício devem abordar
diversos objetivos para otimizar o desempenho esportivo. Essas estratégias visam prevenir
fatores que podem causar fadiga, como desidratação, desequilíbrios eletrolíticos, depleção de
glicogênio, hipoglicemia e desconforto gastrointestinal.
A ingestão adequada de carboidratos é crucial para alcançar esses objetivos. No quadro 2,
são apresentadas as recomendações detalhadas para o consumo de carboidratos pré-
exercício, com base no tempo antes do exercício:
1 hora antes do exercício: Ingerir 1g de carboidrato por kg de peso corporal (68g para
um atleta de 68kg).
2 horas antes do exercício: Ingerir 2g de carboidrato por kg de peso corporal (136g
para um atleta de 68kg).
3 horas antes do exercício: Ingerir 3g de carboidrato por kg de peso corporal (204g
para um atleta de 68kg).
4 horas antes do exercício: Ingerir 4g de carboidrato por kg de peso corporal (272g
para um atleta de 68kg).
Além disso, durante o exercício, a ingestão de carboidratos também desempenha um papel
crucial na manutenção do desempenho e na prevenção da fadiga. A ingestão de carboidratos
durante o exercício ajuda a manter os níveis sanguíneos de glicose, poupando as reservas de
glicogênio no fígado e nos músculos. Isso é especialmente importante em exercícios de longa
duração, como corridas de longa distância ou competições de triatlo.
A absorção de carboidratos durante o exercício pode ser retardada devido ao esvaziamento
gástrico, mas a ingestão regular de pequenas quantidades de carboidratos (aproximadamente
15g a cada 15 minutos) pode ajudar a manter o desempenho. Para eventos exaustivos com
duração inferior a 2 horas, a ingestão de bebidas concentradas nos últimos 15 minutos do
exercício, com pelo menos 200 a 300ml no total, é recomendada.
É importante observar que a ingestão de carboidratos não apenas adia a fadiga, mas também
afeta a percepção de esforço e a economia de energia durante o exercício. A absorção de
carboidratos e sua conversão em glicose sanguínea auxiliam na manutenção da ativação
muscular pelo sistema nervoso central.
No entanto, é crucial considerar a individualidade de cada atleta e suas necessidades
específicas. Alguns atletas podem experimentar desconfortos gastrointestinais durante o
exercício, devido à absorção retardada de carboidratos. Portanto, a escolha dos alimentos e
a estratégia de ingestão devem ser adaptadas às preferências e tolerâncias individuais.
Em resumo, a nutrição pré-exercício, a ingestão de carboidratos durante o exercício e a
recuperação pós-exercício desempenham papéis vitais para otimizar o desempenho, a
resistência e a recuperação do atleta. O consumo adequado de carboidratos é essencial para
manter os estoques de glicogênio, prevenir hipoglicemia e melhorar a energia disponível para
o exercício. Cada atleta deve ajustar as estratégias nutricionais de acordo com suas
necessidades específicas e os requisitos do evento esportivo.
UNIDADE 6
HIDRATAÇÃO DOS DISFERENTES MOMENTOS DA ATIVIDADE FÍSICA E
RESPOSITORES HIDROELETROLÍTICOS
UNIDADE 7
MICRONUTRIENTES NA ATIVIDADE FÍSICA
História das Vitaminas: a importância histórica das vitaminas, desde os tempos antigos,
quando figuras como Hipócrates já reconheciam os benefícios de certos alimentos para
tratar doenças como a cegueira noturna.
Descoberta Formal das Vitaminas: A descoberta formal das vitaminas revelou que são
substâncias essenciais para o corpo humano, necessárias em pequenas quantidades
e que não podem ser produzidas pelo corpo, portanto, devem ser obtidas através da
alimentação.
Micronutrientes: Os micronutrientes incluem vitaminas e minerais, que desempenham
papéis essenciais no metabolismo, crescimento, reparação de tecidos, regulação de
reações metabólicas e função muscular.
Vitaminas Lipossolúveis e Hidrossolúveis: As vitaminas são classificadas em
lipossolúveis (A, D, E e K) e hidrossolúveis (B1, B2, B3, B6, B9, B12, B5, B7 e C). As
lipossolúveis podem ser armazenadas no corpo, enquanto as hidrossolúveis não são
armazenadas e devem ser ingeridas regularmente.
Funções das Vitaminas: As vitaminas têm diversas funções no organismo, incluindo o
papel na regulação do metabolismo, crescimento ósseo, absorção de nutrientes, função
neuromuscular, entre outros.
Fontes de Vitaminas: As imagens 1 e 2 apresentam informações detalhadas sobre as
principais fontes alimentares de vitaminas, suas funções e os sintomas de deficiência.
1. Complexo B de Vitaminas: O complexo B de vitaminas é composto por várias
vitaminas B diferentes, incluindo B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B6
(piridoxina), B9 (ácido fólico), B12 (cianocobalamina), B5 (ácido pantotênico) e B7
(biotina). Essas vitaminas desempenham papéis essenciais no metabolismo
energético.
2. Funções das Vitaminas B: As vitaminas B são coenzimas envolvidas em várias
reações metabólicas, incluindo a oxidação de alimentos para a produção de energia.
Elas são importantes para a função muscular normal e a produção de eritrócitos
(glóbulos vermelhos).
3. Suplementação de Vitaminas B: A suplementação de vitaminas B não é recomendada
para atletas, a menos que haja uma deficiência prévia comprovada. A maioria dos
atletas pode obter essas vitaminas por meio de uma dieta adequada.
4. Necessidades Aumentadas: O treinamento físico pode aumentar as necessidades de
algumas vitaminas do complexo B, devido à retenção aumentada no músculo
esquelético e às adaptações metabólicas ao exercício.
5. Importância da Dieta Equilibrada: Uma dieta equilibrada e rica em alimentos naturais
é a melhor maneira de atender às necessidades de vitaminas B, sem a necessidade
de suplementação.
6. Radicais Livres: Radicais livres são átomos ou moléculas que contêm um elétron não
pareado em sua órbita externa. Isso os torna altamente reativos e propensos a causar
danos às células e aos tecidos do corpo.
7. Produção de Radicais Livres na Mitocôndria: os radicais livres são produzidos por
oxidação na mitocôndria, um componente celular importante responsável pela
produção de energia. Os tipos de radicais livres mencionados incluem superóxido,
hidroxil e óxido nítrico.
8. Ação Nociva dos Radicais Livres: Os radicais livres têm como alvo direto as estruturas
das membranas lipídicas, onde promovem a peroxidação lipídica. Isso leva à
instabilidade e ao aumento da permeabilidade das membranas celulares, o que pode
causar danos às células.
9. Importância da Vitamina Antioxidante: uma vitamina desempenha um papel
fundamental no combate aos radicais livres. As vitaminas com propriedades
antioxidantes são essenciais para neutralizar os radicais livres e proteger o corpo contra
os danos oxidativo.
Por fim, uma questão comum: As vitaminas engordam? As vitaminas e minerais não contêm
calorias, portanto, não contribuem para o ganho de peso. Qualquer aumento de peso
percebido associado ao consumo de vitaminas pode estar relacionado a outros fatores, como
o aumento da atividade física e a retenção de água devido ao exercício. Geralmente, não há
uma relação direta entre o consumo de vitaminas e o ganho de peso corporal.
2. Impacto no Desempenho Atlético: A falta de ferro, com ou sem anemia, pode prejudicar
a função muscular e limitar a capacidade de trabalho, o que pode afetar adversamente
o desempenho atlético. Portanto, manter um status de ferro adequado é crucial para
atletas.
3. Causas da Deficiência de Ferro em Atletas: Várias causas podem levar à deficiência
de ferro em atletas. Isso inclui ingestão dietética limitada de ferro, ingestão insuficiente
de energia, treinamento em altitudes elevadas, perda de sangue menstrual em
mulheres, hemólise (destruição das hemácias) devido ao impacto durante o exercício,
doação frequente de sangue e lesões.
1. Perdas de Zinco: Atletas podem perder zinco através do suor e da urina durante o
exercício físico, especialmente em atividades intensas e em ambientes quentes. Isso
pode aumentar a necessidade de zinco na dieta.
2. Restrição Calórica: Atletas que restringem calorias, especialmente aqueles que tentam
manter um peso corporal baixo, podem estar em risco de deficiência de zinco, já que
podem consumir menos alimentos ricos em zinco.
3. Transtornos Alimentares: Atletas, especialmente no caso de ginastas e dançarinas, que
estão sob pressão para manter um peso corporal específico, podem ser mais
propensos a transtornos alimentares, o que pode resultar em ingestão inadequada de
zinco.
UNIDADE 8
A classificação dos recursos ergogênicos, que são substâncias ou métodos utilizados para
melhorar o desempenho esportivo. Os recursos ergogênicos são divididos em quatro classes:
1. Agentes Farmacológicos: Isso inclui substâncias farmacológicas ou drogas que são
usadas para melhorar o desempenho. Essas substâncias podem incluir anabolizantes
esteroides, estimulantes, hormônios de crescimento e outros medicamentos.
2. Agentes Hormonais: Esta classe envolve o uso de hormônios ou substâncias
relacionadas ao sistema endócrino para melhorar o desempenho. Isso pode incluir a
administração de hormônios como a eritropoetina (EPO) para aumentar a produção de
glóbulos vermelhos.
3. Agentes Fisiológicos: Estes são métodos ou substâncias que afetam processos
fisiológicos no corpo para melhorar o desempenho. Exemplos incluem treinamento em
altitude, hipóxia intermitente e técnicas de recuperação.
4. Agentes Nutricionais: Esta classe abrange o uso de suplementos nutricionais,
alimentos específicos ou dietas para melhorar o desempenho esportivo. Isso pode
incluir a suplementação de proteínas, creatina, cafeína e outros nutrientes.
1. História do Doping: Desde os tempos antigos até a era moderna, competidores têm
buscado maneiras de melhorar seu desempenho nas mais diversas modalidades
esportivas. O termo "doping" ganhou força com o aumento da competitividade
esportiva, especialmente nas Olimpíadas da era moderna a partir de 1896.
2. Hormônios
Androgênicos: A partir
de 1935, com o
isolamento da
testosterona e sua
produção sintética,
surgiram potentes
hormônios
androgênicos que
promovem aumento de
força, massa muscular e resistência. A testosterona e outros esteroides anabólicos
androgênicos derivados são exemplos dessas substâncias.
3. Agentes de Dopagem: A testosterona e outros hormônios continuam sendo os
agentes de dopagem mais potentes e amplamente detectados em testes antidoping.
Estima-se que eles sejam responsáveis por cerca de dois terços das violações das
regras antidopagem.
4. Discussão Ética: O uso de doping no esporte levanta questões complexas sobre
igualdade de oportunidades e justiça. A discussão sobre se o doping é justo ou não
envolve fundamentos filosóficos e éticos, especialmente no que diz respeito à busca
por resultados iguais e à preservação da integridade do esporte.
5. Conhecimento Integrado: ressalta-se a importância do conhecimento integrado sobre
farmacologia, fisiologia, fisiopatologia e os cenários de uso clínico das substâncias
dopantes. Isso é fundamental para os profissionais de saúde que lidam com atletas e
indivíduos que buscam melhorar seu desempenho esportivo ou estético.
O papel da testosterona e de outros androgênios no contexto da melhoria do desempenho
atlético, bem como os potenciais riscos associados ao seu uso.
1. Produção de Testosterona: A testosterona é um hormônio esteroidal importante,
produzido principalmente pelas células intersticiais dos testículos nos homens e em
menor quantidade nas mulheres, nos ovários e na glândula adrenal. Sua produção é
controlada pelo hormônio estimulador das células intersticiais.
2. Deidroespiandrosterona (DHEA): Nas mulheres, a DHEA é o principal precursor dos
androgênios, e sua produção ocorre nos ovários, na adrenal e no sangue sob a forma
de sulfato de dehidroepiandrosterona (S-DHEA). A DHEA desempenha um papel
importante na síntese de proteínas e no desenvolvimento de características
masculinas.
3. Aumento da Testosterona durante o Exercício: A concentração plasmática de
testosterona pode aumentar durante diferentes tipos de exercício, incluindo exercícios
submáximos prolongados, exercícios de alta intensidade e treinamento de resistência.
No entanto, esse aumento é relativamente pequeno e pode ser devido a fatores como
redução no volume plasmático ou aumento na inativação da testosterona.
4. Impacto na Hipertrofia Muscular: A testosterona, sozinha, contribui apenas cerca de
10% para a variação na hipertrofia muscular observada como resultado do treinamento
de resistência. Portanto, outros fatores desempenham papéis significativos nesse
processo.
5. Uso de Andrógenos Sintéticos: O uso de testosterona e seus análogos sintéticos é
comum entre atletas que buscam aumentar a massa muscular e melhorar a força. No
entanto, os efeitos adversos associados ao uso dessas substâncias, incluindo
distúrbios hormonais, distúrbios de humor e comportamentais, riscos cardiovasculares,
disfunção hepática, entre outros.
6. Efeitos em Mulheres: O uso de andrógenos em mulheres também pode resultar em
efeitos virilizantes, como aumento do clitóris, aprofundamento da voz, crescimento
excessivo de pelos (hirsutismo) e mudanças na forma do corpo. Alguns desses efeitos
podem não ser reversíveis após a interrupção do uso.
7. Lance Armstrong e o Doping: O caso de Lance Armstrong, um multicampeão do
Tour de France, que perdeu seus títulos após ser flagrado no doping. Esse caso teve
um grande impacto no esporte e na discussão sobre doping.
UNIDADE 9
A hipertensão arterial como uma doença cardiovascular que se caracteriza pela elevação da
pressão sanguínea nas artérias.
O acidente vascular cerebral (AVC), uma doença cerebrovascular que pode resultar em perda
de função neurológica devido à lesão ou morte das células cerebrais devido a um suprimento
insuficiente de sangue. Existem dois principais tipos de AVC: o hemorrágico, que ocorre
quando há sangramento de vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, e o isquêmico, causado
pelo bloqueio dos vasos sanguíneos cerebrais.
1. Prevenção de Doenças Crônicas: A atividade física regular e uma boa nutrição são
maneiras eficazes de diminuir a chance de desenvolver fatores de risco para doenças
crônicas, como doenças cardíacas, pressão alta, diabetes tipo 2 e osteoporose, desde
a infância. Crianças ativas geralmente apresentam melhor condicionamento aeróbio e
muscular e menor porcentagem de gordura corporal.
2. Benefícios Psicológicos: Além dos benefícios físicos, a atividade física regular
também pode reduzir a ansiedade e a depressão em crianças e adolescentes.
3. Aumento da Obesidade Infantil: O número de crianças com excesso de peso ou
obesas aumentou significativamente, e essas crianças estão sendo diagnosticadas
com doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e síndrome metabólica, que
costumavam ser associadas principalmente a adultos.
4. Efeitos do Exercício na Criança Saudável: Existem algumas questões pendentes em
relação às respostas fisiológicas de crianças saudáveis a diferentes tipos de exercício.
No entanto, crianças envolvidas em esportes de resistência melhoram seu
condicionamento aeróbio e não demonstram lesões no sistema cardiopulmonar ou
adversidades no crescimento ósseo relacionadas ao exercício.
5. Necessidades Calóricas: Crianças e adolescentes ativos, incluindo atletas, precisam
de uma ingestão adequada de calorias para sustentar o crescimento e o
desenvolvimento. A ingestão calórica deve ser ajustada de acordo com o nível de
atividade física. O início do surto de crescimento na adolescência requer um aumento
na ingestão calórica.
6. Educação Alimentar: É importante educar as crianças sobre dietas saudáveis e
incentivá-las a desenvolver bons hábitos alimentares desde cedo. Hábitos alimentares
saudáveis estabelecidos na infância tendem a persistir na idade adulta.
QUESTIONÁRIO DA APOSTILA metabólico em resposta a uma demanda energética.
Os três nutrientes básicos da dieta processados pelo
UNIDADE1 catabolismo celular são a glicose, os lipídeos e os
A fisiologia trata do modo como o corpo funciona. A aminoácidos, esses nutrientes são parcial ou
fim de manter um bom funcionamento, o corpo deve totalmente oxidados pelo catabolismo celular,
ser então exposto a esforços positivos, tais como já disponibilizando energia livre para a produção de
falamos bastante por aqui, o exercício físico. Cada ATP
componente de um programa de treinamento
contribui para garantir que seu corpo funcione de 3. Coloque-se no lugar de um professor de academia,
forma ótima e esteja em excelente nível. Quando se que acaba de recepcionar um novo cliente na faixa
exercita a ponto de seus batimentos cardíacos e sua de 20 a 25 anos, sem nenhum tipo de patologias, com
respiração aumentarem de frequência, você está histórico de sedentarismo e que tem como objetivo o
fornecendo uma tensão positiva ao seu sistema aumento de massa muscular. Além disso, ele
cardiorrespiratório, e é claro, ao seu corpo como um pretende realizar sessões de treino de 40 a 55
todo. minutos, e apesar de possuir disponibilidade de
Quais são os três sistemas de produção de energia treinar até 6 vezes por semana, quer saber a sua
do nosso organismo? opinião sobre a frequência ideal, pois seus amigos
a) Sistema cardiorrespiratório, esquelético e que já treinaram falaram que para ele iniciar “três
muscular. vezes por semana já está bom”. Em sua sessão de
b) Sistema energético, nervoso e muscular. treino experimental, você constatou uma grave
c) Sistema de energia imediata, glicólise anaeróbica fraqueza muscular além de um déficit significativo de
e sistema cardiorrespiratório. flexibilidade muscular. Sendo você o profissional
d) Sistema ATP-CP, glicólise anaeróbia e o responsável não só por este início de contato com o
sistema de energia aeróbica. exercício, mas com a base que irá direcionar toda
e) Sistema muscular, ATP-CP e glicolítico. uma experiência afetiva positiva ou não com o treino,
Os músculos poderão contrair-se somente se houver responda (como você responderia se estivesse
uma boa fonte de energia, os alimentos são falando com esse cliente):
escolhidos tendo como base seu conteúdo a) Quantas vezes por semana será a frequência ideal
energético, ocorre fadiga na ausência de energia e o para que ele atinja os objetivos esperados?
treinamento e as abordagens dietéticas podem A sugestão ideal seria todos os dias.
resultar em melhor armazenamento da energia. E b) Quais são os tipos de treinamentos que você irá
também, o conhecimento das velocidades de direcionar?
recuperação da energia é fundamental para a Treinamento de força, flexibilidade e aeróbio
elaboração de bons programas de treinamento para complementar.
pessoas sadias e também pessoas com doenças c) Quantas sessões de treino ele fará de cada
crônicas. Por isso, entender as vias metabólicas, modalidade por semana?
adenosina trifosfato, ácido lático e a captação 3 a 4 sessões de treino de força, 1 a 2 sessões de
máxima de oxigênio são tão importantes. treino de flexibilidade, 1 a 2 sessões de treino aeróbio
complementar
d) Em quanto tempo esse cliente já terá percepção
2. “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se
subjetiva de resultados?
transforma”. Nenhum nutriente, molécula ou
Para responder as quatro subquestões que
substância do nosso corpo se perde, evapora ou é
englobam a problematização contida na Pergunta 3,
produzido do nada. As moléculas que entram no
nosso corpo são quebradas em outras estruturas, leve em consideração as diretrizes apresentadas no
guidelines do ACSM
modificadas e podem auxiliar na produção de outras
moléculas. Com esse cenário do funcionamento do
UNIDADE 2
nosso corpo em mente, responda: quais são as três
Os últimos anos foram marcados pelo surgimento de
fontes fundamentais de energia que são
novas tecnologias que mudaram ou acabaram
responsáveis constantemente pelos estoques de
completamente com alguns mercados, processo que
ATP no nosso corpo?
passou a ser conhecido como
a) Carboidratos, proteínas e gorduras.
b)Fosfocreatina (ATP-CP), carboidratos e “UBERIZAÇÃO”. Qual das opções a seguir NÃO
pode ser caracterizada como pertencente deste
gorduras.
processo:
c) Fosfocreatina, proteínas e gorduras.
a) Ferramentas para coleta de dados.
d) ATP-CP, ATP e CP.
b) Utilização de dados para a personalização da
e) Aminoácidos, creatina e proteínas.
experiência do usuário.
Lembre-se de que a função básica da bioenergética
c) Mudança da relação das pessoas com serviços
muscular é garantir a produção adequada de ATP na
relacionados a tecnologia.
medida em que ela é consumida pelo trabalho
d) Alteração da forma de consumo em alguns
muscular que realizamos. O tecido muscular é o
mercados como mobilidade urbana, compras e
único dentre os tecidos corporais que tem a
hospedagem.
capacidade de variar rapidamente o seu ritmo
e) Profissões, principalmente da área da saúde, d) Método DIRETO, baseia-se na diferença de
por já serem muito tradicionais e demandarem velocidade de condução de corrente elétrica entre
contato direto entre pessoas não serão afetadas. tecidos, com diferença técnica significativa entre
Todas as profissões e serviços serão afetadas pela equipamentos.
transformação digital, principalmente as catalisadas e) Método duplamente DIRETO, baseia-se na
pelo cenário pandêmico dos últimos anos. Porém, nem diferença de velocidade de condução de corrente
todas irão desaparecer, principalmente na área da
elétrica entre tecidos, com diferença técnica
saúde, o contato humano é fundamental, mas sim,
cada vez mais processos serão automatizados,
significativa entre equipamentos.
robotizados e sua forma de atuação e tomada de A bioimpedância, assim como todos os
decisão será profundamente afetada pela maior equipamentos mais comumente acessíveis na
capacidade de captação e utilização de dados. prática clínica, é classificada como DUPLAMENTE
INDIRETA, possuindo como princípio fundamental
2. Apesar do número crescente e maior facilidade de diferença de velocidade de condução de corrente
acesso à informação, temos vivenciado um aumento elétrica entre tecidos, partindo do princípio básico de
exponencial da incidência de sobrepeso e obesidade que onde temos mais água, no caso a massa
na população mundial. De acordo com Michael muscular, essa corrente flui com maior facilidade e
Pollan, autor do livro “Manifesto em Defesa da onde tem menos, no caso a gordura, a corrente sofre
Comida”, qual das opções a seguir seria uma solução maior resistência, tendo os equipamentos uma
para este grave problema de saúde pública: diferença técnica significativa entre eles,
a) Consumo maior de suplementos, pois macro e diferenciando-se pelo número de eletrodos e
micronutrientes são mais facilmente controlados. frequências de corrente elétrica com que trabalham.
b) Consumir comida de verdade, principalmente
vegetais. UNIDADE 3
c) Consumir “substâncias alimentares”, pois se foram 1. Ao longo da unidade, vimos que a energia utilizada
produzidas artificialmente possuem mais pelo nosso corpo para gerar trabalho é proveniente
conhecimento embalado e mais benefícios para a dos macronutrientes da alimentação, sendo que cada
saúde. um deles possui uma carga energética distinta, um
d) Consumir alimentos processados, pois por serem mais efetivo energeticamente que outro. Com base
mais práticos e fáceis de serem carregados e nisso, selecione a opção que apresenta de forma
armazenados, permitem um melhor fracionamento correta o aporte calórico de cada nutriente:
das refeições ao longo do dia. a) Carboidrato 4kcal; Proteína 7Kcal; Gordura 9Kcal.
e) Consumir alimentos processados, porém que b) Carboidrato 4kcal; Proteína 4kcal; Gordura
possuem a alegação de serem saudáveis serão 9kcal.
sempre a melhor opção, apenas “fast-foods” devem c) Carboidrato 2kcal; Proteína 4kcal; Gordura 6kcal.
ser evitados. d) Carboidrato 4kcal; Proteína 6kcal; Gordura 9kcal.
A melhor saída é voltar para o básico, comer comida e) Carboidrato 9kcal; Proteína 4kcal; Gordura 4kcal.
de verdade, não em excesso, principalmente, Cada macronutriente possui uma quantidade calórica
vegetais é a recomendação do autor, como resposta diferente, sendo que 1g de carboidrato e proteína
à alegação da indústria alimentícia, que muitas vezes possui 4kcal e 1g de gordura possui 9kcal. Aí
produz e vende produtos com alegação de podemos parar para pensar; se o que engorda é a
saudabilidade, mas que em nada agregam para quantidade calórica, por que carboidratos são
nossa saúde, haja vista a crescente epidemia de considerados vilões e proteínas aliados do
obesidade. emagrecimento sendo que ambos possuem a
mesma carga calórica? E, também, devemos ter
3. Os métodos de avaliação são classificados em cuidado quando o foco é o emagrecimento pela
diretos, indiretos e duplamente indiretos, sendo esta substituição de carboidratos, pelas chamadas
realizada de acordo com o distanciamento da gorduras boas, sendo que 1g de gordura possui mais
validação do método da medida real, ou seja, da do que o dobro de calorias.
separação e pesagem de cada componente de
composição corporal. De acordo com 2. O aporte calórico ideal da dieta de um atleta é um
BIOIMPEDÂNCIA, assinale a alternativa CORRETA fator fundamental para o rendimento e recuperação
de acordo com as caraterísticas deste método ótimos. Existem vários métodos para a quantificação
comumente utilizado em clínicas em academias: da quantidade de calorias gastas por um atleta,
a) Método INDIRETO, baseia-se na diferença de sendo os métodos de maior precisão a calorimetria
velocidade de condução de corrente elétrica entre direta e indireta.
tecidos, não existe diferença técnica entre Porém, esses métodos geralmente são caros e não
equipamentos. possuem fácil acesso no dia a dia profissional.
b) Método duplamente INDIRETO, baseia-se na Desta forma, diversos pesquisadores propuseram
diferença de velocidade de condução de corrente equações específicas para estimar o gasto calórico
elétrica entre tecidos, não existe diferença técnica com base em alguns componentes da composição
entre equipamentos. corporal. Das opções a seguir, qual delas cita de
c) Método INDIRETO, baseia-se na diferença de forma correta esses componentes que possuem
velocidade de condução de corrente elétrica entre impacto direto na maior precisão da fórmula e devem
tecidos, com diferença técnica significativa entre ser levados em consideração no momento da
equipamentos.
escolha da equação para uma determinada 1. A proteína desempenha uma ampla variedade de
população específica? Assinale a correta: funções fisiológicas que são consideradas essenciais
a) Peso; altura. para a saúde e para o desempenho físico. Com
b) Peso; altura; idade. relação às funções desempenhadas pelas proteínas
c) Peso; altura; idade; massa livre de gordura. no organismo, assinale a opção correta.
d) Peso; altura; idade; massa livre de gordura; a) Elas são o principal componente estrutural da
modalidade. célula.
e) Peso; altura; idade; massa livre de gordura; b) Elas são utilizadas no crescimento, na reparação
modalidade; objetivo do atleta. e na manutenção dos tecidos corporais.
As fórmulas que possuem uma maior robustez, ou c) A hemoglobina, as enzimas e muitos hormônios
seja, uma maior precisão e correlação com os dados são produzidos a partir das proteínas, e a pressão
de calorimetria direta, principalmente para osmótica normal do sangue é mantida pelas
populações que possuem uma grande quantidade de proteínas plasmáticas, e os anticorpos para a
massa muscular como é o caso de atletas, são proteção contra doenças são formados a partir delas.
aquelas que levam em consideração não só a idade, d) A energia pode ser produzida a partir de proteínas.
peso e estatura, mas também dados e) Todas as anteriores estão corretas.
antropométricos, como a massa livre de gordura, Apesar de estarem comumente relacionadas apenas
sendo que este é o tecido de maior gasto calórico do à construção de massa muscular, as proteínas
nosso corpo. desempenham inúmeras funções no organismo. E,
apesar de serem extremamente importantes, vários
3. De acordo com Katch e McArdle (2016), existe um autores reforçam o conceito de que não há
momento ideal para a ingestão e absorção ótimas de necessidade do consumo proteico acima das
cada macronutriente e consequente do aporte recomendações diárias, pois o organismo não possui
calórico proporcionado por cada um deles, sendo capacidade de absorção, sendo que uma
esse fator conhecido como CRONONUTRIÇÃO. alimentação saudável já consegue suprir as
Qual das opções descreve de forma correta uma das necessidades de um adulto, sem necessidade de
fases propostas pelos autores: suplementação alimentar adicional.
a) FASE ENERGÉTICA: aumenta a ingestão dos
nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a 2. Além dos carboidratos e das gorduras, os lipídios
endurance muscular, limita a supressão do também fazem parte do nosso sistema biológico.
sistema imunológico, reduz os danos musculares Apesar de vivermos em uma era de guerra contra a
e facilita a recuperação no período após o gordura, ela é fundamental para o funcionamento
exercício. ótimo de diversos mecanismos do nosso organismo
b) FASE ENERGÉTICA: aumenta a ingestão dos e, ao contrário do carboidrato e da proteína, que
nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a possuem suas diferenciações fundamentadas na sua
endurance muscular, não limita a supressão do estrutura química, as gorduras são classificadas de
sistema imunológico, não reduzindo os danos acordo com sua solubilidade. Qual das alternativas
musculares e facilita a recuperação no período após corresponde a exemplos de classificação dos
o exercício. lipídeos?
c) FASE ANABÓLICA: consiste na janela metabólica a) Triacilgliceróis; Esfingofosfolipídios.
de 85 minutos após o exercício – um período que não b) Lipídios; Glicerofosfolipídeos.
aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o c) Cerídeos; Saturados.
restabelecimento das reservas musculares de d) Esteróis; Nitrogênios.
glicogênio e o reparo e a síntese do tecido muscular. e) Nitrogenada e trans.
d) FASE ANABÓLICA: consiste na janela metabólica As gorduras possuem diversos tipos de classificação
de 15 minutos após o exercício – um período que de acordo com sua solubilidade em água, diferente
aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o das proteínas e dos carboidratos que são
restabelecimento das reservas musculares de classificados de acordo com suas características
glicogênio, mas não reparo e a síntese do tecido químicas. A alternativa A apresenta dois exemplos
muscular. corretos de classificação dos lipídios.
De acordo com os autores, não só a alimentação
correta com aporte ideal de calorias e 3. Os macronutrientes possuem funções distintas no
macronutrientes é a base para o rendimento ideal, organismo e, também, necessidades de ingestão
mas também os momentos, horários, no qual irá diárias distintas. Apesar de diversos modismos
ocorrer essa alimentação, chamado este conceito de alimentares recomendarem a restrição absoluta de
CRONONUTRIÇÃO, e a fase detalhada na alguns deles, existem recomendações para a
alternativa. A Fase Energética: aumenta a ingestão distribuição ideal do consumo de cada um deles na
dos nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a dieta. Selecione a opção a seguir que corresponda
endurance muscular, limita a supressão do sistema às recomendações dietéticas diárias preconizadas
imunológico, reduz os danos musculares e facilita pelo American College of Sports Medicine.
a recuperação no período após o exercício; está a) 10%-20% Proteínas; 20-35% Gorduras; 60%
descrita de forma que corre de acordo com os Carboidratos.
princípios de McArdle; Katch e Katch (2016). b) 5%-10% Proteínas; 20-35% Gorduras; 60%
Carboidratos.
UNIDADE 4
c) 10%-20% Proteínas; 25-55% Gorduras; 60% d) Para minimizar o risco de hipoglicemia, não se
Carboidratos. podem ingerir carboidratos, imediatamente antes do
d) 10%-20% Proteínas; 10-20% Gorduras; 70% exercício (nos últimos cinco minutos) ou durante o
Carboidratos. aquecimento.
e) 60% Proteínas; 30-49% Gorduras; 0% e) A forma como o carboidrato é ingerido importa,
Carboidratos. pode-se usar um produto de carboidrato sólido,
Conteúdo fundamental do capítulo, apesar de líquido ou em gel, obviamente, o tipo deve ser
existirem autores que divergem quanto ao escolhido pelo atleta.
recomendado, a opção A representa as Ainda, de acordo com Weineck (2005), para a
recomendações diárias de carboidratos, proteínas e alimentação pré-competição, vale, em geral, o fato de
lipídeos, preconizadas pela American College of que, nos esportes de resistência e de força, deve-se
Sports Medicine, sendo estes valores facilmente ingerir uma alimentação mais rica em carboidratos,
atingidos com uma alimentação saudável. acima de 60% da quantidade total de energia, nos
últimos três dias, para uma reposição ideal dos
UNIDADE 5 depósitos de glicogênio. A queda na glicemia,
A refeição_______________ tem como objetivo durante o exercício submáximo, após a ingestão de
preparar o atleta para o exercício que realizará em 75g de carboidrato, uma hora antes do exercício, não
seguida, prevenindo cansaço e fadiga. Ela deve ser pode ser prevenida com a ingestão de uma quantia
pobre em fibra para evitar desconfortos menor, aproximadamente, 22g ou maior, mais do que
gastrointestinais e facilitar o esvaziamento gástrico, e 155g de carboidrato.
ser rica em carboidrato, para a manutenção da As demais recomendações corretas são:
glicemia e a maximização dos estoques de carboidratos de alto índice glicêmico, ingeridos uma
glicogênio. Selecione a opção que preencha, hora antes do exercício, causam respostas de
corretamente, a lacuna glicemia e insulina maiores do que carboidratos de
a) Pós-treino. índice glicêmico baixo ou moderado; a resposta
b) Pré e durante o treino. hipoglicêmica é muito variável, havendo alguns
c) Pré-treino. atletas muito mais suscetíveis a ela do que outros. O
d) Durante e pós-treino. interessante é que esta suscetibilidade não está
e) Pré, durante e pós-treino. ligada à sensibilidade à insulina; para minimizar o
Nesse contexto, a refeição pré-treino tem como risco de hipoglicemia, pode-se ingerir carboidratos,
objetivo preparar o atleta para o exercício que imediatamente antes do exercício (nos últimos cinco
realizará em seguida, prevenindo cansaço e fadiga, minutos), ou durante o aquecimento; a forma como o
e deve ser pobre em fibra para evitar desconfortos carboidrato é ingerido não importa, pode-se usar um
gastrointestinais e facilitar o esvaziamento gástrico, produto de carboidrato sólido, líquido ou em gel,
deve ser rica em carboidrato para a manutenção da obviamente, o tipo deve ser escolhido pelo atleta.
glicemia e a maximização dos estoques de
glicogênio. O organismo armazena o carboidrato na 3. Embora uma nutrição adequada possa otimizar a
forma de glicogênio hepático e muscular, sendo o recuperação, até as pessoas ativas que se
primeiro responsável pela manutenção da glicemia e alimentam bem podem se tornar, cronicamente,
do fornecimento de energia para o sistema nervoso, fatigadas, por diversos motivos, entre eles estão
além de outros tecidos, e o segundo, utilizado, treino excessivo, repouso inadequado ou privação de
exclusivamente, pelos músculos. sono. Se você tem um esquema de treinos
extenuante e prolongado, além de outros
2. Para a alimentação pré-competição, vale, em compromissos e outras responsabilidades, é possível
geral, o fato de que, nos esportes de resistência e de que disponha de pouquíssimo tempo para se
força, deve-se ingerir uma alimentação mais rica em alimentar, dormir e cuidar de si mesmo,
carboidratos, acima de 60% da quantidade total de adequadamente. Qual das opções a seguir
energia, nos últimos três dias, para uma reposição representa, de forma correta, os principais sintomas
ideal dos depósitos de glicogênio. do excesso de treinamento?
Qual das opções a seguir é uma recomendação a) Perda de apetite, perda de peso (sem intenção),
correta para a ingestão pré- exercício: insônia, infecções respiratórias ou resfriados
a) A queda na glicemia, durante o exercício frequentes e dores musculares ou articulares,
submáximo, após a ingestão de 75g de aparentemente, sem causa, irritabilidade e
carboidrato uma hora antes do exercício, não ansiedade, os quais podem ser acompanhados
pode ser prevenida com a ingestão de uma de depressão.
quantidade de, aproximadamente, 22g de b) Melhoria da performance, aumento de apetite,
carboidrato ou superior a 155g. perda de peso (sem intenção), insônia, infecções
b) Carboidratos de alto índice glicêmico, ingeridos respiratórias ou resfriados frequentes e dores
uma hora antes do exercício, não causam respostas musculares ou articulares, aparentemente, sem
de glicemia e insulina maiores do que carboidratos causa, irritabilidade e ansiedade, os quais podem ser
de índice glicêmico baixo ou moderado. acompanhados de depressão.
c) A resposta hipoglicêmica não é muito variável, c) Perda de apetite, aumento de peso (sem intenção),
havendo alguns atletas muito mais suscetíveis a ela insônia, infecções respiratórias ou resfriados
do que outros. O interessante é que esta frequentes e dores musculares ou articulares,
suscetibilidade está ligada à sensibilidade à insulina. aparentemente, sem causa.
d) Perda de apetite, perda de peso (sem intenção), 3. “Também é uma boa opção pós-exercício, pois
insônia, melhoria da imunidade e dores musculares além de possuir 113g de carboidrato, bebidas
ou articulares, aparentemente, sem causa, melhoria esportivas geralmente possuem 137g [...], também
do humor e ansiedade, os quais podem ser proporciona 75g de proteína, atende a várias
acompanhados de depressão. necessidades durante o processo de recuperação”.
e) Aumento de apetite, aumento de peso (sem Estas características descrevem qual tipo de bebida
intenção), insônia, infecções respiratórias ou é uma opção a ser utilizada pós-exercício:
resfriados frequentes e dores musculares ou a) Bebidas esportivas.
articulares, aparentemente, sem causa. b) Leite desnatado.
Os sintomas de treino excessivo podem variar; os c) Água.
sintomas físicos incluem: perda de apetite, perda de d) Gatorade.
peso (sem intenção), insônia, infecções respiratórias e) Água de coco.
ou resfriados frequentes e dores musculares ou Apesar dos grandes estudos e marketing envolvidos
articulares, aparentemente, sem causa; os sintomas no desenvolvimento de bebidas específicas e
mentais incluem: irritabilidade e ansiedade, as quais suplementos, às vezes voltar para o básico pode ser
podem ser acompanhadas de depressão. Um uma boa solução, e de acordo com o preconizado por
desempenho, inusitadamente, precário nos treinos Powers e Howley, o leite desnatado é uma excelente
ou nas competições e a ausência de melhora, a bebida a ser consumida após a atividade, suprindo
despeito de continuar treinando com vontade, as necessidades de carboidratos e, também,
também podem indicar treino excessivo. proteínas fundamentais para a recuperação.
UNIDADE 6 UNIDADE 7
1. “Consiste em elevar os índices hídricos do 1. As vitaminas, de acordo com sua solubilidade,
organismo nos dias anteriores que antecedem a possuem duas classificações, lipossolúveis e
prova, auxiliando a remoção de metabólitos hidrossolúveis. As Vitaminas A, D, E e K, que podem
celulares, provenientes da carga de treino, ser armazenadas no corpo em grande quantidade e
hidratando a musculatura, diminuindo a acidose podem causar intoxicação, são classificadas como?
metabólica e, principalmente, evitando a Assinale a alternativa correta.
dependência de um consumo excessivo de líquidos a) Lipossolúveis.
durante a prova”. b) Hidrossolúveis.
O conceito acima descreve qual estado hídrico? c) Não-heme.
a) Hiponatremia. d) Heme.
b) Hiper-hidratação. e) Meganutrientes.
c) Desidratação. As vitaminas são classificadas de acordo com seu
d) Euhidratação. grau de solubilidade. As vitaminas Lipossolúveis são
e) Hipoidratação. as que podem ser armazenadas no corpo em grande
Muito se fala das necessidades de consumo hídrico quantidade e causar intoxicação.
durante a atividade, mas a estratégia de hiper-
hidratação antes de um treino e competição é 2. As seguintes definições se aplicam aos quatro
fundamental para preparar o organismo para a conjuntos diferentes de valores para a ingestão de
atividade. nutrientes e componentes alimentares na ingestão
alimentar de referência. “Nível médio de ingestão
2. “A perda de água não induzida pelo exercício diária de nutrientes para alcançar as necessidades
ocorre quando atletas tentam agressivamente de metade dos indivíduos saudáveis em um dado
“alcançar peso” por intermédio de perdas rápidas de grupo de gênero e de fase da vida”. Essa sentença
peso induzidas por técnicas comuns de desidratação, refere-se à definição de qual referência?
por exemplo: saunas, restrição de fluidos e a) Necessidade Média Estimada (EAR).
alimentos, fármacos diuréticos e laxantes e até b) Ingestão Diária Recomendada (DRA).
mesmo vômitos”. c) Ingestão Adequada (AI).
Essa perda de água induzida é caraterizada como: d) Nível Máximo de Ingestão Tolerável (UL).
a) Hiponatremia. e) Ingestão Diária Indicada (DRI);
b) Hiper-hidratação. Nível médio de ingestão diária de nutrientes para
c) Desidratação. alcançar as necessidades de metade dos indivíduos
d) Euhidratação. saudáveis em um dado grupo de gênero e de fase da
e) Hipoidratação. vida. Além de avaliar a adequação nutricional da
Muito se fala da desidratação promovida pelo calor ingestão de grupos populacionais, as EAR fornecem
excessivo ou reidratação inadequada, mas a um valor útil para a determinação da prevalência de
desidratação também é uma estratégia comumente ingestão inadequada de nutrientes pela proporção da
utilizada no fisiculturismo ou em modalidades onde é população que ingere valores abaixo deste.
comum a necessidade de atingir determinado peso
específico, porém que pode ter prejuízos ainda 3. A deficiência de ______ é relatada como sendo a
maiores do que aqueles ocorridos durante a prática deficiência de micronutrientes mais amplamente
do exercício. disseminada no mundo, de modo que estudos
estabeleceram uma associação consistente entre
deficiência de _______ e morbidade aumentada por alteração do nosso estado físico. Qual efeito
doença infecciosa. completa, de forma correta, a lacuna apresentada?
Qual nutriente é o correto para preencher as a) Efeito suplementação pré-treino.
lacunas? Assinale a alternativa correta. b) Efeitos farmacológicos.
a) Cálcio. c) Efeitos psicotrópicos.
b) Vitamina D. d) Efeitos hormonais.
c) Vitamina C. e) Efeito placebo.
d) Ferro. Devemos considerar, também, o efeito placebo, que,
e) Sódio. embora tenha uma origem psicológica, a resposta
A deficiência de ferro, independentemente da física do organismo ao placebo não é meramente
caracterização ou não de anemia, pode trazer imaginária, ela é bem real. Isso ilustra, claramente,
prejuízos à performance física e mental por quão eficaz o nosso estado mental pode ser na
comprometer a saúde e prejudicar a função alteração do nosso estado físico. Estudos descrevem
muscular. Entre as principais causas da carência, o ganho de força por um grupo que estava tomando
podemos citar a ingestão limitada de ferro; baixa placebo, mas que foi informado de que se tratava de
ingestão calórica; períodos de rápido crescimento; um esteroide anabólico, o resultado foi contrastado
treinamento físico em altitude; perdas excessivas, com o desempenho do mesmo grupo antes de tomar
por meio de menstruação, suor, urina e fezes; o placebo, o percentual e a quantidade de força
hemólise por impacto; doadores frequentes de ganhos com o placebo indicam a efetividade e a força
sangue. No caso de atletas, as recomendações de da percepção mental dos atletas.
ferro podem estar aumentadas em 70% em relação
às recomendações habituais. Se a ferritina já estiver 3. O uso de suplementos nutricionais é uma parte
baixa, iniciar a intervenção nutricional mesmo antes amplamente disseminada e legítima da estratégia
do diagnóstico da anemia - a reversão pode levar de empregada por muitos atletas na busca pelo êxito
três a seis meses. nos esportes. O uso de auxílios ergogênicos ou
suplementos nutricionais não é novidade, e, por volta
UNIDADE 8 de 500 a 400 a.C., as dietas da moda já eram usadas
1. A lista de substâncias proibidas aumenta, quase para melhorar o desempenho. Hoje, muitos atletas
que diariamente, e os atletas que utilizam estas ainda possuem a esperança de encontrar uma pílula
substâncias proibidas correm o risco de serem ou bebida especial que melhore o desempenho.
desclassificados de uma competição e podem ser Doping de Sangue; Eritropoietina; Suplementação de
proibidos de competir por um ano ou mais. Mas, Oxigênio; Ácido Aspártico; Carga de Bicarbonato;
apesar de serem, frequentemente, relacionados Carga de Fosfato são exemplos de quais tipos de
apenas aos suplementos nutricionais, os recursos recursos ergogênicos?
ergogênicos são classificados em quatro classes. a) Agentes Farmacológico.
Assinale a alternativa que apresenta, de forma b) Agentes Hormonais.
correta, quais são essas classes. c) Agentes Fisiológicos.
a) Agentes Farmacológicos; Hormonais; d) Agentes Nutricionais.
Fisiológicos; Nutricionais. e) Agentes Mecânicos.
b) Agentes Hormonais; Psicológicos; Fisiológicos; Agentes fisiológicos, como o nome já diz, são
Nutricionais. substâncias encontradas no próprio organismo,
c) Agentes Fisiológicos; Farmacológicos; Hormonais; porém utilizadas em cargas aumentadas, visando ao
Placebo. aumento da condição física e da performance.
d) Agentes Nutricionais; Farmacológicos; Hormonais;
Psicotrópicos. UNIDADE 9
e) Agentes Nutricionais; Farmacológicos; Hormonais; 1. Na maioria dos dias da semana, preferivelmente
Mecânicos. em todos, exercício de intensidade moderada, por
Apesar de serem, frequentemente, relacionados exemplo, caminhada rápida; 30 minutos ou mais,
apenas aos suplementos nutricionais, os recursos contínuos ou intermitentes; atividades aeróbias ou de
ergogênicos são classificados, de acordo com resistência, por exemplo, caminhada, andar de
Wilmore e Costill (2001), em quatro classes: agentes bicicleta.
farmacológicos; hormonais; fisiológicos; nutricionais. Estas são recomendações de prática de exercícios
para qual população especial?
2. As substâncias ou fenômenos que melhoram o a) Diabéticos.
desempenho de um atleta são denominados auxílios b) Hipertensos.
ergogênicos, porém existem também as substâncias c) Obesos.
ergolíticas, sendo aquelas que apresentam efeitos d) Gestantes.
prejudiciais sobre o desempenho. Algumas e) Crianças.
substâncias ergogênicas são, na realidade, O exercício aeróbio é a atividade física mais
substâncias ergolíticas. Além disso, devemos importante para baixar sua pressão arterial, e estas
considerar, também, o _______________, que, são as recomendações da prática de acordo com o
embora tenha uma origem psicológica, a resposta ACSM.
física do organismo ao placebo não é meramente
imaginária, ela é bem real. Isso ilustra, claramente, 2. Um treinamento de resistência aeróbio mostrou-se
quão eficaz o nosso estado mental pode ser na ideal para a prevenção de doenças cardiovasculares
e doenças causadas pela falta de movimento, pois adaptações fisiológicas decorrentes do estresse
este treinamento aumenta o desempenho físico geral crônico provocado pelo treinamento. As
e a capacidade cardiopulmonar. Mas um treinamento consequências decorrentes de um programa de
deste tipo não pode ser adotado de qualquer forma e treinamento podem ser entendidas como adaptações
sem uma avaliação crítica. Dos fatores a seguir, qual fisiológicas, que geralmente incluem não apenas
deles deve ser levado em consideração, no momento uma alteração na função, mas também na forma, das
de estruturar o treinamento para uma população quais se destaca uma diminuição da frequência
especial? cardíaca de repouso (bradicardia) e um aumento do
a) O aumento da intensidade não deve ser gradual e consumo máximo de oxigênio.
cauteloso.
b) O aumento não deve progressivo, a abrangência Considerando que para um treinamento ideal devem
precede o aumento da intensidade. ser considerados alguns princípios básicos, analise
c) Um treinamento somente pode ser intensivo se as afirmativas abaixo.
tiver continuidade com as cargas e as atividades
adotadas até então. I. O princípio da individualidade afirma que cada
d) Os iniciantes devem correr ou saltitar enquanto se indivíduo responde de forma diferente a um mesmo
sentiram bem. treinamento físico, sugerindo assim que todo ser
e) Um treinamento não deve ser iniciado, segundo o humano é único. Além disso, aponta que a genética
método dos intervalos. possui um papel importante na capacidade de
Das questões relacionadas, apenas a C está correta, adaptação corporal.
sendo que, de acordo com Weineck (2003), os II. Segundo o princípio da especificidade, as
fatores a serem considerados são estes: o aumento adaptações ao treinamento são específicas ao tipo
da intensidade deve ser gradual e cauteloso; o de atividade, ao volume e intensidade do exercício
aumento progressivo da abrangência precede o realizado.
aumento da intensidade; um treinamento somente III. O Princípio da sobrecarga progressiva aponta que
pode ser intensivo se tiver continuidade com as ajustes constantes precisam ser realizados para que
cargas e as atividades adotadas até então; os a progressão contínua dos resultados aconteça,
iniciantes somente devem correr ou saltitar enquanto sendo assim é necessário sempre fornecer novos
se sentiram bem; um treinamento deve estímulos por meio da dieta e do treinamento.
ser iniciado segundo o método dos intervalos. IV. Segundo o princípio da periodização,
o macrociclo pode ser dividido em dois ou mais
3. Há concordância geral de que as mulheres com mesociclos, os quais possuem variações de
bom condicionamento físico antes da gravidez intensidade e volume do treinamento, assim como da
podem continuar a praticar exercícios regulares forma ou do tipo específico de treinamento.
durante a gestação. As orientações do American V. O princípio do difícil/fácil diz respeito à variação
College of Obstetricians and Gynecologists afirmam entre treinamentos difíceis e fáceis, sendo que um ou
que a gravidez não deve ser considerada um estado dois dias de treinamento difícil jamais devem ser
de confinamento, e que mulheres com gestações seguidos por um dia de treinamento fácil, visto que
sem complicações ____________________ ser permitirá que o corpo e a mente se atrapalhem antes
incentivadas a se envolver em atividades físicas do próximo dia de treinamento difícil.
regulares. E, assim como mulheres grávidas podem
praticar com segurança exercícios de intensidade É correto o que se afirma em:
baixa a moderada, as mulheres atletas podem Alternativas
manter um programa de treinamento ativo durante a Alternativa 1:
gravidez, apesar de existirem algumas qualificações. III, apenas.
a) Devem. Alternativa 2:
b) Não devem. I e II, apenas.
c) Devem com cautela. Alternativa 3:
d) Devem ser desencorajadas. III, IV e V, apenas.
e) Devem priorizar o descanso. Alternativa 4:
Tanto atletas recreativas como atletas de competição I, II, III e IV, apenas.
com gestações sem complicações podem continuar Alternativa 5:
a treinar durante a gravidez, mas devem monitorar, I, II, III, IV e V.
cuidadosamente, sua temperatura corporal durante o
exercício para que não ocorra hipertermia. As atletas O exercício físico promove aumento da demanda
grávidas devem evitar sessões de treinamento de energética do organismo, visando a manutenção da
alta intensidade ou muito longas, que elevem a atividade muscular. A energia derivada dos
temperatura corporal central acima de 1.5ºC. nutrientes ingeridos na alimentação
apresenta extrema importância para o fornecimento
de energia química, gerando a manutenção do
trabalho muscular por meio da geração de adenosina
ATIVIDADES AVALIATIVAS trifosfato (ATP). Dentre os vários sistemas envolvidos
A fisiologia do exercício é considerada uma subárea no fornecimento energético para ressíntese de ATP,
da fisiologia humana, responsável pelo estudo das pode-se destacar o papel das reservas de substratos
respostas fisiológicas ao exercício físico e as energéticos que, por diferentes vias de fornecimento
de energia, contribuem para a constante homeostase ajudar os atletas, competidores recreativos e
energética. A intensidade e/ou a duração do esforço, entusiastas de exercícios a alcançarem seu melhor
bem como o estado inicial das reservas de substratos desempenho e sua recuperação subsequente. O
energéticos e o nível de treinamento do atleta podem conhecimento dessa cronologia dos nutrientes nos
interferir sobre a predominância na ativação de uma permite a redução do estado catabólico, liberação
ou de outra via metabólica, indicando maior utilização dos hormônios glucagon, epinefrina, norepinefrina e
de um determinado substrato energético. Assim, os cortisol, e a ativação dos hormônios, que ajudam a
fosfatos de alta energia, os estoques de glicogênio aumentar o anabolismo, testosterona, hormônio do
muscular e hepático, e os lipídeos estocados nos crescimento, fator de crescimento 1 semelhante à
adipócitos podem contribuir com maior ou menor insulina, facilitando a recuperação do exercício e
magnitude com a geração de energia durante o maximizar o crescimento muscular.
exercício. A partir daí, entender sobre as três fases (energética,
Fonte: https://www.efdeportes.com/efd54/metab.htm anabólica e de crescimento) para otimização da
Acesso em: 07 de ago. de 2023. ingestão de nutrientes é fundamental. E a esse
Na figura, apresentamos a contribuição percentual do respeito analise as assertivasa seguir:
quadro dos maiores substratos energéticos para a
energia gasta em 30 minutos de exercícios a 25, 65 I. Fase Energética: aumenta a ingestão dos
e 85% VO2máx. nutrientes para gastar totalmente o glicogênio,
aumenta a endurance muscular, ativa a supressão do
sistema imunológico, reduz os danos musculares e
facilita a recuperação no período após o exercício;
II. Fase Energética: aumenta a ingestão dos
nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a
endurance muscular, limita a supressão do sistema
imunológico, reduz os danos musculares e facilita a
recuperação no período após o exercício;
III. Fase Anabólica: consiste na janela metabólica de
90 minutos após o exercício – um período que
aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o
restabelecimento das reservas musculares de
glicogênio e o reparo e a degradação do tecido
muscular;
Considerando as vias energéticas ao longo do IV. Fase Anabólica: consiste na janela metabólica de
treinamento, analise as afirmações abaixo: 45 minutos após o exercício – um período que
I. A 25% do VO2 máx. a principal via de energização aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o
em nosso corpo é a de AGL plasmático. restabelecimento das reservas musculares de
II. A 65% do VO2 máx. a via energética mais utilizada glicogênio e o reparo e a síntese do tecido muscular;
é a de glicogênio muscular. V. Fase de Crescimento: vai do fim da fase anabólica
III. A 85% do VO2 máx. a principal fonte de energia até o início da próxima sessão de treinos. Ela
para o músculo em atividade é proveniente de representa o período de tempo necessário para
carboidratos. maximizar a sensibilidade à insulina e manter o
IV. Quando estamos em exercício físico mais intenso, estado anabólico, visando acentuar os ganhos de
ou seja, maior % VO2, a principal demanda massa e de força musculares.
energética é proveniente dos carboidratos.
Assinale a alternativa que descreve corretamente:
É correto o que se afirma em: Alternativas
Alternativas Alternativa 1:
Alternativa 1: II e V
I, apenas. Alternativa 2:
Alternativa 2: I, IV, V
II e III, apenas. Alternativa 3:
Alternativa 3: I, III, V
III e IV, apenas. Alternativa 4:
Alternativa 4: II, IV, V
II, III e IV, apenas. Alternativa 5:
Alternativa 5: II, III, V
I, II, III e IV.
O gasto energético diário varia de pessoa para
De acordo com McArdle; Katch e Katch (2016), os pessoa, dependendo de sua composição corporal,
achados na literatura científica da nutrição esportiva genética, gênero e medidas, além de outras variáveis
e para o exercício enfatizam que não apenas o tipo como estado de saúde, clima, idade. A energia é
específico e a mistura dos nutrientes como também necessária para diversos processos que ocorrem no
a cronologia do aporte para a melhora do corpo, incluindo funções basais, digestão, absorção,
desempenho físico. O objetivo da cronologia dos metabolismo e reservas de alimentos. Além disso,
nutrientes é saber quando comer o que comer para pessoas ativas gastam energia durante o exercício.
Os três componentes principais do gasto energético é fundamental para o desempenho (JEUKENDRUP;
são: Taxa metabólica em repouso ou basal; GLEESON, 2021).
termogênese induzida pela dieta e efeito térmico do Sobre as calorias provenientes dos alimentos e suas
exercício. fontes, assinale a alternativa correta:
PAGAN, B. G. M; PAGAN, D. A. C. Nutrição Alternativas
Esportiva. Indaial, SC: Arqué, 2023. Alternativa 1:
A glicose fornece 3,7Kcal/g e a energia do
Sobre esses 3 componentes, assinale a alternativa glicogênio e amido é cerca de 4,2Kcal/g. Já no
que apresenta de forma correta seu detalhamento: caso das fontes de gordura, um triacilglicerol de
Alternativas cadeia média como o octoanoato pode conter
Alternativa 1: 8,6Kcal/g, enquanto o triacilglicerol de cadeia
Gasto energético para digestão, absorção, longa pode conter 9,6Kcal/g. Os conteúdos de
metabolismo dos alimentos e armazenamento de energia de carboidratos e gorduras, por
reserva de glicogênio e gordura; Exercício físico conveniência, foram arredondados para números
(energia gasta para as atividades do cotidiano como inteiros, sendo respectivamente 4 Kcal/g e 9
tomar banho, escovar os dentes, lavar louças) e Taxa Kcal/g.
Metabólica Basal (energia gasta durante os Alternativa 2:
exercícios físicos realizados diariamente). A caloria proveniente da proteína depende do tipo e
Alternativa 2: do conteúdo de nitrogênio. O nitrogênio não fornece
Taxa Metabólica Basal (energia gasta durante os energia, sendo assim, proteínas com densidades
processos corpóreos vitais); Gasto energético maiores de nitrogênio contém menos energia por
para digestão, absorção, metabolismo dos grama. O conteúdo energético de proteína na dieta
alimentos e armazenamento de reserva de mediana é de 5,7 KCal/g. Por conveniência, o
glicogênio e gordura (estimado em conteúdo energético da proteína foi arredondado
aproximadamente 10% do GET); Atividade Física para número inteiro, sendo 6 Kcal/g.
(energia gasta durante a atividade física diária). Alternativa 3:
Alternativa 3: A glicose fornece 3,7Kcal/g e a energia do glicogênio
Gasto energético para digestão (geralmente atinge e amido é cerca de 4,2Kcal/g. Já no caso das fontes
em torno de 30% do GET); Atividade física (energia de gordura, um triacilglicerol de cadeia média como
gasta para as atividades do cotidiano como tomar o octoanoato pode conter 8,6Kcal/g, enquanto o
banho, escovar os dentes, lavar louças) e Taxa triacilglicerol de cadeia longa pode conter 9,6Kcal/g.
Metabólica Basal (Energia gasta durante os Os conteúdos de energia de carboidratos e gorduras,
exercícios físicos realizados diariamente). por conveniência, foram arredondados para números
Alternativa 4: inteiros, sendo respectivamente 3 Kcal/g e 10 Kcal/g.
Taxa Metabólica Basal (energia gasta durante os Alternativa 4:
processos corpóreos vitais), Gasto energético para O conteúdo energético de proteína na dieta mediana
digestão, absorção, metabolismo dos alimentos e é de 5,7 KCal/g. Por conveniência, o conteúdo
armazenamento de reserva de glicogênio e gordura energético da proteína foi arredondado para número
(estimado em aproximadamente 30%); Exercício inteiro, sendo 6 Kcal/g. A glicose fornece 3,7Kcal/g e
físico (energia gasta para as atividades do cotidiano a energia do glicogênio e amido é cerca de 4,2Kcal/g,
como tomar banho, escovar os dentes, lavar louças). por conveniência seu conteúdo energético foi
Alternativa 5: arredondado para 3 Kcal/g.
VCT (Valor Calórico Total) é o valor total da dieta a Alternativa 5:
ser consumida pelo indivíduo durante o dia, onde não O conteúdo energético de proteína na dieta mediana
é necessário considerar o Fator Atividade, uma vez é de 5,7 KCal/g. Por conveniência, o conteúdo
que todas as atividades têm a mesma influência energético da proteína foi arredondado para número
sobre o planejamento alimentar. inteiro, sendo 6 Kcal/g. A glicose fornece 3,7Kcal/g e
A alimentação é fundamental para o fornecimento de a energia do glicogênio e amido é cerca de 4,2Kcal/g,
energia antes, durante e após o exercício físico por conveniência seu conteúdo energético foi
(Autoria própria). Pessoas que desejam perder peso arredondado para 3 Kcal/g, já os ácidos graxos
devem aumentar o gasto energético em relação à fornecem cerca de 9,3 Kcal/g, e seu conteúdo
ingestão energética. Em muitas atividades nas quais energético, arredondado para 9 Kcal/g
a constituição corporal ou o peso corporal são
considerados importantes, os participantes
frequentemente tentam manter o balanço energético
negativo para perder peso. No outro extremo, estão
os esportes de resistência, que exigem gastos
energéticos e ingestões de energia extremamente
altos, nesses esportes, manter o balanço energético