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UNICESUMAR 3º ANO

MACIEL FARIAS
IMPORTANTE

Este resumo não pode substituir a


apostila da disciplina, as aulas
conceituais ou as aulas ao vivo. Ele é
recomendado exclusivamente como
uma ferramenta de revisão para
auxiliar na consolidação dos
conteúdos estudados, visando um
melhor entendimento do assunto
para o momento de avaliação.
Desejo a todos um período de
estudos produtivo e bem-sucedido!
UNIDADE 1
BASES DE FISIOLOGIA DO ESPORTE, BIOENERGÉTICA E ADAPTAÇÕES NO
SISTEMA CARDIOVASCULAR

A fisiologia do exercício envolve o estudo das alterações estruturais e funcionais do


corpo em resposta a exercícios agudos e crônicos. Embora pareça um campo novo, seu início
remonta a 1889 com o livro de Fernand LaGrage. Em 1927, o Harvard Fatigue Laboratory
ampliou a pesquisa, focando no impacto do estresse ambiental no corpo humano.
A fisiologia do esporte aplica os conceitos da fisiologia do exercício ao treinamento
atlético para melhorar a performance. Respostas fisiológicas ao exercício incluem aumento da
frequência cardíaca, ventilação pulmonar e lactato plasmático. Adaptações decorrentes do
treinamento abrangem mudanças na função e forma do corpo, como bradicardia e aumento
do consumo máximo de oxigênio.
O exercício regular promove adaptações que melhoram a capacidade e eficiência do
corpo. As respostas ao exercício repetido variam com o tipo de treinamento, resultando em
músculos mais fortes e sistema cardiovascular mais eficiente.
Princípios essenciais para um treinamento ideal são:
1. Princípio da Individualidade: Programas devem ser adaptados às
capacidades e necessidades individuais.
2. Princípio da Especificidade: Adaptações são específicas ao tipo,
volume e intensidade do exercício.
3. Princípio do Desuso: A interrupção do treinamento leva à perda de
adaptações.
4. Princípio da Sobrecarga Progressiva: A constante evolução exige
ajustes regulares no estímulo do treinamento.
5. Princípio do Difícil/Fácil: Treinos intensos devem alternar com dias de
recuperação.
6. Princípio da Periodização: Macrociclos divididos em mesociclos com
variações na intensidade, volume e tipo de treinamento.

Os princípios visam otimizar a capacidade do corpo em usar energia eficientemente,


destacando a importância da bioenergética. A energia é essencial na educação física,
exercícios e atividades atléticas, influenciando desde a contração muscular até a escolha de
alimentos e fadiga.
Existem sistemas de energia anaeróbica que operam sem oxigênio, cada um com
diferentes velocidades e durações. O primeiro sistema é rápido, porém breve, predominando
em atividades de até quatro minutos. O segundo é mais lento, sustentável por horas.
Além disso, o sistema de energia aeróbia é mais lento para gerar energia, mas tem
uma duração prolongada, sendo relevante para atividades de longa duração.
Esses sistemas não operam isoladamente; funcionam como torneiras de energia. O
sistema ATP-CP é inicialmente dominante, mas com o tempo, o sistema aeróbico assume
gradualmente, enquanto os outros contribuem esporadicamente.
Na prática, a classificação das atividades pela duração impacta o sistema de energia
predominante. A figura exemplifica como diferentes atividades se enquadram nessa
classificação, influenciando o sistema energético mais apropriado para o desempenho ideal.
O corpo humano é
incrivelmente adaptável, e essa
capacidade de adaptação é um
reflexo do estilo de vida e das
escolhas que fazemos em relação
ao uso ou desuso do nosso corpo. O
espelho nos mostra essa adaptação
em nosso próprio corpo, sendo ele o
resultado direto de nossas ações e
hábitos diários. Se investimos em
exercícios e utilizamos nossa massa
muscular, o corpo responde
reforçando essa musculatura para atender às demandas. No entanto, se levamos uma vida
sedentária e raramente nos envolvemos em atividades físicas, o corpo tende a reduzir sua
massa muscular, já que mantê-la exige uma quantidade considerável de energia – um recurso
que ele não quer desperdiçar.
Em termos biológicos, a adaptação é essencialmente a capacidade do organismo de
reorganizar suas funções, tanto internas quanto externas, para lidar com as exigências que
lhe são impostas. É uma resposta interna que visa a melhor execução das tarefas e desafios
que surgem. Essas adaptações ocorrem regularmente e ocorrem para lidar com as
sobrecargas e demandas impostas. Elas são observadas em todos os níveis hierárquicos do
corpo, desde as estruturas celulares até os sistemas orgânicos completos. Vale ressaltar que
as adaptações são reversíveis e constantemente reavaliadas para se adequarem às
mudanças nas demandas.

A alimentação é
uma peça-chave nesse
processo, pois é por meio
dela que o corpo busca a
energia necessária para sua
sobrevivência e
funcionamento contínuo. Os
alimentos fornecem
nutrientes que, por sua vez,
são transformados em
energia na forma de ATP
(trifosfato de adenosina).
Além disso, as vitaminas e minerais presentes nos alimentos desempenham papéis
fundamentais em várias funções do corpo. A renovação das estruturas do corpo é um
processo constante – enquanto as células musculares, os ossos, a pele e o sangue se
renovam, o corpo também se adapta e se modifica.
O exercício regular desempenha um papel essencial no envelhecimento saudável e
traz uma série de benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de doenças crônicas e da
mortalidade prematura. A inatividade física é uma questão predominante, e é fundamental
integrar o exercício em nossos planos de cuidados diários e conselhos de saúde.
A aptidão cardiorrespiratória, ou seja, a capacidade do corpo de realizar atividades
que exigem uma quantidade considerável de oxigênio, tem sido consistentemente associada
a um menor risco de doenças cardiovasculares e mortalidade. Estudos indicam que mesmo
pequenas doses de exercício já trazem benefícios significativos para a saúde cardiovascular.
É importante entender que o efeito do treinamento não é constante e varia com o
tempo de execução do exercício e o período de descanso subsequente. As influências e as
cargas se acumulam ao longo do tempo, e o efeito do treinamento é resultado tanto da
aplicação da carga quanto do descanso entre as sessões.
A função muscular é crucial para a realização de atividades físicas, uma vez que
está intrinsecamente ligada à capacidade de produzir força para superar uma carga de
trabalho, não importando quão pequena seja essa carga. E para possibilitar essa capacidade,
nosso organismo depende de um suprimento constante de oxigênio, mantendo o
funcionamento do sistema aeróbico durante o exercício. Esse sistema é sustentado pelo
sistema cardiorrespiratório, que consiste principalmente no coração e nos pulmões,
trabalhando em conjunto para fornecer oxigênio e nutrientes aos músculos.
O sangue, um fluido vital para o corpo, é composto por plasma, glóbulos vermelhos,
leucócitos e plaquetas. Os glóbulos vermelhos, em particular, desempenham um papel
fundamental no transporte de oxigênio pelo corpo, graças à presença da hemoglobina, uma
molécula que se liga ao oxigênio e o transporta através do sistema circulatório.
Em resumo, o corpo humano é uma máquina incrivelmente complexa, capaz de se
adaptar às demandas que enfrenta. Essa adaptação é resultado direto de nossas escolhas de
estilo de vida, alimentação e exercício. O processo de adaptação é uma resposta orgânica à
exigência imposta e ocorre em todos os níveis do corpo, com o objetivo de garantir a
funcionalidade ideal. A alimentação é a fonte de energia e nutrientes necessários para essas
adaptações, enquanto o exercício regular e a atividade física são fundamentais para promover
um envelhecimento saudável e prevenir doenças crônicas. O sistema muscular e o sistema
cardiorrespiratório desempenham papéis vitais na execução e sustentação das atividades
físicas. Enquanto isso, o sangue, com seus componentes, desempenha um papel crucial no
transporte de oxigênio e nutrientes pelo corpo. Tudo isso se conecta para manter o corpo
funcionando harmoniosamente e de maneira eficaz.
Nesse sistema, os pulmões e outros órgãos responsáveis pela respiração
desempenham um papel crucial ao fornecer oxigênio e remover dióxido de carbono em um
processo chamado troca gasosa. O treinamento físico nos torna mais adaptados, resultando
em uma taxa de respiração mais eficiente. Isso significa que a troca gasosa se torna mais
eficaz a cada respiração. Portanto, o treinamento promove adaptações tanto nos músculos
quanto no sistema cardiorrespiratório.
O sistema respiratório responde ao treinamento melhorando o débito cardíaco (a
quantidade de sangue bombeado pelo coração em um minuto), a capacidade máxima de
transporte de oxigênio (VO2máx) e a utilização fracionada do consumo de oxigênio durante o
trabalho. Essas adaptações refletem um aumento na capacidade e na eficiência dos corações
e pulmões, além de mudanças específicas nas células musculares resultantes da prática
regular de exercícios.
As respostas do corpo ao treinamento não param por aí. Os músculos se adaptam à
demanda imposta pelo treinamento, alterando o número e o tamanho dos neurônios motores,
bem como a frequência de estimulação. Os tipos de fibras musculares recrutadas também
desempenham um papel crucial na produção de força, e essas fibras são classificadas em
três tipos principais: fibras de contração lenta (Tipo I), fibras de contração rápida (Tipo IIa) e
fibras de contração rápida (Tipo IIb).
No entanto, é importante reconhecer que os resultados do treinamento não ocorrem
de maneira instantânea e que a constância é essencial. Embora qualquer forma de atividade
física seja melhor do que o sedentarismo, adaptações significativas exigem um treinamento
regular e sustentado ao longo do tempo.
A frequência, intensidade e duração do treinamento são cruciais para alcançar
adaptações efetivas. Treinamentos repetidos, idealmente de duas a quatro vezes por semana,
são necessários para que o corpo lide completamente com o estresse imposto aos sistemas
muscular e cardiorrespiratório. Com o tempo, o sistema muscular desenvolve adaptações
como um aumento no número de capilares sanguíneos que nutrem as fibras musculares, um
aumento no conteúdo de mioglobina nos músculos, um aumento no número e no tamanho
das mitocôndrias no músculo esquelético e um aumento nas contrações das enzimas
oxidativas.
As adaptações no sistema cardiorrespiratório também são notáveis, incluindo uma
maior capacidade de regular a temperatura corporal, maior eficiência do músculo cardíaco e
uma maior capacidade de transporte de oxigênio devido ao aumento no número de glóbulos
vermelhos. O treinamento afeta o coração de maneira semelhante ao músculo esquelético,
tornando-o mais forte e eficiente. Isso se reflete na redução da frequência cardíaca durante o
treino e em repouso.
Embora muitos tenham ouvido falar que treinar três vezes por semana é suficiente,
essa noção está desatualizada. De acordo com as diretrizes do American College of Sports
Medicine, o exercício deve ser incorporado à rotina diária, levando em consideração as
especificidades fisiológicas e os objetivos individuais. A recomendação é que o exercício seja
praticado diariamente, alinhando-se às necessidades do corpo, uma vez que assim como
comemos todos os dias, nosso corpo também precisa de atividade física diariamente.
Portanto, a recomendação de "três vezes por semana" é insuficiente para atingir as
adaptações desejadas. O objetivo é que, com base em evidências científicas, os profissionais
do futuro possam embasar suas orientações e oferecer uma abordagem mais eficaz e
informada aos seus clientes.

UNIDADE 2
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DO ATLETA

A obesidade é definida pelo Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30,
enquanto o sobrepeso é caracterizado por um IMC acima de 25. O IMC é calculado dividindo
o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. A prevalência de sobrepeso e
obesidade tem aumentado de forma alarmante em todo o mundo, sendo considerada uma
epidemia em muitos países, com consequências graves, incluindo quatro milhões de mortes
anualmente devido a doenças e complicações associadas a essas condições (OMS, 2022).
O cenário atual de crescente sobrepeso e obesidade é alarmante, e mesmo com
previsões de avanços tecnológicos impressionantes no futuro, como previsto pela Singularity
University, essa transformação tecnológica está sendo acompanhada por uma mudança
negativa na composição corporal e saúde da população.
Para combater esse problema, é essencial começar pela avaliação nutricional, com
destaque para a triagem nutricional. A triagem nutricional é um processo que identifica
características associadas a problemas dietéticos e nutricionais. Ela é aplicada a um grupo ou
população para identificar indivíduos em risco nutricional, determinando se uma avaliação
nutricional mais detalhada é necessária. Isso é crucial para identificar pacientes desnutridos
ou em risco de desnutrição, permitindo um planejamento adequado da terapia nutricional.
Diversos questionários estão disponíveis para a triagem nutricional, como o
"Malnutrition Universal Screening Tool" (MUST), o "Subjective Global Assessment" (SGA), o
"Mini Nutritional Assessment" (MNA) e o "Nutrition Risk Screening 2002" (NRS-2002). Cada
um possui suas indicações e limitações específicas, sendo o NRS-2002 amplamente utilizado
para pacientes hospitalizados, não restringindo a faixa etária. Ele inclui componentes como o
Índice de Massa Corporal (IMC), perda de peso no último trimestre, redução da ingestão
alimentar e a presença de doenças graves.
A diferença entre triagem e avaliação nutricional é que a triagem detecta o risco de
desnutrição, utilizando dados objetivos, enquanto a avaliação nutricional vai além,
classificando o grau de desnutrição e coletando informações para um plano de terapia
nutricional. Enquanto a triagem utiliza dados como altura, peso, alteração de peso e
diagnóstico, a avaliação nutricional inclui também histórico médico, medidas antropométricas,
exames físicos e laboratoriais.
Para realizar uma avaliação nutricional completa, métodos convencionais como
histórico clínico, exame físico, antropometria, exames laboratoriais e índices prognósticos são
utilizados. A Avaliação Subjetiva Global (SGA) é considerada o padrão-ouro para avaliar o
estado nutricional, permitindo uma análise abrangente do paciente.
Dessa forma, a avaliação nutricional é uma etapa essencial para entender e abordar
as questões relacionadas ao sobrepeso e obesidade, auxiliando na identificação dos riscos
nutricionais e na elaboração de estratégias de intervenção para promover a saúde e o bem-
estar dos indivíduos.
O autor Rossi (2013) categoriza as técnicas de avaliação e monitorização da
ingestão alimentar em duas abordagens: RETROSPECTIVAS e PROSPECTIVAS. As
RETROSPECTIVAS focam em comportamentos alimentares passados, mas podem ser
afetadas por sub-relatos e superestimativas. Exemplos incluem o registro de 24 horas e o
questionário de frequência alimentar. As PROSPECTIVAS consideram o comportamento
alimentar atual e incluem fatores como local de moradia, rotina de treino e suplementos
consumidos. Exemplos são a história alimentar e o registro alimentar.
Vários métodos de avaliação nutricional estão disponíveis, incluindo o Questionário
de Frequência Alimentar, o Recordatório Alimentar 24 Horas e o Diário Alimentar. Cada um
tem suas indicações e limitações, sendo importante considerar detalhes como o preparo dos
alimentos e o hábito de ingestão de bebidas alcoólicas.
Necessita destacar a importância de reconhecer as limitações desses métodos,
especialmente o sub-relato da ingestão alimentar, que pode ser composto por sub-registro e
subconsumo. O objetivo é minimizar erros na avaliação nutricional e entender que treino,
alimentação e recuperação estão interligados para alcançar resultados.
No contexto da avaliação da composição corporal, essa é uma ferramenta valiosa
para avaliar a condição física, acompanhar o progresso e sugerir mudanças em programas de
treinamento e dieta. Métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos são discutidos. Os
métodos indiretos incluem a Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, DXA,
Pesagem Hidrostática e Pletismografia.
Dentro dos métodos indiretos, a antropometria e a bioimpedância são destacadas.
Entafiza-se a importância de visualizar o cenário de sobrepeso e obesidade e fornece
informações sobre locais padronizados das pregas cutâneas para avaliação antropométrica.

A Bioimpedância é um
método prático de avaliação da
composição corporal, baseado na
passagem de corrente elétrica pelo
corpo. Ele mede a resistência da
corrente e utiliza as diferenças na
hidratação dos tecidos (como
músculos e gordura) para estimar a
composição corporal. O método
exige um protocolo para minimizar
variações, incluindo restrições
quanto ao consumo de álcool,
diuréticos, exercícios e alimentação
antes do exame, assim como
esvaziar a bexiga.
Equipamentos de
bioimpedância variam em número
de eletrodos e frequências de
corrente. Existem três categorias: bipolares (dois eletrodos), tetrapolares (quatro eletrodos) e
octapolares (oito eletrodos), sendo que os octapolares oferecem maior precisão ao passar
correntes pelo corpo inteiro. Além disso, equipamentos podem ser unifrequenciais (emitem
uma frequência) ou multifrequenciais (emitem várias frequências), com maior número de
frequências correspondendo a uma maior precisão e variedade de variáveis analisadas.
A Antropometria, derivada das palavras gregas para "Homem" e "Medida", é uma
área de estudo que visa determinar objetivamente os aspectos relacionados ao
desenvolvimento do corpo humano e as relações entre físico e desempenho. A origem da
Antropometria remonta a Leonardo da Vinci e seu desenho do Homem Vitruviano, que ilustra
as proporções e estruturas do corpo humano de maneira detalhada e artística.
O Discóbolo, esculpido por Míron no século V a.C., homenageia um atleta vitorioso
no lançamento de disco, representando valores político-ideológicos, mitológico-ritualísticos,
artísticos e militares da Grécia Antiga. Foi escolhido como símbolo da Educação Física pela
sua representação de força e dinamismo.
A escolha do momento para avaliações é crítica. Intensificar treinos e dieta antes da
avaliação pode resultar em resultados imprecisos, pois as agressões de exercício e dieta
precisam ser seguidas por um período regenerativo para permitir a supercompensação e
avaliação precisa dos ganhos.
A escolha do método de avaliação deve atender às características do público-alvo.
A importância da aplicação prática da avaliação em vez de se fixar em debates sobre o melhor
método. A inovação não está necessariamente na tecnologia mais recente, mas em
fundamentar a prática na avaliação.
A avaliação é fundamental para quantificar a efetividade das estratégias, corrigir
falhas e alcançar o sucesso. O acompanhamento dos clientes envolve identificar
necessidades, quantificar evolução e realizar ajustes. Escolher o momento apropriado para a
avaliação é crucial para a intervenção bem-sucedida.

UNIDADE 3
DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS POR DIFERENTES MÉTODOS
PARA DESPORTISTAS
Segundo Jeukendrup e Gleeson (2021), as células, fibras musculares e bombas iônicas nas
membranas celulares requerem energia para funcionar. Durante o exercício, as necessidades
energéticas aumentam e a oferta de energia, principalmente por meio da nutrição, torna-se
crucial. A depleção de energia, especialmente de carboidratos, é comum em atletas e pode
levar à fadiga.
O gasto energético refere-se à energia consumida por unidade de tempo para produzir
potência e é expresso em quilocalorias (kcal) ou quilojoules (kj). Os macronutrientes
(carboidratos, proteínas e gorduras) contêm energia armazenada em suas ligações químicas.
O conteúdo de energia varia para diferentes tipos de carboidratos e gorduras.
O conteúdo energético da proteína depende do tipo de proteína e do conteúdo de nitrogênio.
O nitrogênio não contribui para a energia, e proteínas com maior densidade de nitrogênio
possuem menos energia por grama. A absorção incompleta de alimentos reduz a
disponibilidade de energia.
Wilbur Olin Atwater estabeleceu fatores de correção para a digestibilidade dos
macronutrientes, resultando nos valores de
energia de 4 kcal/g para carboidratos e
proteínas, e 9 kcal/g para gorduras. O
coeficiente de digestibilidade expressa a
percentagem de energia absorvida.
Os aplicativos móveis são usados para rastrear
Figura 1 Efeito térmico dos alimentos. Porcentagem de energia o consumo alimentar e a ingestão de nutrientes,
gasta para que cada nutriente seja utilizado pelo corpo.
mas alguns valores nutricionais podem ser
imprecisos ou incompletos devido a limitações
nos bancos de dados.
O gasto energético é necessário para várias funções corporais, incluindo funções basais,
digestão, absorção, metabolismo e atividade física. O gasto energético total é composto pela
taxa metabólica basal (TMB), o efeito térmico dos alimentos (TID) e a energia gasta durante a
atividade física (ETE).
O gasto energético diário de um indivíduo é composto por vários componentes, incluindo a
taxa metabólica em repouso (TMR) ou basal (TMB), o efeito térmico do alimento (TID) e o
efeito térmico do exercício (ETE).
 Taxa metabólica em repouso (TMR) ou basal (TMB): Este é o maior componente do
gasto energético diário e representa a energia necessária para manter as funções
corporais em repouso. Fatores como a atividade do sistema nervoso simpático,
hormônios da tireoide e bomba de sódio-potássio contribuem para a TMR.
 Termogênese induzida pela dieta (TID): Também conhecido como efeito térmico do
alimento, é o aumento do gasto energético acima da TMR após a ingestão de uma
refeição. A TID resulta da digestão, absorção, metabolização e armazenamento de
alimentos e representa cerca de 10% do gasto energético diário total.
 Efeito térmico do exercício (ETE): Este é o componente mais variável do gasto
energético diário e pode variar de 30% a 80% durante o treino intenso de resistência
ou competição. O exercício é
essencial para o balanço energético
e é o componente mais controlável.
O balanço energético refere-se ao
equilíbrio entre o gasto energético e a
ingestão de energia. Um balanço
energético positivo ocorre quando a
ingestão excede o gasto, resultando em
ganho de peso. Um balanço energético
negativo ocorre quando a ingestão é menor
que o gasto, levando à perda de peso.
Para perder peso, é necessário aumentar o
gasto energético em relação à ingestão.
Em esportes de resistência, onde os gastos
energéticos e as ingestões são altos,
manter o balanço energético é fundamental
para o desempenho.
Existem métodos para medir ou estimar o
gasto energético humano, como a
calorimetria direta e indireta, que medem a
produção de calor e a troca gasosa,
respectivamente. No entanto, esses
métodos podem ser complexos e caros.
Além disso, há gadgets modernos, como
smartwatches, que estimam o gasto
energético e existem várias fórmulas para a
estimativa do gasto energético.
Em resumo, a quantificação do gasto
energético diário é essencial para entender as necessidades nutricionais e o equilíbrio
energético de um indivíduo. Existem métodos diretos e indiretos para medir o gasto, bem como
fórmulas e gadgets que podem auxiliar nesse processo. O importante é escolher o método
mais adequado para o contexto e público-alvo.
Você abordou uma série de pontos importantes relacionados à estimativa do gasto energético,
as equações para predição da taxa metabólica basal (TMB), e a relevância de considerar a
composição corporal ao escolher uma equação adequada. Vamos recapitular e expandir
alguns desses tópicos:
1. Precisão nas Equações de Predição: É essencial escolher uma equação de predição
da TMB que seja adequada para a população em questão. No caso de atletas, a
composição corporal e as demandas energéticas podem diferir significativamente das
populações gerais, o que pode resultar em uma menor precisão ao utilizar equações
padrão.
2. Diferenças Individuais e Composição Corporal: As equações de predição da TMB
muitas vezes se baseiam no peso corporal, altura, idade e, em alguns casos, gênero.
No entanto, essas equações não levam em consideração a composição corporal
específica, principalmente a massa muscular. Como a massa muscular é
metabolicamente mais ativa do que a gordura, indivíduos com mais massa muscular
têm um metabolismo basal mais elevado.
3. Limitações das Equações Preditivas: Estudos mostram que as equações de predição
da TMB podem não ser precisas para atletas, especialmente aqueles que têm uma
massa muscular significativamente maior do que a população média. Essas equações
muitas vezes subestimam as necessidades energéticas de atletas, o que pode afetar
negativamente seu desempenho e recuperação.
4. Importância da Medição Direta: A calorimetria indireta é considerada o método mais
preciso para determinar o gasto energético de um indivíduo. Ela mede a troca gasosa,
considerando tanto a quantidade de oxigênio consumido quanto o dióxido de carbono
produzido. No entanto, a calorimetria indireta pode ser cara e não está amplamente
disponível.
5. Bioimpedância e Estimativas: Equipamentos de bioimpedância são amplamente
utilizados para medir a composição corporal, e muitos deles também fornecem
estimativas da TMB. Essas estimativas são baseadas em equações incorporadas nos
softwares dos dispositivos. Embora sejam úteis, essas estimativas também podem ter
limitações, pois dependem dos dados inseridos e das equações utilizadas.
6. Importância da Nutrição Adequada: A nutrição desempenha um papel fundamental
no desempenho esportivo e na recuperação. A cronologia dos nutrientes, ou seja, o
momento em que certos nutrientes são consumidos, pode influenciar a resposta do
corpo ao exercício, a recuperação e o crescimento muscular. Além disso, escolher
alimentos de qualidade é crucial para promover a saúde geral e o bem-estar.
7. Ultratransformados e Saúde: A ingestão de alimentos ultraprocessados tem sido
associada a riscos elevados de obesidade, doenças cardiovasculares, síndrome
metabólica e outras condições de saúde. Priorizar alimentos naturais, minimamente
processados e nutritivos é essencial para manter um estado de saúde ideal.
8. Considerações Individuais: Cada indivíduo é único, com necessidades energéticas e
demandas específicas. A personalização das abordagens nutricionais e de exercícios
é crucial para atender às necessidades e metas individuais. Isso envolve levar em
consideração fatores como composição corporal, nível de atividade, objetivos e
respostas individuais.
Em resumo, a estimativa do gasto energético é uma ferramenta importante para orientar a
prescrição nutricional e de exercícios. No entanto, é fundamental considerar as limitações das
equações de predição e buscar métodos mais precisos, como a calorimetria indireta, sempre
que possível. A individualização das abordagens é essencial para maximizar o desempenho,
a recuperação e a saúde geral de atletas e indivíduos ativos.
As três fases para a otimização da ingestão de nutrientes específicos, conforme descritas
pelos autores, são:
1. Fase Energética: Nessa fase, o objetivo é aumentar a ingestão de nutrientes para
preservar o glicogênio muscular, melhorar a resistência muscular, minimizar a
supressão do sistema imunológico, reduzir os danos musculares e facilitar a
recuperação pós-exercício. Durante essa fase, o corpo busca repor as reservas de
glicogênio utilizadas durante o exercício e também fornecer os nutrientes necessários
para reparar os danos musculares. Uma ingestão adequada de carboidratos e
proteínas é essencial para atender a esses objetivos.
2. Fase Anabólica: Essa fase ocorre no período de aproximadamente 45 minutos após o
exercício, conhecida como "janela metabólica". Durante esse período, a sensibilidade
à insulina está aumentada, o que melhora a captação de nutrientes pelas células
musculares. Isso proporciona um ambiente favorável para o restabelecimento das
reservas de glicogênio e a síntese de proteínas musculares danificadas durante o
exercício. O consumo de proteínas e carboidratos de rápida absorção nesse momento
é benéfico para maximizar os efeitos anabólicos.
3. Fase de Crescimento: Essa fase abrange o período após a fase anabólica e continua
até o início da próxima sessão de treinamento. Durante essa fase, o objetivo é manter
a sensibilidade à insulina elevada e o estado anabólico para promover o crescimento
muscular contínuo. É importante fornecer uma nutrição equilibrada, incluindo proteínas
de qualidade, carboidratos complexos e gorduras saudáveis. Manter um ambiente
nutricional adequado entre as sessões de treino ajuda a sustentar o crescimento
muscular e os ganhos de força.
A importância da quantificação de energia para atletas e o papel da Nutrição Esportiva, bem
como abordagem da questão da fadiga e a evolução da compreensão sobre o lactato. É
interessante notar que a relação entre nutrição, energia, performance e fadiga é complexa e
multifacetada, e a ciência continua a evoluir para compreender melhor esses aspectos.
A prescrição nutricional adequada desempenha um papel crucial no suporte à performance
esportiva e na prevenção da fadiga. Através da quantificação da energia necessária,
considerando a composição corporal e o treinamento, os nutricionistas esportivos podem
desenvolver planos alimentares que atendam às necessidades energéticas e nutricionais dos
atletas. Isso pode potencializar a performance, permitir uma recuperação mais eficaz e
prolongar a capacidade de se manter ativo ao longo do tempo.
No que diz respeito à fadiga, é uma questão complexa que envolve diversos fatores, incluindo
os sistemas energéticos, a acumulação de subprodutos metabólicos, o sistema nervoso e as
características individuais dos atletas. A fadiga pode ser percebida de maneira diferente em
diferentes tipos de exercícios e durações. Compreender a interação entre esses fatores é
fundamental para lidar com a fadiga e melhorar a performance esportiva.
A discussão sobre o lactato é interessante, pois representa uma mudança na percepção
científica. Antigamente, o lactato era frequentemente associado à fadiga e considerado como
um subproduto metabólico prejudicial. No entanto, pesquisas recentes têm mostrado que o
lactato desempenha um papel mais complexo e importante no metabolismo. Ele pode ser
usado como uma fonte de energia em determinadas situações e não é o principal culpado pela
fadiga. Essa reavaliação da função do lactato na biologia demonstra como a ciência está
sempre evoluindo e refinando nossa compreensão dos processos metabólicos e fisiológicos.
Em resumo, a Nutrição Esportiva desempenha um papel crucial na otimização da energia,
performance e recuperação de atletas. A fadiga é um fenômeno multifatorial e a ciência está
constantemente reavaliando nossos conhecimentos, como exemplificado pela mudança de
perspectiva em relação ao lactato. Manter-se atualizado com as pesquisas científicas é
fundamental para garantir a eficácia das abordagens nutricionais e de treinamento para
atletas.

UNIDADE 4
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E LIPÍDIOS NO ESPORTE, SUAS
NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES

1. Importância da Nutrição para Atletas: A nutrição desempenha um papel fundamental


na saúde e desempenho dos atletas. Muitas vezes, os atletas se concentram
intensamente em aprimorar suas habilidades e condicionamento físico, mas
negligenciam a nutrição adequada. Isso pode levar à deterioração do desempenho,
destacando a importância da nutrição na manutenção da harmonia do corpo.
2. Sistemas Energéticos e Macronutrientes: Durante a atividade física, todos os
sistemas energéticos estão envolvidos, mas a proporção de sua contribuição varia de
acordo com a intensidade e duração do exercício. Os macronutrientes (carboidratos,
lipídios e proteínas) fornecem a energia necessária para o corpo e têm funções
específicas.
3. Carboidratos: São uma fonte importante de energia, especialmente durante exercícios
de alta intensidade. Os carboidratos são degradados em monossacarídeos que são
absorvidos pelo intestino e utilizados como combustível. As fibras, também
consideradas carboidratos, têm papel fundamental na saúde digestiva.
4. Lipídios: São outra fonte de energia, principalmente em atividades de baixa
intensidade e exercícios prolongados. Além disso, desempenham funções estruturais
e estão envolvidos na formação de hormônios e isolamento térmico.
5. Proteínas: Têm diversas funções no corpo, incluindo transporte, construção e reparo
de tecidos, enzimas, defesa e mais. A ingestão adequada de proteínas é vital para a
recuperação muscular e a manutenção da massa magra.
6. Processo Digestivo e Absorção: Os macronutrientes precisam ser degradados no
sistema digestivo para exercerem suas funções. As enzimas degradam os carboidratos
em monossacarídeos, os lipídios são empacotados em micelas e as proteínas são
quebradas em aminoácidos.
7. Utilização de Energia durante o Exercício: Durante o exercício, o corpo utiliza
diferentes fontes de energia, como a lipólise para liberar ácidos graxos e glicerol, a
glicogenólise hepática e muscular para produzir glicose, e a oxidação de proteínas para
fornecer energia ou para gliconeogênese.
8. Excesso de Proteína: O excesso de proteína na dieta não é diretamente associado ao
ganho de gordura e não aumenta significativamente o risco de lesões renais. No
entanto, o equilíbrio calórico e as necessidades individuais devem ser considerados.
9. Classificação dos Lipídios: Os lipídios são classificados em várias categorias com
base em sua solubilidade, como triacilgliceróis, ceras, fosfolipídios, esfingofosfolipídios,
glicolipídeos e esteróis. Eles desempenham papéis variados em processos biológicos.
O Papel Fundamental das Proteínas na Nutrição e no Desempenho Físico
As proteínas são macronutrientes que desempenham uma série de funções essenciais para
a saúde e o desempenho físico humano. Embora inicialmente não fossem consideradas uma
fonte significativa de energia para atividades musculares, está se tornando evidente que o
catabolismo proteico aumenta durante exercícios de endurance (com duração superior a 60
minutos) e pode contribuir com até 10% das necessidades energéticas.
Diversas Funções Fisiológicas das Proteínas: As proteínas são moléculas versáteis que
desempenham papéis vitais no organismo humano:
 Função Estrutural: Proteínas são os componentes estruturais primários das células e
tecidos do corpo.
 Crescimento e
Reparação: Elas são
fundamentais para o
crescimento, reparação
e manutenção dos
tecidos corporais.
 Produção de
Substâncias:
Proteínas estão
envolvidas na síntese
de hemoglobina,
enzimas, hormônios e
anticorpos.
 Regulação Genética:
Proteínas controlam a
transcrição e tradução
gênica, influenciando a
função dos genes.
 Transporte e Equilíbrio: Algumas proteínas plasmáticas mantêm a pressão osmótica
e transportam substâncias no corpo.
 Fonte de Energia: Em situações específicas, as proteínas podem ser catabolizadas
para produzir energia.
Aminoácidos Essenciais e Não Essenciais: Proteínas são compostas por aminoácidos, dos
quais vinte foram identificados como essenciais para o crescimento e metabolismo humano.
Onze deles são considerados não essenciais para crianças e doze para adultos, uma vez que
o corpo pode sintetizá-los internamente. No entanto, a ausência dos aminoácidos essenciais
na dieta impede a síntese de proteínas que os contenham.
Papel nas Atividades Físicas: O papel das proteínas varia entre atletas de diferentes
modalidades. Enquanto exercícios de endurance aumentam a demanda proteica,
especialmente como substrato adicional de energia, o treinamento de força requer
aminoácidos extras como blocos construtores para o crescimento muscular.
Ingestão Adequada de Proteínas: Uma dieta equilibrada e planejada geralmente atende às
necessidades de proteínas. Suplementos proteicos não são necessários para atingir as
recomendações diárias. A quantidade diária recomendada de proteína para adultos saudáveis
é de 0,8g/kg de peso corporal, podendo ser maior para grupos específicos, como jovens e
mulheres grávidas.
Excesso de Proteínas e Armazenamento de Energia: Um excesso de aminoácidos
provenientes de uma ingestão excessiva de proteínas não resulta em um aumento adicional
da massa muscular. O corpo converte o excesso de aminoácidos em glicose, glicogênio ou
gordura para armazenamento energético.
As proteínas desempenham um papel multifacetado no organismo humano, contribuindo para
funções vitais, crescimento muscular, regulação genética e mais. Seu papel na nutrição
esportiva é fundamental para atender às demandas de atividades físicas, seja fornecendo
energia em atividades de endurance ou construindo tecido muscular em treinamento de força.
Garantir uma ingestão equilibrada de proteínas é essencial para a saúde e o desempenho
atlético, mas é importante evitar excessos que possam resultar em armazenamento
desnecessário de energia.
A Importância da Proteína na Construção Muscular e Desempenho Físico
É comum ouvir pessoas expressarem o desejo de substituir gordura por músculo ao ingressar
em academias ou clínicas de nutrição. No entanto, é importante entender que proteína pode
ser transformada em gordura, mas o contrário não ocorre. A meta é eliminar gordura corporal
e desenvolver massa muscular por meio de treinamento de força e consumo adequado de
proteínas.
A quantidade ideal de proteína para o desempenho atlético é uma discussão em curso, visto
que o músculo, contendo cerca de 40% de proteína, desempenha um papel crucial no
exercício. A renovação das proteínas no corpo é constante, variando de minutos a dias, sendo
que apenas 25-35% da renovação proteica total ocorre no músculo.
O tipo de treinamento exerce influência na renovação proteica e nas respostas adaptativas. O
consumo de proteína é de grande interesse para atletas amadores e profissionais. A carne
vermelha, rica em proteínas de alta qualidade, tem sido uma fonte popular, inclusive na Grécia
Antiga, quando atletas se preparavam para os Jogos Olímpicos.
As diretrizes do ACSM (2009) mostram que o metabolismo proteico durante e após o exercício
é afetado por diversos fatores, como gênero, idade, intensidade, duração e tipo de exercício,
ingestão de energia e disponibilidade de carboidratos. A recomendação atual de ingestão
proteica é de 0,8g/kg de peso corporal, e a faixa aceitável para adultos é de 10% a 35% das
calorias totais.
A necessidade de proteína acima do normal para atletas é controversa, especialmente em
exercícios de resistência, desenvolvimento muscular e treinamento de endurance. A
degradação proteica pode ocorrer durante treinos intensos de resistência e endurance mais
do que se imaginava. Para atletas que treinam intensamente, recomenda-se uma ingestão de
1,2 a 1,8g de proteína/kg de peso corporal por dia, evitando a necessidade de suplementos
proteicos. A pesquisa continua a esclarecer essas questões complexas e em evolução.
Papel dos Lipídios na Energia e Saúde
Os lipídios desempenham diversas funções vitais no organismo, incluindo a formação de
membranas e hormônios lipossolúveis, proteção de órgãos e armazenamento de energia.
Compostos por ácidos graxos e álcool, os lipídios insaturados (com ligações duplas) são mais
benéficos, enquanto os saturados (com ligações simples) podem elevar o LDL-colesterol. O
consumo de ácidos graxos trans, presentes em óleos vegetais parcialmente hidrogenados, é
especialmente prejudicial.
A utilização da reserva lipídica pelo músculo depende da intensidade e duração do exercício.
A gordura dietética é subestimada como fonte de energia para atletas. Ela fornece ácidos
graxos essenciais e é um combustível vital para o exercício de resistência. Durante a
competição, a utilização de reservas de gordura é uma estratégia interessante para poupar
carboidratos.
A oxidação de ácidos graxos é uma fonte primária de energia durante o repouso e atividades
de leve a moderada intensidade. No entanto, a mera ingestão de gorduras não aumenta
automaticamente a queima de gordura; é necessário que os ácidos graxos livres estejam
elevados no sangue para estimular o processo.
O papel da gordura na dieta é muitas vezes subestimado. Ela é uma fonte concentrada de
energia, fornecendo até 80-90% das necessidades em repouso. As gorduras também
melhoram a palatabilidade dos alimentos, afetam a textura e transportam sabores. As
diretrizes nutricionais recomendam que o consumo de gorduras seja inferior a 30% das
calorias totais.
No contexto atlético, as gorduras são uma fonte energética essencial. A capacidade de usar
gordura como substrato energético é desenvolvida pelo exercício. Indivíduos treinados são
mais eficientes na utilização de gordura, enquanto obesos têm alta reserva, mas baixa
capacidade de utilização, levando à sensação constante de fome.
O desafio da perda de gordura corporal reside na programação metabólica primitiva do corpo,
que responde a restrições alimentares com mecanismos de busca por comida. Evitar o ganho
de gordura é uma estratégia fundamental. Por fim, as recomendações diárias de
macronutrientes do ACSM (2009) são resumidas no Quadro 2, enfatizando que nenhuma
estratégia de treinamento ou dieta pode substituir uma alimentação de qualidade.

UNIDADE 5
RECOMENDAÇÕIES NUTRICIONAIS NOS PERÍODOS PRÉ, DURANTE E PÓS
ATIVIDADE FÍSICA
Periodização Nutricional para Atletas
A nutrição esportiva tem evoluído consideravelmente, mas ainda enfrenta desafios como
crenças infundadas e a ideia de que "mais é sempre melhor". Atualmente, é fundamental
adotar uma abordagem global ao planejamento nutricional de atletas, alinhando-o ao plano de
treinamento para otimizar o desempenho e a recuperação.
A periodização nutricional é uma estratégia que envolve a combinação da nutrição com as
sessões de treinamento. Isso permite que o atleta esteja bem alimentado e hidratado antes
das sessões de treinamento, o que é crucial para garantir adaptações fisiológicas positivas.
Os objetivos principais da periodização nutricional incluem:
1. Manipulação do Peso Corporal: A nutrição pode ser ajustada para ganhar ou perder
peso, conforme os objetivos do atleta.
2. Melhoria da Eficiência Metabólica: Periodizar a nutrição ajuda o corpo a utilizar as
reservas de gordura como fonte de energia durante o exercício, preservando as
reservas de carboidratos.
3. Sistema Imunológico Saudável: Uma nutrição adequada pode fortalecer o sistema
imunológico, especialmente durante períodos de treinamento intenso.
4. Preparação Física: A nutrição deve apoiar as variações no volume e intensidade do
treinamento ao longo do ano.
É essencial considerar as características individuais e preferências do atleta, bem como a
facilidade de consumo, disponibilidade dos alimentos e horários de ingestão. A refeição pré-
treino é importante para evitar fadiga e desconfortos gastrointestinais. Ela deve ser rica em
carboidratos de fácil digestão para manter a glicemia e maximizar os estoques de glicogênio.
Durante o exercício, o corpo utiliza seus estoques de energia para fornecer energia aos tecidos
em atividade. A glicogenólise hepática ou muscular ocorre para manter a glicemia estável e
abastecer os músculos. A lipólise ocorre no tecido adiposo, liberando ácidos graxos para uso
como substrato energético. A proteólise também pode ocorrer, fornecendo aminoácidos para
energia ou gliconeogênese.
No contexto do triatlo, a capacidade de usar gordura como fonte de energia é crucial. Isso
permite que os atletas utilizem as reservas de gordura acumulada durante as sessões de
treinamento e competições, reduzindo a necessidade de calorias durante o exercício e
minimizando problemas gastrointestinais.
Fontes de Energia e Nutrição Pré-Exercício
Durante o exercício, a liberação de glicose pelo fígado aumenta à medida que a intensidade
aumenta. O glicogênio armazenado nos músculos e no fígado serve como fonte de energia
inicial em exercícios de alta intensidade. Os carboidratos são a fonte preferencial de energia
durante o exercício aeróbico intenso, fornecendo ATP prontamente. Nos esforços
anaeróbicos, os carboidratos são a única fonte de ATP.
A disponibilidade de carboidratos regula a mobilização de gorduras para a geração de energia
durante o exercício. A glicemia sanguínea também regula a liberação hepática de glicose
durante o exercício. Em exercícios de intensidade submáxima, a ingestão de carboidratos
antes do exercício ajuda a manter a glicose sanguínea e os estoques de glicogênio muscular.
A ingestão de carboidratos antes do exercício é crucial para maximizar as reservas de
glicogênio muscular e hepático. O glicogênio muscular e hepático, juntamente com os
triglicerídeos no tecido adiposo e muscular, são as principais fontes de energia para a
ressíntese de ATP durante o exercício. A ingestão de carboidratos antes do exercício ajuda a
aumentar a velocidade de uso de carboidratos e a manter a glicose no plasma.
No entanto, a escolha dos alimentos pré-exercício é importante. O consumo de carboidratos
complexos e pobres em fibras é preferível em comparação com açúcares simples, para evitar
respostas de insulina e hipoglicemia durante o exercício. A quantidade de carboidratos a ser
consumida depende do tempo de ingestão antes do exercício, variando de 5g/kg a 1g/kg de
peso corporal.
Além disso, é essencial considerar a individualidade de cada atleta. O que funciona para um
indivíduo pode não funcionar para outro. A ingestão de alimentos pré-exercício deve começar
com uma refeição leve e aumentar gradualmente para evitar desconfortos gastrointestinais.
Algumas dicas gerais para a ingestão pré-exercício incluem:
 Evitar alimentos ricos em gordura, que podem retardar a digestão.
 Consumir carboidratos complexos e pobres em fibras.
 Optar por alimentos familiares e bem tolerados.
 Ajustar a quantidade com base no tempo de ingestão antes do exercício.
Em resumo, a escolha adequada de alimentos pré-exercício é essencial para fornecer energia,
prevenir hipoglicemia e desconfortos gastrointestinais, além de melhorar o desempenho, a
resistência e a força durante o exercício. Cada atleta deve encontrar a estratégia que melhor
se adapte às suas necessidades e preferências individuais.
Estratégias de Nutrição Pré, Durante e Pós-Exercício
De acordo com as diretrizes do American College of Sports Medicine (ACSM) de 2016, as
estratégias nutricionais implementadas antes, durante e após o exercício devem abordar
diversos objetivos para otimizar o desempenho esportivo. Essas estratégias visam prevenir
fatores que podem causar fadiga, como desidratação, desequilíbrios eletrolíticos, depleção de
glicogênio, hipoglicemia e desconforto gastrointestinal.
A ingestão adequada de carboidratos é crucial para alcançar esses objetivos. No quadro 2,
são apresentadas as recomendações detalhadas para o consumo de carboidratos pré-
exercício, com base no tempo antes do exercício:
 1 hora antes do exercício: Ingerir 1g de carboidrato por kg de peso corporal (68g para
um atleta de 68kg).
 2 horas antes do exercício: Ingerir 2g de carboidrato por kg de peso corporal (136g
para um atleta de 68kg).
 3 horas antes do exercício: Ingerir 3g de carboidrato por kg de peso corporal (204g
para um atleta de 68kg).
 4 horas antes do exercício: Ingerir 4g de carboidrato por kg de peso corporal (272g
para um atleta de 68kg).
Além disso, durante o exercício, a ingestão de carboidratos também desempenha um papel
crucial na manutenção do desempenho e na prevenção da fadiga. A ingestão de carboidratos
durante o exercício ajuda a manter os níveis sanguíneos de glicose, poupando as reservas de
glicogênio no fígado e nos músculos. Isso é especialmente importante em exercícios de longa
duração, como corridas de longa distância ou competições de triatlo.
A absorção de carboidratos durante o exercício pode ser retardada devido ao esvaziamento
gástrico, mas a ingestão regular de pequenas quantidades de carboidratos (aproximadamente
15g a cada 15 minutos) pode ajudar a manter o desempenho. Para eventos exaustivos com
duração inferior a 2 horas, a ingestão de bebidas concentradas nos últimos 15 minutos do
exercício, com pelo menos 200 a 300ml no total, é recomendada.
É importante observar que a ingestão de carboidratos não apenas adia a fadiga, mas também
afeta a percepção de esforço e a economia de energia durante o exercício. A absorção de
carboidratos e sua conversão em glicose sanguínea auxiliam na manutenção da ativação
muscular pelo sistema nervoso central.
No entanto, é crucial considerar a individualidade de cada atleta e suas necessidades
específicas. Alguns atletas podem experimentar desconfortos gastrointestinais durante o
exercício, devido à absorção retardada de carboidratos. Portanto, a escolha dos alimentos e
a estratégia de ingestão devem ser adaptadas às preferências e tolerâncias individuais.
Em resumo, a nutrição pré-exercício, a ingestão de carboidratos durante o exercício e a
recuperação pós-exercício desempenham papéis vitais para otimizar o desempenho, a
resistência e a recuperação do atleta. O consumo adequado de carboidratos é essencial para
manter os estoques de glicogênio, prevenir hipoglicemia e melhorar a energia disponível para
o exercício. Cada atleta deve ajustar as estratégias nutricionais de acordo com suas
necessidades específicas e os requisitos do evento esportivo.

UNIDADE 6
HIDRATAÇÃO DOS DISFERENTES MOMENTOS DA ATIVIDADE FÍSICA E
RESPOSITORES HIDROELETROLÍTICOS

A hidratação no contexto do corpo humano refere-se à manutenção adequada do equilíbrio


hídrico no organismo, sendo um aspecto vital para a saúde e o funcionamento adequado do
corpo. Em um nível acadêmico superior, esse tópico pode ser explorado em detalhes,
considerando os seguintes aspectos:
1. Composição Corporal: O corpo humano é composto por aproximadamente 60% de
água. Esse líquido desempenha um papel fundamental em diversas funções biológicas,
incluindo a regulação da temperatura, a digestão, o transporte de nutrientes, a
eliminação de resíduos, a lubrificação de articulações e a proteção de órgãos vitais.
2. Homeostase Hídrica: Manter um equilíbrio adequado de água no corpo é crucial para
a homeostase, o processo de regulação das condições internas. O hipotálamo, uma
parte do cérebro, desempenha um papel central na regulação da sede e na liberação
de hormônios como o hormônio antidiurético (ADH) para controlar a excreção de água
pelos rins.
3. Ingestão de Água: Para manter uma hidratação adequada, é essencial que as
pessoas consumam uma quantidade suficiente de água diariamente. A quantidade
recomendada pode variar dependendo de fatores individuais, como idade, sexo,
atividade física e condições climáticas.
4. Perda de Água: O corpo perde água constantemente por meio de processos como a
urinação, a transpiração, a respiração e a excreção de fezes. Durante atividades físicas,
ou em condições de calor, as perdas podem ser aumentadas, exigindo uma maior
ingestão de líquidos para compensar.
5. Desidratação e Superidratação: A desidratação ocorre quando o corpo perde mais
água do que ingere, levando a sintomas como sede, boca seca, urina escura e fadiga.
Por outro lado, a superidratação excessiva pode resultar em diluição dos eletrólitos no
corpo, o que pode ser prejudicial.
6. Eletrólitos e Reposição: Além de água, a reposição adequada de eletrólitos, como
sódio, potássio e magnésio, é importante para manter o equilíbrio eletrolítico no corpo.
Bebidas esportivas e alimentos podem ser fontes úteis de eletrólitos durante o exercício
intenso.
7. Impacto na Saúde: A hidratação inadequada pode ter sérias consequências para a
saúde, como insuficiência renal, desequilíbrio eletrolítico, problemas digestivos e
disfunções cognitivas. Em casos extremos, a desidratação pode ser fatal.
A prática de exercícios físicos requer equilíbrio entre treinamento, nutrição e descanso. A
sudorese é essencial para manter a temperatura corporal durante o exercício, mas é
necessário repor as perdas de água e eletrólitos para evitar consequências negativas para a
homeostasia. A desidratação afeta o desempenho, a atenção e o tempo de resposta, sendo
fundamental manter a hidratação ao longo do dia. A recomendação diária é de 1 ml/Kcal ou
35 ml/Kg de peso corporal.
Em exercícios em ambientes quentes, a evaporação do suor é o principal mecanismo de perda
de calor, e as taxas de sudorese aumentam com a intensidade do exercício. No entanto,
algumas maratonistas chegam a perder 8% do peso corporal durante corridas de longa
duração, o que levanta questões sobre a relação entre a perda de peso e o desempenho.
A hidratação adequada durante o exercício não apenas previne a desidratação, mas também
influencia o desempenho. Adicionar glicose às bebidas reidratantes estimula a absorção de
água e sódio. A escolha do líquido depende de vários fatores, como temperatura, tolerância
gastrointestinal, concentração de carboidratos e eletrólitos. As recomendações incluem
suporte adequado de líquidos antes do exercício, consumo de água antes do exercício,
ingestão regular de líquidos durante o exercício, adição de carboidratos e eletrólitos em
exercícios prolongados e manutenção da temperatura e do sabor da bebida de acordo com
as preferências do atleta. (Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003).
Reposição de Líquidos antes do Exercício:
 Ingerir gradualmente 5 a 7 ml/Kg de líquidos pelo menos 4 horas antes do exercício.
 Aumentar a ingestão se não houver produção de urina ou esta estiver escura (3 a 5
ml/Kg, 2 horas antes).
 Consumir bebidas com sódio ou alimentos salgados para retenção de líquidos.
Reposição de Líquidos durante o Exercício:
 Manter a temperatura entre 15 e 21 ºC.
 A bebida deve conter sódio, potássio e 5-10% de carboidratos.
 Para exercícios <1 hora, beber 500-1000 ml de água.
 Para exercícios de 1-3 horas, a bebida deve conter 6-8% de carboidrato (500-1000
ml/h).
 Para competições >3 horas, a bebida deve conter 6-8% de carboidrato (500-1000 ml/h)
e 800-1600 ml/h de líquido.
Reposição de Líquidos depois da Atividade:
 Repor sódio, potássio e 50g de carboidrato por hora.
 Ingerir 1,5L de líquido por Kg de peso perdido para reidratação rápida.
 Iniciar a reposição hídrica imediatamente após o exercício, preferencialmente com
bebidas geladas.
Estratégia de Hiperidratação para Atletas de Endurance em Climas Quentes:
 Consumir no dia anterior ou ao longo do dia antes da prova:
o 1 litro de água de coco.
o 500 ml de bebidas esportivas.
o 500 ml de soro caseiro.
Essa estratégia visa preparar o corpo para a prova, reduzir a dependência de consumo
excessivo de líquidos durante a competição e melhorar o desempenho em condições quentes.
 A sede é um mecanismo fisiológico bem desenvolvido que sinaliza a necessidade de
líquidos no corpo (TUCKER et al., 2010).
 Jeukendrup e Gleeson (2021) argumentam que a sede pode ocorrer quando o corpo já
está desidratado, afetando o esvaziamento gástrico e a absorção.
 A observação da coloração da urina é uma maneira prática de avaliar o nível de
hidratação, com urina mais clara indicando melhor hidratação.
 O planejamento da hidratação
deve ser individualizado, considerando
fatores como condições ambientais,
transporte de líquidos e tolerância
gastrointestinal (Peres, 2021).
 A hiperidratação antes de
competições em climas quentes
envolve o consumo de água de coco,
bebidas esportivas e soro caseiro,
visando preparar o corpo e melhorar o
desempenho.
 A hiponatremia, causada pelo
consumo excessivo de líquidos durante eventos esportivos de longa duração, resulta
na diluição do sódio no corpo (Powers; Howley, 2017).
 Bebidas esportivas, contendo água, sódio e carboidratos, são recomendadas para
atividades de endurance para manter o equilíbrio hídrico e evitar a hiponatremia (Peres,
2021).
 As atitudes em relação à hidratação mudaram ao longo do tempo, com atletas
anteriormente instruídos a evitar líquidos durante o exercício, enquanto as bebidas
esportivas passaram a ser promovidas para evitar a desidratação (TUCKER et al.,
2010).
Esses pontos destacam a importância da sede como um sinal natural de necessidade de
líquidos, a avaliação da hidratação pela cor da urina, a necessidade de estratégias
individualizadas e a evolução
das recomendações de hidratação ao longo do tempo.
 A quantidade necessária de consumo de líquidos, alimentos e suplementos durante a
prática esportiva está diretamente relacionada com o nível de treinamento do indivíduo.
 Atletas mais condicionados tendem a utilizar melhor suas reservas corporais de energia
e têm maior eficiência energética durante o exercício.
 Pessoas menos condicionadas podem demandar um consumo maior durante a mesma
atividade, o que as expõe a riscos de desconfortos gastrointestinais e hiponatremia.
 É comum que pessoas menos condicionadas terminem uma prova com um peso maior
do que o inicial devido ao consumo excessivo de alimentos e líquidos durante o evento.
 A desidratação resulta de um desequilíbrio na dinâmica dos fluidos, quando a ingestão
de líquidos não repõe as perdas de água durante o exercício.
 Exercícios de intensidade moderada podem gerar uma perda considerável de água,
variando de 0,5 a 1,5 litros de suor por hora.
 A desidratação não prejudica o desempenho em exercícios máximos com duração de
até 60 segundos, mas afeta adversamente exercícios de maior duração.
 A termorregulação do corpo é regulada pelo hipotálamo, que detecta mudanças na
temperatura e inicia mecanismos de resfriamento, incluindo a perda de calor por
evaporação.
 Ambientes quentes e úmidos diminuem a eficácia da perda de calor por evaporação,
aumentando a temperatura corporal central.
 O exercício no calor leva a um alto fluxo sanguíneo na pele para dissipação de calor,
elevando a temperatura da pele e aumentando a taxa cardíaca.
 A elevação da taxa cardíaca durante o exercício no calor pode reduzir o enchimento
cardíaco, comprometendo a pressão sanguínea e a perfusão cerebral.
 Atletas desidratados enfrentam estresse vascular cerebral e queda no fluxo sanguíneo
cerebral, mas a captação de oxigênio no cérebro compensa a redução, não afetando a
performance de resistência.
 A prática de exercícios em ambientes quentes, como a Maratona do Deserto do
Atacama, requer planejamento de hidratação, incluindo mochilas de hidratação, gel de
carboidratos, cápsulas de sal e alimentos com alto teor de carboidratos e sal.
 Em modalidades esportivas como a natação, mesmo em ambientes termicamente
menos desafiadores, a imersão na água pode estimular a perda de água corporal
devido à urina e ao frio.
 Em climas frios, o risco de desidratação é ainda maior, pois o ar frio e seco, a produção
de urina aumentada e o ganho de calor durante o exercício contribuem para a perda de
líquidos.
 Muitas pessoas não consideram o consumo adequado de líquidos antes, durante e
após o exercício em climas frios, o que pode levar à desidratação.
 Em modalidades onde a desidratação é estimulada, como fisiculturismo e lutas com o
objetivo de alcançar um peso específico, as técnicas de desidratação, como sauna,
restrição de líquidos e alimentos, diuréticos, laxantes e vômitos, prejudicam o
desempenho atlético.
 O uso de diuréticos para perda de peso causa uma redução desproporcional no volume
plasmático, afetando negativamente a termorregulação, a função cardiovascular e a
função neuromuscular.
 Atletas que induzem vômitos e diarreia para perda de peso não apenas se desidratam,
mas também sofrem perda mineral significativa, enfraquecimento muscular e
diminuição da função neuromuscular, prejudicando seu desempenho.
Esses pontos enfatizam os riscos da desidratação em ambientes frios e em modalidades
esportivas que incentivam a perda de água corporal, destacando os efeitos negativos no
desempenho atlético.

UNIDADE 7
MICRONUTRIENTES NA ATIVIDADE FÍSICA

 História das Vitaminas: a importância histórica das vitaminas, desde os tempos antigos,
quando figuras como Hipócrates já reconheciam os benefícios de certos alimentos para
tratar doenças como a cegueira noturna.
 Descoberta Formal das Vitaminas: A descoberta formal das vitaminas revelou que são
substâncias essenciais para o corpo humano, necessárias em pequenas quantidades
e que não podem ser produzidas pelo corpo, portanto, devem ser obtidas através da
alimentação.
 Micronutrientes: Os micronutrientes incluem vitaminas e minerais, que desempenham
papéis essenciais no metabolismo, crescimento, reparação de tecidos, regulação de
reações metabólicas e função muscular.
 Vitaminas Lipossolúveis e Hidrossolúveis: As vitaminas são classificadas em
lipossolúveis (A, D, E e K) e hidrossolúveis (B1, B2, B3, B6, B9, B12, B5, B7 e C). As
lipossolúveis podem ser armazenadas no corpo, enquanto as hidrossolúveis não são
armazenadas e devem ser ingeridas regularmente.
 Funções das Vitaminas: As vitaminas têm diversas funções no organismo, incluindo o
papel na regulação do metabolismo, crescimento ósseo, absorção de nutrientes, função
neuromuscular, entre outros.
 Fontes de Vitaminas: As imagens 1 e 2 apresentam informações detalhadas sobre as
principais fontes alimentares de vitaminas, suas funções e os sintomas de deficiência.
1. Complexo B de Vitaminas: O complexo B de vitaminas é composto por várias
vitaminas B diferentes, incluindo B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B6
(piridoxina), B9 (ácido fólico), B12 (cianocobalamina), B5 (ácido pantotênico) e B7
(biotina). Essas vitaminas desempenham papéis essenciais no metabolismo
energético.
2. Funções das Vitaminas B: As vitaminas B são coenzimas envolvidas em várias
reações metabólicas, incluindo a oxidação de alimentos para a produção de energia.
Elas são importantes para a função muscular normal e a produção de eritrócitos
(glóbulos vermelhos).
3. Suplementação de Vitaminas B: A suplementação de vitaminas B não é recomendada
para atletas, a menos que haja uma deficiência prévia comprovada. A maioria dos
atletas pode obter essas vitaminas por meio de uma dieta adequada.
4. Necessidades Aumentadas: O treinamento físico pode aumentar as necessidades de
algumas vitaminas do complexo B, devido à retenção aumentada no músculo
esquelético e às adaptações metabólicas ao exercício.
5. Importância da Dieta Equilibrada: Uma dieta equilibrada e rica em alimentos naturais
é a melhor maneira de atender às necessidades de vitaminas B, sem a necessidade
de suplementação.
6. Radicais Livres: Radicais livres são átomos ou moléculas que contêm um elétron não
pareado em sua órbita externa. Isso os torna altamente reativos e propensos a causar
danos às células e aos tecidos do corpo.
7. Produção de Radicais Livres na Mitocôndria: os radicais livres são produzidos por
oxidação na mitocôndria, um componente celular importante responsável pela
produção de energia. Os tipos de radicais livres mencionados incluem superóxido,
hidroxil e óxido nítrico.
8. Ação Nociva dos Radicais Livres: Os radicais livres têm como alvo direto as estruturas
das membranas lipídicas, onde promovem a peroxidação lipídica. Isso leva à
instabilidade e ao aumento da permeabilidade das membranas celulares, o que pode
causar danos às células.
9. Importância da Vitamina Antioxidante: uma vitamina desempenha um papel
fundamental no combate aos radicais livres. As vitaminas com propriedades
antioxidantes são essenciais para neutralizar os radicais livres e proteger o corpo contra
os danos oxidativo.

A vitamina C (ácido ascórbico) e sua importância no organismo, principalmente no contexto


do desempenho esportivo e na proteção contra os radicais livres. Aqui estão os principais
pontos abordados:

1. Funções da Vitamina C: A vitamina C desempenha várias funções no organismo,


incluindo aumentar a resistência a infecções, combater o escorbuto (uma doença
causada pela carência de vitamina C), atuar como cofator na síntese de colágeno,
elastina, proteoglicanos e matriz óssea, além de desempenhar um papel no processo
redox e aumentar a absorção de ferro.
2. Ação Antioxidante: A vitamina C atua como antioxidante, principalmente no plasma,
onde é hidrossolúvel. Ela neutraliza radicais livres, reduzindo os danos causados pelo
estresse oxidativo. Além disso, a vitamina C pode regenerar a vitamina E, que é
lipossolúvel e atua nas membranas celulares.
3. Benefícios para o Desempenho Físico: Estudos sugerem que a suplementação com
vitamina C pode aumentar a resistência a infecções respiratórias, reduzir a gravidade
dessas infecções em atletas e diminuir a dor muscular. A vitamina C também
desempenha um papel na absorção de ferro, essencial para atletas.
4. Suplementação de Vitamina C: O consumo de megadoses de vitamina C não é tóxico,
mas não promove o aumento da absorção de ferro na dieta. Além disso, não há
evidência científica de que a suplementação possa prevenir ou curar a gripe ou o
resfriado.
Ainda sobre estresse oxidativo, a importância dos antioxidantes e a necessidade de uma dieta
equilibrada rica em antioxidantes naturais. Ressaltando que a suplementação de antioxidantes
não demonstrou claramente melhorar o desempenho atlético, a menos que haja deficiência
nutricional específica ou restrição calórica prolongada.

Por fim, uma questão comum: As vitaminas engordam? As vitaminas e minerais não contêm
calorias, portanto, não contribuem para o ganho de peso. Qualquer aumento de peso
percebido associado ao consumo de vitaminas pode estar relacionado a outros fatores, como
o aumento da atividade física e a retenção de água devido ao exercício. Geralmente, não há
uma relação direta entre o consumo de vitaminas e o ganho de peso corporal.

Vitamina D no organismo, suas funções e os impactos de sua deficiência

1. Funções da Vitamina D: A vitamina D desempenha diversas funções no corpo, incluindo


sua ação no metabolismo do cálcio, no crescimento, na contratilidade muscular e na
saúde óssea. Ela desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde óssea,
reduzindo o risco de fraturas por estresse. Além disso, a vitamina D está associada a
uma série de outras funções, incluindo a melhora da capacidade oxidativa mitocondrial
e o suporte à função metabólica muscular.
2. Fontes de Vitamina D: Poucos alimentos contêm naturalmente vitamina D, sendo sua
principal fonte a conversão na pele pela ação da radiação ultravioleta (UV) do sol. No
entanto, o uso de roupas de proteção e protetores solares pode limitar a produção de
vitamina D pela pele, levando a uma alta prevalência de deficiência de vitamina D.
3. Deficiência de Vitamina D: A deficiência de vitamina D está associada a uma série de
problemas de saúde, incluindo fraqueza, alterações de marcha, dor difusa, fraturas,
demência, câncer, doenças infecciosas, cardiovasculares e aumento da taxa de
mortalidade. A deficiência de vitamina D é especialmente comum em idosos devido à
menor capacidade de síntese de vitamina D pela pele e à menor absorção intestinal.
4. Suplementação de Vitamina D: Estudos recentes mostram melhorias na força, no
equilíbrio e no desempenho esportivo com a suplementação de vitamina D em adultos,
idosos, atletas, jovens e adultos com sobrepeso ou obesidade. O posicionamento oficial
do American College of Sports Medicine (ACSM) recomenda que os atletas sejam
orientados a manter concentrações séricas adequadas de vitamina D por meio de
estratégias que envolvam a exposição solar e o consumo dietético.
5. Benefícios para o Desempenho Atlético: A vitamina D também desempenha um papel
no músculo esquelético, contribuindo para a melhora da função metabólica muscular,
a prevenção de lesões, a redução da inflamação e a influência na imunidade. Além
disso, ela pode favorecer o aumento do tamanho das fibras musculares tipo II e atuar
como um regulador da transcrição de genes em diversos tecidos, melhorando a
resposta adaptativa ao exercício.

A importância da vitamina E, especificamente na forma de alfa-tocoferol, como um


antioxidante não enzimático no organismo.

1. Função da Vitamina E: O alfa-tocoferol, uma forma da vitamina E, atua como um


antioxidante não enzimático, prevenindo reações de peroxidação lipídica em ambientes
lipofílicos, como membranas celulares e lipoproteínas de baixa densidade (LDL-
colesterol). Sua função é proteger essas estruturas contra danos causados por radicais
livres.
2. Fontes de Vitamina E: A vitamina E pode ser encontrada em alimentos de origem
vegetal, como óleos, folhas verdes escuras, oleaginosas (como nozes e amêndoas) e
germe de trigo. Também está presente em alimentos de origem animal, como ovos,
fígado, óleo de peixe e produtos lácteos.
3. Potencial Ergogênico: Alguns estudos têm analisado a vitamina E como um possível
auxílio ergogênico, especialmente em exercícios de resistência aeróbia. A
suplementação com vitamina E pode ajudar a minimizar os efeitos do estresse
oxidativo, que desempenha um papel importante no desenvolvimento de radicais livres
no músculo cardíaco. Isso, por sua vez, pode ter um efeito profilático na redução do
risco de doenças cardiovasculares.
4. Suplementação de Vitamina E: Embora a deficiência de vitamina E seja rara em atletas
que mantêm uma dieta adequada, as evidências em relação aos benefícios da
suplementação com vitamina E ainda são conflitantes. É importante notar que o uso
generalizado de grandes quantidades de vitamina E deve ser desencorajado, pois a
suplementação excessiva pode não ser benéfica e até mesmo prejudicial.

Em resumo, a vitamina E, na forma de alfa-tocoferol, desempenha um papel crucial como


antioxidante no organismo, protegendo as células e as lipoproteínas de danos causados por
radicais livres. Seu potencial ergogênico, especialmente em exercícios de resistência aeróbia,
está sendo estudado, mas a suplementação com vitamina E deve ser feita com cautela e sob
orientação adequada, pois o uso excessivo pode não ser benéfico.

A importância dos minerais na dieta e no funcionamento do corpo humano.

1. Composição Corporal: Cerca de 4% da massa corporal humana é composta por


minerais. Esses minerais desempenham papéis essenciais como constituintes de
enzimas, hormônios e vitaminas, além de se combinarem com outras substâncias
químicas ou existirem em sua forma livre.
2. Disponibilidade de Minerais: Os minerais são amplamente disponíveis na natureza,
encontrados em vegetais, animais que consomem vegetais e em águas minerais.
Portanto, não há necessidade de gastar dinheiro suplementando minerais se você
mantiver uma alimentação equilibrada.
3. Funções dos Minerais: Os minerais desempenham diversas funções no corpo humano,
incluindo:
o Fornecimento estrutural para a formação de ossos e dentes.
o Manutenção do ritmo cardíaco, contratilidade muscular, condutividade neural e
equilíbrio ácido-base.
o Regulação do metabolismo, atuando como cofatores para enzimas envolvidas
em reações metabólicas.
4. Principais Minerais: Alguns minerais são particularmente importantes na dieta de
atletas. Os minerais mencionados incluem cálcio, ferro, zinco, magnésio e selênio.
Atletas que têm necessidades nutricionais específicas, como aqueles com distúrbios
alimentares, amenorreia (ausência de menstruação) e risco de osteoporose precoce,
podem precisar de quantidades adicionais de cálcio e vitamina D. Atletas que realizam
exercícios de longa duração, como corredores de longa distância, também podem ter
necessidades aumentadas de ferro.
5. Fontes de Minerais: O quadro contém informações detalhadas sobre as principais
fontes e funções dos minerais mais abundantes em nossa alimentação, como cálcio,
ferro, zinco, magnésio e selênio.

A importância do cálcio na saúde óssea


1. Regulação do Cálcio: A concentração sérica de cálcio é estritamente regulada dentro
de uma faixa estreita no organismo, independentemente da ingestão aguda de cálcio
na dieta. Isso ocorre porque o cálcio desempenha um papel fundamental como sinal
para a contração muscular.
2. Importância da Ingestão Adequada de Cálcio: A ingestão dietética adequada de cálcio
é essencial para a saúde óssea. O cálcio é necessário para a construção e manutenção
de ossos fortes, sendo especialmente importante durante os anos de crescimento e até
aproximadamente os 30 anos de idade.

3. Deficiência de Cálcio: A deficiência de cálcio pode levar a problemas de saúde óssea,


incluindo osteopenia e osteoporose, que são condições caracterizadas pela perda de
densidade óssea e maior fragilidade óssea. As mulheres têm maior risco de
desenvolver essas condições, especialmente após a menopausa.
4. Fontes Alimentares de Cálcio: Uma dieta rica em cálcio pode ser obtida por meio de
alimentos como laticínios (leite, queijo, iogurte), vegetais de folhas verdes, sardinha
enlatada com ossos e produtos enriquecidos com cálcio, como sucos e cereais.
5. Suplementação de Cálcio: A suplementação de cálcio deve ser considerada após uma
avaliação completa da ingestão alimentar habitual. É importante lembrar que a
suplementação de cálcio não substitui uma dieta equilibrada e deve ser usada apenas
quando necessário.

6. Exercício e Saúde Óssea: O exercício desempenha um papel importante na saúde


óssea. O exercício aeróbico moderado a intenso, realizado regularmente, pode
aumentar a massa óssea e retardar a perda óssea. Exercícios de fortalecimento
muscular também são benéficos para a saúde dos ossos.
7. Fatores de Risco para Osteoporose: Além da ingestão inadequada de cálcio, vários
fatores de risco, como tabagismo, envelhecimento, baixo peso corporal, consumo de
álcool, sedentarismo, fatores genéticos e doenças endócrinas, podem contribuir para o
desenvolvimento da osteoporose.

A importância do ferro na saúde e no desempenho atlético


1. Função do Ferro: O ferro desempenha um papel crucial no transporte de oxigênio pelo
sangue, sendo um componente essencial da hemoglobina, a proteína presente nas
células vermelhas do sangue responsável por transportar o oxigênio dos pulmões para
os tecidos do corpo. Além disso, o ferro está envolvido em várias funções metabólicas
importantes.

2. Impacto no Desempenho Atlético: A falta de ferro, com ou sem anemia, pode prejudicar
a função muscular e limitar a capacidade de trabalho, o que pode afetar adversamente
o desempenho atlético. Portanto, manter um status de ferro adequado é crucial para
atletas.
3. Causas da Deficiência de Ferro em Atletas: Várias causas podem levar à deficiência
de ferro em atletas. Isso inclui ingestão dietética limitada de ferro, ingestão insuficiente
de energia, treinamento em altitudes elevadas, perda de sangue menstrual em
mulheres, hemólise (destruição das hemácias) devido ao impacto durante o exercício,
doação frequente de sangue e lesões.

4. Aumento das Necessidades de Ferro em Atletas: Alguns atletas, como corredores de


longa distância, vegetarianos e doadores regulares de sangue, podem estar em maior
risco de deficiência de ferro e podem precisar de uma ingestão de ferro maior do que a
recomendação diária média.
5. Recomendações Dietéticas de Ferro: Para manter as reservas de ferro suficientes, as
recomendações dietéticas de ferro são de aproximadamente 8 mg/dia para homens e
18 mg/dia para mulheres. Essas quantidades podem ser alcançadas através do
consumo de fontes de ferro heme (encontradas em carnes) e não heme (encontradas
em alimentos vegetais, como feijão e espinafre).
6. Intervenção Nutricional: Se a deficiência de ferro é detectada, é importante iniciar a
intervenção nutricional imediatamente. A reversão da deficiência pode levar de três a
seis meses, destacando a importância de monitorar e tratar o problema o mais rápido
possível.

O zinco é um mineral essencial que desempenha várias funções importantes no organismo


humano. Suas funções podem ser classificadas como estruturais, reguladoras e catalíticas,
abrangendo áreas como metabolismo energético, função imunológica e ação antioxidante. A
deficiência de zinco pode comprometer múltiplas funções, incluindo crescimento, sistema
imunológico e reprodução.

Em atletas, existem fatores de risco que aumentam a probabilidade de deficiência de zinco.


Alguns desses fatores incluem:

1. Perdas de Zinco: Atletas podem perder zinco através do suor e da urina durante o
exercício físico, especialmente em atividades intensas e em ambientes quentes. Isso
pode aumentar a necessidade de zinco na dieta.
2. Restrição Calórica: Atletas que restringem calorias, especialmente aqueles que tentam
manter um peso corporal baixo, podem estar em risco de deficiência de zinco, já que
podem consumir menos alimentos ricos em zinco.
3. Transtornos Alimentares: Atletas, especialmente no caso de ginastas e dançarinas, que
estão sob pressão para manter um peso corporal específico, podem ser mais
propensos a transtornos alimentares, o que pode resultar em ingestão inadequada de
zinco.

UNIDADE 8

RECURSOS ERGOGÊNICOS E DOPING ESPORTIVO

A importância da nutrição natural e a ênfase em consumir alimentos integrais e


equilibrados em vez de depender em excesso de suplementos altamente processados.
1. Nutrição Natural: O consumo de alimentos naturais e não processados, como frutas,
verduras, grãos integrais, carnes magras e laticínios com baixo teor de gordura, é
fundamental para a saúde, a prevenção de doenças e a otimização do desempenho.
Esses alimentos contêm uma combinação de nutrientes essenciais, fibras, proteínas,
gorduras saudáveis, carboidratos, antioxidantes e fitoquímicos que são importantes
para atletas.
2. Suplementos com Sabedoria: Embora os suplementos possam ser apropriados em
algumas situações, a ênfase deve ser colocada em obter nutrientes através de
alimentos naturais sempre que possível. A maioria dos atletas consome mais calorias
devido ao alto nível de atividade física, o que naturalmente leva a uma ingestão maior
de nutrientes. Portanto, planejar refeições ricas em nutrientes é essencial para atender
às necessidades de saúde, desempenho e recuperação.
3. Ergogênicos e Placebo: A busca por melhorias no desempenho esportivo levou a
investigações sobre substâncias e fenômenos que podem melhorar o desempenho,
chamados de auxílios ergogênicos. No entanto, é importante reconhecer que o efeito
placebo também desempenha um papel significativo na percepção do desempenho.
Estudos mostram que a crença em um tratamento ou suplemento pode levar a
melhorias reais no desempenho, mesmo que o tratamento seja inativo.

A classificação dos recursos ergogênicos, que são substâncias ou métodos utilizados para
melhorar o desempenho esportivo. Os recursos ergogênicos são divididos em quatro classes:
1. Agentes Farmacológicos: Isso inclui substâncias farmacológicas ou drogas que são
usadas para melhorar o desempenho. Essas substâncias podem incluir anabolizantes
esteroides, estimulantes, hormônios de crescimento e outros medicamentos.
2. Agentes Hormonais: Esta classe envolve o uso de hormônios ou substâncias
relacionadas ao sistema endócrino para melhorar o desempenho. Isso pode incluir a
administração de hormônios como a eritropoetina (EPO) para aumentar a produção de
glóbulos vermelhos.
3. Agentes Fisiológicos: Estes são métodos ou substâncias que afetam processos
fisiológicos no corpo para melhorar o desempenho. Exemplos incluem treinamento em
altitude, hipóxia intermitente e técnicas de recuperação.
4. Agentes Nutricionais: Esta classe abrange o uso de suplementos nutricionais,
alimentos específicos ou dietas para melhorar o desempenho esportivo. Isso pode
incluir a suplementação de proteínas, creatina, cafeína e outros nutrientes.

Também deve-se destacar a importância de reconhecer as consequências legais, éticas,


morais e médicas do uso de qualquer agente ergogênico. O uso de substâncias proibidas,
como esteroides anabolizantes, pode resultar em desqualificação de competições e
suspensões de competições esportivas.
Além disso, enfatiza-se que a lista de substâncias proibidas está em constante atualização, e
os atletas devem estar cientes das implicações de usar essas substâncias.
Deve se diz citar que a indústria de suplementos nutricionais e muitos atletas buscam
melhorias no desempenho através desses produtos. No entanto, destaca que apenas quatro
suplementos nutricionais têm eficácia cientificamente comprovada: creatina, cafeína, beta-
alanina e bicarbonato.
A creatina, por exemplo, é reconhecida por aumentar a capacidade anaeróbia, reduzir a
quebra proteica e auxiliar no aumento da massa muscular e na melhoria da performance.
Portanto, esses quatro suplementos são os únicos com comprovação científica de benefícios
no desempenho esportivo, enquanto outros podem ter efeitos principalmente relacionados ao
efeito placebo.
O uso de creatina como suplemento nutricional para melhorar o desempenho esportivo.
Popularidade da Creatina: A creatina tornou-se um suplemento popular entre atletas após
os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, quando os medalhistas de ouro, Lindford Christie
e Sally Gunnell, supostamente, a utilizaram. Em Atlanta, em 1996, cerca de 80% dos atletas
também usavam creatina. O consumo global estimado de creatina por atletas é significativo.
Fontes Dietéticas de Creatina: As principais fontes dietéticas de creatina são peixes e carne
vermelha.
Benefícios da Suplementação de Creatina: Vários estudos são mencionados para destacar
os benefícios da suplementação de creatina. Por exemplo, a suplementação com creatina
melhorou a massa magra, a força muscular e a resistência em atletas, incluindo idosos. Os
ganhos de força e massa magra foram observados em vários estudos, com diferentes
protocolos de suplementação. Mecanismo de Ação: A creatina atua aumentando os estoques
de creatina muscular, acelerando a ressíntese de fosfocreatina (PCr) e melhorando a
capacidade de realizar exercícios de alta intensidade. Isso beneficia esportes que envolvem
esforços explosivos e exercícios de curta duração.
1. Protocolo de Uso: Um protocolo comum de uso envolve uma fase de carregamento
com cerca de 20g por dia, divididos em doses iguais, por 5 a 7 dias, seguida por uma
fase de manutenção com 3-5g por dia. O consumo concomitante com uma fonte mista
de proteína/carboidratos pode melhorar a absorção de creatina.
2. Impacto na Performance: A creatina é especialmente eficaz para melhorar a força
isométrica máxima e o desempenho em exercícios de alta intensidade com duração
acima de 30 segundos. Além disso, adaptações crônicas ao treinamento incluem
ganhos de massa magra e melhorias na força e potência muscular. Existem também
evidências de potenciais efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes da creatina.
3. Variação na Resposta Individual: A resposta à suplementação de creatina pode variar
entre indivíduos. Aqueles com níveis mais baixos de creatina muscular tendem a ter
maiores aumentos, enquanto algumas pessoas com valores iniciais elevados podem
não responder da mesma forma.
4. Retenção de Água: A creatina pode levar à retenção de água no corpo, contribuindo
para o aumento da massa corporal observado em alguns casos.

No geral, a creatina é considerada um dos suplementos nutricionais mais eficazes para


melhorar o desempenho esportivo em exercícios de alta intensidade e curta duração. No
entanto, a resposta individual pode variar.

A cafeína e seu uso e impacto no desempenho esportivo.


A cafeína é o segundo suplemento nutricional discutido, e ele descreve detalhes sobre seu
uso e impacto no desempenho esportivo.
1. Popularidade da Cafeína: A cafeína é a substância psicoativa mais consumida no
mundo e ocorre naturalmente em várias plantas, incluindo café, chá e cacau. Ela é
comumente consumida na forma de bebidas como café, refrigerantes e chá, bem como
em bebidas energéticas e outros produtos alimentares com cafeína.
2. Consumo de Cafeína: Aproximadamente, 90% dos adultos em países ocidentais
consomem cafeína regularmente, e o consumo médio nos EUA é de cerca de 200 mg
por dia. O consumo de produtos com cafeína tem aumentado, incluindo bebidas
energéticas, suplementos pré-treino, goma de mascar, géis energéticos e outros
produtos.
3. Status da Cafeína nos Esportes: Atualmente, a cafeína não está na lista de
substâncias proibidas para atletas. Isso se deve à sua ampla disponibilidade em
alimentos e bebidas, o que torna difícil rastrear e controlar seu consumo pelos atletas.
No entanto, alguns esportes têm concentrações mais altas de cafeína em amostras de
urina de seus atletas.
4. Mecanismo de Ação: A cafeína é reconhecida como um estimulante do sistema
nervoso central. Ela atua como antagonista do receptor de adenosina, aumenta a
liberação de endorfina e melhora a função muscular. Também aumenta a vigilância, o
estado de alerta e reduz a percepção de exaustão durante o exercício.
5. Protocolo de Uso: A dosagem típica de cafeína para melhorar o desempenho é de 3-
6 mg por quilograma de peso corporal, na forma de cafeína anidra, consumida
aproximadamente 60 minutos antes do exercício. Doses menores (< 3 mg/kg ou cerca
de 200 mg) também podem ser eficazes, especialmente quando consumidas com
carboidratos.
6. Impacto na Performance: A cafeína é eficaz para melhorar o desempenho atlético em
situações relacionadas à resistência, exercícios de curta duração, submáximos e
tarefas de sprints repetidos. Ela pode aumentar o tempo de exercício até a fadiga, o
desempenho em atividades de resistência e a produção de trabalho em atividades
anaeróbicas de curto prazo.
7. Consenso sobre Suplementos Dietéticos: O Comitê Olímpico Internacional (COI)
reconhece que os suplementos dietéticos podem desempenhar um papel pequeno no
plano de nutrição esportiva dos atletas. No entanto, é crucial analisar o risco-benefício
dos suplementos, levando em consideração a eficácia, segurança e riscos potenciais,
incluindo violações das regras antidoping.
A história do uso de recursos ergogênicos, substâncias dopantes, ao longo do tempo e
destaca a complexidade do debate sobre a justiça e a ética do doping no esporte.

1. História do Doping: Desde os tempos antigos até a era moderna, competidores têm
buscado maneiras de melhorar seu desempenho nas mais diversas modalidades
esportivas. O termo "doping" ganhou força com o aumento da competitividade
esportiva, especialmente nas Olimpíadas da era moderna a partir de 1896.
2. Hormônios
Androgênicos: A partir
de 1935, com o
isolamento da
testosterona e sua
produção sintética,
surgiram potentes
hormônios
androgênicos que
promovem aumento de
força, massa muscular e resistência. A testosterona e outros esteroides anabólicos
androgênicos derivados são exemplos dessas substâncias.
3. Agentes de Dopagem: A testosterona e outros hormônios continuam sendo os
agentes de dopagem mais potentes e amplamente detectados em testes antidoping.
Estima-se que eles sejam responsáveis por cerca de dois terços das violações das
regras antidopagem.
4. Discussão Ética: O uso de doping no esporte levanta questões complexas sobre
igualdade de oportunidades e justiça. A discussão sobre se o doping é justo ou não
envolve fundamentos filosóficos e éticos, especialmente no que diz respeito à busca
por resultados iguais e à preservação da integridade do esporte.
5. Conhecimento Integrado: ressalta-se a importância do conhecimento integrado sobre
farmacologia, fisiologia, fisiopatologia e os cenários de uso clínico das substâncias
dopantes. Isso é fundamental para os profissionais de saúde que lidam com atletas e
indivíduos que buscam melhorar seu desempenho esportivo ou estético.
O papel da testosterona e de outros androgênios no contexto da melhoria do desempenho
atlético, bem como os potenciais riscos associados ao seu uso.
1. Produção de Testosterona: A testosterona é um hormônio esteroidal importante,
produzido principalmente pelas células intersticiais dos testículos nos homens e em
menor quantidade nas mulheres, nos ovários e na glândula adrenal. Sua produção é
controlada pelo hormônio estimulador das células intersticiais.
2. Deidroespiandrosterona (DHEA): Nas mulheres, a DHEA é o principal precursor dos
androgênios, e sua produção ocorre nos ovários, na adrenal e no sangue sob a forma
de sulfato de dehidroepiandrosterona (S-DHEA). A DHEA desempenha um papel
importante na síntese de proteínas e no desenvolvimento de características
masculinas.
3. Aumento da Testosterona durante o Exercício: A concentração plasmática de
testosterona pode aumentar durante diferentes tipos de exercício, incluindo exercícios
submáximos prolongados, exercícios de alta intensidade e treinamento de resistência.
No entanto, esse aumento é relativamente pequeno e pode ser devido a fatores como
redução no volume plasmático ou aumento na inativação da testosterona.
4. Impacto na Hipertrofia Muscular: A testosterona, sozinha, contribui apenas cerca de
10% para a variação na hipertrofia muscular observada como resultado do treinamento
de resistência. Portanto, outros fatores desempenham papéis significativos nesse
processo.
5. Uso de Andrógenos Sintéticos: O uso de testosterona e seus análogos sintéticos é
comum entre atletas que buscam aumentar a massa muscular e melhorar a força. No
entanto, os efeitos adversos associados ao uso dessas substâncias, incluindo
distúrbios hormonais, distúrbios de humor e comportamentais, riscos cardiovasculares,
disfunção hepática, entre outros.
6. Efeitos em Mulheres: O uso de andrógenos em mulheres também pode resultar em
efeitos virilizantes, como aumento do clitóris, aprofundamento da voz, crescimento
excessivo de pelos (hirsutismo) e mudanças na forma do corpo. Alguns desses efeitos
podem não ser reversíveis após a interrupção do uso.
7. Lance Armstrong e o Doping: O caso de Lance Armstrong, um multicampeão do
Tour de France, que perdeu seus títulos após ser flagrado no doping. Esse caso teve
um grande impacto no esporte e na discussão sobre doping.

Os recursos ergogênicos mecânicos, que desempenham um papel fundamental no avanço do


desempenho atlético por meio da aplicação de tecnologias inovadoras em várias modalidades
esportivas.
1. Avanços Tecnológicos na Natação: O uso de trajes tecnológicos na natação reduziu
o atrito do tecido com a água, minimizando o arrasto aerodinâmico. Esses avanços,
juntamente com outros recursos ergogênicos, levaram a tempos mais rápidos em
competições.
2. Ciclismo e Tecnologia: No ciclismo, componentes mais leves, como bicicletas, rodas,
vestimentas e acessórios, contribuíram para a redução do peso e melhorias na
aerodinâmica, resultando em maior velocidade e melhor desempenho para os atletas.
3. Calçados Esportivos de Alto Desempenho: Os tênis esportivos de alta tecnologia,
como aqueles com placas de carbono, revolucionaram as provas de longa distância,
permitindo que os atletas melhorem seus tempos. O exemplo citado é o do fundista
Eliud Kipchoge, que quebrou a marca de duas horas na maratona.
4. Tecnologia para Atletas de Elite e Amadores: O uso de tecnologia não está limitado
aos atletas de elite; muitos corredores amadores também adotam calçados com
tecnologia de carbono e outros recursos avançados.
5. Desafios da Tecnologia na Preparação Física: A importância de profissionais de
saúde e preparadores físicos estarem atualizados e preparados para utilizar essas
tecnologias como ferramentas de trabalho. A tecnologia pode fornecer dados em tempo
real sobre variáveis de treinamento e estilo de vida dos atletas.
6. Tendências Fitness para 2022: O American College of Sports Medicine (ACSM)
apresenta as principais tendências fitness para 2022, incluindo o uso de gadgets
wearables, como smartwatches e dispositivos de rastreamento, para monitorar e
quantificar várias variáveis de treinamento e estilo de vida.
7. Suplementos Ergogênicos: Em relação aos suplementos ergogênicos, relativamente
poucos deles têm evidências sólidas que respaldem suas alegações de benefícios. É
importante considerar a segurança e a saúde do atleta ao escolher e orientar o uso de
suplementos.
8. Ênfase na Nutrição e Treinamento: Por fim, a importância de priorizar a nutrição
adequada, um treinamento bem elaborado e, se necessário, a incorporação de
recursos ergogênicos, com ênfase na segurança e na saúde dos atletas.

UNIDADE 9

PRÁTICA ESPORTIVA E NECESSIDADES NUTRICIONAIS PARA GRUPOS ESPECIAIS

O envelhecimento da população e a preocupação com a qualidade de vida à medida que as


pessoas vivem mais.
1. Envelhecimento da População: A previsão de que a parcela da população com mais
de 65 anos aumentará significativamente nas próximas décadas, representando mais
de um quarto dos brasileiros em 2060. Esse envelhecimento da população traz
questões relacionadas à qualidade de vida na terceira idade.
2. Aumento da Expectativa de Vida: É mencionado que houve um aumento notável na
expectativa de vida nas últimas décadas, mas questiona se viver mais é suficiente ou
se é necessário viver com qualidade.
3. Sobrepeso e Obesidade: O aumento alarmante nas taxas de sobrepeso e obesidade
na população brasileira, com mais da metade dos adultos sendo classificados como
sobrepesados e uma parcela significativa sendo considerada obesa. Isso está
associado a um aumento do risco de várias doenças crônicas.
4. Consequências da Obesidade: São mencionadas as consequências da obesidade,
que incluem maior risco de doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, câncer,
problemas renais, asma, entre outros. Além disso, a obesidade é identificada como um
fator de risco para formas graves de COVID-19.
5. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade: Dados do World Obesity Atlas sobre a
prevalência de sobrepeso na população brasileira, com projeções que indicam um
aumento contínuo nas taxas de sobrepeso e obesidade até 2030.
6. Importância da Alimentação Saudável e do Exercício: A importância de uma
alimentação saudável e de um estilo de vida ativo na prevenção e no tratamento de
doenças. O consumo adequado de calorias e nutrientes é destacado, assim como a
importância de equilibrar calorias ao longo da vida, evitando o sobrepeso e a
obesidade.
7. Recomendações de Boas Práticas Alimentares: Recomendações do American
College of Sports Medicine (ACSM) para boas práticas alimentares, incluindo o
equilíbrio de calorias, a redução de alimentos e componentes específicos, e a
incorporação de alimentos ricos em nutrientes em uma dieta equilibrada.
8. Padrões de Alimentação Saudável: É aconselhado desenvolver um padrão de
alimentação saudável que atenda às necessidades nutricionais e permaneça em um
nível calórico adequado. A ênfase é colocada na escolha de alimentos que forneçam
nutrientes essenciais.
A importância da nutrição e do estilo de vida ativo na promoção da saúde e no controle do
sobrepeso e da obesidade.
1. Epidemia Global de Sobrepeso e Obesidade: A taxa de aumento do sobrepeso e da
obesidade está superando a taxa de pessoas abaixo do peso em todo o mundo. Cerca
de 1 bilhão de adultos têm sobrepeso, com pelo menos 300 milhões considerados
obesos. Essa epidemia de obesidade está associada a vários problemas de saúde não
fatais e doenças crônicas potencialmente fatais.
2. Impacto da Obesidade: A obesidade é relacionada a problemas de saúde crônicos,
incluindo diabetes tipo 2, doença cardiovascular, hipertensão, acidente vascular
cerebral, certos tipos de câncer, doença da vesícula biliar e morte prematura. Além
disso, os custos com assistência médica relacionados à obesidade são significativos
em alguns países desenvolvidos.
3. Inversão Etária e Impacto na Economia: O impacto da inversão da pirâmide etária,
com mais adultos idosos do que jovens, na economia e nos sistemas de saúde. Além
disso, destaca como a incidência crescente de sobrepeso e obesidade pode agravar
ainda mais esse cenário.
4. Papel da Nutrição e do Estilo de Vida Ativo: A nutrição desempenha um papel
fundamental no controle de peso, e a escolha dos alimentos e bebidas que uma pessoa
consome influencia diretamente seu peso corporal. Manter um equilíbrio entre a
ingestão calórica e o gasto energético é fundamental para o controle do peso. Além
disso, a atividade física regular pode ajudar a combater a obesidade e melhorar a saúde
geral.
5. Variáveis do Treinamento e Resistência à Insulina: A manipulação de variáveis no
treinamento físico, como tipo de exercício, intensidade e volume, pode otimizar as
respostas fisiológicas e melhorar o desempenho. Além disso, a atividade física é
benéfica no tratamento da obesidade, pois aumenta o gasto energético e ajuda na
redução do risco de resistência à insulina e síndrome metabólica.
6. Sobrepeso e Obesidade: O sobrepeso e a obesidade são descritos como situações
em que o peso corporal excede o recomendado para a boa saúde. Essas condições
aumentam o risco de desenvolvimento de várias doenças e problemas de saúde.
7. Manutenção do Peso Corporal: As pessoas que têm sucesso na perda de peso são
aquelas que conseguem manter a perda de gordura corporal a longo prazo. Isso
enfatiza a importância não apenas de perder peso, mas também de manter uma gestão
de peso saudável ao longo do tempo.
8. Atividade Física e Prevenção de Doenças: A atividade física é apontada como um
elemento fundamental na prevenção primária de várias doenças não transmissíveis.
Estudos e evidências científicas têm mostrado que a atividade física regular contribui
para a prevenção de condições como hipertensão, doenças coronárias, diabetes tipo
2, osteoporose, câncer, obesidade e depressão.
9. Estilo de Vida Sedentário: A preocupação com as altas taxas de inatividade física na
população e observa que o estilo de vida sedentário tem se desenvolvido
precocemente, especialmente a partir da adolescência.
10. Mudança no Enfoque: Para pessoas com obesidade severa, uma mudança de
enfoque dos programas de atividades físicas, enfatizando não apenas a perda de peso,
mas também a melhoria de outros parâmetros de saúde, como qualidade de vida,
capacidade funcional e comorbidades médicas associadas. Além disso, destaca que
os benefícios a longo prazo, como a redução do risco de mortalidade, também são
discutíveis.
11. Fatores Ambientais e Obesidade: Fatores ambientais, como consumo inadequado de
alimentos e inatividade física, como influências importantes na etiologia da obesidade.
O aumento no consumo de alimentos industrializados, ricos em açúcar, gorduras trans
e carboidratos simples, é citado como uma das mudanças dietéticas que contribuíram
para o ganho excessivo de peso.

A relação entre a inatividade física, obesidade e diabetes, e a importância de um estilo de vida


ativo e uma dieta adequada para prevenir e gerenciar o diabetes tipo 2.

1. Inatividade Física e Obesidade: O uso da tecnologia para tarefas cotidianas, longos


períodos de tempo gasto em frente a telas (como televisão e computador) e menos
atividades de lazer contribuíram para tornar a população mais sedentária. No entanto,
também enfatiza que as mudanças no ambiente, na política e na sociedade
desempenham um papel crucial no aumento da obesidade.
2. Exercício e Diabetes: O exercício físico promove adaptações metabólicas no músculo
esquelético, incluindo o aumento da expressão de GLUT4 (transportador de glicose
insulino-sensível), melhora na absorção de glicose e aumento da sensibilidade à
insulina. Isso é particularmente relevante para pessoas com diabetes tipo 2, que
frequentemente têm resistência à insulina.
3. Impacto do Diabetes Tipo 2: O diabetes tipo 2 é uma das principais causas de morte
no mundo e pode levar a uma diminuição significativa da qualidade de vida, causando
problemas oftalmológicos, aterosclerose, cardiomiopatia e outras comorbidades
associadas.
4. Prevenção e Tratamento do Diabetes: Mudanças no estilo de vida, incluindo hábitos
alimentares saudáveis e níveis adequados de atividade física, são indicadas para
melhorar as concentrações de glicose sanguínea em pacientes com diabetes tipo 2.
Estudos mostraram que essas mudanças no estilo de vida podem reduzir
significativamente o risco e a progressão do diabetes tipo 2.
5. Diferença entre Diabetes Tipo 1 e Tipo 2: Existe uma distinção entre o diabetes tipo
1, onde o corpo não produz insulina, e o diabetes tipo 2, onde as células do corpo são
resistentes à insulina ou têm baixa sensibilidade a ela. O diabetes tipo 2 é mais comum
e frequentemente associado a fatores comportamentais, como dieta e inatividade física.
6. Recomendações Nutricionais: São fornecidas recomendações nutricionais para
pessoas com diabetes, incluindo diretrizes sobre carboidratos, proteínas e gorduras na
dieta. A importância de manter um peso corporal saudável e monitorar os níveis de
glicose no sangue regularmente.
7. Exercícios e Diabetes: É indicada a prática de exercícios para pessoas com diabetes,
destacando a importância de uma triagem adequada, monitoramento dos níveis de
glicose sanguínea e a inclusão de atividades aeróbicas, treinamento de força e
exercícios de flexibilidade em um programa de exercícios.
8. Prevenção do Diabetes: Mudanças no estilo de vida, incluindo perda de peso
modesta, redução da ingestão calórica de gorduras saturadas, aumento da ingestão de
fibras e controle do consumo de álcool, são mencionadas como estratégias para reduzir
o risco de diabetes.

A hipertensão arterial como uma doença cardiovascular que se caracteriza pela elevação da
pressão sanguínea nas artérias.

1. Definição de Hipertensão Arterial: A hipertensão arterial é definida como pressão


arterial sistólica acima de 140 milímetros de mercúrio ou pressão arterial diastólica
acima de 90 milímetros de mercúrio. É uma doença com alta prevalência de morbidade
e mortalidade globalmente.
2. Fatores de Risco: São mencionados os principais fatores de risco para o
desenvolvimento da hipertensão, incluindo alto consumo de sódio na dieta, alto
consumo de gorduras saturadas, obesidade, estresse excessivo e inatividade física.
3. Atividade Física como Prevenção: A importância da atividade física na prevenção da
hipertensão. Recomenda-se pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, pelo
menos cinco vezes por semana. A atividade física é indicada como um meio eficaz de
reduzir o risco de desenvolver hipertensão.
4. Treinamento Resistido: Menciona-se que o treinamento resistido com baixas cargas
e elevadas repetições tem se mostrado seguro e eficiente para pessoas com
hipertensão leve. No entanto, para pessoas com pressão arterial mais elevada, o
treinamento de força deve ser adicionado após o início da terapia com drogas anti-
hipertensivas.
5. Exercício Aeróbio: O exercício aeróbio é destacado como a atividade física mais
importante para reduzir a pressão arterial. Recomenda-se para a prática de exercícios
aeróbios, como caminhada rápida, incluindo frequência, intensidade, tempo e tipo.
6. Integração no Estilo de Vida Ativo: O exercício físico deve ser incorporado a um estilo
de vida ativo, que inclui atividades diárias, como subir escadas, estacionar o carro mais
longe e evitar o sedentarismo.

O acidente vascular cerebral (AVC), uma doença cerebrovascular que pode resultar em perda
de função neurológica devido à lesão ou morte das células cerebrais devido a um suprimento
insuficiente de sangue. Existem dois principais tipos de AVC: o hemorrágico, que ocorre
quando há sangramento de vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, e o isquêmico, causado
pelo bloqueio dos vasos sanguíneos cerebrais.

1. Prevalência das Doenças Cerebrovasculares: As doenças cerebrovasculares são


uma das principais causas de morte em todo o mundo, perdendo apenas para as
doenças coronarianas.
2. Fatores de Risco para AVC: São mencionados vários fatores de risco para o AVC,
incluindo idade, sexo, etnia, consumo de álcool, tabagismo, hipertensão, doenças
coronarianas e arritmias cardíacas.
3. Atividade Física como Fator de Proteção: A prática regular de atividade física está
associada a uma redução do risco de AVC. Pessoas muito ativas têm um nível de
proteção de 25% contra o AVC e a mortalidade por AVC em comparação com aquelas
com baixa atividade física.
4. Benefícios da Atividade Física: A atividade física é apontada como benéfica para a
redução da pressão arterial, melhora dos perfis lipídicos, função endotelial,
vasodilatação, função vasomotora, efeito antitrombótico, redução da viscosidade do
sangue, diminuição dos níveis de fibrinogênio e agregação plaquetária, além de
aumentar a fibrinólise.
5. Hipertensão como Fator de Risco: A hipertensão é destacada como um fator de risco
principal para doenças cardiovasculares, incluindo doença arterial coronariana e AVC.
A pressão arterial sistólica e diastólica elevadas estão relacionadas a um maior risco
de doença cardiovascular.
6. Treinamento Resistido: É mencionado que não existem diretrizes definitivas sobre
quando e como iniciar o treinamento resistido no pós-AVC. No entanto, sugere-se
seguir diretrizes similares às utilizadas para pacientes após infarto agudo do miocárdio,
com a ênfase em desenvolver um programa progressivo e seguro.

A doença da artéria coronária, uma condição cardiovascular resultante da aterosclerose das


artérias coronárias, levando à obstrução ou estreitamento desses vasos sanguíneos, o que
pode resultar em isquemia cardíaca e, em casos graves, um ataque cardíaco. Esta doença é
uma das principais causas de morte no mundo, representando uma proporção significativa de
mortes anuais.

1. Prevalência e Impacto Global: A doença da artéria coronária é descrita como a


principal causa de morte no mundo, respondendo por 40% das mortes nos Estados
Unidos. No Brasil, ela também figura entre as principais causas de morbidade e
mortalidade em adultos e idosos.
2. Fatores de Risco: Fatores de risco não modificáveis, como sexo feminino e idade
avançada, bem como fatores de risco modificáveis, incluindo níveis elevados de
colesterol e triglicerídeos, hipertensão, tabagismo, estresse, diabetes tipo 2, consumo
excessivo de álcool, obesidade e inatividade física.
3. Importância da Atividade Física: A atividade física é destacada como uma das
estratégias fundamentais para a prevenção da doença da artéria coronária. Ela é
considerada uma intervenção inicial importante no controle do colesterol e dos lipídios
sanguíneos.
4. Benefícios do Exercício: O exercício regular, juntamente com uma alimentação
saudável, pode impactar positivamente nos níveis de lipídios no sangue. Além disso,
destaca a importância do equilíbrio entre atividade aeróbica, treinamento de força e
flexibilidade para promover um programa de exercícios abrangente.
5. Treinamento Resistido: O treinamento resistido é mencionado como uma forma de
aumentar a força muscular, melhorar a saúde musculoesquelética, aumentar a massa
muscular magra e prevenir a fragilidade associada à idade. Também pode contribuir
para a redução do peso corporal e dos estoques de gordura.
6. Segurança do Treinamento Resistido: O treinamento resistido é considerado seguro
e eficaz para pacientes com doença arterial coronariana. As diretrizes de exercícios
contemporâneas endossam o treinamento resistido como parte da prescrição de
exercícios para adultos saudáveis e muitos pacientes com doenças coronarianas.
7. Treinamento de Resistência Aeróbia: Menciona-se que o treinamento de resistência
aeróbia é ideal para a prevenção de doenças cardiovasculares e relacionadas à falta
de atividade física, aumentando o desempenho físico geral e a capacidade
cardiopulmonar.
8. Considerações para Programas de Treinamento: Fatores que não devem ser
negligenciados ao criar um programa de treinamento seguro para grupos especiais,
incluindo indivíduos com doenças cardíacas.

Os cuidados e considerações relacionados ao exercício durante a gravidez, ressalta-se que


as mulheres com bom condicionamento físico antes da gravidez podem continuar a praticar
exercícios regulares durante esse período. As orientações do American College of
Obstetricians and Gynecologists incentivam as mulheres grávidas a se envolverem em
atividades físicas regulares, desde que não haja complicações na gestação.

1. Continuação do Exercício na Gravidez: É enfatizado que a gravidez não deve ser


vista como um estado de confinamento, e as mulheres com gestações sem
complicações são encorajadas a continuar se exercitando de maneira segura.
2. Monitoramento da Temperatura Corporal: Atletas grávidas devem monitorar
cuidadosamente sua temperatura corporal durante o exercício para evitar a hipertermia.
Evitar sessões de treinamento de alta intensidade ou muito longas que elevem a
temperatura corporal central acima de 1.5ºC é recomendado.
3. Exercício Aquático: O exercício no meio aquático é mencionado como uma excelente
opção para gestantes, pois permite o condicionamento cardiovascular em um ambiente
que facilita a rápida perda de calor, minimizando o risco de hipertermia.
4. Hidratação Adequada: Manter a hidratação adequada durante o treinamento é
essencial. As gestantes devem consumir líquidos em intervalos regulares e monitorar
o equilíbrio hídrico por meio da pesagem antes e depois do exercício.
5. Equilíbrio Energético: É importante que as gestantes equilibrem o gasto energético
das sessões de exercício com a ingestão energética apropriada para garantir que
estejam recebendo nutrientes suficientes para sustentar o exercício e o crescimento do
feto.
6. Ajustes no Programa de Exercícios: À medida que a gestação avança, pode ser
necessário reduzir a intensidade e o volume de treinamento. É crucial que todas as
mulheres fisicamente ativas sejam periodicamente avaliadas por um médico para
garantir que os exercícios não afetem negativamente o feto em desenvolvimento.
7. Benefícios do Exercício na Gravidez: Existem vários benefícios do exercício durante
a gravidez, incluindo a redução do risco de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto
prematuro e ganho de peso excessivo. O exercício também é eficaz no controle da
glicose no sangue em mulheres diabéticas.
8. Recomendações de Atividade Física: O American College of Sports Medicine
(ACSM) recomenda que as gestantes pratiquem pelo menos 30 minutos de atividade
aeróbica moderada ou vigorosa por dia durante a gestação, o que pode ajudar a evitar
o ganho de peso excessivo.
A importância de desenvolver hábitos saudáveis desde a infância, crianças e jovens ativos
têm uma melhor chance de se tornarem adultos mais saudáveis.

1. Prevenção de Doenças Crônicas: A atividade física regular e uma boa nutrição são
maneiras eficazes de diminuir a chance de desenvolver fatores de risco para doenças
crônicas, como doenças cardíacas, pressão alta, diabetes tipo 2 e osteoporose, desde
a infância. Crianças ativas geralmente apresentam melhor condicionamento aeróbio e
muscular e menor porcentagem de gordura corporal.
2. Benefícios Psicológicos: Além dos benefícios físicos, a atividade física regular
também pode reduzir a ansiedade e a depressão em crianças e adolescentes.
3. Aumento da Obesidade Infantil: O número de crianças com excesso de peso ou
obesas aumentou significativamente, e essas crianças estão sendo diagnosticadas
com doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e síndrome metabólica, que
costumavam ser associadas principalmente a adultos.
4. Efeitos do Exercício na Criança Saudável: Existem algumas questões pendentes em
relação às respostas fisiológicas de crianças saudáveis a diferentes tipos de exercício.
No entanto, crianças envolvidas em esportes de resistência melhoram seu
condicionamento aeróbio e não demonstram lesões no sistema cardiopulmonar ou
adversidades no crescimento ósseo relacionadas ao exercício.
5. Necessidades Calóricas: Crianças e adolescentes ativos, incluindo atletas, precisam
de uma ingestão adequada de calorias para sustentar o crescimento e o
desenvolvimento. A ingestão calórica deve ser ajustada de acordo com o nível de
atividade física. O início do surto de crescimento na adolescência requer um aumento
na ingestão calórica.
6. Educação Alimentar: É importante educar as crianças sobre dietas saudáveis e
incentivá-las a desenvolver bons hábitos alimentares desde cedo. Hábitos alimentares
saudáveis estabelecidos na infância tendem a persistir na idade adulta.
QUESTIONÁRIO DA APOSTILA metabólico em resposta a uma demanda energética.
Os três nutrientes básicos da dieta processados pelo
UNIDADE1 catabolismo celular são a glicose, os lipídeos e os
A fisiologia trata do modo como o corpo funciona. A aminoácidos, esses nutrientes são parcial ou
fim de manter um bom funcionamento, o corpo deve totalmente oxidados pelo catabolismo celular,
ser então exposto a esforços positivos, tais como já disponibilizando energia livre para a produção de
falamos bastante por aqui, o exercício físico. Cada ATP
componente de um programa de treinamento
contribui para garantir que seu corpo funcione de 3. Coloque-se no lugar de um professor de academia,
forma ótima e esteja em excelente nível. Quando se que acaba de recepcionar um novo cliente na faixa
exercita a ponto de seus batimentos cardíacos e sua de 20 a 25 anos, sem nenhum tipo de patologias, com
respiração aumentarem de frequência, você está histórico de sedentarismo e que tem como objetivo o
fornecendo uma tensão positiva ao seu sistema aumento de massa muscular. Além disso, ele
cardiorrespiratório, e é claro, ao seu corpo como um pretende realizar sessões de treino de 40 a 55
todo. minutos, e apesar de possuir disponibilidade de
Quais são os três sistemas de produção de energia treinar até 6 vezes por semana, quer saber a sua
do nosso organismo? opinião sobre a frequência ideal, pois seus amigos
a) Sistema cardiorrespiratório, esquelético e que já treinaram falaram que para ele iniciar “três
muscular. vezes por semana já está bom”. Em sua sessão de
b) Sistema energético, nervoso e muscular. treino experimental, você constatou uma grave
c) Sistema de energia imediata, glicólise anaeróbica fraqueza muscular além de um déficit significativo de
e sistema cardiorrespiratório. flexibilidade muscular. Sendo você o profissional
d) Sistema ATP-CP, glicólise anaeróbia e o responsável não só por este início de contato com o
sistema de energia aeróbica. exercício, mas com a base que irá direcionar toda
e) Sistema muscular, ATP-CP e glicolítico. uma experiência afetiva positiva ou não com o treino,
Os músculos poderão contrair-se somente se houver responda (como você responderia se estivesse
uma boa fonte de energia, os alimentos são falando com esse cliente):
escolhidos tendo como base seu conteúdo a) Quantas vezes por semana será a frequência ideal
energético, ocorre fadiga na ausência de energia e o para que ele atinja os objetivos esperados?
treinamento e as abordagens dietéticas podem A sugestão ideal seria todos os dias.
resultar em melhor armazenamento da energia. E b) Quais são os tipos de treinamentos que você irá
também, o conhecimento das velocidades de direcionar?
recuperação da energia é fundamental para a Treinamento de força, flexibilidade e aeróbio
elaboração de bons programas de treinamento para complementar.
pessoas sadias e também pessoas com doenças c) Quantas sessões de treino ele fará de cada
crônicas. Por isso, entender as vias metabólicas, modalidade por semana?
adenosina trifosfato, ácido lático e a captação 3 a 4 sessões de treino de força, 1 a 2 sessões de
máxima de oxigênio são tão importantes. treino de flexibilidade, 1 a 2 sessões de treino aeróbio
complementar
d) Em quanto tempo esse cliente já terá percepção
2. “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se
subjetiva de resultados?
transforma”. Nenhum nutriente, molécula ou
Para responder as quatro subquestões que
substância do nosso corpo se perde, evapora ou é
englobam a problematização contida na Pergunta 3,
produzido do nada. As moléculas que entram no
nosso corpo são quebradas em outras estruturas, leve em consideração as diretrizes apresentadas no
guidelines do ACSM
modificadas e podem auxiliar na produção de outras
moléculas. Com esse cenário do funcionamento do
UNIDADE 2
nosso corpo em mente, responda: quais são as três
Os últimos anos foram marcados pelo surgimento de
fontes fundamentais de energia que são
novas tecnologias que mudaram ou acabaram
responsáveis constantemente pelos estoques de
completamente com alguns mercados, processo que
ATP no nosso corpo?
passou a ser conhecido como
a) Carboidratos, proteínas e gorduras.
b)Fosfocreatina (ATP-CP), carboidratos e “UBERIZAÇÃO”. Qual das opções a seguir NÃO
pode ser caracterizada como pertencente deste
gorduras.
processo:
c) Fosfocreatina, proteínas e gorduras.
a) Ferramentas para coleta de dados.
d) ATP-CP, ATP e CP.
b) Utilização de dados para a personalização da
e) Aminoácidos, creatina e proteínas.
experiência do usuário.
Lembre-se de que a função básica da bioenergética
c) Mudança da relação das pessoas com serviços
muscular é garantir a produção adequada de ATP na
relacionados a tecnologia.
medida em que ela é consumida pelo trabalho
d) Alteração da forma de consumo em alguns
muscular que realizamos. O tecido muscular é o
mercados como mobilidade urbana, compras e
único dentre os tecidos corporais que tem a
hospedagem.
capacidade de variar rapidamente o seu ritmo
e) Profissões, principalmente da área da saúde, d) Método DIRETO, baseia-se na diferença de
por já serem muito tradicionais e demandarem velocidade de condução de corrente elétrica entre
contato direto entre pessoas não serão afetadas. tecidos, com diferença técnica significativa entre
Todas as profissões e serviços serão afetadas pela equipamentos.
transformação digital, principalmente as catalisadas e) Método duplamente DIRETO, baseia-se na
pelo cenário pandêmico dos últimos anos. Porém, nem diferença de velocidade de condução de corrente
todas irão desaparecer, principalmente na área da
elétrica entre tecidos, com diferença técnica
saúde, o contato humano é fundamental, mas sim,
cada vez mais processos serão automatizados,
significativa entre equipamentos.
robotizados e sua forma de atuação e tomada de A bioimpedância, assim como todos os
decisão será profundamente afetada pela maior equipamentos mais comumente acessíveis na
capacidade de captação e utilização de dados. prática clínica, é classificada como DUPLAMENTE
INDIRETA, possuindo como princípio fundamental
2. Apesar do número crescente e maior facilidade de diferença de velocidade de condução de corrente
acesso à informação, temos vivenciado um aumento elétrica entre tecidos, partindo do princípio básico de
exponencial da incidência de sobrepeso e obesidade que onde temos mais água, no caso a massa
na população mundial. De acordo com Michael muscular, essa corrente flui com maior facilidade e
Pollan, autor do livro “Manifesto em Defesa da onde tem menos, no caso a gordura, a corrente sofre
Comida”, qual das opções a seguir seria uma solução maior resistência, tendo os equipamentos uma
para este grave problema de saúde pública: diferença técnica significativa entre eles,
a) Consumo maior de suplementos, pois macro e diferenciando-se pelo número de eletrodos e
micronutrientes são mais facilmente controlados. frequências de corrente elétrica com que trabalham.
b) Consumir comida de verdade, principalmente
vegetais. UNIDADE 3
c) Consumir “substâncias alimentares”, pois se foram 1. Ao longo da unidade, vimos que a energia utilizada
produzidas artificialmente possuem mais pelo nosso corpo para gerar trabalho é proveniente
conhecimento embalado e mais benefícios para a dos macronutrientes da alimentação, sendo que cada
saúde. um deles possui uma carga energética distinta, um
d) Consumir alimentos processados, pois por serem mais efetivo energeticamente que outro. Com base
mais práticos e fáceis de serem carregados e nisso, selecione a opção que apresenta de forma
armazenados, permitem um melhor fracionamento correta o aporte calórico de cada nutriente:
das refeições ao longo do dia. a) Carboidrato 4kcal; Proteína 7Kcal; Gordura 9Kcal.
e) Consumir alimentos processados, porém que b) Carboidrato 4kcal; Proteína 4kcal; Gordura
possuem a alegação de serem saudáveis serão 9kcal.
sempre a melhor opção, apenas “fast-foods” devem c) Carboidrato 2kcal; Proteína 4kcal; Gordura 6kcal.
ser evitados. d) Carboidrato 4kcal; Proteína 6kcal; Gordura 9kcal.
A melhor saída é voltar para o básico, comer comida e) Carboidrato 9kcal; Proteína 4kcal; Gordura 4kcal.
de verdade, não em excesso, principalmente, Cada macronutriente possui uma quantidade calórica
vegetais é a recomendação do autor, como resposta diferente, sendo que 1g de carboidrato e proteína
à alegação da indústria alimentícia, que muitas vezes possui 4kcal e 1g de gordura possui 9kcal. Aí
produz e vende produtos com alegação de podemos parar para pensar; se o que engorda é a
saudabilidade, mas que em nada agregam para quantidade calórica, por que carboidratos são
nossa saúde, haja vista a crescente epidemia de considerados vilões e proteínas aliados do
obesidade. emagrecimento sendo que ambos possuem a
mesma carga calórica? E, também, devemos ter
3. Os métodos de avaliação são classificados em cuidado quando o foco é o emagrecimento pela
diretos, indiretos e duplamente indiretos, sendo esta substituição de carboidratos, pelas chamadas
realizada de acordo com o distanciamento da gorduras boas, sendo que 1g de gordura possui mais
validação do método da medida real, ou seja, da do que o dobro de calorias.
separação e pesagem de cada componente de
composição corporal. De acordo com 2. O aporte calórico ideal da dieta de um atleta é um
BIOIMPEDÂNCIA, assinale a alternativa CORRETA fator fundamental para o rendimento e recuperação
de acordo com as caraterísticas deste método ótimos. Existem vários métodos para a quantificação
comumente utilizado em clínicas em academias: da quantidade de calorias gastas por um atleta,
a) Método INDIRETO, baseia-se na diferença de sendo os métodos de maior precisão a calorimetria
velocidade de condução de corrente elétrica entre direta e indireta.
tecidos, não existe diferença técnica entre Porém, esses métodos geralmente são caros e não
equipamentos. possuem fácil acesso no dia a dia profissional.
b) Método duplamente INDIRETO, baseia-se na Desta forma, diversos pesquisadores propuseram
diferença de velocidade de condução de corrente equações específicas para estimar o gasto calórico
elétrica entre tecidos, não existe diferença técnica com base em alguns componentes da composição
entre equipamentos. corporal. Das opções a seguir, qual delas cita de
c) Método INDIRETO, baseia-se na diferença de forma correta esses componentes que possuem
velocidade de condução de corrente elétrica entre impacto direto na maior precisão da fórmula e devem
tecidos, com diferença técnica significativa entre ser levados em consideração no momento da
equipamentos.
escolha da equação para uma determinada 1. A proteína desempenha uma ampla variedade de
população específica? Assinale a correta: funções fisiológicas que são consideradas essenciais
a) Peso; altura. para a saúde e para o desempenho físico. Com
b) Peso; altura; idade. relação às funções desempenhadas pelas proteínas
c) Peso; altura; idade; massa livre de gordura. no organismo, assinale a opção correta.
d) Peso; altura; idade; massa livre de gordura; a) Elas são o principal componente estrutural da
modalidade. célula.
e) Peso; altura; idade; massa livre de gordura; b) Elas são utilizadas no crescimento, na reparação
modalidade; objetivo do atleta. e na manutenção dos tecidos corporais.
As fórmulas que possuem uma maior robustez, ou c) A hemoglobina, as enzimas e muitos hormônios
seja, uma maior precisão e correlação com os dados são produzidos a partir das proteínas, e a pressão
de calorimetria direta, principalmente para osmótica normal do sangue é mantida pelas
populações que possuem uma grande quantidade de proteínas plasmáticas, e os anticorpos para a
massa muscular como é o caso de atletas, são proteção contra doenças são formados a partir delas.
aquelas que levam em consideração não só a idade, d) A energia pode ser produzida a partir de proteínas.
peso e estatura, mas também dados e) Todas as anteriores estão corretas.
antropométricos, como a massa livre de gordura, Apesar de estarem comumente relacionadas apenas
sendo que este é o tecido de maior gasto calórico do à construção de massa muscular, as proteínas
nosso corpo. desempenham inúmeras funções no organismo. E,
apesar de serem extremamente importantes, vários
3. De acordo com Katch e McArdle (2016), existe um autores reforçam o conceito de que não há
momento ideal para a ingestão e absorção ótimas de necessidade do consumo proteico acima das
cada macronutriente e consequente do aporte recomendações diárias, pois o organismo não possui
calórico proporcionado por cada um deles, sendo capacidade de absorção, sendo que uma
esse fator conhecido como CRONONUTRIÇÃO. alimentação saudável já consegue suprir as
Qual das opções descreve de forma correta uma das necessidades de um adulto, sem necessidade de
fases propostas pelos autores: suplementação alimentar adicional.
a) FASE ENERGÉTICA: aumenta a ingestão dos
nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a 2. Além dos carboidratos e das gorduras, os lipídios
endurance muscular, limita a supressão do também fazem parte do nosso sistema biológico.
sistema imunológico, reduz os danos musculares Apesar de vivermos em uma era de guerra contra a
e facilita a recuperação no período após o gordura, ela é fundamental para o funcionamento
exercício. ótimo de diversos mecanismos do nosso organismo
b) FASE ENERGÉTICA: aumenta a ingestão dos e, ao contrário do carboidrato e da proteína, que
nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a possuem suas diferenciações fundamentadas na sua
endurance muscular, não limita a supressão do estrutura química, as gorduras são classificadas de
sistema imunológico, não reduzindo os danos acordo com sua solubilidade. Qual das alternativas
musculares e facilita a recuperação no período após corresponde a exemplos de classificação dos
o exercício. lipídeos?
c) FASE ANABÓLICA: consiste na janela metabólica a) Triacilgliceróis; Esfingofosfolipídios.
de 85 minutos após o exercício – um período que não b) Lipídios; Glicerofosfolipídeos.
aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o c) Cerídeos; Saturados.
restabelecimento das reservas musculares de d) Esteróis; Nitrogênios.
glicogênio e o reparo e a síntese do tecido muscular. e) Nitrogenada e trans.
d) FASE ANABÓLICA: consiste na janela metabólica As gorduras possuem diversos tipos de classificação
de 15 minutos após o exercício – um período que de acordo com sua solubilidade em água, diferente
aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o das proteínas e dos carboidratos que são
restabelecimento das reservas musculares de classificados de acordo com suas características
glicogênio, mas não reparo e a síntese do tecido químicas. A alternativa A apresenta dois exemplos
muscular. corretos de classificação dos lipídios.
De acordo com os autores, não só a alimentação
correta com aporte ideal de calorias e 3. Os macronutrientes possuem funções distintas no
macronutrientes é a base para o rendimento ideal, organismo e, também, necessidades de ingestão
mas também os momentos, horários, no qual irá diárias distintas. Apesar de diversos modismos
ocorrer essa alimentação, chamado este conceito de alimentares recomendarem a restrição absoluta de
CRONONUTRIÇÃO, e a fase detalhada na alguns deles, existem recomendações para a
alternativa. A Fase Energética: aumenta a ingestão distribuição ideal do consumo de cada um deles na
dos nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a dieta. Selecione a opção a seguir que corresponda
endurance muscular, limita a supressão do sistema às recomendações dietéticas diárias preconizadas
imunológico, reduz os danos musculares e facilita pelo American College of Sports Medicine.
a recuperação no período após o exercício; está a) 10%-20% Proteínas; 20-35% Gorduras; 60%
descrita de forma que corre de acordo com os Carboidratos.
princípios de McArdle; Katch e Katch (2016). b) 5%-10% Proteínas; 20-35% Gorduras; 60%
Carboidratos.
UNIDADE 4
c) 10%-20% Proteínas; 25-55% Gorduras; 60% d) Para minimizar o risco de hipoglicemia, não se
Carboidratos. podem ingerir carboidratos, imediatamente antes do
d) 10%-20% Proteínas; 10-20% Gorduras; 70% exercício (nos últimos cinco minutos) ou durante o
Carboidratos. aquecimento.
e) 60% Proteínas; 30-49% Gorduras; 0% e) A forma como o carboidrato é ingerido importa,
Carboidratos. pode-se usar um produto de carboidrato sólido,
Conteúdo fundamental do capítulo, apesar de líquido ou em gel, obviamente, o tipo deve ser
existirem autores que divergem quanto ao escolhido pelo atleta.
recomendado, a opção A representa as Ainda, de acordo com Weineck (2005), para a
recomendações diárias de carboidratos, proteínas e alimentação pré-competição, vale, em geral, o fato de
lipídeos, preconizadas pela American College of que, nos esportes de resistência e de força, deve-se
Sports Medicine, sendo estes valores facilmente ingerir uma alimentação mais rica em carboidratos,
atingidos com uma alimentação saudável. acima de 60% da quantidade total de energia, nos
últimos três dias, para uma reposição ideal dos
UNIDADE 5 depósitos de glicogênio. A queda na glicemia,
A refeição_______________ tem como objetivo durante o exercício submáximo, após a ingestão de
preparar o atleta para o exercício que realizará em 75g de carboidrato, uma hora antes do exercício, não
seguida, prevenindo cansaço e fadiga. Ela deve ser pode ser prevenida com a ingestão de uma quantia
pobre em fibra para evitar desconfortos menor, aproximadamente, 22g ou maior, mais do que
gastrointestinais e facilitar o esvaziamento gástrico, e 155g de carboidrato.
ser rica em carboidrato, para a manutenção da As demais recomendações corretas são:
glicemia e a maximização dos estoques de carboidratos de alto índice glicêmico, ingeridos uma
glicogênio. Selecione a opção que preencha, hora antes do exercício, causam respostas de
corretamente, a lacuna glicemia e insulina maiores do que carboidratos de
a) Pós-treino. índice glicêmico baixo ou moderado; a resposta
b) Pré e durante o treino. hipoglicêmica é muito variável, havendo alguns
c) Pré-treino. atletas muito mais suscetíveis a ela do que outros. O
d) Durante e pós-treino. interessante é que esta suscetibilidade não está
e) Pré, durante e pós-treino. ligada à sensibilidade à insulina; para minimizar o
Nesse contexto, a refeição pré-treino tem como risco de hipoglicemia, pode-se ingerir carboidratos,
objetivo preparar o atleta para o exercício que imediatamente antes do exercício (nos últimos cinco
realizará em seguida, prevenindo cansaço e fadiga, minutos), ou durante o aquecimento; a forma como o
e deve ser pobre em fibra para evitar desconfortos carboidrato é ingerido não importa, pode-se usar um
gastrointestinais e facilitar o esvaziamento gástrico, produto de carboidrato sólido, líquido ou em gel,
deve ser rica em carboidrato para a manutenção da obviamente, o tipo deve ser escolhido pelo atleta.
glicemia e a maximização dos estoques de
glicogênio. O organismo armazena o carboidrato na 3. Embora uma nutrição adequada possa otimizar a
forma de glicogênio hepático e muscular, sendo o recuperação, até as pessoas ativas que se
primeiro responsável pela manutenção da glicemia e alimentam bem podem se tornar, cronicamente,
do fornecimento de energia para o sistema nervoso, fatigadas, por diversos motivos, entre eles estão
além de outros tecidos, e o segundo, utilizado, treino excessivo, repouso inadequado ou privação de
exclusivamente, pelos músculos. sono. Se você tem um esquema de treinos
extenuante e prolongado, além de outros
2. Para a alimentação pré-competição, vale, em compromissos e outras responsabilidades, é possível
geral, o fato de que, nos esportes de resistência e de que disponha de pouquíssimo tempo para se
força, deve-se ingerir uma alimentação mais rica em alimentar, dormir e cuidar de si mesmo,
carboidratos, acima de 60% da quantidade total de adequadamente. Qual das opções a seguir
energia, nos últimos três dias, para uma reposição representa, de forma correta, os principais sintomas
ideal dos depósitos de glicogênio. do excesso de treinamento?
Qual das opções a seguir é uma recomendação a) Perda de apetite, perda de peso (sem intenção),
correta para a ingestão pré- exercício: insônia, infecções respiratórias ou resfriados
a) A queda na glicemia, durante o exercício frequentes e dores musculares ou articulares,
submáximo, após a ingestão de 75g de aparentemente, sem causa, irritabilidade e
carboidrato uma hora antes do exercício, não ansiedade, os quais podem ser acompanhados
pode ser prevenida com a ingestão de uma de depressão.
quantidade de, aproximadamente, 22g de b) Melhoria da performance, aumento de apetite,
carboidrato ou superior a 155g. perda de peso (sem intenção), insônia, infecções
b) Carboidratos de alto índice glicêmico, ingeridos respiratórias ou resfriados frequentes e dores
uma hora antes do exercício, não causam respostas musculares ou articulares, aparentemente, sem
de glicemia e insulina maiores do que carboidratos causa, irritabilidade e ansiedade, os quais podem ser
de índice glicêmico baixo ou moderado. acompanhados de depressão.
c) A resposta hipoglicêmica não é muito variável, c) Perda de apetite, aumento de peso (sem intenção),
havendo alguns atletas muito mais suscetíveis a ela insônia, infecções respiratórias ou resfriados
do que outros. O interessante é que esta frequentes e dores musculares ou articulares,
suscetibilidade está ligada à sensibilidade à insulina. aparentemente, sem causa.
d) Perda de apetite, perda de peso (sem intenção), 3. “Também é uma boa opção pós-exercício, pois
insônia, melhoria da imunidade e dores musculares além de possuir 113g de carboidrato, bebidas
ou articulares, aparentemente, sem causa, melhoria esportivas geralmente possuem 137g [...], também
do humor e ansiedade, os quais podem ser proporciona 75g de proteína, atende a várias
acompanhados de depressão. necessidades durante o processo de recuperação”.
e) Aumento de apetite, aumento de peso (sem Estas características descrevem qual tipo de bebida
intenção), insônia, infecções respiratórias ou é uma opção a ser utilizada pós-exercício:
resfriados frequentes e dores musculares ou a) Bebidas esportivas.
articulares, aparentemente, sem causa. b) Leite desnatado.
Os sintomas de treino excessivo podem variar; os c) Água.
sintomas físicos incluem: perda de apetite, perda de d) Gatorade.
peso (sem intenção), insônia, infecções respiratórias e) Água de coco.
ou resfriados frequentes e dores musculares ou Apesar dos grandes estudos e marketing envolvidos
articulares, aparentemente, sem causa; os sintomas no desenvolvimento de bebidas específicas e
mentais incluem: irritabilidade e ansiedade, as quais suplementos, às vezes voltar para o básico pode ser
podem ser acompanhadas de depressão. Um uma boa solução, e de acordo com o preconizado por
desempenho, inusitadamente, precário nos treinos Powers e Howley, o leite desnatado é uma excelente
ou nas competições e a ausência de melhora, a bebida a ser consumida após a atividade, suprindo
despeito de continuar treinando com vontade, as necessidades de carboidratos e, também,
também podem indicar treino excessivo. proteínas fundamentais para a recuperação.

UNIDADE 6 UNIDADE 7
1. “Consiste em elevar os índices hídricos do 1. As vitaminas, de acordo com sua solubilidade,
organismo nos dias anteriores que antecedem a possuem duas classificações, lipossolúveis e
prova, auxiliando a remoção de metabólitos hidrossolúveis. As Vitaminas A, D, E e K, que podem
celulares, provenientes da carga de treino, ser armazenadas no corpo em grande quantidade e
hidratando a musculatura, diminuindo a acidose podem causar intoxicação, são classificadas como?
metabólica e, principalmente, evitando a Assinale a alternativa correta.
dependência de um consumo excessivo de líquidos a) Lipossolúveis.
durante a prova”. b) Hidrossolúveis.
O conceito acima descreve qual estado hídrico? c) Não-heme.
a) Hiponatremia. d) Heme.
b) Hiper-hidratação. e) Meganutrientes.
c) Desidratação. As vitaminas são classificadas de acordo com seu
d) Euhidratação. grau de solubilidade. As vitaminas Lipossolúveis são
e) Hipoidratação. as que podem ser armazenadas no corpo em grande
Muito se fala das necessidades de consumo hídrico quantidade e causar intoxicação.
durante a atividade, mas a estratégia de hiper-
hidratação antes de um treino e competição é 2. As seguintes definições se aplicam aos quatro
fundamental para preparar o organismo para a conjuntos diferentes de valores para a ingestão de
atividade. nutrientes e componentes alimentares na ingestão
alimentar de referência. “Nível médio de ingestão
2. “A perda de água não induzida pelo exercício diária de nutrientes para alcançar as necessidades
ocorre quando atletas tentam agressivamente de metade dos indivíduos saudáveis em um dado
“alcançar peso” por intermédio de perdas rápidas de grupo de gênero e de fase da vida”. Essa sentença
peso induzidas por técnicas comuns de desidratação, refere-se à definição de qual referência?
por exemplo: saunas, restrição de fluidos e a) Necessidade Média Estimada (EAR).
alimentos, fármacos diuréticos e laxantes e até b) Ingestão Diária Recomendada (DRA).
mesmo vômitos”. c) Ingestão Adequada (AI).
Essa perda de água induzida é caraterizada como: d) Nível Máximo de Ingestão Tolerável (UL).
a) Hiponatremia. e) Ingestão Diária Indicada (DRI);
b) Hiper-hidratação. Nível médio de ingestão diária de nutrientes para
c) Desidratação. alcançar as necessidades de metade dos indivíduos
d) Euhidratação. saudáveis em um dado grupo de gênero e de fase da
e) Hipoidratação. vida. Além de avaliar a adequação nutricional da
Muito se fala da desidratação promovida pelo calor ingestão de grupos populacionais, as EAR fornecem
excessivo ou reidratação inadequada, mas a um valor útil para a determinação da prevalência de
desidratação também é uma estratégia comumente ingestão inadequada de nutrientes pela proporção da
utilizada no fisiculturismo ou em modalidades onde é população que ingere valores abaixo deste.
comum a necessidade de atingir determinado peso
específico, porém que pode ter prejuízos ainda 3. A deficiência de ______ é relatada como sendo a
maiores do que aqueles ocorridos durante a prática deficiência de micronutrientes mais amplamente
do exercício. disseminada no mundo, de modo que estudos
estabeleceram uma associação consistente entre
deficiência de _______ e morbidade aumentada por alteração do nosso estado físico. Qual efeito
doença infecciosa. completa, de forma correta, a lacuna apresentada?
Qual nutriente é o correto para preencher as a) Efeito suplementação pré-treino.
lacunas? Assinale a alternativa correta. b) Efeitos farmacológicos.
a) Cálcio. c) Efeitos psicotrópicos.
b) Vitamina D. d) Efeitos hormonais.
c) Vitamina C. e) Efeito placebo.
d) Ferro. Devemos considerar, também, o efeito placebo, que,
e) Sódio. embora tenha uma origem psicológica, a resposta
A deficiência de ferro, independentemente da física do organismo ao placebo não é meramente
caracterização ou não de anemia, pode trazer imaginária, ela é bem real. Isso ilustra, claramente,
prejuízos à performance física e mental por quão eficaz o nosso estado mental pode ser na
comprometer a saúde e prejudicar a função alteração do nosso estado físico. Estudos descrevem
muscular. Entre as principais causas da carência, o ganho de força por um grupo que estava tomando
podemos citar a ingestão limitada de ferro; baixa placebo, mas que foi informado de que se tratava de
ingestão calórica; períodos de rápido crescimento; um esteroide anabólico, o resultado foi contrastado
treinamento físico em altitude; perdas excessivas, com o desempenho do mesmo grupo antes de tomar
por meio de menstruação, suor, urina e fezes; o placebo, o percentual e a quantidade de força
hemólise por impacto; doadores frequentes de ganhos com o placebo indicam a efetividade e a força
sangue. No caso de atletas, as recomendações de da percepção mental dos atletas.
ferro podem estar aumentadas em 70% em relação
às recomendações habituais. Se a ferritina já estiver 3. O uso de suplementos nutricionais é uma parte
baixa, iniciar a intervenção nutricional mesmo antes amplamente disseminada e legítima da estratégia
do diagnóstico da anemia - a reversão pode levar de empregada por muitos atletas na busca pelo êxito
três a seis meses. nos esportes. O uso de auxílios ergogênicos ou
suplementos nutricionais não é novidade, e, por volta
UNIDADE 8 de 500 a 400 a.C., as dietas da moda já eram usadas
1. A lista de substâncias proibidas aumenta, quase para melhorar o desempenho. Hoje, muitos atletas
que diariamente, e os atletas que utilizam estas ainda possuem a esperança de encontrar uma pílula
substâncias proibidas correm o risco de serem ou bebida especial que melhore o desempenho.
desclassificados de uma competição e podem ser Doping de Sangue; Eritropoietina; Suplementação de
proibidos de competir por um ano ou mais. Mas, Oxigênio; Ácido Aspártico; Carga de Bicarbonato;
apesar de serem, frequentemente, relacionados Carga de Fosfato são exemplos de quais tipos de
apenas aos suplementos nutricionais, os recursos recursos ergogênicos?
ergogênicos são classificados em quatro classes. a) Agentes Farmacológico.
Assinale a alternativa que apresenta, de forma b) Agentes Hormonais.
correta, quais são essas classes. c) Agentes Fisiológicos.
a) Agentes Farmacológicos; Hormonais; d) Agentes Nutricionais.
Fisiológicos; Nutricionais. e) Agentes Mecânicos.
b) Agentes Hormonais; Psicológicos; Fisiológicos; Agentes fisiológicos, como o nome já diz, são
Nutricionais. substâncias encontradas no próprio organismo,
c) Agentes Fisiológicos; Farmacológicos; Hormonais; porém utilizadas em cargas aumentadas, visando ao
Placebo. aumento da condição física e da performance.
d) Agentes Nutricionais; Farmacológicos; Hormonais;
Psicotrópicos. UNIDADE 9
e) Agentes Nutricionais; Farmacológicos; Hormonais; 1. Na maioria dos dias da semana, preferivelmente
Mecânicos. em todos, exercício de intensidade moderada, por
Apesar de serem, frequentemente, relacionados exemplo, caminhada rápida; 30 minutos ou mais,
apenas aos suplementos nutricionais, os recursos contínuos ou intermitentes; atividades aeróbias ou de
ergogênicos são classificados, de acordo com resistência, por exemplo, caminhada, andar de
Wilmore e Costill (2001), em quatro classes: agentes bicicleta.
farmacológicos; hormonais; fisiológicos; nutricionais. Estas são recomendações de prática de exercícios
para qual população especial?
2. As substâncias ou fenômenos que melhoram o a) Diabéticos.
desempenho de um atleta são denominados auxílios b) Hipertensos.
ergogênicos, porém existem também as substâncias c) Obesos.
ergolíticas, sendo aquelas que apresentam efeitos d) Gestantes.
prejudiciais sobre o desempenho. Algumas e) Crianças.
substâncias ergogênicas são, na realidade, O exercício aeróbio é a atividade física mais
substâncias ergolíticas. Além disso, devemos importante para baixar sua pressão arterial, e estas
considerar, também, o _______________, que, são as recomendações da prática de acordo com o
embora tenha uma origem psicológica, a resposta ACSM.
física do organismo ao placebo não é meramente
imaginária, ela é bem real. Isso ilustra, claramente, 2. Um treinamento de resistência aeróbio mostrou-se
quão eficaz o nosso estado mental pode ser na ideal para a prevenção de doenças cardiovasculares
e doenças causadas pela falta de movimento, pois adaptações fisiológicas decorrentes do estresse
este treinamento aumenta o desempenho físico geral crônico provocado pelo treinamento. As
e a capacidade cardiopulmonar. Mas um treinamento consequências decorrentes de um programa de
deste tipo não pode ser adotado de qualquer forma e treinamento podem ser entendidas como adaptações
sem uma avaliação crítica. Dos fatores a seguir, qual fisiológicas, que geralmente incluem não apenas
deles deve ser levado em consideração, no momento uma alteração na função, mas também na forma, das
de estruturar o treinamento para uma população quais se destaca uma diminuição da frequência
especial? cardíaca de repouso (bradicardia) e um aumento do
a) O aumento da intensidade não deve ser gradual e consumo máximo de oxigênio.
cauteloso.
b) O aumento não deve progressivo, a abrangência Considerando que para um treinamento ideal devem
precede o aumento da intensidade. ser considerados alguns princípios básicos, analise
c) Um treinamento somente pode ser intensivo se as afirmativas abaixo.
tiver continuidade com as cargas e as atividades
adotadas até então. I. O princípio da individualidade afirma que cada
d) Os iniciantes devem correr ou saltitar enquanto se indivíduo responde de forma diferente a um mesmo
sentiram bem. treinamento físico, sugerindo assim que todo ser
e) Um treinamento não deve ser iniciado, segundo o humano é único. Além disso, aponta que a genética
método dos intervalos. possui um papel importante na capacidade de
Das questões relacionadas, apenas a C está correta, adaptação corporal.
sendo que, de acordo com Weineck (2003), os II. Segundo o princípio da especificidade, as
fatores a serem considerados são estes: o aumento adaptações ao treinamento são específicas ao tipo
da intensidade deve ser gradual e cauteloso; o de atividade, ao volume e intensidade do exercício
aumento progressivo da abrangência precede o realizado.
aumento da intensidade; um treinamento somente III. O Princípio da sobrecarga progressiva aponta que
pode ser intensivo se tiver continuidade com as ajustes constantes precisam ser realizados para que
cargas e as atividades adotadas até então; os a progressão contínua dos resultados aconteça,
iniciantes somente devem correr ou saltitar enquanto sendo assim é necessário sempre fornecer novos
se sentiram bem; um treinamento deve estímulos por meio da dieta e do treinamento.
ser iniciado segundo o método dos intervalos. IV. Segundo o princípio da periodização,
o macrociclo pode ser dividido em dois ou mais
3. Há concordância geral de que as mulheres com mesociclos, os quais possuem variações de
bom condicionamento físico antes da gravidez intensidade e volume do treinamento, assim como da
podem continuar a praticar exercícios regulares forma ou do tipo específico de treinamento.
durante a gestação. As orientações do American V. O princípio do difícil/fácil diz respeito à variação
College of Obstetricians and Gynecologists afirmam entre treinamentos difíceis e fáceis, sendo que um ou
que a gravidez não deve ser considerada um estado dois dias de treinamento difícil jamais devem ser
de confinamento, e que mulheres com gestações seguidos por um dia de treinamento fácil, visto que
sem complicações ____________________ ser permitirá que o corpo e a mente se atrapalhem antes
incentivadas a se envolver em atividades físicas do próximo dia de treinamento difícil.
regulares. E, assim como mulheres grávidas podem
praticar com segurança exercícios de intensidade É correto o que se afirma em:
baixa a moderada, as mulheres atletas podem Alternativas
manter um programa de treinamento ativo durante a Alternativa 1:
gravidez, apesar de existirem algumas qualificações. III, apenas.
a) Devem. Alternativa 2:
b) Não devem. I e II, apenas.
c) Devem com cautela. Alternativa 3:
d) Devem ser desencorajadas. III, IV e V, apenas.
e) Devem priorizar o descanso. Alternativa 4:
Tanto atletas recreativas como atletas de competição I, II, III e IV, apenas.
com gestações sem complicações podem continuar Alternativa 5:
a treinar durante a gravidez, mas devem monitorar, I, II, III, IV e V.
cuidadosamente, sua temperatura corporal durante o
exercício para que não ocorra hipertermia. As atletas O exercício físico promove aumento da demanda
grávidas devem evitar sessões de treinamento de energética do organismo, visando a manutenção da
alta intensidade ou muito longas, que elevem a atividade muscular. A energia derivada dos
temperatura corporal central acima de 1.5ºC. nutrientes ingeridos na alimentação
apresenta extrema importância para o fornecimento
de energia química, gerando a manutenção do
trabalho muscular por meio da geração de adenosina
ATIVIDADES AVALIATIVAS trifosfato (ATP). Dentre os vários sistemas envolvidos
A fisiologia do exercício é considerada uma subárea no fornecimento energético para ressíntese de ATP,
da fisiologia humana, responsável pelo estudo das pode-se destacar o papel das reservas de substratos
respostas fisiológicas ao exercício físico e as energéticos que, por diferentes vias de fornecimento
de energia, contribuem para a constante homeostase ajudar os atletas, competidores recreativos e
energética. A intensidade e/ou a duração do esforço, entusiastas de exercícios a alcançarem seu melhor
bem como o estado inicial das reservas de substratos desempenho e sua recuperação subsequente. O
energéticos e o nível de treinamento do atleta podem conhecimento dessa cronologia dos nutrientes nos
interferir sobre a predominância na ativação de uma permite a redução do estado catabólico, liberação
ou de outra via metabólica, indicando maior utilização dos hormônios glucagon, epinefrina, norepinefrina e
de um determinado substrato energético. Assim, os cortisol, e a ativação dos hormônios, que ajudam a
fosfatos de alta energia, os estoques de glicogênio aumentar o anabolismo, testosterona, hormônio do
muscular e hepático, e os lipídeos estocados nos crescimento, fator de crescimento 1 semelhante à
adipócitos podem contribuir com maior ou menor insulina, facilitando a recuperação do exercício e
magnitude com a geração de energia durante o maximizar o crescimento muscular.
exercício. A partir daí, entender sobre as três fases (energética,
Fonte: https://www.efdeportes.com/efd54/metab.htm anabólica e de crescimento) para otimização da
Acesso em: 07 de ago. de 2023. ingestão de nutrientes é fundamental. E a esse
Na figura, apresentamos a contribuição percentual do respeito analise as assertivasa seguir:
quadro dos maiores substratos energéticos para a
energia gasta em 30 minutos de exercícios a 25, 65 I. Fase Energética: aumenta a ingestão dos
e 85% VO2máx. nutrientes para gastar totalmente o glicogênio,
aumenta a endurance muscular, ativa a supressão do
sistema imunológico, reduz os danos musculares e
facilita a recuperação no período após o exercício;
II. Fase Energética: aumenta a ingestão dos
nutrientes para poupar o glicogênio, aumenta a
endurance muscular, limita a supressão do sistema
imunológico, reduz os danos musculares e facilita a
recuperação no período após o exercício;
III. Fase Anabólica: consiste na janela metabólica de
90 minutos após o exercício – um período que
aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o
restabelecimento das reservas musculares de
glicogênio e o reparo e a degradação do tecido
muscular;
Considerando as vias energéticas ao longo do IV. Fase Anabólica: consiste na janela metabólica de
treinamento, analise as afirmações abaixo: 45 minutos após o exercício – um período que
I. A 25% do VO2 máx. a principal via de energização aumenta a sensibilidade à insulina para que ocorra o
em nosso corpo é a de AGL plasmático. restabelecimento das reservas musculares de
II. A 65% do VO2 máx. a via energética mais utilizada glicogênio e o reparo e a síntese do tecido muscular;
é a de glicogênio muscular. V. Fase de Crescimento: vai do fim da fase anabólica
III. A 85% do VO2 máx. a principal fonte de energia até o início da próxima sessão de treinos. Ela
para o músculo em atividade é proveniente de representa o período de tempo necessário para
carboidratos. maximizar a sensibilidade à insulina e manter o
IV. Quando estamos em exercício físico mais intenso, estado anabólico, visando acentuar os ganhos de
ou seja, maior % VO2, a principal demanda massa e de força musculares.
energética é proveniente dos carboidratos.
Assinale a alternativa que descreve corretamente:
É correto o que se afirma em: Alternativas
Alternativas Alternativa 1:
Alternativa 1: II e V
I, apenas. Alternativa 2:
Alternativa 2: I, IV, V
II e III, apenas. Alternativa 3:
Alternativa 3: I, III, V
III e IV, apenas. Alternativa 4:
Alternativa 4: II, IV, V
II, III e IV, apenas. Alternativa 5:
Alternativa 5: II, III, V
I, II, III e IV.
O gasto energético diário varia de pessoa para
De acordo com McArdle; Katch e Katch (2016), os pessoa, dependendo de sua composição corporal,
achados na literatura científica da nutrição esportiva genética, gênero e medidas, além de outras variáveis
e para o exercício enfatizam que não apenas o tipo como estado de saúde, clima, idade. A energia é
específico e a mistura dos nutrientes como também necessária para diversos processos que ocorrem no
a cronologia do aporte para a melhora do corpo, incluindo funções basais, digestão, absorção,
desempenho físico. O objetivo da cronologia dos metabolismo e reservas de alimentos. Além disso,
nutrientes é saber quando comer o que comer para pessoas ativas gastam energia durante o exercício.
Os três componentes principais do gasto energético é fundamental para o desempenho (JEUKENDRUP;
são: Taxa metabólica em repouso ou basal; GLEESON, 2021).
termogênese induzida pela dieta e efeito térmico do Sobre as calorias provenientes dos alimentos e suas
exercício. fontes, assinale a alternativa correta:
PAGAN, B. G. M; PAGAN, D. A. C. Nutrição Alternativas
Esportiva. Indaial, SC: Arqué, 2023. Alternativa 1:
A glicose fornece 3,7Kcal/g e a energia do
Sobre esses 3 componentes, assinale a alternativa glicogênio e amido é cerca de 4,2Kcal/g. Já no
que apresenta de forma correta seu detalhamento: caso das fontes de gordura, um triacilglicerol de
Alternativas cadeia média como o octoanoato pode conter
Alternativa 1: 8,6Kcal/g, enquanto o triacilglicerol de cadeia
Gasto energético para digestão, absorção, longa pode conter 9,6Kcal/g. Os conteúdos de
metabolismo dos alimentos e armazenamento de energia de carboidratos e gorduras, por
reserva de glicogênio e gordura; Exercício físico conveniência, foram arredondados para números
(energia gasta para as atividades do cotidiano como inteiros, sendo respectivamente 4 Kcal/g e 9
tomar banho, escovar os dentes, lavar louças) e Taxa Kcal/g.
Metabólica Basal (energia gasta durante os Alternativa 2:
exercícios físicos realizados diariamente). A caloria proveniente da proteína depende do tipo e
Alternativa 2: do conteúdo de nitrogênio. O nitrogênio não fornece
Taxa Metabólica Basal (energia gasta durante os energia, sendo assim, proteínas com densidades
processos corpóreos vitais); Gasto energético maiores de nitrogênio contém menos energia por
para digestão, absorção, metabolismo dos grama. O conteúdo energético de proteína na dieta
alimentos e armazenamento de reserva de mediana é de 5,7 KCal/g. Por conveniência, o
glicogênio e gordura (estimado em conteúdo energético da proteína foi arredondado
aproximadamente 10% do GET); Atividade Física para número inteiro, sendo 6 Kcal/g.
(energia gasta durante a atividade física diária). Alternativa 3:
Alternativa 3: A glicose fornece 3,7Kcal/g e a energia do glicogênio
Gasto energético para digestão (geralmente atinge e amido é cerca de 4,2Kcal/g. Já no caso das fontes
em torno de 30% do GET); Atividade física (energia de gordura, um triacilglicerol de cadeia média como
gasta para as atividades do cotidiano como tomar o octoanoato pode conter 8,6Kcal/g, enquanto o
banho, escovar os dentes, lavar louças) e Taxa triacilglicerol de cadeia longa pode conter 9,6Kcal/g.
Metabólica Basal (Energia gasta durante os Os conteúdos de energia de carboidratos e gorduras,
exercícios físicos realizados diariamente). por conveniência, foram arredondados para números
Alternativa 4: inteiros, sendo respectivamente 3 Kcal/g e 10 Kcal/g.
Taxa Metabólica Basal (energia gasta durante os Alternativa 4:
processos corpóreos vitais), Gasto energético para O conteúdo energético de proteína na dieta mediana
digestão, absorção, metabolismo dos alimentos e é de 5,7 KCal/g. Por conveniência, o conteúdo
armazenamento de reserva de glicogênio e gordura energético da proteína foi arredondado para número
(estimado em aproximadamente 30%); Exercício inteiro, sendo 6 Kcal/g. A glicose fornece 3,7Kcal/g e
físico (energia gasta para as atividades do cotidiano a energia do glicogênio e amido é cerca de 4,2Kcal/g,
como tomar banho, escovar os dentes, lavar louças). por conveniência seu conteúdo energético foi
Alternativa 5: arredondado para 3 Kcal/g.
VCT (Valor Calórico Total) é o valor total da dieta a Alternativa 5:
ser consumida pelo indivíduo durante o dia, onde não O conteúdo energético de proteína na dieta mediana
é necessário considerar o Fator Atividade, uma vez é de 5,7 KCal/g. Por conveniência, o conteúdo
que todas as atividades têm a mesma influência energético da proteína foi arredondado para número
sobre o planejamento alimentar. inteiro, sendo 6 Kcal/g. A glicose fornece 3,7Kcal/g e
A alimentação é fundamental para o fornecimento de a energia do glicogênio e amido é cerca de 4,2Kcal/g,
energia antes, durante e após o exercício físico por conveniência seu conteúdo energético foi
(Autoria própria). Pessoas que desejam perder peso arredondado para 3 Kcal/g, já os ácidos graxos
devem aumentar o gasto energético em relação à fornecem cerca de 9,3 Kcal/g, e seu conteúdo
ingestão energética. Em muitas atividades nas quais energético, arredondado para 9 Kcal/g
a constituição corporal ou o peso corporal são
considerados importantes, os participantes
frequentemente tentam manter o balanço energético
negativo para perder peso. No outro extremo, estão
os esportes de resistência, que exigem gastos
energéticos e ingestões de energia extremamente
altos, nesses esportes, manter o balanço energético

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