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1.

MOMENTO ANGULAR DE UM PONTO MATERIAL

Momento angular ou momento da quantidade de movimento m.𝑣⃗ de um ponto material P, em


relação a um ponto O, é a grandeza vetorial ⃗𝑳⃗ que possui as seguintes características:
• Módulo: L = mvd, sendo d a distância do ponto O à reta s, suporte da velocidade 𝑣⃗ (figura 1).

Figura 1
• Direção: da reta perpendicular ao plano α definido pela reta s e pelo ponto O.
• Sentido: dado pela regra da mão direita, como indicado na figura 2.

Figura 2
𝑚
No SI, a unidade do módulo do momento angular é kg.𝑠2

Momento angular de um ponto material em movimento circular uniforme


Considere um ponto material P que realiza um movimento circular uniforme de centro O, com
velocidade de módulo v e velocidade angular ω (figura 3).
Figura 3
Vamos calcular o módulo do momento angular L, em relação ao centro O. Temos: L = mvd; d = R;
v = ωR. Assim:

Momento de inércia de um ponto material


A grandeza escalar mR2, que aparece na conclusão anterior, é indicada pela letra I e recebe o
nome de momento de inércia do ponto material P em relação ao ponto O: I = mR2.
No SI, a unidade de momento de inércia é kg.m2.
Assim, temos:

2. MOMENTO ANGULAR DE UM SISTEMA DE PONTOS MATERIAIS


O momento angular 𝐿 ⃗⃗ de um sistema de pontos materiais, em relação a um ponto O, é a soma
vetorial dos momentos angulares dos pontos que constituem o sistema:

Momento angular de um corpo extenso em rotação uniforme em torno de um eixo fixo


Considere um corpo em rotação uniforme, em torno de um eixo fixo (figura 4).

Figura 4
Para cada ponto Pi, de massa mi e a uma distância ri do eixo de rotação, podemos escrever:
, sendo 𝛚
⃗⃗⃗⃗ vetor de rotação, suposto constante.
⃗⃗ do corpo é dado por:
O momento angular total 𝐿

Nesse caso, o momento de inércia I do corpo em relação ao eixo de rotação é dado por:

.
O momento de inércia I depende da massa do corpo e de como ela se distribui em relação ao eixo
de rotação. O momento de inércia mede a resistência que o corpo opõe à rotação. De fato,
partindo da igualdade L = l.ω, concluímos: para o mesmo L, quanto maior for I, menor é ω.

3. CONSERVAÇÃO DO MOMENTO ANGULAR


Se o momento (torque) das forças que atuam num corpo em rotação é nulo, então o momento
angular permanece constante.
Nessas condições, resulta em módulo:
L = lω = constante
Se o corpo for deformável, sendo L = lω constante, vem: se I aumenta, ω diminui e, se I diminui,
ω aumenta.
É o caso da bailarina girando em torno de seu eixo vertical de rotação r com os braços estendidos
e com velocidade angular ω1, sendo l1 seu momento de inércia em relação ao eixo r. Fechando os
braços, o momento de inércia diminui para l2 (l2 < l1) e sua velocidade angular passa a ser ω2.
Como l1ω1 = l2ω2, resulta ω2 > ω1 (figura 5).

Figura 5
Vejamos algumas situações envolvendo a conservação do momento angular.

3.1 Atleta realizando um salto mortal


Considere o eixo horizontal r que passa pelo centro de gravidade do atleta. À medida que o atleta
sobe, seu momento de inércia em relação ao eixo r diminui e sua velocidade angular aumenta.
Durante a descida, o momento de inércia aumenta e a velocidade angular diminui (figura 6).

Figura 6
3.2 Cadeira giratória
O jovem da figura 7 encontra-se sentado numa cadeira giratória, sem encostar os pés no chão e
com os braços estendidos. Uma outra pessoa gira a cadeira em torno do eixo vertical r. A seguir,
o jovem fecha os braços. O momento de inércia do sistema, em relação ao eixo r, diminui;
consequentemente, ele passa a girar mais depressa, isto é, sua velocidade angular aumenta.
O efeito observado é mais acentuado quando o jovem segura um par de halteres.

Figura 7
3.3 Cadeira giratória e roda de bicicleta
Considere uma cadeira que pode girar em torno de seu eixo vertical r, praticamente sem atrito.
Uma pessoa encontra-se sentada na cadeira, sem encostar os pés no chão e segurando o eixo
de uma roda de bicicleta. A roda, com seu eixo disposto horizontalmente, é colocada em rotação
(fi gura 8a). A componente vertical do momento angular do sistema é nula. Como o torque externo
vertical é nulo, há conservação da componente vertical do momento angular, isto é, a componente
vertical do momento angular permanece nula.
Por outro lado, se a pessoa mantiver o eixo da roda na vertical, com a roda girando num certo
sentido, a cadeira passa a girar em sentido oposto: os momentos angulares 𝐿 ⃗⃗⃗⃗e -𝐿
⃗⃗⃗⃗se anulam
(figura 8b).
Figura 8

3.4 Helicóptero e a hélice lateral traseira


Considere um helicóptero dotado, além da hélice principal, de uma hélice menor na lateral traseira
(figura 9).

Figura 9
Quando o motor é ligado, a hélice principal gira, impulsionando o ar para baixo. Pelo princípio da
ação-e-reação, o ar aplica na hélice uma força vertical para cima e, assim, o helicóptero sobe.
Qualquer variação da velocidade angular da hélice produz uma variação de seu momento angular.
Seja 𝑇⃗⃗ o torque das forças propulsoras, responsável por essa variação de momento angular da
⃗⃗⃗⃗a reação do torque 𝑇
hélice e -𝑇 ⃗⃗, agindo no corpo do helicóptero (figura 10).
Figura 10

O torque -𝑇⃗⃗⃗⃗ tende a girar o corpo do helicóptero em sentido oposto ao da hélice principal. Para
que isso não ocorra, é necessária a existência da hélice lateral. Esta, ao girar, empurra o ar e, pelo
princípio da ação-e-reação, o ar empurra a hélice com uma força F, que se transmite à cauda do
helicóptero. O torque 𝑇’⃗⃗⃗⃗ que a força F produz no corpo do helicóptero anula o torque -𝑇
⃗⃗⃗⃗, o que dá
estabilidade ao aparelho (figura 11).

Figura 11
Exercícios

Exemplo1.Um ponto material de massa m = 3,0 kg realiza um movimento circular uniforme de raio
R = 0,5 m e velocidade escalar v = 10 m/s. Seja O o centro da circunferência descrita. Calcule, em
relação ao ponto O:
a) o momento de inércia do ponto material;
b) o módulo do momento angular do ponto material.
Solução:
a) De I = mR2, sendo m = 3,0 kg e R = 0,5 m, vem: I = 3,0.(0,5)2
I = 0,75 kg.m2
b) O módulo do momento angular é dado por: L = mvR ⇒ L = 3,0.10. 0,5
L = 15 kg.m2/s
Exemplo2.Calcule o módulo do momento angular de um sistema constituído de duas partículas,
1 e 2, em relação ao ponto O, no instante indicado na figura.
As massas e as velocidades das partículas 1 e 2 são, respectivamente:
m1=1,0 kg; m2 =2,0 kg; v1 = 5,0 m/s e v2 = 10 m/s.
Solução:
Os módulos dos momentos angulares L1 e L2 das partículas 1 e 2 são dados por:
L1 = m1 v1 d1 ⇒ L1 = 5,0 kg.m2/s
L2 = m2 v2 d2 ⇒ L2 = 40 kg.m2/s
Aplicando a regra da mão direita, determinamos o sentido de L1: “entrando” no plano do papel.
Pela mesma regra, concluímos o sentido de L2: “saindo” do mesmo plano. Assim, o módulo do
momento angular do sistema de partículas é dado pela diferença dos módulos:
L = L2 - L1 ⇒ L = 35 kg.m2/s
Exemplo 3. Temos dois discos homogêneos, o inferior tem um raio de 1 m e o superior tem um
raio de 0,5 m que pode girar em torno do mesmo eixo, mas com velocidades angulares diferentes.
A qualquer momento, o disco superior cai e se conecta ao disco inferior. O prof. Laerte Pereira
pede para calcular a velocidade angular de rotação do conjunto dos dois discos acoplados. A
fórmula do momento de inércia I0 de um disco em relação a um eixo de rotação perpendicular ao
𝑚𝑅 2
disco e passando pelo seu centro é I0 = 2

Resolução do professor Laerte Pereira:


Temos um sistema composto por dois discos que giram em torno de um eixo comum, mas, com
rapidez angular diferentes. O impulso das forças externas em relação ao eixo de rotação O é nulo,
de modo que o momento angular é conservado.
⃗⃗
⃗⃗⃗ext=𝑑𝐿
𝑀
𝑑𝑡

⃗⃗⃗ext=0
𝑀

𝐿⃗⃗=cte
Momento angular antes do acoplamento

O momento angular do sistema antes do acoplamento é a soma do momento angular de cada um


dos discos

L=I1ω1+ I2ω2

Onde ω1 e ω2 são as velocidades angulares iniciais antes do acoplamento.

Momento angular após o acoplamento

Após o acoplamento, ambos os discos carregam uma velocidade angular comum ω.

L=I1ω + I2 ω

Princípio de conservação do momento angular

Isolando a velocidade angular ω, temos

Esta fórmula é semelhante à colisão entre uma bala e um bloco, quando a bala está embutida no
bloco.

Exemplo 4. Em seu estudo da Dinâmica de Partículas você já deve ter examinado o pêndulo
balístico, consistindo de uma bala de massa m e velocidade v que atinge um bloco de
massa M pendurado no final de uma corda. Para resolver o problema, aplicamos o princípio da
conservação do momento linear ou do momento angular. Nesta segunda versão, o bloco é
substituído por um cilindro de massa M e raio r e a corda por uma haste rígida de comprimento d e
massa desprezível. Determine a velocidade angular ω, logo após a colisão.

Resolução do professor Laerte Pereira:


Nesta versão apenas o princípio da conservação do momento angular é aplicável, uma vez que o
sistema não está isolado, porém, o momento das forças externas em relação ao eixo de rotação
O é nulo.
⃗⃗
⃗⃗⃗ext=𝑑𝐿; 𝑀
𝑀 ⃗⃗⃗ext=0; 𝐿⃗⃗=cte
𝑑𝑡

Princípio de conservação do momento angular

Momento angular antes do choque é o momento angular da partícula em relação a O.

O módulo de momento angular é L=mv·d. Onde d é o braço de momento angular ou distância


entre a direção da velocidade e o ponto O.

Momento angular após choque

É o momento angular de um sólido rígido formado pela haste, o cilindro e a bala embutida, girando
em torno de um eixo perpendicular ao plano do desenho que passa por O.

O momento da inércia I0 é composto pelos seguintes termos:

O teorema de Steiner é aplicado para obter o momento de inércia do cilindro de massa M e


raio r cujo eixo é d em relação a O;

Momento de inércia de um ponto de massa m que está d longe do eixo de rotação;

A corda tem massa insignificante.

Como o momento angular inicial e final são iguais, limpamos a velocidade angular ω, logo após o
choque.

Exemplo 5. Considere um satélite de massa m em órbita em torno do planeta de massa M como


esquematizado na figura abaixo, sujeito apenas a força de interação gravitacional. Mostre que o
momento angular será constante durante o movimento do satélite.
v θ

M m
r Satélite

Planeta

A força de interação gravitacional é:


𝐺∙𝑚∙𝑀
𝐹⃗ = − 𝑟̂
𝑟2
𝐺∙𝑚∙𝑀 𝑟⃗
𝐹⃗ = − 3
𝑟⃗, 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑟̂ =
𝑟 𝑟
Assim o torque exercido pelo planeta sobre o satélite será determinado por:
𝐺∙𝑚∙𝑀
𝜏⃗ = 𝑟⃗ × 𝐹⃗ = 𝑟⃗ × [− 𝑟⃗] = ⃗0⃗
𝑟3
Sabemos: 𝑟⃗ × 𝑟⃗ = ⃗0⃗

Lembrando que o momento angular é dado por:


⃗⃗ = 𝑟⃗ × 𝑝⃗
𝐿

Então a taxa de variação do momento angular será dada por:


⃗⃗ 𝑑(𝑟⃗ × 𝑝⃗) 𝑑𝑟⃗
𝑑𝐿 𝑑𝑝⃗
= = × 𝑝⃗ + 𝑟⃗ ×
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

⃗⃗
𝑑𝐿
= 𝑣⃗ × (𝑚𝑣⃗) + 𝑟⃗ × 𝐹⃗ = ⃗0⃗
𝑑𝑡
Assim, podemos concluir que o momento angular será constante durante o movimento do
satélite.

Exemplo 6. (HERBERT AQUINO) Satélite descrevendo órbita elíptica: em torno da Terra.

rP rA

vA
Periélio Afélio

Terra

vP
c a
Considere um satélite de massa m descrevendo uma órbita elíptica de excentricidade (e)em torno
da Terra de massa M. O semi-eixo maior da elipse é a.

Determinando a distância rA e rP da figura acima:


c
e=
a
Logo: c = e ∙ a
Assim temos:
rA = a + c = a ∙ (1 + e)

rP = a − c = a ∙ (1 − e)

Usando a conservação do momento angular, obtemos:

m ∙ vP ∙ rP = m ∙ vA ∙ rA
vA ∙ rA
vp =
rP
Aplicando a conservação da energia mecânica:

GmM mvp2 GmM mvA2


− + =− +
rP 2 rA 2
1 1
vp2 − vA2 = 2GM [ − ]
rP rA

vA rA 2 1 1
( ) − vA2 = 2GM [ − ]
rP rP rA

rA2 − rP2 rA − rP
vA2 ∙ ( 2 ) = 2GM [ ]
rP rP rA

Finalmente, obtemos:
2GMrp
vA2 =
rA ∙ (rA + rP )

2GMa ∙ (1 + e)
vA2 =
a + ea ∙ (a + ea + a − ea)

Velocidade no afélio:

GM 1 − e
vA = √ ∙[ ]
a 1+e

Velocidade no periélio:

GM 1 + e
v𝑃 = √ ∙[ ]
a 1−e

Razão entre as velocidades no afélio e no periélio:


vA 1−e
=[ ]
vP 1+e

Comentário do Professor HERBERT AQUINO: O resultado acima mostra que se a distância


entre o planeta e o satélite diminui a energia potencial diminui e a energia cinética do satélite
aumenta, assim a velocidade no afélio será menor que no periélio.

Exemplo 7. (HERBERT AQUINO) Um planeta está em órbita em torno do Sol, descrevendo uma
trajetória elíptica. A velocidade areolar do planeta é igual a 4 ∙ 1016 𝑚2 ⁄𝑠. A mínima distância do
planeta ao Sol é igual a 2 ∙ 1012 𝑚. O professor Herbert Aquino pede que você calcule a
velocidade máxima atingida pelo planeta.

Solução do professor Herbert Aquino:


Sabemos que a velocidade areolar é dada por:

𝑑𝐴 𝐿
𝑉𝐴𝑅𝐸𝑂𝐿𝐴𝑅 = =
𝑑𝑡 2𝑚

𝑑𝐴 𝑚 ∙ 𝑣𝑀Á𝑋 ∙ 𝑟𝑀Í𝑁
=
𝑑𝑡 2𝑚

𝑑𝐴
2∙( )
𝑣𝑀Á𝑋 = 𝑑𝑡 = 40 𝑘𝑚⁄𝑠
𝑟𝑀Í𝑁

Questão 1. (Moysés)Calcule o efeito da massa M da polia, de raio R, sobre o sistema (Figura): a


massa m, que desliza sem atrito, está ligada a massa suspensa m' pelo fio que passa sobre a
polia.

Determine:

(a) a aceleração a do sistema;

(b) as tensões T e T' nos fios ligados a m e m'.

Questão 2. Calcule o módulo do momento angular de um sistema constituído de duas partículas,


1 e 2, em relação aos pontos B e O, no instante indicado na figura.
As massas e as velocidades das partículas 1 e 2 são, respectivamente :
m1 = 2,0 kg; m2 = 3,0 kg; v1 = 4,0 m/s e v2 = 6,0 m/s.
Questão 3. Ao longo da borda de uma plataforma horizontal, de forma circular de massa M e raio
R, são dispostos trilhos. A plataforma e um pequeno trem de massa m, colocado sobre os trilhos,
estão em movimento de rotação em orno do eixo vertical r, com velocidade angular ω0 (figura a).
Num certo instante o trem começa a se deslocar sobre os trilhos com velocidade de módulo u, em
relação à plataforma. O sentido de movimento do trem é o mesmo sentido de rotação da plataforma
(figura b).

Despreze os atritos. Determine a nova velocidade angular ω da plataforma (o momento de inércia


𝑀.𝑅 2
da plataforma em relação ao eixo r é dado por: 𝐼 = ).
2

(Use este enunciado para resolver as questões 4 e 5.) Um corpo de massa m percorre, com
velocidade angular constante ω, em sentido anti-horário, uma trajetória circular de raio R, cujo
centro C dista d da origem O do sistema de coordenadas xy, como mostra a figura.

Questão 4. Sabendo que o corpo está passando pelo ponto P no instante t0, a equação que
descreve sua posição r em relação à origem do sistema de coordenadas, em função do tempo t,
é dada por:
Questão 5. Durante o movimento, o valor máximo do módulo do momento angular do corpo em
relação à origem do sistema de coordenadas é:

Questão 6. Uma plataforma circular, de massa M e raio R, gira livremente, com velocidade angular
ω, em torno de um eixo fixo, perpendicular a ela, passando pelo seu centro. Seu momento de
𝑀.𝑅 2
inércia em relação a esse eixo é 𝐼 = . Uma pequena bola de material viscoso, de massa
2
𝑅
m, cai verticalmente sobre a plataforma, à distância 2 do seu centro, grudando-se nela
instantaneamente. A velocidade angular final da plataforma é:

Questão 7. João encontra-se em pé, em repouso, sobre uma plataforma horizontal que pode girar
livremente, sem atrito, em torno de um eixo vertical. A plataforma está parada e João está
segurando uma roda de bicicleta, de momento de inércia I, que gira com velocidade angular
constante ω, em torno do eixo vertical, em sentido horário, quando vista de cima. Em certo instante,
João inverte a posição da roda de bicicleta de tal forma que ela passa a girar com a mesma
velocidade angular ω, mas em sentido anti-horário quando vista de cima. Nessa situação final, o
sistema formado pela plataforma e por João, quando visto de cima, tem momento angular de
módulo igual a:
a) zero.
b) Iω e gira em sentido horário.
c) Iω e gira em sentido anti-horário.
d) 2Iω e gira em sentido horário.
e) 2Iω e gira em sentido anti-horário.

Questão 8. Uma haste homogênea de comprimento d e momento de inércia I pode rodar, sem
atrito, em torno de um eixo fixo que passa pelo seu centro P e é perpendicular ao plano xOy.
Inicialmente a haste está em repouso na posição vertical. Um projétil de massa m e velocidade
horizontal 𝑣⃗ colide com a haste, ficando incrustado na extremidade desta.

a) Qual é o momento resultante das forças aplicadas ao sistema haste + projétil durante a colisão?

b) Estabeleça uma expressão para a velocidade angular da haste, logo após a colisão, em função
de v e d.

Questão 9. Um disco homogêneo, de massa M e raio R, roda numa superfície plana e horizontal
com velocidade angular constante de módulo ω, no sentido indicado na figura, em torno de um
eixo fixo, que passa pelo centro O do disco. O momento de inércia do disco em relação ao eixo
𝑀.𝑅 2
referido é 𝐼 = e o módulo da velocidade de qualquer dos pontos da sua periferia é v.
2
𝑀
Um corpo de massa m = 2 é lançado horizontalmente segundo uma trajetória retilínea tangente
ao disco com uma velocidade 𝑣⃗ = v𝑖⃗, de módulo igual ao da velocidade de um ponto da periferia
do disco.

Admita que, imediatamente após a colisão, o corpo segue na mesma direção e sentido que tinha
antes da colisão. Despreze os efeitos do atrito no eixo do disco, entre o corpo e a superfície
horizontal e entre o disco e essa superfície.

a) Represente as forças de interação entre o disco e o corpo, durante a colisão. Tenha atenção
no tamanho relativo dos vetores.

b) Mostre que é nulo o momento angular do sistema disco + corpo, imediatamente antes da
colisão, em relação ao ponto O.
c) Qual é a relação entre o módulo, a direção e o sentido do momento angular do disco e o módulo,
a direção e o sentido do momento angular do corpo, imediatamente após a colisão, relativamente
ao ponto O?

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