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Raylla Vicente Rosa Ferreira de Lima Santana - raylla_rosa@hotmail.com - IP: 177.14.224.

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Avaliando Através dos
Exercício de Pilates
Prof. Ms. Paula Finatto

Avaliar é muito mais do que classificar e rotular o presente


estado do seu aluno em uma escala de “bom” ou “ruim”
(LOURENÇO, 2013). Dentro do contexto do Método Pilates
e de outras modalidades de atividade física, a avaliação vem
como ponto de partida fundamental para a estruturação de
um plano de intervenção. Além disso, é a ferramenta que
irá te guiar no processo de treinamento ou reabilitação,
identificando se existem alterações esperadas, e irá permitir
identificar e apresentar os resultados ao final (LOURENÇO,
2013; MACHADO; ABAD, 2016; USDHHS, 2002).

Seja qual for a sua metodologia de trabalho, saber onde está


e aonde quer chegar é fundamental para poder planejar o
melhor caminho para o resultado e traçar uma estratégia eficaz
e eficiente. Queremos resultados com segurança e precisamos
que eles venham no menor tempo possível (WILLARDSON,
2007); tudo isso passa primeiro por uma avaliação.

Posteriormente terá sua continuidade observada pela


reavaliação, indicando a necessidade ou não de adaptações
no planejamento, e os resultados verificados ao final dentro de
um sistema comparativo que seja consistente e represente de
fato o estado atual das variáveis avaliadas (LOURENÇO, 2013;
MACHADO; ABAD, 2016; USDHHS, 2002).

Quando falamos de intervenções baseadas no Método


Pilates, muitas vezes nos deparamos com programas que
serão propostos como atendimento individualizado. Sendo
assim, uma boa avaliação para entregar o produto oferecido
se faz fundamental, não existe forma de personalizar seu

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atendimento se você não conhece as especificidades do seu
aluno, e cada pessoa é completamente diferente da outra
(WILMORE; COSTIL, 2010). Mesmo quando dois alunos
apresentam um mesmo desvio postural, ou uma fraqueza em
um mesmo músculo, as causas dessas compensações podem
ser completamente distintas e aí entra o papel fundamental do
avaliador.

Aprendemos nos cursos de formação e na faculdade


como fazer uma boa avalição postural, assim como temos
ferramentas nas nossas profissões para monitorar aspectos
funcionais e antropométricos. Porém, sabemos avaliar nosso
aluno nas suas habilidades dentro do Método Pilates?
Conseguimos identificar nessas avaliações qual o grupo de
exercícios mais indicados para o nosso aluno? Devo utilizar
o repertório básico, intermediário ou avançado? Meu aluno
está conseguindo executar os princípios do Método em
conjunto? Saber quais exercícios do Método Pilates seu
aluno está apto para executar é fundamental. Como assim?
Explico: quando um aluno chega a seu estúdio, a tendência é
começarmos ensinando o básico e utilizar exercícios simples
e ir aumentando a complexidade ao longo das aulas. Mas
você tem certeza que o seu aluno já está preparado para essa
progressão? Será que utilizar somente os exercícios básicos
não vai privar seu aluno de adaptações e deixá-lo preso sem
progredir e insatisfeito? Vamos procurar responder todas essas
perguntas com uma avaliação simples e objetiva que você
poderá fazer no estúdio tranquilamente.

Os exercícios do Método Pilates são divididos em 3 diferentes


níveis de intensidade: básico, intermediário e avançado
(PILATES; MILLER, 1995). O nível básico é composto
prioritariamente de exercícios realizados em decúbito
dorsal tendo foco o fortalecimento dos flexores da coluna e
alongamento da cadeia posterior (BENEDETTI et al., 2015).

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Chegando ao nível intermediário, devemos gradualmente
introduzir exercícios mais complexos que passam a exigir
mais força e flexibilidade, assim como maior participação
de movimentos de extensão de coluna e exercícios com
instabilidade. Sendo assim, saber a hora correta de propor
para o aluno o exercício no nível certo é importante (PEREIRA
et al., 2017).

Cada vez mais identificamos que a individualidade é o grande


pilar da prescrição do treinamento e a chave para os melhores
resultados (WILLARDSON, 2007). Sendo assim, o Método
Pilates também precisa ser avaliado de forma específica,
uma vez que apresenta tantas particularidades que faz desta
uma modalidade única e rica em possibilidade e benefícios
(BARBOSA et al., 2013; BARBOSA et al., 2014; SULLIVAN et
al., 2015).

Nesse módulo do curso de avaliação, venho propor uma


ferramenta que permita identificar aspectos específicos
relacionados aos exercícios do Método Pilates e que poderão
dar a base de início para um planejamento adequado das
suas aulas, baseado na capacidade de executar os exercícios
do próprio Método. Além disso, será possível classificar seu
cliente entre os três níveis de aptidão para que se possam
escolher os exercícios que de fato terão potencial para
desenvolver seu aluno, gerando estímulos de adaptação
na intensidade certa. Não só avaliar, mas também reavaliar,
ir acompanhando o progresso e identificar a hora certa de
evoluir ou retroceder no planejamento.

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Protocolo
1. Aspectos Gerais
Sempre que falamos de avaliação, identificação de parâmetros
e reavaliação, temos que ter em mente que o mais importante
é manter um padrão. A sua avaliação e a reavaliação devem
ser o mais similar possível, se não idênticas. A capacidade
de identificar os resultados do seu trabalho será diretamente
dependente da reprodução fiel da sua avaliação no período
de reavaliação para ajuste, assim como no período final do
planejamento proposto.

Para tanto, respeite algumas normas:

a) O mesmo avaliador deve realizar o protocolo e avaliar;

b) Realizar o protocolo em um mesmo ambiente;

c) Realizar o protocolo em um mesmo período do dia e com


padrões de alimentação e exercícios semelhantes nas últimas
24h;

d) Não utilizar substâncias estimulantes como café, chocolate e


energéticos 24h antes da avaliação;

e) Realizar a avaliação em um dia que o aluno NÃO tenha


realizado exercícios físicos;

f) Procure utilizar roupas confortáveis e, se possível, repeti-las


nas reavaliações;

g) Realizar a filmagem do protocolo é importante para


comparações.

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2. Objetivos
O protocolo de avaliação tem por objetivo avaliar e classificar
a flexibilidade de cadeia anterior e posterior e mobilidade
da coluna vertebral. Avaliar e classificar de maneira global a
capacidade de manutenção dos princípios do Método Pilates
em básico, intermediário e avançado.

3. Aspectos Éticos
Lembre-se que sempre que for fazer uma avaliação que
envolva registro de imagem é importante salientar na ficha
de avaliação qual o destino dos arquivos, qual seu uso e
principalmente garantir que será feito todo o possível para
que as imagens não sejam vistas por quem não for autorizado
pelo avaliado. Por isso, na ficha de avaliação que temos aqui,
existe um pequeno termo de consentimento livre e esclarecido
que deve ser assinado.

Esse tipo de termo deve ser escrito em linguagem acessível


explicando todos os procedimentos que serão realizados,
possíveis benefícios e riscos. Sendo qualquer divulgação de
dados pessoais considerado um risco. Devemos ter em mente
que as medidas de precaução já devem estar em vigor, mesmo
que seja improvável qualquer risco.

Lembre-se que a publicação de antes e depois em redes


sociais não é permitida por alguns conselhos profissionais e
não deve ser realizada de forma alguma sem a autorização
formal e por escrito do avaliado.

4. Preparação e Materiais
Você vai precisar para realizar a avaliação:

a) Câmera para filmar;

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b) Tripé ou superfície de apoio na altura do Mat para a
filmagem;

c) Mat ou Cadillac para a execução dos exercícios;

d) Termo de consentimento e ficha de avaliação;

e) Roupas justas ou roupa de banho para facilitar a análise;


Independente se você for utilizar o celular ou uma câmera para
filmagem, procure preparar o local antes de iniciar. Certifique-
se que o ambiente esteja com a luminosidade necessária e
que o equipamento está posicionado de forma que toda a
execução do movimento seja visível na imagem.

Antes de iniciar a avaliação, o primeiro passo é entregar a


ficha de avaliação para seu cliente para que ele leia e assine o
termo de consentimento. Esse é o momento parar tirar todas
as dúvidas e explicar os procedimentos. Depois de terminada
esta etapa, poderemos seguir para a avaliação em si.

É bastante importante que, especialmente para alunos


iniciantes, você demonstre todos os 9 exercícios que fazem
parte do protocolo de avaliação (SILLER, 2008; BENEDETTI et
al., 2015). Não queremos que exista alguma falha de execução
devido ao fato de o avaliado não estar familiarizado com o
que está acontecendo no protocolo. Mostre os exercícios
e explique todos os detalhes da execução antes de iniciar,
incluindo o padrão respiratório que você quer que seja
utilizado. Se necessário, deixe que o cliente pratique poucas
repetições de algum exercício que esteja com dúvida.

Não se preocupe em avaliar o aluno no momento da


execução, você irá ter tempo e tranquilidade para fazer
isso através dos vídeos (BENEDETTI et al., 2015). Utilizar a
metodologia da filmagem evita que você tenha que pedir que

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o aluno repita muitas vezes algum movimento, o que pode
gerar fadiga e então prejudicar os resultados da avaliação que
também são dependentes da capacidade de produção de
força.

Depois de consentida a avaliação e filmagem, estar todo o


equipamento preparado para uma filmagem de qualidade e o
cliente familiarizado com o protocolo, podemos começar.

5. Protocolo Específico – 9 Exercícios de


Mat Pilates
Aqui apresentaremos os exercícios que compreendem o
protocolo de avaliação, descrição detalhada de sua execução
e apresentação dos parâmetros a serem observados em
cada um dos exercícios para pontuação do escore isolado e,
posteriormente, para o cálculo do escore geral.

Para a correta avaliação, realize 10 repetições de cada


exercício com 3 minutos de intervalo para descanso entre
cada um. Para o The Hundred, considera-se cada respiração
uma repetição (BENEDETTI et al., 2015).

THE HUNDRED
Uma avaliação específica com exercícios do método pilates
não poderia existir sem a inclusão do carro-chefe do método.

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Posição inicial: Em decúbito dorsal, com quadris e joelhos
flexionados a 90 graus, mantenha os tornozelos em flexão
plantar. Os membros superiores devem estar ao lado do corpo
com as palmas das mãos voltadas para baixo.

Execução: Inspirar e expirar ao flexionar a coluna cervical e


torácica retirando o contato da cabeça e ombros com o solo.
Solicite que o avaliado leve as mãos em direção aos pés,
mantendo os membros superiores sem contato com o solo.
Estenda os joelhos e os quadris até que estejam em 45 graus
de flexão. Mantenha essa posição e volte a inspirar realizando
5 movimentos de pequena amplitude de flexão e extensão dos
ombros, expire realizando mais 5 movimentos com os ombros.
Repita esses movimentos por 10 ciclos respiratórios e volte à
posição inicial (SILLER, 2008; BENEDETTI et al., 2015).

Pontos para avaliação:

a) É capaz de manter a coluna cervical em flexão durante todo


o movimento?

b) Consegue mobilizar a coluna torácica em flexão?

c) Mantém durante todo o movimento a organização da


cintura escapular, sem elevação?

d) Movimenta os membros superiores em sincronia com a


respiração?

e) Mantém os quadris em 45 graus de flexão, ou menor


angulação, tendo os joelhos estendidos durante todo o
movimento?

f) Mantém a região lombopélvica em posição neutra? (sem


anteversão e retroversão pélvica ou flexão e extensão da
coluna lombar)

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g) Mantém os flexores da coluna ativos sem que exista o
abaulamento do reto abdominal?

Dicas: A avaliação do último tópico é de extrema importância


e deve ser encarada como um item isolado. Quando estamos
com a coluna flexionada, o posicionamento corporal e o
encurtamento dos músculos flexores da coluna aumentam
a pressão interna na cavidade abdominal. Esse aumento de
pressão pode causar duas reações: 1) O transverso abdominal
está forte o suficiente e irá sustentar esse aumento de pressão
junto com o assoalho pélvico; 2) O transverso abdominal está
em disfunção, possivelmente associado ao assoalho pélvico,
e não é capaz de sustentar o aumento da pressão interna,
gerando o aumento do volume abdominal; esse abaulamento
do reto abdominal indicado acima.

ROLL UP
O Roll Up vem como um primeiro olhar para a saúde e
mobilidade da coluna vertebral. Além disso, com a avaliação
deste exercício seremos capazes de observar um pouco em
relação à flexibilidade dos extensores do quadril e flexores
do joelho. Aqui teremos uma visão global, mais para frente
analisaremos com mais cuidado cada uma dessas variáveis.

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Posição inicial: Em decúbito dorsal, com os membros
superiores no prolongamento do corpo na máxima flexão dos
ombros. Os membros inferiores devem estar unidos, tendo os
quadris aduzidos.

Execução: Inspirar antes de iniciar e expirar ao diminuir o


ângulo de flexão dos ombros, levando as mãos em direção ao
teto. Inspirar novamente ao flexionar a coluna cervical e iniciar
a flexão da coluna torácica. Expirar ao seguir flexionando a
coluna, retirando-a do contato com o solo até associar a flexão
dos quadris. Inspirar buscando a máxima amplitude de flexão
de quadril e coluna e expirar ao retornar estendendo o quadril
e a coluna iniciando pela região sacral, lombar, torácica e por
último a cervical. Inspirar levando os membros superiores de
volta à posição inicial (SILLER, 2008; BENEDETTI et al., 2015).

Pontos para avaliação:

a) É capaz de mobilizar a coluna vertebral em


sequenciamento?

b) É capaz de manter os joelhos estendidos durante todo o


movimento?

c) É capaz de manter os membros superiores paralelos ao solo


no final da fase de flexão?

d) É capaz de manter a organização da cintura escapular sem


elevação?

e) É capaz de evitar o abaulamento do reto abdominal na fase


concêntrica do movimento?

Dica: Algumas vezes o avaliado pode não conseguir realizar


esse exercício, seja por alguma contraindicação devido à lesão

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ou desequilíbrio biomecânico. Nesse caso, retire esse exercício
da avalição e diminua o valor de divisão do escore geral no
final e no escore isolado. Teremos como acessar a mobilidade
da coluna e flexibilidade através de outros exercícios.

SWAN
Nem só de força abdominal se faz uma avaliação para o
Método Pilates. Vamos precisar bastante de exercícios focados
na extensão de coluna para treinar e tratar muitos dos nossos
clientes. Para tanto, precisamos ter observado bem como eles
estão na execução desse movimento, que é cada vez mais raro
no dia a dia.

Posição inicial: Em decúbito ventral, com os ombros em


hiperextensão, cotovelos flexionados e palmas das mãos
apoiadas no solo logo abaixo dos ombros. Mantenha os
quadris aduzidos para que exista o contato entre os membros
inferiores.

Execução: Inspirar ao se preparar e expirar ao estender os


cotovelos ao mesmo tempo em que hiperestende a coluna
partindo da cervical, coluna torácica até chegar à coluna
lombar, associando a hiperextensão dos quadris. Inspirar
buscando a maior amplitude possível e expirar retornando à
posição inicial (BENEDETTI et al., 2015).

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Pontos para avaliação:

a) É capaz de mobilizar a coluna vertebral em extensão?

b) É capaz de manter a cabeça e cervical em posição neutra?

c) É capaz de manter a organização da cintura escapular sem


elevação?

d) É capaz de estender completamente os cotovelos?

e) Mantém os membros inferiores com quadris aduzidos?

f) É capaz de evitar o abaulamento do reto abdominal?

SIDE KICK – FRONT AND BACK


Durante uma aula do Método Pilates, especialmente quando
realizada no Mat, temos muitos desafios para a estabilização.
Entre os posicionamentos mais desafiadores para mantermos
a coluna e pelve estáveis está o decúbito lateral. Os alunos
costumam apresentar pouca consciência corporal nesta
posição e muita facilidade de perder o posicionamento
da coluna lombar neutra com o movimento dos membros
inferiores. Dessa forma, o exercício Side Kick – Front and Back
vem como uma forma de identificar a funcionalidade do glúteo
médio e dos flexores laterais da coluna, assim como acessar a
capacidade do aluno de se estabilizar durante a realização da
dissociação de membros inferiores e superiores.

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Posição inicial: Em decúbito lateral, com ombro abduzido a
aproximadamente 45 graus, cotovelo flexionado. O membro
superior livre deve estar, também, com ombro abduzido a 45
graus. Os quadris devem estar levemente flexionados, tendo a
pelve e coluna lombar em posição neutra.

Execução: Inspirar antes de iniciar e expirar abduzindo o


quadril do membro inferior livre até alinhar com a pelve.
Inspirar ao flexionar o quadril em dorsiflexão do tornozelo e
inspirar ao estendê-lo e hiperestendê-lo associado à flexão
plantar do tornozelo. Ao mesmo tempo em que se realiza
a flexão e hiperextensão do quadril, realize movimentos
alternados de flexão e extensão horizontal do ombro do
membro superior livre (BENEDETTI et al., 2015).

Pontos para avaliação:

a) É capaz de manter a estabilização lombopélvica durante a


dissociação dos segmentos?

b) É capaz de manter joelho e cotovelo estendidos durante


todo o movimento?
c) É capaz de manter todo o antebraço apoiado no solo?

d) É capaz de manter a contração abdominal sem abaulamento


do reto abdominal?

e) É capaz de sustentar a posição da coluna sem flexionar


lateralmente?

Dica: Observe bem tanto a cintura do avaliado quanto a pelve.


Não pode existir movimento de anteversão e retroversão
da pelve, assim como a coluna também não deve flexionar,
estender ou flexionar lateralmente, desabando. O tronco deve
se manter estável enquanto os segmentos se movimentam.

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SAW
Além de avaliar movimentos de flexão, extensão e flexão
lateral da coluna e suas relações com o controle lombopélvico,
a rotação da coluna também é um movimento muito utilizado
e importante para a correta execução de muitos exercícios do
Método. Sendo um dos movimentos mais associados a dores
e lesões, a rotação precisa ser avaliada e o corpo deve estar
preparado para esses movimentos no dia a dia.

Posição inicial: Sentado com os quadris abduzidos a 45 graus,


ombros abduzidos a 90 graus e palmas das mãos voltadas para
baixo. Mantenha os tornozelos em dorsiflexão.

Execução: Inspirar e, ao expirar, realizar a rotação da coluna


associada à flexão, levando uma das mãos em direção à face
lateral do pé oposto. O membro superior contralateral deve
manter-se com cotovelo estendido e ombro abduzido a 90
graus enquanto realiza a supinação da articulação radioulnar,
voltando a palma da mão para o teto. Permita a rotação
cervical para acompanhar esta mão com o olhar. Inspire
mantendo a posição e expire retornando à posição inicial.
Repita o movimento para o outro lado (BENEDETTI et al.,
2015).

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Pontos para avaliação:

a) É capaz de mobilizar a coluna vertebral em rotação?

b) É capaz de manter os joelhos estendidos durante todo o


movimento?

c) É capaz de manter a coluna neutra, em crescimento axial?

d) É capaz de manter os ísquios apoiados no solo durante


todo o movimento?

e) É capaz de manter os pés alinhados, sem realizar rotação da


coluna compensatória a partir da pelve?

Dica: Fique atento aos pés; movimentos nos membros


inferiores podem indicar movimentações indesejadas na
coluna. Analise cuidadosamente as fases em que a coluna
deve estar em crescimento axial e as fases em que deve ser
móvel. Caso seu aluno não possa realizar rotação de coluna
devido a alguma contraindicação, retire esse exercício da
avaliação e para o cálculo do escore isolado e escore geral
realize a divisão por uma unidade menor.

SPINE STRETCH
Especialmente para garantir uma avaliação de mobilização da
coluna em flexão e um olhar mais cuidadoso no alongamento
da cadeia posterior, temos o Spine Stretch. Ele garante que
mesmo que você precise retirar o Roll Up da avaliação o
instrumento não perca seu poder de avaliação global. Aqui
podemos ter uma visão mais clara sobre organização de
cintura escapular e também de assimetrias em relação aos
quadris, coluna e joelhos.

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Posição inicial: Sentado com quadris aduzidos e ombros
flexionados a 90 graus, mantenha os tornozelos em
dorsiflexão.

Execução: Inspirar antes de iniciar o movimento e expirar ao


flexionar a coluna de forma sequenciada. Inicie pela flexão
da cervical, coluna torácica e lombar, associando à flexão
dos quadris. Inspire buscando máxima amplitude e expire
retornando à posição inicial partindo da extensão dos quadris
até chegar à cervical (SILLER, 2008).

Pontos para avaliação:

a) É capaz de mobilizar a coluna de forma sequencial na


flexão?

b) É capaz de mobilizar a coluna de forma sequencial na


extensão?

c) É capaz de passar os dedos das mãos da linha dos dedos


dos pés?

d) É capaz de manter o crescimento axial entre as repetições?

e) É capaz de manter a organização da cintura escapular sem


elevação?

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f) É capaz de manter os membros superiores ao lado das
orelhas na fase final?

g) É capaz de manter os joelhos estendidos durante todo o


movimento?

h) É capaz de manter os tornozelos em dorsiflexão durante


todo o movimento?

Dica: Fique bastante atento ao posicionamento dos ombros


e cervical para compensações. Além disso, em posição de
alongamento de cadeia posterior global deve-se olhar os
tornozelos e joelhos com atenção. Fique atento para possíveis
rotações de coluna e quadris; podem ser indicativos de
desequilíbrios nas articulações.

ONE LEG OPEN AND DOWN


Nem só de alongamento da cadeia posterior completa
poderia ser feita essa avaliação. Aqui poderemos ter uma ideia
mais específica sobre o alongamento dos flexores do joelho
e extensores do quadril. Será mais fácil analisar o controle
lombopélvico quando existe a necessidade de sustentar
o peso do membro inferior. Nesse caso, compensações
na coluna lombar com um movimento unilateral indicam
uma fraqueza grande dos flexores da coluna. Fique atento,
também, a sinais de dor, esse movimento é uma avaliação
conhecida para identificar possíveis hérnias de disco (SILLER,
2008).

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Posição inicial: Em decúbito dorsal, mantenha os membros
superiores ao lado do corpo e os tornozelos em flexão plantar.

Execução: Inspirar e, ao expirar, flexionar o quadril


unilateralmente mantendo o joelho estendido. Inspirar
buscando a máxima amplitude e expirar retornando à posição
inicial.

Pontos para avaliação:

a) É capaz de chegar a 90 graus de flexão do quadril sem


flexionar o joelho?

b) É capaz de manter a coluna neutra durante todo o


movimento?

c) É capaz de manter o sacro em contato com o solo durante


todo o movimento?

d) É capaz de manter a contração abdominal sem abaulamento


do reto abdominal?

e) É capaz de flexionar o quadril sem que o peso do membro


inferior seja limitante?

Dica: Caso seu aluno esteja com a flexibilidade dos extensores


do quadril muito comprometida, permita que ele realize a
avaliação com o joelho em semiflexão. Lembre-se de repetir
exatamente igual na reavaliação.

ROLL DOWN
Quando não for possível avaliar o Roll Up não podemos ficar
sem um olhar específico na força excêntrica dos flexores da
coluna e na capacidade de mobilização vertebral realizada da
flexão até a posição neutra. Para isso, o Roll Down entra como

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um complemento e garantia de um olhar específico.

Posição Inicial: Sentado com quadris aduzidos e ombros


flexionados a noventa graus, mantenha os tornozelos em
dorsiflexão.
Execução: Inspire antes de iniciar e expire ao flexionar a
coluna formando um “C”. Inspire novamente e expire ao
estender os quadris lentamente, associando a extensão da
coluna. Procure iniciar pela região sacral, lombar, coluna
torácica e por último a cervical, tocando a cabeça no
solo. Retorne à posição inicial com o auxílio dos membros
superiores e então realize o movimento novamente.

Pontos para avaliação:

a) É capaz de mobilizar a coluna lombar?

b) É capaz de mobilizar a coluna torácica?

c) É capaz de mobilizar a coluna cervical?

d) É capaz de movimentar-se de forma lenta na fase


excêntrica?

e) É capaz de manter a organização da cintura escapular, sem


elevação?

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f) É capaz de manter o abdômen contraído sem o
abaulamento do reto abdominal?

Dica: Observe cada parte do movimento e procure identificar


pontos de rigidez na coluna. Fique atento à fraqueza dos
flexores da coluna e compensações nos membros inferiores.
Se precisar adaptar, é possível realizar esse movimento com
quadris e joelhos flexionados, tendo os pés em contato com o
solo. Se modificar, lembre-se de repetir exatamente da mesma
forma na reavaliação. Pode-se oferecer auxílio segurando os
pés do avaliado, entretanto, será mais avaliada a força do reto
femoral do que dos flexores da coluna.

PUSH UP
Vamos avaliar força de membros superiores e novamente o
alongamento da cadeia posterior e a mobilização da coluna
em um movimento em pé. Aproveite esse exercício para
analisar a postura do seu aluno em pé e como mantém o
controle da coluna em um posicionamento em decúbito
ventral quando os flexores da coluna, especialmente o
transverso abdominal, será bastante requisitado

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Posição inicial: Em pé, com membros superiores ao lado do
corpo e joelhos mantidos em extensão.

Execução: Inspirar e, ao expirar, flexionar a coluna iniciando


pela cervical, passando pela torácica e coluna lombar, até
flexionar também os quadris, colocando as mãos em contato
com o solo. Inspire e expire caminhando com as mãos até a
posição de apoio. Inspire e expire flexionando os cotovelos
e estendendo os ombros, realizando um Push Up. Inspire e
expire voltando à posição de apoio e caminhando com as
mãos em direção aos pés sem flexionar os joelhos. Inspire
novamente e expire retornando à posição inicial, partindo da
extensão dos quadris, coluna lombar, passando pela coluna
torácica e por fim a coluna cervical (BENEDETTI et al., 2015).

Pontos para avaliação:

a) É capaz de mobilizar a coluna vertebral para flexionar?

b) É capaz de mobilizar a coluna vertebral para estender?

c) É capaz de manter os joelhos estendidos durante todo o


movimento?

d) É capaz de manter a coluna neutra na posição e realização


do apoio?

e) É capaz de manter o alinhamento da cabeça durante todo o


movimento?

f) É capaz de manter o crescimento axial da coluna vertebral


durante todo o movimento?

g) Mantém os cotovelos junto ao tronco durante a flexão?

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h) Realiza a flexão do cotovelo até 90 graus?

Dica: Caso seja necessário retirar esse exercício da avaliação


por ser risco para o aluno, lembre-se de subtrair 1 do valor de
divisão para os cálculos dos escores.

6. Calculando Escore Isolado


Após realizar a avaliação e completar a ficha de dados, você
poderá calcular os escores de cada um dos exercícios por
categorias e obter os escores geral absoluto e relativo. Para
esse cálculo, você poderá utilizar a tabela de Excel, que
foi criada especialmente para que você possa observar os
resultados e gerar um relatório para entregar para o seu
cliente e guardar com você para posteriores comparações.
Quando falamos de escore isolado, estamos nos referindo
ao valor obtido em cada um dos exercícios individualmente.
O avaliado recebe 1 ponto quando a resposta para a
pergunta é SIM e 0 ponto quando a resposta é NÃO, e então
calcularemos a média aritmética para ser considerada como
escore isolado. Tendo esse valor, você poderá identificar em
quais exercícios seu cliente progrediu e em quais regrediu e,
assim, fazer adaptações no seu programa de intervenção de
forma bastante específica.
O cálculo da média é simples, pegaremos o total de pontos
que o avaliado obteve no exercício e dividiremos pelo número
máximo de pontos possível de cada exercício (BENEDETTI et
al., 2015).

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Para cada exercício teremos um resultado para o escore
isolado que irá de 0 até 1. O valor encontrado deve ser
comparado com a tabela normativa para classificação em
básico, intermediário e avançado. Abaixo segue a tabela com
a pontuação máxima possível para cada um dos exercícios e
a tabela normativa que será utilizada para classificar todos os
escores obtidos através desse instrumento.

Tabela 1: Apresentação da pontuação máxima possível em


cada um dos exercícios a serem avaliados. Cada critério
atendido corresponde a um ponto. Esse valor é o número que
deve ser utilizado para cálculo do escore isolado.

Por exemplo: Se meu aluno, ao executar o exercício The


Hundred, obteve o resultado abaixo sendo 1 para SIM e 0 para
NÃO.

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Tabela 2: Exemplo de como registrar a pontuação obtida dos
critérios de avaliação para o exercício The Hundred, sendo
considerado 1 para SIM e 0 para NÃO.

Nesse exemplo, o avaliado obteve 5 pontos na avaliação


do exercício The Hundred. Esse valor será dividido pela
pontuação máxima possível para encontrarmos o escore
isolado para este exercício (BENEDETTI et al., 2015):

Tendo o escore isolado, poderemos comparar com a tabela

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normativa e ter uma classificação da habilidade do seu cliente
naquele exercício. No exemplo acima, nosso avaliado seria
classificado como intermediário para a execução do The
Hundred. Além disso, utilizaremos esses valores para o cálculo
do escore por categorias e para os cálculos do escore geral
absoluto e relativo. Abaixo podemos ver a tabela normativa
(adaptado de BENEDETTI et al., 2015) que será utilizada para
classificar seu aluno em todos os escores.

Tabela 3: Demonstração da escala de classificação dos escores


obtidos no protocolo de avaliação.

7. Calculando Escore por Categoria


Após calcularmos o escore isolado para cada um dos 9
exercícios do protocolo, vamos utilizar esses valores para
encontrar as classificações mais específicas que irão nos guiar
no planejamento do programa de intervenção. Para quais
aspectos deveremos dar mais e menos atenção para cada
aluno serão facilmente observados e poderemos ter uma ideia
da sua progressão durante uma reavaliação, o que facilitará um
ajuste no programa.
As categorias avaliadas neste protocolo são: força de
membros superiores, força de membros inferiores, mobilidade,
flexibilidade da coluna, flexibilidade de extensores do quadril,
força e funcionalidade abdominal; força de extensores da
coluna e estabilidade lombopélvica. Cada uma das categorias
é composta por um conjunto diferente de exercícios e irá gerar

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um escore por categoria.

Para o cálculo dos escores para cada uma das categorias,


usaremos novamente a média aritmética simples. Sendo
assim, o escore da categoria será a divisão da soma dos
escores isolados pelo número de exercícios que a compõe
(BENEDETTI et al., 2015). Esse cálculo poderá ser realizado
em calculadora e adicionado na sua ficha de avaliação, ou
você pode usar a planilha de Excel que criamos para facilitar
sua análise; ela irá automaticamente calcular os escores
por categoria, uma vez que você preencher a planilha com
a pontuação de cada exercício. Vamos ver abaixo quais
exercícios fazem parte de cada categoria e como será a
equação para cada uma, uma vez que o número de exercícios
que compõe cada categoria é diferente. Lembre-se, se você
retirou algum exercício do protocolo para adaptação, deve-
se adequar o número para divisão nas categorias em que o
exercício retirado faz parte. Nesse caso, a planilha não irá
calcular sozinha, você terá que calcular manualmente e então
preencher a planilha para gerar o laudo.

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Tabela 4: Apresentação dos exercícios de cada categoria e
equação para cálculo do escore por categoria, considerando
o número de exercícios em cada. ECt significa escore da
categoria.

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Vamos ver um exemplo de como calcular, sem a planilha, o
escore de uma categoria. Levaremos em consideração a cate-
goria força de extensores da coluna. Vamos considerar que o
escore isolado de cada exercício foi encontrado como segue:

Tabela 5: Exemplo de cálculo do escore por categoria.

8. Calculando Escore Geral


Absoluto e Relativo
Depois da sua avaliação completa e tendo calculado os es-
cores isolados de cada um dos 9 exercícios, poderemos
prosseguir para os cálculos de escore geral. Enquanto os es-
cores isolados e por categoria nos mostram aspectos mais
específicos do nosso avaliado, favorecendo uma melhor pre-
scrição direcionada para os pontos que mais precisam atenção,
o escore geral absoluto vai dar uma ideia ampla do nível do
seu aluno tendo em consideração todos os exercícios com um

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mesmo peso na avaliação.
Por outro lado, o escore geral relativo vai demonstrar o esta-
do global do seu avaliado tendo alguns exercícios maior peso,
pois se repetem entre as categorias. Ou seja, quanto melhor
executado os exercícios mais complexos, que se encaixam em
mais de uma categoria, maior será o escore geral relativo. Isso
quer dizer que se o seu avaliado não apresentar bom desem-
penho na execução de exercícios mais complexos, o escore
relativo vai baixar bastante, indicando que no seu planejamen-
to talvez seja necessário optar por exercícios mais simples até
que ele seja capaz de progredir. O contrário também é verda-
deiro, bom escore isolado em exercícios complexos eleva o
escore geral relativo e mostra que você pode incluir exercícios
avançados para o seu aluno.

a) Cálculo do escore absoluto

Vamos sempre trabalhar com a média simples, dessa forma


poderemos usar a tabela normativa para classificar todas as
pontuações. O cálculo do escore geral absoluto (EGA) é feito
através da divisão da soma dos escores isolados por 9, que é
o número total de exercícios no protocolo (BENEDETTI et al.,
2015). Lembre-se, caso você retire algum exercício da aval-
iação, esse valor deve ser reduzido e estar de acordo com o
número de exercícios que você utilizou na avaliação.

Vamos olhar abaixo um exemplo do cálculo do escore geral


absoluto (BENEDETTI et al., 2015). Você poderá ver na planil-
ha de Excel todos esses cálculos realizados automaticamente
para agilidade e maior facilidade na comparação dos resulta-
dos.

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Tabela 6: Exemplo de cálculo do escore geral absoluto.

O escore geral absoluto nesse exemplo foi igual a 0,69 que,


dentro da tabela de classificação, coloca nosso avaliado como
intermediário.

b) Cálculo do escore geral relativo

Para o cálculo do escore geral relativo (EGR), levaremos em


consideração os escores por categorias que já foram previa-
mente calculados. Sendo que todas as categorias apresentam
o mesmo peso para o cálculo. Na planilha esse valor estará

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automaticamente calculado quando preenchida a pontuação
individual de cada exercício. Novamente trabalharemos com
uma média simples, nesse caso o EGR será a divisão da soma
de todos os escores por categoria por 8, que é o número de
categorias que esse protocolo engloba.

Vamos olhar abaixo um exemplo do cálculo do escore geral


relativo. Você poderá ver na planilha de Excel todos esses cál-
culos realizados automaticamente para agilidade e maior facili-
dade na comparação dos resultados.

Tendo o escore geral relativo calculado, poderemos com-


pará-lo com a tabela normativa. No exemplo utilizado acima,

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o EGR encontrado foi 0,69, o que representa uma classificação
intermediária. Note que o EGR foi um pouco maior do que o
EGA, o que demonstra a interferência de ter apresentado bom
desempenho em alguns dos exercícios mais complexos. Ob-
serve bem a avaliação para identificar os pontos fortes e fracos
do seu aluno.

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9. Ficha de Avaliação

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Termo de Consentimento para Gravar Imagem

Eu, _________________________, nascido na data ____________,


portador do RG número _______________________, entendo
que serei filmado durante meu teste de avaliação. Neste teste
vestirei roupas de ginástica ou biquíni/sunga, para facilitar que
o avaliador possa me observar realizando exercícios de Pilates.
Serei solicitado a realizar 10 repetições de 9 exercícios de Pi-
lates com 3 minutos de intervalo.
Entendo que é possível que eu sinta cansaço, dor muscular e/
ou articular durante ou após a avaliação e que, em caso de
necessidade, o avaliador estará disponível para tirar minhas
dúvidas e me encaminhar para atendimento médico.
Entendo que os arquivos de vídeo serão guardados em um
computador seguro, de uso pessoal e protegido por senha.
Compreendo que existe risco de roubo de dados ou do apa-
relho e, nesse caso, entendo que o avaliador não tem re-
sponsabilidade pela ocasional divulgação dos vídeos. Eu en-
tendo que os vídeos serão apagados permanentemente após
5 anos da data de avaliação.
Entendo que devo informar toda e qualquer limitação em
relação à prática de exercícios, problemas de saúde, mesmo
que sejam simples, lesões articulares e medicações utilizadas.
Além disso, em caso de gravidez, devo informar ao avaliador
imediatamente.

___________________________________________
(Assinatura e RG)

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10. Apresentação dos Resultados
Após a avaliação pronta e ter toda a ficha de avaliação
preenchida, podemos organizar a apresentação dos resulta-
dos. Você poderá simplesmente colocar as pontuações de
cada exercício na planilha de Excel e ter todos os resultados
prontos automaticamente. Assim que a planilha estiver com-
pleta é só imprimir ou salvar em formato .pdf para obter o
relatório da avaliação.
Caso você modifique o protocolo, retirando algum exercício,
pode realizar os cálculos e preencher a ficha de avaliação com-
pletamente. Uma cópia da ficha de avaliação é uma forma de
entregar o resultado para seu cliente. Lembre-se de guardar
uma cópia para você para futuras comparações e consultas
para o planejamento do programa de intervenção.

11. Conclusão
Após obter o relatório da avaliação do seu cliente, você terá
em mãos uma ferramenta bastante completa para se basear
para prescrever o programa de intervenção. Podem-se ob-
servar aspetos específicos como mobilidade de coluna, flexib-
ilidade de extensores do quadril e estabilidade lombopélvica
separadamente. Além disso, podemos ter uma ideia global em
relação aos exercícios e um parâmetro que pode nos indicar o
quanto o aluno está hábil para vencer as complexidades múlti-
plas dos exercícios de Pilates.
Sendo assim, será possível identificar o estado inicial do seu
aluno antes de iniciar o trabalho, o que pode ser bastante
valioso e tornar seu treinamento mais eficiente. Ainda, você
poderá acompanhar a evolução do seu aluno de forma global
e específica nas diferentes habilidades, que são os focos de
desenvolvimento dentro de um programa utilizando o Método
Pilates.

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