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DIGITAL BÁSICO
PROFESSORES
Me. Cibelle Akemi Vallim
Gabriel Coutinho Calvi
DESENHO DIGITAL BÁSICO
NEAD
Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4
Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha,
Direção de Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Mercado Hilton Pereira, Direção de Polos
Próprios James Prestes, Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento
Alessandra Baron, Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli, Gerência
de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila
de Almeida Toledo, Coordenador(a) de Conteúdo Sandra Franchini e Larissa Camargo, Projeto
Gráfico e Editoração José Jhonny Coelho, Designer Educacional Isabela Agulhon, Revisão Textual
Érica Ortega, Ana Caroline de Abreu e Kaio Vinicius Cardoso Gomes, Ilustração Bruno Pardinho,
Fotos Shutterstock.
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Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande as demandas institucionais e sociais; a realização
desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, de uma prática acadêmica que contribua para o
informação, conhecimento de qualidade, novas desenvolvimento da consciência social e política e, por
habilidades para liderança e solução de problemas fim, a democratização do conhecimento acadêmico
com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência com a articulação e a integração com a sociedade.
no mundo do trabalho. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar almeja
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: ser reconhecida como uma instituição universitária
as escolhas que fizermos por nós e pelos nossos fará de referência regional e nacional pela qualidade
grande diferença no futuro. e compromisso do corpo docente; aquisição de
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume competências institucionais para o desenvolvimento
o compromisso de democratizar o conhecimento por de linhas de pesquisa; consolidação da extensão
meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos universitária; qualidade da oferta dos ensinos
brasileiros. presencial e a distância; bem-estar e satisfação da
No cumprimento de sua missão – “promover a comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica
educação de qualidade nas diferentes áreas do e administrativa; compromisso social de inclusão;
conhecimento, formando profissionais cidadãos que processos de cooperação e parceria com o mundo
contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade do trabalho, como também pelo compromisso
justa e solidária” –, o Centro Universitário Cesumar e relacionamento permanente com os egressos,
busca a integração do ensino-pesquisa-extensão com incentivando a educação continuada.
boas-vindas
Fabrício Lazilha
Diretoria de Planejamento de Ensino
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja,
iniciando um processo de transformação, pois quando estes materiais têm como principal objetivo “provocar
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta
profissional, nos transformamos e, consequentemente, forma possibilita o desenvolvimento da autonomia
transformamos também a sociedade na qual estamos em busca dos conhecimentos necessários para a sua
inseridos. De que forma o fazemos? Criando formação pessoal e profissional.
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes Portanto, nossa distância nesse processo de
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível crescimento e construção do conhecimento deve
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos
se educam juntos, na transformação do mundo”. fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe
Os materiais produzidos oferecem linguagem das discussões. Além disso, lembre-se que existe
dialógica e encontram-se integrados à proposta uma equipe de professores e tutores que se encontra
pedagógica, contribuindo no processo educacional, disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em
complementando sua formação profissional, seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe
desenvolvendo competências e habilidades, e trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, acadêmica.
autores
Olá, caro(a) aluno(a)! Neste livro trataremos do desenho técnico de moda assis-
tido pelo computador. O desenho técnico de moda na indústria do vestuário tem
grande importância porque, por meio dele, os outros setores serão abastecidos
com informações acerca do produto que será desenvolvido. Esta ficha funciona
como um agente de gestão do conhecimento que melhora a comunicação entre
as diferentes etapas de produção, principalmente entre os setores de criação e de
modelagem. O designer, quando cria um produto, precisa ter a sua ideia comu-
nicada corretamente, proporcionando maior produtividade e redução de custos
por diminuir o retrabalho.
Na Unidade I, conheceremos o programa CorelDRAW, sua história e suas ferra-
mentas básicas, a sua importância para o desenvolvimento das indumentárias de
moda. Veremos, também, como o programa pode ser um acelerador do trabalho
do designer e facilitador criativo, pela agilidade que se pode desenhar e criar,
levando sempre em consideração a dificuldade que muitas pessoas têm com o
desenho manual. Conheceremos, ainda, os menus disponíveis, suas ferramentas
e funções, o desenho de elementos que fazem parte da composição do vestuário,
como pespontos, filigranas. Não podemos nos esquecer dos aviamentos, como:
etiquetas, botões e outros que tanto adornam a criação. O mais interessante é
que podemos criar nosso próprio acervo de imagens para facilitar o trabalho
posteriormente e construiremos peças do vestuário utilizando medidas reais do
corpo humano.
Na Unidade II, abordaremos a construção de uma roupa planificada, baseada em
uma estrutura semelhante a do corpo humano, utilizando o corpo digital. Enten-
deremos a sua importância no desenvolvimento da indumentária na indústria
da moda. Aprenderemos também como desenhar alguns estilos de saias, como
as retas, evasês, envelopes, tulipas, godê simples e godê duplo, com babados de
maneira limpa e organizada, possibilitando a criação de outros diversos modelos,
utilizando as ferramentas já aprendidas até aqui.
Na Unidade III, o foco está na construção de golas e decotes, partes essas funda-
mentais da roupa, podendo servir de acabamento ou para caracterizar a importância
de um evento do nosso cotidiano. Dentro das infinidades de modelos existentes,
construiremos as golas tradicional, bebê, esporte, marinheiro e militar, e os decotes
careca e V. Por fim, aprenderemos como desenhar transpasses e abotoamentos,
sempre utilizando as técnicas aprendidas, possibilitando, assim, o desenvolvimento
de outros modelos. Portanto, use sempre a criatividade.
apresentação
Ótimos estudos!
sum ário
UNIDADE I UNIDADE IV
INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO DE
E METODOLOGIA VESTIDOS, CALÇAS E SHORTS
14 Ferramentas Básicas do Coreldraw 168 Desenho Técnico de Vestidos I
22 Desenho de Aviamentos 174 Desenho Técnico de Vestidos II
30 Desenho Técnico de Bolsos 178 Desenho Técnico de Calças
40 Princípios de Importação e Criação do 188 Elementos de Composição para
Acervo de Imagens Calças
44 Princípios para a Criação de Peças do
Vestuário com Medidas UNIDADE V
O USO DA FERRAMENTA
UNIDADE II POWERCLIP E CONSTRUÇÃO DA
MANEQUIM VETORIZADO E FICHA TÉCNICA DO DESIGNER
TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO 212 Ferramenta Powerclip
DE MODELOS DE SAIAS E CAMISETAS
218 Conceitos de Rapport e Construção
68 Manequim Vetorizado do Rapport Direto
72 Desenho Técnico de Saias I 226 A importância da Ficha Técnica para a
84 Desenho Técnico de Saias II Indústria do Vestuário
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Ferramentas básicas do CorelDRAW
• Desenho de aviamentos
• Desenho técnico de bolsos
• Princípios de importação e criação do acervo de imagens
• Princípios para a criação de peças do vestuário com
medidas
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar interface e ferramentas do CorelDRAW.
• Apresentar desenho técnico de aviamentos para botões de
casear, etiquetas.
• Apresentar desenho técnico de bolso chapado, com lapela,
caseado e aplicação de filigranas.
• Apresentar importação e criação de um acervo de imagens
para arquivos de moda.
• Apresentar a construção de uma saia reta com medidas
como exemplo.
unidade
I
INTRODUÇÃO
Ferramentas Básicas
do Coreldraw
Em um mundo onde a evolução tecnológica não Vamos começar agora, caro(a) aluno(a), a explorar um
para, somos a geração “on-line”! Geração essa que pouco da ferramenta chamada CorelDRAW. Esse é um
está em constantes atualizações, e para se manter programa de computação gráfica que surgiu em 1989
modernizado é primordial participar de cursos que com a introdução de um programa de layout e ilustra-
proporcionem nossa modernização. Sendo assim, a ção vetorial com a utilização de cores. A combinação
disciplina de Desenho Digital Básico proporciona de vetores e texto permitiu o avanço da indústria gráfi-
ao aluno o conhecimento das principais ferramentas ca, atribuindo valor às novas criações a partir daí, com
do programa para o desenvolvimento de peças do o aparecimento do CorelDRAW, a indústria da moda
vestuário e, a partir delas, a noção criativa de como se beneficiou dele na concepção de croquis planifica-
desenvolver novas peças. dos e na vetorização das roupas que seriam produzidas.
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DESIGN
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
O desenho manual cedeu espaço para o desenho di-
gital, contribuindo, dessa forma, para o avanço de
O novo CorelDRAW Graphics Suite X7 entrou
melhorias na forma de conceber as roupas e também para o mercado recentemente para facilitar
de visualizá-las tecnicamente falando. aqueles que querem ingressar na área gráfica
Em sua 18º edição, o CorelDRAW, chamado ago- ou para aqueles que já atuam no segmento. A
nova versão conta com uma ampla variedade
ra de CorelDRAW X7, traz uma interface limpa e bo- de opções e personalizações para qualquer
tões com fácil localização. Logo quando você abre o tipo de projeto. A ferramenta é fácil de insta-
programa, aparece a tela de boas-vindas, na qual você lar, explica elementos básicos e suas funções
para desenvolver trabalhos eficientes e mais
pode escolher o arquivo que deseja abrir. Selecione a rápidos, design com criatividade e seguran-
opção novo documento, para a área onde será desen- ça, além de abordar informações sobre com-
volvida toda a parte de vetorização do programa. partilhamentos, ampliando ainda mais seus
conhecimentos com essa nova ferramenta.
Ao abrir a página inicial, você pode passar a seta
do mouse em cima dos botões e aparecerá o nome Fonte: os autores.
de cada um deles.
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O botão de dicas colabora para o melhor conheci- A barra localizada abaixo da barra de menus possui
mento do programa, pois a cada execução realizada os botões de comandos básicos como as opções de:
ele oferece alternativas para facilitar o seu trabalho abrir novo arquivo, salvar, copiar, colar, desfazer etc.
nele. Para ativá-lo, clique no botão “ajuda” da barra Novamente, é importante, caro(a) aluno(a), você
de menus que se encontra na parte superior, e clique passar o cursor do mouse sobre os botões e desco-
novamente em “dicas”. brir o seu nome.
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DESIGN
1. Ferramenta seleção.
A barra de propriedades, localizada abaixo da bar-
2. Ferramenta forma.
ra de ferramentas padrão, tem a função de edição
3. Ferramenta cortar.
e configuração da área de trabalho. Logo, é possível
4. Ferramenta zoom.
escolher o tamanho do papel, a orientação dele (re-
5. Ferramenta bézier.
trato ou paisagem), a visualização de todas as pági-
6. Ferramenta retângulo.
nas abertas, a unidade utilizada no trabalho de ve-
7. Ferramenta elipse.
torização e a distância de deslocamento dos objetos
8. Ferramenta polígono.
contidos na tela.
9. Ferramenta texto.
As ferramentas de seleção, que se encontram na
10. Ferramenta conta-gotas de cor.
barra lateral esquerda do programa, são importan-
tíssimas no quesito excelência em execução. Cada A seguir, você acompanha as características de cada
uma possui uma propriedade específica, como: ferramenta:
1
Ferramenta seleção: é uma das mais utilizadas, pois é ela
quem comanda as ações de apagar, selecionar e mover ob-
jetos, entre outras funções de importância.
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Ferramenta forma: com ela, você pode editar um objeto que
contenha curva, acentuando a curva, ou transformando uma
reta em curva. Pode também editar caractere de texto mani-
pulando os nós que são criados ao longo do desenvolvimento
do objeto. É possível também configurar os nós acrescentan-
do ou retirando os que estão em excesso (para acionar a fer-
ramenta forma de maneira mais prática, podemos utilizar a
ferramenta F10 do teclado).
3
Ferramenta cortar: com esta ferramenta você seleciona no
objeto ou em imagens as áreas que deseja manter em sua
página, e elimina tudo o que estiver fora de seleção.
4
Ferramenta de zoom: com o zoom, você pode ampliar ou
diminuir a janela, facilitando o trabalho na hora de vetorizar
e corrigir possíveis erros de edição. Para facilitar o trabalho,
podemos utilizar a tecla de atalho F3, para reduzir o zoom, e
F4 para dar zoom em todos os objetos na área de trabalho.
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DESIGN
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Ferramenta bézier: a bézier é uma importante ferramenta de
vetorização e será nossa principal ferramenta ao longo nossa
disciplina, pois ela permite um objeto com mais de uma linha
ser agrupado por meio de nós toda vez que você der um cli-
que para a construção do objeto. Esses “nós” ligam uma linha
a outra e constroem a forma desejada. A linha também pode
ser modelada e transformada em curva, graças a sua manipu-
lação e também a manipulação dos nós.
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Ferramenta retângulo: desenha quadros e retângulos ar-
rastando na tela de desenho. Para isso, basta clicar na tela
e arrastar a seta do mouse para desenvolver o retângulo.
Para criar um quadrado com lados iguais, basta manter
pressionada a tecla CTRL do computador e arrastar a seta
do mouse. Assim, o quadrado ficará com todos os seus la-
dos possuindo a mesma medida.
7
Ferramenta elipse: desenha círculos e elipse clicando na ja-
nela de desenho e arrastando a seta do mouse para a sua
construção. Para criar um círculo perfeito, basta manter
pressionada a tecla CTRL do computador e arrastar a seta
do mouse, assim o círculo ficará perfeito.
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Ferramenta polígono: esta ferramenta permite criar um
polígono de quantos lados você necessitar. Para isso, basta
selecioná-la, ir até a barra de propriedades e alterar o nú-
mero de lados, tal como ilustra a imagem a seguir.
9
Ferramenta texto: esta ferramenta permite a criação e edi-
ção dos textos na página. Para a criação de caixa de texto,
clique na ferramenta “texto” e arraste, criando uma caixa
do tamanho desejável para escrever o que você necessitar.
10
Ferramenta conta-gotas de cor: com esta ferramenta, você
pode coletar amostras de cores das imagens, ou de outros
objetos que você possui, e cromatizar os objetos criados
da mesma cor. Basta clicar na ferramenta para aparecer o
conta-gotas. Em seguida, vá até a imagem e clique na cor
desejada, vá até o objeto e pinte-o (lembre-se de usar to-
das as ferramentas de seleção para que o trabalho seja bem
executado).
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DESIGN
E
stas são as ferramentas básicas que utili-
zaremos no decorrer da nossa disciplina,
espero que você, caro(a) aluno(a), aprovei-
te-as e tenha a curiosidade em explorar as
demais ferramentas disponíveis no CorelDRAW X7.
O CorelDRAW pode parecer, em um primeiro
momento, um programa difícil de manusear, no en-
tanto o nosso intuito a partir daqui é desmistificar
todo esse pré-conceito sobre ele. Também objetiva-
mos, a partir da apresentação das ferramentas rea-
lizadas nesta aula, criar uma ponte com as aulas e
unidades posteriores para desenvolver elementos
como: acessórios, aviamentos, peças planificadas e
entendimento de tantas outras técnicas e comandos
existentes no programa, que colaboram para o de-
senvolvimento desse.
Finalizamos o primeiro tópico de nossa unidade,
prezado(a) aluno(a). Aqui, apresentamos as ferra-
mentas, nas quais iremos nos aprofundar, e começar
a explorar a partir de agora.
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Desenho de
Aviamentos
Segundo Hopkins e Bandarra (2010), a capacidade BOTÃO DE CASEAR
de demonstrar que você tem um bom entendimento Para o desenvolvimento do botão de casear, utiliza-
sobre as estruturas de peças de roupa individuais é remos as ferramentas apresentadas no primeiro tó-
fundamental no design de moda, e envolve uma área pico. O botão de casear pode ser utilizado em cami-
que podemos chamar de desenho planificado. O de- sas, calças, blusas, casacos, blazers entre outras peças
senho de aviamentos, como botões, zíperes, rebites, do vestuário, e ele pode conter dois ou quatro furos.
pespontos etc., colabora na fidelização do desenho Para a produção do botão de casear, selecione a
planificado, sendo útil na confecção das peças. Sen- ferramenta elipse e, com o CTRL pressionado, cli-
do assim, neste tópico aprenderemos as técnicas de que com o botão esquerdo do mouse e arraste para
criação desses aviamentos. fazer o círculo, assim como na Figura 17.
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Para a construção dos furos, faça círculos me- Para fazer outro furo de mesma dimensão, você
nores utilizando o mesmo procedimento. O círculo pode clicar no círculo que vai fazer o furo e apertar
da figura 18, será utilizado para fazer o furo interno. o botão de mais (+) do seu computador para du-
plicar, ou pressionar a tecla CTRL e depois a tecla
C, para copiar; e pressionar a tecla CTRL V, para
colar. Com o botão CTRL pressionado, arraste o
círculo copiado para manter o alinhamento com
o primeiro.
Pressionando a tecla SHIFT, clique no primei-
ro e no segundo círculo para manter ambos sele-
cionados, e clique na ferramenta combinar, que se
Figura 16 - Botão de casear encontra na barra de propriedades do programa.
Fonte: os autores.
Pronto! Os dois botões estarão “unidos” de forma
que não ficarão mais desalinhados.
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SAIBA MAIS
Pronto! O seu botão foi finalizado. Para colorir, cli-
que no botão de casear e, com o botão direito do
Para facilitar o trabalho de alinhamento dos mouse, selecione a cor desejada na paleta de cores
botões, ao invés de utilizar a caixa de ferra- que se encontra do lado direito do programa e pinte
mentas, podemos usar alguns atalhos, como:
A letra C do teclado serve para alinhar os cen- o botão.
tros na vertical; a letra E do teclado serve para É muito importante que os botões caseados
alinhar os centros na horizontal. fiquem vazados nos furos fazendo referência ao
Fonte: os autores. botão real, para que se consiga visualizar o fun-
do do desenho quando colocado o botão sobre a
peça.
Para o desenvolvimento do botão de quatro
Para finalizar o processo, basta manter pressionada furos, o procedimento é o mesmo, a diferença está
a tecla SHIFT, selecionar novamente os furos combi- na etapa do processo em que se combinam os dois
nados e o círculo maior, e clicar na ferramenta aparar, furos. Após combinados, pressione novamente o
que se encontra na barra de propriedades. botão de mais (+) do seu computador para dupli-
car os círculos já combinados, ou pressione a tecla
CTRL e depois a tecla C, para copiar; e pressione
a tecla CTRL V, para colar. Com o botão CTRL
pressionado, arraste os dois círculos copiados
para manter o alinhamento com os dois primei-
Figura 22 - Ferramenta aparar
ros. Para o restante das etapas, segue o mesmo
Fonte: os autores. processo.
REFLITA
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ETIQUETA
A etiqueta de composição, segundo o Instituto de A etiqueta que desenvolveremos nesta unidade é a
Pesos e Medidas de São Paulo (IPEM), deve conter etiqueta da marca, geralmente encontrada na parte
as informações técnicas necessárias para que o con- superior interna das roupas, fixada nas costas, per-
sumidor tenha consciência do produto adquirido. to da gola. Ela contém informações básicas, como:
A etiqueta deve conter cinco categorias de informa- nome da marca e o tamanho da peça. Para construir
ções acerca do produto, quais sejam: nome ou razão nossa etiqueta, utilizaremos a ferramenta retângulo.
social da marca; país de origem; nome do tecido que
constitui a peça; tratamentos de cuidados e conser-
vação do produto; indicação do tamanho da peça.
Essa etiqueta encontra-se, na maior parte das vezes,
na parte lateral interna das roupas.
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Após a criação da margem, mantenha a tecla SHIFT ência: objeto > alinhar e distribuir > alinhar centros
pressionada e selecione o nome da marca e a linha na vertical.
superior que criamos para fazer a margem. Depois, Para o tamanho da etiqueta, o procedimento é o
execute a seguinte sequência: objeto > alinhar e dis- mesmo. Clique no texto com o mouse e na linha inferior
tribuir > alinhar pelo topo. que criamos para fazer a margem, e execute a sequência:
Isso fará com que o texto fique alinhado na parte objeto > alinhar e distribuir > alinhar pela base.
superior, para centralizá-lo, basta selecionar nova- Para centralizar: objeto > alinhar e distribuir >
mente o nome e a margem superior, e efetuar a sequ- alinhar centros na vertical.
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REFLITA
Agora, basta apagar as margens construídas para a Você também pode colocar outras informações,
construção da etiqueta e ela estará finalizada. como composição, cnpj da marca, local onde o pro-
duto foi confeccionado. Basta utilizar as mesmas fer-
ramentas e seguir o mesmo processo.
O desenvolvimento dos aviamentos, como bo-
tões, etiquetas e tantos outros, é essencial para o
desenvolvimento de uma peça de roupa. São esses
que fazem toda a diferença em uma roupa, ele-
mento, o seu custo e sua significação. Aprender
essas técnicas é importante porque nos dá todo o
aparato cognoscitivo para desenvolver outros tipos
de acessórios.
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Desenho
Técnico de Bolsos
Caro(a) aluno(a), neste tópico, vamos aprender o bolsos traseiros das calças, geralmente confeccio-
desenho técnico de bolsos. Esse desenho trabalha nadas em jeans.
com as principais ferramentas do CorelDRAW e,
é de extrema importância para a criação de uma BOLSO CHAPADO
peça planificada, que tem a finalidade de servir O bolso chapado é um dos estilos mais comuns en-
como base para a indústria do vestuário. Nesta contrados e utilizados para a confecção das calças,
aula, aprenderemos as técnicas para a produção não apenas jeans, mas também de outros tecidos.
dos bolsos, chapados, com lapela e aplicação de Para a construção do bolso chapado, utilizaremos a
filigranas, que são aqueles bordados feitos nos ferramenta bézier.
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Princípios de Importação e
Criação do Acervo de Imagens
Caro(a) aluno(a), salvar os seus arquivos faz parte arquivos para o Corel a partir de um acervo de ima-
do trabalho e é primordial para a continuidade do gens que nós temos salvo em nossos computadores.
seu trabalho. Existem algumas formas para salvar Para salvar um trabalho no CorelDRAW, basta
os seus trabalhos desenvolvidos no Corel e, ele pode clicar no botão arquivo, que se encontra no menu
ser de alguns formatos, como CDR (próprio Corel- superior do programa. A sequência de execução
DRAW), JPEG (para transformar o arquivo em ima- dessa tarefa é: arquivo > salvar como > nome do ar-
gem) ou ainda em DOC (para documento do word). quivo > tipo > versão. A imagem a seguir colabora
Ainda exploraremos, neste tópico, como importar na visualização da tarefa.
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Após clicar em arquivo > salvar como, você necessi- computadores, cuja versão é inferior a que você possui.
ta nomear o tipo do arquivo para a identificação, se é Outra ferramenta que você pode utilizar é a de
CDR (típico do CorelDRAW ou qualquer outro for- exportação. Com ela, você tem a possibilidade de
mato disponível), e selecionar a versão em que você transformar o trabalho desenvolvido em imagem ou
deseja salvar. O CorelDRAW X7 é a versão mais atu- até mesmo em outro formato disponível pelo pro-
al que o Corel disponibiliza atualmente. No entanto, grama. Nós aprenderemos como transformar um
se você salvar na versão “17.0”, como consta na foto, e formato em imagem.
tentar abrir em outro Corel de versão inferior a essa, Para a transformação do trabalho no Corel-
não será possível, pois a versão mais recente do pro- DRAW em imagem, você executará o seguinte pro-
grama não abre em outras mais antigas. Por isso, fique cesso: selecione a imagem com a ferramenta de se-
atento(a) na hora de salvar seu arquivo, para que não leção, vá até o menu superior e clique em arquivo >
haja contratempos caso necessite utilizá-los em outros exportar.
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Solte a imagem, ou o documento do Corel salvo de vetores de roupas para moda, como no caso des-
em outra pasta, e utilize-o nessa nova área dispo- se curso, mas também para o desenvolvimento de
nível. estampas que são utilizadas na própria roupa, para
Todos esses procedimentos são essenciais para a enriquecer o trabalho do designer. Veremos ainda,
execução de um bom trabalho. O CorelDRAW não neste livro, como colocar estampas nas roupas, por
é somente uma plataforma para desenvolvimento meio das ferramentas adequadas para isso.
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INFORMAÇÕES MEDIDAS
Comprimento 60cm
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considerações finais
Caro(a) aluno(a), o conteúdo apreendido nesta unidade oferece uma base de co-
nhecimento das ferramentas do programa CorelDRAW e suas respectivas fun-
ções. Também prepara o(a) aluno(a) para avançar no entendimento e funciona-
mento das próximas ferramentas.
Conhecer a história do programa nos faz compreender a importância para o
desenvolvimento dos elementos do vestuário na capacitação como profissional-
para o mercado. Portanto, os elementos desta unidade nos dão uma noção básica
dos aviamentos e acessórios básicos desenvolvidos para uma peça de roupa. Pre-
para-nos para um contato com ferramentas e casos que exigem boa desenvoltura
dos comandos básicos, para que o profissional que for trabalhar com esse tipo de
programa esteja preparado para todos os níveis de dificuldade.
O desenvolvimento dos elementos de composição como botões, bolsos e
etiquetas apresentou o manuseio e a funcionalidade das ferramentas básicas do
programa, dando a oportunidade, a partir dessas peças, para a criação de ou-
tros modelos. Com a construção de saias não é diferente, todos os tipos de saias
apresentados na unidade ajudam o(a) aluno(a) a entender e desenvolver outros
modelos.
Todo esse aprendizado aplicado ao universo de trabalho produz excelentes
frutos, pois, com ele, o(a) profissional facilita a criação das peças e, consequente-
mente, otimiza a confecção das peças, contribuindo para o trabalho da modelista,
pilotista e de todos os outros setores da indústria têxtil.
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atividades de estudo
1. Leia as assertivas que seguem, em seguida, as- III. A filigrana, segundo Camarena (2011), é um
sinale a alternativa correta. tipo de bordado muito utilizado em lingerie.
I. A ferramenta conta-gotas serve para detectar IV. A filigrana pode ser feita por uma máquina
cores em fotos/objetos coloridos. criada para isso.
II. A ferramenta forma serve para selecionar, V. Existem os mais diversos tipos de filigranas,
modificar e mover objetos. quais sejam: complexo, com mais de uma li-
III. A ferramenta seleção serve para selecionar e nha ou duplo.
mover os objetos.
Em função das afirmativas anteriores, estão
IV. Para acionar a ferramenta forma, pode se uti- CORRETAS somente:
lizar o atalho F10 do teclado. a. As alternativas I e II.
V. A ferramenta conta-gotas serve para mover b. As alternativas I, II e III.
os objetos.
c. As alternativas II, III e V.
Em função das afirmativas anteriores, estão
d. As alternativas I, IV e V.
CORRETAS somente:
e. As alternativas I, III e IV.
a. As alternativas I e II.
b. As alternativas I, II e III. 4. Sobre o bolso com lapela, assinale (V) para ver-
c. As alternativas II, III e V. dadeiro e (F) para falso.
( ) O bolso com lapela é um estilo de bolso muito
d. As alternativas II, III e IV.
utilizado em moda praia.
e. As alternativas I, III e IV.
( ) O bolso com lapela é um estilo de bolso muito
utilizado em camisas jeans, camisas sociais, e
2. Qual é o atalho utilizado no teclado para acio- em calças sociais.
nar a ferramenta forma de maneira prática e
rápida? ( ) O bolso com lapela é um estilo de bolso muito
utilizado em lingerie.
a. F10 do teclado.
( ) Ele possui uma aba que fecha a boca do bolso.
b. F6 do teclado.
( ) Ele não possui uma aba que fecha a boca do
c. F8 do teclado.
bolso.
d. F7 do teclado.
Marque a alternativa CORRETA:
e. F2 do teclado.
a. F, V, F, V, F.
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atividades de estudo
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LEITURA
COMPLEMENTAR
60
DESIGN
61
referências
Referências On-line
1
Em: <http://www.portaleducacao.com.br/moda/artigos/51081/desenho-tecni-
co-coreldraw-moda>. Acesso em: 22 nov. 2016.
2
Em: <http://www.ipem.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=arti-
cle&id=33&Itemid=197>. Acesso em: 22 nov. 2016.
62
gabarito
1. E.
2. A.
3. D.
4. A.
5. E.
6. A.
63
MANEQUIM VETORIZADO E
TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO
DE MODELOS DE SAIAS E CAMISETAS
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Manequim vetorizado
• Desenho técnico de saias I
• Desenho técnico de saias II
• Desenho técnico de saias III
• Base para a construção de camisetas
Objetivos de Aprendizagem
• Usar o manequim vetorizado para a construção do desenho
técnico.
• Realizar desenhos técnicos de saias retas e evasês.
• Realizar desenhos técnicos de saias envelopes e tulipas.
• Realizar desenhos técnicos de saia godê simples, godê duplo e
com babados.
• Construir desenhos de camisas/camisetas e modelo baby look.
unidade
II
INTRODUÇÃO
Manequim
Vetorizado
Segundo Camarena (2011), não há um método pa- O corpo digital, apresentado na figura seguinte, é pla-
drão definido para a construção técnica digital de nificado, ou seja, está sob um plano, pode ser traba-
coleções de moda, e cada instituição possui uma lhado facilmente e possui estruturas de um corpo real
proposta diferente para tratar o desenho. de uma mulher de estatura e peso medianos. Ele é uti-
Nesta aula, nós vamos trabalhar com o corpo lizado na indústria de moda para o desenvolvimento
digital para o desenvolvimento das peças que serão de coleções, servindo de base para o designer desen-
confeccionadas ao longo das demais aulas desta uni- volver as peças da coleção. O corpo que será utilizado
dade, por isso a importância do corpo digital para a em nossas aulas, a partir de agora, segundo Camare-
construção dela. na (2011), foi desenvolvido pela MakeHuman®.
68
DESIGN
Segundo Hopkins e Bandarra (2010), as proporções sas peças, levando em consideração as proporções
da indústria da moda são, por diversas vezes, exa- do corpo digital desenvolvido pela MakeHuman® .
geradas e estilizadas demais, fugindo da realidade.
Isso, segundo o autor, pode parecer confuso aos REFLITA
olhos de pessoas que desconhecem o trabalho do
profissional. É devido a isso a crucialidade da base
Os gregos foram em busca de suas próprias ex-
digital para a construção da roupa. Ainda segundo
periências a partir da observação da realidade,
Hopkins (2011), as proporções de moda femininas seguindo um caminho que os levaria a estudos
estão concentradas em aumentar a altura por meio direcionados a um ideal estético humano. Para
eles, a meta do artista é a imitação da vida.
de pernas e pescoço, tendo como resultado um de-
senho curvilíneo. É novamente necessário, caro(a) (Erwin Panofsky)
69
DESENHO DIGITAL BÁSICO
O corpo digital possui pontos e uma “grade” digital Os 5 pontos que se encontram abaixo, na altura
que serve de base para a construção de saias, ves- do pescoço, da Figura 2, são comumente utilizados
tidos, calças, golas entre outras peças da indumen- para o desenvolvimento de golas, colarinhos entre
tária. Esses pontos que se encontram distribuídos outros modelos.
nos principais pontos do corpo norteiam o designer, Os ângulos que se encontram nas linhas com-
desenvolvendo, assim, um produto próximo do real postas pela “grade” ajudam na produção das cavas e
em escala reduzida. das mangas de camisa.
70
DESIGN
REFLITA
E as linhas que constituem a grade existente no tron-
co inferior do corpo digital colaboram para o desen-
volvimento de saias e calças. As peças do vestuário, quando estão sobre
Nesta aula aprendemos como trabalhar com o um corpo humano, sofrem distorções pelo
volume do corpo e movimento. No desenho
corpo digital para facilitar o entendimento de propor- de moda direcionado à indústria de confecção
ções. O corpo digital é a base para a construção de to- do vestuário, essas distorções podem causar
dos os desenhos de moda planificados que aprende- duplo entendimento dificultando a compre-
ensão dos profissionais responsáveis.
remos nesta unidade. Com ele, podemos criar saias,
vestidos, camisetas, golas e as mais variadas formas a
partir das linhas e pontos estrategicamente posicio-
nados ao longo dos membros do corpo digital.
71
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Desenho Técnico
de Saias I
SAIBA MAIS
Existe uma grande diversidade de modelagens de
saias, da reta até a drapeada com sobreposição de ba-
bados. As saias existem, segundo Nery (2003), desde Devido ao seu modelo, simples e de grande
o Egito antigo, e não eram apenas para as mulheres. utilidade, a história da saia começou a se po-
pularizar e foi amplamente utilizada pela hu-
Desde o começo da civilização, a saia também figu-
manidade em diferentes épocas. Sobreviveu
rou no vestuário masculino, podendo os homens ao longo de diversos períodos, adaptando-se
utilizá-las. Com o passar dos períodos, a saia evo- a costumes, tradições e padrões referentes
a cada época. Variando entre longa, curta,
luiu, ganhou espaço e destaque no guarda-roupa
justa, volumosa entre outros diversos estilos.
feminino. Dotada de uma grande carga histórica e
Fonte: adaptado de Audaces (2014, on-line)2.
cultural, a saia tem como função dar mobilidade e
conforto para as mulheres.
72
DESIGN
SAIA RETA
Para o desenvolvimento da saia reta, utilizaremos nossa vetorização. Para bloquear, clique com o bo-
o corpo digital apresentado na aula anterior. Pri- tão direito do mouse sobre o manequim na opção
meiramente abra o seu CorelDRAW, vá em: arqui- “bloquear objeto”.
vos > abrir e selecione o arquivo digital na pasta Antes de passar para o próximo passo, é muito
onde você salvou. Ele abrirá na página do progra- importante colocar uma diretriz (linha guia vertical)
ma. Após isso, o primeiro passo a se fazer é blo- no centro do manequim para que, quando for ini-
quear a imagem do corpo digital para que, duran- ciar o desenho, fique exatamente no centro do cro-
te a vetorização, ela não se mova prejudicando a qui, trazendo perfeição às proporções.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
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SAIA EVASÊ
A saia evasê é muito parecida com a
saia reta, com apenas um diferencial,
ela é mais ampla em sua barra. Se-
gundo Camarena (2011), a saia eva-
sê tem o formato da letra A. Dessa
forma, o procedimento de execução
é: utilize o manequim digital para
vetorizar uma metade da saia, assim
como fizemos com a saia anterior.
81
DESENHO DIGITAL BÁSICO
82
DESIGN
SAIBA MAIS
Use sua criatividade para colorir, criar bolsos e apro-
veitar das outras ferramentas aprendidas na unidade
O estilista André Courrèges, na década de 60, anterior, a fim de deixar sua saia com mais detalhes.
deu vida ao modelo de saia evasê que viria As técnicas, apreendidas para a construção das saias
a se tornar um clássico. Também conhecida
como saia em A, começa justa na cintura, le- desta aula, permite-nos criar outros modelos diante das
vemente mais alta e vai ficando mais larga a ferramentas que aprendemos! Solte sua criatividade, vá
medida que desce. até uma biblioteca, procure por revistas e livros de ilus-
Fonte: adaptado de Roupas Femininas (2015, tração de moda e tente executar as saias que ele propõe
on-line)3.
por meio das ferramentas apreendidas. Todas elas são
pressupostos para a criação de outras saias.
83
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Desenho Técnico
de Saias II
Neste tópico, aprenderemos as técnicas para desen-
volver dois novos modelos de saias. Saia envelope e
saia tulipa – utilizando as técnicas da aula anterior, e SAIBA MAIS
com o auxílio do corpo digital.
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REFLITA
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
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SAIA TULIPA
A saia tulipa é mais estruturada,
marcada na cintura e com base reta.
Para desenvolvermos, faremos o
mesmo procedimento das saias an-
teriores.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
SAIBA MAIS
A saia tulipa e envelope estão prontas! Mas você
pode utilizar todas as ferramentas que aprendeu
O modelo da saia tulipa foi criado pelo desig- até aqui, soltar a criatividade e criar algo mais. Para
ner Pierre Cardin, em 1957. A origem desse
deixá-la mais bonita, utilize os bolsos, botões, fili-
nome se deu pelo fato de lembrar uma flor
tulipa invertida. Com relação a geometria, a granas, que aprendemos nas aulas anteriores e crie
saia tulipa se parece com a forma hexagonal. novas modelagens!
Fonte: adaptado de Moldes Moda
por Medida ([2016], on-line)5.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
Desenho Técnico
de Saias III
Nesta aula aprenderemos as técnicas para desenvol- da cintura. A diferença entre a saia godê simples e a
ver três novos modelos de saias godê simples, godê godê dupla está no volume, sendo a saia godê simples,
duplo e com babados – utilizando as técnicas da aula menos franzida que a saia godê dupla, apesar de ambas
anterior, e com o auxílio do corpo digital. terem o mesmo processo de confecção, a quantidade
de tecidos é o que diferencia a sua aparência, sendo a
SAIA GODÊ SIMPLES saia godê dupla mais franzida e volumosa que a godê
Segundo o Site do sistema Audaces, as saias godês simples. Para o desenvolvimento da saia godê simples,
são típicas dos anos 1950 e 1980 e, nos dias de hoje, utilizaremos a saia evasê da aula anterior. Com a ajuda
são sinônimo de romantismo e feminilidade. Elas são do corpo digital, coloque a saia evasê na altura da
caracterizadas por serem bem rodadas e soltinhas, cintura do manequim e selecione a ferramenta forma,
dando movimento ao visual, e por marcarem a região localizada na barra lateral esquerda do sistema.
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GODÊ DUPLO
O procedimento do efeito godê du-
plo é o mesmo do godê simples, o
diferencial está no número de nós
que criaremos com o auxílio da fer-
ramenta adicionar nós. Pegue nova-
mente a base da saia evasê e, com a
ferramenta forma, dê um clique na
linha da barra. Em seguida, vá até
a ferramenta adicionar nós e clique
três vezes sobre ela.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
Como no processo da saia, coloque, com a ferramenta Temos a base pronta da camisa. Na próxima unida-
forma, uma parte sobreposta a outra. Com a ajuda de, estudaremos as técnicas de construção de gola e
da ferramenta seleção, selecione as duas partes, sem a base da camisa auxiliará no processo. Percebere-
selecionar as mangas, e depois clique na ferramenta mos que a diferença de uma camisa social para uma
soldar, para ter um corpo completo. camisa baby look está na construção da gola.
Vale lembrar que, para soldar de maneira perfeita, A base da camisa é o primeiro contato que temos
devemos sempre sobrepor um pouco o centro do lado para o desenvolvimento de elementos mais avança-
esquerdo e do lado direito, para que não permaneça dos, como a criação de golas e camisas. Todas as
a linha de divisão no centro da peça. ferramentas aprendidas até aqui continuarão a ser
Depois disso, com a ajuda da ferramenta forma, utilizadas. A nossa intenção é que você cresça den-
faça uma curva no local da gola e, depois na barra, tro do programa a ponto de conseguir executar suas
para que a base fique bem delineada. próprias criações!
106
considerações finais
107
atividades de estudo
1. Os 5 pontos na altura do pescoço são comu- I. Para que o cós da saia desenhada possa ser
mente utilizados para o desenvolvimento de: cortado de forma limpa e organizada, deve-se
a. Blusas e ponchos. fazer uma interseção da linha do cós com a saia.
b. Golas e colarinhos. II. Para que o cós da saia desenhada possa ser
cortado de forma limpa e organizada, deve-se
c. Calças e shorts. fazer uma aparagem da linha do cós com a saia.
d. Vestidos de festa. III. Para que o cós da saia desenhada possa ser
e. Macacões. cortado de forma limpa e organizada, deve-se
fazer uma soldagem da linha do cós com a saia.
2. As linhas que constituem a grade que existe no IV. Para finalizar o processo de corte do cós da
tronco inferior do corpo digital colaboram para saia, para que ambos fiquem independentes,
o desenvolvimento das seguintes peças do ves- devemos combinar os objetos.
tuário (assinale a alternativa correta): V. Para finalizar o processo de corte do cós da
I. Saias. saia, para que ambos fiquem independentes,
II. Blusas. devemos separar os objetos.
108
atividades de estudo
II. Na ferramenta INTERSEÇÃO, o resultado é a (10) A saia tulipa, devido ao seu formato, leva
criação de um novo objeto a partir da área co- esse nome porque faz menção a flor.
mum entre os dois objetos, não importando
qual objeto foi selecionado primeiro. a. Total: 20.
109
atividades de estudo
110
LEITURA
COMPLEMENTAR
111
DESENHO DIGITAL BÁSICO
112
referências
ANDRADE, M. A. S. de. CorelDraw X4. São Paulo: Senac São Paulo, 2008.
CAMARENA, E. Desenho de moda no CorelDRAW X5. São Paulo: Senac, 2011.
HOPKINS, J.; BANDARRA, M. Desenho de moda. Porto Alegre: Bookman,
2010.
JONES, S. J. Diseño de moda. Barcelona, Espanha: Art Blume, 2005.
MESQUITA, C.; CASTILHO, K. Corpo, moda e ética: pista para uma reflexão de
valores. 2. ed. São Paulo: Estação das letras e cores, 2011.
NERY, L. M. A evolução da indumentária: subsídios para a criação de figurino.
São Paulo: Editora Senac, 2003.
PRIMO, L. Estudo dirigido de CorelDRAW 12 em português. 2. ed. São Paulo:
Editora Ética, 2006.
Referências On-line
1
Em: <http://www.makehuman.org/>. Acesso em: 23 nov. 2016.
2
Em: <http://www.audaces.com/br/Desenvolvimento/Falando-de-Desenvol-
vimento/2014/1/10/historia-da-saia-e-marcada-por-evolucao-recessao-e-gla-
mour>. Acesso em: 23 nov. 2016.
3
Em: <http://roupasfemininas.biz/saia-evase/>. Acesso em: 23 nov. 2016.
4
Em: <http://www.justlia.com.br/2015/07/tendencia-saia-envelope/>. Acesso
em: 23 nov. 2016.
5
Em: <http://moldesdicasmoda.com/saia-tulipa/>. Acesso em: 23 nov. 2016.
113
gabarito
1. B.
2. B.
3. B.
4. B.
5. C.
6. A.
7. B.
8. C.
114
UNIDADE
III
DESENHO TÉCNICO DE
MODELOS DE GOLAS E DECOTES
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Construção e técnica de golas I
• Construção e técnica de golas II
• Construção e técnica de golas III
• Construção de decotes I
• Construção de decotes II
Objetivos de Aprendizagem
• Construir e apresentar técnicas de gola tradicional e gola bebê.
• Construir e apresentar técnicas de modelo de gola esporte,
transpasses e abotoamentos.
• Construir e apresentar técnicas de gola marinheiro e gola militar.
• Construir modelo de decote careca.
• Construir modelo de decote V.
unidade
III
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! Saiba que a gola e o decote são partes fundamen-
tais da roupa. Eles podem servir de acabamento ou para caracterizar a
importância de um evento do nosso cotidiano. Por exemplo, a gola es-
porte é utilizada mais em camisetas gola polo, ideal para o fim de sema-
na, assim como a gola bebê, que cria uma atmosfera mais impessoal. Já
as golas de camisa são mais estruturadas e criam um visual totalmente
social, de eventos de negócios. Seja qual for o estilo da gola, ela será de-
senvolvida a partir de uma modelagem e tecidos específicos para atender
às expectativas de um público.
Nesta unidade, iremos voltar para o desenvolvimento de golas e de-
cotes, utilizando as ferramentas e as técnicas das aulas anteriores, den-
tro da infinidade de modelos existentes, construiremos as golas tradi-
cional, bebê, esporte, marinheiro e militar, e os decotes careca e V. Por
fim, aprenderemos como desenhar transpasses e abotoamentos, sempre
nos reportando às técnicas aprendidas, possibilitando assim o desenvol-
vimento de outros modelos de golas e decotes.
Todos os itens que serão apresentados nesta unidade utilizam as
ferramentas do CorelDRAW, que fornece uma base para a construção
de novos tipos de golas e decotes. Esse aprendizado é um eficiente pres-
suposto para que o aluno possa desenvolver suas habilidades e, conse-
quentemente, crie novos modelos, não apenas de golas e decotes, mas de
outros elementos do vestuário. A técnica apreendida conciliada à criati-
vidade pode proporcionar ótimos resultados.
Boa leitura!
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Construção e
Técnica de Golas I
A gola de uma camisa ou camisete possui diversas GOLA TRADICIONAL
formas e tamanhos. Ela geralmente é confeccionada Para o desenvolvimento da gola tradicional, utilizare-
do mesmo tecido do corpo da roupa ou, em algumas mos o corpo digital, segundo Camarena (2011). An-
ocasiões, pode ser de um tecido diferente, conferindo tes de começar, abra seu CorelDRAW e novamente
frescor de um design arrojado à peça. Neste tópico e abra o arquivo em que se encontra nossa manequim
nos próximos, aprenderemos as técnicas e as ferra- digital, lembrando sempre de bloquear a imagem para
mentas apropriadas para o desenvolvimento de golas. que ela não se mova durante a construção das golas.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
122
DESIGN
SAIBA MAIS
Fonte: os autores.
123
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Com a gola finalizada, podemos colocá-la sobre a Use a imaginação e a criatividade para aprender
base da camiseta/baby look que desenvolvemos na novos modelos de golas. Existem livros de ilus-
unidade anterior. Para abrir o arquivo da camise- tração de moda que nos auxiliam no desenvolvi-
ta/baby look, basta importar o arquivo da camiseta mento de roupas, golas, decotes entre outras peças.
em: arquivo > importar > selecione a pasta onde Este nosso livro é apenas o ponto de partida para
está o arquivo em formato cdr salvo, e abra na área que você desperte a curiosidade em desenvolver e
de trabalho em que desenvolvemos a gola. criar.
124
DESIGN
GOLA BEBÊ
A gola bebê, segundo Feyerabend e
Ghosh (2009), é um tipo de gola fe-
minina, utilizada em vestidos e blu-
sas, suas pontas são arredondadas,
remetendo à delicadeza e ao char-
me. Para a sua confecção, utilizare-
mos o mesmo procedimento da gola
tradicional e excluiremos os nós das
suas pontas para que ela fique arre-
dondada.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
SAIBA MAIS
Fonte: os autores.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
Construção e
Técnica de Golas II
Este tópico dá continuidade às técnicas e o passo a pas- GOLA ESPORTE
so na construção de golas. Veremos todos os elementos Para a construção da gola esporte, vamos utilizar a
necessários para a construção da gola esporte, desenvol- mesma técnica que foi ensinada para a confecção da
vendo também as técnicas de transpasse e abotoamen- gola tradicional. Precisaremos, segundo Camarena
tos. É sempre importante ressaltar que todas elas dão (2011), de uma linha-guia na diagonal para desen-
aparato técnico para a construção de novos modelos. volver a gola.
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Figura 11 - Linha-guia
Fonte: os autores.
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SAIBA MAIS
Fonte: os autores.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
TRANSPASSE
Segundo Camarena (2011), para o
transpasse é necessário fazer a linha
que indique. Nesse caso, com a fer-
ramenta bézier, faça uma linha que
dê a ideia do transpasse.
134
DESIGN
SAIBA MAIS
A centralização dos botões deve ser respeitada e o
transpasse também. Segundo Camarena (2011), o
abotoamento costuma ser feito do lado direito para No CorelDRAW existe uma ferramenta cha-
mada misturar. Com ela, é possível criar figu-
os homens e esquerdo para as mulheres.
ras intermediárias entre dois objetos selecio-
As técnicas de transpasse e gola nos ensinam, além nados. Como exemplo, um botão colocado
de, como criá-las, a discerni-las para qual tipo de públi- na gola e outro na barra da camisa, utili-
zando-se a ferramenta misturar, é possível
co são criadas. Independente de qual gênero para o qual
criar os botões intermediários e configurar a
estamos criando, devemos prestar atenção em detalhes quantidade de botões desejados, facilitando
e regras que são primordiais para o desenvolvimento da o trabalho e conferindo maior perfeição ao
desenho.
indumentária. O transpasse de camisa, o abotoamento,
a modelagem, entre outras coisas, sempre nos mostram Fonte: os autores.
135
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Construção e
Técnica de Golas III
Neste tópico, vamos aprender a construir as golas ma- sui um laço na parte frontal e na parte das costas
rinheiro e militar, e suas respectivas ferramentas. Essas é quadrada. Não se tem dados históricos confir-
duas golas são de origem dos uniformes dos profissio- mados de quem a inventou, no entanto ela entrou
nais de mesmo nome. Tanto a gola marinheiro quanto para o vestuário feminino e criou uma legião de
a militar podem ser vistas no vestuário masculino ou adeptas a esse estilo de gola. Para a construção
feminino, aparecendo em camisas e vestidos. dessa gola, utilizaremos as mesmas ferramentas da
aula anterior.
GOLA MARINHEIRO Com o CorelDRAW aberto, pegue o manequim
A gola marinheiro, como sugere o próprio nome, digital e trace com a ferramenta bézier sobre os pontos
é inspirada no uniforme dos marinheiros, ela pos- da altura do pescoço, conforme a imagem que segue.
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GOLA MILITAR
A gola militar é outro tipo de gola ori-
ginário da gola do uniforme dos solda-
dos do exército. Não há registros sobre
quem a inventou, no entanto esse tipo
de gola foi trazido para o mundo da
moda e desfila entre as pessoas há
muito tempo. A gola militar é tam-
bém muito semelhante a gola padre,
conhecida como colarinho romano.
Para a confecção dessa gola, uti-
lizaremos a ferramenta bézier e, com
o auxílio do manequim digital, traça-
remos as linhas sobre os pontos na
altura do pescoço.
Figura 32 - Vetorizando gola militar
Fonte: os autores.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
Construção de
Decotes I
A construção do decote é uma forma importante de DECOTE CARECA
acabamento e embelezamento da roupa. Existem inú- Para o decote careca, utilizaremos o corpo digital e
meros tipos de decotes, cada um deles com uma histó- os pontos que se encontram na altura do pescoço.
ria e para uma ocasião apropriada. Nesta aula, apren- A ferramenta para esse decote é a bézier. Primeira-
deremos as técnicas e as ferramentas do CorelDRAW mente, trace uma linha.
necessárias para o desenvolvimento do decote careca.
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Transforme em curvas.
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SAIBA MAIS
Fonte: os autores.
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SAIBA MAIS
O decote foi finalizado! Você pode colocá-lo sobre a
base da camisa que aprendemos nas aulas anteriores.
A construção de decotes desta aula reúne todas A tecla de atalho SHIFT é utilizada quando
as informações aprendidas até aqui e, aos poucos, é preciso selecionar mais de um objeto ao
mesmo tempo, por exemplo, deve-se man-
vai agrupando todas as técnicas para a construção ter a tecla SHIFT pressionada até selecionar
de roupas e elementos importantes para o desenvol- todos os objetos que deseja. Caso tenha se-
vimento do desenho de moda planificado. lecionado algum que não deseja, continue
com a tecla SHIFT pressionada e clique em
cima desse mesmo objeto.
Fonte: os autores.
151
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Construção de
Decotes II
Nesta aula, aprenderemos os tipos de ferramentas DECOTE V
do CorelDRAW, necessárias para o desenvolvimen- A sequência de operações é a mesma que aprende-
to do decote V. Esse tipo de decote é comumente mos na aula anterior. Portanto, a única diferença é
encontrado em camisetas do guarda-roupa masculi- quanto ao formato.
no e também em peças do vestuário feminino, como
vestidos, blusas, batas etc.
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REFLITA
REFLITA
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considerações finais
157
atividades de estudo
1. Para que o corpo digital não se mova durante a construção dos desenhos, devemos sempre, antes de
iniciar o desenho (assinale a alternativa correta):
a. Aparar o objeto.
b. Soldar o objeto.
c. Bloquear o objeto.
d. Combinar o objeto.
e. Simplificar o objeto.
3. A centralização dos botões deve ser respeitada e o transpasse também. Segundo Camarena (2011),
qual é o lado em que o abotoamento costuma ser feito nas peças masculinas?
a. Transversal.
b. Direito.
c. Esquerdo.
d. Qualquer lado.
e. Diagonal.
4. A centralização dos botões deve ser respeitada e o transpasse também. Segundo Camarena (2011),
qual é o lado em que o abotoamento costuma ser feito nas peças femininas?
a. Direito.
b. Qualquer lado.
c. Diagonal.
d. Esquerdo.
e. Transversal.
5. Quais pontos devem ser utilizados no corpo digital para desenhar o decote careca?
a. Os pontos que se encontram na altura do quadril.
b. Os pontos que se encontram na altura do pescoço.
158
atividades de estudo
7. A respeito das técnicas de construção do decote V, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso.
( ) A sequência de operações é a mesma que para o decote careca. Portanto, a única diferença é quanto
ao formato.
( ) Deve-se modificar a espessura da linha utilizando a ferramenta espessura do contorno.
( ) Deve-se modificar a espessura da linha utilizando a ferramenta seleção.
( ) Deve-se converter o contorno em objeto pelo menu: Objeto > Converter contorno em objeto.
( ) Deve-se converter o contorno em objeto pelo menu: Objeto > Ferramenta forma.
a. V, V, F, V, F. d. V, V, F, F, F.
b. F, F, V, F, V. e. F, F, F, F, V.
c. V, V, F, F, V.
159
LEITURA
COMPLEMENTAR
160
DESIGN
Desenho de Moda
John Hopkins
Editora: Bookman
Ano: 2013
Sinopse: o livro “Desenho de Moda” oferece de forma ilustrada
todas as técnicas para o desenvolvimento dos croquis de moda,
além de introduzir o leitor com uma síntese da história do de-
senho de moda. O livro ainda trata sobre os materiais para o
desenho técnico, bem como o uso de ferramentas tecnológicas,
como o computador, contendo ainda o desenho da figura humana do homem e da mulher
como base para o desenvolvimento dos croquis.
161
referências
ANDRADE, M. A. S. de. CorelDraw X4. São Paulo: Senac São Paulo, 2008.
CAMARENA, E. Desenho de moda no CorelDRAW X5. São Paulo: Senac, 2011.
FEYERABEND, F. V.; GHOSH, F. Acessórios de moda. São Paulo: Editora Gus-
tavo Gili, 2009.
HOPKINS, J.; BANDARRA, M. Desenho de moda. Porto Alegre: Bookman,
2010.
JONES, S. J. Diseño de moda. Barcelona, Espanha: Art Blume, 2005.
PRIMO, L. Estudo dirigido de CorelDRAW 12 em português. 2. ed. São Paulo,
2006.
Referência On-line
1
Em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/8-Coloquio-de-Mo-
da_2012/GT10/COMUNICACAO-ORAL/98575_O_Papel_do_Desenho_Tec-
nico_de_Moda_nas_Industrias_do_Vestuario_e_nas_Escolas_de_Moda.pdf>.
Acesso em: 29 nov. 2016.
162
gabarito
1. C.
2. C.
3. B.
4. D.
5. B.
6. C.
7. A.
8. E.
163
DESENVOLVIMENTO DE
VESTIDOS, CALÇAS E SHORTS
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Desenho técnico de vestidos I
• Desenho técnico de vestidos II
• Desenho técnico de calças
• Elementos de composição para calças
Objetivos de Aprendizagem
• Desenvolver a técnica de desenho de vestido reto e transpassado.
• Desenvolver a técnica de desenho de vestido com recortes laterais e godê
simples.
• Desenvolver a técnica de desenho de calça básica e calça jeans five pockets.
• Apresentar os desenhos de composição para calças passantes, rebites e
travetes, assim como transformar modelos de calças em shorts.
unidade
IV
INTRODUÇÃO
Desenho Técnico
de Vestidos I
Para o desenvolvimento dos vestidos, utilizaremos o corpo digital, as-
sim como fizemos nas aulas anteriores para a construção das saias, go-
las, camisetas, pois iremos vetorizar a partir das linhas que ele tem.
Portanto, abra seu CorelDRAW, pegue o arquivo no qual se encontra
o corpo digital e o importe para a área de trabalho. Lembre sempre de
bloqueá-lo para que não se mova durante a execução da saia.
168
DESIGN
VESTIDO RETO
Para a confecção do vestido reto,
utilizaremos a ferramenta bézier. A
partir das linhas do corpo digital,
vetorize segundo a ilustração.
169
DESENHO DIGITAL BÁSICO
170
DESIGN
SAIBA MAIS
171
DESENHO DIGITAL BÁSICO
VESTIDO TRANSPASSADO
Para a técnica do vestido transpassa-
do, utilizaremos a base que fizemos
para o vestido reto e vamos apenas
acentuá-lo mais para ganhar forma.
Dessa maneira, com a ferramenta
forma, modifique a cintura fazendo
uma leve curva. Exclua as mangas
também. Trace uma linha que co-
meça na altura do ombro e passe em
diagonal cortando a cintura, como
na ilustração a seguir.
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DESIGN
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
Desenho Técnico
de Vestidos II
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
Desenho Técnico
de Calças
A calça jeans está presente no guarda-roupa de ho- do CorelDRAW para o seu desenvolvimento.
mens e mulheres. Hoje, ela é uma das peças mais
vendidas do mundo graças a sua resistência e pra- CALÇA JEANS
ticidade. Além de nunca sair de moda, o jeans pode Para o desenho técnico da calça jeans, faremos uso do
ser usado tanto para o lazer como para o trabalho. corpo digital para vetorização da peça. Com o Corel-
Nesta unidade, trabalharemos as técnicas de cons- DRAW aberto, importe o arquivo do corpo digital e,
trução de calças, aprendendo todas as ferramentas com a ferramenta bézier, vetorize segundo a Figura 14.
178
DESIGN
SAIBA MAIS
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REFLITA
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Elementos de Composição
para Calças
Botões, passantes, rebites, travetes… Todos esses ele- PASSANTE
mentos de composição são importantes para a cons- A função do passante, além de estética, em uma cal-
trução da calça, pois garantem sua resistência e confe- ça, short ou saia, é servir de apoio para o cinto e fa-
rem também um caráter estético à peça. Todas as calças zer com que ele fique fixado na cintura. Costurado
jeans possuem esses aviamentos e, com as tendências por uma máquina especializada em grandes indús-
de moda, eles ficam cada vez mais carregados de in- trias de confecção, ele é indispensável nas peças de
formações fashion. Neste tópico, aprenderemos as téc- roupas. Para a sua criação, utilizaremos a ferramenta
nicas de desenvolvimento de alguns desses elementos. bézier.
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
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TRAVETE
O travete é feito por máquina de costura e direcio- no teclado, dessa forma, você terá uma linha perfei-
nado aos reforços nas costuras, utilizados em calças, tamente reta.
paletós, jalecos entre outros. O travete é um ele- Após traçar a linha perfeita, utilizaremos outra
mento de composição essencial no desenho técnico ferramenta para conferir ao elemento o formato do
porque indica onde a costureira deve reforçar a cos- travete. Com a reta selecionada, pegue a ferramenta
tura, mas também pode ser usado apenas de forma distorção, que se encontra na caixa de ferramentas.
decorativa. Para o desenho do travete, utilizaremos Acionando a ferramenta distorção, na barra de
o seguinte processo: com o CorelDRAW aberto, uti- propriedade da ferramenta aparecerão várias opções
lize a ferramenta bézier para fazer um traçado reto, de utilização da ferramenta. Para a realização corre-
para que a linha siga sem entortar, segure o CTRL ta do travete, devemos acionar:
194
DESIGN
1. Predefinições - Carimbo
2. Serrilhar Distorção
(opção do meio)
195
DESENHO DIGITAL BÁSICO
3. A amplitude da distorção do
zíper é referente à altura do
desenho, portanto, para con-
ferir um efeito real ao travete
é aconselhável uma amplitu-
de de 70 a 100
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DESIGN
197
DESENHO DIGITAL BÁSICO
A TRANSFORMAÇÃO
DA CALÇA EM SHORT
O processo de construção da calça ou do short é
o mesmo: as ferramentas, sequência operacional,
aviamentos, acessórios, e outros são os mesmos
utilizados para ambos. No entanto, para facilitar o
procedimento na indústria de confecção, as bases de
calças e shorts são arquivadas mudando-se apenas
os elementos, recortes, entre outras coisas.
Para transformar a calça em short, utilizaremos
a ferramenta bézier e as linhas-guia para medir e ob-
ter, dessa forma, maior precisão. Abra a calça básica,
que fizemos na aula anterior, e desça uma linha-guia
até a altura do joelho.
198
DESIGN
Figura 48 - Short
Fonte: os autores.
Após a criação do short, você pode colocar barrado, neamos as curvas para chegar a modelagem ideal.
pesponto, criar recortes, como aprendemos nas au- Independente do modelo do vestido, a técnica é a
las anteriores. Crie! mesma, mudando alguns pontos para que a mode-
Vimos até aqui, prezado(a) aluno(a), as téc- lagem fique aparente.
nicas de confecção de vestidos, calças, elementos Na construção da calça, o caso é o mesmo. Cons-
de composição de calças e transformação da calça trói-se, com a ferramenta forma, uma face e depois
em short. Na técnica do vestido reto, transpassa- a duplicamos para que possa ser soldada e exista si-
do com recorte lateral e godê simples, utilizamos metria entre as duas. O procedimento de construção
a ferramenta bézier, construindo uma face e de- do cós é o mesmo utilizado na saia.
pois a manga, aparando para ter delimitação entre Finalmente, a transformação da calça em short,
as duas. Duplicamos a primeira face com a manga utilizando as diretrizes para o posicionamento do
e unimos com a ferramenta soldar as duas partes desenho e aparagem das pernas no comprimento
do corpo do vestido. Com a ferramenta forma, eli- desejado para a transformação em short, facilitando
minamos os pontos que estão em excesso e deli- e agilizando o trabalho do designer.
199
considerações finais
200
atividades de estudo
1. Ao ser espelhado, o vestido ficará como a fi- 3. Assinale as alternativas corretas a respeito da
gura da esquerda. Qual a ferramenta correta calça five pockets.
a ser utilizada para que ele se transforme em I. Seu nome vem do inglês.
uma peça inteira, única, sem emendas?
II. Seu nome vem do francês.
III. Five pockets significa “cinco bolsos”.
IV. O quinto bolso é sobreposto dentro do bolso
do lado direito da parte frontal da calça.
V. O quinto bolso é sobreposto dentro do bolso
do lado esquerdo da parte traseira da calça.
201
atividades de estudo
202
LEITURA
COMPLEMENTAR
203
DESENHO DIGITAL BÁSICO
204
referências
ANDRADE, M. A. S. de. CorelDraw X4. São Paulo: Senac São Paulo, 2008.
CAMARENA, E. Desenho de moda no CorelDRAW X5. São Paulo: Senac, 2011.
HOPKINS, J.; BANDARRA, M. Desenho de moda. Porto Alegre: Bookman,
2010.
JONES, S. J. Diseño de moda. Barcelona, Espanha: Art Blume, 2005.
PRIMO, L. Estudo dirigido de CorelDRAW 12 em português. 2. ed. São Paulo:
Editora Erica, 2006.
TREPTOW, D. Inventando Moda: Planejamento de Coleção. 5. ed. São Paulo:
Editora Doris Elisa Treptow, 2013.
Referências On-line
1
Em: <https://issuu.com/elacamarena/docs/desenho_tecnico_de_moda_no_co-
reldra>. Acesso em: 29 nov. 2016.
2
Em: <http://www.audaces.com/br/desenvolvimento/falando-de-desenvolvi-
mento/2015/11/25/jeans-historia-e-conceito>. Acesso em: 29 nov. 2016.
3
Em: <http://queilaferraz.fashionbubbles.com/historia-da-moda/a-historia-do-
-jeans-a-trajetoria-inicial-parte-14/>. Acesso em: 29 nov. 2016.
205
gabarito
1. B.
2. C.
3. E.
4. C.
5. V - V - F - F - V.
6. D.
206
UNIDADE
V
O USO DA FERRAMENTA
POWERCLIP E CONSTRUÇÃO DA
FICHA TÉCNICA DO DESIGNER
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Ferramenta powerclip
• Conceitos de rapport e construção do rapport direto
• A importância da ficha técnica para a indústria do vestuário
• Modelo de ficha técnica do designer
Objetivos de Aprendizagem
• Utilizar a ferramenta powerclip para efeitos de estamparia.
• Apresentar a construção do rapport direto.
• Apresentar a importância da ficha técnica para a indústria do
vestuário.
• Apresentar modelos de ficha técnica do designer.
unidade
V
INTRODUÇÃO
Ferramenta
Powerclip
Segundo o site do CorelDRAW, a ferramenta power- formar em estampa. Você, caro(a) aluno(a), poderá
clip é uma ferramenta de preenchimento de recipien- utilizar imagens diversas como estampa em vestidos,
te ou, em outras palavras, de objeto. No mundo da calças, saias e qualquer outra peça que produzimos
moda, ela é muito utilizada para a aplicação de estam- ao longo das unidades.
pas nos desenhos planificados que são produzidos no A primeira coisa a fazer é abrir o CorelDRAW
CorelDRAW. e importar algumas das peças que produzimos.
Para a utilização dessa ferramenta, precisaremos Vamos pegar, por exemplo, o vestido transpassado
de imagens prontas que imitem uma estampa, ou apreendido nesta unidade.
que contenham uma imagem em que deseje trans-
212
DESIGN
Existem vários processos de estamparia. Uma Para importar arquivos no CorelDRAW e agili-
delas é a estamparia localizada, aplicada, em zar o trabalho, é possível fazê-lo pressionando
sua maioria, em pequenas partes localizadas a tecla de atalho “Ctrl + I”.
nas peças das roupas, em sua maioria, na
frente de camisetas, porém não se restringe
somente a essa área. Pode ser localizada em
pernas de calças, bolsos, costas de blusas,
mangas ou qualquer parte onde se deseja
aplicar uma estampa.
213
DESENHO DIGITAL BÁSICO
214
DESIGN
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DESENHO DIGITAL BÁSICO
216
DESIGN
217
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Conceitos de Rapport e
Construção do Rapport Direto
Dentre as técnicas de criação de estampas, o rapport representação de um desenho em repetição, modu-
é uma das mais utilizadas por designers. Existem inú- lado. Na técnica de estamparia corrida, que se refere
meros tipos de rapport e, nesta unidade, aprenderemos à continuidade de um módulo de desenho, não exis-
alguns deles. As estampas, em si, enriquecem as roupas te princípio nem fim de estampa. Para que isso acon-
e trazem consigo informações de moda para cada esta- teça, é necessário desenvolver o desenho, de modo
ção do ano em que são desenvolvidas. Nesta unidade, que os motivos se encaixem nas extremidades supe-
aprenderemos a criação de rapport e as respectivas fer- rior, inferior e lateral, respeitando as dimensões das
ramentas do CorelDRAW para executá-las. telas de impressão. Assim sendo, o desenho de repe-
tição produz a sensação de continuidade nas formas
CONCEITOS DE RAPPORT das estampas dos tecidos, como se as emendas dos
Rapport, termo originário do francês, que significa a tecidos não existissem.
218
DESIGN
O rapport deve ser elaborado de maneira correta em direções variadas, para que não fiquem de ponta
para que não ocorram problemas na produção como cabeça na peça de roupa pronta.
estampas sobrepostas, portanto, a relação entre figu- O cilindro utilizado para gravação do desenho ra-
ras e cores deve estar em perfeito equilíbrio. pportado tem 64,02 cm de diâmetro. Existem outros
Sempre que for desenvolver um rapport, deve- com diâmetros maiores, que são utilizados para tapetes.
mos levar em consideração que, na hora do corte, Existem vários estilos de rapport, como: Direto,
as peças são encaixadas para conferir um melhor ½ saltado horizontal e vertical, listrado e barrado.
aproveitamento ao tecido. O ideal, quando for ela- Nesta unidade, abordaremos o rapport direto e o ½
borar um rapport, é que as figuras sejam colocadas saltado na vertical e horizontal.
219
DESENHO DIGITAL BÁSICO
CONSTRUÇÃO DO
RAPPORT DIRETO
O rapport direto é feito por meio da
repetição dos módulos lado a lado e
deve ser repetido tanto na horizontal
quanto na vertical. Esse é o estilo de
rapport mais usado para estampas pe-
quenas. No quadrado, identificamos
a repetição do objeto distribuído.
Vamos criar um rapport direto
como exemplo. Utilizando a ferra-
menta retângulo, configuramos o ta-
manho do objeto de 10 cm por 10 cm.
Esse tamanho está sendo usado como
exemplo porque o tamanho pode va-
riar de acordo com a intenção.
220
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221
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Figura 18 - Rapport
Fonte: os autores.
225
DESENHO DIGITAL BÁSICO
226
DESIGN
cluindo artigos de cama, mesa e banho, além de dife- A indústria da moda é o segundo maior em-
rentes estilos de roupas e acessórios, que empregam pregador na indústria de transformação e também
matérias-primas e processos produtivos distintos, segundo maior gerador de primeiro emprego. Paga
bem como modelos de concorrência e estratégias R$14 bilhões/ano em salários e recolheu R$7 bi-
empresariais (RECH, 2006). lhões em contribuições federais e impostos, em 2013
É uma indústria que demanda agilidade no de- (ABIT, 2015). Nesse sentido, pode-se confirmar a
senvolvimento de novos produtos em curto prazo, importância desse mercado no crescimento econô-
exigindo, assim, adaptação e flexibilidade nos pro- mico.
cessos de manufatura. A quantidade de setores em A indústria de confecção atua em ritmo acelera-
que o produto circula, como criação, modelagem, do, em função da necessidade de lançamento cons-
produção, acabamento e expedição, somada às fa- tante de novos produtos. Esse ritmo faz com que os
lhas de comunicação, gera retrabalhos e prejuízos. setores envolvidos tenham que se adaptar continua-
Diversas irregularidades relacionadas aos processos mente a novos processos, o designer deve conhecer
são decorrentes da ausência de organização dos da- a capacidade e as limitações da indústria.
dos e informações a respeito dos produtos que serão No processo de produção do vestuário, a moda,
lançados no mercado. por meio do design, é responsável pela diferencia-
O design de um produto é um processo comple- ção dos produtos, buscando atender aos desejos,
xo que tem como pedra angular a gestão de informa- anseios e necessidades do consumidor. O design de
ções, as quais precisam ser compartilhadas adequada- moda possibilita a adaptação do produto às diferen-
mente por toda a cadeia produtiva. Nesse sentido, um tes situações projetuais, como clima, tempo, local,
instrumento utilizado para esse fim é a ficha técnica, costumes, cultura, inovações tecnológicas e eventos
que consiste em um documento fundamental para o regionais, nacionais e internacionais (SOUZA, 2007,
gerenciamento de informações e conhecimento du- on-line)2. Assim, o design de um produto é um pro-
rante todo o processo produtivo. Ela nasce no setor cesso complexo e real que tem maior alicerce na ges-
de criação e interliga todos os setores, uma vez que tão de informações do que na intuição do designer
as informações contidas nessa ficha são insumos es- (TREPTOW, 2003).
senciais para a execução dos processos que resultam Na indústria, o trajeto percorrido por uma peça
no produto e findam apenas quando esse é embalado desenvolvida é extenso. A cadeia é composta por
para ser entregue ao cliente. Portanto, é necessário inúmeros processos e diversos setores que compre-
que todos os envolvidos no processo produtivo com- endem desde a pesquisa, criação, modelagem, ficha
preendam o que está sendo proposto e desenvolvido. técnica, produção, acabamento até a expedição. Por-
No Brasil, a indústria de confecção participa tanto, é necessário que haja integração entre os di-
significativamente no crescimento econômico e no versos setores, pois um setor abastece o outro com
desenvolvimento do país. Segundo dados da Asso- informações para a realização de tarefas e cumpri-
ciação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção mento de prazos e, assim, é necessário que as infor-
(ABIT), esse setor emprega 1,7 milhão de pessoas de mações sejam confiáveis, compartilhadas de forma
forma direta, das quais 75% são mulheres. correta, para que toda a cadeia produtiva trabalhe
227
DESENHO DIGITAL BÁSICO
com eficiência. Portanto, a ficha técnica torna-se um ou falta de precisão em seu preenchimento acarre-
documento essencial para o gerenciamento de in- tam inúmeros problemas, como compras incorretas
formações durante todo o processo produtivo. de matéria-prima, imprecisão no cálculo dos custos,
A ficha técnica é um documento descritivo de resultando assim em prejuízo.
uma peça de coleção e acompanha a peça piloto em A organização da ficha técnica proposta para a
todos os processos da produção. Deve ser de fácil indústria de confecção se dá por meio do conheci-
entendimento para que não haja dúvidas em rela- mento tácito dos colaboradores, documentado em
ção à construção do produto. Ela inclui ilustrações fichas, com o intuito de facilitar e melhorar o pro-
e anotações sobre os materiais utilizados, as dimen- cesso produtivo, podendo ser internalizado ao final
sões do modelo, os procedimentos de manufatura e do processo, gerando assim um novo conhecimento
os acabamentos. A partir da ficha técnica, o setor de valioso para a empresa e colaboradores. A ficha téc-
custos e o departamento comercial estipularão o pre- nica compõe todo o processo da cadeia produtiva e
ço de venda: que o setor de planejamento e contro- é desenvolvida pelo setor de engenharia da indústria
le da produção calcularam os insumos necessários de confecção ou por pessoas de outros setores que
para a fabricação; e que o setor de compras efetuará desenvolvem essa função. “Trata-se de um docu-
a aquisição de matéria-prima (tecidos e aviamentos) mento que deve conter o maior número de informa-
(TREPTOW, 2003). ções possíveis sobre cada peça, tornando-se assim a
Dessa forma, observa-se que a ficha técnica tem memória descritiva do produto” (LEITE; VELLO-
importante papel no processo produtivo, pois erros SO, 2006, p. 147).
228
DESIGN
A ficha técnica é elaborada em duas etapas: a pri- de: planejamento de risco, corte, separação, costura,
meira etapa consiste na ficha técnica do estilista, que acabamento, controle e qualidade e expedição, e be-
é utilizada pelo setor de criação para o desenvolvi- neficiamentos, como estamparia, lavanderia, plissa-
mento de novos produtos que circulam pelos setores dos e outros, quando existirem nos produtos, poden-
de criação, desenvolvimento técnico, modelagem e do estar entre as fases de corte e costura, a depender
pilotagem e beneficiamentos internos ou terceiriza- do procedimento necessário para o produto.
dos, quando existentes no produto. Essa ficha conta Conforme afirma Biermann (2007, p. 15), a ficha
com espaços em branco nos quais devem ser inseri- técnica “fornece informações claras sobre o modelo,
das as observações e melhorias que ocorrem durante os procedimentos de montagem, tipo e quantida-
o processo de desenvolvimento do produto. de de materiais utilizados, composição do tecido e
Já a segunda etapa refere-se à ficha técnica de tempo de processo de cada operação”. O objetivo da
produção, que deve conter as informações corretas e ficha técnica na indústria de confecção do vestuário,
aprovadas, tais como: grade de tamanhos, quantidade segundo esse autor, é sintetizar as informações, au-
de peças por cor, ordem de etapas para construção da xiliando na organização e no compartilhamento de
peça. Essa ficha circula por todos os setores produti- informações para todos os setores envolvidos, oti-
vos, sendo eles internos ou terceirizados, e compreen- mizando os processos de produção.
229
DESENHO DIGITAL BÁSICO
230
DESIGN
231
DESENHO DIGITAL BÁSICO
No quadro lateral, temos especificações dos ma- E, por fim, especifica-se as variantes de cores do mo-
teriais, como tecidos e aviamentos contendo for- delo e da estampa.
necedor, composição e consumo. Há, também, in- Pode-se perceber que essa ficha está muito adap-
formações como: molde código (muito importante tada a parte de cima, que contém detalhes de estam-
para registrar qual é o código da modelagem, facili- paria, cabe ao profissional adaptá-la da melhor for-
tando a localização posterior); especificações como: ma para utilizá-la no segmento desejado.
decote, cava, punho, aplicação de estampa ou borda- O segundo modelo está mais adaptado ao seg-
do, etiquetas internas e externas e embalagem. mento jeans, sendo uma junção de vários modelos
Essas informações podem e devem ser substituí- somados a experiência dos autores deste livro.
das de acordo com o produto que será desenvolvido.
232
DESIGN
Neste modelo, na caixa lateral, localizada no canto No quadro seguinte, temos as cores, em que de-
esquerdo, logo temos: vem ser colocados os tecidos que serão cortados; a
• Produto: descrição da peça, no exemplo ante- grade, contendo os tamanhos e o tamanho de zíper
rior, temos jaqueta masculina kuala, camiseta indicado para cada tamanho de peça.
com estampa floral.
• Coleção: serve para indicar qual coleção está Cores TAM.
sendo trabalhada. Grade Zíper
Rebite Médio
Etiq. Cós interna:
Bandeirinha:
Quadro 3 - Informações da ficha técnica
Tag:
Fonte: os autores.
Quadro 1 - Informações da ficha técnica
Fonte: os autores. No quadro direito, deve conter o desenho técnico da fren-
te e costas da peça e se houver detalhes nas laterais deve
Logo, temos a linha, que serve para indicar a cor conter um desenho representando esses detalhes laterais.
da linha que será usada para costurar a peça; zí- Pode-se perceber que essa ficha está muito adap-
per, a cor do zíper e tamanho; botão, que tem duas tada ao jeans por informações como lavanderia, ta-
lacunas caso tenha a variação de dois estilos na manho de zíper, cabendo ao profissional adaptá-la da
mesma peça. melhor forma para utilizá-la no segmento desejado.
233
considerações finais
Esta unidade, caro(a) aluno(a), foi a finalização das informações finais para que
você consiga desenvolver um ótimo produto em seu local de trabalho.
A unidade nos ensinou a utilização da ferramenta powerclip para aplicação
de estamparia nas peças desenvolvidas conferindo cor e movimento ao trabalho,
abrindo nossos horizontes e possibilitando dar vida às criações. A ferramenta
powerclip nos proporciona inúmeras possibilidades criativas no universo da moda.
Abuse sem moderação dessa ferramenta!
Foi possível aprender também um pouco sobre estamparia e como funciona
o processo de elaboração do rapport, apresentando o rapport mais utilizado no
processo criativo da indústria têxtil, sendo esse um diferencial competitivo de
mercado para os designers de moda.
Esta unidade também nos apresentou a importância da ficha técnica como
um instrumento fundamental utilizado para o gerenciamento de informações e
conhecimento durante todo o processo produtivo, interligando todos os setores.
Tratou das diferenças de ficha técnica de produção e ficha técnica do designer,
apresentando três modelos de ficha técnica para o designer, que podem ser esco-
lhidas ou modificadas de acordo com a realidade de cada empresa, porque não
existe uma única correta, mas sim a que melhor se adapta a realidade vivida. E,
por fim, encerramos nossa última unidade, esperando que você abuse de todas
as ferramentas e técnicas ensinadas e consiga ser ainda mais criativo(a) nas suas
coleções. Use e abuse da criatividade e sucesso!
234
atividades de estudo
2. Quando quisermos alterar o tamanho ou a posição do powerclip dentro do recipiente, qual ferramenta
devemos utilizar?
a. Forma. d. Soldar.
b. Cortar. e. Aparar.
c. Editar powerclip.
3. O design de um produto é um processo complexo que tem como pedra angular a gestão de in-
formações, as quais precisam ser compartilhadas adequadamente por toda a cadeia produtiva.
Nesse sentido, um instrumento utilizado para esse fim é a ficha técnica, que consiste em um
documento fundamental para o gerenciamento de informações e conhecimento durante todo
processo produtivo. Sobre a ficha técnica, pode-se afirmar que:
I. A ficha técnica nasce no setor de criação e interliga todos os setores.
II. A ficha técnica nasce no setor de modelagem e interliga todos os setores.
III. A ficha técnica finda apenas quando o produto é embalado para ser entregue ao cliente.
IV. A ficha técnica finda no setor de criação.
V. As informações contidas na ficha técnica são insumos essenciais para a execução dos processos que
resultam no produto.
235
atividades de estudo
4. A primeira etapa consiste na ficha técnica do estilista, que é utilizada pelo setor de criação para o desen-
volvimento de novos produtos. Sobre a ficha técnica do designer, pode-se afirmar que:
I. Essa ficha conta com espaços em branco onde devem ser inseridas as observações e melhorias que
ocorrem durante o processo d
e desenvolvimento do produto.
II. A ficha técnica do designer circula pelos setores de criação, desenvolvimento técnico, modelagem, pilo-
tagem e beneficiamentos internos ou terceirizados, quando existentes no produto.
III. A ficha técnica do designer circula apenas pelo setor de embalagem.
IV. Essa ficha é essencial para o designer de moda porque nela está contido o desenho técnico, com todas as
informações técnicas, servindo como roteiro primordial para que a peça alcance um padrão de alta qualidade.
V. Não existe um modelo de ficha que possa ser considerado correto ou melhor, mas, sim, que se adapte
melhor a realidade da empresa e do designer.
5. O modelo de ficha técnica, retirado do livro de Ela Camarena, é bem completo e pode ser adotado
pelas empresas. Sobre esse modelo, pode-se afirmar que:
I. O estudo refere-se ao número que servirá de referência apenas dentro do setor de desenvolvimento
de produtos.
II. Modelo é a descrição da peça, por exemplo, camiseta com estampa floral.
III. Quantidade Mostruário é para saber quantas peças desse modelo serão cortadas.
IV. Data serve para registrar quando a peça foi criada; numeração diz respeito ao tamanho que a peça será
cortada para montar a piloto.
V. Referência diz respeito ao código final, que acompanhará a peça por toda a empresa e aprovado por:
deve conter a assinatura do responsável pela aprovação do modelo.
236
LEITURA
COMPLEMENTAR
HISTÓRIA DA ESTAMPARIA
A história da estampa surge muito antes da moda e do descobrimento dos tecidos como
conhecemos hoje. Segundo Silva e Menezes (2013), o homem no início da humanidade
utilizava-se de corantes naturais como o barro e usava as mãos para criar desenhos
sobre o seu corpo, essa foi a primeira forma rudimentar de estamparia. Nos séculos se-
guintes, precisamente entre os séculos V e VI, as técnicas de estampar se aprimoraram
e o homem começou a utilizar substâncias ácidas como corantes naturais.
No século posterior, foi inventado o cilindro para estampar, o que proporcionou o pro-
gresso e o desenvolvimento da estamparia têxtil. Foram surgindo, também nessa épo-
ca, novos tecidos para estampar, como a seda, por exemplo. Foi apenas no século XX
que a serigráfica – técnica de impressão por quadros, ficou bastante conhecida e utili-
zada no setor têxtil, se automatizando na segunda metade do século.
Hoje, nós possuímos a tecnologia em favor da estamparia, com máquinas e processos
de ponta para que a estampa fique mais próxima da realidade, dotada de qualidade e
riqueza de detalhes. Nessa mesma época, paralelamente com o avanço das máquinas
de estampas, surgiram novos processos químicos, com a implementação de corantes
desenvolvidos em laboratórios, acarretando a variedade de cores e texturas.
Conforme relatam Silva e Menezes (2012), existe hoje uma multiplicidade de padrões
para estampar que são classificados em; naturais – com estampa de motivos florais,
árvores, plantas e frutas. Animais – que trabalham com peles de animais, plumagens de
aves, estampas felinas e animais de vida marinha. Formas geométricas – trabalhando
com xadrez, listrado, poás, e figuras geométricas clássicas. Estampas abstratas – que
não possuem forma definida, sendo muito utilizada no início do século XX. Estampas
figurativas – que trabalham com opções que envolvem desenhos dispostos ao longo do
tecido que provocam um diálogo. E, por fim, temos as clássicas estampas de listras e
o xadrez que sempre estão em evidência nas coleções das grandes marcas e na prefe-
rência dos designers.
237
DESENHO DIGITAL BÁSICO
Planejamento de Coleção
Doris Treptow
Editora: Edição da Autora
Ano: 2013
Sinopse: este livro é o manual mais completo para um designer de
moda. Ele contém todas as informações a respeito do processo cria-
tivo, que vão desde o planejamento da coleção com esboços dos
croquis até a criação e preenchimento da ficha técnica. Para quem
deseja ter sempre um manual de moda, este livro é essencial.
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referências
Referências On-line
1
Em: <http://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/processos-e-tecnicas-
-de-estamparia-parte-12/>. Acesso em: 16 nov. 2016.
2
Em: <http://fido.palermo.edu/serviços_dyc/encuentro2007/02-auspicios-publi-
caciones/actas-diseno/articulos_pdf/A6045.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2016.
3
Em: <http://wright.ava.ufsc.br/~grupohipermidia/graphica2013/trabalhos/DE-
SIGN%20TEXTIL%20REVISAO%20HISTORICA%20SURGIMENTO%20E%20
EVOLUCAO%20DE%20TECNOLOGIAS.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2016.
239
gabarito
1. A.
2. C.
3. B.
4. C.
5. D.
240
DESIGN
conclusão geral
Prezado(a) aluno(a)! A disciplina de desenho digital básico apresentou ao longo das uni-
dades as ferramentas básicas do programa e suas funções de cada uma delas para o desen-
volvimento de desenhos voltados para a criação do vestuário. As peças apresentadas no
decorrer dos capítulos foram estrategicamente pensadas para que o aluno, a priori, tenha a
capacidade de criar seus próprios conceitos de peças, a partir das peças consideradas como
base dentro do programa. Para que, como profissional ou futuro profissional da área, ele
possa dominar essa área primordial para a carreira de designer.
É certo dizer que as informações básicas a respeito da criação de peças do vestuário,
aviamentos, aplicação e criação de estampas, são essenciais para desenvolver um ótimo
produto, e com a aprendizagem da ferramenta powerclip, apredemos que é totalmente pos-
sível criar diversas peças com estilo e personalidade, assim como no aprendizado básico so-
bre estamparia e os estilos de rapport também é possível criar diversas estampas mudando
completamente o visual das peças!
Não podemos esquecer também da importância das fichas técnicas que são cruciais para
o designer, pois fidelizam o trabalho e garantem um entendimento correto para toda a equipe
que o executará, a ficha técnica é a bússola para todo o processo de criação e desenvolvimento
da indústria, e sem ela não há sistema boa organização da empresa no que diz respeito ao
arranjo físico do sistema produtivo. Cada ficha tem uma característica e um embasamento
diferente dentro da indústria têxtil e é por isso existem inúmero modelos de fichas.
Esperamos que você tenha aprendido todo esse conhecimento, e fazemos votos que
tenho um desenvolvimento brilhante como profissional em seu local de trabalho. Sempre
tenha a convicção que as técnicas ensinadas só valerão se a criatividade for sempre o com-
bustível de todas as tarefas que for executar. Sucesso!
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