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SETORIZAÇÃO DA MUSCULAÇÃO

SETOR ESTÉTICO

Foco em altas porcentagens de massa muscular e baixas porcentagens de gordura corporal.


Organização dos treinamentos em longo prazo (periodização), deve-se realizar os trabalhos para
obter ganho de massa muscular e reduzir gordura corporal em momentos distintos. Assim se
podem respeitar as oscilações de carga (intensidade e volume), que são características
específicas de uma periodização.
Combinadas com controle alimentar: no momento da periodização em que se busca hipertrofia
muscular, deve ser gerado um balanço calórico positivo, e no momento em que se busca redução
de gordura, um balanço calórico negativo.
SETORIZAÇÃO DA MUSCULAÇÃO

SETOR COMPETITIVO

Dividido em 3 modalidades, ambas utilizam treinamento de força, o que as diferencia são as


características do treino de força aplicado
Levantamento de peso olímpico: Ênfase em exercícios que serão realizados na competição:
arranco e arremesso. No entanto, também são utilizados alguns exercícios considerados básicos e
auxiliares, como o agachamento. Ênfase em treinamento explosivo, sendo assim realizam um
treinamento de força com as seguintes características: de 30% a 60% 1RM, velocidade do
movimento rápido, quantidade de repetições e de séries indeterminada e IR entre 3 e 5 min
Levantamento de peso básico: levantar a maior carga possível em uma tentativa. Ênfase em
exercícios que serão realizados na competição: agachamento, supino reto ou regulamentar e
levantamento terra. Realiza treinamento de força mais tensionais, com percentuais acima de 90%
de 1RM, entre 1 e 6 repetições, 1 a 15 séries e IR de 3 a 5 minutos.
Fisiculturismo: esculpir o corpo de maneira harmoniosa, ou seja, simetria entre segmentos,
grande volume muscular e separação visível entre os grupos musculares. Montagem de
programas de treinamento localizados por articulação ou direcionados por grupamento muscular
(discutiremos o assunto mais detalhadamente nos próximos capítulos). Realiza treinamentos mais
metabólicos, isto é, utiliza percentuais de 75% e 85% de uma repetição máxima (1RM), entre 8 e 12
repetições, 3 a 5 séries para cada exercício e faz intervalos de recuperação (IR) de 1 a 2 minutos.
SETORIZAÇÃO DA MUSCULAÇÃO

SETOR PROFILÁTICO/REABILITAÇÃO

O setor profilático atua na prevenção para que não se perca a condição de saúde de maneira geral. Uma
articulação saudável é aquela que tem equilíbrio de força entre os músculos que a envolvem, assim como
equilíbrio de flexibilidade e uma boa resposta proprioceptiva. Para isso, realizar treinamentos que estimulem
essas capacidades de modo a gerar equilíbrio é fundamental para prevenir lesões articulares.
O setor de reabilitação visa devolver a condição de saúde quando por algum motivo houve deterioração,
havendo, assim, necessidade de reabilitar. Igualar a condição de força entre os músculos que envolvem a
articulação, bem como equilibrar a circunferência entre os segmentos, aumentar a flexibilidade e melhorar ainda
mais a propriocepção.
A prevenção e reabilitação vão muito além de lesões do aparelho locomotor, o treinamento físico pode auxiliar na
melhora de lipídios séricos (HDL – LDL), pressão sanguínea em repouso (sistólica – diastólica), frequência
cardíaca de repouso, composição corporal, metabolismo de glicose, metabolismo basal e capacidade aeróbica.

SETOR DE PREPARAÇÃO FÍSICA

Algumas décadas atrás, existia muita resistência por parte de preparadores físicos e técnicos em utilizar o
treinamento de força (musculação) para a preparação de atletas de certas modalidades esportivas. Era bem comum
a associação de musculação com redução de flexibilidade, agilidade, velocidade e precisão.
Porém, com o tempo e pesquisas, foi-se avaliado que a musculação traz diversos benefícios para o rendimento
esportivo, sendo realizada de forma individualizada e personalizada a cada atleta e modadalide e suas
necessidades.
TEORIAS

TEORIA METABÓLICA

Diminui a gordura
Treinamento predominantemente aeróbico
Lipólise (gordura/lípidios como substrato
energético)
Intensidade Moderada e Grande Volume

TEORIA MATEMÁTICA

Não importa qual é o metabolismo


energético
O foco é na ingesta e gastos calóricos
Glicólise (glicose como substrato
energético)
TREINAMENTOS DE EFEITOS GERAL E EFEITO LOCAL

TREINAMENTO DE EFEITO GERAL TREINAMENTO DE EFEITO LOCAL

Utiliza > que 1/6 a 1/7 da musculatura Utiliza < que 1/6 a 1/7 da musculatura
esquelética (4/5 grupos musculares) esquelética (4/5 grupos musculares)
Melhora o VO2máx Fortalecimento
Aumenta a capacidade anaeróbia Prevenção

DIETA

DEFICIT SUPERAVIT

Ingestão Calórica (Ic) < que o Gasto Calórico (Gc) Ingestão Calórica (Ic) > que o Gasto Calórico (Gc)
Diminução da gordura - até 1000 Kcal/dia, desde Aumento do volume muscular - até 350Kcal/dia
que não fique abaixo de 1200 Kcal/dia em sua
ingesta
FORÇA MUSCULAR

DEFINIÇÃO

A capacidade de produzir tensão muscular contra uma resistência, podendo ser para um
ângulo articular ou movimento específico

DINÂMICO REGIME ESTÁTICO

Ocorre movimento Não ocorre movimento


O aluno realiza os movimentos com O aluno deve manter (sustentar) a
determinada resistência, por resistência em vários ângulos
diferentes ângulos, ganhando força (posições) diferentes para ganhar força
em toda a amplitude do exercício. em toda a amplitude de movimento.
FORÇA MUSCULAR

MANIFESTAÇÕES

Além dos regimes de treinamento, a força muscular pode se manifestar de diferentes maneiras,
relacionando as variáveis de volume (número de repetições, de séries e de exercícios) com as de
intensidade (peso, velocidade de execução, intervalos de recuperação, amplitude de movimento).
A força muscular pode ser: máxima, hipertrófica (ou dinâmica), explosiva e resistência – esta última
podendo ser caracterizada como endurance ou resistência muscular localizada (RML). Existe ainda a
força absoluta, que é a força máxima somada à força de reserva, mas esta não pode ser treinada, pois só
é utilizada em situações de emergência.

Na força explosiva não há número de repetições pois a variável determinante é o peso em função da
velocidade de execução. Assim, para qualquer número de repetições, pode-se considerar força
explosiva, desde que o exercício seja realizado em velocidade rápida.
FORÇA MUSCULAR

TESTE DE 1RM

Ajuda na aplicação do treinamento de força, e tão


importante quanto é a possibilidade de diagnosticar o
nível de aptidão física relacionada a força muscular, bem
como acompanhar a evolução do cliente
(avaliação/reavaliação).
Como aplicar:
1. Determinar o máximo estimado, utilizando os valores de
treinamento
2. Realizar aquecimento prévio: 5 repetições com 50% do
máximo estimado e 3 repetições com 60% do máximo
estimado
3. Realizar até 5 tentativas
4. Permitir de 2 a 5 minutos de descanso entre as tentativas
5. Utilizar a variação de peso de até 10% entre uma tentativa
e outra
O cliente realiza 10 repetições com 80kg

80 kg ________________75%
X kg _________________100%
X = (80x100)/75
X= 106,67 Kg
CADEIA CINÉTICA ABERTA E FECHADA

A definição comumente utilizada para classificar exercícios em cadeia cinética aberta ou fechada tem
relação com os segmentos distais e proximais livres ou impedidos de movimentos.

ABERTA FECHADA

Se o segmento distal estiver livre para se Se o segmento distal estiver


mover no espaço e não sustentar o peso sustentando o peso corporal, a cadeia é
corporal, a cadeia é considerada aberta considerada fechada
MONTAGEM DO PROGRAMA DE TREINAMENTO
INICIANTES

RECOMENDAÇÕES REGRAS

Priorizar os exercícios 1. Alternar segmentos entre MMSS, MMII


multiarticulares e coluna (não necessariamente nessa
Priorizar os aparelhos aos pesos ordem)
livres 2. 1 exercício por grupo muscular
3. Trabalhar dos grandes para os
pequenos grupamentos musculares

DIVISÃO DOS GRUPAMENTOS POR TAMANHO


NOMENCLATURA

MOVIMENTO ARTICULAR PRINCIPAL


+ MATERIAL UTILIZADO

FREQUÊNCIA

3X NA SEMANA
S T Q Q S S D
U - U - U - -
MONTAGEM DO PROGRAMA DE TREINAMENTO
INTERMEDIÁRIO

RECOMENDAÇÕES REGRAS

Realizar 1 exercício multi e 1 1. Alternar segmentos a cada 2 exercícios


exercício mono articular (entre MMSS E MMII, deixando a
coluna para o finale sempre
trabalhando um músculo e após este
trabalhar o seu antagonista)
2. 2 ou mais exercícios por grupamento
muscular, sendo 2 para grandes e 1
DIVISÃO DOS TREINOS + RECOMENDAÇÕES + REGRAS
para pequenos

TREINO A - PUXAR, SUPERIORES, ANTERIORES


OMBRO (6)/JOELHO(4)/TORNOZELO(2) FREQUÊNCIA
TREINO B - EMPURRAR, INFERIORES, POSTERIORES
QUADRIL (4)/ COTOVELO (2)/ COLUNA (4-6)
4X NA SEMANA
S T Q Q S S D
SISTEMATIZAÇÃO POR SEGMENTOS
A B - A B - -
MONTAGEM DO PROGRAMA DE TREINAMENTO
AVANÇADO

CRITÉRIOS DE VARIAÇÃO DE ESTÍMULO REGRAS

Movimentos articulares diferentes 1. 3/4 exercícios por


exercícios multi e mono articulares (modelo convencional do multi grupamento muscular
para o mono ou modelo de pré-exaustão do mono para o multi/ do
grupamento pequeno para o grande ou do grupamento grande
para o pequeno)
Inversão do ponto fixo e móvel (cadeia e aberta e fechada)
Músculos biarticulares e monoarticulares

FREQUÊNCIA
DIVISÃO DOS TREINOS + RECOMENDAÇÕES + REGRAS

TREINO A 6X NA SEMANA
PEITORAL (3)/TRÍCEPS BRAQUIAL(2)/ADUTORES DO QUADRIL(2)/ S T Q Q S S D
TIBIAL ANTERIOR(2)/RETO DO ABDOMEN(2)
TREINO B A B C - A B C
DORSAIS (3)/ TRÍCEPS BRAQUIAL (2)/ ISQUIOTIBIAIS (3)/ TRÍCEPS
SURAL(2)/ ERETORES DA COLUNA(2)
TREINO C
DELTÓIDE (2)/ TRAPÉZIO (2)/ QUADRICEPS (3)/ GLÚTEOS(2)/
OBLIQUOS DO ABDOMEN(2)

SISTEMATIZAÇÃO POR GRUPOS MUSCULARES


SISTEMAS DE TREINAMENTO

Os Sistemas ou Métodos de Treinamento são a manipulação das variáveis agudas do treinamento


(séries, repetições, intensidade, volume, velocidade de execução, intervalo, carga)

SÉRIES SIMPLES

• Consiste na execução de uma série em cada exercício


• Recomendado para indivíduo iniciante ou destreinado
• Realiza-se entre 8 e 15 repetições em cada exercício

PASSAGENS

Caracterizado por uma passagem por cada exercício. Ao término do último exercício, o aluno
retorna ao primeiro e reinicia.

CIRCUITO CIRCUITO CARDIOVASCULAR


Execução de vários exercícios sem intervalo, ou A mesma coisa do circuito, mas com inserção de
com no máximo 15 segundos de intervalo. exercícios aeróbicos entre exercícios
O número de exercícios é indefinido, dependendo Aumenta o componente metabólico (metabolismo
do objetivo, do grau de conhecimento e da aeróbico).
treinabilidade do praticante. • A frequência cardíaca permanece relativamente alta
Pode-se utilizar mais de uma passagem (a e estável.
nomenclatura será passagens e não séries). • Intervalos são muito curtos.
SISTEMAS DE TREINAMENTO

AGRUPADOS

É a variação do sistema de passagens, com circuitos cuja principal característica é passar por
todos os exercícios e, após o último, haver um intervalo de recuperação antes de reiniciar.
Nesse sistema tem-se a possibilidade de criar grupos de quatro (super-série I e super-série
II), três (tri-set) ou dois exercícios (bi-set)

TRI-SET
BI-SET
Exercícios ficam agrupados de 3 em 3
Exercícios ficam agrupados de 2 em 2
Alternado por segmento: mais fácil, pois retorna
Alternado por segmento: mais dificil, pois retorna
com maior intervalo ao primeiro segmento
rapidamente ao primeiro segmento
Direcionado por grupo muscular: mais dificil são 3
Direcionado por grupo muscular: mais fácil
exercícios seguidos para o mesmo grupamento

SUPER-SÉRIE I SUPER-SÉRIE II
Exercícios ficam agrupados de 2 em 2, sem Exercícios ficam agrupados de 4 em 4, com
intervalo de recuperação intervalo de recuperação antes da próxima
Sendo o foco no primeiro agonista e o seguido passagem
antagonista da mesma articulação Direcionados por grupamento muscular
Tem caráter cardiorrespiratório bem exigente Tem caráter exigente cardiorrespiratório
SISTEMAS DE TREINAMENTO

SÉRIES MÚLTIPLAS

Devem ser realizadas todas as séries para o mesmo exercício antes de passar para o
seguinte. A forma mais convencional é o aluno realizar sempre o mesmo número de séries,
repetições sem alteração – por exemplo, quatro séries com 10 repetições utilizando 80% de
1RM.

PIRAMIDAL

Tem este nome porque possui uma forma triangular, na qual na base tem-se a maior
quantidade de repetições com a menor carga, e no topo, o menor número de repetições mas
com carga elevada

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