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Período/Semestre: 4º semestre
Docente responsável:
Componente: Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s)

CÓLERA – TIC 07

Vibrio cholerae é uma bactéria gram-negativa em forma de vírgula causadora da cólera, uma
doença que tem sido endêmica no Vale do Ganges, na Índia, e em Bangladesh em toda a história.
Desde 1817, sete grandes pandemias espalharam-se pelas rotas de comércio para Europa, Austrália
e Américas, após as quais a cólera retornou ao Vale do Ganges. A cólera também persiste no Golfo
do México, porém apenas causa raros casos de doenças associada ao consumo de frutos do mar.
Isso ocorre pelo fato de que os crustáceos e o plâncton podem constituir reservatórios de Vibrio
cholerae. Ela é principalmente transmitida pela ingestão de água contaminada e pode causar
epidemias em áreas em que desastres como terremotos ou guerra destruíram os sistemas de
esgoto, com consequente contaminação fecal do abastecimento de água potável.
Diarreia grave é causada pela toxina liberada pelas bactérias. Vibrio não é invasivo e
permanece na luz intestinal. As proteínas envolvidas na motilidade e na fixação são necessárias
para a colonização eficiente. A hemaglutinina, uma metaloproteinase, é importante para o
desprendimento e a eliminação das bactérias nas fezes, o que é fundamental para a disseminação.
Os indivíduos expostos ao V. cholerae são, em sua maioria, assintomáticos ou só
desenvolvem diarreia leve. Naqueles com doença grave, ocorre início abrupto de diarreia aquosa e
vômitos após o período de incubação de 1 a 5 dias. As fezes volumosas assemelham-se à água de
arroz e, às vezes, são descritas como tendo odor de peixe. A taxa de diarreia pode alcançar 1 ℓ por
hora, levando a desidratação, hipotensão, cãibras musculares, anúria, choque, perda da consciência
e morte. A mortalidade da cólera grave é de cerca de 50% na ausência de tratamento, porém a
reposição hídrica realizada no momento adequado pode salvar mais de 99% dos pacientes. Com
frequência, a reidratação oral é suficiente, porém infelizmente não é utilizada como deveria. As
terapias promissoras em fase de investigação para tratamento agudo incluem inibidores do CFTR,
que impedem a diarreia ao bloquear a secreção de cloreto. A vacinação dos indivíduos de risco
durante surtos de cólera pode limitar a disseminação da doença e é recomendada pela Organização

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Mundial da Saúde (OMS), aliada a outras estratégias de controle e prevenção. A vacinação
profilática é um objetivo a longo prazo, e alguns dados indicam que essa abordagem proporcionará
uma imunidade de rebanho suficiente para reduzir a incidência da cólera.
Desse modo, torna-se difícil diferenciar os quadros de enterocolites, já que apresentam uma
sintomatologia muito parecida. No entanto, vale ressaltar que a divergência entre a apresentação
clínica da cólera para as outras enterocolites bacterianas seria a perca profunda de líquidos e de
eletrólitos, devido ao grande volume ejetado durante os quadros de diarreia, o que pode
desencadear um quadro de desidratação em um curto intervalo de tempo.

Referências Bibliográficas
KUMAR, V; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das
Doenças. Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9788595159174. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159174/. Acesso em: 28
conjuntos. 2023.

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