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1. Adaptação
▪ Integração Social – Mas como é que a escola operacionaliza a integração /
socialização?
• Formalmente através do
currículo;
4. Formação Cívica.
5. Controlo e Seleção Social - Reis, 2015
▪ Um país onde a escola contribui para aumentar a desigualdade de
oportunidades inicial está associada a um sistema em que:
• A seleção dos alunos entre diferentes programas curriculares é
realizada mais cedo – tracking mais precoce;
• Existe uma menor autonomia das escolas;
• As escolas são mais seletivas no processo de admissão dos seus
alunos;
• Existe uma maior propensão para os alunos repetirem o ano –
retenção escolar.
6. Qualificação / Capacitação Profissional:
o Factores que explicam o ‘gender gap’ no desempenho académico:
▪ desvalorização da autoridade, trabalho e desempenho académico
(Harris et al., 1993; Rudduck et al., 1996) e a formação de conceitos
de masculinidade que estão em conflito direto com o ethos da escola;
▪ diferenças nas atitudes dos alunos em relação ao trabalho, objetivos e
aspirações (Warrington e Younger, 1999; Younger e Warrington,
1996) e factores ligados a um mercado de trabalho em mudança,
desindustrialização e desemprego masculino (Arnot et al., 1998);
▪ maior maturidade e estratégias de aprendizagem mais eficazes por
parte das estudantes do género feminino (Boaler, 1997; Gipps, 1996),
com ênfase na colaboração e comunicação (Askew e Ross, 1988;
Fennema, 1996),Progresso e Desenvolvimento – Efeitos
7. Progresso e desenvolvimento (efeitos)
▪ Education can positively influence economic and social outcomes.
▪ Sousa (2014) conclui que as alterações à legislação sobre a escolaridade
obrigatória foram eficazes no aumento da educação, e por esta via tiveram
um efeito positivo nos salários;
▪ A evidência disponível mostra que, por um lado, embora a taxa de
desemprego entre os diplomados do ensino superior tenha vindo a aumentar,
a incidência média de desemprego entre os diplomados é substancialmente
mais baixa do que a que se regista entre os jovens com um nível de educação
mais baixo (Portela, 2015);
▪ Os indivíduos com maior qualificação são preferidos pelos empregadores
para permanecer na empresa quando esta tem de fazer reduções na força de
trabalho (Oliveira, 2014);
▪ A investigação mostra também que em relação aos trabalhadores que ficaram
desempregados, ou estão à procura do primeiro emprego, uma formação ao
nível do ensino superior aumenta de forma significativa a probabilidade de
encontrar emprego (Oliveira, 2014).
SISTEMA EDUCATIVO DA FINLÂNDIA
1. Formação de Professores:
A formação de professores na Finlândia é um dos pilares do sucesso do sistema
educacional. Os professores são altamente qualificados, passando por um processo de
seleção rigoroso. A formação é baseada em programas acadêmicos sólidos e inclui uma
ênfase significativa na prática em sala de aula.
2. Autonomia dos Professores:
Os professores na Finlândia desfrutam de uma grande autonomia em suas salas de aula.
Eles têm a liberdade de adaptar o currículo às necessidades específicas de seus alunos,
promovendo métodos de ensino inovadores e personalizados.
3. Menos Testes, Mais Avaliação Formativa:
Em contraste com sistemas que se baseiam fortemente em testes padronizados, o sistema
finlandês utiliza uma abordagem mais centrada na avaliação formativa. Os professores
avaliam continuamente o progresso dos alunos por meio de feedback construtivo, em vez
de dependerem exclusivamente de avaliações finais.
4. Ênfase na Educação Pré-Escolar:
A educação pré-escolar é altamente valorizada na Finlândia. Ela é projetada para ser
lúdica, focando no desenvolvimento social e emocional das crianças. O sistema presta
atenção especial à transição suave da pré-escola para o ensino fundamental.
5. Recursos Adequados para Todas as Escolas:
O financiamento da educação na Finlândia é distribuído de maneira equitativa, garantindo
que todas as escolas, independentemente de sua localização ou contexto socioeconômico,
tenham recursos adequados. Isso contribui para a redução das disparidades educacionais.
6. Tempo de Aula e Lições Menos Formais:
O tempo de aula na Finlândia é frequentemente menor do que em muitos outros países.
Além disso, as aulas são frequentemente menos formais, com uma ênfase na participação
ativa dos alunos, discussões e projetos práticos.
7. Aprendizado Baseado em Projetos:
O ensino na Finlândia é frequentemente baseado em projetos, nos quais os alunos aplicam
conceitos aprendidos em situações do mundo real. Isso promove uma compreensão mais
profunda dos tópicos e incentiva a aplicação prática do conhecimento.
8. Suporte à Saúde Mental:
O sistema educacional finlandês está atento à saúde mental dos alunos. A abordagem
inclusiva e de apoio busca garantir que os alunos recebam suporte emocional quando
necessário, reconhecendo a importância do bem-estar no processo de aprendizagem.
9. Envolvimento dos Pais:
Existe uma forte cultura de envolvimento dos pais no sistema educacional finlandês. A
parceria entre escola e família é valorizada, criando um ambiente de apoio ao
desenvolvimento educacional e social das crianças.
10. Ênfase na Igualdade de Gênero:
O sistema educacional finlandês promove a igualdade de gênero, buscando eliminar
estereótipos e garantir oportunidades iguais para meninas e meninos em todas as áreas do
currículo.
A combinação desses elementos cria um ambiente educacional que valoriza a
individualidade, a criatividade e a igualdade, contribuindo para o sucesso geral do sistema
educacional finlandês. Essa abordagem tem sido objeto de estudo e inspiração para outros
sistemas educacionais em todo o mundo.
Métodos pedagógicos
Pestalozzi
Considerado inovador e revolucionário no pós-25 de Abril, o Jardim Infantil Pestalozzi,
em Lisboa, foi fundado em 1955 por Lucinda Atalaya.
Princípios pedagógicos:
• Pedagogia ativa, assente no reconhecimento e no
respeito pela individualidade e expressão livre da
criança;
• Primazia à vivência das crianças, em contacto direto
com o meio ambiente;
• Relação com os pais baseada no diálogo e reflexão
conjunta sobre as questões do desenvolvimento.
• Aprendizagens significativas (tem sentido para a
criança, que promova a autonomia, a importância)
• Escola aberta à vida, que estimula a criatividade,
curiosidade e cooperação.
Montessori
Princípios pedagógicos:
• A criança é protagonista do seu caminho, escolhe os temas que lhe interessam, decide
o tempo que quer dedicar a cada assunto, as vezes que quer repetir cada atividade.
• Aprende e entende como pode enfrentar dificuldades e gerir frustrações.
• Os adultos acompanham as aprendizagens e interferem o mínimo possível, observam,
estão atentos, preparam os ambientes.
• A criança está sempre no centro da sua própria aprendizagem.
1. Ambiente Preparado:
As salas de aula Montessori são cuidadosamente preparadas para promover a
independência e a exploração. Os materiais são dispostos de maneira organizada e
acessível, incentivando os alunos a fazerem escolhas e a se envolverem em atividades
autodirigidas.
2. Material Didático Sensorial:
Os materiais Montessori são projetados para estimular os sentidos e promover a
aprendizagem prática. Cada material tem um propósito educacional específico e é
introduzido à criança quando ela está pronta para absorver determinado conhecimento ou
habilidade.
3. Desenvolvimento Autodirigido:
O método Montessori enfatiza a autodireção na aprendizagem. Os alunos têm liberdade
para escolher atividades dentro de parâmetros estabelecidos pelo educador. Isso promove
a responsabilidade e a autonomia na tomada de decisões.
4. Ciclos de Trabalho Prolongados:
Os alunos Montessori têm períodos de trabalho prolongados, permitindo que se
concentrem em uma tarefa por um período estendido, se assim desejarem. Isso apoia o
desenvolvimento da concentração e da atenção.
5. Avaliação Contínua:
O método Montessori enfatiza a observação contínua dos alunos pelo educador, em vez
de avaliações tradicionais baseadas em testes. O progresso é medido de maneira mais
qualitativa, considerando o desenvolvimento social, emocional e acadêmico.
6. Desenvolvimento Socioemocional:
A abordagem Montessori reconhece a importância do desenvolvimento socioemocional.
Os alunos aprendem a trabalhar em grupo, respeitar os outros, resolver conflitos e
desenvolver habilidades interpessoais essenciais.
7. Currículo Integrado e Global:
O currículo Montessori é integrado e projetado para abranger todas as áreas do
desenvolvimento humano. Inclui linguagem, matemática, ciências, geografia, arte e
música. A interconexão entre as disciplinas é enfatizada.
8. Preparação para a Vida Cotidiana:
Além do currículo acadêmico, o método Montessori valoriza a preparação para a vida
cotidiana. Os alunos aprendem habilidades práticas, como cuidar de si mesmos, preparar
alimentos e manter um ambiente limpo.
9. Respeito pelo Ritmo Individual:
Cada criança é única, e o método Montessori respeita o ritmo individual de aprendizagem.
Os educadores observam as necessidades e interesses de cada criança, adaptando a
instrução conforme necessário.
Método Waldorf
Princípios pedagógicos:
• Integrar de modo holístico o desenvolvimento físico, espiritual,
intelectual e artístico dos alunos;
• Desenvolver indivíduos livres, integrados, socialmente
competentes e moralmente responsáveis;
• Criatividade, responsabilidade, independência.
• A autoconsciência, a flexibilidade cognitiva, o espírito crítico,
a capacidade para preservar a própria identidade.
Forrest schools
MEM
Escola Da Ponte
“A Escola da Ponte, em Santo Tirso, fundada pelo professor José Pacheco, coloca em
prática uma filosofia inclusiva.
A escola parte da premissa de que todos temos que aprender e todos podemos fazê-lo
uns com os outros, à maneira de cada um e garantindo a igualdade de oportunidades
educacionais e de realização pessoal a todos os cidadãos.
Os planos curriculares são, nesta escola, organizados por equipas e por projetos. E as
atividades privilegiam o debate de ideias e a troca de experiências entre alunos,
professores e encarregados de educação.”
“A Escola Básica da Ponte é uma escola com práticas educativas que se afastam do
modelo tradicional. Está organizada segundo uma lógica de projeto e de equipa,
estruturando-se a partir das interações entre os seus membros.
A sua estrutura organizativa, desde o espaço, ao tempo e ao modo de aprender exige uma
maior participação dos alunos tendo como intencionalidade a participação efetiva destes
em conjunto com os orientadores educativos, no planeamento das atividades, na sua
aprendizagem e na avaliação. Não existem salas de aula, no sentido tradicional, mas sim
espaços de trabalho, onde são disponibilizados diversos recursos, como: livros,
dicionários, gramáticas, internet, vídeos… ou seja, várias fontes de conhecimento.
Este projeto, assente em valores como a Solidariedade e a Democraticidade, orienta-se
por vários princípios que levaram à criação de uma grande diversidade de dispositivos
pedagógicos que, no seu conjunto, comportam uma dinâmica de trabalho e promovem
uma autonomia responsável e solidária, exercitando permanentemente o uso da palavra
como instrumento autónomo da cidadania.”
REFERÊNCIAS:
Álvares, J., Amante, L.; & Ramos, D. (1987). Na Escola de ontem, na escola de hoje, que
leituras? Breve análise dos manuais de leitura da I República, do Estado Novo e
do Pós 25 de Abril. Análise Psicológica, 3, V, 441-471.
Portela, M. (2015). Retornos privados e socias da educação em Portugal. In L. C. Nunes
(Org.), A Escola e Desempenho dos Alunos (pp. 105-127). Lisboa: Fundação
Francisco Manuel dos Santos.
Reis, H. (2015). Determinantes da desigualdade no desempenho escolar em países da
OCDE. In L. C. Nunes (Org.), A Escola e Desempenho dos Alunos (pp. 15-70).
Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Sousa, S. (2014). Characterization of the returns to education in Portugal: 1986–2009.
Universidade do Minho: mimeo.
Oliveira, C. (2014). Labour market transitions: a survival analysis using Portuguese data.
Universidade do Minho: mimeo.
Lobrot, M. (1992). Para que serve a escola? Lisboa: Terramar.