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A palavra Direito
A palavra direito não é usada em sentido único, pelo contrário, é
usada comumente em vários sentidos. A noção de direito está
muito ligada à noção de justiça, sendo um e outro conceitos
correlatos ao direito. O direito aparece-nos, via de regra, como
verdadeiro objeto de justiça pelo qual procuramos dar a cada um
o que lhe pertence. O conceito de justiça é mais acessível que o
de direito, embora ambos estejam entranhados na consciência
humana. Visa o direito, em síntese, assegurar a coexistência
pacífica da sociedade, por essa razão é o fundamento da ordem
social.
A palavra direito deriva do latim popular directum que significa
dirigir, endireitar, fazer andar em linha reta, etc. No latim clássico,
essa idéia entretanto, é expressa pelo vocábulo IVS-IUS-JUS,
palavra técnica, utilizado pelos jurisconsultos romanos para
exprimir o lícito ou permitido pelas leis.
Terminologia Jurídica
A terminologia jurídica é um grande desafio para quem estuda o
direito, principalmente saber o que as palavras significam. A
ciência do direito dispõe de instrumentos próprios de significação
harmônica, e outros tomados de empréstimo à linguagem comum
que passam a ter uma acepção nova de natureza jurídica. A
linguagem é a base do raciocínio jurídico, e esta para o jurista
assim como o desenho para o arquiteto.
- OCUPAÇÃO - é o meio de adquirir a propriedade.
- PRESCRIÇÃO - perda do direito de ação
- DECADÊNCIA - perda do direito
- COMPETÊNCIA - poder legal do agente público em praticar
determinado ato
- CONFUSÃO - extingue-se as obrigações desde que na mesmo
pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor
- ENFITEUSE - é quando o proprietário atribui a outrem o domínio
útil do imóvel, mediante pensão ou foro anual, certa e invariável.
- HIPOTECA - é a coisa entregue pelo devedor por exigência do
credor para a garantia do compromisso assumido - imóvel
- PENHOR - idem à hipoteca, porém bem móvel
- PENHORA - ato judicial pelo qual se apreende bens do devedor
- FIDEICOMISSO - estipulação de última vontade
- USU CAPIÃO - é o modo originário de adquirir a propriedade pelo
uso ou pela prescrição, independe da vontade do titular anterior, é
a aquisição do domínio pela posse contínua.
Espécies:
1- USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO - (VINTENÁRIO) - é aquele
que por vinte anos sem interrupção, nem oposição possuir como
seu um imóvel, adquir-se-á o domínio independente de título e boa-
fé.
2- ORDINÁRIO - são dez anos entre presentes e 15 anos entre
ausentes, possuir como seu contínua e incontestadamente com
justo título e boa-fé.
3- ESPECIAL OU PRO LABORE - são 5 anos ininterruptamente e
sem oposição - área urbana - até 250 m2 - utilizado para moradia
de sua família e área rural até 50 hectares tornando-a produtiva. O
usucapiente não pode ser proprietário de outro imóvel.
USUCAPIÃO DE COISAS MÓVEIS - 5 anos e 3 anos com justo
título e boa-fé.
Lei Positiva
DIREITO POSITIVO
Jurisdição
O poder público organizado juridicamente chamou assim a função
de reconhecer e tutelar os direitos, fossem quais fossem de
resolver todas as controvérsias fazendo justiça pela aplicação da
norma jurídica adequada ao caso concreto. No sentido genérico
jurisdição é o poder do estado de fazer justiça, isto é, de dizer o
direito, em linguagem técnica, costuma-se definir a jurisdição como
sendo uma função do estado exercida através do juiz dentro de um
processo para solucionar um litígio entre as partes (conflito de
interesses). As pessoas não podem por si só decidir quem tem
razão ou fazer justiça com as próprias mãos. O estado nas
questões de direito controvertidas substituem as atividades dos
litigantes e no lugar deles passa a dizer o direito, daí a afirmação
da doutrina que a substitutividade é uma das características da
jurisdição.
a) Características da jurisdição:
• Substitutividade;
• Qualidade de realizar o direito;
• Inércia - tem que ser provocado;
• Presença de lide (conflito de interesse);
• Produção de coisa julgada.
b) Princípios da jurisdição:
• Investidura - legalmente investido na função de julgado;
• Indelegabilidade - juiz tem que exercer sua função pessoalmente
- é intransferível;
• Aderência - o juiz não pode exercer a jurisdição fora do deu
território.
c) Quanto à matéria:
• Penal - é exercida na aplicação do poder de punir. Como coação
contra delitos;
• Civil - ela trata sobre as lides de natureza não penal, excetuadas
as jurisdições trabalhistas e eleitorais que constituem jurisdição
especial.
e) Quanto ao objeto:
• Contenciosa - pressupõe o litígio, isto é, sua característica principal
é o contraditório ou a sua possibilidade - conflito de interesses;
• Voluntária - (graciosa ou administrativa) - refere-se a certos
negócios ou atos jurídicos que devem ser submetidos ao controle
do juiz.
DIREITO CONSTITUICIONAL
Tem por objetivo a estrutura do estado, estabelecendo os direito
fundamentais da pessoa humana.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Estabelece os preceitos relativos à administração da coisa pública
(regula a constituição e o funcionamento da administração
pública).
DIREITO PENAL
Define as condutas criminosas visando preveni-las e repeli-las
(tipifica define e comina sanções aos ilícitos penais).
DIREITO FINANCEIRO
Cuida da organização das finanças do estado.
DIREITO PROCESSUAL
Tratam da distribuição da justiça, regulam o processamento das
ações perante poder judiciário (são os meios e os modos para o
exercício do direito material).
DIREITO TRABALHISTA
Objetiva reger as relações de trabalho subordinado.
DIREITO CIVIL
Regula os direitos e obrigações de ordem privada, concernente às
pessoas, os bens e as suas relações.
DIREITO COMERCIAL
São normas que disciplinam sob os mais variados aspectos a
atividade mercantil.
DIREITO DO TRABALHO
Parte Pública - trata da organização e do processo - é estrutural.
Parte Privada - cuida da relação de emprego e suas repercussões
- é relacional.
DIREITO AERONÁUTICO
É um ramo do direito social que estuda os princípios e normas que
regem a navegação aérea.
Parte Pública - vamos encontrar a matrícula aeronáutica e tráfego
aéreo.
Parte Privada - direitos e deveres dos tripulantes -
responsabilidade civil nos acidentes de navegação aérea.
DIREITO ATÔMICO
Parte Pública - cuida do uso e exploração de energia atômica pelos
estados.
Parte Privada - é o uso e exploração de energia atômica pelos
particulares ou em conjunto com os estados.
A quadrimensionalidade do direito
1a DIMENSÃO
DIREITO CONSTITUCIONAL
Regula a estrutura fundamental do estado determinado as funções
de seus órgãos.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Regula a constituição e a administração da coisa pública.
DIREITO PENAL
Tipifica define e comina sanções aos ilícitos penais.
DIREITO PROCESSUAL
Regula o exercício de ação, organização e funcionamento dos
órgãos judiciais.
DIREITO FINANCEIRO
Regula as finanças públicas mediante a discriminação das receitas
e das despesas.
DIREITO CANÔNICO
Regula a vida de uma comunidade religiosa.
DIREITO ELEITORAL
Regula os aspectos pertinentes ao sufrágio.
DIREITO POLÍTICO
Regula os direitos e deveres do estado do âmbito interno.
2a DIMENSÃO
DIREITO CIVIL
Disciplina as atividades dos particulares entre si.
DIREITO COMERCIAL
Disciplina as atividades das pessoas comerciantes.
DIREITO INDUSTRIAL
Regula a propriedade industrial, concessão de privilégios e
registros.
3a DIMENSÃO
DIREITO TRABALHO
Parte Pública - é a organização
Parte Privada - relação de emprego
DIREITO MINAS
Regula os recursos naturais, sua industrialização e produção
DIREITO MARÍTIMO
Regula a navegação de capotagem , a industria e o comércio
marítimo.
DIREITO AERONÁUTICO
Parte Pública - matricula de aeronaves,
Parte Privada - direitos e deveres dos tripulantes.
DIREITO AGRÁRIO
Parte Pública - estatuto da terra;
Parte Privada - estatuto do trabalhador rural.
4a DIMENSÃO
FAMÍLIA
2- PROPRIEDADE
3- ESTADO
CLASSIFICAÇÃO
COSTUMES
Esta noção é muito antiga. Modernamente tem uma grande
relevância o direito Inglês. Possui 02 fontes: o chamado COMMON
LAW e o STATUTE LAW.
COMMON LAW - direito costumeiro - é uma coletânea das
decisões judiciais.
STATUTE LAW - direito legislado.
Doutrina
Jurisprudência
Equidade
LEIS
• Constituição federal e suas emendas;
• Leis complementares à constituição federal;
• Leis federais - ordinárias, delegadas, medidas provisórias e
decretos legislativos;
• Constituição estadual e suas emendas;
• Leis complementares à constituição estadual;
• Leis estaduais - leis ordinárias e decretos legislativos;
• Lei orgânica dos municípios;
• Leis municipais.
• Decretos;
• Regulamentos;
• Regimentos;
• Resoluções administrativas;
• Deliberações;
• Atos;
• Instruções;
• Circulares;
• Portarias, ordens de serviço, contratos em geral, analogia, PGD,
doutrina, jurisprudência e demais fontes do direito.
DEVER JURÍDICO
II- CLASSIFICAÇÃO
A) QUANTO À ORIGEM
1- AUTÊNTICA OU LEGISLATIVA
É quando uma lei interpreta outra lei, de sentido obscuro, duvidoso
ou controvertido, isto é, obra do próprio legislador.
2- DOUTRINÁRIA
A interpretação doutrinária é aquela realizada cientificamente
pelos doutrinadores, pelos juristas, pelos professores de direito e
autores da ciência jurídica. Ex.: livros de direito.
3- JUDICIAL OU JURISPRUDENCIAL
É aquela resultante das decisões prolatadas pela justiça, ex.:
súmula. A responsabilidade contratual do transportador pelo
acidente com o passageiro não é ilidida por culpa de terceiro,
contra o qual tenha ação regressiva.
4- ADMINISTRATIVA
É aquela cuja fonte elaboradora é a própria administração pública,
através de seus órgãos, mediante pareceres, portarias,
despachos, decisões, etc.
B) QUANTO AO MÉTODO
1- LITERAL OU GRAMATICAL
É aquela voltada à investigação das palavras da lei, isto é, além da
letra da lei. Apura-se o sentido da lei partindo do exame gramatical
dos vocábulos que a constitui.
2- LÓGICO OU RACIONAL
Consiste na aplicação da lógica formal e da razão aos dispositivos
da lei que se deseja interpretar. Atende ao espírito da lei - é um
processo lógico, analítico; razão da lei - lógico jurídico.
3- SISTEMÁTICO OU ORGÂNICO
Interpreta a lei considerando-a como parte integrante de um todo
(sistema jurídico). Nenhum dispositivo se interpreta isoladamente,
sempre relacionado com os demais.
4- HISTÓRICO
Busca-se nos precedentes legislativos o verdadeiro sentido da lei
a ser interpretada. As novas leis resultam de aperfeiçoamento de
leis anteriores.
5- SOCIOLÓGICO
Dá a lei um sentido de atualidade. Deve-se em grande parte ao
surgimento da sociologia jurídica e compensa as distorções que os
outros métodos normalmente conduzem.
6- TELEOLÓGICO
Procura-se fazer uma interligação entre a lei, a causa e sua
finalidade. Na verdade é a reunião dos demais métodos, buscando
alcançar a finalística da lei.
1- CONCEITO
O Direito Processual do Trabalho tem como finalidade solucionar
os conflitos individuais e coletivos entre empregados e
empregadores e o seu objetivo é regular a organização e o
funcionamento da justiça do trabalho. Nos conflitos individuais - o
empregado é que reclama contra o empregador e no dissídio
coletivo - é quando a organização sindical reclama. O Direito
Processual do Trabalho faz toda a organização da Justiça do
Trabalho.
3- PECULIARIDADES DA JT
Partes: reclamante e reclamado;
Prazo dos recursos - são mais unificados possíveis => 08 dias
corridos, a contar do dia seguinte;
na J. Trabalho - temos a notificação e na J. Civil - temos a
intimação;
perda de prazo - precrusão do direito; na J. Trabalho não há
protocolo integrado;
impulso processual - quando alguém vai reivindicar seu direito na
J. Trabalho, é a provocação do Poder Judiciário através da figura
do juiz, é a iniciativa das partes de propor o recurso;
decisões interlocutórias - na J. Trabalho são irrecorríveis. A parte
prejudicada só poderá recorrer após a sentença.
1- NOÇÕES HISTÓRICAS
Se instalou no Brasil como organismo autônomo em 02/05/39
através do decreto 1237. Mas não estava incluída entre os órgãos
do Poder Judiciário, o que só acabou ocorrendo com a
Constituição de 1946.
3- JUNTAS DE CONCILIAÇÃO
São órgãos trabalhistas de 1º grau de composição paritária. Nela
funciona 03 juízes: 01 togado (concursado) e 02 classistas. É
denominada paritária porque um dos juizes classistas vai
representar o empregado e o outro o empregador. A finalidade do
juiz classista seria ajudar na conciliação das partes.
4- JUIZES DE DIREITO
Funcionam nas comarcas onde não há juntas de conciliação.
Nessas comarcas, exercem uma função unitária e não paritária
(não colegiada).
b) Audiências
1- Representação - menor de 18 anos litiga em nome alheio (pai p/
filho) . O pai faz a representação do menor de 18 anos e litiga em
nome do filho.
2- Preposto - é aquele que vai representar o empregador no tribunal.
Deve ser obrigatoriamente um empregado da firma. Qualquer
omissão por parte do preposto sobre um fato vai significar perante
o julgamento uma confissão do referido fato. Gerente ou qualquer
outro que tenha conhecimento dos fatos.
3- Substituição - litiga em nome próprio. O substituto impessoal litiga
em nome próprio (para > de 18 anos). Só nos casos previstos é
que ocorre a substituição, por ex.: sindicato - na condição de
substituto processual está litigando em nome próprio e falando em
nome do substituído. O sindicato, com a concordância ou não do
substituído, representará este último. Periculosidade - inflamáveis,
eletricidade etc. Há um adicional de 30% sobre o salário.
Insalubridade - ambientes c/ excesso de fluidos, falta de luz,
poeira, agentes químicos corrosivos etc. Os graus podem ser
mínimo (10%) e máximo (20%). A porcentagem será sobre o
salário mínimo. Só a perícia técnica pode dizer se há ou não
periculosidade ou insalubridade no ambiente.
1- AÇÃO
É necessário ter uma pretensão jurídica e essa pretensão jurídica
tem que atender formalidades legais.
Ação é um Direito Público Processual dirigido à criação de uma
relação jurídica para se obter uma sentença favorável. Nem
sempre a sentença será favorável mas este é o objetivo
pretendido. A relação jurídica se estabelece entre o autor e o réu
para se obter do Estado Juiz uma relação favorável.
4- INQUÉRITO JUDICIAL
5- RESPOSTA
6- SENTENÇA
Sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo. As
sentenças são oriundas dos tribunais de 1ª instância e proferidas
pelos juizes singulares, não colegiados. Requisitos de uma
sentença: a sentença deve ser prolatada dentro de certos critérios
processuais. Temos:
1) Relatório - este é um resumo do processo;
2) Fundamentação - onde se tem a análise dos fatos e do direito
aplicado
3) Conclusão - na conclusão, a decisão do juiz deve estar sempre
dentro dos limites da lide.
3- CONCEITO DE COMÉRCIO
6- EMPRESÁRIO
7- NOME
8- TÍTULOS DE CRÉDITO
ENDOSSO
É a forma de transmissão do título de crédito, isto é, o proprietário
faz o endosso, lançando sua assinatura no verso do título.
AVAL
O avalista se obriga pelo avalizado, assim como o fiador pelo
afiançado.
Fiança - a responsabilidade é subsidiária - garantia do contrato.
Aval - responsabilidade solidária - garantia de título de crédito.
TIPOS DE ENDOSSO
ENDOSSO EM PRETO
É aquele completo, isto é, indica o nome da pessoa a quem é
endossado o título. Ex.: paga-se ao fulano...
ENDOSSO EM BRANCO
É o que não contém para nome da pessoa em favor da qual é feita.
Consiste na simples assinatura do endossante.
ENDOSSO PIGMORÁTICO
É o que sujeita o endossante ao pagamento de outra obrigação,
dando ao endossatário o direito de retenção até que se efetue
aquele pagamento. É o mesmo que endosso em garantia/penhor.
ENDOSSO PÓSTUMO
É o que se faz depois de vencido o título, valendo apenas como
cessão regulado pelo direito.
LETRA DE CÂMBIO - LC - é uma ordem de pagamento, sacada
por um credor, em favor de terceiro, ou do sacador.
SACADOR - é o que emite a LC;
SACADO - devedor;
ACEITANTE - sacado que aceita LC;
TOMADOR - é o beneficiário da ordem que pode ser o terceiro ou
o sacador.
NOTA PROMISSÓRIA - NP - é uma promessa de pagamento
emitida pelo devedor.
CHEQUE - CH - é uma ordem de pagamento à vista, sacado por
uma pessoa contra o banco.
DUPLICATA - DP - após extraída a fatura pode o vendedor sacar
duplicata correspondente para circular como título de crédito.
FALÊNCIA
CONCORDATA
6- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
É um princípio básico de direito penal, isto é, não há crime, nem
penal, sem lei anterior que o defina e o estabeleça.
“Nullum crimem, nulla poena, sine previa lege”.
A lei deve definir exatamente e de modo bem delimitado a conduta
proibida. É proibido o uso da analogia para imposição de pena.
Analogia no direito penal é permitida “im bonam partem”, isto é, só
quando for beneficiar o réu.
2- IRRETROATIVIDADE DA LEI
A lei penal não se aplica à fatos anteriores à sua vigência, sendo
portanto irretroativa. Contudo ela poderá retroagir se for benéfica
para o réu.
Se a lei posterior beneficiar o réu aplica-se de imediato, ainda que
tais fatos sejam objeto de sentença condenatória transitada em
julgado.
3- ULTRATIVIDADE DA LEI TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL
Algumas leis são editadas para vigorar até certa data - são
chamadas temporárias. Outras, enquanto durarem certas
circunstâncias, são as excepcionais.
Tais leis são chamadas ultraativas, pois ainda que auto revogadas
continua a ser aplicadas para os fatos ocorridos durante o período
de sua vigência.
6- IMUNIDADE DIPLOMÁTICA
O diplomata está sempre sujeito ao país de sua origem. O agente
diplomático goza de imunidade de jurisdição criminal. Ela é
absoluta, aplicando-se a qualquer tipo de delito.
7- IMUNIDADE PARLAMENTAR
Pode ser:
• MATERIAL (absoluta) - quando se trata de delitos, opinião,
palavras e votos.
• FORMAL (relativa) - para os demais delitos. Para serem
processados criminalmente, precisam da licença da casa em que
fazem parte.
Essa sistemática se aplica tanto na órbita estadual e federal.
Com relação aos vereadores, têm imunidade no exercício do
mandato. São invioláveis por suas opiniões, palavras e votos,
dentro da circunscrição de seu município.
8- CONTAGEM DO PRAZO
No direito penal o dia do começo se computa no início do prazo.
Contam-se os dias, os meses, os anos pelo calendário comum.
No processo penal ;e o contrário, não se inclui o dia do começo,
mas inclui-se o dia do vencimento
O FATO TÍPICO
1- CONCEITO DE CRIME
Crime é “um fato típico e anti jurídico”.
FATO TÍPICO - corresponde à descrição do crime (art. 121 CP -
matar alguém).
ANTI JURÍDICO - além de típico, não tem nenhuma justificativa.
Justificativa: - legítima defesa;
- estado de necessidade;
- exercício regular do direito;
- estrito cumprimento do dever legal.
TEORIA TRADICIONAL - dolo e culpa - culpabilidade (crime é um
fato típico, anti jurídico e culpado).
TEORIA FINALISTA DA AÇÃO - dolo e culpa - ação - tipo (crime é
um fato típico e anti jurídico).
2- FATO TÍPICO
Se compõe de vários elementos:
1- TIPICIDADE - é a descrição do fato criminoso, feito pela lei -
comsiste no ajuste perfeito do fato com o tipo.
2- CONDUTA - ou ação - é o comportamento humano avaliado
pelo direito.
3- RESULATDO.
4- RELAÇÃO DE CAUSALIDADE.
3- DOLO
Consiste no propósito de praticar o fato descrito na lei penal.
Crimes dolosos - são chamados crimes intensionais - é doloso
quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco que produziu.
ESPÉCIES:
1- DIRETO - é aquele em que o agente quer o resultado.
2- ESPECÍFICO - existe o elemento subjetivo do tipo. Sempre é
referente a um fim especial buscado pelo agente.
3- DANO - é quando o agente quer ou assume o risco de produzir
danos efetivos.
4- PERIGO - é o voltado apenas para a criação de um perigo,
constitui o resultado previsto em lei.
4- CULPA
Consiste na prática não intencional do fato delituoso, faltando
porém ao agente um dever de atenção e cuidado. Modalidades de
culpa:
1- NEGLIGÊNCIA - falta de atenção devida;
2- IMPRUDÊNCIA - é a criação desnecessária de um perigo;
3- IMPERÍCIA - é a falta de habilidade técnica para certas
atividades.
Toda a essência da culpa está prevista na previsibilidade. Se o
agente não pudesse prever as consequências de sua ação.
ESPÉCIES:
1- CULPA INCONSCIENTE - é a culpa comum, é um fato
previsível, mas não previsto pelo agente.
2- CULPA CONSCIENTE - forma excepcional de culpa, o agente
prevê o resultado, mas acredita que não acontecerá nada, confia
demais nas suas habilidades.
3- CULPA IMPRÓPRIA - o agente deseja o resultado que acaba
ocorrendo de modo diverso por engano ou por precipitação.
5- PRETER DOLO
É quando o resultado por culpa do agente vai além da intenção
inicial. Existe dolo na intenção inicial e culpa previsível, mas não
prevista.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
COSSIO, Carlos.
O Problema da Coordenação das Normas Jurídicas com Especial R
eferência ao Problema da Causa no Direito. Lisboa, Separata do nº
12 do "Boletim do Ministério da Justiça", 1949.
DÍEZ-PICAZO, Luis.
Experiencias Juridicas y Teoria del Derecho. Barcelona, Ariel, 1987.
FERRARA, Francesco.
Interpretação e Aplicação das Leis. Trad.Manuel A. Domingues. 3º
edição. Colecção Stvdivm. Coimbra, Arménio Amado-Editor, 1978.
FRANÇA, R. LIMONGI.
Formas e Aplicação do Direito Positivo. São Paulo, Editora Revista
dos Tribunais, 1969.
LUMIA, Giuseppe.
Principios de Teoria e Ideologia del Derecho. Trad.Alfonso Ruiz
Miguel. Madrid, Editorial Debate, 1979.
RIO, Manuel. "Las especies del saber jurídico". In: Curso Colectivo
de Filosofia del Derecho. Buenos Aires, Instituto de Estudios de
Filosofia del Derecho de La Faculdad de Derecho y Ciencias Sociales,
1943.
SPOTA, Alberto G.
O Juiz, O Advogado e a Formação do Direito Através da Jurisprud
ência. Trad. Jorge Trindade. Porto Alegre, Fabris, 1985.
VILANOVA, Lorival.
As Estruturas Lógicas e o Sistema do Direito Positivo. São Paulo,
Editora Revista dos Tribunais, EDUC, 1977.