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SAÚDE DA MULHER

MARISA FERREIRA DE FREITAS

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL


CÁLCULO DE DATA, NOMENCLATURA OBSTÉTRICA
MANOBRAS ESPECÍFICAS NO EXAME OBSTÉTRICO
NOÇÕES DE MECANISMO DE PARTO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL


*Preventiva
*objetivos
 mensais (ATÉ 28 sem)
 qinzenais (28 a 36 sem),
 semanais (após a 37 sem).
Pelo OMS mínimo de 6 consultas, sendo: méd ou enf. = antes de 20 sem
20 sem=enf.
Entre 22 e 24 sem=méd.
27 e 29 sem=enf.
33 e 35 sem=méd.
38 e 40 sem=enf.
1 Trimestre até 13 sem
2 Trimestre até 26 sem
3 Trimestre após 27 sem

PRÉ CONSULTA: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS,SSVV...


CONSULTA: IDENTIFICAÇÃO,ANAMNESE (motivo,antecedentes, doenças...) antecedetes
Ginecológicos: ciclo, duração,vol, cirurgias,dst.

Nº de gestações=gesta (G) paridade=para(P) aborto(A),sendo provocado e espontâneo

Gesta__,para__(normal__,cesariana__,fórceps__) aborto__(espont__provocado__)

G__P__(N__C__F__) A__(E__P__)

EXEMPLO:
*UMA MULHER GRAVIDA HOJE PELA DÉCIMA VEZ, SENDO 2 ABORTOS PROVOCAD0S, 5
NORMAIS,1 CESARIANA, 1 FORCEPS.
G 10 P 7 (N 5 C 1 F 1 ) A 2 (E 0 P 2 )

*UMA mulher ficou grávida 3 vezes ,sendo todos parto vaginal.


G 3 P 3 (N 3 C 0 F 0 ) A 0 (P 0 E 0)
G 3 P 3(N 3) A 0

*UMA MULHER FICOU GRÁVIDA E TEVE UM PARTO CESARIANA (1 Filhos)


G 1 P 1 (N 0 C1) AO

Casos interessantes/especiais:
Gemelares:
*UMA MULHER FICOU GRÁVIDA E TEVE UM PARTO CESARIANA (gemelar)
G 1 P 1 (N0 C1) AO gemelar

*Uma mulher ficou grávida e teve PARTO vaginal de gêmeos


G 1 P 2 (N 2 C 0 ) A 0 gemelar
pois passou 2 fetos pelo canal vaginal

*Uma mulher está na 2ª gestação (está grávida), a primeira gestação foi gemelar e parto
cesariana
G 2 P1 (C1) A0 gemelar

*Uma mulher está na 2ª gestação (está grávida), a primeira gestação foi gemelar e parto
vaginal
G 2 P2 (N2) A0 gemelar

*Uma mulher ficou grávida e teve um parto vaginal e outro cesariana (gemelar)
G1 P2 (N1 C1) A0 gemelar

*Uma mulher está grávida e teve um parto vaginal e outro cesariana (gemelar)
G2 P2 (N1 C1) A0 gemelar

EXAME ESPECÍFICO OBSTÉTRICO:


1- MENSURAÇÃO: MEDIDAS/ sínfise pubiana até o fundo de útero=AU( altura uterina)
circunferência abdominal=CA- umbigo

2- PALPAÇÃO: MANOBRA DE LEOPOLD


a) fundo de útero
b) laterais ( dorso do feto)
c) polegar e indicador- confirmar a posição do feto
d) ambas as mãos na região inferior do abdômen
3- AUSCULTA: ( PINAR/ SONAR): BCF FETO a termo (110 a 160) abaixo de 110 bradicardia
acima de 160 bpm taquicardia===sofrimento fetal
4- TOQUE: avaliar;
*amplitude e elasticidade das partes moles
*dilatação,apagamento e posição do colo
*integridade das membranas
*hemorragias e líquidos
*apresentação,variedade,posição e altura
*proporção feto pélvica

OBS: identificar sutura sagital e sua direção e diagnosticar a variedade e posição


APRESENTAÇÃO: Como o feto se apresenta dentro do útero:cefálico,transverso ou acrômial.
ATITUDE: Corpo fletido sobre si mesmo.
SITUAÇÃO: posição do feto: longitudinal, transverso, pélvico
VARIEDADE : PONTOS DE REFERENCIAS que caracterizam a apresentação fetal:
Occipício, bregma,naso, mento, sacro

ALTURA: PLANO de DE LEE:


tem-se como referência as espinhas isquiáticas, na qual valoriza a altura da apresentação no canal de parto, sendo
que ao nível das espinhas isquiáticas,designa plano zero ( 0 ) ,
Sendo acima –5,-4,-3,-2,-1,espinhas isquiáticas ( 0 ) ,+1,+2, +3, +4, +5,sendo que cada centímetro corresponde a
este.

Exames laboratoriais:

1º trimestre:
Hemograma;
Grupo sanguíneo;
Fator Rh;
Coombs indireto;
Teste rápido para sífilis (1ª escolha) ou VDRL (2ª escolha)
Glicemia jejum
Urina-rotina
Urocultura c/ antibiograma;
Teste rápido para HIV (1ª escolha) ou Anti-HIV (2ª escolha);
Toxoplasmose IgM e IgG
Colpocitologia oncótica;
Hepatite B (HBs Ag);
Hb,
Proteinúria
Rubéola
Citomegalovírus
Chagas

2º trimestre:
Toxoplasmose IgM e IgG
Glicemia jejum
Teste de tolerância à glicose (1h e 2h após 75g de dextrosol);
Teste rápido para sífilis ou VDRL

3º trimestre:
Hemograma;
Teste rápido para sífilis ou VDRL;
Teste rápido para HIV ou Anti-HIV;
Urina-rotina
Toxoplasmose IgM e IgG
Pesquisa Streptococcus B,

IgG= infecção antiga


IgM= infecção aguda

ULTRSSON (US)
Situação ideal: US entre 11 e 13 semanas para datação e Translucência nucal
e entre 18 e 22 semanas de gestação para avaliação de morfologia fetal
o Situação mínima: US entre 18 e 22 semanas para datação e avaliação de
morfologia fetal (liq. Amniótico e placenta)

tipagem sanguínea e fator RH

mulher RH- parceiro fator Rh + ou desconhecido


mulher com Coombs indireto negativo = repetir de 4 em 4 meses
mulher com Coombs indireto positivo = pré-natal de alto risco

IDADE GESTACIONAL= IG
DATA DA ULTIMA MENSTRUAÇÃO=DUM
DATA PROVÁVEL DO PARTO=DPP

AVALIAR RISCOS E INSENTIVAR PROGRAMAS, VACINAS


DIETA, EXERCÍCIOS,HIGIENE, MAMA,FATORES DE RISCO NA GESTAÇÃO,

Vacinas em gestantes:

• SE a gestante apresentou o cartão com 3 doses de vacina de dupla adulto ( dT= difteria e
tétano), deverá ser administrado 1 dose de dTpa (Diteria, Tétano e pertussus/coqueluche
Acelular) = mesmo antes de 5 anos da última dose.
• A vacina de dTpa deverá ser administrada 1 dose a partir da 20ª semana até a 36 semana de
gestação para todas as gestantes.
• Registrar na caderneta da gestante e cartão de vacina
• Condutas
SITUAÇÃO CONDUTA
3 DOSES DE dT 1 reforço de dTpa a cada gestação
2 DOSES DE dT a 3ª dose com dTpa
1 DOSE DE dT 1 dose de dT e 1 dose de dTpa
0 DOSE DE dT 2 dose de dT e 1 dose de dTpa
Atenção: observar a semana de gestação

SE a gestante tem menos de 20 semanas de gestação e não apresentou o cartão de vacina para
dupla adulto, agenda 3 doses de 2 em 2 meses ( 60 dias em 60 dias), sendo que uma delas deverá ter
a dTpa
SE a gestante tem mais de 20 semanas de gestação e não apresentou o cartão de vacina para dupla
adulto, agenda-se 3 doses de 30 em 30 dias, sendo que uma delas deverá ter a dTpa
• gestantes podem tomar a vacina de febre-amarela em casos de epidemias a partir de 28 semanas,
no aleitamento materno a puérpera não pode ser vacinada, se vacinada 15 dias após a vacina
poderá amamentar
• gestantes podem tomar a vacina de hepatite-B (3 doses) = dia 0 (primeira dose), a segunda dose
30 dias após a primeira e a terceira dose 180 dias após a primeira dose
• gestantes podem tomar a vacina de antirrábica, caso tenha sido agredida por um animal (cão,
gato, vaca, morcego, cavalo, porco...)
• Vacina de influenza em todas as grávidas, independentemente a semana de gestação (sempre no
início de outono)

PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL


SIS – PRÉ NATAL (sistema de informação sobre o pré-natal) – Verba vem do Programa de
Saúde em casa
Para o município:
*Cadastrar toda gestantes antes de 120 dias = 17 semanas
*1 cadastro + 5 consultas→da mesma gestante
*1 consulta de puerpério→ para encerrar o SIS-PRÉNATAL
Para Maternidade:
A mulher deverá ser cadastrada no pré natal
Ácido fólico de início pré-concepcional até a 14ª semana de gravidez para redução
de risco de defeito de tubo neural fetal
Ácido fólico para prevenção de anemia materna até o final da gestação
Sulfato ferroso profilático: a partir do 20 semanas/ 5º mês até o final da gestação
Sulfato ferroso terapêutico nos casos de anemia materna em qualquer época da
gestação

CALCULO DE DATAS:

CURIOSIDADE =280 dias, ou 6.720 horas, ou 403.200 minutos, ou 24.192.000 segundos.


10 meses lunares, ou 40 semanas.
CIENTIFICAMENTE SÃO POR 40 SEMANAS OU 280 DIAS
DUM= O DIA QUE DESCEU A MENSTRUAÇÃO
IG= é contada desde a DUM até o dia da consulta, ou o parto, somando os dias e dividindo por sete ( 7 ):

exemplos: a DUM: 07/08/2007 AGO=24 dias, SET=30, OUT=31 NOV=30


CONSULTA:04/02/08 DEZ=31, JAN=31 FEV=4
TOTAL DE DIAS= 24+30+31+30+31+31+4=181DIAS

IG: 181 DIVIDIDO POR 7=25 SEM 6 dias NO DIA 04/02/08

DPP:07/08/2007 + 7 DIAS( Regra de Naegele) – 3 meses( Regra de Naegele)=14 /05/08


14/08/07 - 3 MESES= 14/05/08(DPP)

*DPP= data provável do parto→ é o DUM+ 7 dias= data – 3 meses ( Regra de Naegele)

07/08/2007
+ 7 dias .
14/08/2007
- 3 meses
14/05/2007
+ mudança de ano
14/05/2008 → 40 semanas
___________________________________________________________________________
A DUM: 28/11/07 NOV=2 dias, DEZ=31, JAN=31, FEV=28
CONSULTA:28/02/08 TOTAL DE DIAS= 2+31+31+28=92 dias

IG: 92 : 7 = 13 SEM 1 DIAS

DPP: 28/11/07+ 7 DIAS -3 MESES= 05/DEZ/07-3 MESES=05/09/2008

28/11/2007
+ 7 dias .
05/12/2007
- 3 meses
05/09/2007
+ mudança de ano
05/09/2008 → 40 semanas

A gestante não sabe a DUM, no entanto podemos saber quantas semanas que ela está fazendo
através da mensuração ou através do US:
Caso não tenha disposição de US se faz por mensuração ou em datas estimativas como 5 para o
início do mês; 15 meio do mês e 25 final do mês

US(ultrasson): data=25/10/07 com 20 semanas hoje é 07/02/2008


IG= out=06 + nov=30 + dez=31 + jan=31 + fev=7 == 105 dias dividido por 7 = 15s

No entanto= 20 sem (US)+ 15s = 35sem no dia 07/02/2008

DPP=TEM QUE TER 40 SEMANAS, no entanto:


40 sem – 35 sem= 5 sem ( faltam 5 sem)......

fev:8,9,10,11,12,13,14= 36sem
fev:15,16,17,18,19,20,21=37sem
fev=22,23,24,25,24,25,27=38sem
fev=28, mar= 1,2,3,4,5,6= 39 sem
mar= 7,8,9,10,11,12,13= 40 sem

40 sem no entanto a DPP SERÁ NO DIA 13/03/2008

- PELA MENSURAÇÃO:
é feito através da medida da sinfise pubiana até o fundo de útero
8 a 12cm=13sem
9 a14cm=14sem
15 a 21 cm= 20 sem
20 a 25 cm= 25 sem
25 a 30 cm=32 sem
30 a 34 cm= 38 sem
31 a 35 cm=40 sem (aclaramento)

- GESTOGRAMA (GRÁFICO DA GESTAÇÃO)

NOMENCLATURA OBSTÉTRICA
Ponto de referência: occipício, bregma, nariz,mento,sacro
As relações útero fetais usam-se as letras maiúsculas para apresentação,posição, e variedade
1ª LETRA: corresponde a apresentação indicando o ponto de referência fetal
ex: occipto,mento, acrômio,sacro
2ª ou 3ª LETRA: a posição direita ou esquerda da gestante
2ª ou 3ª LETRA: variedade= anterior, posterior,transverso

OPD ou ODP= OCCIPTO POSTERIOR DIREITO


MAD ou MDA=MENTO ANTERIOR DIREITO
AAD ou ADA= ACROMIAL ANTERIOR DIREITO
SAE ou SEA= SACRO ANTERIOR ESQUERDO
OS = OCCIPTO SACRAL
OP =OCCIPTO PUBICO

ATENÇÃO: Procidência: relaciona-se com a exteriorização do cordão umbilical,perna, braço,


no nascimento

MECÂNISMO DE TRABALHO DE PARTO


É a seqüência de movimentos passivos da parte que se apresenta e que permitem a passagem
através do canal de parto.

PERÍODOS CLÍNICOS:dilatação, expulsão, secundamento ou dequitação, retração uterina(GRE


ENBERG = PUERPÉRIO IMEDIATO)

1º PERÍODO( dilatação): inicia-se com contrações e termina com a dilatação completa da cérvix ,
nesta fase de dilatação as contrações são intermitentes,regulares, aumentando intensidade, e são
involuntárias. A dilatação é medida por cm 1 a 10 cm.

2º PERÍODO (expulsão): começa com a dilatação completa da cérvix ( 10cm) e termina com a saída
do feto.
Neste período de expulsão temos o mecanismo de expulsão:
a) Insinuação(encaixe)= é a passagem da maior circunferência da apresentação( promontório a
borda inferior da sínfise púbica, apresentação cefálica e passagem de diâmetro biparietal, pélvicas é a
passagem do bitrocantérico.
b) Descida: e o avanço da apresentação e movimentos da cabeça.
c) Rotação interna: descida da apresentação, visa colocar o feto na posição Antero-posterior
da pelve, as suturas: sagital metópica( frontal) e bitrocantérico( nas pélvicas) .
d) Desprendimento da apresentação: representado pela exteriorização vulvar completa da apre-
sentação.
e) Rotação externa: rotação da cabeça, de modo a voltar o ponto de preparo fetal para posição
primitiva, feto gira automaticamente sob seu eixo, sendo que occipital,que se desprende no sentido
Antero-posterior, gira para se colocar no mesmo lado onde se encontra sua coluna cervical, se não
ocorre espontaneamente é função do assistente realiza-lo.
f) Desprendimento fetal( expulsão): desprendimento dos ombros.

3º PERÍODO( secundamento ou dequitação): Começa imediatamente após o feto nascer e termina


quando a placenta é liberada.

4º PERÍODO(Greenberg- puerpério imediato): dura desde o parto da placenta até a estabilidade da


da paciente- O útero continua a se contrair, está contração comprime os grandes vasos abertos no
local do descolamento da placenta e controlam o sangramento, dura cerca de 2 horas, a involução
é gradual.
Greenberg(1946) evidenciou que a 1ª hora se sucede a expulsão dos anexos e é de fundamental
importância nos processos hemostáticos
-Miotamponamento: imediatamente após a dequitação, a musculatura uterina se contrai,redu-
zindo o tamanho do órgão e promovendo obliteração dos grandes vasos sanguineos-defesa de
hemorragia.
-Trombotamponamento: formação de trombos que preenchem a cavidade uterina-defesa de
hemorragia.
-Indiferença miouterina: Contração e relaxamento, predispõem a atonia e ao sangramento, pela
exaustão muscular.,como prenhez múltipla, macrossomia fetal etc.
-Contração uterina fixa: contração uterina ,completando o mecanismo de hemostasia.

ATENÇÃO:
PUERPÉRIO =
Imediato= 1 dia até 10 dias pós parto
Tardio = 11 ao 45 dias pós parto
Remoto= após 46 dias após o parto

PRIMEIROS SINAIS DE TRABALHO DE PARTO

*Aclaramento:movimento do útero para baixo e para frente;


Dores de falso trabalho de parto ( contrações de Braxton-Hicks=sem dilatação cervical)
*Alteração na cérvix torna-se mais curta, macia e ligeiramente dilatada;
*Perda do tampão mucoso, ou vestígios de sangue;
*ruptura das membranas amnióticas e perda de líquidos;
*As contrações uterinas ocorrem em intervalos regulares a principio a cada 20 a30 min,em
seguida mais freqüência e de maior intensidade( em 10min com 3 contrações de duração de
30 a 40 segundos cada contração)=dinâmica uterina : 3 45”10’ = três contrações com 45 seg.
em 10 min.

Dilatação do colo
primiparturiente: ocorre primeiro o esvaecimento da cervical ( afina) e depois a dilatação,
multípara : dilatação e esvaecimento simultâneos;

Partes moles(trajetos moles): segmento inferior do útero,colo, vagina, períneo .

RELAÇÃO AOS DIAMETROS FETAIS


OCCIPITO-FRONTAL: 11,75 A 12 CM
OCCIPITO-MENTONIANO: 13,5 CM

SUB OCCIPITO-BREGMATICO: 9,5 CM

SUB OCCIPITO FRONTAL:10,5 cm


BIPARIETAL:9,5
BITEMPORAL:8 CM
SUBMENTO BREGMATICO:9,5 cm
PELVE:
a) ANATOMIA:OSSOS: 2iliacos,sacro,coccix
ARTICULAÇÕES : sínfise púbica , 2 articulações sacro ilíacas e articulações sacro-coccigea.

b) DIVISÕES:
PELVE FALSA:grande bacia( vértebras lombares, inferior abdominal,asa)
PELVE VERDADEIRA: sacro,cóccix, inferior ilíaca
-Antero-posterior:é a distancia da sínfise púbica ao sacro,que divide em:
conjugada vera: superior da sínfise ao meio do promontório (11cm)
conjugada obstétrica: int. sínfise ao meio do promontório(12cm)
conjugada diagonalis: inferior da sínfise ao meio do promontório(12,5 a 13cm)

Promontório: forma-se posteriormente pelo encontro da quinta vértebra lombar


com a primeira sacra

DIAMETRO:
TRANSVERSO(13cm); antero-posterior( 12cm);
obliquo(12cm)
ESTREITO INFERIOR: Limite de pelve verdadeira,é nessa área que a cabeça do feto emerge do canal do
parto.
Antero-posterior: sínfise púbica ao coccix=9,5==no parto=11,5
Transverso( bi- isquiático): 11cm

Sagital posterior: intertuberoso e a ponta do cóccix

PELVE: TEM SUAS VÁRIAÇÕES: Raciais, constituição do corpo, doenças nutricionais, traumatismo.

TIPOS DE BACIA (variações):


GINECOIDE: Feminina; Diâmetro transverso e antero-posterior equi-
valentes; espinhas ciáticas apagadas.
ANDROIDE: bacia com características masculinas; Diâmetro transverso próximo ao sacro;
assemelha-se tipo masculino( negra).
PLATIPELOIDE: Bacia achatada, diâmetro transverso maior que antero-posterior; comum em
raça amarela.
ANTROPÓIDE: assemelha com a bacia do macaco.

ATENÇÃO: é importante conhecer a disposição do feto dentro do útero materno,a cada condição
corresponde um mecanismo de parto,na atitude a relação das partes fetais entre si:
Na fletida:occipto e lambda. (no toque localiza-se)
Na Defletida : bregma( primeiro grau); glabela ou nariz (segundo grau); mento(terceiro grau)

Critérios para Estratificação


de Risco e Acompanhamento da Gestante
é um elemento central da organização da rede de atenção à saúde da mulher e criança,
possibilitando uma atenção diferenciada segundo as necessidades de saúde, ou seja, a atenção
certa, no lugar certo, com o custo certo e com a qualidade certa.

Diminuir a mortalidades infantil e materna

Estratos de risco

Risco habitual
Risco médio
Alto risco
Muito alto risco

RISCO HABITUAL
Características individuais e condições sociodemográficas favoráveis:
Idade entre 16 e 34 anos;
Gravidez planejada ou desejada.
História reprodutiva anterior:
Intervalo interpartal maior que um ano.
Ausência de intercorrências clínicas e/ou obstétricas na gravidez anterior e/ou na atual.

RISCO MÉDIO
Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis:
Idade menor que 16 e maior que 34 anos;
Ocupação: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição
a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse;
Situação conjugal insegura;
Baixa escolaridade (< 4 anos);
Tabagista;
Altura menor que 1,45 m;
IMC < 19 ou > 30;
Uso de drogas.
História reprodutiva anterior:
Desnutrição fetal ou malformação;
Nuliparidade e multiparidade;
Cirurgia uterina anterior;
Intervalo interpartal menor que um ano.
Intercorrências clínicas/obstétricas na gravidez atual:
Infecção urinária;
Outras patologias não classificadas como de alto ou de muito alto risco.
ALTO RISCO
Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis:
Dependência química de drogas.
História reprodutiva anterior:
Morte perinatal explicada e inexplicada;
Abortamento habitual;
Esterilidade/infertilidade;
Síndrome hemorrágica ou hipertensiva;
Prematuridade.
Doença obstétrica na gravidez atual controlada:
Desvio quanto ao crescimento uterino e ao volume de líquido amniótico;
Gestação múltipla;
Ganho ponderal inadequado;
Diabetes gestacional;
Hemorragias da gestação.
Intercorrências clínicas (patologias controladas):
Infecção urinária de repetição;
Hipertensão arterial;
Cardiopatias (reumáticas, congênitas, hipertensivas, arritmias, valvulopatias,
endocardites na gestação);
Pneumopatias (asma em uso de medicamentos contínuos, DPOC);
Nefropatias (insuficiência renal, rins policísticos, pielonefrite de
repetição);
Endocrinopatias (diabetes, hipo e hipertireoidismo);
Hemopatias;
Epilepsia;
Doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, infecção pelo HIV);
Doenças autoimunes (lúpus eritematoso, artrite reumatoide, etc.);
Ginecopatias (malformações uterinas, miomas intramurais com diâmetro > 4 cm ou múltiplos e
miomas submucosos, útero bicorne);
Câncer: os de origem ginecológica, se invasores, que estejam em tratamento ou possam repercutir
na gravidez;
Gestação resultante de estupro, em que a mulher optou por não interromper a gravidez ou não
houve tempo hábil para a sua interrupção legal.

MUITO ALTO RISCO


Fatores de risco gestacional:
Doença obstétrica na gravidez atual – não controlada;
Intercorrências clínicas – patologias não controladas;
Malformações fetais;
Isoimunização.

QUANTO A PREVALÊNCIA
estima-se que 85% das gestantes sejam de risco habitual e médio risco;
11,2% de alto risco;
3,8% de muito alto risco
(incluindo 0,7% de malformação).

ESTRATO DE RISCO
PRÉ-NATAL PARTO
GESTACIONAL

Risco habitual Unidade Básica de Saúde Maternidade de Risco Habitual

Risco médio Unidade Básica de Saúde Maternidade de Risco Habitual

Alto risco Unidade Básica de Saúde Maternidade de Alto Risco


+
Centro de Referência em Atenção
Secundária/ Serviços de Referência
para Gestação de Alto Risco

Muito alto risco Unidade Básica de Saúde Maternidade de Muito Alto Risco
+
Centro de Referência em Atenção
Secundária / Serviços de Referência
para Gestação de Alto Risco
+
Serviço de Medicina Fetal

Primeira consulta (enfermeiro)


Avaliação clínico-obstétrica
Cálculo inicial da DPP pela DUM
Estratificação do risco gestacional
Avaliação do calendário vacinal
Solicitação de exames complementares
Cadastramento no SIS Pré-Natal
Preenchimento e entrega do Cartão da Gestante
Vinculação à maternidade
Agendamento do retorno

Segunda consulta (médico)

Avaliação clínico-obstétrica
Confirmação da idade gestacional
Análise dos resultados de exames complementares
Estratificação do risco gestacional
Avaliação do calendário vacinal
Definição do Plano de Cuidado
Preenchimento do Cartão da Gestante
Agendamento do retorno

Mínimo de uma consulta mensal até 34 semanas,


quinzenal até 38 semanas
e semanal até o nascimento (médicas e de enfermagem
alternadas).

REFERÊNCIAS:
GONZALEZ,H. Enfermagem em Ginecologia e Obstetricia.5 ed. São Paulo Editora senac, 2001
ZIEGEL,E,E.Enfermagem Obstétrica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1985.
ZUGAIB,M, O Pré natal.2 ed.São Paulo:Atheneu,1994.
RESENDE, Obstetrícia fundamental. 8 ed. Rio de Janeiro.8 ed. Rio de Janeiro.Guanabara,2001
FEBRASGO. Tratado de Obstetrícia. 1. ed. Rio de janeiro: Editora Revinter, 2001
NEME, B. Obstetrícia Básica. 2º ed. São Paulo: Sarvier, 2000
SECRETA RIA DE ESTA DO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS – SES/MG.
ATENÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE. Novos Critérios para Estratificação de Risco e
Acompanhamento da Gestante. Belo Horizonte 2013.

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