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RESUMO EM FRASES
DIREITO ADMINISTRATIVO
PODERES ADMINISTRATIVOS
1. Abuso de Poder
A aplicação de penalidade de suspensão a servidor por agente público cuja competência se limite
à aplicação da penalidade de advertência configura ato viciado pelo excesso de poder.
O abuso de poder pode ocorrer tanto na forma comissiva quanto na omissiva, uma vez que, em
ambas as hipóteses, é possível afrontar a lei e causar lesão a direito individual do administrado.
O excesso de poder relaciona-se à competência, uma vez que resta configurado quando o agente
público extrapola os limites de sua atuação ou pratica ato que é atributo legal de outra pessoa.
O desvio de finalidade do ato administrativo verifica-se quando o agente pratica o ato visando a
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
2. Poder Normativo/Regulamentar
Poder Normativo é a prerrogativa de expedição de instruções para a execução das leis, decretos
e regulamentos (art. 87, II, CF/88), que por ser mais amplo pode ser adotado por qualquer
autoridade.
Já, o Poder Regulamentar é privativo dos Chefes do Executivo e consiste na prerrogativa de
elaborar decretos e regulamentos para a fiel execução das leis, bem como editar decretos
autônomos.
#Atenção ao art. 84, IV e VI da CF, pois possuem alta em incidência em provas:
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A respeito da legalidade administrativa, é correto dizer: O decreto regulamentar não cria, altera
ou constitui direitos, apenas viabiliza na perspectiva operacional a adequada interpretação e
aplicação da lei, ao passo que o decreto autônomo é espécie normativa primária, preexistente à
lei.
Nos termos da Constituição Federal de 1988, o poder regulamentar é sujeito a controle pelo
Poder Legislativo, que poderá sustar os atos normativos do Poder Executivo que sejam
considerados exorbitantes.
Quando o Executivo desempenha suas funções por meio do exercício do poder regulamentar,
deve observar os limites postos pela lei para explicitar os dispositivos desta, detalhando, por
exemplo, o procedimento de aplicação da norma regulamentada.
O exercício do poder normativo pelos entes públicos configura atuação que abrange a edição
de decretos regulamentares sem inovação de mérito em face da lei regulamentada, embora
também permita a edição de decretos autônomos em situações expressamente previstas.
Editada lei instituindo programa de regularização fundiária para atendimento de famílias de baixa
renda instaladas em núcleos habitacionais informais, foi elaborada minuta de decreto
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3. Poder Hierárquico
É um poder interno e permanente que a Administração Pública dispõe para ordenar, coordenar,
controlar e corrigir as atividades administrativas que são estritamente internas.
O Administrador possui a faculdade de Delegar e Avocar atribuições e competências:
Delegação: Delegante transfere parcela de sua competência para agente subordinado ou não.
#Não podem ser objeto de delegação: “CE-NO-RA”
- Matérias de Competência Exclusiva do órgão ou entidade;
- Edição de atos de caráter NOrmativo;
- Decisão de Recursos Administrativos.
Avocação: Superior hierárquico de toma para si, de forma discricionária e excepcional, o exercício
temporário de determinada competência de um subordinado.
#Palavras chaves em poder hierárquico: fiscalizar, ordenar, controlar, avocar, delegar e aplicar
sanção.
O poder hierárquico não se confunde com o poder de polícia, pois este decorre de atividade
externa e aquele decorre de atividade interna da Administração Pública.
Acerca do conceito, dos tipos e das formas de controle da administração pública, julgue o item
que se segue. O controle da administração indireta distingue-se do poder hierárquico pela
natureza dos entes sobre os quais é exercido.
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Maria, servidora pública de determinada autarquia estadual, aplicou advertência a Caio, seu
subordinado, por este ter praticado ato que não era de sua atribuição legal. Inconformado com
a punição, Caio impetrou mandado de segurança visando anular a pena administrativa aplicada.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item seguinte. Na relação funcional existente entre
Maria e Caio, tem-se o exercício do poder administrativo hierárquico.
É o de que dispõe a Administração para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar
e rever a atuação de seus agentes estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores
de seu quadro de pessoal. Dele decorrem algumas prerrogativas: delegar e avocar atribuições,
dar ordens, fiscalizar e rever atividades de órgãos inferiores. É correto afirmar que o texto do
enunciado se refere ao poder hierárquico.
4. Poder Disciplinar:
É um poder interno e não permanente, que visa apurar infrações e aplicar punições e sanções
aos agentes que cometam infração funcional, bem como, àqueles que detêm relação com a
Administração Pública, como PF ou PJ contratadas. Logo:
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Julgue o item a seguir corretamente: Quando a administração aplica uma sanção disciplinar a um
agente público, essa atuação decorre imediatamente do poder disciplinar e mediatamente do
poder hierárquico. Vale dizer, o poder disciplinar, nesses casos, deriva do hierárquico.
Entretanto, quando a Administração Pública aplica uma sanção administrativa a alguém que
descumpriu um contrato administrativo, há exercício do poder disciplinar, mas não existe liame
hierárquico. Nesses casos, poder disciplinar não está relacionado ao poder hierárquico.
O poder disciplinar, na administração pública, se aplica aos servidores públicos e demais pessoas
que possuem um vínculo especial com o poder público.
No que concerne aos poderes inerentes à atuação da Administração pública, tem-se que o poder
disciplinar confere à Administração a prerrogativa de aplicação de sanções a particulares a ela
ligados por vínculo de natureza contratual, além das aplicáveis na esfera funcional.
No que concerne aos poderes inerentes à Administração, tem-se que a aplicação de sanções
àqueles que mantêm vínculo contratual com a Administração constitui uma das expressões do
poder disciplinar.
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Nos atos normativos decorrentes do poder de polícia as normas atingem pessoas estranhas à
Administração. A norma é externa e visa limitar o interesse individual em prol do coletivo.
Em sentido amplo, o poder de polícia engloba tanto os atos legislativos quanto os atos
administrativos, ou seja, tanto uma lei impondo restrições ao exercício de um direito quanto
um ato administrativo seriam manifestações do poder de polícia. De outra forma, na concepção
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restrita, o poder de polícia é uma atividade administrativa e, assim, só pode ser exercida na
função administrativa e não na função legislativa.
O exercício do Poder de Polícia compete ao ente que tenha recebido o múnus constitucional de
regulação da matéria, tendo por atributos a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a
coercibilidade.
O Poder de Polícia não prescinde* de previsão legal, pois a atuação da Administração Pública
sempre deverá se pautar no Princípio da Legalidade. (*Prescinde=Dispensa)
À luz da jurisprudência do STF, julgue o item a seguir. Admite-se a delegação de poder de polícia
administrativa, instituída por lei, a pessoas jurídicas de direito privado que integrem a
administração pública indireta, cujo capital social seja majoritariamente público, e prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.
Quando o Poder Público interfere na órbita do interesse privado para salvaguardar o interesse
público, restringindo direitos individuais, atua no exercício do poder de polícia.
Acerca dos poderes da Administração Pública, o poder de polícia, ainda que seja essencialmente
discricionário, está sob controle de legalidade do Poder Judiciário.
É exemplo de ato administrativo praticado pela Administração Pública no exercício de seu poder
de polícia preventivo: autorização para circulação excepcional de veículo durante o horário de
rodízio.
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De acordo com o que leciona a doutrina sobre os poderes da Administração Pública, o poder de
polícia pode se dar tanto pela prática de atos específicos, de efeitos concretos, quanto pela
edição de atos normativos abstratos, de alcance generalizado.
Considerando os atributos do poder de polícia, assinale a opção correta. Prescreve em cinco anos
o prazo para a administração pública federal apurar infração, no exercício do poder de polícia,
contado da data da prática do ato ou, em caso de infração continuada, da data de sua cessação.