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Londrina – PR
2015
Rafael Sottero Ferreira
Londrina – PR
2015
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
elaborado por Rafael Sottero Ferreira e aprovado pela Coordenação Acadêmica, foi aceito
como requisito para a obtenção do certificado do MBA em Gestão Estratégica de Empresas,
nível de especialização, do Programa FGV Management.
Theodomiro S. M. Delpim
Orientador
TERMO DE COMPROMISSO
O aluno Rafael Sottero Ferreira, abaixo assinado, do curso de MBA em Gestão Estratégica de
Empresas, Turma GEE-Londrina (2/2013), do Programa FGV Management, realizado nas
dependências da instituição conveniada ISAE, no período de 28/06/2013 a 09/09/2015,
declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Avaliação de
Desempenho e Pesquisa de Clima Organizacional como Instrumentos de Motivação”, é
autêntico e original.
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 16
7 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 47
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 48
APÊNDICES ........................................................................................................................... 50
7
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Observa-se que o desempenho envolve não apenas os resultados obtidos, mas também
a conseqüência do comportamento do indivíduo na obtenção dos mesmos. Mesmo que o
objetivo ou meta seja plenamente atendido pelo indivíduo, a maneira como ele buscou esta
entrega, as atitudes praticadas, a relação com os colegas, dentre outros comportamentos,
devem ser cuidadosamente avaliadas e consideradas como um indicador de desempenho. De
nada adianta um indivíduo entregar o seu resultado se ele impacta negativamente no ambiente
de trabalho ou prejudica outros colegas. Neste contexto, muitas empresas incluem nas suas
ferramentas de avaliação de desempenho itens como trabalho em equipe, respeito mútuo, foco
no cliente, etc, como forma de balizar a parte técnica com o aspecto comportamental.
BRANDAO et al.(2008)apud BRANDAO e GUIMARAES (2001), consideram o
processo de gestão por competências como um fluxo contínuo, cuja etapa inicial converge
com a formulação da estratégia organizacional. Com as metas estabelecidas, pode-se
estabelecer indicadores de desempenho no nível corporativo e metas, identificando-se as
competências necessárias para o cumprimento dos objetivos definidos. Posteriormente,
através de ferramentas gerenciais como o balanced scorecard, pode-se observar e avaliar o
desempenho, permitindo também a identificação de pontos de melhoria entre o que se espera
e o que se tem disponível internamente. Como passo seguinte, a organização pode, por
exemplo, estabelecer planos de ação individuais, de equipes ou até mesmo para toda a
organização. O processo de avaliação e comparação com os resultados esperados serve
justamente para retroalimentar todo este processo, dando esta característica de fluxo contínuo
mencionado anteriormente.
GILIOLI e GUARDA (2014) considera a ferramenta do balanced scorecard como
algo poderoso para o gestor de recursos humanos dentro da organização. Ainda segundo as
autoras, a ferramenta “traduz a visão e a estratégia da empresa num conjunto coerente de
medidas de desempenho aliada à remuneração estratégica da empresa, ao programa de
avaliação de desempenho e ao plano de carreira que, juntos, irão contribuir para uma melhor
performance da organização”.
12
CAMPOS e SOUZA (2001, p10) apud LUZ (2003) destacam que pelo menos três
palavras-chave estão comumente presentes nos conceitos de clima organizacional: satisfação
(dos colaboradores), percepção (dos colaboradores) e cultura (da organização).
O clima organizacional não é estático, mas sim se refere o que as pessoas acreditam e
percebem em relação ao ambiente da empresa naquele determinado momento (DUTRA et al.,
2009, p62apudCODA, 1998).
Segundo SILVA L.; AZEVEDO; SILVA C., 2012, diversos fatores podem impactar
no clima organizacional, como consciência dos gestores em desenvolver e melhorar suas
habilidades, posturas dos líderes em relação aos valores e políticas da empresa, etc. Deve
haver coerência entre as políticas e condutas defendidas pela empresa e as atitudes dos
gestores, evitando assim situações de conflito e mal estar dentro da organização. Ainda de
acordo com os autores, a aplicação de uma ferramenta como a pesquisa de clima
organizacional só tem sentido se os gestores e a organização de fato utilizarem o seu resultado
para a tomada de decisões e elaboração de um plano de ação para melhoria dos pontos
sinalizados pelos colaboradores. Do contrário, o efeito causado pode ser o oposto do
esperado, gerando desmotivação por parte dos colaboradores.
A pesquisa de clima pode ser apresentada na forma de entrevistas individuais ou
coletivas, no dia a dia ou na ocasião do desligamento dos colaboradores, através de painéis de
discussão e, principalmente, através de questionários com questões fechadas e/ ou abertas.
Para garantir a eficácia da ferramenta, além dos itens anteriormente expostos, é fundamental
que haja confidencialidade dos dados coletados, e divulgação clara e objetiva dos resultados
obtidos e planos de ação planejados. A pesquisa não deve ser considerada como o final do
processo, mas sim um meio para se identificar oportunidades e ameaças no ambiente de
trabalho, devendo a liderança da organização definir a partir de que momento deve-se realizar
um plano de ação – por exemplo, resultados com satisfação abaixo de 50% (SILVA L.;
AZEVEDO; SILVA C., 2012apud LUZ, 2003). Em algumas organizações, permite-se que os
próprios colaboradores participem ativamente da elaboração do plano de ação, como forma de
ouvi-lo e mostrar a importância da sua contribuição dentro do ambiente corporativo e
estabelecimento de ações de melhoria para o grupo.
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2.4 Motivação
De acordo com FRANZ (2007, p17) apud PONTES (1986), “a motivação é o impulso
que leva o ser humano a agir”. Ainda segundo o autor, as necessidades dos indivíduos variam
não apenas em relação aos padrões de comportamento e valores individuais, mas também
sofrendo influências externas e internas e também variando dependendo da época / período da
vida do ser humano.
De acordo com TODOROV e MOREIRA (2005, p120) apud BERGAMINI (1997), o
termo motivação pode assumir diferentes significados:
Se, no início do século, o desafio era descobrir aquilo que se deveria fazer para
motivar as pessoas, mais recentemente tal preocupação muda de sentido. Passa-se a
perceber que cada um já traz, de alguma forma, dentro de si, suas próprias
motivações. Aquilo que mais interessa, então, é encontrar e adotar recursos
organizacionais capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes às próprias
pessoas... (p. 23)... não existe o pequeno gênio da motivação que transforma cada
um de nós em trabalhador zeloso ou nos condena a ser o pior dos preguiçosos. Em
realidade, a desmotivação não é nenhum defeito de uma geração, nem uma
qualidade pessoal, pois ela está ligada a situações específicas (p. 27)
Observa-se que em parte do texto o autor indica a motivação como algo de controle
interno ao indivíduo e, num segundo momento, a aspectos externos. Ao final do texto, o autor
expõe a idéia de que a motivação depende de situações específicas.
Segundo BERGAMINI, 1997, p54, a motivação é algo intrínseco às pessoas, pois
ninguém pode motivar ninguém. A motivação é pessoal, podendo ser influenciada pelo
ambiente na busca de algo que satisfaça os interesses do indivíduo e suas vontades.
Os motivos e razões que estimulam as pessoas variam de indivíduo para indivíduo, o
que os diferencia não apenas em relação ao tipo de comportamento, como também na
intensidade pela busca de cada um por seus objetivos.
Conforme apresentado por FRANZ (2007, p18), pesquisas realizadas por Herzberg
com grupos de chefias buscou identificar os fatores que poderiam gerar satisfação duradoura
(aumentando produtividade) e insatisfação dentro das organizações. Os resultados
apresentaram os seguintes fatores para cada grupo:
16
3 METODOLOGIA
Gráfico 3 Gráfico 4
Gráfico 5 Gráfico 6
20
Gráfico 7
Fonte: Dados da pesquisa
Avaliando-se a mesma questão, porém sob a ótica do cargo ocupado, não se notou
comportamento muito diferente da média geral apresentada anteriormente. No entanto,
destaca-se que 100% dos entrevistados em cargos operacionais ou de diretoria / proprietário
consideram a definição de objetivos como muito importante como ferramenta para
reconhecimento.
21
Gráfico 8 Gráfico 9
Fonte: Dados da pesquisa
Gráfico 10 Gráfico 11
Gráfico 12
Gráfico 13 Gráfico 14
24
Gráfico 15 Gráfico 16
Gráfico 17
relação ao aspecto negativo da definição dos objetivos nos cargos operacionais e de estágio,
onde a resposta “Razoavelmente” teve maior incidência.
Gráfico 18 Gráfico 19
Gráfico 20 Gráfico 21
26
Gráfico 22 Gráfico 23
Gráfico 24 Gráfico 25
Gráfico 26 Gráfico 27
28
Gráfico 28
Gráfico 29 Gráfico 30
29
Gráfico 31 Gráfico 32
Gráfico 33 Gráfico 34
maioria tem ao menos uma das ferramentas implementadas na empresa em que trabalha
(63%) e uma incidência considerável (27%) de entrevistados que conhecem uma ou as duas
ferramentas, mas que não as possuem na empresa. Além disso, cerca de 10% das pessoas que
responderam o questionário desconhecem as ferramentas apresentadas. Comparando-se com a
média geral, é verificado que a incidência das pessoas que desconhecem as ferramentas é
menor nas empresas de grande (5%) e médio porte (0%) e bastante significativas nas
empresas de pequeno porte (33%) e micro empresas (22%). Outro ponto que chama atenção é
que todos os entrevistados de empresas de pequeno porte afirmam não ter as ferramentas
implementadas nas suas organizações. Os gráficos 35 a 39 apresentam estes resultados:
Gráfico 35 Gráfico 36
31
Gráfico 37 Gráfico 38
Gráfico 39
Sob a ótica do cargo ocupado, nota-se os cargos de liderança são unânimes ao afirmar
que conhecem as ferramentas apresentadas, apesar de um terço dos que responderam
afirmarem não tê-las implementadas na empresa. No caso dos proprietários / diretoria, houve
uma resposta (25%) afirmando desconhecer as ferramentas apresentadas e três que afirmam
32
Gráfico 40 Gráfico 41
Gráfico 42
Fonte: Dados da pesquisa
33
Gráfico 43 Gráfico 44
34
Gráfico 45 Gráfico 46
Gráfico 47
tendência dos valores apresentados pela média dos resultados. Maiores detalhes podem ser
vistos nos gráficos abaixo:
Gráfico 48 Gráfico 49
Gráfico 50 Gráfico 51
36
Gráfico 52 Gráfico 53
Gráfico 54 Gráfico 55
Gráfico 56 Gráfico 57
Gráfico 58 Gráfico 59
39
Gráfico 60 Gráfico 61
Gráfico 62 Gráfico 63
Gráfico 64 Gráfico 65
Embora o padrão geral apresente coerência nas respostas, o mesmo não se observa ao
avaliar-se sob o ponto de vista do cargo ocupado, como apresentado nos gráficos abaixo:
41
Gráfico 66 Gráfico 67
Gráfico 68 Gráfico 69
42
Gráfico 70 Gráfico 71
em fazer parte do negócio e entender que ao entregar o seu objetivo ele estará contribuindo
com algo maior, ou seja, com a estratégia da empresa, e que pode ser recompensado por isso,
é refletida nestes resultados. Embora o número de respostas provenientes de empresas de
pequeno porte tenha sido pequeno, nota-se uma liderança pouco propensa a trabalhar com
definição de metas e objetivos, contrastando com as respostas positivas oriundas dos analistas.
Este comportamento não acompanha a tendência das respostas gerais e pode, eventualmente,
ser um ponto fora da curva. Caso seja uma tendência dentro das pequenas empresas, um
cenário como este compromete diretamente o resultado, na medida em que o gestor não traduz
a estratégia para o nível operacional e não consegue identificar pontos de melhoria na equipe,
potenciais lideranças e implementar um sistema de melhoria contínua. Ainda neste quesito,
observa-se que cargos com menor grau de instrução (cargos operacionais e estagiários)
tiveram maior propensão a considerar a definição de objetivos como um risco de punição.
Estas funções geralmente estão mais distantes da elaboração da estratégia e entendem os
objetivos mais como uma obrigação que deve ser cumprida, do que uma oportunidade de
melhoria contínua e participação estratégica. Novamente, o papel da liderança é fundamental
neste processo de “tradução” da estratégia para os níveis mais operacionais, desenvolvendo
uma equipe de alto desempenho.
Por sua vez, ao avaliar-se a opinião dos entrevistados em relação ao fato da empresa
conhecer o clima da organização, motivação dos funcionários, etc, percebe-se uma tendência
de respostas bastante positiva (mais de 80% consideram este aspecto como muito importante).
O colaborador, independente do cargo que ocupa ou do porte da empresa em que trabalha,
gosta de ser ouvido. A partir da avaliação do clima, o colaborador entende que a empresa não
quer apenas utilizar de sua mão de obra e remunerá-lo ao final de cada período, mas sim
compreender se ele está satisfeito com o que está fazendo, como o trabalho está afetando a sua
vida pessoal e onde ela pode melhorar para melhor atender os seus anseios, suas expectativas.
A incidência de respostas parcialmente positivas em empresas de grande e médio porte, pode
indicar um descontentamento no gerenciamento do processo e/ ou ferramentas de RH dentro
da empresa e não necessariamente uma avaliação negativa em relação ao tema em si. Sob a
ótica do cargo ocupado, é interessante observar um padrão de respostas similar entre líderes e
analistas, com uma incidência de aproximadamente 20% de respostas parcialmente positivas e
negativas. Este comportamento pode indicar que o despreparo ou desinteresse da liderança na
gestão de pessoas dentro da empresa, reflete diretamente no comportamento / opinião dos
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seus liderados. Os analistas de hoje serão os líderes de amanhã, ou seja, cria-se um circulo
vicioso que, no médio / longo prazo pode comprometer a própria sobrevivência da empresa.
Partindo-se para uma avaliação mais voltada à existência de processos e ferramentas
de Gestão de Desempenho e Pesquisa de Clima nas empresas, é nítida a diferença entre os
tipos de empresas avaliadas. Colaboradores de empresas de grande e médio porte, ou seja, que
em tese possuem maior disponibilidade de recursos humanos e financeiros para investimento
em processos e ferramentas diversas, afirmam em mais de 50% das respostas que possuem
ambas as ferramentas de RH apresentadas disponíveis no seu ambiente de trabalho. Por outro
lado, empresas de menor porte, com recursos e investimentos mais modestos, afirmam não ter
as ferramentas implementadas em 78% das respostas, no caso das micro-empresas, e 100%
das respostas, para as empresas de pequeno porte. Considerando-se os resultados de outras
pesquisas realizadas no mercado brasileiro, que indicam que 74% das empresas declararam
que a utilização de ferramentas trouxe melhorias significativas à produtividade e ao
desempenho, somado ao fato de que uma boa gestão de pessoas e capacidade de gerar
conhecimento é um diferencial competitivo no mercado, pode-se inferir que o futuro das
empresas brasileiras de menor porte tem um grande desafio pela frente. O interesse do
trabalhador no equilíbrio entre a vida social e profissional, a busca por motivação, a
necessidade de ser ouvido, etc, já citados anteriormente neste trabalho, indica uma tendência
dos colaboradores em buscar as empresas melhor preparadas a atender suas expectativas,
migrando a mão de obra qualificada para empresas de grande e médio porte e comprometendo
ainda mais a sobrevivência de empresas menores. Chama a atenção o fato de cargos de
diretoria / presidência afirmarem desconhecer as ferramentas apresentadas no questionário.
Todas as respostas de cargos de diretoria / presidência foram provenientes de micro-empresas,
reforçando a carência destas empresas em processos de gestão e preparação da liderança.
Apresentados os conceitos e avaliando-se a percepção dos entrevistados em relação
aos processos de RH e implementação de ferramentas, buscou-se entender a relação dos
mesmos com a motivação no ambiente de trabalho. Embora o resultado geral tenha sido
bastante positivo, ou seja, 91% das respostas consideraram as ferramentas de RH como muito
ou razoavelmente importantes para a motivação, observou-se que a maior parte das respostas
consideradas “negativas” foi proveniente de empresas de grande porte. Ou seja, naquelas
empresas onde há um maior índice de implementação das ferramentas de gestão, obteve-se
também menor relação com a motivação dos colaboradores. Pode-se dizer que a simples
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6 RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES
Embora os resultados obtidos tenham permitido uma boa avaliação da percepção geral
do mercado em relação aos conceitos e ferramentas apresentados, para uma avaliação mais
precisa dos diferentes perfis de empresas e colaboradores, recomenda-se a seleção de duas ou
mais empresas de diferentes portes para aplicação do aplicação do questionário. Além disso,
sugere-se a realização de entrevistas individuais e abordando diferentes cargos, com o
objetivo de compreender mais profundamente a gestão das ferramentas implementadas e sua
relação com a motivação dos colaboradores, na medida em que os resultados aqui obtidos
indicam que os colaboradores que afirmam possuir as ferramentas disponíveis na empresa não
necessariamente se sentem mais motivados. A utilização de perguntas abertas pode auxiliar na
avaliação e confirmação deste resultado, assim como a compreender as diferenças observadas
entre os diferentes cargos, dentro de uma mesma organização (ou seja, que em teoria
passaram pelo mesmo processo de implementação, mas que apresentam percepções e
comportamentos diferentes).
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7 CONCLUSÕES
As ferramentas de gestão de pessoas estão cada vez mais disseminadas dentro das
organizações, considerando seu potencial como diferencial competitivo e poder de
contribuição para a geração de resultados. Processos bem estabelecidos de recrutamento e
seleção, gestão de carreiras, desenvolvimento de pessoas, etc, são fundamentais para a
sustentabilidade das organizações em um ambiente cada vez mais competitivo. De nada
adianta uma estrutura e maquinários de ultima geração, se a qualidade dos recursos humanos
disponíveis não suportar a operação da empresa, seja por questões técnicas, seja por questões
comportamentais.
Ferramentas como avaliação de desempenho e pesquisa de clima tem o objetivo de
contribuir no gerenciamento do desenvolvimento dos recursos humanos e expectativas dos
colaboradores com a empresa e pessoais. O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a
percepção de poder estar contribuindo com os resultados da organização, a sensação de ser
ouvido e poder participar nas decisões dentro do ambiente de trabalho, são variáveis externas
que podem contribuir no processo de motivação das pessoas.
Os resultados obtidos apontam uma tendência muito positiva dos entrevistados na
avaliação dos conceitos e ferramentas apresentados, reforçando a importância da
implementação e disseminação destes conceitos nas organizações. Por outro lado, percebe-se
que um bom gerenciamento das ferramentas e preparo das lideranças se faz necessário para
que os resultados esperados a partir destes processos de gestão sejam atingidos em sua
plenitude.
Diante disto, conclui-se que a motivação dos colaboradores dentro de uma organização
pode ser estimulada através da utilização de ferramentas de gestão de recursos humanos como
a avaliação de desempenho e pesquisa de clima, desde que trabalhadas de maneira correta e
com o comprometimento e preparo da liderança. Quando gerenciadas de maneira incorreta
pela liderança, tais ferramentas podem, eventualmente, gerar um efeito contrário,
desmotivando a equipe e comprometendo os resultados.
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, Frederico Augusto Ferreira Goduardo; SOUZA, Marta Alves de. O impacto do
clima organizacional na produtividade: um estudo de caso numa agência bancária.
Revista Científica do Departamento de Ciências Jurídicas, Políticas e Gerenciais do Uni-BH,
Belo Horizonte, vol. 4, n.1, jul-2011. Disponível em:
<http://revistas.unibh.br/index.php/dcjpg/article/viewFile/95/55>. Acesso em: 10 abr.2015
DUTRA, Joel Souza et al .As carreiras inteligentes e sua percepção pelo clima
organizacional. Rev. bras. orientac. prof, São Paulo , v. 10, n. 1, jun. 2009 . Disponível
em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
33902009000100008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 abr. 2015.
GILIOLI, Rosecler Maschio; GUARDA, Larissa Rodrigues. Balanced Scorecard como uma
ferramenta de Gestão de Pessoas. O caso empresa Remo Camisetas Promocionais.
Update – Revista de Gestão de Negócios. Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 169-191, jan./jun. 2014.
Disponível em: < http://periodicos.faccentro.com.br/index.php/Update/article/view/23/13>.
Acesso em: 10 abr. 2015.
2) Qual o cargo ocupado por você atualmente (caso não esteja empregado, considerar
seu último cargo)
( ) Diretoria ou proprietário
( ) Gerência, coordenação ou outro com liderança de pessoas
( ) Analista
( ) Cargo operacional
( ) Estagiário(a)
( ) De 18 a 24 anos
( ) De 25 a 30 anos
( ) De 30 a 35 anos
( ) De 35 a 45 anos
( ) Acima de 45 anos
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4) O quanto você acredita que ter objetivos / metas bem definidos e acordados com o seu
gestor é importante para melhor lhe orientar ao longo do ano, sendo útil como
ferramenta de reconhecimento?
( ) Irrelevante
( ) Pouco
( ) Razoavelmente
( ) Muito
5) O quanto você acredita que ter objetivos / metas definidos e acordados com o gestor
pode ter aspectos negativos (por exemplo, caráter punitivo)?
( ) Irrelevante
( ) Pouco
( ) Razoavelmente
( ) Muito
( ) Irrelevante
( ) Pouco
( ) Razoavelmente
( ) Muito
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7) Dos itens abaixo, quais uma empresa deveria buscar compreender melhor, avaliar e
propor planos de melhoria? Considerar os três mais importantes na sua opinião.
Avaliação de Desempenho:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Avalia%C3%A7%C3%A3o_de_desempenho
( ) Irrelevante
( ) Pouco
( ) Razoavelmente
( ) Muito