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ISC incisional superficial: ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento (sendo o 1º dia a
data do procedimento), envolve apenas a pele e tecido SC. Apresenta pelo menos UM dos
seguintes critérios:
- Drenagem purulenta
- Cultura positiva de secreção/tecido da incisão
- Incisão deliberadamente aberta na vigência de pelo menos uma das seguintes
manifestações: dor, aumento da sensibilidade, edema, hiperemia ou calor (exceto se
cultura negativa).
ISC incisional profunda: ocorre nos primeiros 30 dias ou até 90 dias, se houver colocação de
implante; envolve tecidos moles (fáscia, músculo) profundos à incisão e apresenta pelo menos UM
dos seguintes critérios:
- Drenagem purulenta, mas não originada de órgãos/cavidade (O/C)
- Deiscência espontânea profunda ou incisão aberta pelo cirurgião e cultura positiva ou
não realizada quando apresentar febre, dor ou tumefação localizada, abcesso ou outra
evidência de infecção envolvendo tecidos profundos.
ISC de órgão/cavidades (OC): ocorre nos primeiros 30 dias ou até 90 dias, se houver colocação
de implantes; envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada e
apresenta pelo menos UM dos seguintes critérios:
- Cultura positiva
- Presença de abcesso ou outra evidência que a infecção envolve planos profundos
da ferida identificada em reoperação, exame clinico, histopatológico... E atende a pelo
menos UM dos critérios definidores de ISC/OC (p. ex., osteomielite, meningite,
endocardite).
Recomendações básicas:
Abordagens especiais:
- Atualização constante dos processos no CC e na CME, como também das práticas pós-
anestésicas e higiene das mãos. Cuidados rigorosos com a ferida operatória e drenos.
Indicadores de Processo:
Indicadores de Estrutura:
Fatores de risco:
- Banho com água + sabão antes do procedimento (noite anterior ou manhã da cirurgia):
cirurgias de grande porte usar clorexidina 2% 2h antes; cirurgia eletiva ou de
pequeno/médio porte usar sabonete neutro antes do encaminhamento ao CC.
Avaliação de curativos:
Período de janela da infecção: período de 7 dias durante os quais são identificados todos os
elementos necessários p/ a definição da infecção. Deve-se considerar 3 dias antes e 3 dias
depois da data da 1ª hemocultura positiva.
Data da infecção: data em que o 1º elemento utilizado p/ definição da IPCS ocorreu dentro do
período de janela de infecção.
- Critério 1: paciente > 28 dias com agente patogênico identificado em uma ou mais
hemoculturas e microrganismo identificado não está em outro foco infeccioso.
- Critério 2: paciente > 1 ano apresenta pelo menos um dos seguintes sinais/sintomas –
febre, calafrios, hipotensão e 2 ou mais hemoculturas, coletadas em momentos diferentes
no mesmo dia ou no máx. no dia seguinte, positivas p/ agentes contaminantes de pele e o
microrganismo identificado não está relacionado a outro foco.
- Critério 3: crianças > 28 dias < 1 ano apresentam pelo menos um dos seguintes
sinais/sintomas – febre, hipotermia, apneia, bradicardia e 2 ou mais hemoculturas positivas,
coletadas em momentos distintos [...] e microrganismo identificado não está relacionado a
outro foco infeccioso.
Cateteres periféricos:
Cateteres centrais de curta permanência (< 21 dias): indicado para pacientes sem
condições de acesso periférico, necessidade de monitorização hemodinâmica (PVC),
administração rápida de drogas, expansores de volume e hemoderivados em pacientes
instáveis hemodinamicamente (instalável ou previsível), acesso imediato para diálise,
administração de soluções/medicamentos incompatíveis que não podem ser administrados por
AVP, administração concomitante de drogas incompatíveis entre si (lúmens diferentes).
- A punção deve ser realizado com agulha angulada (agulha Huber), não se deve usar
agulha hipodérmica ou dispositivo com asas e cânula metálica (escalpe).
- Punção deve ser realizada em técnica asséptica. Agulha pode ser mantida por até 7 dias,
protegida com cobertura estéril.
- Cateteres umbilicais venosos: tempo de permanência de 7-14 dias. O ideal, para terapia
infusional contínua, é trocar o umbilical no 7º dia e passar um PICC (redução de IPCS).
- Trocar o local do acesso SC usado para medicação a cada 7 dias e quando clinicamente
indicado;
- Trocar o local de acesso utilizado para hidratação a cada 24-48h ou depois da infusão de
1,5-2L e conforme clinicamente indicado.
- Avaliar o sitio de inserção e trocar o local de acesso na presença de sinais flogísticos,
presença de sangramento, queimadura, dor ou extravazamneto.
Recomendações gerais:
• Fazer higiene oral com antissépticos – a utilização de clorexidina 0,12% para higiene oral
é classificada como medida de efeito moderado.
• Dar preferência por VMNI – indicada como estratégia ventilatória para evitar IOT em um
grupo especifico de pacientes, bem como parte do processo de desmame. As vantagens
desta modalidade incluem manutenção das barreiras naturais de proteção da via aérea,
diminuição da necessidade de assistência ventilatória, de sedação e do tempo de
internação na UTI. Esta modalidade está contraindicada em casos de necessidade de IOT
emergência e parada cardíaca ou respiratória.
• Cuidados com o circuito do ventilador – o circuito só deve ser trocado quando em mau
funcionamento e na presença de sujidades visíveis.
• Cuidados com os umidificadores – o sistema de umidificação deve ser substituído
quando em mau funcionamento ou visivelmente contaminado.
PREVENÇÃO DE ITU
• ITU relacionada à assistência à saúde não associada a cateter (ITU-NAC): qualquer ITU
em paciente que não esteja em uso de CVD, na data da infecção ou na condição que o
cateter tenha sido removido, no mínimo, há mais de 1 dia calendário antes da data da
infecção.
• Outras infecções do sistema urinário (ISU): ITU não relacionada a procedimento
urológico diagnosticada após a admissão em serviço de saúde que não está em seu período
de incubação no momento da admissão. Compreendem as infecções do rim , ureter, bexiga,
uretra e tecidos adjacentes.
• Evitar inserção de CVD: inserir CVD no paciente apenas nas indicações apropriadas;
realizar protocolos de sondagem, incluindo as situações perioperatórias; implantar
protocolos escritos de uso, inserção com técnica asséptica e manutenção do cateter; a
inserção do cateter urinário deve ser realizada por profissionais capacitados e treinados;
• Técnica asséptica para inserção do cateter; fixação correta para evitar tração ou
movimentação (homem – região do hipocôndrio; mulher região da face interna da coxa).
• Estratégias que NÃO DEVEM ser feitas: não usar rotineiramente cateter impregnado com
prata ou outro ATB; não monitorar rotineiramente a bacteriúria assintomática em pacientes
com cateter; não tratar bacteriúria assintomática, exceto antes de procedimento urológico
invasivo; evitar irrigar o cateter; não usar instalação rotineira de soluções antisséptica ou
antimicrobiana em sacos de drenagem urinária; na presença de obstrução por coágulos,
muco proceder a irrigação com sistema fechado; não utilizar de r ATB como profilaxia; não
trocar cateteres rotineiramente. A bacteriúria assintomática não necessita de tratamento,
porém, pacientes grávidas, transplantados de rim, crianças com refluxo vesicureteral,
pacientes com cálculos infectados e pacientes submetidos a cirurgias urológicas, deverão
ser avaliados para possível tratamento.
REFERÊNCIAS: