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GESTÃO DE

PESSOAS
Liderança

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GESTÃO DE PESSOAS
Liderança

Sumário
Adriel Sá

Liderança........................................................................................................................................... 3
1. Conceito de Liderança................................................................................................................. 3
2. Liderança Formal e Liderança Informal. . ................................................................................ 5
3. Liderança e Poder........................................................................................................................ 6
4. Abordagens sobre Liderança.................................................................................................... 9
4.1. Abordagem dos Traços de Personalidade......................................................................... 10
4.2. Abordagem dos Estilos de Liderança ou Comportamental. . .......................................... 11
4.3. Abordagem Contingencial ou Situacional......................................................................... 20
4.4. Liderança Transacional e Liderança Transformacional. . ............................................... 26
4.5. Outros Estilos de Liderança................................................................................................. 28
Resumo............................................................................................................................................. 30
Mapa Mental................................................................................................................................... 35
Questões de Concurso.................................................................................................................. 36
Gabarito............................................................................................................................................ 69

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Adriel Sá

LIDERANÇA
1. Conceito de Liderança
Para fazer uma organização ou um departamento produzir resultados, o administrador
deve desempenhar funções ativadoras. Uma dessas funções é a liderança, tão essencial que
o autor Maximiano (1995)1 a considera como uma das funções do processo administrativo.
Ainda que a doutrina majoritária considere, atualmente, apenas as funções de planejamento,
organização, direção e controle, é importante ficarmos atentos a essa referência. Note que o
autor considera a execução como sinônimo de direção:

Pois bem! Vamos prosseguir.


A primeira concepção de “liderança” que deve estar bem clara é aquela que considera o ter-
mo como um fenômeno social. Isso quer dizer que ninguém é líder sozinho. A liderança exige
a presença mínima de um líder e um liderado. Logo, podemos entender a liderança como uma
influência exercida sobre determinada situação pelo processo de comunicação, visando um
ou mais objetivos.

1
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 1995.

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A definição de liderança, portanto, considera pelo menos dois aspectos importantes:

Assim, conjugando esses dois aspectos, temos a seguinte proposição:

nenhuma pessoa poderá ser líder, a menos que consiga que as pessoas façam aquilo que ela preten-
de que façam; nem será bem-sucedida, a menos que seus seguidores a percebam como um meio de
satisfazer suas próprias aspirações pessoais ou atingir seus objetivos.

Entendendo esse panorama inicial, podemos nos estender a diversos outros conceitos
para a liderança. Vejamos alguns:
• Liderança, assim como qualquer outra função gerencial, pode ser ensinada e aprendida
por todos os indivíduos. Assim, atualmente, entende-se como um fenômeno não mais
restrito (inato) a apenas algumas pessoas.
• Liderança é o exercício da autoridade e da tomada de decisões.
• Liderança é dar início a atos que resultam em um padrão consistente de interpretação
global voltada à solução de problemas que são mútuos.

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• Liderança é fazer com que os funcionários tenham vontade de fazer algo que você está
convencido que deva ser feito.
• Liderança é a capacidade de influência interpessoal exercida por meio da comunica-
ção, visando a um objetivo específico.
• Liderança é uma habilidade de persuadir ou dirigir as pessoas sem o uso do prestígio ou
da força de uma autoridade formal ou de circunstâncias externas.
• Liderança é o processo de influenciar as atividades do grupo através da colocação e da
chegada a objetivos.
• O líder é uma pessoa que mais de perto atende às normas e aos valores do grupo; essa
conformidade dá a ela a mais alta posição, que atrai as pessoas e implica o direito de
assumir o controle do grupo.
• O líder é a pessoa que consegue as mudanças mais efetivas no desempenho do grupo.
• O líder é aquele que inicia e facilita a interação entre os membros do grupo.
• O líder é aquela pessoa identificada e aceita como tal pelos seus seguidores.

2. Liderança Formal e Liderança Informal


A liderança, em seu sentido mais amplo possível, pode assumir duas origens distintas: a
influência formal (gestão) e a influência informal (liderança).
A influência formal é aquela conferida pela organização por meio de um ato formal, vincu-
lada às atividades de gestão; enquanto que a influência informal ocorre de forma espontânea,
sem aspectos de formalidades organizacionais.
A distinção em provas é bem prática:

AUTORIDADE FORMAL (GESTÃO) AUTORIDADE INFORMAL (LIDERANÇA)


Fundamenta-se em crenças e respeito ao
Fundamenta-se em normas organizacionais
líder
Os liderados obedecem à norma
Os liderados obedecem à pessoa em si
incorporada na pessoa
O líder instrumentaliza a cooperação e a
As normas dirigem a convivência do grupo
resolução de problemas
É um atributo singular É uma junção de qualidades
Possui foco na administração Possui foco na inovação
Comparado à metáfora de uma cópia Comparado à metáfora de um original
Ênfase na manutenção Ênfase no desenvolvimento
Prioriza sistemas e estruturas Prioriza pessoas
Exerce o controle Inspira confiança

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Adora uma visão de curto prazo Possui uma perspectiva de futuro


Pergunta como e quando Pergunta o que e por que
Visão no possível Visão no horizonte
Imita e aceita o status quo Inventa e aceita o desafio
Faz as coisas de maneira certa - processo Faz as coisas certas - resultado
(eficiência) (eficácia)
Busca a redução de custos Almeja o aumento de lucros
Produz obediência Produz respeito
Resolução de problemas Criação de alternativas
Fiscaliza a utilização dos recursos Otimiza a utilização dos recursos

3. Liderança e Poder
O poder significa o potencial de influência de uma pessoa sobre uma ou outras. Poder é
a capacidade de exercer influência, embora isso não signifique que essa influência realmente
seja exercida. Em outras palavras, o poder é o potencial influenciador que pode ou não ser
efetivamente realizado.
Assim, o poder pode ser legítimo ou ilegítimo. Ilegítimo quando concebido por meio da
coerção, repressão, manipulação ou dominação, práticas eivadas de ilegalidade. Por outro
lado, é legítimo quando advém da autoridade, ou seja, o poder que tem uma pessoa em virtude
do papel que exerce, de sua posição em uma estrutura organizacional.
Os autores French e Ravem (1959)2 identificam cinco fontes de poder:
• Poder de Recompensa - baseia-se numa pessoa (o influenciador) que tenha a capacida-
de de recompensar outra (o influenciado) pelo cumprimento de ordens ou pela realiza-
ção de outras exigências. As recompensas são usadas para reforçar as ações desejá-
veis dos subordinados, e não como “suborno” para realizar tarefas.
• Poder Coercitivo - é o lado negativo do poder de recompensa, onde a punição pode ir
desde pequenos privilégios até a perda do emprego. Esse poder, geralmente, é usado para
manter um padrão mínimo de desempenho ou de conformidade entre os subordinados.
• Poder Legítimo - pode ser de cima para baixo ou de baixo para cima. Por exemplo: o
encarregado de um setor exige que se cumpra certo horário e, concomitantemente, o
vigia exige que o gerente use o crachá para entrar na empresa. É decorrente da posição
hierárquica detida, ou seja, da posse de autoridade formal.
• Poder de Competência, Especialização ou Perito - é a influência exercida como resul-
tado de habilidade especial ou conhecimento. É o que podemos chamar de conhecedor
do assunto, pois temos total confiança ao que ele nos recomenda.
2
FRENCH, J. R. P.; RAVEN, B. H. The bases of social power. In Cartwright D (Ed), Studies in Social Power, University of Michi-
gan Press, Ann Harbor, pp. 150-167, 1959.

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• Poder de Referência - é o poder que se refere à identificação do indivíduo com outro,


seja por motivos pessoais ou por recursos desejáveis. É o poder que existe, por exemplo,
no colega de trabalho que nos atrai ao seu lado na hora das reuniões de departamento,
pelo seu carisma e pelo seu nível de prestígio e admiração.

001. (INÉDITA/2021) Podemos afirmar que, geralmente, um líder utiliza diferentes estilos de
liderança. O tipo de poder que é baseado na especialidade, nas aptidões ou no conhecimento
técnico da pessoa, é denominado poder de referência.

O poder de referência é a liderança com base no carisma e na admiração. O poder de perícia


ou competência é que é baseado na competência, aptidão, domínio temático, conhecimento
técnico etc.
Errado.

O uso de poder e o significado da obediência são destacados pelo alemão Amitai Etzioni,
um dos autores mais importantes da teoria estruturalista. A tipologia de organizações de Et-
zioni (1964) , destacada em seu livro “Organizações Modernas”, relata as conclusões de sua
pesquisa sobre os diferentes tipos de organizações, com base no uso do poder e no significa-
do da obediência:

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Por fim, sempre presente em provas, temos a tipologia de dominação de Max Weber. O au-
tor defende um referencial teórico ancorado em seu esquema conceitual de tipos de domina-
ção: tradicional, carismática e racional-legal. A dominação, segundo Weber (1991)3, é definida
como a probabilidade de encontrar obediência a uma norma de determinado conteúdo, entre
determinadas pessoas indicáveis.
• A dominação tradicional (sociedade tradicional) ocorre quando a obediência se dá por
motivos de hábito, no qual tal comportamento já faz parte dos costumes e está enraiza-
da na cultura da sociedade. Para Weber, toda dominação tradicional tende ao patrimo-
nialismo. Exemplo: os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito
estabelecida e respeitada.
• A dominação carismática (sociedade carismática) sustenta-se pela crença dos subor-
dinados nas qualidades extraordinárias dos superiores. Essas qualidades podem ser
naturais ou sobrenaturais. Exemplo: liderança destacada de membro de uma equipe por
suas capacidades técnicas e conceituais ou uma liderança religiosa que arrebata multi-
dões.
• A dominação legal (sociedade legal) refere-se à submissão coletiva a um conjunto de
regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes. Essas regras determi-
nam a que e a quem se deve obedecer. Essa opção é a que descreve corretamente a con-
cepção weberiana de autoridade burocrática. Exemplo: empregado que recebe ordens
de um superior, de acordo com cláusulas de contrato assinado.

3
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Vol. I. Brasília: Universidade de Brasília,
1991.

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4. Abordagens sobre Liderança


Os conceitos e abordagens sobre liderança foram se desenvolvendo ao longo do tempo,
sofrendo alterações na forma de conceber a figura do líder. As principais fontes doutrinárias
dividem os conceitos sobre liderança em três abordagens:

002. (INÉDITA/2021) Podemos afirmar que, geralmente, um líder utiliza diferentes estilos de
liderança.

Um bom líder deve ter a capacidade de analisar uma situação e, de forma ágil, identificar quais
as ações que precisam ser tomadas. O líder que entrega melhores resultados é aquele que
atua com flexibilidade, combinando e adequando estilos de liderança.
Certo.

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4.1. Abordagem dos Traços de Personalidade


As teorias sobre os traços de personalidade do indivíduo são as mais antigas a respeito
da liderança, com pesquisas iniciadas na década de 1920.
Um traço é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade. Para essas teo-
rias, o líder apresenta características marcantes de personalidade por meio das quais pode
influenciar o comportamento das demais pessoas. Cada autor especifica alguns traços ca-
racterísticos de personalidade que definem o líder, tais como:

No entanto, essa ideia de considerar a liderança como algo nato - o indivíduo nasce líder ou
liderado - mostrou-se incompleta para explicar outros aspectos que envolvem a liderança, em
especial, a distinção entre líderes eficazes e não eficazes.
Assim, atualmente, temos as teorias dos traços da personalidade como sem aplicabilida-
de, já que o desenvolvimento gradativo da liderança é algo que já se concretizou como enten-
dimento dominante.

003. (INÉDITA/2021) Abordagens teóricas de liderança que se baseiam em traços de per-


sonalidade têm a ver com as características de personalidade dos liderados que podem ser
usadas para melhorar o clima organizacional.

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As abordagens teóricas de liderança que se baseiam em traços de personalidade têm a ver


com as características de personalidade dos líderes, e não dos liderados.
Além disso, a melhora do clima organizacional não é a função principal dos estudos de lide-
rança. Os conceitos e abordagens sobre liderança se relacionam com a forma de conceber a
figura do líder.
Errado.

4.2. Abordagem dos Estilos de Liderança ou Comportamental


As teorias dos estilos de liderança ou comportamentais procuram enfatizar os comporta-
mentos que diferenciam os líderes uns dos outros.

4.2.1. Estilos Básicos de Liderança

Os estudos idealizados por Kurt Lewin e desenvolvidos por Ralph K. White e Ronald Lip-
pitt, na Universidade de Iowa, Estados Unidos, culminaram na apresentação de três diferentes
estilos básicos de liderança: o autocrático (autoritário), o liberal (laissez-faire) e o democráti-
co. Essas pesquisas chegaram às seguintes conclusões:

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004. (INÉDITA/2021) O gestor que define as tarefas, os empregados e os auxiliares que as


executarão exerce o estilo de liderança denominado liberal.

A liderança liberal enfatiza total liberdade para a tomada de decisões. O estilo de liderança
apresentado na afirmativa é o autocrático, onde o líder toma as decisões sem nenhuma parti-
cipação do grupo.
Errado.

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005. (INÉDITA/2021) Líderes liberais são aqueles que adotam postura consultiva, comparti-
lhando com suas equipes a tomada de decisão.

A liderança liberal enfatiza total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupos,
participando delas apenas quando solicitado pelo grupo. A afirmativa, na verdade, trata da li-
derança democrática.
Errado.

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006. (INÉDITA/2021) A liderança democrática é aquela em que o líder delega totalmente as


decisões para que o grupo efetue suas tarefas completamente à vontade e sem controle.

A liderança democrática enfatiza a relação entre líder e grupo, que encoraja a participação das
pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo; o líder ajuda nas definições
dos problemas e nas soluções, coordenando as atividades e sugerindo ideias.
A liderança descrita na afirmativa é denominada de liberal (laissez-faire), e não de democrática.
Errado.

Diante desses resultados, o autor Idalberto Chiavenato4 apresenta as principais carac-


terísticas de cada estilo de liderança, que são amplamente cobradas em provas de concur-
sos. Vejamos:

4
CHIAVENATO, I. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em um excelente gestor de pessoas. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.

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LIDERANÇA LIBERAL
LIDERANÇA LIDERANÇA
Características (permissiva ou
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA
laissez–faire)
Total liberdade
Apenas o líder decide As diretrizes são
para a tomada de
e fixa as diretrizes, debatidas e decididas
Tomada de decisões grupais
sem qualquer pelo grupo, que
decisões ou individuais, com
participação do é estimulado e
participação mínima
grupo. assistido pelo líder.
do líder.
A participação O próprio grupo
O líder determina
do líder no esboça providências
providências para
debate é limitada, e técnicas para
a execução das
apresentando apenas atingir o alvo com
Programação tarefas, uma por vez,
alternativas ao grupo, o aconselhamento
dos trabalhos na medida em que
esclarecendo que técnico do líder.
são necessárias e de
poderia fornecer As tarefes ganham
modo imprevisível
informações, desde novos contornos com
para o grupo.
que solicitadas. os debates.
Tanto a divisão A divisão das
O líder determina
das tarefas como a tarefas fica a
qual a tarefa que
escolha dos colegas critério do grupo e
Divisão do cada um deverá
ficam por conta do cada membro tem
trabalho executar e qual seu
grupo. Absoluta falta liberdade de escolher
companheiro de
de participação do seus próprios
trabalho.
líder. colegas.
O líder não faz
O líder é pessoal nenhuma tentativa O líder procura ser
e dominador nos de avaliar ou um membro normal
Participação do elogios e nas críticas regular o curso das do grupo. É objetivo
líder ao trabalho de cada coisas. Faz apenas e estimula com fatos,
um. comentários quando elogios ou críticas.
perguntado.

4.2.2. Classificação do Comportamento dos Líderes

A classificação do comportamento dos líderes é resultado de pesquisas realizadas nas


Universidades de Michigan e Ohio (Estados Unidos).
As pesquisas de Ohio estabeleceram dois tipos de estruturas de liderança:
• Estrutura de Iniciação - grau em que um líder consegue estruturar o próprio papel e dos
funcionários na busca do alcance de objetivos. Inclui a organização do trabalho, das
relações de trabalho e a definição de metas.

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• Estrutura de Consideração - grau em que uma pessoa é capaz de manter relacionamen-


tos de trabalho caracterizados por confiança mútua, respeito às ideias do funcionário e
cuidado com seus sentimentos.

De forma bastante semelhante, os resultados das pesquisas de Michigan concluíram por


duas orientações de liderança:
• A dimensão da liderança centrada nas tarefas (produção) envolve o ponto no qual o
líder se concentra nas tarefas a serem desempenhadas, no progresso que esteja sendo
feito e nas maneiras de cumprir o trabalho. Esse líder também tem diversas formas de
caracterização: autocrático, restritivo, orientado para a tarefa, socialmente distante, di-
retivo ou estruturalista. A essência do estilo deste líder é uma preocupação excessiva
com a tarefa em si, e não com os trabalhadores como pessoas.
• A dimensão da liderança centrada nas pessoas (funcionários) envolve o ponto no qual
o líder se concentra nas pessoas que lidera, considerando sentimentos e qualidades
de suas relações mútuas. Um líder assim é descrito de diversas formas: democrático,
permissivo, orientado para seus seguidores, participativo ou bem-educado. A essência
do estilo deste líder é a sensibilidade aos subordinados como pessoas.

007. (INÉDITA/2021) Os estudos sobre liderança desenvolvidos por estudiosos da Universi-


dade de Ohio e da Universidade de Michigan. Dentre esses últimos, emergiu a Teoria Bidimen-
sional, segundo a qual é possível identificar duas dimensões do comportamento da liderança:
orientação para o funcionário (pessoas) e orientação para a produção (tarefas).

As pesquisas de Michigan concluíram por duas orientações de liderança: a dimensão da li-


derança centrada nas tarefas (produção) e a dimensão da liderança centrada nas pessoas
(funcionários).
Certo.

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4.2.3. Estilos de Liderança de Rensis Likert

Rensis Likert, tomando por base as duas orientações básicas de orientação para tarefas
e pessoas, identificou um sistema composto por quatro tipos básicos de estilos de liderança:
autoritário coercitivo (1), autoritário benevolente (2), consultivo (3) e participativo (4).
No sistema autoritário coercitivo (1), o processo de decisão compete somente ao topo da
organização, com um ambiente dotado de punição, pouca comunicação e nenhuma confian-
ça nos subordinados, havendo recompensas ocasionais.
No sistema autoritário benevolente (2), o processo de decisão ainda é centralizado, mas
com um pouco de interação dos subordinados de forma controlada e certa flexibilidade no
desempenho das tarefas. A motivação dos funcionários continua baseada em algum medo ou
punição e algumas recompensas.
No sistema consultivo (3), o líder procura descentralizar mais as decisões organizacio-
nais, solicitando algumas ideias e opiniões dos funcionários. Continua a usar as recompensas
materiais como forma de motivação para execução das tarefas e utiliza-se, ocasionalmente,
das sanções.
No sistema participativo (4), o líder propicia um ambiente de envolvimento, confiança e
participação dos funcionários, utilizando-se das ideias e sugestões de uma forma construtiva
em todo o processo de tomada de decisão, fornecendo mais liberdade para a equipe organi-
zacional agir, de maneira a não aplicar mais punições. As recompensas são de cunho social.
Em suma, temos o seguinte:

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4.2.4. Grid (Grade) de Liderança ou Gerencial

O Grid (Grade) de Liderança ou Gerencial é uma ferramenta desenvolvida por Robert R.


Blake e Jane S. Mouton que apresenta uma matriz com cinco estilos de liderança diferentes.
A grade, baseada nas orientações de líder orientado para as tarefas (trabalho) e líder orien-
tado para as pessoas (empregado), é composta por um diagrama que apresenta duas variáveis:
• uma é relacionada às tarefas (trabalho, produção), chamada de eixo horizontal “X”);
• a outra é relacionada às pessoas (relações, empregado), chamada de eixo vertical “Y”).

O grid possui intervalos ordenados de 1 a 9, formando uma matriz bidimensional (9 por


9), tendo:
• o número 1 como a grandeza de menor intensidade;
• o número 9 a de maior intensidade;
• o número 5 representando um grau intermediário.

Assim, a matriz agrega 81 posições, nas quais estão distribuídos os tipos de gerencia-
mento identificados. Vejamos a disposição dessa grade:

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Analisando essa matriz bidimensional, podemos identificar cinco estilos de liderança


diferentes:
O líder liberal (gerência empobrecida) (1,1): caracterizado por ser um líder pouco sociável,
por abdicar da tomada de decisão e por não comunicar muito com a equipe, aplicando o mí-
nimo esforço na realização da tarefa.
O líder simpático (gerência de clube de campo) (1,9): caracterizado por ser um líder soci-
ável, menos formal e que evita o conflito. Coloca a produção e as tarefas em segundo plano,
concentrando-se nas necessidades das pessoas.
O líder autocrático (gerência de tarefas) (9,1): caracterizado por ser um líder que dá prio-
ridade à produção e à tarefa. Possui um estilo mais diretivo ao nível da tomada de decisão e
é pouco sociável.
O líder intermediário (gerência de meio termo) (5,5): caracterizado por ser um líder que
tem as suas prioridades equiparadas entre a produção e as pessoas. É moderado socialmente
e a tomada de decisão é uma mistura do estilo diretivo com o consultivo.
O líder integrador (gerência em equipe) (9,9): caracterizado por ser um líder com uma
forte preocupação quer com a produção, quer com as pessoas. Reconhece a importância de
cada um dos elementos da equipe para a realização das tarefas, é sociável e adota um estilo
mais participativo. É considerado, pelo modelo, o estilo de liderança mais eficaz.

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4.3. Abordagem Contingencial ou Situacional


A abordagem contingencial ou situacional enfatiza que o estilo de liderança deve se ajustar à
contingência ou à situação, pois, assim como a situação varia, também variam os requisitos de li-
derança. A expressão “contingência” denota a possibilidade de que alguma coisa aconteça ou não.
A liderança situacional ou o líder que se adapta diante de certas situações se origina da
relação entre estilo do líder, característica do liderado e situação encontrada.
Portanto, as teorias contingenciais ou situacionais tratam a liderança dentro de um con-
texto mais amplo, considerando que não existe um estilo único de liderança válido para toda
e qualquer situação.

4.3.1. Teoria Contingencial de Fiedler

A teoria contingencial de Fred Fiedler identifica dois tipos de liderança: a liderança orien-
tada para as relações e a liderança orientada para tarefa. Essa teoria propõe que a eficácia do
desempenho do grupo depende da adequação entre o estilo do líder e o grau de controle que
a situação lhe proporciona. Nesse sentido, Fiedler identifica três dimensões contingenciais ou
situacionais que determinam a eficácia de liderança:
As relações entre líder e liderado - o grau de confiança, credibilidade e respeito que os
membros do grupo têm em seu líder.
A estrutura da tarefa - o grau de procedimentos estabelecidos no trabalho (tarefas es-
truturadas ou não estruturadas). Tarefas muito bem definidas, com alto grau de organização
e certeza (estruturadas) são favoráveis para o líder, enquanto que tarefas desorganizadas e
imprevisíveis (não estruturadas) são desfavoráveis ao líder.
O poder de posição – o grau de influência que um líder tem sobre as variáveis de poder,
tais como: poder de contratar, demitir, conceder promoções e aumentos salariais.
A combinação dessas três dimensões faz surgir oito estilos de liderança:

RELAÇÕES ENTRE ESTRUTURA DA PODER DE


SITUAÇÃO
LÍDER E LIDERADO TAREFA POSIÇÃO
1 Boas Alta Forte
2 Boas Alta Fraco
3 Boas Baixa Forte
4 Boas Baixa Fraco
5 Fracas Alta Forte
6 Fracas Alta Fraco
7 Fracas Baixa Forte
8 Fracas Baixa Fraco

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Perceba que as situações 1, 2 e 3 possuem mais aspectos positivos que negativos, logo
serão altamente favoráveis quando se necessitar de um líder orientado para a tarefa.
Já as situações 4, 5, 6 e 7 são moderadamente favoráveis quando se necessita de um líder
orientado para as pessoas.
Por fim, a situação 8 é altamente desfavorável quando se necessita de um líder orientado
para as pessoas.
Por isso, Fiedler chegou às seguintes conclusões:
• Situações altamente favoráveis e altamente desfavoráveis (os dois extremos) pedem
líderes orientados para as tarefas;
• Situações moderadamente favoráveis (meios) pedem líderes orientados para as pes-
soas.

008. (INÉDITA/2021) Um administrador acaba de assumir a chefia da área de operações da


empresa em que trabalha. O administrador tem pouco tempo de casa e sua promoção foi
vista com desconfiança e insatisfação pelos colegas de equipe. Pelo modelo contingencial
de liderança de Fiedler, na situação descrita, o estilo de liderança mais eficaz seria orientado
para o relacionamento.

A promoção do administrador foi vista com desconfiança e insatisfação pelos colegas de


equipe. Logo, ele está em situação altamente desfavorável, sendo indicada a liderança com
orientação para as tarefas, e não para o relacionamento.
Errado.

4.3.2. Teoria Contingencial de House e Miltchell - Teoria Caminho-Meta ou


Caminho-Objetivo

A Teoria Caminho-Meta ou Caminho-Objetivo, de Robert J. House e Terence R. Mitchell,


preconiza que o líder deve atuar por meio do exercício de quatro estilos de comportamento:
Estilo de liderança diretiva - caracterizado por um líder que deixa claro aos subordinados
o que é esperado deles, proporciona orientação específica sobre o que deve ser feito e como
isto deve ser realizado. Esclarece o posicionamento de cada um, programa as atividades a se-
rem realizadas, mantém padrões de desempenho definidos e orienta os subordinados para o
cumprimento das regras e regulamentos definidos. Portanto, é ideal para situações de confli-
tos, onde o líder dá as orientações específicas sobre o que se espera de cada um subordinado.

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009. (INÉDITA/2021) A liderança diretiva é adequada quando as tarefas são ambíguas, mas
pode ser percebida como redundante por liderados experientes.

Na liderança diretiva, o líder explica o que e como devem ser realizadas as tarefas pelos su-
bordinados. Por isso, a liderança diretiva pode ser percebida como redundante por liderados
com grande capacidade de percepção ou com razoável experiência.
Certo.

Estilo de liderança de suporte ou apoiadora - caracterizado por um líder amigável e aces-


sível, que demonstra preocupação com a condição, bem-estar e necessidades dos subordi-
nados. Esse líder faz pequenas coisas para deixar o trabalho mais prazeroso, trata os mem-
bros como iguais e se coloca como amigável e acessível.
Estilo de liderança participativa - caracterizado por um líder que consulta seus subordina-
dos, solicita suas sugestões e leva em consideração essas sugestões antes de tomar decisões.
Estilo de liderança orientada para a conquista ou resultados - caracterizado por um líder
que determina metas desafiadoras, espera de seus subordinados o mais alto desempenho,
continuamente busca melhorias de desempenho e demonstra alto grau de confiança de que
os subordinados assumirão as responsabilidades, dedicarão maiores esforços e cumprirão
as metas desafiadoras. Esse tipo de líder constantemente enfatiza a excelência no desempe-
nho e simultaneamente demonstra confiança de que os subordinados atingirão altos padrões
de excelência.

4.3.3. Teoria Situacional 3D de Reddin

A ideia central da Teoria 3D de desenvolvimento de Eficácia, de William J. Reddin, consiste


no líder desenvolver três habilidades gerenciais básicas:
• Sensitividade situacional: a habilidade para diagnosticar situações;
• Flexibilidade de estilo: a habilidade de se adaptar às demandas do contexto;
• Destreza de gerência situacional: a habilidade de transformar uma dada realidade.

Para a Teoria 3D, a eficácia do gerente é mensurada proporcionalmente ao quanto ele é


capaz de adequar o próprio estilo às situações de mudança. Essa teoria baseou-se nas pesqui-
sas da Universidade de Michigan, que consideravam a classificação do líder orientado para as
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tarefas (trabalho) e do líder orientado para as pessoas (empregado). Para a teoria 3-D existem
quatro estilos gerenciais básicos:
Estilo relacionado - que se orienta exclusivamente para as relações que estabelece entre
as pessoas;
Estilo dedicado - que, na sua atuação, dá ênfase às tarefas a serem realizadas;
Estilo separado - tem uma atuação deficitária tanto no que diz respeito às inter-relações,
quanto à realização das tarefas;
Estilo integrado - que consegue conjugar, de forma concomitante, uma atuação eficaz
tanto voltada para a relação entre as pessoas quanto para a realização das tarefas.
Desses estilos, podemos estabelecer os quadrantes que enfatizam a orientação para as
tarefas e a orientação para as pessoas:

4.3.4. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard

A teoria situacional de Paul Hersey e Ken Blanchard identifica quatro comportamentos ou


estilos de liderança: diretivo, persuasivo, compartilhador e delegador.
Cada estilo é uma combinação de direcionamento para a tarefa - à medida com que o líder
dirige os liderados, dizendo o que, onde e como fazer - e para as pessoas - à medida com que
o líder se empenha em comunicar, apoiar e encorajar os seus liderados.

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Essa teoria possui um outro fundamento importante: a maturidade dos liderados, entendi-
da como a capacidade e a disposição (interesse) das pessoas em assumir a responsabilidade
de dirigir seu próprio comportamento. Portanto, dois termos envolvem o conceito de maturi-
dade: a capacidade (maturidade de trabalho), que está relacionada com o conhecimento e a
capacidade técnica e a disposição (maturidade psicológica), relacionada com o interesse ou
motivação para realizar alguma coisa.

010. (INÉDITA/2021) A teoria situacional de Paul Hersey e Ken Blanchard propõe que o estilo
de liderança mais eficaz depende do nível de prontidão dos subordinados, que se refere ao
grau de capacidade e ao interesse em desempenhar uma determinada tarefa.

Para a Teoria da Liderança Situacional, de Hersey e Blanchard, a maturidade dos liderados,


entendida como a capacidade e a disposição (interesse) das pessoas em assumir a respon-
sabilidade de dirigir seu próprio comportamento.
Certo.

Agora, vamos analisar os quatro comportamentos ou estilos de liderança propostos


pela teoria:
Estilo diretivo (determinar ou comandar) - maturidade baixa - M1 ou E1: quando pessoas
não têm motivação e nem capacidade de assumir responsabilidades por determinada tarefa.
Nesse contexto, cabe o estilo que dá ordens, orientações e supervisão claras e específicas,
em que o líder define e especifica o que os liderados devem fazer, como, quando e onde fazer.
Aqui o foco é nas tarefas. Assim, temos alto grau de ênfase nas tarefas e baixo grau de ênfase
no relacionamento.
Estilo persuasivo (persuadir ou negociar) - maturidade entre baixa e moderada - M2 ou
E2: quando pessoas não têm capacidade, mas têm disposição para assumir responsabilida-
des por determinada tarefa. Nesse contexto, a maior parte da direção para as tarefas é forne-
cida pelo líder, que faz os liderados se sentirem psicologicamente convencidos a adotarem os
comportamentos desejados. Assim, temos ênfase tanto nas tarefas como no relacionamento.
Estilo compartilhador (compartilhar ou participar) - maturidade entre moderada e alta
- M3 ou E3: quando pessoas têm capacidade, mas não estão dispostas a assumir respon-
sabilidades por determinada tarefa. Nesse contexto, o líder precisa apoiar o lado psicológico
dos liderados, para que utilizem a capacidade que já possuem. Líder e liderados comparti-
lham decisões. Assim, temos alto grau de ênfase no relacionamento e baixo grau de ênfase
nas tarefas.

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Estilo delegador (delegar) - maturidade alta - M4 ou E4: quando pessoas têm capacidade
e estão dispostas a assumir responsabilidades por determinada tarefa. Nesse contexto, o líder
pode delegar as tarefas na confiança de que os liderados as executarão sem maiores proble-
mas. Assim, temos baixo grau de ênfase no relacionamento e baixo grau de ênfase nas tarefas.

 Obs.: Uma das críticas à teoria situacional de Hersey e Blanchard se refere ao tratamento do
tipo “pulso forte” aos subordinados “imaturos”. Esse tipo de comportamento por parte
da liderança não estimularia o desenvolvimento dos subordinados.

011. (INÉDITA/2021) Os preceitos da Teoria da Liderança Situacional, desenvolvida por Her-


sey e Blanchard, sustenta, entre outros conceitos, que a eficácia da liderança está fortemente
imbricada com a adequação do estilo do líder ao grau de maturidade dos liderados.

A Teoria da Liderança Situacional, de Hersey e Blanchard, considera estilos de liderança (orde-


nar, persuadir, compartilhar, delegar) a serem adotados em relação à maturidade dos liderados.
Trata-se de uma abordagem que combina fatores como características do líder, dos liderados,
da tarefa e da organização, além da conjuntura social, econômica e política.
Certo.

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4.3.5. Teoria Situacional do Recurso Cognitivo de Fiedler e Garcia

Lembram-se de Fred Fiedler, da Teoria Contingencial de Fiedler?

No final da década de 1980, Fiedler e um colega, Joe Garcia, atualizaram sua teoria e es-
pecificaram o estresse como forma de desvantagem situacional. Além disso, demonstraram
como a inteligência e a experiência de um líder influenciam sua reação ao estresse.
A base dessa teoria reside na dificuldade de o líder pensar logicamente perante for-
te tensão, e que a sua inteligência e experiência são diferenciais nas situações de alta ou
baixa tensão.
Em suma:
• A experiência de vida do líder é mais importante para o bom desempenho em situações
de alta tensão.
• Em situações de baixa tensão, a inteligência do líder é mais importante para o bom de-
sempenho que a experiência.

012. (INÉDITA/2021) Uma das conclusões sobre a liderança na Teoria do Recurso Cognitivo
explica que, nas situações de alta tensão, existe uma relação positiva entre experiência no
trabalho e desempenho.

Em situações de baixa tensão, a inteligência do líder é mais importante para o bom desempe-
nho que a experiência.
Certo.

4.4. Liderança Transacional e Liderança Transformacional


4.4.1. Liderança Transacional

Segundo Maximiano (2002)5, na liderança transacional, para atingir os objetivos propostos,


o líder utiliza os interesses dos liderados, recompensando-os materialmente ou emocional-
mente pelo alcance das metas.
A liderança transacional baseia-se no princípio de que o desempenho e a competência
devem ser recompensados segundo algum critério. O líder transacional estabelece metas e
oferece incentivos para sua realização. Tanto o gerente quanto o funcionário (ou líder e lide-
rado), em uma relação transacional, enxergam o trabalho como um sistema de trocas entre
5
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2002.

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contribuições e recompensas. A troca tende a ser racional, sem o fundo carismático e emo-
cional que caracteriza a liderança transformacional, que veremos a seguir.

013. (INÉDITA/2021) A liderança transacional é pautada, principalmente, pela obediência às


regras e cumprimento das metas estabelecidas, além de seguir a ideia de recompensa pro-
porcional ao desempenho.

Para atingir os objetivos propostos, o líder utiliza os interesses dos liderados, recompensan-
do-os materialmente ou emocionalmente pelo alcance das metas.
Certo.

4.4.2. Liderança Transformacional

Segundo o mesmo autor, a liderança transformacional, também chamada de “carismáti-


ca”, tem como essência a premiação por parte do líder à realização da própria tarefa. Nela, os
liderados recebem recompensas de conteúdo moral e o líder empenha-se em fazer com que
os seus liderados atinjam suas metas superando os seus interesses individuais com o máxi-
mo de comprometimento, tornando-se, assim, fiéis seguidores.
Para tanto, os líderes atentam-se para as necessidades e potencialidades dos liderados,
trabalham com a emoção e coragem dos seguidores, trazendo inspiração para que ofereçam
o máximo de si, ou seja, criam meios de motivar e guiar os liderados aos objetivos estabele-
cidos, a partir de valores e padrões estabelecidos.
Alguns exemplos de recompensas carismáticas são: satisfação e oportunidade de cres-
cimento pessoal, possibilidade de participar de projetos desafiadores, agradecimentos pelo
desempenho, promessa de desenvolvimento de competências, dentre outras.
A liderança transformacional está associada, portanto, ao carisma. De origem grega, a
palavra “carisma” significa inspiração divina, que tem a capacidade de realizar milagres e
predições. Entre as características do líder carismático, estão a confiança nos seguidores e a
similaridade de crenças. Os liderados apresentam aceitação incondicional dos líderes, obedi-
ência espontânea, envolvimento emocional com a missão, alto nível de desempenho e crença
na capacidade de contribuição.
O quadro abaixo aponta as principais características entre as lideranças transacionais e
as lideranças transformacionais:

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LIDERANÇA TRANSACIONAL LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL


Líder negociador Líder inspirador
Liderança baseada na promessa de Liderança transformadora (líder é agente de
recompensas mudanças)
Liderança manipulativa Liderança revolucionária (líder é renovador)
O sistema de objetivos ou missão é O sistema de objetivos ou missão é moral:
calculista: a obediência é conseguida por a obediência dos seguidores é fruto da
meio da expectativa ou oferecimento de crença ou fé na pessoa do líder ou no que
recompensa. ele representa.

014. (INÉDITA/2021) Em relação aos líderes transformacionais, podemos afirmar que eles ne-
gociam a troca de recompensas por esforço e reconhecem as conquistas.

Os líderes transformacionais inspiram seus liderados a transcender os próprios interesses


pelo bem da organização ou do grupo.
A afirmativa caracterizou, na verdade, o estilo de liderança transacional.
Errado.

4.5. Outros Estilos de Liderança


Podemos considerar como novas abordagens alguns outros estilos contemporâne-
os de liderança, que seguem outros padrões não referenciados pelas abordagens dos tra-
ços, comportamental, contingencial ou situacional. Vejamos alguns desses estilos citados
pela doutrina:
Líder carismático - aquele que inspira em seus liderados a confiança, aceitação incondi-
cional, obediência espontânea e envolvimento emocional. O líder carismático é visto por seus
liderados como alguém que possui qualidades excepcionais. Um exemplo desse tipo de líder
são os líderes religiosos, como Jesus Cristo.
Líder executivo - aquele que surgiu por causa da busca das organizações pela obtenção
da ordem. Costuma possuir muitas habilidades técnicas e competência.
Líder coercitivo - aquele que exerce a liderança através da coerção ou violência, que pode
ser verbal ou física. Nesse estilo de liderança, a relação entre líder e liderado é instável.

015. (INÉDITA/2021) A competência exigida de uma liderança que não pode lidar com a imi-
nência de uma crise é um estilo coercitivo.

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Situações urgentes exigem decisões urgentes, as quais são mais facilmente exercidas pelo
uso do poder e do controle. Nesse sentido, surge a necessidade de um líder com “pulso firme”
para reconduzir e estabilizar as relações, por meio do uso da força da sua posição.
Certo.

Líder distributivo – aquele que apenas delega tarefas, sempre controlando, acompan-
hando de perto e cobrando resultados. É o líder que não constrói nem destrói, mantendo um
posicionamento de “posições e papéis”.
Líder educativo – aquele que costuma dar o exemplo; seus liderados têm uma relação de
responsabilidade com o trabalho. É a liderança onde existe abertura para troca de conheci-
mentos, não apenas técnicos, mas também humanos.
Líder inspirador - aquele que raramente precisa dar ordens a seus liderados, pois eles se
sentem atraídos pela figura do líder e estão dispostos a fazer o que é necessário.

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RESUMO
Liderança - influência exercida sobre determinada situação pelo processo de comunica-
ção, visando um ou mais objetivos.
Influência formal - aquela conferida pela organização por meio de um ato formal, vincula-
da às atividades de gestão.
Influência informal - aquela que ocorre de forma espontânea, sem aspectos de formalida-
des organizacionais.
Poder - potencial de influência que pode ou não ser efetivamente realizado.

Fontes de Poder

• Poder de recompensa - baseia-se numa pessoa (o influenciador) que tenha a capaci-


dade de recompensar outra (o influenciado) pelo cumprimento de ordens ou pela reali-
zação de outras exigências.
• Poder coercitivo - é o lado negativo do poder de recompensa, onde a punição pode ir
desde pequenos privilégios até a perda do emprego.
• Poder legítimo - é decorrente da posição hierárquica detida, ou seja, da posse de auto-
ridade formal.
• Poder de competência, especialização ou perito – é a influência exercida como resul-
tado de habilidade especial ou conhecimento.
• Poder de referência - é o poder que se refere à identificação do indivíduo com outro,
seja por motivos pessoais ou por recursos desejáveis.

Instrumentos de Poder

• Poder condigno - destaca-se pela capacidade de impor ao indivíduo ou a um grupo


uma alternativa desagradável e penosa o suficiente para fazê-lo desistir de suas prefe-
rências pessoais, usando-se até mesmo punições físicas para tal finalidade (descon-
forto, dores e até torturas).
• Poder compensatório - expresso na conquista por meio de submissão em troca de
favorecimentos, como aumentos salariais, promoções e outras recompensas, nem
sempre legais.
• Poder condicionado - é exercido pela mudança de uma convicção. Estão inseridos nele
a persuasão, a educação e o compromisso social com o que quer que nos pareça certo.

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Tipologia de Dominação de Max Weber

• Dominação tradicional (sociedade tradicional) - ocorre na situação em que a obediên-


cia se dá por motivos de hábito, onde tal comportamento já faz parte dos costumes e
está enraizada na cultura da sociedade.
• Dominação carismática (sociedade carismática) - sustenta-se pela crença dos subor-
dinados nas qualidades extraordinárias dos superiores.
• Dominação legal (sociedade legal) - refere-se à submissão coletiva a um conjunto de
regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes.

Abordagem dos traços de personalidade - líder apresenta características marcantes de


personalidade por meio das quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas.
Liderança autocrática - enfatiza somente o líder; o líder centraliza totalmente a autoridade
e as decisões; os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha; o líder autocrático é
dominador, emite ordens e espera obediência cega dos subordinados.
Liderança liberal (laissez-faire) - enfatiza somente o grupo; o líder permite total liberdade
para a tomada de decisões individuais ou em grupos, participando delas apenas quando so-
licitado pelo grupo; o comportamento do líder é evasivo e sem firmeza.
Liderança democrática ou consultiva - enfatiza a relação entre líder e grupo: o líder é extre-
mamente comunicativo, encoraja a participação das pessoas e se preocupa igualmente com
o trabalho e com o grupo; o líder atua como um facilitador para orientar o grupo, ajudando
nas definições dos problemas e nas soluções, coordenando as atividades e sugerindo ideias.
Liderança centrada nas tarefas (produção) - envolve o ponto no qual o líder se concentra
nas tarefas a serem desempenhadas, no progresso que esteja sendo feito e nas maneiras de
cumprir o trabalho.
Liderança centrada nas pessoas (funcionários) - envolve o ponto no qual o líder se concen-
tra nas pessoas que lidera, considerando sentimentos e qualidades de suas relações mútuas.

Estilos de Liderança de Rensis Likert

• Liderança autoritária coercitiva - o processo de decisão compete somente ao topo da


organização, com um ambiente dotado de punição, pouca comunicação e nenhuma
confiança nos subordinados, havendo recompensas ocasionais.
• Liderança autoritária benevolente - o processo de decisão ainda é centralizado, mas
com um pouco de interação dos subordinados de forma controlada e certa flexibilidade
no desempenho das tarefas. A motivação dos funcionários continua baseada em al-
gum medo ou punição e algumas recompensas.

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• Liderança consultiva - o líder procura descentralizar mais as decisões organizacionais,


solicitando algumas ideias e opiniões dos funcionários. Continua a usar as recompen-
sas materiais como forma de motivação para execução das tarefas e utiliza-se, ocasio-
nalmente, das sanções.
• Liderança participativa - o líder propicia um ambiente de envolvimento, confiança e
participação dos funcionários, utilizando-se das ideias e sugestões de uma forma
construtiva em todo o processo de tomada de decisão, fornecendo mais liberdade para
a equipe organizacional agir, de maneira a não aplicar mais punições. As recompensas
são de cunho social.

Grid (Grade) de Liderança ou Gerencial

• Líder liberal (gerência empobrecida) (1,1) - caracterizado por ser um líder pouco so-
ciável, que abdica da tomada de decisão e que não se comunica muito com a equipe,
aplicando o mínimo esforço na realização da tarefa.
• Líder simpático (gerência de clube de campo) (1,9) - caracterizado por ser um líder so-
ciável, menos formal e que evita o conflito. Coloca a produção e as tarefas em segundo
plano, concentrando-se nas necessidades das pessoas.
• Líder autocrático (gerência de tarefas) (9,1) - caracterizado por ser um líder que dá
prioridade à produção e à tarefa. Possui um estilo mais diretivo ao nível da tomada de
decisão e é pouco sociável.
• Líder intermediário (gerência de meio termo) (5,5) - caracterizado por ser um líder que
tem as suas prioridades equiparadas entre a produção e as pessoas. É moderado so-
cialmente e a tomada de decisão é uma mistura do estilo diretivo com o consultivo.
• Líder integrador (gerência em equipe) (9,9) - caracterizado por ser um líder com uma
forte preocupação quer com a produção, quer com as pessoas.

Teoria Contingencial de Fiedler

• Relações entre líder e liderado - o grau de confiança, credibilidade e respeito que os


membros do grupo têm em seu líder.
• Estrutura da tarefa - o grau de procedimentos estabelecidos no trabalho (tarefas estru-
turadas ou não estruturadas).
• Poder de posição - o grau de influência que um líder tem sobre as variáveis de poder.

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Teoria Contingencial de House e Miltchell - Teoria Caminho-Meta ou Cami-


nho-Objetivo

• Estilo de liderança diretiva - caracterizado por um líder que deixa claro aos subordina-
dos o que é esperado deles, proporciona orientação específica sobre o que deve ser feito
e como isto deve ser realizado.
• Estilo de liderança de suporte ou apoiadora - caracterizado por um líder amigável e
acessível, que demonstra preocupação com a condição, bem-estar e necessidades dos
subordinados.
• Estilo de liderança participativa - caracterizado por um líder que consulta seus subor-
dinados, solicita suas sugestões e leva em consideração essas sugestões antes de
tomar decisões.
• Estilo de liderança orientada para a conquista ou resultados - caracterizado por um
líder que determina metas desafiadoras, espera de seus subordinados o mais alto de-
sempenho.

Teoria Situacional 3D de Reddin

• Estilo relacionado - que se orienta exclusivamente para as relações que estabelece


entre as pessoas.
• Estilo dedicado - que, na sua atuação, dá ênfase às tarefas a serem realizadas.
• Estilo separado - tem uma atuação deficitária tanto no que diz respeito às inter-rela-
ções, quanto à realização das tarefas.
• Estilo integrado - que consegue conjugar, de forma concomitante, uma atuação eficaz
tanto voltada para a relação entre as pessoas quanto para a realização das tarefas.

Teoria Situacional de Hersey e Blanchard

• Estilo diretivo (determinar ou comandar) - maturidade baixa - M1 ou E1: presente em


pessoas que não têm motivação e nem capacidade de assumir responsabilidades por
determinada tarefa.
• Estilo persuasivo (persuadir ou negociar) - maturidade entre baixa e moderada - M2 ou
E2: presente em pessoas que não têm capacidade, mas têm disposição para assumir
responsabilidades por determinada tarefa.
• Estilo compartilhador (compartilhar ou participar) - maturidade entre moderada e alta
- M3 ou E3: presente em pessoas que têm capacidade, mas não estão dispostas a assu-
mir responsabilidades por determinada tarefa.

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• Estilo delegador (delegar) - maturidade alta - M4 ou E4: presente nas pessoas que têm
capacidade e estão dispostas a assumir responsabilidades por determinada tarefa.

Teoria Situacional do Recurso Cognitivo de Fiedler e Garcia

• A experiência de vida do líder é mais importante para o bom desempenho em situações


de alta tensão.
• Em situações de baixa tensão, a inteligência do líder é mais importante para o bom de-
sempenho que a experiência.

Liderança transacional - para atingir os objetivos propostos, o líder utiliza os interesses


dos liderados, recompensando-os materialmente ou emocionalmente pelo alcance das metas.
Liderança transformacional - tem como essência a premiação por parte do líder à realiza-
ção da própria tarefa.
Líder carismático – aquele que inspira em seus liderados a confiança, aceitação incondi-
cional, obediência espontânea e envolvimento emocional.
Líder executivo - aquele que surgiu por causa da busca das organizações pela obtenção
da ordem. Costuma possuir muitas habilidades técnicas e competência.
Líder coercitivo - aquele que exerce a liderança através da coerção ou violência, que pode
ser verbal ou física. Nesse estilo de liderança, a relação entre líder e liderado é instável.
Líder distributivo - aquele que apenas delega tarefas, sempre controlando, acompanhando
de perto e cobrando resultados. É o líder que não constrói nem destrói, mantendo um posicio-
namento de “posições e papéis”.
Líder educativo - aquele que costuma dar o exemplo; seus liderados têm uma relação de
responsabilidade com o trabalho. É a liderança onde existe abertura para troca de conhecimen-
tos, não apenas técnicos, mas também humanos.
Líder inspirador - aquele que raramente precisa dar ordens a seus liderados, pois eles se
sentem atraídos pela figura do líder e estão dispostos a fazer o que é necessário.

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QUESTÕES DE CONCURSO
016. (CESPE/SUPORTE ADMINISTRATIVO/BACEN/2013) O comportamento organizacional,
campo que investiga o impacto de indivíduos, grupos e estrutura sobre o comportamento inter-
no das organizações, envolve temas como clima e cultura organizacional, liderança e equipes
de trabalho e comunicação organizacional. No que se refere a esse assunto, julgue os itens
que se seguem.
O estilo de liderança autocrático, que enfoca as relações humanas em detrimento da produção
e permite a participação das pessoas na tomada de decisões, é próprio de empresas em que
há pessoas mais qualificadas que necessitam de precisão nas tarefas executadas.

É o estilo de liderança democrático, e não autocrático. Foca as relações humanas em detri-


mento da produção, e permite a participação das pessoas na tomada de decisões.
Errado.

017. (CESPE/SUPORTE ADMINISTRATIVO/BACEN/2013) O comportamento organizacional,


campo que investiga o impacto de indivíduos, grupos e estrutura sobre o comportamento inter-
no das organizações, envolve temas como clima e cultura organizacional, liderança e equipes
de trabalho e comunicação organizacional. No que se refere a esse assunto, julgue os itens
que se seguem.
De acordo com a abordagem comportamental de liderança, o comportamento do líder vem do
berço, ou seja, está intrinsecamente ligado aos traços de personalidade; nessa perspectiva, as
características e competências de uma pessoa são o que a torna líder.

A teoria que diz que o comportamento do líder vem do berço é a teoria dos traços, e não a
comportamental.
A Teoria dos traços destaca que a pessoa já nasce com esse traço de liderança e não pode ser
treinada para a liderança.
A abordagem comportamental de liderança é aquela que se baseia nos estilos autocrático,
democrático e liberal.
Errado.

018. (CESPE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/PC-DF/2013) Julgue os itens que se seguem, referentes


a planejamento, organização, direção e controle.
Por ser uma variável independente dentro do modelo organizacional, a liderança está isenta de
critérios de valor.

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Liderança
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Segundo Robbins (2007)6, a liderança não está isenta de critérios de valor. Antes de julgar a
eficácia de um líder, deve-se avaliar o conteúdo moral de seus objetivos, bem como dos meios
que ele utiliza para atingi-los.
Errado.

019. (CESPE/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/MI/2013) Julgue os itens subsequen-


tes, relativos a liderança, motivação e desempenho.
Nas organizações públicas, lideranças eficazes decorrem diretamente de atribuições regi-
mentais e de uma estrutura organizacional rígida e com muitos níveis hierárquicos.

Atribuições regimentais e estrutura rígida, com muitos níveis hierárquicos, são características
do conceito de chefia, e não de liderança, não sendo necessária tal condição para que se es-
tabeleça uma liderança eficaz.
Errado.

020. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 10ª REGIÃO/2013) Com referência a comportamen-


to organizacional, julgue o item que se segue.
Quando uma chefia valoriza de modo mais evidente as habilidades interpessoais de um su-
bordinado em detrimento de sua capacidade de realização e entrega de desempenho, pode
estar havendo a predominância de um estilo de liderança que se baseia na execução de tare-
fas e atividades.

O item traz aspectos de uma liderança centrada nas pessoas, e não nas tarefas.
A dimensão da liderança centrada nas tarefas envolve o ponto no qual o líder se concentra
nas tarefas a ser desempenhadas, no progresso que esteja sendo feito e nas maneiras de
cumprir o trabalho.
A dimensão da liderança centrada nas pessoas envolve o ponto no qual o líder se concentra
nas pessoas que lidera, considerando sentimentos e qualidades de suas relações mútuas.
Assim, corrigindo o item, temos:
Quando uma chefia valoriza de modo mais evidente as habilidades interpessoais de um subor-
dinado em detrimento de sua capacidade de realização e entrega de desempenho, pode estar
havendo a predominância de um estilo de liderança que se baseia na execução de tarefas e ati-
vidades (nas pessoas).
Errado.

6
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. 9.ed. São Paulo: Pearson Education, 2007.

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021. (CESPE/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/TC-DF/2014) No que se refere ao


comportamento organizacional, julgue o item.
Carisma, atenção às necessidades individuais de cada subordinado e estímulo às suas ca-
pacidades intelectuais por meio de ações inspiradoras são características dos líderes trans-
formacionais.

A liderança transformacional está associada ao carisma ou inspiração e tem como essên-


cia a premiação por parte do líder à realização da própria tarefa. Desse modo, os liderados
recebem recompensas de conteúdo moral e o líder empenha-se em fazer com que os seus
liderados atinjam suas metas, superando os seus interesses individuais com o máximo de
comprometimento.
Certo.

022. (CESPE/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/TC-DF/2014) Julgue o seguinte item,


relativo à evolução da administração e do processo administrativo.
De acordo com os pressupostos da liderança situacional, a abordagem a ser utilizada pelo
gestor junto aos liderados depende da maturidade deste em relação a uma tarefa específica.

O item foi julgado, preliminarmente, como CERTO. No entanto, a banca anulou a questão com
a seguinte justificativa:

A utilização do termo “deste” na redação do item prejudicou seu julgamento objetivo. Por esse
motivo, opta-se por sua anulação.

De fato, o correto seria o termo “destes” ou “desses”, já que é a maturidade dos liderados (e
não do líder) que influenciará o tipo de liderança adotado pelo gestor.
O modelo de liderança situacional considera não só o estilo do líder, mas inclui o conceito de
maturidade do colaborador, que é avaliada em termos do grau de capacidade e interesse para
fazer um bom trabalho. A maturidade do liderado deve ser considerada somente em relação a
uma tarefa específica a ser realizada, não podendo dizer que um liderado ou grupo é maduro
ou imaturo num sentido total.
Anulada.

023. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/2014) Um líder que exerce influência sobre seus


subordinados, motivando-os a realizar o trabalho em função de sua autoridade em puni-los ou
recomendar-lhes punição, utiliza como base de poder a
a) competência.
b) referência.

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c) coerção.
d) legitimidade.
e) recompensa.

Claramente, temos uma demonstração do poder coercitivo, que é o lado negativo do poder de
recompensa, em que a punição pode ir desde pequenos privilégios até a perda do emprego.
Esse poder, geralmente, é usado para manter um padrão mínimo de desempenho ou de con-
formidade entre os subordinados.
Letra c.

024. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/2014/ADAPTADA) Os líderes que causam forte


impressão inspiradora em seus seguidores são reconhecidos como líderes transacionais.

O líder que inspira é o líder transformacional, e não o transacional.


Errado.

025. (CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ANATEL/2014) Julgue os próximos itens, referentes


a comportamento organizacional.
Para decidir entre o estilo de liderança focado na tarefa e o estilo de liderança focado nas rela-
ções humanas, deve-se considerar o grau de motivação e de qualificação dos subordinados.

Como vimos, Hersey e Blanchard desenvolveram um modelo situacional de análise da lide-


rança com ênfase nos liderados, introduzindo uma variável muito importante: a maturidade
dos subordinados. Para os autores, a eficácia da liderança depende da adequação do estilo
de liderança ao grau de maturidade dos subordinados.
A maturidade dos liderados é entendida como a capacidade (qualificação) e a disposição (mo-
tivação) das pessoas em assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento.
Certo.

026. (CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ICMBIO/2014) As teorias da liderança formam um


arcabouço necessário para que as organizações desempenhem as suas atividades confor-
me prescrito em seus objetivos, porém a liderança depende também de como a organização
é constituída, sua cultura, seus esforços sinérgicos e o planejamento de suas atividades. A
respeito desse assunto, julgue os próximos itens.
O conceito de sinergia retrata a relação autoridade-responsabilidade que une superiores e
subordinados em uma organização, fazendo que a ordem flua do executivo, no topo da orga-
nização, até o empregado, no nível mais baixo.

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O conceito está bem distante de algo sinergético. Na realidade, o conceito é de hierarquia, e


não sinergia!
Sinergia é o conceito pelo qual duas ou mais pessoas, trabalhando de forma coordenada e
cooperativa, podem realizar mais do que qualquer uma delas o faria isoladamente.
Hierarquia retrata a relação autoridade versus responsabilidade, que une superiores e subor-
dinados em uma organização, fazendo que a ordem flua, no topo da organização, até o em-
pregado, no nível mais baixo.
Errado.

027. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MDIC/2014) Com referência ao comportamento or-


ganizacional, julgue os itens que se seguem.
Líderes contribuem para o bom desempenho de pessoas e equipes de trabalho ao adota-
rem ações orientadas às tarefas e às atividades, bem como ações orientadas aos relaciona-
mentos interpessoais, o que caracteriza um estilo integrador, conforme as abordagens com-
portamentais.

A questão faz referência ao estilo gerencial 3D, de Reddin, que, em suma, destaca:
• Relacionado: orientado para as pessoas.
• Integrado: orientado para as tarefas e para as pessoas.
• Separado: não se orienta a nenhum.
• Dedicado: orientado apenas para tarefas.
Certo.

028. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MDIC/2014) Com referência ao comportamento or-


ganizacional, julgue os itens que se seguem.
Quando um líder consulta seus liderados acerca de suas opiniões, sugestões e percepções
para a tomada de decisão, tem-se um exemplo de liderança de suporte, pois a decisão com-
partilhada cria um ambiente de respeito e consideração.

O exemplo do item é da liderança participativa, e não de suporte!


House e Mitchell, da Teoria Caminho-Meta ou Caminho-Objetivo, descrevem os quatro tipos de
comportamento do líder considerados na teoria: liderança diretiva, liderança apoiadora, lide-
rança participativa e liderança orientada para o resultado.
Estilo de liderança diretiva - caracterizado por um líder que deixa claro aos subordinados o
que é esperado deles, proporciona orientação específica sobre o que deve ser feito e como
isto deve ser realizado.

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Estilo de liderança de suporte ou apoiadora - caracterizado por um líder amigável e acessível,


que demonstra preocupação com a condição, bem-estar e necessidades dos subordinados.
Estilo de liderança participativa - caracterizado por um líder que consulta seus subordinados,
solicita suas sugestões e leva em consideração essas sugestões antes de tomar decisões.
Estilo de liderança orientada para a conquista ou resultados - caracterizado por um líder que
determina metas desafiadoras, espera de seus subordinados o mais alto desempenho, con-
tinuamente busca melhorias de desempenho e demonstra alto grau de confiança de que os
subordinados assumirão as responsabilidades, dedicarão maiores esforços e cumprirão as
metas desafiadoras.
Errado.

029. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE - ADAPTADA) Os líderes que ameaçam seus se-


guidores para obter o que precisam são chamados de carismáticos.

Na liderança transacional, para atingir os objetivos propostos, o líder utiliza os interesses dos
liderados, recompensando-os, materialmente ou emocionalmente, pelo alcance das metas.
A liderança carismática é aquela que inspira em seus liderados a confiança, aceitação incon-
dicional, obediência espontânea e envolvimento emocional. O líder carismático é visto por
seus liderados como alguém que possui qualidades excepcionais.
Errado.

030. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/2014 – ADAPTADA) Os heróis mitológicos são


exemplos de líderes transacionais.

Assim como os líderes religiosos, líderes mitológicos são exemplos de lideranças trans-
formacionais.
Errado.

031. (CESPE/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL – ÁREA 1/2015) Julgue o item, referente a


comportamento organizacional.
Liderança é a capacidade de uma pessoa, designada para um cargo de direção na organiza-
ção, influenciar outra para alcançar metas e objetivos.

O conceito mescla liderança com autoridade formal. Analisando o conceito de liderança, po-
deremos corrigir o item da seguinte forma:
Liderança é a capacidade de uma pessoa, designada para um cargo de direção na organização,
influenciar outra para alcançar metas e objetivos.

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Isso, porque a liderança, diferentemente da autoridade formal, não se vincula a cargos!


Errado.

032. (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Com relação a aspectos de liderança e mo-


tivação nas organizações, julgue o próximo item.
Para realizar adequadamente tarefas percebidas como entediantes, estressantes ou ameaça-
doras, as pessoas devem ser lideradas mediante um estilo diretivo.

A liderança diretiva ou autocrática ocorre quando o líder toma decisões individuais, descon-
siderando a opinião dos liderados. O líder é quem ordena, impõe sua vontade, centralizando
todas as decisões.
Assim, ao meu ver, a questão é bem subjetiva. No entanto, Lacombe e Heilborn (2003)7 lecio-
nam que o líder situacional pode escolher entre quatro tipos de ação:
• Direção - o líder dá instruções específicas e supervisiona rigorosamente o cumprimen-
to das tarefas. Esta ação é usada, principalmente, com pessoas inexperientes, mas que
têm bom potencial para aprender.
• Treinamento - o líder também dirige e supervisiona a realização das tarefas, mas solici-
ta sugestões e explica suas decisões. Esta ação é utilizada com pessoas inexperientes,
mas que perderam seu interesse inicial. Elas alcançaram algum desenvolvimento, mas
precisam ter desafios de novas perspectivas. Seus progressos devem ser elogiados.
• Apoio - o líder ajuda e apoia os esforços dos liderados para cumprirem as tarefas, divi-
dindo com eles as decisões. Esta ação é para ser utilizada com pessoas inexperientes,
mas que apreciam um estilo mais participativo. Pessoas que gostam de serem ouvidas
e apoiadas, mas que têm dificuldades em tomar decisões, necessitando, assim, do su-
porte do líder.
• Delegação - o líder passa as responsabilidades de decisão aos liderados. Esta ação
é apropriada para pessoas experientes, que sabem como se portar diante de crises e
problemas, achando, por si mesmas, as soluções criativas.

Para facilitar, vejamos um quadro resumo:

NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO TIPO DE AÇÃO APROPRIADA


Baixa Competência DIRIGIR
Comprometimento Alto Estruturar, Controlar, Supervisionar
Alguma Competência TREINAR
Comprometimento Baixo Dirigir e Apoiar

7
LACOMBE, F. J. M.; HEILBORN, G. L. J. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.

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Alta Competência APOIAR


Comprometimento Variável Elogiar, Ouvir, Facilitar
DELEGAR
Alta Competência
Transferir responsabilidade pela
Comprometimento Alto
tomada de decisões rotineiras

Perceba que, para o caso descrito no item, o estilo mais apropriado não seria o diretivo, já que
esse é indicado quando há alto índice de comprometimento. Para pessoas que perderam o
nível de comprometimento é indicado ou o estilo “TREINAMENTO” ou o estilo “APOIO”.
Errado.

033. (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Com relação a aspectos de liderança e mo-


tivação nas organizações, julgue o próximo item.
Um dos futuros desafios da liderança é a crescente diversidade nas organizações, o que de-
mandará líderes mais habilidosos em ocupar-se com diferentes perfis multiculturais, bem
como com métodos mais flexíveis de trabalho para a integração de múltiplas competências
nas equipes e organizações.

De acordo com Robbins (2002)8, os líderes eficazes não utilizam um único estilo, mas ajustam
o estilo de liderar a cada situação.
A tendência, então, é a procura por líderes multiculturais. Assim, a cultura organizacional de-
flagra um processo de ajuste de liderança mais eficaz, sendo isso uma variável contingencial.
Certo.

034. (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Com relação a aspectos de liderança e mo-


tivação nas organizações, julgue o próximo item.
Se o grupo for inexperiente e o trabalho a ser realizado por ele for desestruturado, o líder de-
verá adotar o estilo de apoio para que os integrantes desse grupo se sintam mais seguros na
realização das tarefas.

Vimos que, dentro do contexto situacional, Lacombe e Heilborn (2003)9 lecionam que o líder
situacional pode escolher entre quatro tipos de ação:
• Direção - o líder dá instruções específicas e supervisiona rigorosamente o cumprimen-
to das tarefas. Esta ação é usada, principalmente, com pessoas inexperientes, mas que
possuem bom potencial para aprender.

8
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
9
LACOMBE, F. J. M.; HEILBORN, G. L. J. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.

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• Treinamento - o líder também dirige e supervisiona a realização das tarefas, mas solicita
sugestões e explica suas decisões. Esta ação é utilizada com pessoas inexperientes,
mas que perderam seu interesse inicial. Elas alcançaram algum desenvolvimento, mas
precisam ter desafios de novas perspectivas. Seus progressos devem ser elogiados.
• Apoio - o líder ajuda e apoia os esforços dos liderados para cumprirem as tarefas, divi-
dindo com eles as decisões. Esta ação é para ser utilizada com pessoas inexperientes,
mas que apreciam um estilo mais participativo, e com pessoas que gostam de serem
ouvidas e apoiadas, mas que têm dificuldades em tomar decisões, necessitando, as-
sim, do suporte do líder.
• Delegação - o líder passa as responsabilidades de decisão aos liderados. Esta ação
é apropriada para pessoas experientes, que sabem como se portar diante de crises e
problemas, achando, por si mesmas, as soluções criativas.

NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO TIPO DE AÇÃO APROPRIADA


Baixa Competência DIRIGIR
Comprometimento Alto Estruturar, Controlar, Supervisionar
Alguma Competência TREINAR
Comprometimento Baixo Dirigir e Apoiar
Alta Competência APOIAR
Comprometimento Variável Elogiar, Ouvir, Facilitar
DELEGAR
Alta Competência
Transferir responsabilidade pela
Comprometimento Alto
tomada de decisões rotineiras

Então, perceba que, para o caso descrito no item, o estilo mais apropriado não seria o de
apoiar. Para pessoas inexperientes, mas com comprometimento alto, é indicado o estilo “DI-
RIGIR”, ou seja, a ação é de estruturar a competência.
Errado.

035. (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Com relação a aspectos de liderança e mo-


tivação nas organizações, julgue o próximo item.
Uma pessoa com o status de celebridade terá provavelmente um alto poder de referência,
podendo liderar pessoas na realização de determinado objetivo em comum.

São cinco as bases ou fontes de poder: coerção, recompensa, legitimidade, experiência e


referência.
O poder coercitivo obtém submissão através da imposição de alternativas para consequên-
cias adequadamente adversas.

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O poder de recompensa (também chamado de compensatório) tem a submissão conquista-


da, oferecendo-se uma compensação positiva em troca.
O poder legítimo está diretamente associado ao poder que um indivíduo recebe como resul-
tado de seu cargo ou de sua posição na estrutura organizacional.
O poder da experiência (também chamado de talento ou perícia) é a influência que o líder
exerce como resultado da sua perícia, de uma habilidade específica ou do seu conhecimento.
Por fim, o poder de referência, que é baseado na identificação dos subordinados com o líder,
no que diz respeito a recursos ou traços pessoais desejáveis. O status, nesse caso, é um des-
ses traços.
Certo.

036. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MDIC/2014) Julgue o item a seguir, re-


lativo à evolução da administração e ao processo administrativo.
Um gerente que adota um estilo de liderança liberal enfatiza as tarefas e a forma de obtenção
dos resultados por intermédio de sua equipe.

Na liderança liberal, tanto a divisão das tarefas como a escolha dos colegas ficam por conta
do grupo. Há absoluta falta de participação do líder.
Errado.

037. (CESPE/CONTADOR/MTE/2014) No que se refere à gestão de pessoas nas organizações,


julgue o item subsecutivo.
A relação entre motivação e liderança pode ser observada quando pessoas influenciam ou-
tras em virtude daquilo que estabelecem como objetivos, conforme se percebe nas relações
de dependência interpessoal.

Na realidade, a afirmação é uma correlação entre os conceitos de “poder” e “liderança”, e não


de “motivação” e “liderança”.
Apesar de os conceitos serem tratados com mais ênfase em suas diferenças, há semelhança
entre eles. Vejamos essa correlação nos conceitos abaixo:
A definição de liderança envolve dois aspectos importantes: o primeiro é a capacidade presu-
mida de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito. O segundo é a tendência
dos lide­rados de seguirem aqueles que percebem como instrumentais para satisfazerem os
seus próprios objetivos e necessidades pessoais.
Semelhantemente, o poder significa o potencial de influência de uma pessoa sobre uma ou
outras. Poder é a capacidade de exercer influência, embora isso não signifique que essa in-
fluência realmente seja exercida. Em outras palavras, o poder é o po­tencial influenciador que
pode ou não ser efetivamente realizado.

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Assim, reescrevendo o item, temos:


A relação entre motivação (poder) e liderança pode ser observada quando pessoas influenciam
outras em virtude daquilo que estabelecem como objetivos, conforme se percebe nas relações
de dependência interpessoal.
Errado.

038. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MTE/2014) No que se refere ao comportamento or-


ganizacional, julgue o item subsecutivo.
Quando os empregados desempenham atividades bem estruturadas em termos de metas e
estratégias de trabalho, compete aos líderes da organização a gestão das relações humanas
e do clima psicossocial de trabalho visto que o controle dessas tarefas por parte das chefias
pode gerar insatisfação entre os empregados.

A liderança se distingue da chefia. Essa é uma distinção clássica na área gerencial. Os líderes
estão presentes em todos os níveis hierárquicos, assumindo o papel de direcionar e conjugar
esforços, comunicar, motivar, avaliar e recompensar as pessoas dentro da organização. (É
mais afetiva)
Diferentemente, a chefia é algo mais formal, de controle de atividades. (É mais diretiva)
Assim, a questão trata dessas características que diferenciam as funções de cada uma des-
sas figuras. Perceba que os líderes estão mais próximos dos empregados. Logo, é natural que
os grupos que possuem atividades bem estruturadas devem ser geridos pela gerência mais
próxima, a liderança que convive com o grupo. Estabelecer a incumbência de chefias é dissi-
par o engajamento obtido pelo grupo.
Certo.

039. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ICMBIO/2014) Acerca da gestão de pessoas nas


organizações, julgue o item a seguir.
Mostrar respeito e consideração pelo bem-estar e necessidades dos liderados, atuar com
cordialidade para construir um clima amistoso são características de um líder que demonstra
comportamento de apoio, conforme a teoria caminho-objetivo.

A Teoria Caminho-Objetivo também é conhecida como Teoria da Meta e do Caminho. Desen-


volvida por Robert House, ela é um modelo contingencial de liderança.
Essa teoria divulga argumenta que é função do líder ajudar os subor­dinados no alcance de
suas metas, fornecendo orientação e apoio necessário para assegurar que tais metas sejam
compatíveis com os objetivos da organização. Os termos meta e caminho derivam da con-
vicção de que os líderes eficazes abrem os caminhos para ajudar seus liderados a atingirem
seus objetivos, tornando a jornada mais fácil ao reduzir os seus obstáculos.

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É nessa teoria que são abordados quatro comportamentos de liderança:


• O líder diretivo: faz com que os liderados saibam o que se espera deles, organiza o
trabalho a ser feito e fornece instruções precisas sobre como as tarefas devem ser
realizadas.
• O líder apoiador: é amigável e demonstra sensibilidade às necessidades de seus subor-
dinados.
• O líder participativo: consulta os liderados e utiliza suas sugestões antes de tomar uma
decisão.
• O líder orientado para a conquista: estabelece metas desafiadoras e espera que os lide-
rados ofereçam o melhor desempenho possível.

Assim, o item apresenta, de fato, característica do estilo de liderança apoiadora, segundo a


teoria caminho-objetivo.
Certo.

040. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) Acerca de comportamento organizacional,


julgue o item a seguir.
De acordo com a abordagem de traços e competências de líderes, a eficácia da liderança
depende, entre outras variáveis, da capacidade do líder de tolerar o estresse, lidando com ele,
bem como da sua autoconfiança para influenciar as pessoas na busca de objetivos comuns.

Um traço é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade. Segundo essas teo-


rias, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem
das demais pessoas. O líder apresenta características marcantes de personalidade por meio
das quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas. Cada autor específica al-
guns traços característicos de personalidade que definem o líder, como:
• traços físicos – energia, aparência pessoal, estatura e peso;
• traços intelectuais – adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança;
• traços sociais – cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa;
• traços relacionados com a tarefa – impulso de realização, persistência e iniciativa.

Portanto, a teoria dos traços considera apenas a figura do líder, não se preocupando com as
pessoas, nem tampouco com o contexto situacional. A tolerância ao estresse e a autocon-
fiança são atributos classificados como sociais.
Certo.

041. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Acerca de comportamento organiza-


cional, julgue o item a seguir.

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Postula a teoria da liderança pautada nos recursos cognitivos que, em situações de baixo
estresse, líderes e liderados, para conseguirem um desempenho mais eficaz, dependem mais
da experiência que da inteligência.

Segundo Robbins (2005)10, Fiedler e um colega, Joe Garcia, concentraram-se no papel do es-
tresse como forma de desvantagem situacional e em como a inteligência e a experiência de
um líder influenciam a sua reação ao estresse. Deram o nome de teoria do recurso cognitivo a
essa reconceitualização.
A essência da nova teoria é a de que o estresse é inimigo da racionalidade. E difícil para
o líder (e para qual­quer outra pessoa) pensar de forma lógica e analítica quando está sob
forte tensão.
Além disso, a importância da inteligência e da experiência do líder difere nas situações de
alta e baixa tensão. Fiedler e Garcia descobriram que a inteligência do líder tem uma relação
positiva com o desempenho sob baixa tensão, e negativa, sob alta tensão. Por outro lado, a
experiência do líder tem uma relação negativa com o desempenho sob baixa tensão, e posi-
tiva, sob alta tensão.
Assim, de acordo com Fiedler e Garcia, é o nível de estresse da situação que determina se a
inteli­gência e a experiência do indivíduo vão contribuir para o desempenho da liderança.
Logo, corrigindo o item, temos:
Postula a teoria da liderança pautada nos recursos cognitivos que, em situações de baixo es-
tresse, líderes e liderados, para conseguirem um desempenho mais eficaz, dependem mais da
experiência (inteligência) que da inteligência (experiência).
Errado.

042. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/2015) Com referência à gestão de pessoas, julgue


o item que se segue.
Os estilos de liderança podem ser classificados em duas dimensões: orientação para relacio-
namentos, que engloba os estilos dominante, diretivo e autocrático; e orientação para tarefas,
com a classificação em estilos participativo, estimulador e apoiador.

A correlação feita entre as dimensões relacionamentos e tarefas está invertida.


O comportamento do líder orientado para as tarefas ou produção está focado na atividade
rotineira do trabalho, enfatizando seus aspectos técnicos, metódicos e práticos, caracteriza-
da por forte pressão e supervisão da produção. Tudo isso para a obtenção do objetivo maior,
que é a execução das tarefas organizacionais. Logo, engloba os estilos dominante, diretivo e
autocrático.
10
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. Tradução técnica: Reynaldo Marcondes. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2005.

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Por sua vez, o comportamento do líder orientado para os relacionamentos (pessoas) volta-se
para os aspectos humanos do trabalho, com foco no relacionamento interpessoal e em um
ambiente de trabalho propício ao desenvolvimento eficaz da equipe. Logo, relaciona-se com
a classificação em estilos participativo, estimulador e apoiador.
Errado.

043. (CESPE/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/2015) Os diversos modelos de políticas e de


práticas de gestão de pessoas visam tornar mais eficientes o desempenho humano e o orga-
nizacional. A esse respeito, julgue o item.
Lideranças focadas no controle das tarefas, das atividades e dos processos de trabalho ten-
dem a ser mais prejudiciais à eficiência dos trabalhos desenvolvidos pelos seus liderados se
comparadas àquelas lideranças orientadas para as relações interpessoais e grupais.

O comportamento do líder orientado para as tarefas, atividades e processos de trabalho está


focado na atividade rotineira do trabalho, enfatizando seus aspectos técnicos, metódicos e
práticos, caracterizada por forte pressão e supervisão da produção, tudo isso para a obtenção
do objetivo maior que é a execução das tarefas organizacionais (eficiência).
Por sua vez, o comportamento do líder orientado para as relações interpessoais e grupais
volta-se para os aspectos humanos do trabalho, com foco no relacionamento interpessoal e
em um ambiente de trabalho propício ao desenvolvimento eficaz da equipe (eficácia).
Logo, corrigindo o item, temos:
Lideranças focadas no controle das tarefas, das atividades e dos processos de trabalho tendem
a ser mais benéficas à eficiência dos trabalhos desenvolvidos pelos seus liderados se compara-
das àquelas lideranças orientadas para as relações interpessoais e grupais.
Errado.

044. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-MT/2015) Tanto em instituições privadas quanto


nas públicas, é essencial a liderança, consistente no poder de influenciar as pessoas para a
consecução dos objetivos institucionais. A partir dessa afirmação, assinale a opção correta.
a) Conforme define a teoria das necessidades adquiridas, o estímulo à motivação cabe ao líder,
pois a necessidade de afiliação é centrada na importância da interação entre ele e o liderado.
b) Ao aprovar o comportamento de um liderado, o líder toma uma atitude aderente ao reforço
positivo, pelo fato de salientar um comportamento desejável.
c) A habilidade de comunicação é importante para o exercício da liderança e os melhores ca-
nais para que a comunicação se estabeleça entre os interlocutores são os canais interativos.
d) O processo de comunicação entre líderes de um mesmo nível hierárquico para tratamento
de assuntos interdepartamentais é considerado uma forma de comunicação ascendente.
e) É determinante para o exercício da liderança inspiradora que o poder do servidor que a
exerce seja legitimado em decorrência do cargo por ele ocupado.

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a) Errada. A teoria das necessidades adquiridas pertence ao teórico McClelland. Essa teoria
se baseia em três grupos de necessidades e de motivos que se desenvolvem socialmente:
afiliação, realização e poder. Na afiliação, há preocupação de se estabelecer, manter ou resta-
belecer relações emocionais positivas com a pessoas. O estímulo a motivação, nesse caso,
não está centrado no líder e na relação dele com os subordinados, mas entre as pessoas
como um todo.
b) Certa. A teoria do reforço de Skinner afirma que o reforço condiciona o comportamento.
Ou seja, os indivíduos podem ser manipulados a se comportarem de certa maneira, de acordo
com os estímulos aplicados a eles.
O reforço positivo seria dar uma recompensa quando o comportamento desejado ocorre. Pode
ocorrer o reforço positivo por exemplo: premiações, promoções e até algo simples, como elo-
gios a um trabalho bem feito.
c) Errada. Está correto afirmar que a habilidade de comunicação é importante para o exercício
da liderança. Porém, o meio de comunicação interativo não é um dos melhores na condição
para que a comunicação se estabeleça.
d) Errada. A comunicação horizontal é que é utilizada entre líderes de mesmo nível hierárqui-
co. A comunicação ascendente ocorrerá do subordinado para a chefia. É utilizado para forne-
cer feedback aos executivos, informá-los sobre o progresso em relação metas e os relatos de
problemas ocorridos.
e) Errada. A liderança inspiradora se baseia na própria experiência do líder. Liderança inspira-
dora é algo que vem de dentro e que pode transformar o ambiente profissional como um todo.
Letra b.

045. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/2016) No que se refere a lideran-


ça, comunicação e controle, julgue o item subsequente.
O impacto das ações do líder sobre os indivíduos e o compromisso permanente e duradouro
com a mudança pessoal devem ser considerados para a sustentabilidade da liderança e para
a motivação das pessoas.

Ninguém é líder sozinho! A liderança exige a presença mínima de um líder e um liderado. Logo,
podemos entender a liderança como uma influência exercida sobre determinada situação
pelo processo de comunicação, visando um ou mais objetivos.
Portanto, o que a afirmação do item resume é que, para fazer uma organização ou um depar-
tamento produzir resultados, o administrador deve desempenhar funções ativadoras, como
no campo das ações, mudanças e motivação.
Certo.

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046. (CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/2016) Julgue o item subse-


quente, relativo a cultura e liderança nas organizações.
Os líderes formais são responsáveis pela criação de uma cultura organizacional sem influên-
cia de outros agentes internos ou externos à organização, razão por que as relações entre os
estilos de liderança e a cultura de determinada organização já fornecem descobertas-chave
a respeito do seu modo de atuação.

De acordo com o que estudamos até aqui, podemos concluir que a liderança formal ocorre
quando o líder foca a realização de metas por meio hierárquico de comando, em que o indi-
víduo que dirige esse processo possui um cargo estabelecido na estrutura formal da orga-
nização. Ainda assim, é impossível uma cultura organizacional ser criada sem influência de
agentes internos ou externos à organização. Daí a primeira incorreção da afirmação.
O item ainda afirma que as relações entre os estilos de liderança e a cultura de determinada
organização já fornecem descobertas-chave a respeito do seu modo de atuação. Isso revela
outra afirmativa bastante imprecisa, pois os estilos de liderança envolvem fatores situacio-
nais, e nem sempre fatores permanentes, como vimos. Significa dizer, por exemplo, que um
líder pode, hoje, adotar um estilo mais autoritário e, amanhã, adotar um estilo mais demo-
crático. Em suma, dependerá mais da maturidade dos liderados do que da própria cultura
organizacional.
Errado.

047. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/2016) No que se refere ao compor-


tamento grupal e intergrupal em uma organização, julgue o próximo item.
Autoridade, ideologia, especialidade e política representam sistemas de influência que os jo-
gadores, internos ou externos e aliados em coalizões, podem adotar na tentativa de afetar as
decisões e os resultados das organizações.

A questão se baseia na Teoria do Poder Organizacional, de Mintzberg (1983)11.


Em suma, a Teoria do Poder Organizacional busca retratar como as organizações sobrevivem
no ambiente de alta competitividade, apresentando estruturas organizacionais em estado de
equilíbrio dinâmico.
Para o autor, o comportamento organizacional é um jogo de poder, no qual estão presentes e
atuantes vários jogadores e influenciadores na busca do controle das ações organizacionais.
Esses jogadores usam meios e sistemas de influência (autoridade, ideologia, especialidade,
política) para exercer controle sobre as decisões organizacionais.

11
MINTZBERG, H. Power in and around organizations. New York: Englewood Cliffs-Prentice Hall, 1983.

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O influenciador é uma pessoa de dentro ou de fora da organização que opta por ser participan-
te no impacto de resultados da organização. Portanto, os influenciadores tentam dominar as
bases de poder para utilizá-las em jogos, cujo objetivo é satisfazer suas próprias necessidades
e/ou garantir o alcance dos interesses organizacionais. Assim, afirma o autor que o grau de
êxito dos influenciadores determina a configuração final do poder na organização. O poder é
definido pelo autor como a capacidade de afetar os resultados organizacionais.
Certo.

048. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/DPU/2016) Acerca de comportamento organizacio-


nal, julgue o item que se segue.
Se o chefe e as regras organizacionais são percebidos de forma positiva, a liderança é consi-
derada adequada, tendendo as pessoas a demonstrarem lealdade à equipe e à organização.

Inicialmente, destacamos que o conceito de chefe se caracteriza como um modelo antigo -


geralmente usado de forma negativa -, porém a questão fala em “forma positiva”.
Na verdade, aquele que é apenas chefe impõe suas ideias movido pela autoridade que seu
cargo lhe confere, exercendo o papel de mandante (aquele que manda) e não de comandante
(aquele que comanda, lidera).
Por sua vez, liderar significa fazer com que a equipe de uma organização trabalhe em grupo,
com satisfação e motivação.
No entanto, a junção de chefia e liderança é possível, ainda mais em situações contingenciais,
sob a ótica de teorias comportamentais e situacionais. Nesse caso, se o chefe e as regras
organizacionais são percebidos de forma positiva, a liderança é considerada adequada, ten-
dendo as pessoas a demonstrarem lealdade à equipe e à organização.
Certo.

049. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/2016) Com relação a liderança, mo-


tivação e comunicação, julgue o item seguinte.
O líder que apresenta o poder de referência é aquele que influencia uma equipe pelo respeito
por seus conhecimentos, além de apresentar habilidades relacionadas às atividades desem-
penhadas pela sua equipe.

O item destaca o poder de competência, e não o de referência.


O poder de competência é que é a influência exercida como resultado de habilidade especial
ou conhecimento. É o que podemos chamar de conhecedor do assunto, pois temos total con-
fiança ao que ele nos recomenda.

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Note que o poder de referência se relaciona com carisma, prestígio e admiração, não neces-
sariamente atributos advindos de conhecimentos e habilidade. É o poder de competência que
destaca o “conhecedor do assunto”.
Assim, corrigindo o item, temos:
O líder que apresenta o poder de referência (competência) é aquele que influencia uma equipe
pelo respeito por seus conhecimentos, além de apresentar habilidades relacionadas às ativida-
des desempenhadas pela sua equipe.
Errado.

050. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/DPU/2016) Acerca de comportamento organizacio-


nal, julgue o item que se segue.
Segundo as abordagens de traços e competências de liderança, a presença de comportamen-
tos orientados ao trabalho e ao relacionamento interpessoal no modo de agir do líder favorece
eficazmente o alcance dos resultados de equipes e organizações.

Antes de sinalizarmos o erro, convém, mais uma vez, revermos a classificação dupla de com-
portamentos dos líderes.
O comportamento do líder orientado para as tarefas (produção ou trabalho) está focado na
atividade rotineira do trabalho para a obtenção do objetivo maior que é a execução das tare-
fas organizacionais.
Por sua vez, o comportamento do líder orientado para as pessoas (relacionamento interpesso-
al) volta-se para os aspectos humanos do trabalho, com foco no relacionamento interpessoal
e em um ambiente de trabalho propício ao desenvolvimento eficaz da equipe.
O erro, portanto, está no fato de que essas duas orientações fazem parte da abordagem com-
portamental, e não da abordagem de traços e competências. As teorias sobre os traços e
competências do indivíduo são as mais antigas a respeito da liderança. Segundo essas teo-
rias, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem
das demais pessoas. Por isso, é uma teoria sem aplicabilidade, já que o desenvolvimento
gradativo da liderança é algo que já se concretizou como entendimento dominante.
Errado.

051. (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/DPU/2016) Acerca de comportamento organizacio-


nal, julgue o item que se segue.
Atualmente, a liderança que contribui para o desempenho eficaz da equipe ampara-se em ca-
racterísticas ou qualidades pessoais como carisma, propósito e realização, o que leva as pes-
soas a perceberem a influência do líder em situações de maior ou menor estabilidade.

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A questão trata da evolução das teorias da liderança e suas aplicações práticas nas or-
ganizações.
Em suma, a teoria dos traços diz que o líder é aquele que possui alguns traços específicos
de personalidade que o distinguem das demais pessoas. Já as teorias situacionais explicam
a liderança dentro de um contexto mais amplo e partem do princípio de que não existe um
único estilo de liderança válido para toda e qualquer situação. A reciproca é verdadeira: cada
situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos subordinados.

E é aqui que se enquadra a questão? Sim, é aqui mesmo.

Segundo Sobral e Peci (2008)12, as comparativas dos traços dos líderes com os indivíduos
comuns revelaram que os líderes têm determinados traços de personalidade - como determi-
nação, iniciativa, autoconfiança, inteligência, honestidade ou integridade -, mas as pessoas que
têm estes traços não são (e nem sempre se tornam) necessariamente líderes.
Já pesquisas de comparação de líderes eficazes com os líderes não eficazes, apesar de res-
saltar as mesmas características necessárias a um líder, revelaram que a liderança eficaz não
depende de um conjunto particular de características e, sim, do ajustamento das caracterís-
ticas do líder à situação.
Errado.

052. (CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ANVISA/2016) No que se refere a gestão de pesso-


as, equilíbrio organizacional, motivação e liderança, julgue o item subsequente.
A liderança nas organizações, sinônimo de administração, deve ser atribuída aos administra-
dores que demonstrem maior capacidade para planejamento, organização, direção e controle.

O primeiro erro do item está na afirmação de que a liderança é sinônimo de administração. A


administração possui um conceito muito mais amplo, no qual a liderança é, apenas, um dos
diversos fatores que constituem esse conceito.
A expressão administração ou gestão inicialmente, tem um conceito que foca o desempenho
da organização, ou seja, o campo de estudo em que se analisa o funcionamento das organi-
zações e se busca formas de melhorar seu desempenho.
Já a liderança pode ser entendida como uma influência exercida sobre determinada situação
pelo processo de comunicação, visando um ou mais objetivos.

Notou a imensa diferença entre os conceitos?

12
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Prentice Hall, 2008.

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O outro erro é dizer que a liderança é atribuída. Na realidade, esse é um ponto de vista apenas
da Teoria da Atribuição. Mas se consideramos todo o contexto de desenvolvimento da lide-
rança informal, essa afirmação “cai por terra”. Se entendermos que a liderança é um atributo
que pode ser aprendido, a afirmação do item também poderia ser desconsiderada.
Errado.

053. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Julgue o item, relativo ao processo admi-


nistrativo de organizações públicas.
Os conceitos de poder e autoridade nas organizações são sempre coincidentes, uma vez que
quem possui poder possui autoridade e quem tem autoridade tem poder.

Os conceitos de poder e autoridade nas organizações não são sempre coincidentes, pois nem
sempre quem possui poder possui autoridade e quem tem autoridade tem poder.
O poder significa o potencial de influência de uma pessoa sobre uma ou outras. Poder é a
capacidade de exercer influência, embora isso não signifique que essa influência realmente
seja exercida.
O termo “autoridade” pode ser definido como poder legítimo, direito de dar ordens e ser
obedecido.
Assim, poder é potencial; autoridade é real.
Errado.

054. (CESPE/TÉCNICO DE GESTÃO EDUCACIONAL/SEDF/2017) Com relação a equilíbrio


organizacional, liderança, motivação e objetivos da gestão de pessoas, julgue o seguinte item.
A liderança exercida em função do poder legitimado é identificada pelos conhecimentos e
pelas capacidades técnicas do indivíduo.

É a liderança exercida em função do poder de especialização (e não do poder legítimo) que é


identificada pelos conhecimentos e pelas capacidades técnicas do indivíduo. Como vimos, a
liderança exercida em função do poder legitimado é a decorrente de autoridade formal.
Errado.

055. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TER-BA/2017) De acordo com a literatura pertinente, uma


das dimensões da liderança transacional é a
a) recompensa contingente.
b) motivação inspiracional.
c) estimulação intelectual.
d) consideração individualizada.
e) influência idealizada.

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a) Certa. Na liderança transacional, o líder clarifica ao seguidor o que este deve fazer para ser
compensado pelo esforço. Isso representa a recompensa contingencial. A liderança transa-
cional baseia-se no princípio de que o desempenho e a competência devem ser recompensa-
dos segundo algum critério. O líder transacional estabelece metas e oferece incentivos para
sua realização.

 Obs.: As demais dimensões apresentadas nas outras alternativas caracterizam a liderança


transformacional. A liderança transformacional, também chamada de “carismática”,
tem como essência a premiação por parte do líder à realização da própria tarefa. Nela,
os liderados recebem recompensas de conteúdo moral e o líder empenha-se em fazer
com que os seus liderados atinjam suas metas superando os seus interesses individu-
ais com o máximo de comprometimento, tornando-se, assim, fiéis seguidores.

b) Errada. Motivação inspiracional - o líder comunica uma visão apelativa, usa símbolos para
fomentar o esforço dos seguidores, atua como um modelo de comportamentos, instigando
o otimismo.
c) Errada. Estimulação intelectual - o líder estimula nos seguidores a tomada de consciência
dos problemas, dos seus próprios pensamentos e imaginação. Ajuda-os a reconhecer as suas
próprias crenças e valores. Fomenta-lhes o pensamento inovador/criativo. Incita-os a questio-
narem as suas assunções.
d) Errada. Consideração individualizada - o líder atende às necessidades de desenvolvimento
dos seguidores, apoia-os, encoraja-os, treina-os, tenta desenvolver o seu potencial, fornece-
-lhes feedback e delega-lhes responsabilidades.
e) Errada. Influência idealizada - o líder adota comportamentos que ativam fortes emoções nos
seguidores, suscitam confiança e identificação destes com ele, influencia os seus ideais.
Letra a.

056. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/STM/2018) Julgue o item a seguir, referente à gestão de


pessoas no setor público e aos múltiplos aspectos a ela relacionados.
Abordagens teóricas de liderança que se baseiam em traços de personalidade têm a ver com
as características de personalidade dos liderados que podem ser usadas para melhorar o
clima organizacional.

As abordagens teóricas de liderança que se baseiam em traços de personalidade têm a ver


com as características de personalidade dos líderes, e não dos liderados.

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Além disso, a melhora do clima organizacional não é a função principal dos estudos de lide-
rança. Os conceitos e abordagens sobre liderança se relacionam com a forma de conceber a
figura do líder.
Assim, um traço é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade do líder e es-
sas características estão relacionadas às ações do líder, que podem influenciar o comporta-
mento dos liderados.
Errado.

057. (CESPE/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/MPU/2018) Julgue o item se-


guinte, relativo a gestão de pessoas.
Entre os estilos de liderança, o democrático é, em regra, o mais eficaz para instituições públi-
cas alcançarem melhores resultados operacionais e maior qualidade de atendimento.

Na realidade, essa ideia de que determinado um estilo seja mais eficaz que outro não pode ser
aplicado dessa forma. Não pode haver generalização. Os estilos de liderança existem frente
às contingências ambientais.
Nenhuma pessoa poderá ser líder, a menos que consiga que as pessoas façam aquilo que
ela pretende que façam; nem será bem-sucedida, a menos que seus seguidores a percebam
como um meio de satisfazer suas próprias aspirações pessoais ou atingir seus objetivos.
Assim, os estilos podem variar, a depender de múltiplos fatores existentes no ambiente orga-
nizacional.
Logo, não existe comprovação de que um estilo seja que melhor que outro. Na realidade, o
estilo que mais predomina nos órgãos públicos ainda é o autocrático, que, mesmo assim, não
pode ser julgado como o mais eficaz.
Errado.

058. (CESPE/ADMINISTRADOR/FUB/2018) A respeito de ferramentas, técnicas e abordagens


utilizadas por gestores em organizações, julgue o item subsequente.
O gestor que define as tarefas, os empregados e os auxiliares que as executarão exerce o es-
tilo de liderança denominado liberal.

O gestor que define as tarefas, os empregados e os auxiliares que as executarão exerce o es-
tilo de liderança denominado autocrático.
O líder autocrático/diretivo/autoritário define todas as tarefas a serem realizadas pelos su-
bordinados, toma suas próprias decisões e desconsidera a opinião dos subordinados. É uma
liderança centralizadora e orientada para as tarefas.

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O líder democrático se importa com os seus subordinados, fazendo com que estes participem
das decisões e auxiliem na definição das tarefas. Há o fornecimento de certa estrutura e o
compartilhamento de responsabilidade com os liderados, envolvendo-os no planejamento e
execução das tarefas.
O líder liberal concede total liberdade ao grupo para a realização de tarefas e tomada de de-
cisões, intervindo de maneira mínima. Neste caso, o líder só vai ajudar se os subordinados
requisitarem.
Errado.

059. (CESPE/TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/FUB/2018) Julgue o seguinte item, re-


lativo a liderança e relações humanas no trabalho.
Na atualidade, o papel do líder está ligado à capacidade de estimular o autogerenciamento, a
autonomia e o empreendedorismo de equipes.

O papel do líder moderno está muito mais centrado em reconhecimento, compartilhamento e


trabalho em equipe.
Certo.

060. (CESPE/TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/FUB/2018) Julgue o seguinte item, re-


lativo a liderança e relações humanas no trabalho.
Liderança não é uma capacidade inata, mas sim uma competência que pode ser formada por
meio de condutas adequadas.

Os pensadores atuais da administração apontam que a atitude de liderar não é inata, não nas-
ce com o indivíduo, mas que ela pode ser aprendida, desde que receba o devido treinamento.
Em síntese, a teoria dos traços, por acreditar que o líder já nasce líder, não tem aceitação am-
pla hoje em dia.
Certo.

061. (CESPE/TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/FUB/2018) Julgue o seguinte item, re-


lativo a liderança e relações humanas no trabalho.
A comunicação é um dos elementos mais importantes no processo de liderança.

A comunicação é um dos principais pilares da liderança. O líder moderno precisa saber se


expressar e se comunicar de forma clara e objetiva. Uma boa comunicação deixa claro quais
os objetivos de uma equipe, e é o que motiva todos a trilharem o mesmo caminho e aos cola-
boradores a seguirem seu líder por respeito, e não por imposição.
Certo.

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062. (CESPE/ANALISTA I/IPHAN/2018) Com relação a motivação e liderança, julgue o


próximo item.
A organização deve conferir direitos formais a seus executivos, para assegurar-lhes capaci-
dade de liderança eficaz.

De acordo com Robbins (2002)13, a origem da influência pode ser formal, como a conferida por
um alto cargo na organização. O fato de a organização conferir a seus administradores alguns
direitos formais, não lhes assegura a capacidade de liderança eficaz. A liderança não sancio-
nada – aquela capacidade de influenciar os outros que emerge fora da estrutura formal da
organização – é geralmente tão importante quanto a influência formal, ou até mais. Em outras
palavras, os líderes podem surgir naturalmente de dentro de um grupo ou por indicação formal.
Errado.

063. (CESPE/ANALISTA I/IPHAN/2018) Acerca de cultura, comunicação, liderança e motiva-


ção em organizações, julgue o item a seguir.
É conhecido como liderança interativa o estilo de liderança que prioriza a colaboração e o
consenso e que se baseia nos relacionamentos, e não nas posições hierárquicas.

A liderança interativa resume-se nas seguintes características: encorajar participação dos


outros, compartilhar o poder e informação, valorizar e motivar os outros para o trabalho. Em
suma, é a liderança que não se utiliza de expressões de “controle” ou “comando”, mas de pa-
lavras como “inclusão”, “colaboração”, “construção de relacionamentos” e “cuidados”.
Certo.

064. (CESPE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/PC-MA/2018) Em uma delegacia de polícia, Aldo, dele-


gado titular, sempre estimula sua equipe para o exercício do melhor trabalho, e ela, em con-
trapartida, o respeita e o considera uma pessoa justa, de caráter admirável e com grandes
qualidades éticas. Paulo, agente de polícia na mesma delegacia, procura sempre cumprir com
suas obrigações, e isso requer que, muitas vezes, assuma o comando de equipes compostas
por outros agentes de polícia, os quais, apesar de seguirem suas orientações por vê-lo como
um servidor com grande conhecimento acerca do serviço, não possuem uma grande admira-
ção por ele.
Nessa situação hipotética, de acordo com os conceitos de poder e liderança,
a) Aldo apresenta os poderes de competência e de referência.
b) Paulo apresenta os poderes de coerção e de referência.
c) Paulo apresenta os poderes de coerção e de competência.

13
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 9.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

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d) Aldo apresenta os poderes de recompensa e de competência.


e) Aldo apresenta os poderes legítimo e de referência.

A questão trata das fontes de poder. Analisando as características de Aldo e Paulo, podemos
destacar, em cada uma, dois tipos de poderes. Vejamos:
A equipe assim visualiza Aldo: é delegado titular (poder legítimo), respeita e o considera uma
pessoa justa, de caráter admirável e com grandes qualidades éticas (poder de referência).
A equipe assim visualiza Paulo: seguem suas orientações pelo seu grande conhecimento,
mas não o admiram (poder de competência).
Assim, a última alternativa é a única que possui combinação exata para a análise.
Letra e.

065. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2018) Julgue o item seguinte, relativo a gestão e


estrutura de organizações.
Líderes liberais são aqueles que adotam postura consultiva, compartilhando com suas equi-
pes a tomada de decisão.

A liderança liberal enfatiza total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em gru-
pos, participando delas apenas quando solicitado pelo grupo. Assim, o comportamento do
líder é evasivo e sem firmeza.
O item, na verdade, trata da liderança democrática. Nela, o líder é extremamente comunica-
tivo, encoraja a participação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o
grupo; o líder atua como um facilitador para orientar o grupo, ajudando nas definições dos
problemas e nas soluções, coordenando as atividades e sugerindo ideias.
Errado.

066. (CEBRASPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/PGE-PE/2019) Julgue o


item a seguir, acerca de liderança.
De acordo com a teoria dos traços, determinadas qualidades e características pessoais pre-
sentes em um indivíduo são indicativos de que ele poderá ou não vir a ser um líder, mas não
determinam se ele necessariamente será bem-sucedido na liderança.

De fato, a teoria dos traços entende a liderança como resultado de uma combinação de ca-
racterísticas, enfatizando as qualidades pessoais do líder: ele já possui certos atributos de
personalidade que seriam facilitadores no desempenho da liderança.

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No entanto, esse motivo não garante o sucesso no exercício da liderança, já que esses traços
são apenas “facilitadores”, não definidores” da liderança.
Em suma: todo líder já nasceu com essas características, não existindo possibilidade de de-
senvolver essa habilidade posteriormente. Se ele vai realmente desenvolver a liderança, não
há como saber.
Certo.

067. (CEBRASPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/PGE-PE/2019) Julgue o


item a seguir, acerca de liderança.
A liderança orientada para a tarefa ou produção, uma das teorias comportamentais, caracte-
riza-se pelas ações do líder com a atenção voltada para a equipe, orientação ao seu subordi-
nado, criação de um clima agradável e participação da equipe em tomadas de decisões.

Atenção voltada para a equipe é característica da liderança orientada para as pessoas, e não
para a tarefa ou produção.
A dimensão da liderança centrada nas tarefas (produção) envolve o ponto no qual o líder se
concentra nas tarefas a ser desempenhadas, no progresso que esteja sendo feito e nas ma-
neiras de cumprir o trabalho.
A dimensão da liderança centrada nas pessoas (funcionários) envolve o ponto no qual o líder
se concentra nas pessoas que lidera, considerando sentimentos e qualidades de suas rela-
ções mútuas.
Errado.

068. (CEBRASPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/PGE-PE/2019) Julgue o


item a seguir, acerca de liderança.
Entre os fatores que levam à liderança situacional encontram-se as diversas circunstâncias
relacionadas ao líder (conhecimento, valores, experiência); aos funcionários (capacidade e
desejo de assumir responsabilidades e de identificar e resolver problemas, natureza da ta-
refa a ser desenvolvida e pressão para a conclusão); e à organização (clima organizacional,
por exemplo).

A abordagem situacional enfatiza que o estilo de liderança deve se ajustar à situação, pois,
assim como a situação varia, também variam os requisitos de liderança.
A liderança situacional ou o líder que se adapta diante de certas situações se origina da re-
lação entre estilo do líder, característica do liderado e situação encontrada na organização.
Certo.

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069. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ANATEL/2012) No que se refere à cul-


tura organizacional e à gestão de pessoas, julgue o item subsecutivo.
Caso determinado gestor empregue a teoria X para motivar sua equipe, é correto afirmar que
ele adota o estilo de liderança democrática, ou mesmo laissez-faire, no relacionamento com
sua equipe.

As Teorias X e Y de McGregor comparam dois estilos opostos e antagônicos de administrar,


de acordo com a visão e o comportamento dos liderados.
Na Teoria X, os funcionários são vistos como preguiçosos, pouco ambiciosos, resistentes à
mudança. Por conseguinte, o líder deve ser duro, rígido e autocrático.
Na contramão, a Teoria Y (mais moderna) apresenta a concepção de funcionários intrinseca-
mente motivados, que gostam de trabalhar, com alto grau de criatividade. O estilo de lideran-
ça adequado é o democrático, com uma administração aberta e dinâmica.
Por fim, o laissez-faire (deixar fazer) se refere ao estilo de liderança liberal, que é um estilo
onde há passividade do líder, que pouco interfere nos processos decisórios, participando ape-
nas quando interpelado pelos membros. Não se aplica totalmente às Teorias X e Y, mas seria
mais adequado à Teoria Y.
Assim, o item inverteu os casos de aplicação dos estilos de liderança.
Errado.

070. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ANCINE/2012) Com referência à gestão


de pessoas nas organizações, julgue o item a seguir.
As lideranças transformacional e transacional assemelham-se quanto ao estilo comporta-
mental do líder, sendo elemento comum dessas abordagens a capacidade de adequação do
comportamento de liderança ao contexto.

A liderança transacional se caracteriza pelo relacionamento de troca para que as necessida-


des de líder e liderado sejam atendidas, apelando para seus interesses próprios. A troca pode
ser econômica, política ou psicológica. Pode ser efetiva, mas não resulta em mudança orga-
nizacional, já que favorece a manutenção do status quo.
Já na liderança transformacional, os líderes posicionam seus subordinados em níveis mais
elevados de responsabilidade, abdicando de seus interesses próprios em favor da coletivida-
de. Com isso, promovem a mudança do status quo através de um propósito superior. Através
desta análise, percebemos que o carisma é uma condição necessária, mas não suficiente
para a liderança transformacional.
Portanto, as duas formas de liderança são antagônicas entre si, não se assemelhando quanto
ao estilo comportamental do líder.
Errado.

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071. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/2012) Julgue o item subsecutivo, rela-


tivo a poder e liderança nas organizações.
A teoria da liderança transformacional baseia-se em traços de personalidade.

A liderança carismática ou transformacional tem como essência a premiação por parte do


líder à realização da própria tarefa. Os liderados recebem recompensas de conteúdo mo-
ral, o líder empenha-se em fazer com que os seus liderados atinjam suas metas superando
os seus interesses individuais com o máximo de comprometimento, tornando-se assim fiéis
seguidores.
Por sua vez, a teoria dos traços da personalidade apresentou as primeiras pesquisas sobre
liderança, realizadas na década de 1920 do século passado. Essa teoria distinguia o líder dos
liderados por meio de características de personalidade, podendo estas serem físicas ou habi-
lidades cognitivas. Os traços mais comuns entre os líderes era a força física, a amabilidade e
a inteligência. Dentro desse enfoque teórico, os líderes são concebidos como possuidores de
características pessoais inatas, ou seja: o indivíduo nasce ou líder ou liderado.
Enfim, não há relação entre uma teoria e outra.
Errado.

072. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/2012) Julgue o item subsecutivo, rela-


tivo a poder e liderança nas organizações.
Nas organizações, tanto as características individuais quanto as condições organizacionais
referentes às interações entre líder e liderado ou supervisor e subordinado determinam o
exercício do poder.

O conceito de poder remete às fontes que podem ser utilizadas por uma pessoa para influen-
ciar outra.
O poder surge da interação entre colaborador e supervisor. O supervisor faz uma tentativa de
influenciar o subordinado, mas é o comportamento deste que determina se essa influência é
eficaz ou não.
A forma com que o supervisor se relaciona com seus subordinados influencia o comporta-
mento e o desempenho do empregado no ambiente de trabalho em dois aspectos: internos
(valores pessoais, comprometimento, afetivo etc.) e externos (suporte do supervisor, clareza
de objetivos, etc.).
Portanto, o poder está inserido nas organizações no exercício da liderança. Assim, encon-
tram-se as bases de poder e o modo como as pessoas se comportam e se relacionam no am-
biente de trabalho, influenciando nas formas de poder e na maneira que o líder pode exercê-lo.
Certo.

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073. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/2012) Julgue o item subsecutivo, rela-


tivo a poder e liderança nas organizações.
Teorias baseadas em traços de personalidade visam determinar as características pessoais
de bons líderes.

A teoria dos traços busca identificar os traços de personalidade que caracterizam um líder.
A primeira-ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, a “Dama de Ferro”, ganhou esta alcunha
por ser uma pessoa segura, determinada e decisiva. Os termos que se aplicaram à “Dama de
Ferro” explicam de forma bem simples a teoria de traços.
Essa teoria descreve alguns traços que estão constantemente associados à liderança, dife-
renciando os líderes dos não líderes:
• Ambição e Energia;
• Desejo de Liderar;
• Honestidade e Integridade;
• Autoconfiança;
• Inteligência e conhecimento relevante ao cargo.
Certo.

074. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/PRF/2012) No que se re-


fere aos tipos de liderança e mecanismos de participação, julgue o item que se segue.
O líder que determina providências para execução de tarefas e que fundamenta em fatos os
elogios e as críticas que dirige ao grupo atua conforme o modelo de liderança autocrática.

Os modelos de liderança podem ser:


LIDERANÇA AUTOCRÁTICA
• Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo;
• O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma
pôr vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo;
• O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro
de trabalho;
• O líder é Dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

LIDERANÇA DEMOCRÁTICA
• As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder;
• O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando
aconselhamento técnico ao líder quando necessário, que pode sugerir duas ou mais al-
ternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os debates;

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Liderança
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• A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de
escolher seus companheiros de trabalho;
• O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito
de tarefas.
• O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios.

LIDERANÇA LIBERAL
• Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mí-
nima do líder;
• A participação do líder no debate apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo
que poderia fornecer informações desde que as pedissem;
• Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros fica totalmente a cargo
do grupo. Absoluta falta de participação do líder;
• O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos;
• O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando
perguntado.

Assim, corrigindo o item, temos:


O líder que determina providências para execução de tarefas (até aqui é liderança autocrática) e
que fundamenta em fatos os elogios e as críticas que dirige ao grupo atua conforme o modelo
de liderança autocrática (aqui já é liderança democrática).
Errado.

075. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS/PRF/2012) No que se re-


fere aos tipos de liderança e mecanismos de participação, julgue o item que se segue.
O líder que é pessoal nos elogios e nas críticas que dirige ao grupo e que assume determinada
postura em razão da situação e não de sua personalidade exerce a liderança democrática.

LIDERANÇA AUTOCRÁTICA
• Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo;
• O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma
pôr vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo;
• O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro
de trabalho;
• O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada
membro.

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LIDERANÇA DEMOCRÁTICA
• As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder;
• O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando
aconselhamento técnico ao líder quando necessário, que pode sugerir duas ou mais
alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os de-
bates;
• A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de
escolher seus companheiros de trabalho;
• O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito
de tarefas.
• O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios.

LIDERANÇA LIBERAL
• Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação míni-
ma do líder;
• A participação do líder no debate apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo
que poderia fornecer informações desde que as pedissem;
• Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros, fica totalmente a cargo
do grupo. Absoluta falta de participação do líder;
• O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos;
• O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando
perguntado.

Ainda, Hersey e Blanchard desenvolveram o conceito de liderança situacional, que consiste


na premissa de que não existe um único estilo de liderança apropriado para toda e qualquer
situação. O líder, liderados e a situação são as variáveis norteadoras do processo de lideran-
ça; entretanto, neste modelo a ênfase recai sobre o comportamento do líder em relação aos
liderados frente a uma tarefa específica.
Assim, corrigindo o item, temos:
O líder que é pessoal nos elogios e nas críticas que dirige ao grupo (até aqui é liderança auto-
crática) e que assume determinada postura em razão da situação e não de sua personalidade
exerce a liderança democrática (aqui já é liderança situacional).
Errado.

076. (CEBRASPE-CESPE/AUXILIAR JUDICIÁRIO/TJ-PA/2020) O gestor de um órgão público


exerce sua liderança sobre a equipe por meio de ações de reconhecimento público dos traba-
lhos realizados pelos servidores, troca de favores pessoais e premiações.
Nessa situação hipotética, o tipo de poder exercido por esse líder se dá mediante

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a) recompensa.
b) coerção.
c) competência.
d) informação.
e) delegação.

O enunciado da questão destaca que o gestor de um órgão público exerce sua liderança sobre
a equipe por meio de ações de reconhecimento público dos trabalhos realizados pelos servi-
dores, troca de favores pessoais e premiações.
a) Certa. A liderança transacional envolve líderes extremamente eficientes em dar às pessoas
algo em troca de seu apoio ou trabalho, fazendo com que seus seguidores sejam valorizados,
apreciados e recompensados.
Essas ações de reconhecimento, trocas de favores, premiações são formas de liderança tran-
sacional. O tipo de poder exercido por esse líder se dá mediante “recompensa”.
O poder de recompensar resulta da capacidade de recompensar os outros, influenciando o
comportamento destes pelo controle de sistema de retribuição (por exemplo, salário, bônus).
b) Errada. O poder coercitivo funciona mediante sanções ou punições. As pessoas tendem a
modificar os seus comportamentos por receio de serem castigadas.
c) Errada. O poder de competência deriva de uma percepção de que o líder tem os conhecimen-
tos e aptidões necessários para ajudar a superar os problemas organizacionais.
d) Errada. Não representa nenhum dos poderes de liderança.
e) Errada. Não representa nenhum dos poderes de liderança.
Letra a.

077. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/MPE-CE)/2020) No que se refere a abor-


dagens da administração, a processo administrativo e ao Plano de Reforma do Aparelho do
Estado, julgue o item a seguir.
A motivação manifestada pelo líder de uma equipe é atributo suficiente para que a equipe al-
cance resultados de maneira satisfatória ou, até mesmo, consiga superar o resultado esperado.

A liderança é um fenômeno essencial em todas as funções da administração e representa,


basicamente, um fenômeno de influência interpessoal exercida em uma situação e dirigida
por meio do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos
específicos.
Faz parte do papel do líder a manutenção de um clima de motivação entre os seus liderados;
porém, a motivação não é um aspecto unilateral. Não adianta, apenas, o líder estar envolvido
nesse processo.

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Assim, por melhor líder que você seja, dificilmente chegará a algum lugar se não compuser
uma equipe de acordo com seus objetivos. A boa liderança requer também uma boa equipe.
Errado.

078. (CEBRASPE-CESPE/TÉCNICO MINISTERIAL/MPE-CE/2020) A respeito de aspectos da


gestão de pessoas, julgue o item seguinte.
O gerenciamento consiste em monitorar, supervisionar e controlar pessoas e suas atividades,
ao passo que a liderança transmite a visão empresarial e promove inspiração aos emprega-
dos, fazendo as organizações funcionarem de maneira mais fluida para alcance da estratégia
organizacional.

De acordo com Oliveira e Sugo (2006)14, existem várias diferenças entre gerenciamento e a
liderança.
O gerenciamento envolve o controle de custos, o estabelecimento de alvos e planos, a coor-
denação, o monitoramento das atividades e do desempenho da companhia ou das pessoas,
dentre outros aspectos. Já a liderança envolve a comunicação, a promoção de mudanças,
traz uma visão mais clara da direção, além de inspirar e energizar os funcionários para atua-
rem em prol dos objetivos organizacionais.
Os autores também afirmam que a liderança de maneira alguma substitui o gerenciamento; ao
contrário, ela deve ser somada. Existem muitos gerentes que também são líderes eficazes ou
que podem, eventualmente, desenvolver as qualidades necessárias para uma boa liderança.
Certo.

14
OLIVEIRA, J. F. de; SUGO, A. I. et al. Profissão Líder: desafios e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2006.

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GABARITO
1. E 27. C 53. E
2. C 28. E 54. E
3. E 29. E 55. a
4. E 30. E 56. E
5. E 31. E 57. E
6. E 32. E 58. E
7. C 33. C 59. C
8. E 34. E 60. C
9. C 35. C 61. C
10. C 36. E 62. E
11. C 37. E 63. C
12. C 38. C 64. e
13. C 39. C 65. E
14. E 40. C 66. C
15. C 41. E 67. E
16. E 42. E 68. C
17. E 43. E 69. E
18. E 44. b 70. E
19. E 45. C 71. E
20. E 46. E 72. C
21. C 47. C 73. C
22. Anulada 48. C 74. E
23. c 49. E 75. E
24. E 50. E 76. a
25. C 51. E 77. E
26. E 52. E 78. C

Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade
Federal de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11
anos, sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e
autor da obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas
pela Editora Juspodivm.

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