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Índice
Introdução................................................................................................................................................3
Trypanossoma Brucei..............................................................................................................................4
Morfologia...............................................................................................................................................4
Epidemiologia.........................................................................................................................................4
Ciclo Biológico........................................................................................................................................5
Transmissão.............................................................................................................................................5
Patogenia.................................................................................................................................................5
Sinais e Sintomas.....................................................................................................................................6
Diagnóstico Laboratorial.........................................................................................................................6
Pesquisa do Parasita................................................................................................................................6
Tratamento..............................................................................................................................................6
Medidas de Prevenção.............................................................................................................................6
Testes Rápidos.........................................................................................................................................7
Princípio dos testes rápidos.....................................................................................................................7
Para detectar antígeno..............................................................................................................................7
Para detectar anticorpo............................................................................................................................7
Interpretação dos resultados....................................................................................................................8
Conclusão................................................................................................................................................9
Referência bibliográfica........................................................................................................................10

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Introdução
A tripanossomíase africana tem um impacto significativo na saúde pública e na economia das
regiões afetadas, principalmente em áreas rurais onde o acesso aos cuidados de saúde é limitado.
Os sintomas da doença variam dependendo da subespécie do parasita e do estágio da infecção,
mas podem incluir febre, dor de cabeça, fraqueza, distúrbios do sono, confusão mental e, em
estágios avançados, danos ao sistema nervoso central que podem levar ao coma e à morte se não
tratados.

O controle da tripanossomíase africana envolve várias estratégias, incluindo o controle da


população de moscas tsé-tsé, programas de vigilância para detectar e tratar casos precocemente,
bem como o desenvolvimento de novas terapias e vacinas. Apesar dos avanços no tratamento e
prevenção, a tripanossomíase africana continua a representar um desafio para a saúde pública em
muitas partes da África

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Trypanossoma Brucei
É agente etiológico da doença do sono ou tripanossomíase Africana, com distribuição
exclusivamente africana devido ao facto do vector de transmissão depender de insectos do
gênero Glossina (mosca tsé-tsé) encontrados apenas em África. Há duas subespécies principais
de Trypanossoma que causam doença de sono em África: T.brucei gambiensis e T.brucei
rhodesiense. A gambiense é responsável pela doença na África Ocidental enquanto que a outra é
responsável pela doença na África Oriental.

Doença: Tripanossomíase Africana ou Doença do sono

Morfologia
 A principal forma de T. Brucei é tripomastigota

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Epidemiologia
A Tripanossomíase Africana constitui importante problema de saúde pública, com 50 milhões de
pessoas expostas ao risco de infecção e 20 mil casos novos notificados anualmente, (Rey;1991).
A doença causada por T.b.gambiense é encontrada em países da África ocidental e central entre
os paralelos 15º N e 29º S.A doença causada por T.b.rhodesiense ocorre na parte oriental do
continente africano, em países como Moçambique, Uganda, Malawi,Qénia, Tanzânia,
Zâmbia,Zimbábwe.Em Mçambique houve redução dos casos de 43 em 1968 para18 em 1977. Os
principais focos encontram-se nas províncias de Tete com 90% dos casos, Nampula,
Niassa,Cabo Delgado, (Rey;1991).

Ciclo Biológico

Transmissão
A transmissão pode ocorrer por:
 Picada da mosca Vector infectada
 Transfusão sanguínea
 Transmissão congênita

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 Acidentes de laboratório com sangue contaminado
 Transplante de órgãos de indivíduos infectados, etc

Patogenia
A doença manifesta-se com alterações da parede vascular e perturbações na microcirculação. No
sistema nervoso essas lesões conduzem a um quadro de meningecefalite que passa a dominar a
patologia e a condicionar os aspectos clínicos da doença do sono.Especificamente ocorre
aumento do volume do liquor, infiltração dos linfócitos e plasmódios em torno dos vasos das
meninges e encéfalo, zonas de necroseisquêmica e de hemorragias petequiais.

Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas da Trypanossoma brucei incluem:
 Anemia
 Imunodepressão
 Lesões celulares
 Linfocitose e monocitose
 Sonolência
 Lesões no SNC.

Diagnóstico Laboratorial
 Pesquisa do Parasita
 Sorológico

Pesquisa do Parasita
 Exame a fresco
 Gota espessa
 Esfregaço sanguíneo
 Cultura

Tratamento

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A proposta da OMS para regiões com T.b.rhodesiense é:
 Se LCR for normal cura pela suramina
 Se LCR for anormal tratamento combinado de suramina e melarsoprol

Medidas de Prevenção
Tendo em conta o modo de transmissão e o vector devem ser tomadas as seguintes medidas:
 Controlo dos locais de reprodução da mosca Tsé-Tsé,
 Uso de insecticidas
 Tratamento dos casos humanos para reduzir a transmissão pelas moscas
 No caso de viajantes para zonas endémicas, estes devem utilizar roupas apropriadas,
 mosquiteiros e repelentes de insectos.

Testes Rápidos
A imunocromatografia é uma técnica que começou a ser desenvolvida nos anos 60, sendo
primeiro criada para o estudo das proteínas séricas. Actualmente é empregue para a detecção de
muitas doenças infecciosas: Dengue, malária, amebíase, peste babônica, brucelose, giardíase,
leishmaniose visceral, hepatite B, infecção por HIV, cinomose, parvovirose, Helicobacter pylori,
Streptococcus pneumoniae, entre outras. De grande valor em situações nas quais os profissionais
de saúde necessitem tomar decisões e assumir condutas imediatas. Os testes rápidos
(imunocromatográficos) têm as seguintes características:
 Qualitativos.
 Teste de triagem.
 Rápido.
 Económico.
 Fácil interpretação.
 Leitura é feita a olho nu.
 Apresenta sensibilidade e especificidade boa.

Princípio dos testes rápidos


 É utilizada uma matriz de membrana de nitrocelulose ligada a uma tira de acetato
transparente para detectar antígeno ou anticorpo.

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Para detectar antígeno
 Emprega-se um anticorpo de captura ligado à matriz e um anticorpo específico ao
antígeno pesquisado.

Para detectar anticorpo


 Utiliza-se um antígeno específico ligado à matriz e um anticorpo anti-imunoglobulina
marcado.
Procedimento
Para se efectuar o teste rápido é importante antes ler as instruções do fabricante, pois diferem de
acordo com o fabricante, mas basicamente os passos usado são: deposição da amostra no poço,
exposição do reagente, esperar determinado tempo para que ocorra a reacção e ler o resultado.
Antes, porém, é importante verificar a data de validade dos tetes, as condições de conservação

Interpretação dos resultados


 Positivo: Este resultado é atribuído quando linhas são visíveis na matriz da reacção,
sendo uma linha na região controle (C) e outra na região teste (T). A intensidade da cor
da linha teste (T) poderá variar de acordo com a concentração do pesquisado presente na
amostra. Todavia, qualquer intensidade de cor na linha teste indica resultado positivo.
 Negativo: Apenas uma linha é visível na região controle (C), não sendo observada linha
na região teste.
 Inválido: Não é evidenciada a linha controlo (C). As razões mais comuns de falha são o
volume insuficiente de amostra ou falha no procedimento técnico. Neste caso, reler a
técnica e repetir o teste com uma nova tira.

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Conclusão
A tripanossomíase africana, causada pelo parasita Trypanosoma brucei e transmitida pela picada
da mosca tsé-tsé, continua sendo um desafio significativo para a saúde pública em várias regiões
da África subsaariana. Esta doença parasitária pode ter sérios impactos na saúde humana e
animal, além de causar consequências socioeconómicas adversas nas comunidades afectadas.

Embora tenham sido feitos progressos no controle da tripanossomíase africana por meio de
medidas como o controle da população de moscas tsé-tsé, vigilância epidemiológica e tratamento
precoce de casos, ainda existem desafios significativos a serem superados. A falta de acesso a
serviços de saúde adequados, recursos limitados e a resistência aos medicamentos são apenas
alguns dos obstáculos enfrentados na luta contra essa doença.

Para mitigar o impacto da tripanossomíase africana, é crucial continuar investindo em pesquisa


para o desenvolvimento de novas terapias, vacinas e estratégias de controle mais eficazes. Além
disso, esforços de sensibilização e educação pública são essenciais para aumentar a
conscientização sobre os riscos da doença e promover medidas preventivas nas comunidades
afectadas.

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Referência bibliográfica
Misau (2011) Hematologia e Banco de sangue, 1ª Edição Maputo- Mozambique.
Neves David Perreira,(2009) Parasitologia Humana, 11ª Edição, Editora: AtheneuBrasil.
Niquice Aníbal J.(1997) Parasitologia Intestinal Clínica, Editor:Instituto de Ciências de
saúde de Maputo.
Pessôa Samuel B e Martins Amilcar V.(1982) Parasitologia Médica, 11ª edição, Editora:
GUANABARA KOOGAN.
Jawetz,Melnick e Adalberg (2009), Microbiologia Médica,24ª Edição.
Robert W.Bauman,(2009) Microbiology 2ª Edição.
Noormahomed Emília Virginia R.I, (2014) Manual de parasitologia humana, 1ª Edição,
Editora:Imprensa universitária, Maputo- Moçambique

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