Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
W. Morfosintaxe W
W. Morfosintaxe W
Universidade Rovuma
Nampula
2021
2
Universidade Rovuma
Nampula
3
iii
2021
Índic
e
Introdução....................................................................................................................................4
Variações e mudanças lexicais e semântica do português...........................................................5
Comparação entre Português Europeu e Moçambicano..............................................................5
Léxico...........................................................................................................................................5
Léxico-Sintaxe e Morfossintaxe..................................................................................................6
O fenómeno de variação do PM nos domínios da Sintaxe..........................................................6
Estrutura Argumental dos Verbos no PM....................................................................................7
Os clíticos no PM.........................................................................................................................7
Encaixe de Orações Subordinadas no PM...................................................................................8
Conclusão...................................................................................................................................10
Bibliografia................................................................................................................................11
4
Introdução
O presente trabalho de pesquisa da cadeira de Morfossintaxe e Lexicologia do Português tem
como tema Variação e mudança lexical e semântica do português: comparação entre português
Europeu e Moçambicano abordando respectivamente os aspectos que as duas variantes
apresentam de diferente e também apresentando as possíveis causas dessas diferenças ou
alterações.
Este trabalho tem uma grande relevância na vida académica porque solidifica os conhecimentos
dos estudantes no que concerne aos parâmetros legais do funcionamento escolar, por isso,
elaboro este trabalho com o intuito de melhor compreender o quão é importante o estudo da
variação e mudança lexical e semântica do Português, comparação entre o PE e o PM, visto que
nos deparamos com essas diferenças nas nossas vidas estudantis e no quotidiano, caso concreto
que frequentemente aplicamos essas verdades de forma implícita ou não.
Para a elaboração do trabalho foi necessária a leitura de alguns manuais e pesquisas feitas pela
internet. Estruturalmente o trabalho apresenta introdução, desenvolvimento, conclusão e a
respectiva bibliografia devidamente mencionada no fim do trabalho.
5
Léxico
Segundo Gonçalves (2010:27) na área do léxico inclui os seguintes subtipos de <erros> no caso
de neologismos de forma que se referem a palavras não registadas em dicionários do PE,
neologismos semânticos onde estão agrupadas palavras existentes no PE, às quais foram
atribuídas um novo sentido, e ainda casos de conversão em que foi alterada a categoria sintáctica
de palavras Ex: (Casa mau(adj) assombrada) (PE: Casa mal(adv) assombrada).
Na sua maioria, os neologismos de forma incluem casos que monstrão a aplicação produtiva de
afixos existentes no PE a diferentes palavras bases, revelando que os informantes conhecem as
regras morfológicas, mas não as rescrições ou os contextos da sua aplicação. Por exemplos:
Para Gonçalves as inovações que têm como ponto de partida o léxico “ podem ser agrupados
consoante se trate de modificações do comportamento semântico das palavras ou do valor
6
Para elucidar o que acaba de se referir, temos como exemplos o uso das seguintes palavras
“estruturas”, “massa”, e “caril” no Português de Moçambique.
Chegaram as estruturas;
Hoje é só massa, falta caril.
São palavras que, para além do seu sentido original ganham novos valores semânticos, conforme
o seu uso na frase em que ocorre. Num acto de comunicação que envolva um falante do PM e
outro do PE as frases podem causar estranheza como também ruído ao nível da mensagem, uma
vez que quanto ao seu denotado, as palavras “estruturas”, “massa” e “caril” não representam
conjunto de indivíduos reconhecidos na norma do PE.
Léxico-Sintaxe e Morfossintaxe
Podemos também comparar o PE e PM concretamente na área do léxico e sintaxe onde incluem
erros em que são alteradas propriedades ou semânticas das palavras, dando origem a estrutura
desviante em relação ao P.E. Dado que são em número muito reduzido os casos de selecção
semântica e o que se observam na categoria expressão temporal. Notamos também uma
diferenciação que podemos chamar de erros na área da morfossintaxe relativamente a gramática
que inclui um número diversificado de categorias linguísticas. Analisando encontramos apenas
duas dessas categorias no caso da concordância verbal e concordância nominal. GONÇALVES
(2001:28;35)
Tendo em vista o enquadramento destes fenómenos na gramática do PM, eles serão aqui
organizados em três áreas principais. Em primeiro lugar, serão descritos casos em que é afectada
a estrutura argumental dos verbos, em seguida questões relacionadas com o uso dos pronomes
clíticos e por último referir-me-ei mecanismos de encaixe de orações subordinadas no PM.
Os clíticos no PM
Como em qualquer um dos fenómenos já aqui descritos, os padrões de ordem dos pronomes
clíticos no PM são ainda caracterizados por uma certa instabilidade. Assim além de casos de
8
alteração da posição dos clíticos em contextos em que ocorre um verbo auxiliar ex: «O professor
não tinha nos dado a aula» «Ele vai me ter que demonstrar» a tendência que se apresenta de
forma mais sistemática diz respeito à colocação dos clíticos em posição pós-verbal em orações
subordinadas.
Como os exemplos acima mostram, o clítico ocorre em posição pós-verbal (e não pré-verbal
como exigiria a norma europeia) num contexto em que o complementado se encontra realizado
lexicalmente. O padrão escolhido na realização deste tipo de construções parece assim idêntico
ao que é adoptado em frases simples afirmativas, em que ocorre proposto ao verbo.
No PM, os clíticos reflexivos argumentais, isto é, aqueles que ocorrem com verbos transitivos
(por exemplos lavar SN) e «lavar-se», são usados em geral de acordo com a norma Europeia.
Quanto que aos clíticos reflexivos não argumentais, isto é, aqueles que não estão associados a
uma preposição argumental vazia, subcategorização pelo verbo (como é o caso de «arrepender-
se» ou «estragar-se»), parece processar-se uma reanálise dos critérios da sua utilização.
Conclusão
Atinente ao trabalho conclui que o PM é uma variante do PE, falado e escrito em Moçambique.
A única língua oficial de República de Moçambique, porem, é falada essencialmente, como
segunda língua por boa parte da sua população com a independência, a obrigatoriedade para o
respeito da norma da Europeia diminui, e as palavras das línguas autóctones foram introduzidas
no PortuguêsMoçambicano.
Bibliografia