Aula 3

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I – AGÊNCIAS REGULADORAS II- ATOS ADMINISTRATIVOS III- PODER DE POLÍCIA

EXERCÍCIOS DA AULA 03 19/09/2022 Professor Rodrigo Zambão - Direito


Administrativo 1 Com relação aos poderes administrativos, julgue o item. O atributo da
coercibilidade é inerente ao poder de polícia, motivo pelo qual sua natureza é exclusivamente
sancionatória.

2 Com relação aos poderes administrativos, julgue o item. A aplicação de multas


de trânsito constitui ato do poder público decorrente do poder de polícia, sendo indelegável
aos particulares.

3. Acerca dos poderes administrativos, julgue o item. O poder de polícia pode ser
exercido para atender aos interesses da Administração, ainda que estes contrariem o interesse
público.

4 Acerca de atos administrativos, julgue o item que se segue. A


administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os torne
ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder Judiciário.

4 Acerca de atos administrativos, julgue o item que se segue. A administração


pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os torne ilegais, ainda que
o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder Judiciário.

19/09/2022 Professor Rodrigo Zambão - Direito Administrativo Agências


Reguladoras (ARs) As agências reguladoras são autarquias de regime especial, caracterizado
por um regime por uma autonomia reforçada, bem como por uma ampla concentração de
funções públicas.

As agências reguladoras foram instituídas na década de 90, no contexto de desestatização,


com a ideia de criar um ambiente estável, de modo a atrair investimento privado em setores
estratégicos (primado da técnica) da economia nacional.

O objetivo era implementar um modelo mais brando de intervenção estatal na economia e


livre de ingerências políticas

Atentem-se para a cláusula geral de regulação do ordenamento econômico: CF. Art. 174.

Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da


lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado. (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional
equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
desenvolvimento.

§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em


conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.

§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou


concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas
onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.

A atividade regulatória não é privativa da agência reguladora e não é


exclusivamente normativa.

É possível regular a economia por diversos instrumentos além das normas reguladoras. Os
contratos de concessão por exemplo pressupõem a intervenção com regulação da economia.

A regulação envolve o direcionamento da atividade econômica para fins sociais os filhos


podem ser objetivo corrigir falhas de mercado.

Objeto das ARs. Em regra as agências reguladoras possuem como objeto atividade econômica
de relevante interesse coletivo ou serviços públicos concedidos. Exemplo: plano de saúde,
cultura (ancine)

agências reguladoras são autarquias de regime especial PS de direito público mais regime
especial arcabolso que diminui interferência política, Blindagem política atuemcom
Parametros técnicos funções públicas no Campo das agências se concentram em Único entre

O regime jurídico das autarquias em regime especial são pessoas de direito


público criadas para atuar sem interferências políticas indevidas, a ideia é criar uma
“blindagem política”.

Os Dirigentes são indicados e sabatinados para serem investidos em cargo de


responsabilidade temporária.

Características do regime jurídico das ARs 1º) autonomia política dos dirigentes das agências
(estabilidade temporária) Regime varia de uma esfera para outra

A Lei Geral das Agências Reguladoras Federais uniformizou o mandato dos dirigentes das
agências em 5 (cinco) anos para não coincidir com o mandato do chefe do executivo, assim,
afastando possibilidades de ingerência (Art. 6º da Lei nº 9.986/2000). Há 3 hipóteses de perda
do mandato do Dirigente:

1- exoneração a pedido;
2- 2- decisão judicial transitado em julgado;
3- 3- processo administrativo específico.
4- O regime de estabilidade temporária foi validado pelo Supremo no julgamento da ADI
1949.
5- Também foi validado sistema de indicação pelo chefe do Poder Executivo com a
aprovação do Poder Legislativo. Por outro lado, seria inconstitucional a exigência da
aprovação do Poder Legislativo para a exoneração do dirigente. Vamos conferir o leading
case a segui

não é possível livre exoneração do dirigente, decisões livres Regime de


estabilidade Temporária, nesse voto Validou regime de indicação com aprovação STF Assentou
que regime viável, Considerado Como Inconstitucional Sem sustentação Na CF

: I. Agências reguladoras de serviços públicos: natureza autárquica, quando suas funções não
sejam confiadas por lei a entidade personalizada e não, à própria administração direta.

II. Separação e independência dos Poderes:

submissão à Assembleia Legislativa, por lei estadual, da escolha e da destituição, no curso do


mandato, dos membros do Conselho Superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços
Públicos Delegados do Rio Grande do Sul - AGERGS: parâmetros federais impostos ao Estado
membro.

1. Diversamente dos textos constitucionais anteriores, na Constituição de 1988 - à vista da


cláusula final de abertura do art. 52,
2. III -, são válidas as normas legais, federais ou locais, que subordinam a nomeação dos
dirigentes de autarquias ou fundações públicas à prévia aprovação do Senado Federal ou
da Assembleia Legislativa: jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal.

2. Carece, pois, de plausibilidade a arguição de inconstitucionalidade, no caso, do


condicionamento à aprovação prévia da Assembleia Legislativa da investidura dos conselheiros
da agência reguladora questionada.

3. Diversamente, é inquestionável a relevância da alegação de incompatibilidade com o


princípio fundamental da separação e independência dos poderes, sob o regime
presidencialista, do art. 8º das leis locais, que outorga à Assembleia Legislativa o poder de
destituição dos conselheiros da agência reguladora autarquia, antes do final do período da sua
nomeação a termo.

4. A investidura a termo - não impugnada e plenamente compatível com a natureza das


funções das agências reguladoras - é, porém, incompatível com a demissão ad nutum pelo
Poder Executivo: por isso, para conciliá-la com a suspensão cautelar da única forma de
demissão prevista na lei - ou seja, a destituição por decisão da Assembléia Legislativa -, impõe-
se explicitar que se suspende a eficácia do art. 8º dos diplomas estaduais referidos, sem
prejuízo das restrições à demissibilidade dos conselheiros da agência sem justo motivo, pelo
Governador do Estado, ou da superveniência de diferente legislação válida.

III. Ação direta de inconstitucionalidade: eficácia da suspensão cautelar da norma argüida de


inconstitucional, que alcança, no caso, o dispositivo da lei primitiva, substancialmente idêntico.
IV. Ação direta de inconstitucionalidade e impossibilidade jurídica do pedido: não se declara a
inconstitucionalidade parcial quando haja inversão clara do sentido da lei, dado que não é
permitido ao Poder Judiciário agir como
legislador positivo: hipótese excepcional, contudo, em que se faculta a emenda da
inicial para ampliar o objeto do pedido. (ADI 1949 MC, Relator(a): SEPÚLVEDA PERTENCE,
Tribunal Pleno, julgado em 18/11/1999, DJ 25-11-2005 PP-00005 EMENT VOL-02215-1 PP-
00058)

2º) autonomia técnica divisional Composta por dois elementos.

O primeiro elemento diz respeito à natureza puramente técnica da decisão da


autarquia.

Já o segundo é revelado no standard de palavra final, última instância no setor técnico


regulado, ou seja, sem a possibilidade de recurso hierárquico impróprio para o Poder Executivo
ou outra esfera administrativa.

Por conta do Parecer nº AC51 da AGU, a mencionada impossibilidade de recurso


hierárquico foi relativizada a despeito da ausência de previsão legal, o que gerou uma intensa
crítica diante do contexto histórico da época (2002).

Segundo o mencionado parecer, seria possível recurso hierárquico impróprio das


decisões das agências que: 1. extrapolam os limites de sua competência; e 2. violam a política
do Poder Executivo

3º) ampla concentração de funções públicas Além de exercer funções


administrativas típicas, as agências reguladoras também exercem funções quase
jurisdicionais/arbitrais no setor regulado, detendo competência para resolver conflitos no
setor regulado.

Por outro lado, a polêmica está no amplo poder normativo conferido às agências reguladoras.
A ideia inicial era tirar do controle do poder legislativo a possibilidade de legislar sobre
questões eminentemente técnicas,

as leis de criação das agências reguladoras são chamadas de leis de baixa densidade
normativa, ou seja, leis que conferem amplo espaço para atuação das agências.

Trata-se de um poder normativo secundário. atividade normativa das agências equipara-se a


atividade normativa infralegal não se comparando com regulamento autônomo. Atividade
infra legal

O entendimento de que os regulamentos das agências seriam regulamentos de execução ficou


assentado pelo STF, Discricionariedade a agência

Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI GERAL DE TELECOMUNICAÇÕES. LEI


9.472/1997. CRIAÇÃO DE ÓRGÃO REGULADOR. INDEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA.
SUPERVISÃO MINISTERIAL. NÃO CONHECIMENTO. COMPETÊNCIAS ANATEL. DELEGAÇÃO
LEGISLATIVA AO PODER EXECUTIVO NÃO VERIFICADA. PODER NORMATIVO DAS AGÊNCIAS
REGULATÓRIAS. SUBMISSÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. COMPETÊNCIA PARA REALIZAÇÃO
DE BUSCA E APREENSÃO PELO ÓRGÃO REGULADOR. IMPOSSIBILIDADE. LICITAÇÃO.
OBEDIÊNCIA À COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO.

ESTABELECIMENTO DE PREGÃO E CONSULTA COMO MODALIDADE LICITATÓRIA.


POSSIBILIDADE. OUTORGA DE SERVIÇOS MEDIANTE CONCESSÃO, PERMISSÃO OU
AUTORIZAÇÃO.

GLOSA AO PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO PREVISTO PARA A PERMISSÃO DE SERVIÇO


PÚBLICO. POSSIBILIDADE DE REGRAS ESPECÍFICAS PREVISTAS EM LEI PARA O SETOR DE
TELECOMUNICAÇÕES. REGIME JURÍDICO DOS SERVIÇOS. CONCOMITÂNCIA ENTRE REGIMES
PÚBLICO E PRIVADO.

AUSÊNCIA DE VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL.

PREVISÃO DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO POR MEIO DE AUTORIZAÇÃO. AÇÃO DIRETA


CONHECIDA EM PARTE E, NA PARTE CONHECIDA, JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE.

1. Por ocasião da apreciação do pedido de medida cautelar, por votação unânime, o Plenário
não conheceu da ação direta, quanto aos arts. 8º e 9º, da Lei nº 9.472/1997.

2. A competência atribuída ao Chefe do Poder Executivo, para expedir decreto em ordem a


instituir ou eliminar a prestação do serviço em regime público, em concomitância ou não com
a prestação no regime privado, aprovar o plano geral de outorgas do serviço em regime
público e aprovar o plano de metas de universalização do serviço prestado em regime público
está em consonância com o poder regulamentar previsto no art. 84, IV, parte final, da
Constituição Federal.

3. O poder de expedir normas quanto à outorga, prestação e fruição dos serviços de


telecomunicações no regime público e no regime privado é imanente à atividade regulatória
da agência, a quem compete, no âmbito de sua atuação e nos limites do arcabouço normativo
sobre o tema, disciplinar a prestação dos serviços.

Interpretação conforme à Constituição para fixar o entendimento de que a competência da


Agência Nacional de Telecomunicações para expedir tais normas subordina-se aos preceitos
legais e regulamentares que regem matéria.

4. A busca e posterior apreensão, efetuada sem ordem judicial, com base apenas no poder de
polícia de que é investida a agência, mostra-se inconstitucional diante da violação ao disposto
no princípio da inviolabilidade de domicílio, à luz do art. 5º, XI, da Constituição Federal.

5. A competência atribuída ao Conselho Diretor da ANATEL para editar normas próprias de


licitação e contratação deve observar o arcabouço normativo atinente às licitações e
contratos. Interpretação conforme à Constituição, no ponto, em observância ao princípio da
legalidade.

6. Diante da especificidade dos serviços de telecomunicações, é válida a criação de novas


modalidades licitatórias por lei de mesma hierarquia da lei geral de licitações. Contudo, sua
disciplina deve ser feita por meio de lei, e não de atos infralegais, em obediência aos artigos
21, XI, e 22, XXVII do texto constitucional.
7. A possibilidade de concomitância de regimes público e privado de prestação do serviço,
assim como a definição das modalidades do serviço são questões estritamente técnicas, da
alçada da agência, a quem cabe o estabelecimento das bases normativas de cada matéria
relacionada à execução, à definição e ao estabelecimento das regras peculiares a cada serviço.
Assim, a atribuição à agência da competência para definir os serviços não desborda dos limites
de seu poder regulatório. 8. Não viola a competência legislativa da União lei federal que
disciplina licitações no âmbito de Agência reguladora. Ademais, o legislador atende ao
comando do art. 21, XI, da Constituição Federal, ao editar normas específicas atinentes à
organização

do serviço de telecomunicações. 9. Ação direta conhecida em parte, e, na parte conhecida,


julgada parcialmente procedente. (ADI 1668, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno,
julgado em 01/03/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-055 DIVULG 22-03-2021 PUBLIC 23-03-
2021).

em espaços deixados pelo legislador Vigora ideia de preferencia de lei

Assim, entre a norma executória da ARs e a lei, prevalecerá a lei. Espécies de


regulamento I) regulamento de execução O regulamento de execução é a espécie de
regulamento destinado a fiel execução da lei, instrumentalizando o seu cumprimento.

II) regulamento independente

O fundamento do regulamento independente é a Constituição Federal.

A Administração pública pode concretizar diretamente a Constituição por meio da


função normativa, independentemente da existência de lei.

É preciso lembrar que o regulamento independente não pode contrariar a preferência


de lei, ou seja, a existência de regras reguladas por lei anterior.

III) Regulamento autônomo No regulamento autônomo também há fundamento direto


na Constituição, porém encontra fundamento em uma área reservada ao regulamento
autônomo, que nem mesmo a lei poderia adentrar.

Segundo alguns autores, a emenda constitucional n.m 32, quando altero o art. 84
inciso vi, alínea “a”, da CF/881 , teria criado uma reserva de regulamento, ou seja, uma área
livre de interferências externas inclusive do legislador.

A doutrina majoritária não faz essa classificação, tendendo a colocar como


regulamento autônomo toda espécie de ato normativo editado com base em fundamento
direto da Constituição.

O Supremo não tem acolhido a tese de reserva de regulamento, ou seja, a tese de que
apenas decreto regulamentar poderia legislar.

Outro julgado importante diz respeito à regulação por decreto autônomo do


presidente da república da competência da comissão de valores imobiliários.

Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA 8, DE 1 CF.


Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
- dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32,
de 2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda


Constitucional nº 32, de 2001)

31/10/2001, CONVERTIDA NA LEI 10.411/2002. DECRETO 3.995/2001. MERCADO DE


VALORES MOBILIÁRIOS. CRIAÇÃO DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. MATÉRIA
INSERIDA NA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. ARTS. 62, § 1º, IV, E
84, VI, a, AMBOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

AÇÃO DIRETA JULGADA IMPROCEDENTE.

I – Não há falar em afronta ao art. 62, § 1º, IV, da Constituição, se, ao tempo da edição da
medida provisória, o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional não se encontrava
pendente de veto ou sanção do Presidente da República.

II – O art. 84, VI, a, da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional
32/2001, permitiu ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre matéria que
antes só poderia ser disciplinada por lei.

III - As alterações introduzidas pelo Decreto 3.995/2001 não extrapolam a competência


privativa conferida ao Chefe do Poder Executivo para disciplinar, por decreto, sobre a
organização e funcionamento da Administração Pública Federal.

IV - Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. (ADI 2601, Relator(a):


RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 19/08/2021, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-020 DIVULG 03-02-2022 PUBLIC 04-02- 2022)

4º) autonomia financeira A autonomia financeira das agências reguladoras é traduzida na


possibilidade de envio de proposta orçamentária para a o Ministério que se encontram
vinculadas as ARs, bem como a existência de previsão normativa na lei que cria agência
reguladora para a arrecadação de taxa de regulação. Lei das Agências (Pontos específicos) Lei
nº 13.848/19

● Previsão de análise de impacto regulatório (art. 6º);

● Interação entre as agências reguladoras federais, estaduais e municipais por meio de acordo
de cooperação, sendo vedada a delegação de competências normativas (art. 34 e 35);

Atos Administrativos Os atos administrativos são manifestações unilaterais de vontade da


administração pública destinada a produzir efeitos de regime jurídico de direito público.

Por outro lado, o silêncio administrativo não representa a manifestação de vontade.

visão tradicional o silêncio administrativo só repercute quando a lei assim determinar.


Assim, hoje já se admite que o contrato administrativo possa conferir efeito de decisão
administrativa, manifestação da vontade da administração pública por meio do silêncio
administrativo.

Não havendo previsão de manifestação da vontade por meio do silêncio


administrativo, a inércia da administração pública representa mora/violação do direito de
decidir.

Nesse caso, cabe ao interessado provocar o poder judiciário para que ele determine à
administração pública o cumprimento do dever de decidir, quando a decisão diz respeito aos
atos administrativos vinculados.

Em relação a atos administrativos discricionários, não se admite que poder judiciário substitua
administração pública no cumprimento do dever de decisão.

Características dos atos administrativos Presunção de legalidade e legitimidade A presunção


de legalidade legitimidade traz uma presunção iures tantum de que os pressupostos fáticos e
os fundamentos jurídicos dos atos são válidos, verdadeiros e legítimos.

É uma premissa necessária para uma atuação administrativa mais eficiente.

Coercibilidade

Significa que os atos administrativos são cogentes.

nesse sentido, os atos administrativos podem gerar efeitos positivos ou negativos


independentemente da vontade do administrado.

Exceções Atos de consentimento (licença); Atos enunciativos (certidões, pareceres);


Atos negociais. Autoexecutoriedade Diz respeito à possibilidade da administração pública de
fazer valer de forma direta imediata os efeitos do ato administrativo. administração pública
pode exaurir eficácia do seus atos por meios próprios.

Tal característica nasce da necessidade de salvaguardar o interesse público. porém


hoje prevalece que a autoexecutoriedade depende de duas premissas:

1) previsão expressa em lei;

2) Espaços de cautelaridade administrativa, situações urgentes que buscam evitar o


perecimento do interesse público.

Ato vinculado e ato discricionário liberdade e cantando, adm. se sujeita a lei em todos
elementos,

A diferença é quantitativa, ou seja, o quanto o legislador pré define o


conteúdo do ato. No ato vinculado o administrador fica sujeito a lei em todos os elementos do
ato praticado

Na discricionário idade o poder público não define de antemão o conteúdo a ser


adotado, conferindo espaços de interpretação e atuação do administrador público.
O mérito administrativo só existe no âmbito da discricionariedade e envolve o juízo de
conveniência e de oportunidade.

São os elementos motivo e objeto que definem e representam o mérito administrativo quanto
à discricionariedade.

São os elementos motivo e objeto que definem que representam o mérito administrativo
quanto à discricionariedade.

Os atos discricionários não estão imunes a qualquer tipo de controle.

O primeiro tipo de controle ou técnica é adequação dos elementos do ato administrativo


( competência, forma, finalidade, objeto ) com ordenamento jurídico.

Também se admite o controle pela técnica do abuso de poder, que representa a utilização
anormal do poder da administração pública.

A teoria finalista permite o controle pelo excesso de poder, atuação que extrapola os limites
da sua competência ou o controle pelo desvio do poder.

Outra técnica de controle relaciona-se com a teoria dos motivos determinantes.

Alma vinculação da administração pública com a juridicidade e a realidade dos motivos que
determinaram a prática do ato.

Conceito jurídico indeterminado A previsão de conceitos jurídicos indeterminados confere ao


administrador público a discricionariedade

Na zona de certeza negativa eu tenho hipóteses que de antemão consigo dizer que não estão
contidas no conceito. Na zona de certeza positiva temos hipóteses de que consigo dizer de
antemão que estão incluídas no conceito.

Na zona de penumbra há espaço de interpretação para o administrador público.


Essas interpretações devem ser prestigiadas pelos órgãos de controle, contudo nas demais
zonas o controle pode ser intenso.

Controle pelos princípios.

Os princípios desenham o mérito administrativo.

Em alguns casos a incidência dos principais pode reduzir a discricionário idade dos atos
administrativos pelo administrador a zero.

Extinção dos atos administrativos Caducidade

Na caducidade administrativa nós temos extensão do ato por meio de uma nulidade
superveniente que não é imputada ao administrado.

Atenção para não confundir a caducidade do ato com a caducidade da concessão


administrativa.

A caducidade da concessão administrativa representa extinção do contrato administrativo por


inadimplemento do concessionário.

Cassação A cassação do ato administrativo é o tipo de extensão do ato administrativo por


punição decorrente de conduta do administrado.

Anulação Representa espécie de extensão por vício de legalidade.

A regra é a retroatividade dos efeitos da extinção do ato.

Nada impede que a administração busque modular efeitos de tal extinção vício de legalidade.

Ex.: Lei n. 14.33/21 (nova lei de licitações ).

Art. 148. A declaração de nulidade do contrato administrativo requererá análise prévia do


interesse público envolvido, na forma do art. 147 desta Lei, e operará retroativamente,
impedindo os efeitos jurídicos que o contrato deveria produzir ordinariamente e
desconstituindo os já produzidos.

§ 1º Caso não seja possível o retorno à situação fática anterior, a nulidade será resolvida pela
indenização por perdas e danos, sem prejuízo da apuração de responsabilidade e aplicação das
penalidades cabíveis.

§ 2º Ao declarar a nulidade do contrato, a autoridade, com vistas à continuidade da atividade


administrativa, poderá decidir que ela só tenha eficácia em momento futuro, suficiente para
efetuar nova contratação, por prazo de até 6 (seis) meses, prorrogável uma única vez

Revogação Constitui desfazimento do ato por vontade discricionário da


administração pública. A revogação pressupõe o uso do devido processo legal

Existe limitações para a revogação. Nesse sentido, atos que já tenham


exaurido os seus efeitos não podem ser objeto de revogação.
A revogação de um ato vinculado implica expropriação de direito e consequentemente
indenização.

Tal regra comporta exceção: a revogação de licença para construir antes de iniciar a obra.
Convalidação

Preferência legal. LINDB. Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou
judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa
deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. (Incluído pela
Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento)

Parágrafo único.

A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições
para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos
interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função
das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de
2018)

Poder de polícia Conforme preceitua o CTN, o poder de polícia constitui “atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”(art.
78).

Além disso, veja o art. 145, inciso II, da CF/88.

A ideia central do poder de polícia é o domínio do estado sobre tudo e todos, Com a utilização
do poder de império.

A visão moderna acaba tirando o sentido utilitarista do poder de polícia, no sentido de que o
interesse da sociedade justificaria qualquer tipo de medida. Não confunda poder de polícia
com poder de disciplinar.

O poder de polícia é sujeição independentemente da existência de relação jurídica formal


entre o administrado e o administrador. O poder disciplinar decorre de uma relação especial
de sujeição.

A relação especial pode decorrer de lei ou de contrato. O poder de polícia se revela por meio
de uma estrutura básica chamada pela doutrina de ciclo de poder de polícia bjo m no que
contém as seguintes quatro fases:

1) ordem de polícia. Representa o comando normativo geral e abstrato que traz as restrições à
liberdade ou viabiliza (fundamenta) a imposição de restrições pela administração. comando
normativo pode ser legal ou infra legal.
2) Consentimento de polícia. Em regra, exteriorizado pelos atos de licença
ou de ou de autorização na licença a um ato administrativo vinculado que declarar um direito
pré-existente. Na autorização, eu tenho um ato administrativo precário e discricionário.

3) Fiscalização. Envolve a prática material dos atos de fiscalização de ordem e de


consentimento de polícia.

4) Sanção de polícia. A coercibilidade exercida em razão do descumprimento de uma ordem de


polícia ou dos requisitos do ato de consentimento. As medidas de polícia são atos destinados a
viabilizar ação cautelar da legalidade administrativa. Cresce a ideia de consensualidade no
direito administrativo sancionador, segundo art. 23 da Lindb, como cláusula geral de
consensualidade. MICHELL HARRIGAN BRUM ROSA LEMOS 05770969741 MICHELL HARRIGAN
BRUM ROSA LEMOS 0

Cautelaridade adm. Cláusula geral de Consensualidade art 26 Lindb

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