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A divergência entre a

Vontade e a Declaração
Prof. Doutor André Gonçalo Dias Pereira
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
Presidente do Centro de Direito Biomédico
Vice-Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida
Enumeração das Divergências
• Divergência intencional
• Simulação – 240.º
• Reserva mental – 244.º
• Declarações não sérias – 245.º

• Divergência não intencional


• Erro-obstáculo ou erro na declaração – 247.º
• Falta de consciência da declaração – 246.º
• Coação física ou coação absoluta – 246.º
O problema da divergência entre a Vontade e a Declaração
como problema autónomo;
o substrato teleológico do problema

• O problema da divergência entre a Vontade e a Declaração como problema autónomo;


• Interpretação da declaração – doutrina objetivista
• Problema autónomo da divergência – invalidade?

• O substrato teleológico do problema


• Interesse do declarante – autodeterminação/ auto-responsabilidade
• Interesse do declaratário – tutela da confiança – proteção das legítimas expetativas
• Interesses de terceiros (subadquirentes, credores, etc.)
• Interesses gerais do comércio jurídico/ do tráfico jurídico: segurança, fluência e celeridade da
contratação
• Proteção da boa-fé do declaratário
Teorias que visam resolver o problema da
divergência entre a vontade e a declaração
• Século XIX

1. Teoria da vontade (Savigny)


• Invalidade do negócio jurídico

2. Teoria da “culpa in contrahendo” (Jhering)


• Invalidade do negócio jurídico + 227.º (indemnização pelo dano negativo;
interesse da confiança)
Teorias que visam resolver o problema da
divergência entre a vontade e a declaração
• Século XX
3. Teoria da responsabilidade
• Em caso de dolo ou culpa do declarante, e estando de boa fé o declaratário, o negócio será válido
4. Teoria da declaração
• Dá relevo à declaração, ao que foi exteriormente manifestado
• Doutrina da confiança – a divergência entre a vontade e a declaração e o sentido objetivo da
declaração, isto é, o que um declaratário razoável lhe atribuiria, só produz a invalidade do
negócio, se for conhecida ou cognoscível do declaratário
• Doutrina da aparência eficaz – subscreve os resultados da doutrina da confiança, mas limita-a,
propugnando a invalidade também para a hipótese de o declaratário, não se apercebendo do
dissídio entre a vontade real e o sentido objetivo, ter, todavia, compreendido um terceiro
sentido; quer dizer, a validade do sentido objetivo só será de aceitar, em vez da invalidade, se o
declaratário confiou efetivamente nesse sentido.
o problema da divergência entre a vontade e a
declaração, apreciado de jure condendo

• Reserva mental... Nulidade, apenas quando conhecida do declaratário


• Coação física... Invalidade, mesmo que o declaratário esteja de boa fé
• Erro...anulabilidade apenas se o delcaratário conheceu ou deveria
conhecer o erro (#247...)

• Em regra – teoria da confiança


• Proteção da confiança e os interesses do tráfico
o problema da divergência entre a vontade e a
declaração, apreciado de jure condito

• As soluções dadas ...

• Uma solução declarativista


Simulação
• Artigo 240.º - (Simulação)
• 1. Se, por acordo entre declarante e declaratário, e no intuito de
enganar terceiros, houver divergência entre a declaração negocial e a
vontade real do declarante, o negócio diz-se simulado.
2. O negócio simulado é nulo.

• Intencionalidade entre a divergência e a vontade


• Acordo simulatório
• Intuito de enganar terceiros
Modalidades
• Simulação inocente – enganar terceiros
• Doação simulada com fim de ostentação
• Venda aparente em vez de doação real para evitar o ressentimento de alguns herdeiros
(não legitimários)

• Simulação fraudulenta – prejudicar terceiros ilicitamente ou contornar uma


norma da lei
• Venda fantástica – para prejudicar credores
• Venda aparente que disfarça uma real de doação para prejudicar herdeiros legitimários
• Venda de imóveis declarando preço inferior ao real para prejudicar a Fazenda nacional
Simulação absoluta e Simulação relativa
• Simulação absoluta
• Venda fantástica
• Doação com fins de pompa ou ostentação
• Há apenas o negócio simulado; não há qualquer negócio oculto....
• Simulação relativa
• Negócio simulado (ou aparente) + negócio oculto ou dissimulado (ou real)

• Artigo 241.º - (Simulação relativa)


• 1. Quando sob o negócio simulado exista um outro que as partes quiseram realizar, é aplicável a
este o regime que lhe corresponderia se fosse concluído sem dissimulação, não sendo a sua
validade prejudicada pela nulidade do negócio simulado.

• 2. Se, porém, o negócio dissimulado for de natureza formal, só é válido se tiver sido observada a
forma exigida por lei.
Efeitos da simulação absoluta
• 240/2 - O negócio simulado é nulo.

• Artigo 242.º - (Legitimidade para arguir a simulação)


• 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 286.º, a nulidade do negócio simulado pode
ser arguida pelos próprios simuladores entre si, ainda que a simulação seja fraudulenta.
2. A nulidade pode também ser invocada pelos herdeiros legitimários que pretendam
agir em vida do autor da sucessão contra os negócios por ele simuladamente feitos com
o intuito de os prejudicar.

• Artigo 286.º - (Nulidade)


• A nulidade é invocável a todo o tempo por qualquer interessado e pode ser declarada oficiosamente
pelo tribunal.
Modalidades de simulação relativa
• Simulação subjetiva ou dos sujeitos
• Interposição fictícia de pessoas
• Ex: para defraudar as normas - 953.º e 2196.º
• A-B B-C = A-C – para pagar apenas 1 imposto/ registo, etc....

• #interposição real de pessoas #mandato sem representação

• Simulação objetiva ou sobre o conteúdo do negócio


• Simulação sobre a natureza do negócio – venda/ doação...
• Simulação de valor – simulação de preço
• Artigo 2196.º - (Cúmplice do testador adúltero)
• 1. É nula a disposição a favor da pessoa com quem o testador
casado cometeu adultério.
Efeitos da simulação relativa
• Negócio ficto ou simulado – NULIDADE (240/2)

• Negócio dissimulado ou disfarçado?


• 241.º - o tratamento jurídico que teria se tivesse sido concluído sem
dissimulação
• PODE SER VÁLIDO!
SIMULAÇÃO EM PREJUÍZO DA
FAZENDA NACIONAL
• Simulação objetiva – de preço
• Em caso de simulação, a tributação recai sobre o negócio real que conste de documento
autêntico,ou de decisão judicial a declarar a sua nulidade

• LEI GERAL TRIBUTÁRIA


• ARTIGO 39.º
• “Em caso de simulação de negócio jurídico, a tributação recai sobre o negócio jurídico
real e não sobre o negócio jurídico simulado.”

• Contém as alterações dos seguintes diplomas:


- Lei n.º 83-C/2013, de 31/12
EFEITOS DA SIMULAÇÃO QUANTO AOS
NEGÓCIOS FORMAIS
• Artigo 241.º - (Simulação relativa)
• 2. Se, porém, o negócio dissimulado for de natureza formal, só é válido se tiver sido observada
a forma exigida por lei.

• Haverá um negócio latente válido se as partes fizeram constar as declarações que integram o seu
núcleo essencial de uma contradeclaração (escrito de reserva ou de ressalva) com os requisitos
formais para esse negócio
• Ex. comodato/ arrendamento
• E se o negócio simulado tem a forma exigida, mas não a tem o negócio dissimulado? (simulação de venda/ doação
real)
• Como interpretar o art. 241.º?
• Tese A – nulidade por vício de forma (Beleza dos Santos) – jus strictum; maior segurança jurídica
• Tese B – validade por aproveitar a forma do negócio simulado (Manuel de Andrade) – salvar os efeitos práticos do negócio

• Argumento literal a silentio


• Argumento da ratio dos preceitos que exigem forma.
• Assim negócio simulado – nulo por simulação; negócio dissimulado – nulo por vício de forma (220)

• Seguimos a tese mais rigorosa na simulação de pessoas e na simulação sobre a


natureza do negócio
• Na simulação de preço... Aceita-se a forma do negócio simulado para cobrir a ausência de forma
do negócio oculto
• Venda por €200.000; escrituração por €150.000
Podem os simuladores arguir a simulação?
• Artigo 242.º - (Legitimidade para arguir a simulação)
1. Sem prejuízo do disposto no artigo 286.º, a nulidade do negócio simulado pode ser arguida
pelos próprios simuladores entre si, ainda que a simulação seja fraudulenta.

• MAS – 394.º, N.º 2


• Artigo 394.º - (Convenções contra o conteúdo de documentos ou além dele)
• 1. É inadmissível a prova por testemunhas, se tiver por objecto quaisquer convenções contrárias ou adicionais
ao conteúdo de documento autêntico ou dos documentos particulares mencionados nos artigos 373.º a 379.º, quer
as convenções sejam anteriores à formação do documento ou contemporâneas dele, quer sejam posteriores.
• 2. A proibição do número anterior aplica-se ao acordo simulatório e ao negócio dissimulado, quando invocados
pelos simuladores.

• PROVA DOCUMENTAL
• CONFISSÃO
SIMULAÇÃO E TERCEIROS
• QUAISQUER PESSOAS, TITULARES DE UMA RELAÇÃO, JURIDICA OU PRATICAMENTE AFETADA PELO NEGÓCIO
SIMULADO (E QUE NÃO SEJAM OS PRÓPRIOS SIMULADORES OU OS SEUS HERDEIROS (DEPOIS DA MORTE DO DE CUJUS)

• ARGUIÇÃO DA SIMULAÇÃO POR TERCEIROS INTERESSADOS NA NULIDADE DO NEGÓCIO?


• SIM – ART. 286
• HERDEIROS LEGITIMÁRIOS
• SIM – 242/2
• FAZENDA NACIONAL?
• SIM. LIQUIDAM- SE OS IMPOSTOS PELO VALOR REAL
• PREFERENTES?
• SIM. Exercese a preferência pelo valor real
• CREDORES?
• SIM. 286.º + 605.º CC
• Não é necessário que o devedor esteja em insolvência...
• Artigo 605.º - (Legitimidade dos credores)
1. Os credores têm legitimidade para invocar a nulidade dos actos praticados pelo devedor, quer estes sejam anteriores, quer
posteriores à constituição do crédito, desde que tentam interess na declaração da nulidade, não sendo necessário que o acto
produza ou agrave a insolvência do devedor.
• 2. A nulidade aproveita não só ao credor que a tenha invocado, como a todos os demais.
Arguição da simulação contra terceiros
interessados na validade do negócio jurídico
• Artigo 243.º - (Inoponibilidade da simulação a terceiros de boa fé)
• 1. A nulidade proveniente da simulação não pode ser arguida pelo simulador contra terceiro de boa
fé.
• 2. A boa fé consiste na ignorância da simulação ao tempo em que foram constituídos os respectivos
direitos.
• 3. Considera-se sempre de má fé o terceiro que adquiriu o direito posteriormente ao registo da acção de
simulação, quando a este haja lugar.

• TERCEIROS DE BOA-FÉ
• NEGÓCIO ONEROSO OU GRATUITO
• QUALQUER COISA (MÓVEL OU IMÓVEL); NÃO EXIGE REGISTO, DISPENSA O DECURSO DO PRAZO DE 3 ANOS REFERIDO NO
291/3; PROTEGE TERCEIROS COM BOA-FÉ COM CULPA

• REGIME ESPECIAL DE INOPONIBILIDADE DA SIMULAÇÃO A TERCEIROS DE BOA FÉ


• APENAS SE HOUVER ARGUIÇÃO PELO SIMULADOR (E OS SEUS HERDEIROS)
Caso prático
• Em negócio simulado, em agosto de 2019, celebrado por escritura
pública, Ana, solteira, vende a Raquel, médica que a assistiu nos
últimos anos de vida de uma doença da qual recuperou, um prédio
rústico. Na verdade, tratou-se de uma doação registada em dezembro
de 2019.
• Em 2019, Raquel vendeu o mesmo prédio a Joana, que desconhecia
os vícios anteriores.
• Quem é, hoje, o proprietário do prédio?
• E se os vícios fossem invocados por Marco, credor de Ana?
• 243.º - APENAS PROTEGE TERCEIROS QUE SERIA PREJUDICADOS PELA
INVALIDAÇÃO DO NEGÓCIO SIMULADO.
• Não protege terceiros que lucrariam com a nulidade do negócio
simulado.
• Ex: os preferentes.
• O preferente deve preferir pelo preço real

• Ratio legis: proteção da confiança de terceiros.


• Eduardo vendeu a Francisco em 2021, mediante escritura pública, um prédio
urbano pelo preço de trezentos e cinquenta mil euros (€350.000), tendo ambos,
após estipularem verbalmente o preço real, declarado apenas na escritura um
preço de cem mil euros (€100.000), com o objetivo de evitar o pagamento do
imposto sobre transações imobiliárias correspondente ao valor real da transação.
• Gertrudes, comproprietária do prédio vendido, pretende exercer o direito de
preferência na venda, que lhe cabe nos termos do art. 1409.º, nº 1 do Código Civil.
• Se Gertrudes quiser preferir pelo preço declarado por Eduardo e Francisco,
procederá a sua pretensão? Em caso negativo, como poderão Eduardo e Francisco
opor-se a Gertrudes?

Prova da simulação

• Prova – livre
• Confissão, documentos, testemunhas, presunções, etc.

• Prova da simulação pelos próprios simuladores


• Não é admissível o recurso à prova testemunhal; nem as presunções judiciais
Reserva mental
• Artigo 244.º - (Reserva mental)
• 1. Há reserva mental, sempre que é emitida uma declaração
contrária à vontade real com o intuito de enganar o declaratário.
2. A reserva não prejudica a validade da declaração, excepto se
for conhecida do declaratário; neste caso, a reserva tem os efeitos da
simulação.

• 1) Emissão de uma declaração contrária à vontade real


• 2) intuito de enganar o declaratário
modalidades
• Inocente ou fraudulenta
• Conhecida ou desconhecida
• Absoluta ou relativa
• Unilateral ou bilateral
EFEITOS
• RESERVA MENTAL DESCONHECIDA
• IRRELEVÂNCIA DA RESERVA MENTAL
• A Declaração negocial é VÁLIDA
• “se vieres a Coimbra na Queima das Fitas, eu convido-te a dormir no meu
apartamento e não terás despesas com hotéis... Disse a Joana ao Mário...
Para o empurrar para dificuldades económicas, porque nessa semana os
hotéis estarão caríssimos....” Quid júris?

• RESERVA MENTAL CONHECIDA


• TEM OS EFEITOS DA SIMULAÇÃO - Nulidade
• Mário sabia que Joana estava a emitir a declaração com reserva mental.... Terá direito a
pernoitar no apartamento dela?
244 ou 334?
• RESERVA MENTAL INOCENTE, com vista a tranquilizar outrem
• A declaração, em regra, é válida... Salvo em caso de ABUSO DO DIREITO (334.º CC)
• Violação dos bons costumes

•EX: para evitar um suicídio, A promete


oferecer 10.000 euros a B. B não se
suicida e vem reclamar a entrega do
dinheiro. Quid juris?
• Em janeiro de 2018, Daniel, proprietário do prédio urbano X,
observando a forma legalmente prescrita, vendeu-o a Eva, com
reserva mental efetivamente conhecida por esta última.
• Em março de 2020, Eva, mediante a forma legalmente exigida,
vendeu o prédio a Guida, sua amiga, que procedeu, de imediato, ao
registo do seu direito, desconhecendo tudo aquilo que sucedeu antes
e que pudesse afectar o seu direito.
• Zulmira, credora de Daniel, pergunta quais são os seus direitos e se terão
provimento?
Declaração não séria
• Artigo 245.º - (Declarações não sérias)
1. A declaração não séria, feita na expectativa de que a falta de seriedade
não seja desconhecida, carece de qualquer efeito.
2. Se, porém, a declaração for feita em circunstâncias que induzam o
declaratário a aceitar justificadamente a sua seriedade, tem ele o direito de ser
indemnizado pelo prejuízo que sofrer.

• Artigo 227.º - (Culpa na formação dos contratos)


• 1. Quem negoceia com outrem para conclusão de um contrato deve, tanto nos preliminares como
na formação dele, proceder segundo as regras da boa fé, sob pena de responder pelos danos que
culposamente causar à outra parte.
2. A responsabilidade prescreve nos termos do artigo 498.º
Declaração não séria
• A divergência entre a vontade e a declaração NÃO visa enganar ninguém!
• Expetativa de que a falta de seriedade não passe desapercebida

• Declarações jocosas, cénicas, didáticas

• Efeitos – carece de qualquer efeito


• INEXISTÊNCIA

• 245/2 – se a declaração foi feita em circunstâncias que induzem o delcaratário a


aceitar justificadamente a sua seriedade... Inexistência + 227.º - indemnização pelos
danos negativos – dano da confiança
Divergências não intencionais
• Coação física ou absoluta

• Falta de consciência da declaração

• Erro na declaração ou erro-obstáculo


Coação física ou absoluta

• A liberdade de ação fica totalmente excluída


• #coação moral...

• Artigo 246.º - (Falta de consciência da declaração e coacção física)


A declaração não produz qualquer efeito, se o declarante não tiver a
consciência de fazer uma declaração negocial ou for coagido pela força física a
emiti-la; mas, se a falta de consciência da declaração foi devida a culpa, fica o
declarante obrigado a indemnizar o declaratário.
Falta de consciência da declaração
• Nulidade
• Eventual 227.º

• Se houver falta de vontade de ação (sob hipnose ou em


sonambulismo)
• Inexistência da declaração
Erro na declaração ou erro obstáculo
• Artigo 247.º - (Erro na declaração)
• Quando, em virtude de erro, a vontade declarada não
corresponda à vontade real do autor, a declaração negocial é
anulável, desde que o declaratário conhecesse ou não devesse
ignorar a essencialidade, para o declarante, do elemento sobre que
incidiu o erro.
• Artigo 248.º - (Validação do negócio)

A anulabilidade fundada em erro na declaração não procede, se o


declaratário aceitar o negócio como o declarante o queria.
• Artigo 249.º - (Erro de cálculo ou de escrita)
• O simples erro de cálculo ou de escrita, revelado no próprio
contexto da declaração ou através das circunstâncias em que a
declaração é feita, apenas dá direito à rectificação desta.
• Artigo 250.º - (Erro na transmissão da declaração)
• 1. A declaração negocial inexactamente transmitida por quem
seja incumbido da transmissão pode ser anulada nos termos do artigo
247.º

• 2. Quando, porém, a inexactidão for devida a dolo do


intermediário, a declaração é sempre anulável.

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