Você está na página 1de 18

CURSO: LICENCIATURA EM: GBS1M+E1M

DISCIPLINA: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA


1.º ANO: /I SEMESTRE- 2023-2024

Professor Doutor Simão Agostinho


Professor Associado, Audiologista e Investigador
CAPÍTULO 2 TIPO DE AULA
Investigação e Metodologia nas Ciências Sociais TEÓRICO-PRÁTICA
a) O que é o conhecimento?
b) Quais as formas de conhecimento humano?
c) O que é o conhecimento científico?
d) Como se caracteriza o conhecimento científico?

SUMÁRIO
 Tipos de conhecimento.

 Natureza do conhecimento científico e suas características


CIÊNCIA

A Ciência é o
Etimologia: Ciência vem da conhecimento, ou um
palavra latin scientia, scio, sistema de conhecimento,
scis, scivi, scitum, scire que que abarca verdades gerais
significa saber, ter ou a operação de leis gerais
conhecimento, notar, especialmente obtidas e
compreender. testadas por meio do método
científico.

Ander-Egg (1978)
Para Ander-Egg (1978) apud Marconi; Lakatos
(2007, p. 21) : o termo ciência pode ser
compreendido em DOIS SENTIDOS:

a) LATO SENSU, com a acepção


de “conhecimento”
CIÊNCIA b) STRICTO SENSU, aludindo apenas ao
conhecimento que se obtém através da “apreensão
e do registro dos factos, com a demonstração de
suas causas constitutivas ou determinantes”
(Marconi; Lakatos, 2007, p. 23).
CIÊNCIA

A ciência é um conjunto de conhecimentos


racionais, certos ou prováveis, obtidos
Metodicamente, sistematizados e verificáveis,
que fazem alusão a um objectos de estudo.

(Agostinho, 2014)
A RELAÇÃO QUE SE
ESTABELECE ENTRE O
SUJEITO QUE CONHECE E O
OBJECTO CONHECIDO.

A PESQUISA
NO PROCESSO DO
CIENTÍFICA CONHECIMENTO, O SUJEITO
COGNOSCENTE SE APROPRIA,
DO OBJECTO CONHECIDO
A finalidade da pesquisa é “resolver
problemas e solucionar dúvidas, mediante
a utilização de procedimentos científicos”
(barros & lehfeld, 2000, p.14).

A pesquisa devem contribuir para a


formação de uma consciência crítica ou um
espírito científico do pesquisador. o
FINALIDADE investigador apoia-se em observações,
DA PESQUISA análise e deduções interpretadas, através de
uma reflexão crítica, vai, paulatinamente
formando o seu espírito científico, o qual
não é inato.
O ser humano sente necessidade de conhecer, de
compreender o mundo que o cerca, e busca fazê-lo
através de suas capacidades. Trata-se de uma relação
que supõe três elementos: o sujeito, o objeto e a
imagem que se tem da realidade.

O conhecimento não nasce no vazio. O homem pode


adquirir conhecimento por meio de sensações, da
percepção, da imaginação, da memória, da
linguagem, do raciocínio e da intuição.

FORMAS DE Há diversas modalidades de conhecimento, que se


originam de diferentes fontes: a observação, as
CONHECIMENTO experiências acumuladas ao longo da vida, as crenças
religiosas, os relacionamentos.

Lakatos; Marconi (2007, pp. 15-


A) Conhecimento popular (senso comum) - também
chamado conhecimento vulgar, baseia-se em informações
obtidas por meio da convivência familiar e social, e
caracteriza-se, em geral, por ser:

• 1- VALORATIVO - estados de ânimos e emoções da vida


diária; os valores do sujeito impregnam o objecto
conhecido;
2. REFLEXIVO - limitado pela familiaridade com o
objecto, isto é, não pode ser reduzido a uma formulação
geral;
3. ASSISTEMÁTICO - fundamenta-se
nas experiências particulares do sujeito
cognoscente que apreende o objecto
conhecido, não possuindo um sistema
organizado de idéias;

4.VERIFICÁVEL - perceptível no
quotidiano do sujeito cognoscente;

5. FALÍVEL E INEXATO - limita-se à


aparência e às informações sobre o
objecto.
B) CONHECIMENTO FILOSÓFICO - caracteriza-se pelo esforço da
ração pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre
o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão
humana, com as seguintes características:

1. VALORATIVO - suas hipóteses não são submetidas à observação; o


conhecimento filosófico emerge da experiência e não da
Experimentação;

2. NÃO VERIFICÁVEL - os seus resultados não podem ser confirmados


nem rejeitados, pois seus enunciados são frutos da experiência;
3. RACIONAL - Conjunto de enunciados logicamente
relacionados;

4. SISTEMÁTICO – As hipóteses e enunciados têm de


representar objectivamente a realidade estudada;

5. INFALÍVEL E EXATO - Seus postulados e hipóteses


não são submetidos ao teste de observação ou
experimentação.
C)CONHECIMENTO RELIGIOSO (TEOLÓGICO)
- funda-se na idéia de que as verdades tratadas são
infalíveis e indiscutíveis por se consistirem em
revelações de uma divindade (sobrenatural).
Caracteriza-se por ser:
1. VALORATIVO - suas doutrinas contêm pressupostos
sagrados;

2. INSPIRACIONAL - reveladas pelo sobrenatural;


3- SISTEMÁTICOS - Conhecimento organizado do
mundo - origem, significado, finalidade e destino
revelado por divindades;

4- NÃO VERIFICÁVEL - O conhecimento revelado


implica uma atitude de fé;

5- INFALÍVEL - Pressupostos indiscutíveis e exatos;


D) CONHECIMENTO CIENTÍFICO - lida com ocorrências
ou factos, isto é, com toda forma de existência que se manifesta
de algum modo e apresenta as características relacionadas:
1. CONTINGENTE - As proposições ou hipóteses têm sua
veracidade ou falsidade conhecida por meio da
experimentação e não apenas da razão;

2. SISTEMÁTICO - Saber ordenado logicamente formado em


sistema de idéias, [teoria] e não conhecimentos dispersos e
desconexos;
3- VERIFICABILIDADE - Suas hipóteses são verificadas
- observação/experimentação para comprovação/refutação;

4- FALÍVEL - Verdades não definitivas e/ou absolutas;

5- APROXIMADAMENTE EXATO - Novas proposições


e desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo
de teoria existente.
CONCLUSÃO
Conhecimento Conhecimento Conhecimento Conhecimento
Popular Científico Religioso Filosófico

 Valorativo  Contingente  Valorativo  Valorativo


 Assistemátic  Sistemático  Sistemático  Sistemátic
o  Verificabilidad  Não o
 Verificável e verificável  Não
 Falível e  Falível  Infalível verificável
Inaxacto  Aproximadame  Inspiracional  Infalível e
 Reflexivo nte exacto Exacto
 Racional
BIBLIOGRAFIA

Ander-EGG, E. (2003).
Cerezal, M. J. (2012). La
Métodos y Técnicas de Bunge, M. (1980). Ciência Gil. A. C. (2008), Metodos
Investigación Pedagógica:
Investigación Social IV. e Desenvolvimento. Belo e Técnica de pesquisa, 6.ª
un Apoyo al trabajo del
Técnica para la recojida de Horizionte: Itatiaia; São Ed. Edotiras Atlas, São
Maestro, 1,ª Edición,
datos e información. paulo Paulo
México
Burnos Aires

Quivy, Raymond; Vilela, J. (2009).


Lakatps, E. M. & Marconi. Lakatos, E. M. & Marconi,
Campenhoudt, Luc Van Investigação: O processo
M. A. (1995). Metodologia M. A. ( 1999). Técnicas de
(1998). Manual de de construção de
do Trabalho Científico. Ed. Pesquisa. São Paulo: Ed.
Investigação em Ciências conhecimento, Edições
Atlas, São Paulo, Atlas,
Sociais. Lisboa Sílabo, 1.ª Edição, Lisboa

Você também pode gostar