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Teste de Apercepção
Temática TAT
Histórico
• TAT foi desenvolvido pelos psicólogos americanos Henry A. Murray e
Christiana D. Morgan em Harvard na década de 1930 para explorar a
dinâmica da personalidade que subjaz aos comportamentos manifestos,
como os conflitos internos, impusos dominantes, interesses e motivos.
Realização - Uma pessoa que age a partir desta necessidade se esforça para realizar
algo difícil, fazer algo pela primeira vez, se destacar dos demais. Tal uma pessoa tende
a ser um empresário ou trabalhar por conta própria. Ele ou ela gosta de ser medido por
seus resultados.
Afiliação - Esta pessoa busca desenvolver relações íntimas
com outros. Para essa pessoa é importante ser um amigo
leal ou empregado. Ele ou ela prefere trabalhar em um
grupo e gosta de formar relações íntimas com colegas de
trabalho e se identifica com o trabalho do grupo.
1. Execução da tarefa;
Quando a pessoa produz uma estória com facilidade é porque a temática não é geradora de ansiedade, ou
seja, não está vinculada às dificuldades emocionais do sujeito. Entretanto, quando falta um
segmento, ou não se sabe o início da estória ou o final, ocorre o contrário: o impasse diante do
desenvolvimento da temática é sempre de ordem emocional, especialmente se houve facilidade no
desenvolvimento das demais pranchas.
Descrições objetivas do tema indicam que a pessoa está se defendendo, evitando se envolver com a
temática proposta.
O completamento da tarefa exige que a estória contada apresente início, meio e fim. Quando isso
acontece, conclui-se que aquele estímulo não provoca ansiedade desorganizadora.
II . Adequação da estória à prancha.
Os temas discutidos nas pranchas foram citados na aula anterior. O avaliando deve Ter uma percepção objetiva,
enxergar o que de fato se mostra. Quando isso não acontece é porque ocorre uma distorção da realidade; a
prancha evoca o envolvimento com os conteúdos internos. Devemos sempre lembrar que a percepção é uma
propriedade subjetiva.
O estilo fala não apenas da maneira como cada um de nós aborda as situações, mas fala também de alguns
interesses: romântico, rebuscado, irônico, poético, etc.
É preciso haver coerência entre os diferentes momentos da estória. Podem ocorrer mecanismos de fuga.
O desfecho incoerente tem a ver com os recursos que o sujeito se utiliza para resolver seus conflitos.
Identificação do herói.
Uma vez identificado o herói , é preciso conhecer o que ele sente, como se percebe, e
que necessidades ele tem.
2. Sentimentos e estados emocionais. Qual o estado emocional do herói?
3. Necessidades do Herói.
O herói forte é aquele que através de sua ação faz com que a estória tenha um final feliz, o
que indica pessoas bem organizadas. O final é feliza quando as necessidades do
narrador são atendidas.
O bom diagnóstico é aquele que fundamenta a estrutura e a dinâmica do Indivíduo, observando sua forma
de encaminhamento.
Análise formal:
. Realização da tarefa – checa se houve descrição, alegoria ou narrativa. Verifica se a estória foi completa –
início, meio e fim. Houve realização da tarefa, de forma adequada, com início, meio e sem fim.
. Estilo da narrativa – claro e objetivo. Pensamento organizado.
. Adequação do tema – diferentes idéias encadeadas em etapas compatíveis à narrativa adequada.
. Inclusão/exclusão de objetos – houve inclusão dos pais como objetos maus.
Análise de conteúdo:
Análise Formal:
. Realização da tarefa: história completa.
. Estilo: pensamento organizado, claro e objetivo.
. Adequação do tema: adequado, sentimentos persecutórios.
. Inclusão/ exclusão de objetos: “ela”, e a mãe.
Análise de conteúdo:
. Herói: “Ela”.
. Sentimentos e estados emocionais: invasão, perseguição, abandono.
. Necessidades: reflexão, isolamento, privacidade, proteção. Necessidade de se
isolar e se preservar.
. Pressões ambientais: fiscalização invasora, pressão agressiva.
. Desfecho: isolamento – ir embora. É um desfecho negativo porque envolve a
desistência.
. Atitude para o desfecho: fuga.
. Catexia: Mãe – catexia ambivalente. Empregada – catexia negativa. Pode estar
ocorrendo o deslocamento da catexia negativa da figura da mãe para a da
empregada.
. Tema: Conflito em vivenciar relações invasoras.
• Com certeza haverá algumas estórias tratando do mesmo tema. O TAT fala de relacionamentos – do
sujeito com ele mesmo, com as figuras parentais ou substitutos, com o grupo de iguais, com o grupo
hetero-afetivo-sexual.
• Inicialmente são reunidas as estórias que tratam do mesmo tema. Elas serão interpretadas juntas.
• O herói e tudo aquilo que se refere ao herói serão reportados ao narrador – o que está falando sobre
si mesmo. Por exemplo: se essas duas estórias fossem do mesmo narrador, poderia se concluir que
este herói está abatido, frustrado. Quanto mais diferenciado for o herói da estória do narrador, mais
significativo é o conteúdo, pois há a revelação de conteúdos reprimidos.
• Sempre devemos nos lembrar que a narrativa é a forma com que o narrador significa. O que
caracteriza a saúde ou o transtorno não é a presença de conflitos, mas os recursos mobilizados para
solucioná-los. Para o ego mediar a solução dos conflitos é necessário que o narrador participe de
modo ativo e coordenado com a solução e o desfecho. Quando isso ocorre diz-se que o ego do
narrador está bem estruturado.
Quando o ego delega a terceiros a resolução das questões, percebe-se que este ego não dispõe de
recursos para fazer a mediação.
Quando o herói é destruído ou morre, o meio é agressivo. Nesse caso há um grande componente
destrutivo, desintegrativo.
Quando a tarefa é realizada temos um indicativo de que essa pessoa consegue se organizar
mesmo quando submetida a pressões. É uma pessoa inteligente, bem coordenada.
Prancha 1 : Ele tá pensando para que serve o violino. Ele achou numa lata de lixo na rua. Ele
tava jogando futebol e a bola caiu ali dentro. E ele viu isso. Ele trouxe para a casa dele para
ver para que servia. Ele não sabe tocar, mas vai Ter um dia que ele vai aprender isso.
Prancha 3 : É um garoto que tava chorando porque os meninos da escola implicaram com ele. Aí
ele ficou triste e escondeu isso da mãe dele e começou a chorar em cima do sofá. Ele vai
avisar para a mãe dele e a mãe dele vai falar com os professores e os garotos que fizerem isso
com ele vão pedir desculpas.
Prancha 6 : Ele tava com a mãe dele no apartamento e ele tava pedindo desculpas por Ter sumido
por anos e ela fingia que nem escutava. No final a mãe dele mandou ele sair daquele
apartamento. Ela não tinha dinheiro para sustentar e ele foi embora. Ela não o perdoou.
No TAT sempre devemos buscar interpretar os relacionamentos: relação consigo mesmo (no
exemplo acima: insegurança, não acredita em si mesmo); relacionamento com os outros
(inadequação); relacionamento com as figuras parentais (dependência).
A. Análise Formal Prancha 1 Prancha 3 Prancha 6
1. Realização da Sim Sim Sim
Tarefa
Clara, simples, Clara, simples, Clara, simples,
2. Narrativa conclusiva, conclusiva, conclusiva,
pensamentos pensamentos pensamentos
organizados organizados organizados
3. Adequação do Tema trabalhado com Tema trabalhado com Tema trabalhado com
Tema adequação adequação adequação
4. Inclusão/Exclusão Bola, lata de lixo Meninos da escola, -
de objetos mãe, professores
B. Análise de
Conteúdo
1. Herói “Ele” “um garoto” “Ele”
Tristeza, rejeição, Despreza,
2. Sentimentos e Reflexivo, curioso, dependência da mãe, desamparo, culpa,
Estados Emocionais confiante, esperança de que ela abandono,
esperançoso resolva seus impotência.
problemas, incapaz
de confrontação
Proteção, amparo
Domínio, reconhecimento, Acolhimento, perdão,
3. Necessidades experimentação necessidade de redenção, ser ouvido,
mediação e independência.
interferência
4. Pressão ambiental - Implicância, medo da Desprezo e
mãe intransigência da
mãe.
Adequado. Final Final Feliz (-):
5. Desfecho da Feliz (+): Empenho dependência da Final Infeliz:
História atitude de terceiros abandono
(mãe)
Negativa/ exposição à
6. Atitude do Herói Positiva/empenho Negativa/dependênci humilhação e à
a confirmação do
desamparo
Violino – catexia Mãe : positiva Mãe: positiva
7. Catexias positiva Professor: Dinheiro: negativa
ambivalente
Meninos: negativa
8. Tema Domínio Dependência Humilhação