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Distúrbios Gastrointestinais Eosinofílicos
Distúrbios Gastrointestinais Eosinofílicos
EOSINOFÍLICAS GASTROINTESTINAIS
Gastro HC-UFU
DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS
EOSINOFÍLICOS
• Infiltração seletiva do trato gastrointestinal por eosinófilos, na ausência de outras causas de eosinofilia
conhecida
• Doença crônica, inflamatória, atópica, imunomediada, de acometimento raro
• Sintomatologia relativamente pouco específica
• Etiologia desconhecida (multifatorial)
• Patogênese, epidemiologia, tratamento e resultados ainda desconhecidos/indefinidos
• IL-4, IL-5, IL-13, IL-15, IL-18, eotaxina-1, eotaxina-2 e eotaxina-3 desempenham um papel crítico na
patogênese do EGID
• Exposição a potenciais alérgenos alimentares ou aeroalérgenos em indivíduos previamente predispostos.
• Resposta “clássica” de IgE aos alérgenos + mecanismo de hipersensibilidade tardia
DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS
EOSINOFÍLICOS
• Doença inflamatória crônica do esôfago com uma patogênese imuno-alérgica, caracterizada por infiltração
eosinofílica (≥ 15 Eo / CGA) e fibrose secundária
• EUA e Europa: prevalência de 50 pacientes por 100.000 habitantes
• Pode afetar qualquer idade, mas o diagnóstico é mais frequente na 3ª/4ª décadas
• H 3: 1 M
• Predomínio de etnia caucasiana
• Patogênese complexa, multifatorial (genéticos + ambientais)
• Resposta mediada por células Th2
• Mutação do gene eotaxina-3 – expressa 53x mais nos indivíduos acometidos
• Associação entre EEo e algumas alterações hereditárias do colágeno (Ex.: Marfan e Enhlers-Danlos)
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
ADULTOS/ADOLESCENTES:
• Disfagia, bolo alimentar, dor torácica e epigástrica
• Episódios de impactação alimentar
• Início semelhante DRGE não responsiva a IBP
CRIANÇAS:
• Recusa alimentar e retardo de crescimento em lactentes
• Vômito, náusea e dor abdominal em crianças mais velhas
• Sintomas de refluxo, como pirose
ACHADOS ENDOSCÓPICOS
• Edema de mucosa
• Exsudatos brancos
• Sulcos
longitudinais
• Anéis concêntricos
(“traquealização”
do esôfago)
• Estenose
• Normal (20%)
ACHADOS ENDOSCÓPICOS
HISTOLOGIA
• O esôfago é o único órgão gastrointestinal que não apresenta eosinófilos em condições normais (DRGE).
• O número de eosinófilos presentes na mucosa aumenta progressivamente do estômago para o ceco
• Encontrar eosinófilos no esôfago não é patognomônico de EoE
• Realizar histologia apenas após 8 semanas de IBP
• A biópsia deve apresentar ≥15 eosinófilos / CGA em pelo menos uma amostra.
• Outros achados característicos são:
• microabscessos
• alongamento das papilas
• hiperplasia da camada basal
• descolamento das camadas superficiais
• degranulação de eosinófilos
• aumento do número de mastócitos e linfócitos
DIAGNÓSTICO
• A terapia dietética da EEo pode ser eficaz e geralmente é prescrita inicialmente juntamente com o
tratamento farmacológico, embora seja frequentemente recomendada após a descontinuação da droga.
• Dilatação endoscópica no caso de estenose grave (diâmetro <10 mm), em pacientes que não respondem à
terapia farmacológica e/ou dietética
• Em alguns casos, essa remissão pode durar vários meses, mas várias sessões são necessárias para
alcançar uma dilatação ideal.
• Pelo menos um diâmetro esofágico de 15-18 mm deve ser alcançado para obter alívio dos sintomas.
• O risco de perfuração após a dilatação é baixo, cerca de 0, 1%.
GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA
• Grupo raro e idiopático de doenças caracterizadas por eosinofilia em um ou mais tratos do sistema
gastrointestinal
• Se a eosinofilia é limitada ao estômago, é definida como gastrite eosinofílica (EG); se é limitado ao cólon, é
chamado de colite eosinofílica (EC)
• A incidência precisa é desconhecida, devido à raridade do EGE, mas está aumentando nos últimos anos
• Atualmente, a incidência é estimada em cerca de 1–30 / 100.000, mas é provavelmente subestimada
• Adultos parecem ser mais afetados pela EGE que as crianças, com uma incidência máxima na 4ª e 5ª décadas
• H 3: 2 M, com exceção do subtipo seroso. Mesmo neste caso, o EGE é mais comum em caucasianos
• Cerca de 70% dos pacientes que sofrem de EGE apresentam uma história pessoal ou familiar de atopia.
• As alergias mais comuns apresentadas por esses pacientes são sensibilizações alimentares
• Patogênese não é claramente definida (hipersensibilidade tardia ao alimento?)
CLASSIFICAÇÃO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• O padrão seroso de fato não apresenta um curso crônico contínuo, mas principalmente surtos episódicos
isolados, com longos períodos livres de doença.
• Em vez disso, o subtipo mucoso é caracterizado por uma presença persistente de sintomas
• O padrão muscular apresenta recidivas frequentes
• Na prática cotidiana é difícil distinguir qual é a camada mais envolvida por duas razões: a sobreposição entre
2 ou 3 subtipos é muito comum e muitas vezes apenas biópsias mucosas e submucosas são realizadas
ASPECTOS ENDOSCÓPICOS
• Muitas vezes, os aspectos endoscópicos, tanto para o estômago como para o cólon, podem ser normais ou
demonstrar aspectos não específicos da inflamação crônica.
• Eritema da mucosa, friabilidade, mucosa ulcerada, nódulos mucosos ou manchas esbranquiçadas também
podem ser encontrados
A S P E C TO S H I S TO L Ó G I C O S
• A terapia com corticosteróides representa a principal terapia para a EGE e é eficaz em cerca de 80% dos
pacientes.
• Não há estudos randomizados para terapia com EGE.
• Na literatura, a primeira abordagem mais comum é a corticoterapia sistêmica com 20 a 40 mg / dia de
prednisona por 2 a 6 semanas.
• Em alguns casos, esse tratamento foi continuado com budesonida tópica com benefício.
• Outras abordagens terapêuticas (estabilizadores de mastócitos, omalizumabe, mepolizumabe,
reslizumabe, infliximabe, inibidores de leucotrieno, anti-histamínicos, inibidores de Th2, como
suplatast e CRTH2) foram investigadas, mas sua eficácia ainda não está bem definida, pequeno número de
pacientes envolvidos.
OBRIGADO