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PROCESSO DE DECISÃO

Em nossas vidas, a todo o momento, estamos tomando decisões. A cada dia, desde a ora em que o despertador toca
pela manhã até a hora de dormir novamente, a nossa vida cotidiana é uma interminável seqüência de decisões, muitas
delas tomadas despercebidamente e nem sequer conscientes. Ao dirigir o carro, por exemplo, as decisões se sucedem:
dirigir mais rapidamente ou devagar, avançar o sinal amarelo ou parar o carro, usar a faixa da direita ou permanecer à
esquerda, ultrapassar o carro da frente ou permanecer atrás dele.
Na verdade, estamos sempre tomando decisões a respeito de qual roupa vestir, qual prato escolher, qual bebida tomar,
que tipo de cumprimento dirigir ao chefe, o que fazer de manhã, à tarde, à noite, etc. E isso não tem fim.

A decisão ocorre sempre quando nos deparamos com cursos alternativos de comportamento, ou seja, quando podemos
fazer algo de duas ou mais formas diferentes. Essa encruzilhada de alternativas conduz à decisão. Quando só existe
uma única maneira para fazer as coisas, não há decisão a tomar. Assim, a decisão é a escolha frente a várias
alternativas de ação. Decisão envolve sempre opção de escolha.

No nível individual, todas as pessoas estão continuamente percebendo e analisando situações e tomadas de decisões a
seu respeito, No nível organizacional, a situação se complica, pois todos os administradores estão tomando decisões
nos vários níveis organizacionais e incentivando as pessoas a fazê-lo também, com relação às tarefas a realizar e às
metas a alcançar.
Não seria exagero dizer que uma organização é um sistema complexo de tomada de decisões dos vários membros
envolvidos. Na realidade, a organização é um sistema de decisões em que cada pessoa participa consciente e
racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais ou menos racionais que se lhes apresentam, de acordo
com sua personalidade, motivações e atitudes. O processo de percepção das situações e raciocínio são básicos para a
explicação do comportamento humano nas organizações: o que uma pessoa aprecia e deseja influencia aquilo que ela
vê e interpreta, assim como o que ela vê e interpreta influencia o que aprecia e deseja. Em outros termos, cada pessoa
decide em função da sua interpretação das situações. Geralmente e essa interpretação da situação – e a situação real em
si mesma – que determina as decisões das pessoas. Daí seu forte componente psicológico.

CONCEITO DE DECISÃO
Administração é a prática de configurar consciente e continuamente as organizações. E a arte de tomar decisões é
fundamental nessa prática. Tomar decisões é identificar e selecionar um curso de ação para lidar com um problema
específico ou extrair vantagens em uma oportunidade. Em suma, decidir é uma parte importante do trabalho de
administrar.
A tomada de decisão é o processo de escolher um curso de ação entre várias alternativas para se defrontar com um
problema ou oportunidade.
Muitos autores fazem distinção entre tomar decisões e resolver problemas. É que resolver problemas pode requerer
mais de uma decisão a tomar. E a tomada de decisões sempre lida com problema. Problema é tudo aquilo que está fora
do estabelecimento e que bloqueia o alcance dos resultados esperados. Um problema surge quando um estado atual de
assuntos difere do estado desejado ou quando ocorre algum desvio entre o que percebemos e as nossas expectativas.
Em muitos casos, um problema pode ser uma oportunidade a ser aproveitada. O problema de uma queixa dos clientes
sobre atrasos de entregas pode conter uma oportunidade para redesenhar os processos de produção ou melhorar os
serviços ao consumidor. Oportunidade é uma situação que ocorre quando as circunstâncias oferecem uma chance
para a organização exercer seus objetivos estabelecidos. Como os administradores se defrontam com muitos
problemas e oportunidades, eles precisam reconhecer realmente quais são os problemas e quais são as oportunidades.
Geralmente reconhecer a existência de um problema é o primeiro passo para se reconhecer à existência da
oportunidade.

DICAS – VER A FLORESTA E NÃO AS ÁRVORES


Os subordinados esperam sempre as melhores decisões e respostas de seus chefes e que estas joguem alguma luz no
fim do túnel. Quase sempre – apesar de todas as mudanças organizacionais e culturais já feitas – algumas das decisões
mais importantes ficam concentradas nas mãos do chefe, Nessa suprema hora de solidão do poder, o tomador de
decisão deve procurar manter a clareza e a objetividade frente às variáveis envolvidas, às opiniões discordantes, aos
jogos de interesses, às pressões políticas, à premência de tempo, aos riscos envolvidos e outros entraves que, muitas
vezes, complicam o meio do campo e tornam o processo decisioral uma verdadeira batalha mental capaz de extenuar
qualquer ser humano. O importante é visualizar a floresta do alto e não cada árvore isoladamente. A visão global e
sistêmica é a base fundamental para o processo de tomar decisões inteligentes e racionais. O insight é, a apresentação
do todo, é o segredo da boa decisão.

CHIAVENTO, Idalberto. Princípios da Administração.Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

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