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Diogo Riker
Esse livro está à venda em http://leanpub.com/aartedafacilitao
Sobre o Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Introdução e Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Os Pilares da Facilitação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Guiar as pessoas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Criar conexões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Observar e intervir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Chegar no consenso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Preparando a Reunião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Antes… . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Durante… . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Depois… . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Energia baixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Não alinhar o contexto e objetivo da reunião. . . . . . . 30
Conclusão: Não devemos ter vergonha dos nossos erros. 31
Sobre o Autor
• E-mail: diogo.riker@gmail.com
Sobre o Autor 2
• LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/diogoriker/¹
¹https://www.linkedin.com/in/diogoriker/
Introdução e
Planejamento
Depois de escrever bastante sobre diversos temas ágeis para o
Agile.Pub², por que não escrever um livro para compartilhar melhor
nossas experiências?
Ao conversar com vários amigos e analisando alguns cursos sobre
esse tema, percebo que as pessoas ainda têm muita dificuldade em
aplicar técnicas de facilitação ou identificar o melhor momento
para utilizar uma técnica específica.
Tendo essas questões como premissa, decidi tentar ajudar escre-
vendo um livro que, além de servir como um guia prático para
você começar, possa ajudar a aperfeiçoar sua jornada na arte da
facilitação. Mas para isso, é interessante alinharmos aqui algumas
expectativas.
Primeiramente, o foco aqui é voltado mais para o perfil da pessoa
facilitadora e não apenas em práticas para incrementar o seu cinto
de ferramentas. Caso você queira saber mais sobre técnicas, no final
teremos uma página de recomendações com diversos livros e links.
Aproveito para deixar claro que, apesar de ter escrito bastante posts
sobre facilitação no blog, aqui você encontrará um conteúdo mais
aprofundado do que tem lá. Por isso, recomendo você utilize esse
livro como complemento para os posts relacionados a facilitação.
No capítulo um, é abordado sobre o papel da pessoa facilitadora.
Quem é ela e quais são as habilidades que a mesma deve possuir
para exercer a atividade de facilitação.
No capítulo dois, é apresentado os pilares da facilitação e porque é
necessário entendê-los para aperfeiçoar sua jornada nessa arte.
²http://agile.pub
Introdução e Planejamento 4
Para puxar:
Leitura de Ambiente
Momentos de um time (modelo de tuckman)
Facilitação para qualquer grupo de pessoas
Dicas para se tornar um bom facilitador
Facilitação para times remotos
Criando sua própria dinâmica
Case de sucesso e de fracasso: Grupo de facilitação
Práticas e Técnicas de faciliação
A Pessoa Facilitadora e as
Habilidades Necessárias.
Para começar a falar sobre facilitação, é primordial deixar claro o
entendimento desse papel. Quem é, de fato, essa pessoa e quais são
as habilidades necessárias que ela precisa ter? Estas são algumas
dúvidas que já apareceram durante algumas conversas de happy
hour.
Uma das primeiras definições que li sobre o perfil de uma pessoa
facilitadora foi escrita por Roger Schwarz, autor do livro The
Skilled Facilitator: A Comprehensive Resource for Consultants,
Facilitators, Managers, Trainers, and Coaches⁴:
“Uma pessoa cuja escolha é aceitável para todos os membros do
grupo, suficientemente neutra e que não possui autoridade consi-
derável no processo decisório do grupo” (Tradução Nossa, p. 5)
O que chama a atenção nessa definição são alguns pontos funda-
mentais desse papel, como neutralidade, escolha aceitável e não
autoridade. Afinal de contas, a pessoa facilitadora tem como missão
criar conexões entre os participantes a fim de alcançarem um
resultado.
Para atuar nesse papel, a pessoa deve ter consciência de suas compe-
tências comportamentais, interpessoais e ter inteligência emocional
para saber lidar com determinadas situações. Daniel Goleman, au-
tor do livro Inteligência Emocional - A Teoria Revolucionária Que
Redefine O Que É Ser Inteligente⁵, destaca uma das características
mais importantes da inteligência emocional:
⁴http://bit.ly/the-skilled-facilitator
⁵http://bit.ly/Inteligencia_Emocional-o-que-e-ser-inteligente
A Pessoa Facilitadora e as Habilidades Necessárias. 7
Guiar as pessoas
Guiar os participantes naquilo que foi planejado. Como facilitadora,
deve-se utilizar uma abordagem na qual crie segurança suficiente
para as pessoas presentes, deixando-as confortáveis.
Dar visibilidade da agenda no início da reunião e/ou, até mesmo,
construí-la em conjunto (no momento em que você está preparando-
a) pode ser um caminho interessante para você alcançar esse
objetivo.
Quando a pessoa facilitadora mostra o que está planejado para
o encontro, automaticamente, ela está alinhando as expectativas
com os participantes (mantendo-os informados), fazendo com que
eles não sejam pegos de supresa, tenham ideia do que irão abordar
⁸https://www.linkedin.com/in/samuelmbc/
Os Pilares da Facilitação. 11
Criar conexões
Como facilitadora, não deve-se interferir no resultado de uma
reunião. Lembre-se, esse papel não possui autoridade considerável
no processo decisório do grupo. Entretanto, é preciso conduzir os
participantes para que encontrem as respostas que estão buscando
com aquela reunião.
Saber sustentar as perguntas certas é essêncial para que as pessoas
caminhem na mesma direção. Para isso, é preciso estimular a comu-
nicação entre os participantes e garantir que todos sejam ouvidos,
pois esse comportamento ajuda para que soluções emerjam de
forma colaborativa e as conexões, entre os participantes, sejam
fortalecidas.
Observar e intervir
As vezes, durante uma reunião, pode surgir alguma situação que
leva a perda de controle. Quando isso acontece, é muito prejudicial
tanto para os participantes como para a organização.
A facilitação existe justamente para evitar esse tipo de problema.
Estabelecer objetivos a serem alcançados e estar constantemente
lembrando-os é fundamental na missão da facilitadora. Por isso, a
pessoa nesse papel deve observar, identificar tudo o que vai contra a
eficácia e eficiencia do encontro e intervir, quando necessário, para
ajudar os elementos dentro daquela situação.
Roger Schawrz descreve um modelo de ciclos de diagnóstico e
intervenção que pode ajudar diversos facilitadores. Esse modelo
é possui seis etapas, sendo metade de diagnóstico (particular) e
Os Pilares da Facilitação. 12
Chegar no consenso
Nem todas as pessoas concordam com que é dito durante uma
reunião. Os níveis de discordância mais comuns variam entre falha
no processo de comunicação, não alinhamento com os valores
pessoais e/ou profissionais ou algum histórico entre os participantes
anterior àquela reunião.
Fazendo uma busca rápida, no google, pelo significado da palavra
consenso temos:
“concordância ou uniformidade de opiniões, pensamentos, senti-
mentos, crenças etc., da maioria ou da totalidade de membros de
uma coletividade.
Gosto de pensar que essa palavra traduz o seguinte pensamento:
“Não concordo, mas consigo conviver com a decisão”. Por isso,
cabe a pessoa facilitadora buscar, através das perguntas certas, o
acordo entre a maioria dos participantes durante uma reunião.
Portanto, perceba que entender o objetivo da facilitação é primor-
dial para alcançar resultados positivos. Intervir de forma errada
pode gerar consequências desastrosas para todos (facilitadores e
Os Pilares da Facilitação. 14
Antes…
No momento anterior à reunião, é importante que a pessoa facilita-
dora comece a preparar os passos necessários para os participantes
seguirem durante. Diana Larsen e Ainsley Nies, autores do livro Lif-
toff: Launching Agile Projects & Teams⁹, falam sobre um processo
denominado chartering, baseado em alinhamento, propósito e
contexto e que organizações de alta performance utilizam.
Wagner Fusca¹⁰ comentou na sua palestra Projetos ágeis falham?
Aplicando Agile Chartering¹¹ sobre a utilização desse princípio para
suas reuniões. Ou seja, entender o contexto em que o grupo está
inserido, ajuda a determinar o propósito do encontro.
Ainda nesse cenário, Jana Pereira¹² escreveu no post Reuniões
Malditas¹³ algumas dicas e perguntas que ajudam na hora de
construir a melhor abordagem, tais como:
Durante…
Acredito que é o momento mais importante para a pessoa facilita-
dora. Durante essa etapa, muitas coisas estão acontecendo simulta-
neamente, deixando o ambiente repleto de informações verbais (o
⁹http://bit.ly/liftoff-lauching-agile-projects
¹⁰https://www.linkedin.com/in/wagnerfusca/
¹¹https://www.slideshare.net/tiofusca/projetos-geis-falham-aplicando-agile-chartering
¹²https://www.linkedin.com/in/janapereira/
¹³http://agile.pub/facilitacao/reunioes-malditas/
Preparando a Reunião 17
Depois…
Ao término da reunião, eu costumava a pensar que o trabalho da
pessoa facilitadora havia terminado. Mas, estava enganado.
É importante que todos os insumos gerados cheguem até aos
participantes para que possam revisitá-los em outro momento. Em
lugares mais tradicionais é comum ter alguem responsável em
escrever ATAS sobre o que foi discutido. Particularmente, não gosto
da abordagem de atas, pois gera uma documentação extensa e que
acaba caindo no esquecimento.
Preparando a Reunião 20
https://www.leadstrat.com/tuesdays-master-facilitation-tip-the-seven-
separators-of-facilitation-excellence/
Falta de timebox
Essa é uma disfunção muito comum e bastante gente reclama
quando isso acontece. Analisem o cenário a seguir.
Disfunções De Uma Reunião 25
Energia baixa
Sabe quando você não está tendo um bom dia? Então, essa foi a
situação. Estava em um dia difícil, cansado, com pouca paciência
e fui convidado para facilitar uma retrospectiva de outro time.
Resultado disso: levei esse clima ruim para a reunião e não consegui
ser imparcial. A equipe no início estava bem empolgada em querer
fazer a cerimônia de melhoria contínua, mas devido a minha
postura como facilitador, acabei desmotivando os participantes.
Já ouviu a frase “para querer ajudar o outro, primeiro temos que
estar bem”? Acho que essa deve ser uma premissa que devemos
assumir como facilitadores. Não é porque o chamaram para facilitar
uma reunião, que você precisa aceitar. Tenha em mente que sua
postura e atitude podem gerar traumas para os participantes e
possíveis resistências no longo prazo.