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Código: P0190
Módulo único
17 Unidades
Direitos de autor (copyright)
Moçambique-Beira
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Cel: 82 50 18 44 0
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Agradecimentos
Índice
Visão geral 4
Benvindo a Sócio-Linguística 4
Objectivos do curso........................................................................................................4
Quem deveria estudar este módulo.............................................................................6
Como está estruturado este módulo............................................................................6
Ícones de actividade.......................................................................................................6
Habilidades de estudo....................................................................................................7
Precisa de apoio?...........................................................................................................7
Caro estudante:...............................................................................................................7
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)...........................................................................7
Avaliação..........................................................................................................................8
Teoria da monogénese 83
Unidade 17 Bilinguismo 87
Visão geral
Benvindo a Sócio-Linguística
O presente modulo integra-se nas linguisticas e dum modo específico é
designada sociolinguística, ciência que surgiu em 1964 num congresso
organizado por William Bright, na Universidade de Califórnia, em Los
Angels (UCLA), onde participaram vários estudiosos que se tornaram mais
tarde referências clássicas na tradição dos estudos referentes à questão da
relação entre a língua e a sociedade
Objectivos do curso
Páginas introdutórias
1 Um índice completo.
Este Módulo foi concebido para todos aqueles estudantes que queiram ser
professores da disciplina de Português no futuro. E espera-se que os
futuros professores de Português possam ensinar esta língua com
correcção, não deixando de prestar atenção à variação linguística nos
discursos orais e escritos dos aprendentes.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
Evite plágio.
Precisa de apoio?
Caro estudante:
Avaliação
Introdução
Surgimento da Sociolinguística
Objecto de estudo
FASES DA LÍNGUA PORTUGUESA
Aparecem os primeiros documentos inteiramente redigidos em
português. O primeiro texto escrito em língua portuguesa foi a poesia
“Cantiga da Ribeirinha”, de Paio Soares de Taveirós, no século XVI
até nossos dias. Sob a influência dos autores humanistas e
clássicos, houve um progresso linguístico muito grande, datando
Centro de Ensino à Distância 16
a) Portugal;
c) Brasil;
Exercícios
Introdução
Língua e sociedade
Cada região tem a sua língua, cada comunidade expõe de forma própria
essa língua e cada falante tem o seu jeito particular de realizar essa
mesma língua. Será que estamos falando de uma única língua ou existem
várias Línguas dentro de uma mesma língua? É um caso para se pensar e
questionar.
As variações da língua
Dialecto
o da elite é tomado não mais como dialecto e sim como a própria “língua”.
A discriminação do dialecto das classes populares é geralmente baseada
no conceito de que essa classe por não dominar a norma padrão de
prestígio e usar seus próprios métodos para a realização da linguagem,
“corrompem” a língua com esses “erros”. No entanto, as transformações
que vão acontecendo na língua se devem também à elite que absorve
alguns termos de dialectos de classes mais baixas, provocando uma
mudança linguística, e aí o “erro” já não é mais erro... e nesse caso não se
diz que a elite “corrompe” a língua.
Língua e Idade
Esses exemplos comprovam o fato de que nem tudo que é novo e diferente
irá se efectivar numa língua, podendo alguns vocábulos simplesmente ir
desaparecendo e outros continuarem existindo dentro de um determinado
dialecto, ou até abranger seu uso por outros, sem necessariamente cobrir
todos os dialectos existentes nessa língua.
A gíria
O dicionário Michaellis (1998:1034) trata a gíria como uma linguagem
especial de um grupo pertencente a uma classe ou a uma profissão, ou
como uma linguagem de grupos marginalizados.
O Eufemismo
Pois é. Ultimamente, uma parte visível de nossa imprensa tem sido pródiga
na utilização de eufemismos. Só que, ao invés de utilizar tal recurso de
linguagem para amenizar algum facto mais impactante para a população,
utiliza-o com finalidades ideológicas, de protecção a um sistema com o
qual ela se acumpliciou e do qual sobrevive.
Exercícios
Introdução
Segundo wikilingue
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- Condicionamento semântico
- Troca de significado
Exercícios
Introdução
Exercícios
Introdução
Exercícios
Introdução
WHORF entende que a língua tem de ser vista com todos os seus
componentes, acrescentando que a gramática modela as ideias e a
actividade mental e altera os pontos de vista da sociedade (sistema
Centro de Ensino à Distância 41
linguístico) e não só o léxico. SAPIR, por sua vez, admite que a língua é
identificada pela cultura, e que ela, de facto, evolui mais lentamente que a
cultura. Quer dizer, tanto SAPIR como WHORF admitem o facto da
existência de um princípio de relatividade linguística. Porém, tal facto pode
ser difícil de ser provado, visto que isso significaria que sem uma língua
comum, não haveria sociedade humana.
CULTURA
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um conceito desenvolvido
inicialmente pelo antropólogo Edward Burnett Tylor para designar o todo
complexo e metabiológico criado pelo homem . São práticas e ações
sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Refere-se a
crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que
permeiam e identificam uma sociedade. Explica e dá sentido à cosmologia
social; É a identidade própria de um grupo humano em um território e num
determinado período.
PENSAMENTO
Características
O pensamento lógico se caracteriza por operar mediante conceitos e
raciocínios.
• Existem padrões que possuem um começo no pensamento e criam um
final, iso acontece em miléssimos de segundos, por sua vez milhares de
começos e finais fazem disso um pensamento lógico; este depende do
ambiente externo e para estar em contato com ele dependemos dos cinco
sentidos.
• O pensar sempre responde a uma motivação, que pode estar originada
no ambiente natural, social ou cultura, ou no sujeito pensante.
• O pensar é uma resolução de problemas. A necessidade exige satisfação.
LINGUAGEM
Exercícios
Introdução
Objectivos
Exercicios
Introdução
Na mesma tona falamos da comunidade de fala que, muitas vezes não tem
tido o conceito consensual. Porem, na presente abordagem procuramos
trazer algumas teorias que nos orientam a aquisição de um conhecimento
abrangente na questão em estudo.
1
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Exercicios
Introdução
A teoria de deficiência linguística traz-nos a noção de influencias as
relações sociais predominantes no grupo social até certo ponto
determinam o código linguístico a ser usado pelos indivíduos que o
constituem.
Todavia, esta teoria opõe-se à teoria de diferença linguística que é
apresentada por William Labov em 1973.
Introdução
actualmente em Yoga.)
Exercícios
1. “uma característica fundamental da aquisição de L2 é que ela tem
urn desenvolvimento progressivo”
a) Fudamente a citação apresentada olhando para o processo
de aquisição do portugues em Moçambique.
Introdução
realização.
Exercícios
Introdução
Exercícios
Introdução
A língua pode também ser definida como um elemento de
identificação; de diferenciação cultural e de educação. Quanto mais
falantes existirem, utilizando uma dada variedade linguistica, maior
será a sua vitalidade, autonomia, historicidade e normalização
Tipo de variantes
Normalização Autonomia Historicidade Vitalidade
Língua + + + +
normalizada
Língua - ± +
popularizada
Dialecto - - + +/±
Crioulo - - + +
Pidgin - - - -
Língua + + + -
clássica
Língua + + - -
artificial
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Exercícios
Introdução
COMUNIDADE LINGUÍSTICA
Criptografia
São léxicos utilizados com objectivos pictográficos e que se relacionam
com o calão, comportando certos léxicos técnicos de uma eterminada
linguagem (geralmente são muito comuns entre os reclusos).
Tabus linguísticos
Têm que ver com muitos factores de natureza tradicional, cultural,
sociais d e cada sociedade. Às vezes são influenciados/motivados pela
repreensão do Governo. E traduzem-se em expressões como: “...não
se diz em público...perante as mulheres...perante os mais
novos...perante os homens...”
Dialectologia
Ocupa-se pelas dimensões geográficas
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Eufemismos
Forma de referir-se algo, mas com recurso a outras palavras
(consideradas mais leves)
Influência dialectal
Deslexia
Dificuldades e /ou perturbações na aprenizagem da fala e da escrita por
ex: no lugar de FELICIDADE, o falante tenderá a pronunciar
FLICIDADE. o indivíduo desléxico não consegue dizer uma palavra
normalmente. Trata-se de um efeito que nada tem que ver com a
inteligência do inivíduo.
Hiper-correcção
A teoria da poligénese
A teoria da poligenese defende que os sabires surgiram e se
desenvolveram a partir de varias lgs em resposta a diferentes situações
de contacto de lgs.
Teoria da monogénese
Esta teoria defende que os vários sabires devem porvir de uma mesma
língua porque existe alguma coisa comum que é o português (origem
comum) muito embora resultem da resolução de problemas de contacto
entre lgs. Estes afirmam que entre os sabires existe intercompreensao,
os sabires se organizam perto de grandes pontos de passagem de
comunicação marítima. O proto-sabir – com base no portugues, surgiu
no sec. XV e se espalhou por todo o mundo. O sabir medieval era
considerado o sabir proto-português.
Exercícios
Introdução
Linguas veiculares
São aquelas línguas que surgem para resolver problemas de
intercomunicação entre grupos que falam línguas diferentes.
Elas nascem de situações particulares, sendo;
Dificuldade da falta de intercomunicação;
Expansão militar, religiosa, política, comercial que fazem com que se
torne necessária uma certa comunicação linguistica.
Factor humano: este tem influencia na aquisição de uma lg uma vez que
ir a cidade significa aprender outra língua e nesse processo, há
interferências;
Exercícios
Unidade 17 Bilinguismo
Introdução
Objectivos
Conceito de Bilinguismo
Algumas definições:
Níveis de bilinguismo
Características
2. Conceitualize o bilinguismo.
Introdução
1. Compreender o plurilinguismo
1 Línguas indo-europeias
a. Hindi 73%
b. Gujerati
c. Khasmiri
2. linguas dravidianas
a) telegu/tamil 24%
3. Austrio-asiatico 1,5%
4. Sino-tibetanos 0,7%
Este Pais e o único pais africano francôfono que elevou as suas lgs
a um estatuto de lgs nacionais e de ensino para as crianças e para
os adultos nas escolas. Quer dizer, a Guine é símbolo de luta contra
o neocolonialismo.
Centro de Ensino à Distância 94
Principais dificuldades
O caso de Moçambique
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O uso das línguas bantu constitui, por assim dizer, uma forma de
luta, de resgate cultural e de identidade. Com a independência,
estas línguass tem conhecido novo estatuto e lugar na sociedade.
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Exercícios
Introdução
Objectivos
Exercícios
1. Apresente as diferenças existentes entre código restrito e código
elaborado
2. Fale da posição de Bernestein em relação à escola e os codigos
linguisticos.
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Introdução
Objectivos
Esquematicamente representar-se-ia:
Política Linguística
Função prática
As que tiveram uma consequência
De passagem a pratica/acção
Função simbólica
Nunca passaram a acção/pratica
Permaneceram como simbolismo
Planificação linguística
- a nível da ortografia
- a nível do léxico (introdução de novos vocábulos)
- a nível das formas dialectais(se se eliminam ou
subsistem)
- Acção sobre as línguas
- na escolha de uma lg nacional
- organização do plurilinguismo
- representação funcional
- quando se faz repartição racional
O caso da Indonésia
Sumário
Exercícios
Introdução
Exercício
Introdução
informais que ele tem dentro de uma dada comunidade. Isto explica-se
pelo facto de o grau de integração do falante na sua rede poder funcionar
como um mecanismo de reforço e cumprimento da norma linguística.
nas suas raízes coloniais, onde serviram para criar e manter a hegemonia
duma elite colonial, e, parcialmente, no papel desempenhado na altura da
independência como língua da resistência e ‘ferramenta’ da unidade
nacional e étnica. Antes da independência, políticas linguísticas rígidas
regulamentavam a relação entre o Português e as línguas africanas. Estas
políticas desempenhavam um importante papel como parte de uma
legislação colonial que ajudou a construir espaços sociais e culturais
separados para negros e brancos. O conhecimento do Português tornou-
se um bem de consumo valioso, uma vez que o seu domínio significava
que um moçambicano negro podia aspirar aos direitos de um assimilado.
A função discriminatória do Português mudou com a independência,
quando houve uma quebra significativa na política linguística colonial, e
subsequentemente no estatuto social atribuído à língua portuguesa. O
advento da independência requereu o desenvolvimento e difusão de outra
postura ideológica em relação ao Português, como língua de resistência e
unidade. Actualmente, as atitudes linguísticas emrelação ao Português e
às línguas bantu são complexas e multifacetadas, compreendendo valores
herdados da era colonial ao mesmo tempo que reflectem a dinâmica social
do Moçambique de hoje. O Português ainda serve funções importantes no
contexto nacional intra-grupo. A influência mais importante sobre o
desenvolvimento do Português desde a independência encontra-se nas
áreas urbanas. A base demográfica urbana alterou-se radicalmente na
altura da independência quando grande número de moçambicanos negros
se transferiu para a cidade. Quase que da noite para o dia, o Português
tornou-se parte de uma ecologia multilingue urbana. A partir de então, a
cidade continuou a experimentar um enorme crescimento, parcialmente
devido ao fluxo de refugiados provocado pela guerra, predominantemente
das áreas rurais do país, e parcialmente devido a um substancial
movimento urbano de desempregados em busca de trabalho. Um novo
desenvolvimento interessante com o advento da paz é o regresso em larga
escala de populações às áreas rurais, onde surge um novo ambiente de
contacto para a aquisição de Português
entre a população rural.
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Em relação à idade adulta jovem, mais uma vez, não é claro até que
medida este período envolve processos sociais similares em Moçambique
tal como em contextos do Primeiro Mundo. A nossa impressão, que teria
de ser substanciada, é a de que os jovens adultos continuam a manter um
contacto relativamente intenso com os companheiros enquanto
consolidam simultaneamente a vida familiar. No mínimo, este é um
período extremamente dependente do sexo dos falantes, onde as
mulheres tendem a ter uma maior responsabilidade pela família e os
homens gozam de bastante independência. Contudo, de igual modo, para
a adolescência, os estilos de vida na idade adulta jovem estão também
sujeitos à variação dependendo de um conjunto de factores tais como
educação, padrão de local de residência urbano-rural, etc. A meia-idade e
a velhice em Moçambique, tal como em contextos do Primeiro Mundo,
envolvem também, provavelmente, uma consolidação de normas de língua
adquiridas em fases anteriores da vida. Contudo, devido à nova situação
políticolinguística, após a independência, a meia-idade e a velhice
envolvem também uma quantidade significativa de aprendizagem de L2
entre os que, previamente, pouco ou nenhum acesso haviam tido ao
Português. Por várias razões 6, os aprendentes mais velhos abordam a
tarefa de aprendizagem da língua de maneira diferente da dos
aprendentes jovens, e isto tem implicações para o tipo de Português que
eles irão adquirir e para o grau de ‘nativismo’ que eles irão
atingir na proficiência da língua. Uma situação comum da aprendizagem
para o grupo dos mais velhos é o que Mesthrie (1995:252) chama de “ciclo
de reforço fechado”, em que os pais/avós
aprendem uma L2 dos netos.
Centro de Ensino à Distância 116
Exercício
Bibliografia
Rosch, E. & Mervis, C.B. & cinzento, W.D. & Johnson, D.M. & Boyes-Braem, P.
(1976) “objetos básicos em categorias naturais”,Psychology Cognitive 8-3, 382-
439.