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De onde vêm os

tributos federais
O que está em discussão nas
propostas de reformas

A maior fonte de recursos federais


vem da tributação sobre renda,
lucros e ganhos, feita por meio do
Imposto de Renda e da CSLL (pago
por empresas, vai para a seguridade
social). A proposta do governo deve
reduzir a tributação das empresas e
Espessuras proporcionais
alterar as regras do IRPF, com aos valores absolutos
mudanças em alíquotas, correção da de 2018, em R$ bilhões
tabela e fim de deduções
Foram arrecadados
R$ 2,4 trilhões em
2018, assim
distribuídos:

R$ 34,99 bilhões
IR Pessoa Física
7,5% a 27,5% Principais alíquotas

203,57 IR Retido na fonte


até 35%

124,19 IR Pessoa Jurídica


15% e 25%

77,19 CSLL
9% a 15%

Outra grande fonte são os tributos


sobre salários e mão de obra,
para custear a previdência, e o
FGTS. O Ministério da Economia
estuda reduzir a contribuição
patronal para o INSS e compensar
a arrecadação com um tributo
sobre transações financeiras, o CP
(Contribuição Previdenciária),
semelhante à antiga CPMF
R$ 491,64 bilhões Contribuição
Previdenciária
11%

17,44
Contribuição
Previdenciária
de servidores
11%

118 FGTS
8%

A proposta em discussão na
Câmara trata de mudanças nos
tributos sobre consumo (bens e
serviços). O principal ponto é
criar um IBS (Imposto sobre Bens
e Serviços), com a unificação dos
federais PIS, Cofins e IPI, além do
ICMS (estadual) e do ISS
(municipal). Já a proposta do
Senado prevê incluir no IBS
outros tributos, como IOF e CSLL.
O Ministério da Economia quer
um IBS apenas com tributos
federais
R$ 238,52 bilhões Cofins
3% a 7,6%

63,23 PIS/Pasep
0,65% a 1,65%

53,82 IPI
0% a 300%

40,62 Imposto
sobre
comércio
exterior

Com o fim da CPMF, o


IOF se tornou o principal
tributo sobre transações
financeiras. Alguns
empresários e
parlamentares propõe
criar um imposto único
no país sobre
movimentações
financeiras. O governo
prefere usar a CP como
mais um tributo

R$ 36,26 bilhões
IOF
0,38% a 7,38%
173,12 Outros

RECEITAS

FEDERAL
Total arrecadado: R$ 1,55 trihão

REPASSES DESPESAS

Para onde vão


os tributos
federais

Benefícios
Previdenciários
R$ 589,5 bilhões

Pessoal
191,7

Inativos
126,1
Saúde
111,4

Despesas não
obrigatórias
do Executivo*
121,6

BPC
(Benefícios de Prestação Continuada)
55,2

Abono e Seguro-
desemprego
53,6

Educação**
64,4

Outras despesas
federais
109,5

De onde vêm os
tributos estaduais
Repasses
federais Parte dos impostos federais,
para Estados principalmente do IR, é
21,5% do IR e do IPI
repassada para os estados, que
têm como principal tributo
próprio o ICMS, seguido pelo
IPVA. Símbolo da guerra fiscal,
o ICMS é considerado o tributo
mais complexo. Governadores
avaliam criar um IBS (Imposto
sobre Bens e Serviços) apenas
unindo ICMS e ISS
IR Retido na fonte
até 35%
43,07

ICMS
4% a 35%
491,64

IPVA
2% a 4%
44,77

Contribuição
previdênciária
de servidores
11% a 14%

34,89

Outros
35,93

RECEITAS

ESTADUAL
Total arrecadado: R$ 650,3 bilhões Para onde vão
REPASSES DESPESAS
os tributos
estaduais
Despesa coma
pessoal
(ativo e inativo)
402,9
Investimentos
48,4

Outras
despesas
estaduais
314,9

De onde vêm os
tributos municipais
Os municípios também
recebem parte do
Imposto de Renda, além
de uma parcela do ICMS
e do IPVA, vindo dos
estados. A arrecadação é
reforçada pelo ISS e pelo
IPTU

Repasses
estaduais
para municípios
25% do ICMS e
50% do IPVA

Repasses federais
para municípios
24,5% do IR
e do IPI

IR Retido na fonte
até 35%

18,5

ISS
2% a 5%
R$ 63,78 bilhões
IPTU
1%***
45,06

Previdência
de servidores
11% a 14%
13,55

Outros
31,95

RECEITAS

MUNICIPAL
Total arrecadado:
R$ 172 bilhões

DESPESAS Para onde vão os


tributos municipais
Despesa com pessoal
(ativos e inativos)
289,7

Investimentos
25,3

Outras
despesas
190,4

*Exceto saúde e educação **A receita total para o regime próprio da União soma R$ 35,8 bilhões e conta com outras fontes de
financiamento ***Valores pagos pelos impostos e valores gastos pela administração pública não são iguais porque há deficit nas
contas; também há diferenças metodológicas dependendo da fonte dos dados ****Na maioria dos municípios. Fontes: Receita
Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, estudo Consolidação da Carga Tributária Bruta de 2018 (José Roberto Afonso e
Kleber Pacheco de Castro), Senado Federal, Instituição Fiscal Independente, Portal da Transparência, CCIF (Centro de Cidadania
Fiscal), IBPT e Confederação Nacional de Municípios

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