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EXCELENTÍSSIMO SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA DO TRABALHO


DA COMARCA DE LONDRINA-PR

Processo nº: 0000377-81.2016.5.09.00

"WT LIDERANÇA GESTÃO E DESENVOLVIMENTO EIRELI - ME e WR


LIDERANÇA GESTÃO E DESENVOLVIMENTO EIRELI - ME", já qualificada
nos autos do processo acima descrito, por intermédio de seu advogado
devidamente constituído (PROCURAÇÃO ANEXO), na Reclamação
Trabalhista proposta por " ELAINE DA SILVA", vem, respeitosamente a
presença de Vossa Excelência, interpor:

RECURSO ORDINÁRIO

com fulcro no artigo 895, alínea "a" da CLT, de acordo com a razões em
anexo as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal
Regional da 9º Região.
Segue comprovante do recolhimento das custas e depósito recursal.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data.
Advogado
OAB/ n°
Origem: Vara do Trabalho de 01º De Londrina.
Processo nº 0000377-81.2016.5.09.001 Recorrente: "WR LIDERANCA
GESTAO E DESENVOLVIMENTO EIRELI - ME"
Recorrido: "ELAINE DA SILVA"

Egrégio Tribunal Regional da 9 ª Região


Colenda Turma.
Nobres Julgadores

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

-RESUMO DOS FATOS

Foi proferida sentença que condenou a recorrente ao pagamento:


Integração das verbas recebidas ‘por fora’; Comissões; Jornada de trabalho,
horas extras, horas extras de intervalo; recolhimento de FGTS no período de
03/2019 à 07/2019; indenização (assédio moral) multas e honorários
advocatícios
Inconformada as recorrentes vêm a este juízo postular a reforma da r.
sentença.

II- COMISSÕES

A r. sentença condenou a recorrente ao pagamento de comissões pagas


‘por fora’, a serem integralizadas à remuneração e seus reflexos.
Todavia conforme já mencionado nos autos processuais, nunca existiu
pagamento ‘por fora’ e a função exercida não obrigava a empresa a pagar
comissões.
O pagamento recebido nos dois meses conforme demonstra os
documentos refere-se a premiações pagas pela matriz quando funcionários
atingisse sua meta.
As comissões é o salário pago conforme o percentual das vendas
realizadas pelo o empregado, incidindo as verbas contratuais e seus reflexos.
Perpetua o §4° do art. 457 da CTL: “Consideram-se prêmios as
liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor
em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de
desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas
atividades.”
Já o § 2º a dispõe que: "As importâncias, ainda que habituais, pagas a
título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em
dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração
do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem
base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário”
Recorrem as recorrentes, que nunca houve qualquer pagamento extra
folha, e que em se tratando de premiações está não são consideradas como
base para cálculos do contrato de trabalho.
Desta forma, requer a reforma da respeitável sentença excluindo as
recorrentes do pagamento de supostas comissões.

III- JORNADA DE TRABALHO

O Juízo de 1º grau, declarou invalido as anotações feitas em cartões e o


regime de compensação de horas, e condenando a recorrente ao pagamento
horas extraordinárias que ultrapassarem a 8ª diária ou 44ª semanal, de forma
não cumulativa, com adicional de 50% (cinquenta por cento), salvo adicional
convencional mais benéfico e 45 minutos de intervalo intrajornada por dia
laborado
Com relação os registros de ponto, deve-se considerar validos conforme
o princípio da presunção da veracidade, conforme relatado em audiência, era
confiado aos empregados fazer corretamente o registro no ponto, dessa forma
é incabível dizer que as provas acostadas nos autos não são verdadeiras
É o entendimento do Tribunal Regional 3º:
HORAS EXTRAS. REGISTROS DE PONTO.
PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE. A prova da
jornada de trabalho é feita, em princípio, pelos registros
de ponto, conforme dispõe o § 2º do artigo 74 da CLT. As
anotações contidas nos controles de ponto geram
presunção relativa de veracidade e só podem ser elididas
por fortes elementos de convicção.(TRT-3.PROCESSO nº
0010139- 34.2014.5.03.0156-RO)
Como já dito alhures, a recorrida permanecia na empresa fora de seu
horário de serviço por livre e espontânea vontade, pois nunca exigiu-se da
mesma que permanecesse em labor fora do horário pactuado. Ademais de
acordo com provas juntadas a recorrida já foi advertida por estar labutando fora
de seu horário habitual.
Em se tratando do regime de compensação de horas, em seu contrato
de trabalho foi pactuado que seria feito a compensação de horas.
Segundo a CLT, a compensação de horas exige acordo escrito entre
empregado e empregador ou contrato coletivo de trabalho. O artigo 59 da CLT
dispõe em seu § 6º, que é lícito o regime de compensação de jornada
estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no
mesmo mês.
RECURSO ORDINÁRIO. HORAS EXTRAS.
ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS. VALIDADE.
Uma vez incontroversa a jornada de trabalho praticada
pela trabalhadora e existente, no âmbito da ré, acordo
válido de compensação de horas, nos termos do art. 59,
"caput", da CLT, não há falar em condenação em horas
extras, quando não dilatada a jornada máxima semanal
de 44 (quarenta e quatro) horas. Recurso Ordinário
desprovido.(Processo: ROT - 0001500-
61.2017.5.06.0019, Redator: Milton Gouveia, Data de
julgamento: 17/12/2019, Terceira Turma, Data da
assinatura: 17/12/2019)
A recorrida foi contratada inicialmente para laborar de segunda à sexta-
feira das 14h30 às 20h30, com intervalo de 15 minutos e, aos sábados das
08h30 às 14h30, também com intervalo de 15 minutos. Posteriormente
começou a exercer atividade de consultora de vendas passou para a cumprir
da jornada de 8 (oito) horas diárias.
Sendo regime de compensação valido e os cartões pontos acostados
aos autos legítimos, não se pode falar em horas extraordinária, dessa forma
requer a reforma da r. sentença
IV- CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer que o presente recurso seja conhecido e
provido para que ocorra a reforma da r. sentença pelos pontos acima
mencionados

Local e data.
Advogado
OAB/ nº

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