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CLÍNICA 1
INFECTOLOGIA
DERMATOLOGIA
GASTROLOGIA
DIARREIA
❖ ANTIMICROBIANOS
TRATAMENTO ❖ OSMÓTICA
❖ DIETA Acúmulo de solutos não absorvidos no lúmen,
impedindo a absorção de líquido. Os sintomas
Natural que a tolerância a alimentos com fibras e
desaparecem no estado de jejum (após uma
gorduras esteja diminuída. Refeições leves e de fácil
noite de sono) e reaparecem após uma refeição.
digestão (sopas, chás, torradas, frutas). Quadros
onde o paciente mantém a ingestão de água, sal e Causas:
carboidratos dificilmente levam à desidratação. Em
- Uso de laxativos à base de magnésio, fosfato ou
lactentes, o aleitamento materno NÃO deve ser
sulfato.
interrompido.
- Intolerância à lactose (pH fecal < 5,5)
❖ HIDRATAÇÃO - Ingestão de quantidades expressivas de sorbitol,
presente em certos doces e gomas de mascar
Preferir a reidratação oral, sendo a intravenosa (Ringer
- Uso de lactulose ou manitol oral
Lactato*) reservada à casos graves ou intolerantes a
terapia oral. GAP OSM FECAL > 75-125
*Lactato → HCO3- no fígado → corrige ou previne ❖ SECRETÓRIA
acidose (soro alcalinizante). O soro fisiológico (NaCl
Causada por substâncias secretagogas.
0,9%), contém muito Cl- e, em excesso pode causar
acidose metabólica hiperclorêmica (soro acidificante). GAP OSM FECAL NORMAL (=50)
❖ ANTIDIARREICOS ✓ Síndrome do Cólera Pancreático (VIPoma)
(S. da Diarreia Aquosa Hipocalêmica-Hipoclorídrica)
Cogitar uso somente em casos de diarreias agudas não
inflamatórias (delgado). Contraindicado para diarreias Excesso de VIP devido TU das ilhotas pancreáticas,
invasivas!!! (aumenta a chance de síndrome hemolítica- determinando uma hipersecreção intestinal de H2O e
urêmica e o megacólon tóxico). eletrólitos, diarreia volumosa (secretora). O VIP age de
maneira similar a cólera (aumenta AMPc intracelular). A
Ex: Racecadotril, Loperamida (Imosec), Subsalicilato de
perda excessiva de K+ e HCO3- pode causar hipocalemia
Bismuto, etc.
e acidose metabólica.
❖ PROBIÓTICOS
TTO: Octreotide (inibe secreção intestinal).
✓ Síndrome Carcinoide Uma retossigmoidoscopia ou uma colonoscopia são
indicadas para os pacientes com suspeita de doença
Produção de serotonina e outros mediadores por TU
inflamatória ou neoplasia intestinal.
carcinoide (céls. neuroendócrinas). Diarreia secretória +
rubor facial + taquicardia + broncoespasmo, etc. Sinais e sintomas de má absorção intestinal:
dosar o autoanticorpo anti-transglutaminase
✓ Carcinoma Medular da Tireoide
tecidual IgA (anti-TGT IgA – para screening
Hipersecreção causada pelo excesso de calcitonina. de doença celíaca), realizando-se uma biópsia
duodenojejunal por EDA nos casos positivos.
❖ DISABSORTIVA (COM ESTEATORREIA)
TRANSMISSÃO
A infecção por hemotransfusão ou transplante de - PPD (teste tuberculínico), positivo após 3 semanas.
órgãos é raríssima atualmente (gamaglobulinas Pode ocorrer falso-positivo em pessoas
hiperimunes e fatores de coagulação não transmitem!). imunodeprimidas (não há células o suficiente para
reagir). PRINCIPAL CAUSA DE ÓBITO!
Fatores que aumentam a transmissão:
HIV+ sem sinais de TB: fazer Prova Tuberculínica!
▪ Menstruação
▪ Pico de viremia da fonte Assintomático + >5mm (primo-infecção): RIPE por 6m +
▪ Uso de duchas e “objetos” TARV 2-8sem depois (risco de Síndrome de
▪ Anticoncepcionais orais: modificam o epitélio Reconstituição Imune)! Tratar mesmo que latente.
vaginal. • CD4<50 – TARV após 2 semanas
▪ DSTs: promovem inflamação, concentrando as • CD4>50 ou meningite TB – TARV após 8
células TCD4 ativas. Ulcerativas (sífilis) é pior. semanas
Fatores que diminuem a transmissão: TB ANTES DA AIDS – quadro típico, com acometimento
▪ TARV (terapia retroviral) em ápices e cavernas.
▪ Circuncisão peniana (prepúcio predispõe mais TB PÓS AIDS – infiltrado reticulo nodular “tiro de
infecções, TCD4...) cartucheira”, difuso, não forma cavernas pois não há
resposta celular suficiente. =
❖ Pneumocistose (P. jiroveci) Lesões únicas (3) e cutânea: TARV
❖ Micobacterioses atípicas
Lesões múltiplas ou viscerais: quimioterápico
- Presença no ambiente (solo e água).
❖ ANGIOMATOSE BACILAR
- Complexo MAC: Mycobacterium Avium Complex. ❖ DERMATITE SEBORREICA
❖ FOLICULITE
INFECÇÕES FÚNGICAS
❖ FARMACODERMIAS
Acometimento sistêmico, sintomas e exames não ❖ MOLUSCO CONTAGIOSO
específicos. TTO – anfotericina B EV + Itraconazol VO ❖ TUBERCULOSE
❖ Paracoccidioidomicose GASTROINTESTINAL
INFECÇÕES BACTERIANAS
DIAG: Hemo/Coprocultura.
DIAGNÓSTICO
A. TESTES DE TRIAGEM
B. TESTES CONFIRMATÓRIOS
MAIOR 18M
Anti-HAV
Anti-HCV
HBs Ag
Anti-HBcT
Anti-HBs
- Todo HIV+ deve ser submetido a uma avaliação de risco III. Prevenção Positiva
cardiovascular (escore de Framingham) e função
- Aconselhamento sobre medidas que (1) reduzem a
neurocognitiva (memória, lentificação psicomotora,
aquisição de outras comorbidades, como DSTs e
atenção). A frequência da consulta depende do estado
hepatites. (2) impedir a transmissão para outros. (3)
clínico do paciente!
estimular vida saudável.
• 7-15 dias: após início ou troca do TARV
IV. Imunizações
• Mensalmente: até que haja adaptação ao TARV.
Depois → 6 em 6 meses. - Adultos e adolescentes que não apresentam AIDS
podem receber TODAS as imunizações. Qualquer vacina
irá produzir uma transativação heteróloga por HIV –
aumento transitório da CV nos próximos 30 dias.
TUBERCULOSE
Vacina contra Hepatite B
Deve ser pesquisada em todas as consultas! Presença deve ser feita em dose
DOBRADA e com uma
de 1 ou + manifestações cardinais: febre, tosse, perda dose EXTRA
ponderal e sudorese noturna.
Didanosina (ddI) – 4º
Pancreatite
VII. Genotipagem Viral Neuropatia
- A genotipagem no pré-tratamento só está indicada em
Eficaz para coinfecções HIV-HBV
casos de: gestantes, crianças e adolescentes HIV+,
coinfecção HIV-TB, infecção com parceiros em uso atual Dolutegravir (DTG)
ou prévio de TARV. Potência
Segurança
VIII. Início da Terapia Antirretroviral Alta barreira genética
C.I – anticonvulsivantes
Inibidor de Integrase
(Gardenal, CBZ),
gestantes, coinfectados
com TB.
Gestantes → Raltegravir
(RAL)
Efavirenz (EFV)
ITRNN – Inibidor de T.R
+ SEGURO
Não Análogo de
Nucleosídeo
Nevirapina (NVP)
Ritonavir (r)
Inibidores de Protease
Potencializa os efeitos
Drogas de “resgate”, só
do IP.
compõe o TTO em casos
de falhas terapêuticas.
Atazanavir/r (ATV/r)
Muito tóxicos (TGI,
metabólico)
Darunavir (DVR/r)
SINAIS E SINTOMAS:
• ÚLCERAS
o Herpes genital (principalmente em
SÍFILIS SECUNDÁRIA
imunossuprimidos)
o Cancro mole (DOR! Pode ter “sinal do • Aproximadamente 3 semanas ou 6 meses após
beijo” como lesão secundária) inoculação
o Linfogranuloma venéreo (aumento • Linfadenopatia generalizada
importante do gânglio inguinal, com • Febre e lesões cutaneomucosas disseminadas,
rubor e grande elevação que tende a inclusive em palmas da mão e planta dos pés =
ganglionar) Roséola sifilítica – exantema morbiliforme não
o Donovanose pruriginoso
o Sífilis (cancro duro – bordas infiltradas • Diagnóstico diferencial: erupções por drogas,
e SEM DOR) Sarampo, Rubéola, Pitiríase Rósea
• CORRIMENTOS VAGINAIS OU URETRAL
o Tricomoníase
o Vaginose bacteriana
o Candidíase
o Gonorreia
o Clamídia
• VERRUGAS
o Condiloma acuminado (Herpes 6 e 11)
❖ SÍFILIS
• Treponema pallidum – bactéria gram negativa
• O Treponema se multiplica no local da
inoculação e se dissemina pelas correntes • Podem surgir, posteriormente, lesões
sanguínea e linfática – por isso há infecção fetal papulosas palmoplantares, placas mucosas,
via hematogênica transplacentária adenopatia generalizada, alopecia em clareira
• Recente (até 1 ano após infecção) x Tardia • Diagnóstico diferencial: Candidose, Líquen
(após 1 ano da infecção) Plano e Leucoplasias
FORMAS DE APRESENTAÇÃO
SÍFILIS PRIMÁRIA
• Exame de LCR
o Contagem de células > 10 linfócitos/µL
o Dosagem de proteínas > 40 mg%
o Pesquisa direta – em cancro e lesões
primárias e secundárias, não é muito • Diagnóstico diferencial: Sífilis, Herpes Simples,
utilizada em casos latentes ou tardios Linfogranuloma venéreo (diferencial da adenite
▪ Campo escuro inguinal)
▪ Imunofluorescência direta
• Diagnóstico:
o Clínico!
o Bacterioscopia – pesquisa de bacilo da
borda da lesão em esfregaço
o Histopatológico
o Cultura
o Aconselhável: sorologia para HIV, Sífilis
e Hepatites B e C
• Tratamento:
o Azitromicina VO – dose única
o Ciprofloxacino ou Ceftriaxona
• Tratamento: o Drenagem da adenite é contraindicada,
Penicilina G Benzatina (2.400.000 UI) - pois prolonga o tempo de evolução –
Benzetacil realizar, se necessário, punção.
o Primária, secundária, latente recente →
dose única ❖ LINFOGRANULOMA VENÉREO
o Terciária, latente tardia → 3 doses • Chlamydia trachomatis – bactéria gram
o Neurossífilis → Penicilina Cristalina por negativa
14 dias • Infecção primariamente do tecido linfático
o Lesão inicial: pápula/vesícula que evolui
❖ CANCRO MOLE para exulceração, no pênis/qualquer
• Haemophilus ducreyi – bacilo gram negativo ponto da genitália feminina – passa
• Sem envolvimento sistêmico – não penetra na despercebida (indolor) – lesão de
corrente sanguínea inoculação, isto é, altamente
• Tempo de incubação: 3 a 5 dias, podendo contagiosa.
chegar a 2 semanas (importante para o Após 2-4 semanas: adenopatia inguinal
diagnóstico diferencial com a Sífilis) muito dolorosa, geralmente unilateral
• Lesão: – na mulher, o local da adenopatia
o Pápula-pústula, que se transforma em depende do local da lesão inicial
úlcera de base mole, solapada e “suja”, ▪ Fistulização em “bico de
geralmente localizada na genitália regador” (poroadenite
inguinal) – diversos pontos
fistulizando, pois são diversos ❖ DONOVANOSE – GRANULOMA INGUINAL
gânglios • Klebsiella granulomatis – bactéria gram
▪ Edema por destruição de negativa
linfonodos e obstrução do • Doença crônica progressiva
linfático • O agente se multiplica em citoplasma de
• Disseminação da bactéria para a corrente macrófagos (corpúsculos de Donovan),
sanguínea, causando sintomas gerais – FASE produzindo lesões em pele, genitais e mucosas
SISTÊMICA de regiões genitais
• Complicação: fibrose vaginal e retal • Período de Incubação: 3 a 90 dias
• Diagnóstico diferencial: Cancro mole (presença • Prevalência no NE do Brasil
concomitante do cancro + adenoma), Sífilis • Formas:
(sem caráter inflamatório agudo); adenopatia o Genitais e perigenitais
de TB, PCM e Esporotricose ▪ Ulcerosas com bordas
• Diagnóstico: hipertróficas x Ulcerosas com
o Bacterioscopia bordas planas
o Sorologia ▪ Ulcerovegetantes (mais
o Cultivo ou Biópsia freqüente)
• Tratamento: ▪ Vegetantes
o Doxiciclina por 21 dias ▪ Elefantisíacas
o Eritromicina ou Sulfametazol + o Extragenitais
Trimetoprim o Sistêmicas
• Lesão:
❖ HERPES GENITAL o Inicial: nodular, única ou múltipla,
• Herpes viridae – TIPO 2, TIPO 1 É LABIAL! subcutânea e que ulcera (bordas planas
• As práticas sexuais permitem que haja qualquer ou hipertróficas), cuja ulceração
um dos dois em ambos os locais vegetante cresce lentamente, é friável
• Período de Incubação: 3 a 14 dias, sem relação e “espelhada” (parte contaminada
linear entre a exposição ao vírus e a ativação da contamina a parte não contaminada)
lesão o Diagnóstico diferencial: Cancro mole,
• Pródromos: prurido, ardência e parestesia Sífilis secundária, Condiloma
• Lesão: acuminado, Carcinoma Espinocelular
o Vesículas próximas e convalescentes (por ser uma “ferida que nunca
que podem evoluir com ulceração cicatriza”), PCM
dolorosa – com prurido e ardência • Diagnóstico:
o Na mulher, pode haver vulvovaginite o Biópsia com histopatológico
dolorosa + cistite + uretrite (Corpúsculos de Donovan em
o Adenomegalia satélite – pequena e esfregaço)
dolorosa. • Tratamento:
• Diagnóstico o Doxiciclina
o Clínico! o Azitromicina ou Ciprofloxacino
o Cultura
o Citologia
o Sorológicos ❖ CANDIDÍASE
o Biópsia • Candida albicans - fungo
• Tratamento • Não é uma IST, visto que a Cândida é
o Aciclovir ou Valaciclovir constituinte da microbiota vaginal, mas
algumas mulheres estão mais propensas a ▪ Teste das aminas com odor
desenvolver a doença fétido (reação com KOH)
o Estresse ▪ Exame bacterioscópico a
o Sistema imunológico fresco com > 20% das células
o Uso de contraceptivos hormonais epiteliais recobertas por
o Agentes irritantes/roupas íntimas cocobacilos (clue cells)
sintéticas • Tratamento:
o Obesidade o Metronidazol – mais efetivo nas
o Diabetes bactérias anaeróbicas que se associam
o Uso intenso e prolongado de à G. vaginallis
antibióticos o Ampicilina
• Manifestações: prurido vulvovaginal, ardência,
hiperemia e edema vulvar, leucorreia ❖ TRICOMONÍASE
(corrimento branco leitoso, grumoso, de • Trichomonas vaginallis – protozoário
aspecto de leite coalhado, sem odor • Parasita com afinidade especifica para o epitélio
característico) urogenital (vulvovaginal e cervical/uretra), e
o Ph vaginal < 4,5 e presença de pseudo- após colonizá-lo, lança toxinas que facilita a
hifas penetração intercelular e o processo
o Diagnóstico diferencial: Gonorreia, inflamatório, reduzindo a quantidade de
Tricomonas, Micoplasma, Clamídia lactobacilos, o que eleva o pH normal. Pode
• Diagnóstico: haver erosão do epitélio em casos mais graves.
o Exame direto em KOH • Corrimento abundante, amarelo-esverdeado,
o Cultura bolhoso e fétido, acompanhado por prurido
• Tratamento: e/ou irritação vulvar
o Fluconazol o Dor no ato sexual
o Pode ocasionar dor pélvica
❖ VAGINOSE BACTERIANA o Disúria e polaciúria
• Gardnella vaginalis - bactéria • Hiperemia da mucosa – COLPITE DIFUSA,
• Alteração da microbiota bacteriana, “aspecto em framboesa”
principalmente a diminuição de lactobacilos,
desencadeia o aumento do pH e possibilita a • Diagnóstico:
proliferação de bactérias de meios menos o Exame direto - observação da
ácidos e anaeróbias, as quais formam aminas motilidade flagelar do parasito em
aromáticas, responsáveis pela produção do lâmina à exame fresco
cheiro fétido (“peixe podre”), que se torna mais o Cultura
acentuado quando entra em contato com o o Medida do pH vaginal para diagnóstico
sêmen e ao final da menstruação (alcalinização diferencial com Candidíase
da vagina). o Teste de Whiff (KOH) com liberação de
• Corrimento vaginal branco-acizentado, às odor fétido (putrecina/cadaverina)
vezes bolhoso e fétido. • Tratamento:
• Diagnóstico: o Metronidazol
o Critério de Amsel: pelo menos três dos
testes dão positivos
▪ pH vaginal > 4,5 – fita reagente ❖ GONORREIA
(oposto à Candidíase)
Causa a Doença Inflamatória Pélvica
▪ Aspecto do corrimento é
homogêneo de cor variada
(branca, acizentada, amarela)
• Neisseria gonorrhoeae – bactéria diplococo o Em homens: corrimento mucoide
gram negativa anaeróbica facultativa discreto, descarga uretral do pênis e
• Período de Incubação: 2 a 5 dias após a inflamação
exposição à bactéria • Diagnóstico:
• A maioria dos casos, principalmente nas o Anatomopatológico
mulheres, é assintomática. Mas podem o Histopatológico
manifestar-se uretrites e o Imunofluorescência direta
epididimite/endocervicite e salpingite.
o “Mela cueca” – corrimento após 48h • Tratamento:
da infecção o Ciprofloxacino + Metronidazol
o No homem, o quadro tem início com
prurido e eritema no meato urinário,
seguido por corrimento uretral claro,
que se torna purulento (amarelado) +
disúria, polaciúria → edema peniano,
epididimite
o Na mulher, o quadro inicia-se com
endocervicite, podendo ocorrer
uretrite com exsudato purulento ou
mucopurulento + disúria, polaciúria →
dor em baixo ventre e salpingite
• Diagnóstico:
o Exame microscópico direto da secreção
uretral ❖ CONDILOMA CUMINADO
o PCR • Papilomavírus humano – HPV
• Tratamento: • Período de Incubação: 2 semanas a 8 meses
o Ciprofloxacino + Azitromicina • Vírus DNA de dupla hélice e multiplicam-se
apenas em queratócitos
❖ CLAMÍDIA • Relacionado com o desenvolvimento de câncer
do colo uterino e peniano
Causa a Doença Inflamatória Pélvica
o Subtipos de maior risco carcinogênico:
• Chlamydia trachomatis – bactéria gram 16 e 18
negativa o Subtipos de menor risco carcinogênico:
o Mesmo agente do LINFOGRANULOMA 6 e 11
VENÉREO, mas causa corrimento, por • O preservativo masculino não protege – o
isso é denominada Uretrite Não atrito é que transmite
Gonocócica • Pápulas vegetantes, róseas ou acastanhadas,
• Na maioria das vezes, não apresenta sintomas, isoladas ou agrupadas, não corneificadas na
mas quando eles se manifestam: mucosa da glande, na vulva, no ânus e na vagina
o Em mulheres: cistite, alteração do – em “couve-flor”, maiores em pacientes
corrimento vaginal, dores abdominais imunossuprimidos
→ dor pélvica, dispaurenia (dor o Crescem mais rápido durante a
durante a relação sexual), sangramento gravidez
ocasional entre as menstruações. Ao • Fases de apresentação:
chegar ao útero, pode causar a Doença o Subclínica – áreas brancas após
Inflamatória Pélvica aplicação de ácido acético
o Latente – assintomática
o Clínica – verrugas + lesões pré- ❖ HTLV
malignas • Família Retroviridae
▪ Subtipos 16, 18, 33, 45 • Transmissão sexual, placentária, aleitamento
• Diagnóstico: materno e com contato sanguíneo
o Clínico: uso do ácido acético 5% • Período de Incubação: 20 a 3 anos
o Histopatológico – biópsia das lesões • Crônica e incurável
• Tratamento: • Associação com HIV freqüente!
o Ácido tricloroacético • Subtipos: HTLV1 (TCD4+) e HTLV2 (TCD8+)
o Pedofilina • Vírus que infectam os Linfócitos T e causam
o Crioterapia várias doenças
o Laser/Eletrocauterização o Leucemia das células T (fatal) – núcleos
o Cirurgia – menor chance de recidiva com aspecto de Flower cells
o Vacinas o Linfomas cutâneos
▪ Bivalente: 16 e 18 o Mielopatia associada ao HTLV
(oncogênicos) (paraparesia espástica tropical –
▪ Tetravalente: 6, 11, 16, 18, 33 GRAVE!)
• Diagnóstico:
OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS
o Clínica de mielopatia
❖ CITOMEGALOVÍRUS o Sorologia para HTLV
• Cytomegalovirus – família Herpesviridae 5 o Diferencial: esclerose múltipla,
(HVH 5) mielopatia vascular, esclerose lateral,
• Transmissão por fluidos, principalmente saliva e deficiência de vitamina B12
urina, que contenham o vírus, incluindo a via • Tratamento:
transplacentária e pelo canal do parto o Fisioterapias e sintomático –
o Prevalência no número de infecções corticoides
congênitas – mais freqüente no final da
gestação ❖ MOLUSCO CONTAGIOSO
• Geralmente assintomática • Infestação/Contaminação
o Sintomas, quando se manifestam são • Não é contagioso
linforreticulares, do SNC com ou sem • Comum em crianças
lesões oculares e auditivas
o Quadro de mononucleose-like: febre, ❖ ECTOPARASITAS
astenia, sudorese, • Piolhos/Chatos – Ptiríase genital por Phtirus
hepatoesplenomegalia, púbis/Phtirus captis
linfoadenopatia cervical, dor de • Escabiose (sarna) – acomete abdome, região
garganta e secreção amigdaliana. inframamária, interdigital, genital
o No RN: retardo mental, cegueira,
surdez, paralisia cerebral, epilepsia
• Doença definidora da SIDA
• Diagnóstico:
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
o Cultura
o PCR *Micose profunda
o Sorologias – IgM no RN
INTRODUÇÃO
• Tratamento:
o Ganciclovir Blastose sul-americana, doença crônica ou
subaguda, granulomatosa, causada por fungo
dimórfico, Paracoccidioides brasiliensis.
P. brasiliensis vive no solo ou em vegetais, FORMA TEGUMENTAR
infectando homem por aspiração, ingestão ou
Lesões da mucosa bucal situam-se em qualquer
inoculação, sem infecção direta doente-sadio. Infecção
região, com predileção pelas gengivas; bochechas,
predominante de meio rural, entre 20-40 anos de idade,
assoalho, palato e língua.
msexo masculino - 9:1.
Quadro clínico característico: erosão + pontilhado
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
hemorrágico (estomatite moriforme); evolução p/
Múltiplos aspectos clínicos, pelas possibilidades de ulcerovegetantes, passando para faringe, laringe, septo.
locais de infecção e disseminação (linfática e
No início, não há comprometimento de linfonodos
hematogênica).
regionais, mas no decorrer da evolução, tornam-se
Lesão inicial → ponto de inoculação (pulmões, aumentados e, eventualmente, supurativos.
mucosa bucofaríngea, intestinal, anal).
Lesões cutâneas polimorfas e normalmente ocorrem
Inalação → porta de entrada vias aéreas e pulmões, por disseminação hematogênica (linfonodos já
canais mais frequentes de inoculação e localização comprometidos). Coexistência de lesões em vários
inicial da moléstia. estágios (eritematopapulosas, papulovegetantes,
úlcerocrostosos).
Inoculação na mucosa bucal → limpeza dos dentes
ou mastigação com folhas de vegetais. Na superfície das lesões, pode-se perceber ponteado
hemorrágico escuro (granulação moriforme).
Inoculação pela pele → ferimentos com vegetais ou
materiais do solo contaminado. Perianal → limpeza anal Completa-se quadro com MEG: emagrecimento, às
com folhas vegetais. vezes com caquexia.
DIAGNÓSTICO
LINFOCUTÂNEA
FIXA
Ocorre em indivíduos previamente sensibilizados pelo
agente.
MUCOSA
É rara. A lesão ulcerada torna-se granulomatosa ou
papilomatosa.
DISSEMINADA
ESPOROTRICOSE Consiste em nódulos subcutâneos, usualmente sólidos,
distribuídos pelo tegumento.
É doença causada pelo fungo dimórfico Sporothrix
schenckii que, usualmente e inoculado por ocasião de Esporotricose sistêmica
um traumatismo, determina micose subcutânea,
porém, ocasionalmente, propágulos do fungo podem FORMA PULMONAR ASSINTOMÁTICA
ser inalados causando a forma sistêmica da micose. Pode ter curso progressivo, manifestando-se por
Trata-se de um fungo saprófito na natureza, vive no solo duas modalidades, ambas simulando TB: doença
ou em associação a produtos vegetais. No pus ou nos cavitária crônica ou linfadenomegalias
tecidos, seus elementos são muito escassos e hilares maciças.
pequenos, de difícil visualização, mesmo em colorações FORMA OSTEOARTICULAR
próprias.
Costuma se apresentar como artrite. Pode resultar de
PATOGENIA inoculação por fragmento de madeira ou de
A imunidade celular é normal em pacientes com a disseminação hematogênica.
infecção restrita a pele (> populações desnutridas). Nas
formas sistêmicas e disseminadas, associa-se ao OUTRAS FORMAS
alcoolismo ou a doenças subjacentes (DPOC, diabetes, Lesões do sistema geniturinário, sistema nervoso ou
sarcoidose, aids, neoplasias hematológicas ou multiorgânicas tem sido relatadas com menor
linforreticulares) ou ao uso de drogas que interferem na frequência, sempre com sintomas e sinais inespecíficos.
imunidade celular e/ou na atividade mieloperoxidasica
do neutrófilo.
DIAGNÓSTICO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Mesmo em regiões onde o S. schenckii
De acordo com o modo de penetração do fungo no não costuma ser visualizado ao microscópio é
organismo, a esporotricose pode ser subcutânea ou conveniente que, no diagnostico micológico, sejam
sistêmica. feitos o exame direto do espécime e o cultivo para
isolamento e identificação.
A subcutânea pode estar na forma:
Quando possível, a imunofluorescência
• Linfocutânea direta ou a técnica imunoenzimática favorecem a
• Fixa visualização do fungo.
• Mucosa
• Disseminada A soro micologia é útil nas formas sistêmicas da micose.
Tem sido usada dupla difusão em gel de ágar, técnicas
A sistêmica pode ser: de precipitação e de aglutinação, e reação de fixação do
complemento.
• Pulmonar assintomática unifocal ou multifocal
TRATAMENTO o Aumento da resistência aos agentes
Nas formas subcutâneas, o tratamento usualmente e antifúngicos, como anfo B e derivados
feito com o uso de iodeto de potássio. azólicos
Nas formas pulmonares, a anfotericina B pode ou não Células muriformes, corpos escleróticos /fumagoides/de
ser associada a lobectomia nas formas cavitárias. Nas Medlar, Coper penies.
demais, o itraconazol (200 a 400 mg diários).
São encontrados no solo, plantas e resíduos.
Quadro clínico
Micose crônica, granulomatosa e supurativa da pele e As lesões tumorais são comuns em MMII e são
TCS causada pela implantação traumática por variedade representadas por nódulos fibrosos que surgem em
de fungos demáceos de parede melanizada, que forma áreas contíguas, podendo ser isolados ou agrupados
corpos escleróticos no tecido. Fungo demáceo = fungo com superfície lisa ou verruciformes. Podem ulcerar-se,
com parede negra (sinônimos). de onde emergem massas de superfície verruciformes
com aspecto
Epidemiologia de couve-flor!!!
Sempre terá história de trauma (trabalhador As lesões em placas são mais comuns em MMSS, face e
braçal/rural/chifrada de boi, curral, N e NE do Brasil e tronco. Originam-se de pequenas áreas de pele
seus trabalhadores de babaçu/sentado em cima do infiltrada que se estendem por meses ou anos. Resultam
cavalo e trauma na área genital). Deve ter uma fissura de aglomerados compactos de vegetações
para ter mais chance de infecção! papilomatosas, as vezes cobertas por crostas. Podem
É um grupo de micoses causadas por 7 espécies de regredir na parte central ou em setores, deixando pele
fungos demácios, de forma globosa nos tecidos, de lisa cicatricial limitada parcialmente por lesão semilunar
paredes espessas e fuliginosas, que se reproduzem por infiltrada (forma tuberculoide) ou lesão infiltrada e
septação. Seu elemento característico, corpo ulcerada de crescimento centrífugo (forma sifiloide).
muriforme, apresenta septos em 2 planos. As placas podem ser constituídas de área infiltrada
É significativa sua associação a pacientes HLA-A29. A coberta de crostas micáceas (subtipo psoriasiforme).
maioria dos doentes é imunocompetente. Na placa infiltrada, podem surgir elevações esparsas
Presume-se que inoculações repetidas sejam com secreção de pus no ápice (subtipo micetomatoide).
necessárias para que se instale a doença. A lesão inicial Áreas de extensão → DD com psoríase, estrófulo,
permanece circunscrita por algum tempo. Em meses, ectima.
dissemina-se por contiguidade e, após anos, pode
ocupar áreas extensas. As lesões a distância podem
resultar de autoinoculação, por via linfática ou
hematogênica (raro). Não há transmissão homem a
homem.
Agentes etiológicos
o Patogenicidade e virulência
EVOLUÇÃO – CARRION: OBS: Fungos têm característica de formar granuloma. E
fazem também transeliminação epidérmica!
• Nodular
• Tumoral
• Cicatricial
• Placa TUBERCULOSE CUTÂNEA
• Verrucosa Doença endêmica em nosso meio, predominando
Coça e a pele reage com hipertrofia com crostículas nas áreas urbanas e de baixa renda, onde existem
hemáticas (black dots). aglomerados de pessoas habitando ou trabalhando.
❖ Tratamento
Pode haver ainda: escrofuloderma, cancro
Melhores chances de cura de lesões pequenas e
tuberculoso, reação ao BCG, eritema nodoso.
localizadas < 5 cm.
Pode acontecer na infecção primária e na pós primária, Padrão ouro, consegue-se ver até 100 bacilos por ml –
são pobres em bacilos (paucibacilares), não é frequente porém demorado. Quando indicar a cultura? pacientes
a associação com a forma pulmonar. suspeitos, indígenas, crianças, profissionais de saúde,
moradores de rua, institucionalizados, casos suspeitos
Os mais comuns são TB Pleural e TB Ganglionar, às
de TB em que o escarro foi negativo e para identificar as
vezes o paciente chega com linfonodomegalia e
bactérias não TB.
suspeita-se de linfoma, leucemia e na verdade é TB
ganglionar – comum na região mediastinal, mas pode # EXAME DE IMAGEM
ocorrer em outros locais (inguinal, peritoneal, etc).
- RX de tórax - método de escolha;
A Forma Ganglionar é mais comum em crianças e - TC de tórax - reservada para os casos suspeitos em
pacientes co-infectados de HIV. Existem ainda outras que o RX está normal ou para se fazer diagnóstico
formas: meníngea, óssea (Mal de Pott – principalmente diferencial;
coluna vertebral), genitourinária, pericárdica, oftálmica,
ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA
cutânea.
R= Rifampicina
PROVA TUBERCULÍNICA (PT) OU “PPD” H= Isoniazida
Z= Pirazinamida
A prova tuberculínica (teste de Mantoux), também
E= Etambutol
chamada de “PPD”, identifica os indivíduos infectados
pelo bacilo de Koch, seja “infecção latente” (ILTB) ou
Esquema – COXIP
“infecção-doença” (TB).
Deve ser considerado em todo paciente com febre O cenário epidemiológico do Brasil, com a circulação
prolongada e esplenomegalia, principalmente em simultânea dos quatro sorotipos de dengue (DENV1,
crianças 3cm, TAP>60% plaquetometria>40.000/mm³. DENV2, DENV3 e DENV4) e dos vírus chikungunya e
Cultura realizada em meios apropriados, como NNN Zika, é um desafio para a assistência e para a vigilância.
(Novy, Mc-Neal, Nicolle), Schneider e LIT. São doenças com sinais clínicos similares, dificultando
Pesquisa de anticorpos específicos pode ser utilizada, já a suspeita inicial e, consequentemente, impactando as
que apresenta sensibilidade elevada, mas a especificada notificações, as quais, até o momento, superestimam a
é limitada (Chagas, TB, hanseníase); resultado (+) deve dengue e subestimam as demais.
ser confirmado por pesquisa direta do parasita.
AGENTE ETIOLÓGICO
Exames sorológicos tendem a permanecer (+) por longo
período, mesmo após a cura. Reação de Montenegro é A dengue é causada por um vírus RNA, arbovírus do
teste de memória imunológica dependente de Th1, e é gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae.
sempre negativo durante fase ativa da doença. Após Até o ano de 2016, são conhecidos quatro sorotipos:
resolução do quadro, torna-se positivo. DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4. O CHIKV possui
TRATAMENTO genoma de RNA positivo de fita simples, pertencente ao
gênero Alphavirus da família Togaviridae.
Internados para início de terapia, com solicitação de
exames como ureia e creatinina, amilase sérica, O Zika, por sua vez, é causado por um RNA vírus, do
eletrólitos, aminotransferases, eletrocardiograma e RX gênero Flavivirus e pertence à família Flaviviridae. Até
de tórax. o momento, são conhecidas e descritas duas linhagens
do vírus: uma africana e outra asiática.
Antimoniais pentavalentes são primeira escolha, de uso
intravenoso ou intramuscular, usados entre 20-30 dias MODO DE TRANSMISSÃO
consecutivos. Glucantime.
A principal forma de transmissão de dengue,
Efeitos colaterais são vistos em até 30% dos pacientes,
chikungunya e Zika se faz pela picada de fêmeas
mas raramente justificam suspensão da droga. Mais
comuns: artralgia, mialgia, dor abdominal, náuseas e infectadas de A. aegypti no ciclo homem – A. aegypti –
vômitos, pancreatite aguda, anemia, leucopenia, homem.
trombocitopenia, hematúria.
Em todos os três foram registrados casos de títulos de IgG sobem rapidamente, com
transmissão vertical (gestante-bebê). Na chikungunya, aumento menos marcado de IgM.
a transmissão pode acontecer no momento do parto de
gestantes virêmicas, muitas vezes provocando infeção VETORES
neonatal grave. Na Zika, a transmissão vertical pode Os insetos vetores são culicídeos pertencentes ao
gerar malformações e diferentes manifestações clínicas gênero Aedes. A espécie A. aegypti é a mais importante
no feto, incluindo aborto. Essas doenças também na transmissão de dengue, chikungunya e Zika no Brasil,
podem ser transmitidas por via transfusional. e pode ser transmissora do vírus da febre amarela em
PERÍODO DE INCUBAÇÃO E TRANSMISSIBILIDADE áreas urbanas.
A transmissão compreende dois ciclos: um intrínseco, O Aedes albopictus é o vetor de manutenção da dengue
que sucede no ser humano, e outro extrínseco, no vetor. na Ásia. Embora já esteja presente nas Américas, até o
O período de incubação intrínseco da dengue ocorre, momento, o A. albopictus não foi associado à
em média, de 5 a 6 dias, e varia de 4 a 10 dias. Após transmissão dessas doenças nessa região.
esse período, inicia-se o período de viremia (geralmente, Enquanto o A. aegypti está distribuído em regiões
de um dia antes do aparecimento da febre até tropicais e subtropicais, o A. albopictus também pode
o 6º dia da doença). O vetor pode se infectar ao picar ser encontrado em latitudes temperadas.
uma pessoa virêmica, iniciando o período de incuba-
ção extrínseco, que varia de 8 a 12 dias. DENGUE
Patogenia
O período de incubação intrínseco do chikungunya
Após serem inoculados através da picada do mosquito,
acontece, em média, de 3 a 7 dias (podendo variar de
os vírus fazem uma primeira replicação em células
1 a 12 dias), e o extrínseco dura, em média, 10 dias.
musculares estriadas, lisas e fibroblastos, bem
O período de viremia no homem pode perdurar por até
como linfonodos locais. Após isso, tem início viremia,
10 dias e, geralmente, inicia-se 2 dias antes da
disseminando-se por todo o organismo. Ele pode
apresentação dos sintomas.
circular livres, no plasma ou no interior de monócitos e
Estima-se que o período de incubação intrínseco do macrófagos. Possui tropismo por essas células
Zika seja de 2 a 7 dias, em média, e o período de fagocitárias, que são seus maiores sítios de replicação
incubação extrínseco seja semelhante ao de dengue,
variando de 8 a 12 dias. Depois do período de incubação
extrínseco, o mosquito permanece infectante até o final
da sua vida (6 a 8 semanas), sendo capaz de transmitir
o vírus para um hospedeiro suscetível, a exemplo
do homem.
SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE
ESPECÍFICOS
COLEÓPTEROS – BESOUROS
Potó, Fogo-Selvagem ❖ QUERATOSE ACTÍNICA
❖ Besouros do gênero Paederus - Lesão pré-maligna mais frequente, surge em áreas foto
❖ Dermatite linear expostas.
❖ Liberação de substancia caustica ao pressionar o - Acomete idosos ou adultos de pele clara
besouro (pederina), promovendo dermatite
Clínica: máculo-pápulas eritematosas recobertas por
vesicante (“sinal do beijo” – lesão em espelho,
escamas secas e aderidas. Superfície áspera de cor
como no cancro mole)
amarelada e castanho-escuro (0,5 a 1cm). Áreas de
❖ Vesículas menores, ardor e prurido intensos
maior exposição (orelha, nariz e couro cabeludo).
❖ Conduta: corticoide + ATB
Contato com carcinogênios (alcatrão, arsênico e
radioterapia).
Atividade Família
Megalopygidae
Saturniidae (“lagartas
(“lagartas
espinhudas”)
cabeludas”)
Local
Processo
inflamatório
+ + + DD: queratose seborreica (acastanhada)
agudo
Sistêmica
Coagulopatia
de consumo,
- - +
hemorragia
❖ DOENÇA DE PAGET
ABCDE
- Aparência de “pinta”, queimaduras solares aumentam - Doenças causada por acarinos gêneros Sarcoptes
o risco, origina-se dos melanócitos, quanto mais scabiei (espécie-específicos: variante hominis
profundo e espesso, maiores as chances de metástase parasita o homem)
(linfonodo, SNC, fígado, pulmão)
- Qualquer variedade de Sarcoptes pode albergar-se
Formas: e produzir alteraçaos transitórias na pele do
homem, sem obrigatoriamente parasitá-la →
originando sarnas zoógenas
Escabiose Humana Observam-se lesões de escoriação com impetiginização
secundária
Doença contagiosa produzida pelo Sarcoptes scabiei
var. hominis → produz uma dermatose pruriginosa Complicação → evolução para glomerulonefrite;
predominantemente noturna. No saco escrotal e pênis →nódulos eritematosos
Contágio direto e geralmente se faz no leito; típicos, muito pruriginosos, persistindo depois do tto.
(pseudolinfoma) → uso de corticoide local de alta
É endêmica com surtos epidêmicos por contato físico potência (3 a 4 vezes/dia, massageando) até o
desaparecimento.
Parasita é exclusivo da pele humana
Em geral há mais de um caso no ambiente residencial ou Escabiose Crostosa (Sarna Crostosa)
familiar. Apresenta-se com formação de crostas estratificadas,
Etiopatogenia que podem chegar a centímetros de espessura
Sarcoptes scabiei var. hominis → é um acarino de Estão localizadas, preferentemente, nas eminências
pequenas dimensões. ósseas, podendo, inclusive, comprometer unhas, face,
cabeça e regiões palmoplantares.
- A escabiose é produzida exclusivamente pela fêmea
Ocorre em indivíduos de hábitos higiênicos precários,
fecundada (macho morre após a cópula).
neuropatas, deficientes mentais e imunodeprimidos;
- Ela penetra na epiderme fazendo um túneo subcórneo pctes com HTLV; pessoas privadas de liberdade.
→ progressão noturna de 2 a 3 mm/dia; seu ciclo vital
Nesse caso é astronômica a quantidade de parasitas!!
15-30 dias durante o qual elimina cerca de 40-50 ovos.
Ciclo biológico (do ovo ao adulto) dura, em média, 15 Diagnóstico Diferencial: psoríase, doença de Darier,
dias. farmacodermia, dermatite seborreica e eczemas.
- Período de incubação: 3 a 4 semanas → aparece Diagnóstico
erupção pruriginosa, ou então de 1 ou 2 dias, nos casos
de reinfecção dos pctes que se alergizarem. - O diagnóstico é clínico!!!
Drogas: analgésicos, AINEs, ATB, sulfa, CMZ, cloroquina, Drogas: fluoretos, corticoides, androgênios, etc.
corticoides, insulina, etc.
FOTOSSENSIBILIDADE
ERITRODERMIA
Classificam-se em:
Drogas: derivados mercuriais e arsenicais, sais de ouro,
Fototóxicas – exagero na resposta à exposição
lítio, bismuto, etc.
solar, com eritema, edema e até bolhas, dose-
ERUPÇÕES ECZEMATOSAS dependentes, surgem na primeira exposição à
droga.
Ocorre > por medicamentos tópicos.
Ex: AINEs, psoralênicos, antiarrítmicos
Drogas: b-bloq, metildopa, sulfas, ATB, anestésicos, (amiodarona), clorpromazina.
formol, etc. Fotoalérgicas – eczematoso, surgem após a
exposição prévia a droga que possibilitou a
PÚRPURA
sensibilização.
Diversos mecanismos: Ex: mais comum em drogas tópicas, porém,
entre as sistêmicas – prometazina, sulfas,
Plaquetopenia imunológica – droga atua como griseofulvina, etc.
hapteno que se liga às plaquetas.
Plaquetopenia não alérgica – depressão “Recaída de UV” – reativação do eritema solar. Ocorre
medular produzida por citostáticos. quando o metotrexato é administrado 1-3d após
Plaquetopenia por excesso de agregação – irradiação UV, quando o eritema está esmaecendo.
droga produziu lesões endoteliais (ex: ❖ FLUSHING “Vermelhidão”
bleomicina).
Alterações da coagulação – excesso de Eritema temporário da face, pescoço, tórax, orelhas e
anticoagulantes. epigastro.
Pigmentar progressivo – quinina, CMZ, BDZ Drogas: paracetamol, acetilcisteína, amiodarona,
(mecanismo imune). amitriptilina, amilodipina, anfotericina-B, AAS, atropina,
Corticoterapia prolongada – fragilização dos captopril, ceftriaxona, corticoide, furosemida,
vasos. verapamil, etc.
Drogas: barbitúricos, carbamatos, iodetos, sulfas, LES medicamentoso (hidralazina)
diuréticos, corticoides, antidiabéticos.
Erupção dermatomiosite-símile
ERUPÇÕES VESICOBOLHOSAS (antineoplásico)
Reação esclerodermia-símile (bleomicina)
Bolhas, às vezes hemorrágicas, em regiões palmares, Alopecias, hipertricose e hirsutismo
plantares, genitais, podo/quirodáctilos. (antineoplásicos, anticoagulantes cumarínicos,
Drogas: brometos, iodetos, mercuriais, AAS, captopril, anti-HAS, b-bloq, androgênios)
AINEs, talidomida. Alterações ungueais – coloração, onicólise,
linhas de beau, hiperplasia, foliculites.
PÊNFIGO Alterações pigmentares
Similar ao P.F em face, couro cabeludo e tronco Hiperpigmentação – clorpromazina,
(raramente mucosas). anticoncepcionais, antimaláricos, amiodarona,
antidepressivos.
Drogas: d-penicilamina, captopril, piroxicam, Porfiria (estrogênios, barbitúricos)
propranolol, rifampicina. Pseudolinfomas (difenil-hidantoína)
Dermatite por IgA: vancomicina, lítio,
furosemida, diclofenaco.
❖ SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON
Sistêmico; bronquites, pneumonites, hematúria, Clínica: erupção periorificial da face, que progride para
necrose tubular aguda. exantema escarlatiniforme e atinge pescoço, axila e
inguinocrurais. Bolhas flácidas, soltando retalhos
TTO: hospitalização em CTI, limpeza e assepsia das
epidérmicos.
lesões. Manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico,
ATB preventivo, restringir ao máximo o uso de
medicamentos, principalmente analgésicos e
antitérmicos.
Ou Síndrome de Lyell, é afecção bolhosa grave, fatal, Alterações no metabolismo da droga, em particular,
desencadeada por drogas e infecções. Não é dose- sulfas e anticonvulsivantes, reagem cruzadamente.
dependente, é possível que haja um defeito genético na Origem multifatorial.
metabolização da droga que precipite o efeito Clínica: exantema morbiliforme, que se torna
citotóxico nos queratinócitos. edematoso, acompanhado de acentuação folicular,
Drogas: sulfonamidas, AINEs, derivados da pirazolona, vesículas, pústulas, lesões purpúricas → eritrodermia.
dipirona, anticonvulsivos, cefalosporinas, corticoides, LAB: linfocitose com linfócitos atípicos e eosinofilia.
antineoplásicos.
O M. leprae é eliminado pelas secreções nasais da - Tropismo por nervos periféricos, podendo ser
orofaringe (1º lugar – via respiratória) e por soluções de ramusculares (filetes nervosos) até nervos superficiais e
continuidade da pele (2º lugar – áreas erosadas da troncos nervosos profundos
pele).
- Alterações essencialmente sensitivas, sendo a perda
térmica > dolorosa > tátil
LESÕES CUTÂNEAS
✓ Hanseníase Virchowiana
✓ Hanseníase Indeterminada
Polimorfismo das lesões. Início com manchas discretas,
- Máculas hipocrômicas ou eritemato-hipocrômicas com
hipocrômicas, múltiplas e sem limites, distribuição
eritema marginal ou difuso.
simétrica.
- Áreas circunscritas mal delimitadas, com distúrbios da
- Tornam-se eritemato-vinhosas, ferruginosas e
sensibilidade, sudorese e vasomotor.
espessadas. Pode haver lesões sólidas (pápulas,
Nº de lesões pequenas + alterações sensitivas altas: nódulos, placas). Em geral, poupa região axilar, inguinal,
resistência a doença → cura ou evolui para perineais e coluna.
tuberculoide.
- Infiltração perianexial: alopecia do supercílio →
Nº alto de lesões + alt. sensitiva baixa: resistência baixa madarose. Quando há muitas lesões na face (nódulos)
→ evolução para dimorfa ou virchowiana. + conservação do cabelo → fácies leonina.
❖ ESTADOS REACIONAIS
DD: lesões bizarras “em alvo” ou anulares, que podem Nos DD as lesões são mais edematosas > em extremidades e
nº de nervos.
confluir dando um aspecto “esburacado” “faveolar”
“queijo suíço”. Área central hipocrômica, borda interna Mitsuda (+) >6mm nos DT
delimitada e deprimida, externa espessada, Mitsuda (-) ou <6mm nos DD
eritematopigmentada.
Nas reações reversas o início é abrupto, aparece durante
a PQT ou nos 6 meses após alta, enquanto nas recidivas
ocorre insidiosamente (pacientes com TTO irregular).
Observar a resposta à corticoterapia!!!
REAÇÃO TIPO 2 – ERITEMA NODOSO HANSÊNICO 2. Após 20-40s, halo eritematoso (eritema reflexo
secundário), ocorre por estímulo das
- Ocorre em formas MB: DV ou DD.
terminações nervosas dos vasos → reflexo
- Reação mediada por anticorpos (TH2), em que há antidrômico → vasodilatação.
formação de imunocomplexos extravasculares (tipo III). 3. Após 1-3min, surge pápula urticada decorrente
Ocorre devido a destruição dos bacilos com exposição da transudação de líquido.
de antígenos e estímulo à produção de anticorpos!
Resposta hansênica: não há o eritema reflexo
- O ENH é a 1º manifestação. Discretas no início, a secundário (fase 2), por lesão das terminações nervosas
reação aumenta progressivamente de intensidade. São → REAÇÃO DE HISTAMINA INCOMPLETA!
esporádicas ou periódicas (surtos – “mal reacional”) e
Indicação para lesões hipocrômicas ou para público cujo
desaparecem com a eliminação dos antígenos.
teste de sensibilidade se torna inviável (crianças, estado
- Quando há volta do ENH 2 anos após a negativação emocional, entendimento).
baciloscópica, pode estar ocorrendo uma reexposição a
OBS: prova de histamina completa + anestesia cutânea
antígenos ou reaparecimento de bacilos → REICIDIVA.
→ lesão neurológica radicular ou central (ex:
ENH: placas e nódulos eritematosos que podem ulcerar siringomielia).
(necrosante), comprometimento do estado geral
• Teste de Pilocarpina
(febre, dor, linfonodomegalia), etc.
Os ramúsculos nervosos íntegros, quando estimulados
LAB: pode ocorrer leucocitose com desvio a esquerda,
pelo nitrato de pilocarpina provocam sudorese. É
aumento do VHS, PCR, aparecimento de autoanticorpos
injetado via intradérmica, formando uma pápula de
(FAN), bilirrubinas, transaminases, hematúria e
0,5cm. Observa-se com lupa o aparecimento de gotas
proteinúria.
de suor (5min). Pode ser sensibilizada usando tinta de
Os imunocomplexos formados fixam o complemento e iodo + amido (pontos azuis). Na hanseníase ocorre
estimulam a quimiotaxia dos PMNs, cujas enzimas anidrose ou hipoidrose.
lesam tecidos e parede vascular (trombos e vasculites)
• Reação de Mitsuda
→ TIPO 2 NECROSANTE! (TNF-a).
A imunidade celular específica ao M. leprae pode estar
Histopatológico: infiltrado histiocitário (macrófagos
alterada. O teste é uma reação que avalia a integridade
inativos) com células de Virchow (histiócitos
desta imunidade, específica do indivíduo, ao bacilo de
vacuolados com lipídeos), bacilos granulosos,
Hansen.
neutrófilos, vasculites.
Utiliza-se o antígeno de Mitsuda, preparado a partir de
❖ DIANÓSTICO COMPLEMENTAR
lepromas triturados e filtrados, em que os bacilos são
PROVAS CLÍNICAS mortos por autoclavagem. Existe o Ag H (humano) e A
(armadillo – tatus).
• Pesquisa de Sensibilidade
Após injeção ID do Ag, pode ocorrer reação local em 48-
A hipoestesia surge após meses. 72h. Após 30d, pode surgir uma 2º reação (tardia ou de
• Teste de Histamina Mitsuda), com aparecimento de nódulo (pode ou não
ulcerar).
Revela a integridade dos ramúsculos nervosos da
pele, identifica a lesão mais precocemente que a Intensidade:
hipoestesia térmica. Colocar gota de solução de • Positiva + 3 a 5mm
cloridrato de histamina na pele e perfura-la com
• Positiva ++ 5 a 10mm
agulha.
• Positiva +++ acima de 10mm
Resposta fisiológica: Reação de Lewis
As reações positivas (indivíduo não ficará doente ou, se
1. Após 20s, eritema (ação direta da histamina ficar, terá DT) ocorrem nas formas com algum grau de
sobre os vasos cutâneos) imunidade cel. específica ao bacilo; e as negativas (se
adoecer, terá DV) quando essa imunidade está ausente.
❖ EXAMES LABORATORIAIS ▪ MB
• Bacterioscopia 2. Esquemas terapêuticos:
• Índices Bacilares (Ridley) ▪ PB:
• Histopatológico
Dapsona 100mg/dia (automedicada) +
DI (INFILTRADO INESPECÍFICO), DT (GRANULOMA Rifampicina 600mg/mês (supervisionada)
TUBERCULOIDE), DV (GRANULOMA MACROFÁGICO COM ALTO Nº
DE BACILOS EM SEU INTERIOR), DD (AMBOS). - 6 MESES
o NOVOS MEDICAMENTOS
o Meta-Hemoglobinemia – acrocianose, usar
vit. B. O ideal seria que todos foram bactericidas. Drogas que
andam sendo ensaiadas para futuro TTO:
o SÍNDROME DA SULFONA: reação de fluorquinolonas, claritromicina, minociclina,
sensibilidade que raramente ocorre nas 6 imunoterapia com BCG.
primeiras semanas do TTO. Eritrodermia
ESQUEMAS ALTERNATIVOS
esfoliativa, febre, anemia,
hepatoesplenomegalia, púrpura. ▪ SEM DAPSONA
rifampicina + clofazimina
• CLOFAZIMINA ▪ SEM RIFAMPICINA
clofazimina + dapsona
Ação bacteriostática e anti-inflamatória (usada no TTO
▪ SEM AMBOS
de reações tipo 2).
Clofazimina
Efeitos Colaterais: coloração cinza-azulado na pele, que
desaparece cerca de 1A após a suspensão. Pode haver o REATIVAÇÃO E RECIDIVA
aspecto ictioide (xerose), urticária, prurido. Efeitos mais
Reativação – ocorrência de novas lesões durante o TTO.
sérios: TGI (dor, náusea, diarreia até obstrução intestinal
Reavaliação da terapia.
por depósito de cristais do medicamento na parede o
ID) Recidiva – aparecimento de sinais de atividade clínica
após a alta por cura. Reiniciar TTO.
• RIFAMPICINA
❖ TINHA DO PÉ / DA MÃO
❖ TINHA DO COURO CABELUDO
Agentes mais frequentes: T. rubrum, T.
Diversos dermatófitos, comum em crianças,
mentagrophytes e E. floccosum.
rara em adultos.
• FORMA INTERTRIGINOSA
Contato com indivíduos infectados, animais
• TIPO VESÍCULO-BOLHOSO
doentes/portadores (cães e gatos) ou terra.
• TIPO ESCAMOSO
Dividida em:
o TONSURANTES: placas de tonsura – cotos
❖ TINHA CRURAL
pilosos e descamação (única ou múltipla). Localização inguinal (tinha inguinal), comum no
Evolução crônica. Existe forma aguda (intensa homem e rara na mulher.
reação inflamatória com placa eleva única, bem Lesões eritêmato-escamosas com bordas
delimitada, dolorosa, com pústulas e nítidas com ocasionais pequenas vesículas.
As antigas tornam-se escuras ou liquenificadas, • Saprófita do TGI, boca, pele e vias respiratórias
pelo prurido. e pavilhão auricular
• Cândida = fungo oportunista
❖ TINHA DE ORELHA • Saprófito → patogênico. Alterações do
Mais em crianças, na orelha externa e conduto hospedeiro (umidade aumentada, baixa
auditivo (eventual). Rara em adultos. imunidade, doenças sistêmicas, desnutrição,
Placas ligeiramente eritêmato-descamativas, antibióticos).
sobretudo por M. canis. DX: micológico. • Principais espécies patogênicas: C. albicans
(principal!), C. glabrata, tropicalis, etc.
❖ TINHA DE UNHA / ONICOMICOSE • Candidíase oral: placas esbranquiçadas
Tinha de unha é infecção da lâmina ungueal removíveis.
por dermatófito e onicomicose é infecção • DD: leucoplasia oral, mas nesta a placa é dura!
da unha por dermatófito ou outros fungos • Onicomicose: evento secundário à cândida
(ex.: leveduras de Candida). • Paroníquia: edema e eritema ao redor da unha
Acometimento inicial: subungueal distal • Granuloma glúteo infantil: corticoide aplicado
e/ou lateral ou subungueal proximal e em cima de candidíase cutânea começa a piorar
superficial. Ambos podem evoluir para a lesão, pois não mata o fungo e este começa a
comprometimento total da unha. penetrar na pele, atingindo as vezes a TCSC.
Comprometimento de uma ou várias
unhas: em aidéticos, é frequente.
Gêneros mais frequentes: Trichophyton e ❖ Diagnóstico
Epidermophyton. • Exame direto: pseudohifas. São mais
o DD: psoríase, líquen plano e esparramadas e menos grossas que as
onicopatias congênitas e Malassezias.
traumáticas. E. micológico é • Cultura: colônicas brancacentas, cremosas
indispensável para o DX. (nata de leite).
TRATAMENTO • Histopatologia: metenamina prata.
• Análise molecular: PCR.
❖ DROGAS TÓPICAS
GRUPO 1: pouco uso atual, menos ativas e
mais irritantes – AAS, ácido benzoico, etc. ❖ ANTIFÚNGICOS:
GRUPO 2: mais efetivos e com melhor • Tópico: nistatina (candidose oral esofagiana e
tolerância – derivados imidazólicos intestinal – não é absorvida, eliminada
(isoconazol, tioconazol, econazol, inalterada) e imidazólicos.
bifonazol, etc). • Sistêmico: fluconazol (1ª escolha), itraconazol
Outros: ciclopiroxolamina, terbinafina (oral, vulvovaginal e balanoprepucial) e
e amorolfina (também efetivos) ketoconazol (menos eficaz e tolerável que
itraconazol).
❖ DROGAS SISTÊMICAS
Griseofulvina (antibiótico) COMENSAIS
- Crônico, fibrosante. Localização: pés (70-80%), mãos, - Os nódulos podem confluir dando aspecto vegetante.
pernas e joelhos.
Diagnóstico diferencial: dermofibrosarcoma - C. neoformans, levedura gemulante encapsulada,
protuberans – neoplasia da derme. encontrada em pássaros cujos dejetos disseminam a
levedura.
❖ Diagnóstico
- Infecção por inalação, lesão inicial pulmonar, atingindo
Exame micológico direto: estruturas arredondadas em
outros órgãos, como SNC. Lesão cutânea associada a
formato de limão e fazendo gemulação única
meningite.
(raramento dupla).
Histopatológico: dois tipos de reações – gelatinoso e
- É o único fungo que NÃO cresce em meio de cultura!
granulomatoso (menor nº de parasitas).
- Capacidade de transeliminação.
❖ Tratamento
São dermatites caracterizadas por eritema, edema,
- Difícil, sucesso é melhor em lesões pequenas e bem infiltração, vesiculação, secreção, formação de crostas,
localizadas. escamas e liquenificação. Essas lesões se sucedem ou
- Exérese cirúrgica, criocirurgia. se associam, formando os aspectos multiformes dos
eczemas. São acompanhadas de prurido, de intensidade
• Itraconazol – segura em longo prazo. variável. A síndrome eczematosa pode ser
Problemas: cápsulas, absorção errática, aguda, subaguda ou crônica a depender de sua
interação medicamentosa. apresentação. Quando ocorre eritema, edema,
• Terbinafina – em regiões específicas, não vesiculação e secreção, é agudo. Se o eritema e o edema
interage com P450, poder antifibrótico. são menos intensos e predomina secreção com
formação de crostas, ele é subagudo. O eczema de
MECANISMO DE AÇÃO DOS AZOIS – inibição da síntese
evolução prolongada, com liquenificação, é crônico.
de ergosterol (síntese da MP).
Ex: Cetoconazol, Fluconazol, Itraconazol... Pode ser:
• Voriconazol – indicado para casos refratários, • ECZEMA DE CONTATO (origem exógena)
bloqueia mais intensamente a síntese de o Por irritação primária
ergosterol dos fungos filamentosos (fungicida). o Alérgica (sensibilização prévia, reação
Droga cara de difícil acesso. de hipersensibilidade tipo IV)
o Fototóxica (se torna tóxico ao sol)
Terapia Antifúngica Fotodinâmica (PDT) – c composto
o Fotoalérgica
fotossensibilizador é ativado por exposição à luz
• ECZEMA ATÓPICO
(produção de EROs contra a célula alvo).
o Atópico: indivíduo cujo limiar de
HISTOPLASMOSE (DOENÇA DE DARLING) reatividade é anômalo, reagindo a
estímulos usualmente não antigênicos.
- Levedura dimórfica (Histoplasma capsulatum),
o CRITÉRIOS MAIORES
saprófito da terra e excremento de pássaros.
▪ Prurido
- Adquirida por inalação (1º - infecção pulmonar). ▪ Topografia: áreas de flexura
Quadro cutâneo → eritema nodoso, ulcera na mucosa ▪ Cronicidade/recidivas
oral, faríngea, língua, genital ou retal. Raramente = o CRITÉRIOS MENORES
papulo-pústulas, abscessos, nódulos, fístulas, ▪ Histórico familiar
ulcerações e lesões verrucosas. ▪ Positividade nos testes
o Infantil, pré-puberal e adulto
Pesquisa direta nas lesões, no escarro, na urina,
• ECZEMA NUMULAR (anel)
LCR, etc.
o Causa desconhecida e/ou multifatorial,
Teste intradérmico com histoplasmina associação com infecção bacteriana
CRIPTOCOCOSE (TORULOSE) o Topografia errática
o Desaparece sem deixar cicatriz
• ECZEMA DE ESTASE Dieta: ricas em calorias e gorduras de origem animal e
o Estase venosa MMII – edema e carboidratos refinados. O consumo aumenta a
dermatite ocre microbiota anaeróbica colônica, que metabolizariam
• ECZEMA DISIDRÓTICO sais biliares do bolo fecal em carcinogênios. Obesidade,
o Lesões vesiculosas em palmas e plantas hiperinsulinemia (aumento de IGF-1, crescimento da
o Fatores: infecções fúngicas, mucosa).
bacterianas, endotantes, atopia,
Tabagismo e etilismo: mecanismos desconhecidos.
emocionais.
DII: lesão precursora é a displasia intestinal resultante
do constante processo de inflamação-regeneração.
Maioria: adenocarcinoma derivado do epitélio glandular DM 2 e Acromegalia: desordens endócrinas que
do cólon (criptas). aumentam a incidência (IGF-1, redução do gene PPAR).
❖ FATORES DE RISCO Ureterossigmoidostomia (TTO CA bexiga),
Colecistectomia e S. bovis (endocardite infecciosa).
História familiar: síndromes de polipose, síndrome de
Lynch (CA Colorretal Hereditário)*, pólipo ❖ FATORES PROTETORES
adenomatoso >1 cm ou adenoma colônico com
histologia Dieta: consumo de frutas e vegetais (acelera o trânsito
intestinal, reduz o contato dos carcinogênios com o
avançada (viloso ou túbulo viloso), etc.
epitélio); peixe e ômega 3, suplementação de Ca+2,
alguns minerais, etc.
❖ PREVENÇÃO E RASTREAMENTO
Se (+) → colonoscopia!
(1) Lesão polipoide – maior em cólon D e ceco Constipação progressiva ou alternada com
(2) Lesões anulares constritivas – maior em cólon hiperdefecação ou diarreia, ocorrendo devido ao fato do
E, sigmoide e reto; sintomas obstrutivos. cólon E ser de menor calibre e conter fezes semissólidas,
em vez de líquidas.
Iniciam-se como lesões epiteliais intramucosas,
geralmente surgindo a partir de pólipos adenomatosos. CA CÓLON D (Ascendente, Ceco)
Enquanto crescem, penetram na
Predomina sangue oculto nas fezes e a anemia
submucosa, invadem os linfáticos e ganham
ferropriva. Muitos apresentam perda ponderal e alguns,
acesso aos linfonodos e tecidos vizinhos, assim como
febre de origem indeterminada. Raramente causam
aos órgãos à distância!
obstrução do fluxo, devido ao maior calibre do cólon e
OBS: a mucosa do cólon não possui vasos linfáticos, por conter fezes líquidas!
então o TU só é invasivo quando alcança a submucosa
CA RETAL
(ultrapassa a muscular da mucosa).
Hematoquezia de pequeno volume, persistente ou
O carcinoma de cólon pode disseminar-se:
intermitente. Constipação, tenesmo, urgência fecal e
• Através da parede do intestino até a gordura eliminação de muco.
pericolônica e mesentério
❖ DIAGNÓSTICO
• Através dos linfáticos para os linfonodos
regionais Deve-se suspeitar de CA colorretal em todo paciente
• Através da veia porta para o fígado (especialmente idoso) que desenvolva sangramento
• Para toda a cavidade peritoneal, para os retal, dor abdominal, modificação
pulmões e ossos dos hábitos intestinais, emagrecimento e
• Podem invadir diretamente anemia ferropriva.
a vagina, a próstata, a bexiga, os ureteres e os TOQUE RETAL – permite diagnóstico ou indício de CA
ossos da pelve retal!
A velocidade de crescimento é muito lenta quando LABORATORIAL – identificação de anemia ou alterações
comparada as outras neoplasias malignas. de enzimas hepáticas (metástase).
o Sequência adenoma-carcinoma – mutação dos
genes reguladores APC e P-53 ou dos genes de
reparação do DNA, que geram instabilidade de Os exames confirmatórios são:
microssatélites no DNA, levando a mutações.
(1) Retossigmoidoscopia flexível
(2) Clister opaco (enema baritado), com duplo
❖ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
contraste – sinal da “maçã mordida”, TU
As principais manifestações do CA de cólon são: avançado
(3) Colonoscopia – o melhor e mais completo,
✓ sangramento (oculto ou exteriorizado) avalia com precisão TU sincrônicos e pólipos
✓ dor abdominal adenomatosos
✓ alteração do hábito intestinal (constipação ou
diarreia) ❖ HISTÓRIA NATURAL E ESTADIAMENTO
✓ presença de massa abdominal palpável
(1) Enterite regional – pode acometer QUALQUER - Dor abdominal às vezes acompanhado de febre.
parte do tubo digestivo, da boca ao ânus.
Início insidioso, com:
(2) NÃO acomete o TGI de forma homogênea –
alterações microscópicas se apresentam longe • Crescente urgência para defecar (diminuição da
das macroscópicas. complacência do reto)
(3) Descontínuo e focal - pode haver • Leves cólicas abdominais baixas
acometimento macroscópico em diferentes • Sangue e muco nas fezes
locais ao mesmo tempo, separados por trechos
de mucosa normal (skip lesions ou “lesões Se no retossigmoide: fezes normais ou endurecidas,
salteadas”) pode haver constipação (alentecimento da peristalse no
(4) Alterações patológicas transmurais – cólon D).
espessamento da parede intestinal com LAB: anemia ferropriva (perda crônica sanguínea);
estreitamento do lúmen (estenose), potencial hipoalbuminemia (colite extensa com exsudatos); às
formação de fístulas para o mesentério e vezes leucocitose com desvio (se sistêmico).
órgãos contíguos.
❖ DC
Inicia com úlceras aftoides – pequenas ulcerações da
mucosa sobre as placas de Peyer, no I.D, ou sobre Características de ileocolite:
aglomerados linfoides no cólon. Podem evoluir para:
• Diarreia crônica invasiva associada à dor
abdominal
• Sintomas gerais como febre, anorexia e
perda de peso
• Massa palpável no quadrante I.D – alça
edemaciada, aumentada, dolorosa a palpação
ou abscesso intra-abdominal.
• Doença perianal
❖ CÂNCER
RCU
❖ RENAIS
❖ ÓSSEAS
MANIFESTAÇÕES EXTRA-INTESTINAIS
Uso de GC prolongado + redução de absorção de vit. D
Causado pela migração de leucócitos autorreativos, e cálcio: osteoporose e osteomalácia.
ativados no intestino inflamado, os quais se tornam
“células residentes” no interstício dos órgãos--alvo ❖ NUTRICIONAIS E METABÓLICOS
acometidos. Perda de peso, retardo do crescimento em crianças,
❖ ARTICULARES enteropatia perdedora de proteínas, desnutrição com
hipoalbuminemia e deficiências vitamínicas.
Varia desde artralgia para artrites agudas. Pode ter
acometimento periférico e/ou axial (espondiloartrite). ❖ TROMBOEMBÓLICAS
NÃO é deformante e é migratória. Estado de hipercoagulabilidade devido redução da
❖ CUTÂNEOMUCOSAS proteína S (vitamina K-dependente, cofatora para
clivagem mediada por proteína C ativada).
Mais comum em pacientes com doença colônica:
DIAGNÓSTICO
➔ Eritema nodoso: paniculite
➔ Pioderma gangrenoso: lesão ulcerativa indolor, ❖ RCU
cura com cicatrização. RCU > DC Retossigmoideoscopia com biópsia! Apresentação de
➔ Lesões labiais e úlceras aftosas: estomatite proctite e/ou proctossigmoidite, padrão uniforme e
contínuo, manifestado por perda do padrão vascular da
❖ OCULARES mucosa, exsudatos, friabilidade, ulcerações,
Uveíte, conjuntivite e episclerite. granulosidade e/ou pseudopólipos.
❖ HEPÁTICAS E BILIARES ❖ DC
D. Agentes biológicos
Anticorpos monoclonais quiméricos ou humanizados
Toxêmico (febre alta, prostração), vômitos,
cujo alvo é a cascata inflamatória.
obstrução, sinais de irritação peritoneal e
franca caquexia. Não responde anti-TNF.
Dispepsia Funcional
Sintomas dispépticos com EDA normal (sem causa orgânica,
DUP ou CA). Pode se associar a DRGE, síndrome do intestino
irritável ou dor torácica não cardíaca. 3 tipos de sintomas:
Não é invasivo, mas estimula a ativação inflamatória tecidual. Causam hemorragias subepiteliais puntiformes, “sangue sob
Na fase aguda, desencadeia uma pangastrite superficial, envoltório plástico”, associado a edema na mucosa. TTO
assintomática ou com dispepsia (NEUTROFÍLICA). Pode gerar empírico com IBP + sucralfato.
3 tipos de evoluções crônicas (LINFOCÍTICA):
❖ GASTROPATIA POR REFLUXO BILIAR (ALCALINA)
(1) Gastrite Crônica Leve
É uma forma de gastropatia química crônica, geralmente em
(2) Gastrite Antral Crônica: Hipercloridria,
pacientes antrectomizados. O esfíncter pilórico serve tanto
hipergastrinemia e DUP duodenal.
como barreira para o esvaziamento rápido gástrico
(3) Pangastrite Crônica Grave: atrofia das glândulas
(dumping), como para impedir o refluxo alcalino duodenal. As
oxínticas, causando hipocloridria. Associa-se com
pregas ficam dilatadas e eritematosas. Ocorre vômitos
DUP, metaplasia intestinal e linfomas de MALT.
biliosos sem relação precisa com alimentação.
Pesquisa da infecção ativa: antígeno fecal e teste respiratório
da ureia. FORMAS RARAS DE GASTRITE
Envolve a mucosa do corpo e fundo gástrico, poupando o Infecção purulenta rara causada por estafilococos e/ou
antro. É geralmente associado com outras doenças estreptococos. Caracterizado por dor aguda abdominal +
autoimunes (tireoidite de Hashimoto, Graves). Presença de febre + sinais de peritonite (líquido ascítico purulento) e
autoanticorpos anti célula parietal e anti fator intrínseco amilase normal. Geralmente ocorre em etilistas desnutridos
(anemia megaloblástica por carência de B12). Maior risco de e/ou infecções graves disseminadas.
adenocarcinoma gástrico! ❖ DOENÇA DE MENÉTRIÉR
Atualmente, gastrite e síndromes dispépticas não são (GASTROPATIA HIPERTRÓFICA GIGANTE)
associadas, visto que a maioria das gastrites são Etiologia desconhecida, associação hereditária. Caracteriza-
assintomáticas. se por um intenso aumento e tortuosidade das pregas da
GASTROPATIAS mucosa, espessamento e proliferação das células produtoras
de muco e perda das céls. parietais e principais.
Lesão da mucosa com injúria e regeneração epitelial, edema
O suco gástrico é rico em muco e pobre em HCl
e vasodilatação, não acompanhado de infiltração leucocitária.
(hipocloridria). NÃO é uma forma de gastrite. As junções
❖ GASTROPATIA POR AINES entre as céls. epiteliais estão comprometidas →
hipoproteinemia.
Pode ser aguda ou crônica e manifestar-se com sintomas
dispépticos ou hemorragia digestiva alta (hematêmese, ❖ GASTRITE GRANULOMATOSA
melena). Aparecimento de petéquias (sangramento focal que ❖ GASTRITE EOSINOFÍLICA
infiltra a mucosa), erosões (superficiais) e úlceras na mucosa
Infiltração eosinofílica. A motilidade antral está prejudicada,
gástrica, sem que haja inflamação típica.
podendo ter retenção gástrica. TTO com corticoterapia e
Pode cursar com sangramento crônico (sangue oculto nas reconstrução pilórica.
fezes), levando ao quadro de anemia ferropriva.
❖ GASTRITE LINFOCÍTICA
TTO → suspensão do AINES ou profilaxia com IBP.
Etiologia desconhecida. Mucosa espessada, com pequenos
❖ LESÃO AGUDA DA MUCOSA GÁSTRICA (LAMG) nódulos com depressão central “gastrite varioliforme”.
Associação com doença celíaca.
Ocorre no decurso de uma doença grave (pacientes em CTI),
ocorrenco isquemia na mucosa. As lesões são do tipo ❖ “ESTÔMAGO EM MELANCIA”
erosiva/hemorrágica e levam ao quadro de H.D.A. Os fatores
Ectasia (dilatação) vascular antral. Presença de dobras
de risco são: coagulopatia (plaquetas < 50mil ou INR > 1.5) e
enantematosas e riscos angiomatosos lineares, que
ventilação mecânica > 48 horas.
convergem para o piloro num padrão similar à melancia!
A nutrição enteral é fator de proteção e os pacientes com
Ocorre em mulheres idosas (>70A) com anemia ferropriva por
fatores de risco devem receber profilaxia com IBP. Se a LAMG
sangramento crônico ou cirróticos.
ocorrer, é feito uma EDA com a intenção de identificar lesões
passíveis de hemostasia local.
células epiteliais, fazendo o pH da mucosa ficar em
torno de 7 (contraste com o lúmen).
Anatomia do Estômago: invaginações do epitélio
Além disso, existe a regeneração celular – o epitélio
(fossetas gástricas), local onde há células
estomacal é renovado em casos de lesões. A
especializadas.
microcirculação ao redor nutre as células de maneira
• Fundo/Corpo adequada.
- Células Parietais:
As Prostaglandinas (PGs) são mediadores que
HCL e Fator Intrínseco (absorção de B12)
estimulam a criação da barreira. São formadas a partir
- Células Principais:
do ácido araquidônico (fosfolipídio de membrana),
Pepsinogênio → Pepsina
mediante a enzima Cicloxigenase (COX). A COX 1 é
- Células Enterocromafim-like
fisiológica, presente no estômago, rins, plaquetas e
Produtoras de Histamina
endotélio vascular. Já a COX 2 é patológica, sendo
• Antro
gerada por leucócitos e mediadora de processos
- Células G:
inflamatórios. O uso crônico de AINEs (inibidor da COX
Produtoras de gastrina (+ HCl).
1 e 2) facilita o contato do H+ e pepsina com o epitélio
Produção é estimulada por: aumento do pH no
→ úlceras.
lúmen, aumento de peptídeos ou
distensão/obstrução gástrica. O Óxido Nítrico é citoprotetor da mucosa gástrica
- Células D: similar às PGs. Ele (+) o aumento do FS mucoso,
Produtora de somatostatina → reguladora da produção de HCO3- e produção de mucina.
secreção ácida (inibe as céls. G e céls. parietais).
O H. Pylori é uma bactéria gram (-) que coloniza
somente a mucosa gástrica, tendo afinidade pelas
células produtoras de muco do ANTRO → gastrite
crônica ativa.
• Sorologia
❖ TRATAMENTO CLÍNICO
FENÔMENOS TROMBOEMBÓLICOS
TVP e TEP. Representam a 2º maior causa de ICTERÍCIA → coloração amarelada da pele e mucosas
morte associada à cirurgia bariátrica. (esclera e frênulo da língua) por aumento de bilirrubina
(>2,5-3 mg/dl).
ATELECTASIA
Uma complicação respiratória comum no pós- METABOLISMO DA BILIRRUBINA
operatório. Pode estar associada a febre e taquicardia
Formada a partir da heme → protoporfirina →
nas primeiras 24 h. O tratamento inclui fisioterapia
biliverdina → bilirrubina → ligação com albumina →
respiratória e pressão ventilatória positiva contínua.
sinusoides → hepatócitos → ligandina (transporte) →
DEISCÊNCIAS microssomo (local de conjugação) → canalículos
As deiscências das anastomoses ou da linha de grampos hepáticos.
(abertura das suturas) são as complicações mais
No fígado passa por 3 processos: captação, conjugação
temidas. Devem ser suspeitadas quando o paciente
e excreção.
apresenta febre, taquicardia, dor abdominal, dor no
ombro esquerdo, soluço e taquipneia. A fisiopatologia da icterícia pode envolver
distintos mecanismos:
FÍSTULAS
As fístulas acontecem na anastomose gastrojejunal ou • Aumento da produção de bilirrubina (hemólise)
na linha de grampeamento. Podem ser internas ou • Deficiência de captação (jejum prolongado,
externas. A fístula gastrocutânea geralmente ocorre no drogas) ou conjugação (Gilbert, Crigler-Najar)
pós-operatório recente. O tratamento é realizado com → deficiência de glicuronil-transferase.
suporte nutricional, utilização de somatostatina ou
derivados para diminuir as secreções gastrintestinais e, A hiperbilirrubinemia INDIRETA (lipossolúvel) ocorre
por último, a correção cirúrgica. quando há aumento na produção de bilirrubina ou
diminuição na sua captação e conjugação, está
ESTENOSES relacionada às anemias hemolíticas, uso de
As estenoses podem ser complicações precoces ou medicamentos,
tardias. Ocorrem nas anastomoses, principalmente na queimaduras, hematomas e reações transfusionais.
gastrojejunal e nos locais de implantação dos anéis. Na
maioria das vezes, são provenientes de processos • Alteração da excreção biliar (Rotor, Dubin-
fibróticos causados por deiscência, ulceração ou Johnson)
hematoma. Os sintomas são de obstrução, com • Obstrução biliar (cálculo, CA, estenose)
dificuldades na ingestão de alimentos, vômitos • Lesão hepatocelular (predomina a deficiência
frequentes e até perda de peso rápida. O tratamento é de excreção)
baseado em sessões de dilatações da anastomose com A hiperbilirrubinemia DIRETA (lipossolúvel) resulta de
balão pneumático através da endoscopia. alterações na excreção de bilirrubina incluindo defeitos
HÉRNIAS INTERNAS E ADERÊNCIAS de excreção e obstrução biliar, está relacionada a
hepatite viral ou alcoólica, cirrose, colestase
As hérnias internas podem ocorrer no pós-operatório medicamentosa.
recente. Aderências e bridas podem acarretar obstrução
intestinal precoce ou tardiamente. Os sintomas mais A obstrução extra-hepática pode resultar de
coledocolitíase, estenoses biliares, câncer e
pancreatitites biliares. A presença de colúria, hipocolia Desequilíbrio entre os gradientes osmóticos que
ou acolia fecal e prurido são características de participam do processo de secreção biliar, levando à
hiperbilirrubinemia DIRETA. alteração na fluidez da MP, redução da atividade da Na+,
K+-ATPase, com consequente aumento de síntese das
*colestase = interrupção do fluxo biliar a partir do
enzimas aí localizadas (FA/GGT).
fígado.
Alteração nos sistemas de transporte e secreção da bile
pelos hepatócitos, ou com um processo obstrutivo das
vias biliares intra-hepáticas. Pensar em hepatites
virais!!! (Fase prodrômica, ictérica e convalescência)
Bilirrubina Total e
Topografia da lesão
Fracionada
GGT e FA alto
Obstrução mecânica de
Enzimas canaliculares da
vias biliares
via biliar
Transaminases alta
AST/TGO COLESTASE EXTRA-HEPÁTICA
Causa
ALT/TGP
intra-hepática Obstrução mecânica ao fluxo normal da bile, em algum
Enzimas hepatocelulares
de LESÃO, não FUNÇÃO! ponto entre a emergência do ducto hepático comum e
a ampola de Vater. Pode originar-se na própria árvore
biliar (primário) ou ser extrínseca a ela, ter caráter
benigno ou maligno, instalação aguda ou crônica ou,
ainda, ser transitória (migração de cálculos).
COLESTASE INTRA-HEPÁTICA
COLELITÍASE
EPIDEMIOLOGIA
4Fs – fatores de risco
• Female
• Fat
• Fertility
INVESTIGAÇÃO • Forty
COLECISTITE AGUDA
❖ HÉRNIAS DE HIATO
EEI passa a não contar mais com ajuda da
Afecção crônica secundária ao refluxo musculatura diafragmática como reforço mecânico, e
patológico de parte do conteúdo gástrico para esôfago sua posição inapropriada facilita refluxo. Hérnias nem
e/ou órgãos adjacentes, acarretando espectro variável sempre acompanham DRGE, logo, seu encontro não
de sinais e sintomas que podem ou não ser deve levar a diagnóstico automático de DRGE, e nem o
acompanhados de lesões teciduais. contrário. Quando um portador de hérnia possui DRGE,
Refluxo gastroesofágico é dito fisiológico esta tende a ser mais grave (esofagite erosiva, esôfago
quando é de curta duração, geralmente durante de Barrett).
refeições, casualmente. Refluxo interprandial
recorrente, de longa duração, que origina pirose e São mecanismos de defesa contra refluxo: (1)
regurgitação, é dito patológico e caracteriza DRGE. bicarbonato salivar e (2) peristalse esofagiana →
contribuem para DRGE: disfunção de glândulas salivares
EPIDEMIOLOGIA (Sjögren), distúrbios motores primários do esôfago.
Sintomas mais frequentes e intensos na
obesidade (IMC relação direta com gravidade), bem MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
como durante gestação (> pressão intra-abdominal + Pirose (queimação retroesternal) é principal
relaxamento EEI). sintoma, geralmente ocorrendo nas primeiras 3 horas
Na criança: imaturidade do EEI + permanência após refeições e ao deitar. Pirose =/ azia (queimação
em posição recumbente; tende a desaparecer até 2 epigástrica). Pirose pode estar ou não acompanhada de
anos e, se não, até 4 anos. regurgitação (percepção de fluido ácido/salgado na
Fator de risco para adenocarcinoma de esôfago boca).
→ metaplasia intestinal (epitélio vira colunar, mais Pacientes podem queixar também de disfagia, o
resistência ao pH ácido). Caso > ⅓ → Esôfago de que sugere ocorrências como estenose péptica ou
Barrett. adenocarcinoma, ou ainda apenas edema de parede.
Pode ainda haver dor precordial, principalmente ➢ ESOFAGOMANOMETRIA
em pacientes com forte componente funcional para Não é método diagnóstico, auxiliando
queixas (distúrbios neuropsiquiátricos). planejamento cirúrgico (p/ seleção de fundoplicatura).
Sintomas extraesofágicos: erosão de esmalte Também pode auxiliar no diagnóstico diferencial,
dentário, irritação da garganta, rouquidão, sinusite identificando distúrbio motor 1º. Consiste na utilização
crônica, otite média, broncoespasmo, pneumonite de cateter que quantifica número e intensidade de
aspirativa. ondas peristálticas, além de medir tônus.
*EES encarregado de proteger trato respiratório
do refluxo → nesses casos, incompetência dele
também.
Anemia ferropriva por perda crônica de sangue
aparece nos pacientes com esofagite erosiva grave, com
formação de úlceras profundas.
DIAGNÓSTICO
Clínico: paciente refere pirose pelo menos uma COMPLICAÇÕES
vez por semana, por um período mínimo de quatro a
oito semanas. ❖ ESTENOSE PÉPTICA DO ESÔFAGO
Resposta: prova terapêutica (redução Cicatrização intensamente fibrótica das lesões
sintomática após 1-2 semanas de uso de IBP). Ou seja: (esofagite erosiva prévia). Padrão ascendente, podendo
não é necessário pedir exames complementares. gerar disfagia por obstrução mecânica, insidiosa,
Realização de exames está indicada em casos precedida em anos por pirose.
específicos. Pirose costuma diminuir ou desaparecer
quando da instalação de estenose, pois esta atua como
➢ ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA “barreira antirrefluxo”.
Finalidade: identificar complicações da DRGE, como Para diferenciar da estenose maligna → pouca
esofagite, estenose péptica, esôfago de Barrett e perda de peso e apetite preservado. Biópsia sempre
adenocarcinoma, ou ainda para diagnóstico diferencial. indicada para diferenciar esses tipos de lesão.
Esofagite de refluxo → alterações inflamatórias na TTO: dilatação endoscópica por balão, sendo nº
mucosa esofagiana visíveis pela endoscopia (sem de sessões variável conforme grau de fibrose.
correspondência direta com manifestações clínicas). Obrigatório manter pacientes com estenose recidivante
com IBP a longo prazo.
TTO cirúrgico é exceção, mas cirurgia
antirrefluxo é considerada desde que obstrução tenha
sido avaliada com dilatação, e presença de câncer
negada → cirurgia de ⅓ distal compromete EEI, gerando
hipotonia (DRGE fica mais grave).
❖ ÚLCERA ESOFÁGICA
Esofagite pode complicar com formação de
úlceras (lesões profundas, atingem submucosa e
muscular).
➢ PHMETRIA DE 24H Manifestação: odinofagia e HDO. Raramente há
Padrão-ouro para confirmação, embora não seja perfuração de esôfago, e com frequência se localizam
realizada como exame de rotina. em áreas de epitélio metaplásico.
Refluxo detectado por queda de pH intraesofágico Diagnósticos diferenciais: Síndrome de
em relação a sensores (5cm/20cm EEI). 6 variáveis são Zollinger-Ellison (gastrinoma) e úlceras induzidas por
aferidas, e através de fórmula chega-se ao índice de fármacos; (1) múltiplas ulcerações em esôfago,
Meester > 14,7. estômago e duodeno, com hipergastrinemia; (2) lesão
na altura da carine, onde lúmen esofágico é estreito.
Pode ser única causa ou exacerbar asma
previamente existente; TTO da asma (beta-
adrenérgicos, relaxam EEI) podem induzir refluxo.
ser prescritos na vigência de esofagite grave ou outras
complicações. Tomados 2x/dia.
TRATAMENTO
Maioria: forma branda e sem complicações da
doença, evoluindo com melhora após início de medidas
gerais antirrefluxo e drogas antissecretoras gástricas.
Cirurgia antirrefluxo reservada para casos
refratários ou com complicações, embora haja
❖ CIRURGIA ANTIRREFLUXO
controvérsias (alguns autores: todo pct. jovem
TTO cirúrgico visa restabelecer competência do
dependente de medicação). Ainda não existe consenso
sobre melhor abordagem. EEI, circundando extremidade inferior do esôfago com
um manguito (ou válvula) formado pelo fundo gástrico
→ fundoplicatura.
❖ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Preferencialmente realizada por meio de
Classes de medicamentos: (1) bloqueador de videolaparoscopia, com baixa incidência de
H2 de histamina; (2) IBP; (3) antiácidos. Procinéticos complicações e rápido retorno a atividades laborais.
não são mais indicados rotineiramente. Na presença de complicações, maioria dos
(1) atuam nas células parietais gástricas, cirurgiões indica cirurgia, embora alguns preconizem
inibindo uma das três vias de estímulo neuroendócrino que, na vigência de controle farmacológico, é aceitável
à secreção ácida. Menos eficazes que IBP, não podendo optar pela não realização da cirurgia.
Pcts. que respondem + a TTO clínico, mas ❖ Helicobacter pylori
dependentes de IBP: cirurgia desde que <49 anos, com Infecção não causa diretamente DRGE, e recomendação
argumentos: (1) se a resposta já é boa, TTO cirúrgico atual é tratar respeitando indicações formais,
será excelente, (2) a longo prazo, melhor cirurgia que independente de DRGE (mesmo pangastrite atrófica
TTO longo e caro (R$). reduzindo secreção ácida).
Pirose:
❖ Teste de Bernstein – era usado para identificar
esofagite. Aplicação de injeção de HCl direto no
esôfago distal = dor.
❖ Incompetência do EEI – derivados da cafeína, Hematêmese = vômito
chocolate, AINEs (relaxa a musculatura). Melena = sangramento digerido
Enterorragia = sangue vivo
Náusea e vômito: Hematoquesia = anorretal, sangue vivo, hemorroidas
❖ Contração espasmódica do antro/piloro o Divertículo de Meckel = revestido por mucosa
❖ Aumento da pressão na musculatura gástrica; íleo terminal.
respiratória e abdominal
❖ Fechamento da glote Constipação intestinal
Mudança súbita do ritmo (colonoscopia)
Causas:
• Perda dos reflexos
• Estenoses
• Diminuição da peristalse
• Diminuição da quantidade de fibras
Medicamentos:
o Al, IMAO tricíclico, antiácidos (constipantes) x
Mg (diarreico)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL RUPTURAS DO ESÔFAGO ❖ Síndrome de Zollinger-Ellison
❖ Doença de Whipple
Dor epigástrica: ❖ Doença celíaca – scalloping, cobblestones,
Visceral – plexo solar (tronco celíaco) pregas serrilhadas da mucosa, atrogia.
• Dor parietal: ponto de McBurney, p. ex.
(apêndice)
INDICAÇÕES DE EDA
• Dor referida: angina mesentérica (na digestão);
esôfago (apêndice xifoide); estômago e ➢ Dispepsia
duodeno (epigástrio e rebordo costal E); vias ➢ Disfagia/Odinofagia
biliares (R.C.D).
➢ DRGE
➢ Sinais de alerta (sangramento,emagrecimento)
OBS: IAM esquerdo de parede inferior e dissecção ➢ Doença celíaca (2º porção duodeno)
aórtica também podem gerar dor epigástrica. ➢ Sangramento de origem obscura
OBS 2: Sombra acústica no USG → cálculo biliar! ➢ Vômito persistente de origem desconhecida
OBS 3: Erosão (não passa da muscular da mucosa) x
➢ Síndrome de má absorção intestinal
Úlcera (atravessa os planos). ➢ Confirmação de lesões diagnósticas (CA)
➢ Sintomas respiratórios por DRGE (tosse
ÚLCERA → ativa, healing, score (classificação de sakita). crônica, dispneia, pneumonia de repetição)
• Ritmos de Moynihan ➢ Hemorragia digestiva
o 3T (úlcera gástrica): dói → come → ➢ Lesões pré-malignas (Barret, polipose)
passa! ➢ Pós gastrectomia por CA
o 4T (úlcera duodenal): não dói →
come → dói → passa! Relativo: Histórico familiar de CA, H. pylori (diagnóstico
e controle), retirada de corpo estranho, etc.
Dor pancreática:
• Dor epigástrica, alta intensidade, em faixa, Procedimentos Terapêuticos:
irradia pro dorso (órgão retroperitoneal). ➢ Esclerose de varizes esofágicas
• Torna-se uma doença sistêmica! (P. Crônica). ➢ Ligadura “ “
Exame: Colangiografia. ➢ Clipagem de cotos vasculares ou riscos de
perfuração
Dor anorretal: ➢ Muconectomia de CA precoce
• Linha pectínea = criptas e papilas anais ➢ Dilatações de lesões benignas/malignas
• Proctalgia fugax = dor disfuncional ➢ Locação de songas (ex: naso-jejunal)
• Fístulas anorretais = pesquisa de DC ➢ Gastrostomia
➢ Balão intragástrico
➢ Diverticulite de Zenker