Você está na página 1de 24

Introdução

A produção de um texto baseada na selecção do conteúdo informativo mais relevante de


outro texto é uma tarefa comunicativa levada a cabo em contextos comunicativos
diversos (profissional, escolar, académico, familiar) e concretizada por meio de géneros
de textos diversos. De entre eles, encontram-se o resumo, a síntese, o sumário, entre
outros. Todos têm em comum o facto de serem formatos de texto que se baseiam em
operações cognitivas-linguísticas complexas, que resultam da articulação de duas
capacidades/tarefas distintas: por um lado, a leitura/ compreensão do texto a sintetizar e,
por outro, a produção do novo texto, com base na informação seleccionada. De entre os
vários géneros que se baseiam na selecção do conteúdo mais relevante de outros textos
(designados como textos-fonte ou textos-origem), aqueles que têm sido objecto de
análise/reflexão (com vista à didactização) de forma mais consistente são o resumo e a
síntese.
Delimitação do tema

O trabalho assenta no tema: resumo e síntese de textos longos e complexos: caso dos
alunos da 8ª Classe da Escola Secundária de Mariri, 2018-2020. A pesquisa centra-se
no ensino da escrita.

Problematização

No processo de ensino-aprendizagem, as dificuldades da produção de textos constitui


tema de grandes debates nos anos que correm. Dentre os vários géneros de textos que os
alunos devem produzir destacam-se o resumo e/ou síntese. Estes dois textos são
produzidos apresentando informação essencial de outros textos, expondo a informação
de maneira clara e concisa. Entretanto, no período compreendido entre 2018-2020, os
alunos da 8ª classe da Escola Secundária de Mariri apresentaram inúmeras dificuldades
aquando da produção destes géneros textuais.

Este facto é preocupante, pois os alunos terminam o ensino secundário, estando


provavelmente disponível para a entrada na universidade, porém, continuam com o
fraco domínio da produção textual, caso concreto verifica-se quando os alunos são
orientados a produção um resumo ou síntese de textos narrativos, seja por via através de
reconto de histórias ou por via escrita.

A produção de resumo ou síntese com base nos textos-fonte, tem sido autênticas cópias
dos textos originais, não se verifica a condensação da informação como regem as regras
da produção destes textos. Os alunos mantem as informação acessórias, desnecessárias
para o resumo ou síntese. Para reduzir a extensão do texto, optam por retirar algumas
partes do texto, podendo ser essenciais ou não. Perante esta situação, coloca-se a
seguinte questão:

Por que motivos os alunos da 8ª classe desta escola apresentam dificuldades da


produção de resumo e síntese de textos longos e complexos?

Relevância do estudo

A escolha deste tema deve-se essencialmente as preocupações que este problema suscita
no ambiente escolar e na sociedade. Na época em referência, tomou-se consciência de
que existe uma necessidade de estudos desta temática.
Como profissional da educação, o aprofundamento deste tema, deve-se ao facto de
constituir um dos problemas que mais afligem o sector da educação e que leva a outros
problemas extremos da integração social.

Do ponto de vista social, é comum em discussões atinentes a esta matéria. Portanto, a


educação não cabe somente a escola, visto que o processo de ensino-aprendizagem
compreende vários intervenientes que muito dão o seu contributo e influenciam o
processo de ensino-aprendizagem. Com este trabalho pretende-se elucidar a sociedade
sobre as motivações que levam o aluno a ter dificuldades síntese e resumo. Visto que o
estes dois textos têm o poder de análise e reflexão do pensamento.

No âmbito académico, acredita-se que, por um lado, o estudo desenvolvido sobre


resumo e síntese de textos longos e complexos vai catapultar as capacidades de resumo
e síntese dos alunos, do mesmo modo que vai incrementar as habilidades de produção
de textos, tanto destes géneros como os outros através das abordagens feitas ao longo
deste trabalho, por outro, este estudo ajudará os intervenientes da educação a pensar nas
formas de integrar este conteúdos nas classes iniciais do ensino secundário, ao invés de
programar apenas para o segundo ciclo do ensino secundário, pois estes dois géneros
textuais são de extrema importância para a vida estudantil, visto que o saber resumir ou
sintetizar alguma informação requer a capacidade de compreensão da informação a
resumir ou a sintetizar. Assim sendo, fica facilitado o processo de ensino-aprendizagem,
de forma geral.

5. Objectivos da pesquisa

Objectivo geral

Com esta pesquisa pretende-se:

 Analisar as dificuldades dos alunos da 8ª classe na produção de resumo e síntese


de textos longos e complexos.

Específicos

 Identificar os motivos que fazem com que haja dificuldades de produzir resumo
e síntese;
 Explicar o processo de produção de resumo e síntese com base em textos-base;
 Propor estratégias para a produção de resumo e síntese em textos longos e
complexos.
Conceito de resumo

A Norma Brasileira (NBR) 6028/20032, da Associação Brasileira de Normas Técnicas


(ABNT), cuja função é “orientar a produção e a apresentação de resumo”, define esse
gênero como uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. Dessa
maneira, a partir do que é estabelecido por essa Norma, o resumo é entendido como
uma produção textual que se caracteriza pela precisão das informações principais
presentes em um dado conteúdo, podendo representar, na Academia, por textos mais
extensos, como artigos científicos, capítulos de livros ou livros na íntegra, monografias,
dissertações e teses.

Para Lakatos e Marconi (1992), o resumo é entendido como “a apresentação concisa e


frequentemente selectiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e
importância, isto é, as principais ideias do autor da obra.” Dessa forma, o resumo é visto
como um texto síntese de outro texto, no qual apresenta em sua estrutura os elementos
centrais e, por esse motivo, selectivos das ideias essenciais do autor de um documento
(p.72).

Classificação de resumo

Além dessa definição, a presente Norma classifica o resumo em três tipos, a saber:
crítico (também chamado de resenha por ela), indicativo e informativo.

O resumo crítico

O resumo crítico é aquele elaborado por um escritor especialista que apresenta


conhecimento significativo de um documento a fim de que possa realizar uma análise
crítica. De acordo com a NBR 6028/2003, esse tipo de resumo também pode ser
chamado de resenha3; ou ainda, de recensão, quando é elaborado com o propósito de
analisar apenas uma determinada edição dentre várias.

O resumo indicativo

O resumo indicativo é aquele texto que apresenta a descrição das partes mais relevantes
encontradas em um dado documento e, por esse motivo, não dispensa, de modo geral, a
consulta ao texto original. Além disso, neste tipo de resumo não há presente
julgamentos avaliativos (existentes na redacção de um resumo crítico), bem como dados
que expressem aspectos quantitativos, tais como exemplos, ilustrações dentre outros.
Nesse sentido, o resumo indicativo é visto como o tipo de texto para fins de instrumento
de avaliação e/ou ensino por parte do professor de determinada disciplina, ou de leitura
e de estratégia de estudo, por parte de ambos, professor e aluno. Em outras palavras,
esse resumo opera como uma actividade de avaliação de leitura através da qual, o aluno
se comprometerá a apresentar as ideias mais relevantes de um texto original, ajustados
aos objectivos de leitura traçados pelo professor (Silva, 2012).

Ainda sobre o resumo indicativo, a NBR 6028/2003 estabelece que para a sua redacção
não se devem apresentar dados qualitativos e quantitativos, o que, a nosso ver, está em
consonância com o que Machado (2010) esclarece a respeito do discurso teórico
empregado em um resumo, isto é, relacionado ao distanciamento do objecto, a não
implicação do produtor ao que é apresentando, a impessoalização do texto; uma vez
que, ainda segundo a pesquisadora (2010), ao texto resumido, não se permite
acrescentar nenhuma informação, além daquela do texto original, bem como nenhuma
avaliação explícita.

O resumo informativo

O resumo informativo apresenta os elementos mais relevantes de um documento, como


os objectivos, os aspectos metodológicos, os resultados e as conclusões. Por apresentar
as informações centrais contidas em um documento, permite dispensar a leitura do texto
original (o que não acontece com o resumo indicativo). Logo, a partir desta indicação,
podemos afirmar que este tipo de resumo é mais preciso e completo em relação à
condensação das informações quando se comparado ao resumo indicativo.

Julgamos que a classificação de resumo apresentada por Motta-Roth; Hendges (2010)


comunga com a posta na NBR 6028/2003, acerca do resumo informativo, o qual,
segundo a Norma, tem a finalidade de informar ao leitor o objectivo, a metodologia, os
resultados e as conclusões de um dado documento, o que permite dispensar a leitura do
texto original. Desse modo, entendemos que as definições postas apresentam as mesmas
características a um mesmo tipo de resumo.

Ensino-aprendizagem de resumo no ensino secundário

Analisa-se, neste ponto, a forma como a resumo é actualmente usado e ensinado no


contexto do ensino secundário, disciplina de Português. Opta-se por este nível de ensino
(em detrimento do ensino básico) porque, embora o contacto com a resumo se faça ao
longo de todo o percurso escolar, é a partir do 11ª classe que esta passa a ser encarado
como competência a desenvolver e como género de texto a dominar, de forma
intencional e sistemática. Para além disso, é no ensino secundário, no âmbito da
disciplina de Português, que a aprendizagem explícita deste e de outros géneros textuais
passa a ser assumida como objecto de estudo, “no quadro de uma pedagogia global da
língua que pressupõe o diálogo entre domínios” (Buescu, Maia, Silva, & Rocha, 2014,
p. 5).

Ainda assim, refira-se que é possível encontrar, nos manuais de 12ª classe, informação
relativa à síntese e ao resumo, numa perspectiva de revisão de conteúdos; nos casos em
que isso acontece, tende-se a repetir ou a parafrasear a informação apresentada nos
manuais de 11ª classe.

Com efeito, as características enunciadas para a síntese correspondem às desse outro


género textual, como descrito por Coutinho (2019):

Estratégias de produção do resumo

Inicialmente, antes de partimos para a apresentação das estratégias de produção de


resumo, é imprescindível atentar para o conceito de estratégia na Psicologia da
Aprendizagem, cujo tratamento do termo tem sido dado de forma ampla. Desse modo,
para essa área, as estratégias são vistas como procedimentos, acções e/ou operações
conscientes utilizadas pelo sujeito a fim de executar um objectivo (Figueira, 2006). São
técnicas ou métodos que os alunos se utilizam para adquirir determinada informação,
ou, em nível mais específico, as estratégias de aprendizagem são consideradas como
qualquer procedimento adoptado para a realização de uma determinada tarefa
(Boruchovitch, 1999).

Esse conceito é bastante recorrente no ensino da escrita, embora seja tratado de forma
ampla na Psicologia da Aprendizagem, tendo em vista que na Linguística Aplicada as
estratégias de aprendizagem podem ser adaptadas às condições de ensino e de
aprendizagem da língua materna e de sua modalidade escrita, o que compreendem as
acções e o modo como os alunos seleccionam e activam essas estratégias (Rodrigues,
2012).

Nesse sentido, quando se discute a ensinar a produzir textos escritos encontramos na


Linguística Aplicada o emprego do termo estratégias para se referir ao processamento
textual (KOCH, 2003; KOCH; ELIAS, 2010); aos procedimentos de textualização
(MARCUSCHI, 2008); a retextualização de textos académicos a resumos
(MATÊNCIO, 2002; DELL’ISOLA, 2007); aos processos de produção e organização
da arquitectura textual (BRONCKART, 2012). Contudo, encontramos também nesta
área o emprego do termo estratégias para se referir à compreensão e interpretação de
textos a partir da leitura, como, por exemplo, as autoras Isabel Solé (1998) e Kleiman
(2012) que têm utilizado o termo estratégias para se referir a mecanismos/operações
realizadas por um sujeito, a fim de se executar um objectivo.

Machado (2010) recomenda como procedimentos de produção as seguintes: necessidade


de compreensão global do texto que será resumido, identificação das ideias mais
relevantes; necessidade de evitar apropriar-se das ideias do autor do texto original; e uso
do processo de sumarização (apagamento e substituição).

Compreensão global do texto que será resumido

Para a autora, uma maneira de auxiliar na compreensão global é por ter conhecimento
sobre o autor do documento, sobre a sua posição ideológica, sobre o seu posicionamento
teórico etc, (Machado, 2010).

Identificação das ideias mais relevantes

Para identificar as ideias mais relevantes, ainda de acordo com esta autora, deve-se
verificar a questão discutida, a tese presente no texto, os argumentos, bem como a
conclusão, a fim de evitar apropriar-se das ideias do autor do texto original. Em outra
obra, Machado, Lousada e Abreu-Tardelli (2004) lançam mão, como estratégia, do uso
de referências ao autor de maneiras diferentes, isto é, através do nome completo, do
sobrenome, da profissão ou ainda, pela expressão o autor; porém, consoante às autoras,
assegurando a coesão entre os parágrafos.

Uso do processo de sumarização

Machado (2010) recomenda a utilização da estratégia de sumarização como essencial


para a produção de resumo sob dois conjuntos de carácter recursivo: apagamento e
substituição (para esta última podendo ser dividida em dois tipos: de generalização e de
construção). Segundo a autora, a estratégia de apagamento poderia ser selectiva, e a
estratégia de substituição, construtiva.
A estratégia de apagamento refere-se à eliminação das informações presentes no texto
original que não são relevantes ou que são redundantes à compreensão do texto. A
estratégia de substituição refere-se à mudança de um conjunto de nomes por um novo
que abarque aqueles todos. Essa estratégia, como informada, ainda pode ser dividida em
dois tipos, quais sejam: as de generalização e as de construção.

 As de generalização permitem ao produtor substituir uma série de objectos e/ou


propriedades de uma mesma classe por um nome de objectos e/ou propriedades
mais geral;
 As de construção permitem substituir uma sequência de proposições, expressas
ou pressupostas, por uma proposição normalmente inferida delas, através da
associação de seus significados (Machado, 2010).

Desse modo, é notório que as estratégias aqui apresentadas oferecem ao produtor um


conjunto de opções necessário para a produção de um género textual, em especial, o
resumo. Além disso, mesmo vistas separadamente, é válido destacar que as estratégias
são procedimentos complexos, motivo pelo qual estão sempre em interdependência, e
assim são agrupadas em um termo mais abrangente, como estratégias de aprendizagem
(Rodrigues, 2012). A sua mobilização é definida pelo produtor em função dos
objectivos estipulados para a actividade linguística de seus interlocutores (Bronckart,
2012), isto é, as estratégias também são motivadas em função da finalidade de escrita
activada em parceria com aquele que submete a escrita com aquele que escreve.

Conceito de Síntese

Brassart (1993) define síntese como um exercício complexo que visa o desenvolvimento
e a avaliação de competências de leitura e escrita e de capacidades de análise e de
síntese, associando-a ao contexto comunicativo particular da candidatura a um emprego:
durante um tempo limitado o estudante-candidato tem de ler um corpus de documentos,
apropriando-se da informação mais relevante de cada documento (em função de uma
problemática ou de um tema a identificar pelo próprio, isto é, não dado de antemão), e
de reorganizar essa informação num novo texto, simultaneamente “fiel” e “original”. É,
portanto, um género de texto associado à construção de conhecimento disciplinar.
Para caracterizar a síntese, Brassart (1993) confronta os traços específicos deste género
com os traços específicos de um outro género recorrente no ensino do francês – o
resumo.

Este ponto de vista encontra paralelo com as perspectivas assumidas por autores como
Segev-Miller (2004) e Mateos e Solé (2009), ao considerarem que a produção de uma
síntese (a partir de vários textos) é um processo mais complexo do que a produção de
um resumo: se, no resumo, é possível manter a estrutura do texto original, na síntese (a
partir de vários textos) torna-se necessário conceber uma nova estrutura, o que obriga a
uma transformação mais profunda e ampla da informação de partida. Um
posicionamento teórico-metodológico semelhante é assumido por Leila Rodrigues
(2018):

Normalmente, o que designamos por “resumo” e “síntese a partir de várias


fontes” em contexto académico são actividades de “leitura-para a escrita”;
contudo, diferem na medida em que, no resumo, a tarefa é mais simples, visto
que basta recorrer à ordem sequencial das ideias de um único texto-fonte para
eliminação da informação redundante e supérflua para assim construir um texto
com o essencial da informação. Já na síntese a partir de várias fontes, (…) é
necessário construir uma sequência lógica a partir de vários textos, criando, por
assim dizer, uma “macroproposição” das várias proposições existentes em cada
texto-fonte, que resultará numa sequência inédita, a qual poderá obedecer ou
não à estrutura organizacional dos textos-fonte, (pp. 5-6).

Estratégias de ensino-aprendizagem da síntese

Face ao exposto, impõem-se duas questões que aspectos devem ser tidos em conta para
fazer uma transposição didáctica eficaz da síntese, na disciplina de Português? Que
acções estratégicas podem ser activadas no ensino secundário para que,
simultaneamente, os alunos se apropriem do género síntese, encarando-o não apenas
como um conteúdo declarativo da disciplina de Português, mas também como uma
forma de comunicação e uma competência a dominar no âmbito de outras disciplinas?

Na sequência de posicionamento já defendido em outros trabalhos, sustenta-se que a


resposta a estas questões poderá passar, em termos epistemológicos, pela valorização da
noção de género enquanto ferramenta comunicativa e, em termos didácticos, pela
articulação entre três tipos de actividades processuais:

 A observação do funcionamento do género no âmbito escolar (das diversas


disciplinas) e extra-escolar (práticas sociais de referência);
 A produção do género de acordo com diferentes contextos, objectivos e
modalidades;
 A reflexão metalinguística (decorrente da observação e manipulação da língua
em funcionamento, que materializa os textos).

O processo de apropriação de um género textual passa, necessariamente, pela tomada de


consciência do seu funcionamento social (quem o produz? para quem? com que
finalidade?). Esta tomada de consciência faz-se pelo contacto directo com textos
pertencentes ao género em causa e com o apoio da reflexão sobre as características
contextuais e textuais (estruturais e linguísticas) que permitem classificá-los como
exemplares do género que adoptam (e adaptam). Por outro lado, a análise de textos
autênticos é indissociável da reflexão metalinguística, pois esta implica a identificação
das estruturas linguísticas que concretizam a condensação textual e que assumem o
estatuto de parâmetros de género.

Depois de identificarem e sistematizarem as regularidades e as especificidades das


sínteses produzidas no seio das várias disciplinas, os alunos estarão aptos a produzir
sínteses adequadas aos objectivos e conteúdos das disciplinas em que as mesmas lhes
sejam solicitadas. A reflexão metalinguística volta a ser nuclear nesta etapa, estando
agora ao serviço das produções textuais dos alunos e do manuseamento das estruturas
linguísticas. Tal como defende Coutinho (s/d), “o trabalho com géneros de texto […]
não poderá dispensar o recurso consciente a questões de gramática (ou de conhecimento
explícito da língua)”.

Coutinho (s/d), destaca que em contexto escolar, o resumo tende a ser apresentado de
forma rígida: resumir corresponde a manter a fidelidade do conteúdo, condensando-o; a
condensação pressupõe a distinção entre informação essencial e informação acessória e
contém-se, em princípio, numa proporção recomendada (geralmente, entende-se que o
resumo deve corresponder a um terço do texto-origem); assume-se que não deve haver
marcação da instância enunciativa (que se demarque ou distancie da do texto-origem).
(p. 100).
CAPÍTULO II: ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para Gil (2002), “os procedimentos Metodológicos da pesquisa devem ser entendidos
como conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas científicas a serem
executados ao longo da pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos
inicialmente propostos” (p. 26).

Quanto à abordagem tem-se pesquisa qualitativa

Neste trabalho, usou-se Pesquisa Qualitativa, que é a relação dinâmica entre o mundo
real e o sujeito isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a
subjectividade do sujeito que não pode ser traduzida em números.

A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte directa de dados e o
pesquisador como seu principal instrumento [...]. A pesquisa qualitativa supõe o
contacto do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada, via de
regra através do trabalho intensivo de campo, (Ludke & André, 1986, p. 11).

Portanto, através da interacção com os actores intervenientes do processo de ensino e


aprendizagem, o proponente/pesquisador foi compreender a realidade dos alunos que
tem a ver com as dificuldades de produzir textos resumo e síntese desta, baseando-se
nos dados qualificáveis.

Quanto aos objectivos: Pesquisa Explicativa

Tem por natureza o objectivo de determinar, por meio do confronto de variáveis, os


factores ou causas que determinam ou influenciam a manifestação de determinados
fenómenos. Visa explicar por que o fenómeno ocorre, quais os factores que o causam ou
contribuem para sua ocorrência, ou qual é a explicação para a relação existente entre
dois ou mais fenómenos (Gil, 1999).

Neste caso em estudo, a escolha deste tipo de pesquisa deve-se ao facto de querer
explicar os motivos que contribuem para a ocorrência do fenómeno produção de resumo
e síntese de textos longos e complexos.
Quanto aos procedimentos a Pesquisa é estudo de caso

Os procedimentos que foram desencadeados neste estudo carecem de um estudo de


caso, por isso, quanto aos procedimentos, a pesquisa foi um estudo de caso dos alunos
da 8ª classe da Escola secundária de Mariri.

Prodanov & Freitas (2013) referem que:

O estudo de caso consiste em colectar e analisar informações sobre determinado


indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar
aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa. É um tipo
de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma categoria de
investigação que tem como objecto o estudo de uma unidade de forma
aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas, de uma
comunidade etc. São necessários alguns requisitos básicos para sua realização,
entre os quais, severidade, objectivação, originalidade e coerência (p. 60).

Técnica e instrumento de colecta de dados

As técnicas aplicadas na realização deste estudo foram:

 Entrevista Semi-Estruturada – com esta técnica, foi produzido um leque de


questões abertas e fechadas onde o entrevistado teve a oportunidade de
responder de acordo com o seu nível de percepção do tema. As entrevistas
tiveram uma duração mínima de 20 minutos.

As entrevistas efeituadas permitiram que os entrevistados falassem abertamente, em


jeito de desabafo ao entrevistador, porém respondendo as questões que lhe são
colocadas como se de mais esclarecimentos se precisasse. Esta técnica foi aplicada aos
dois professores que leccionam a disciplina da Língua Portuguesa na Escola Secundária
de Mariri.

 Questionário – este instrumento de recolha de dados foi submetido a 12 alunos


da 8ª classe da escola em estudo. Neste caso, optou-se pelas questões fechadas.
Com o questionário recolheram-se dados necessários para o estudo.

Participantes do estudo

Universo
Neste estudo realizado na Escola Secundária de Mariri, constitui o universo 106 (cento e
seis) participantes dentre professores que leccionam a Língua Portuguesa e alunos da 8ª
classe de quatro turmas, 8ª 1, 8ª 2, 8ª 3 e a 8ª 4.

Amostra

Constituiu a amostra deste estudo, um total de 4 professores que leccionam a Língua


Portuguesa, destes escolheram-se 2 (dois) pares, isto é, trabalhou-se com 2 (dois)
professores e 2 (duas) professoras.

Relativamente aos alunos trabalhou-se com 60 (sessenta) alunos, distribuídos em quatro


turmas, cuja escolha foi alheatória em cada turma que se trabalhou.

Dos 106 elementos, o estudo escolheu trabalhar com 12 alunos da 8ª classe, de forma
aleatória, em 4 turmas, sendo que cada turma, foram escolhidos 3 alunos posteriormente
entregue um questionário (vide apêndice 2) para resolver o problema proposto no
questionário.

A amostra do universo dos 425 (quatrocentos e vinte e cinco) alunos da 8ª classe


corresponde a um total de 14,1%, e relativamente aos professores a amostra do universo
de 12 (doze) professores corresponde a um total de 33,3%. Assim sendo, com esta
população-alvo desta pesquisa considera-se representativa para explicar
minuciosamente o fenómeno do uso da preposição com nas construções passivas,
constituindo como introdutor do agente da passiva.
Apresentação e análise de dados

Neste capítulo faz-se a apresentação e análise dos dados recolhidos através da entrevista
dirigida aos professores que leccionam a disciplina de Língua Portuguesa no sentido
aferir a percepção dos professores relativamente ao problema que pauta neste presente
estudo.

Igualmente, este capítulo centra-se a apresentação e análise dos dados colhidos dos
questionários dirigidos aos alunos da 8ª classe com vista a apurar a veracidade ou
falsidade do problema ora levantado pelo proponente e conhecer as razões que levam a
que o problema apresentado ocorra.

Assim, são, primeiramente, apresentados e analisados os dados da entrevista ao


professores referidos anteriormente.

Apresentação e análise dos dados da entrevista aos professores

1. Há quanto tempo lecciona a 8ª classe nesta escola?

Esta questão tem objectivo de saber a experiencia do professor na leccionação da 8ª


classe na Escola Secundária de Mariri. Pois a partir dessa experiência será possível
conhecer os motivos que levam os alunos a enfrentar dificuldades na produção de
resumos e sínteses.

Quando questionados sobre o tempo de leccionação da 8ª classe, os entrevistados


responderam o seguinte:

P1: “Estou a leccionar esta classe nesta escola há mais de 6 anos.”

P2: “Tenho pouco tempo leccionando esta classe, porque sou novo na área da
educação.”

2. Tem orientado aos seus alunos a resumir ou sintetizar um texto longo e


complexo?

Com esta questão, pretendeu-se saber se os professores têm o hábito de orientar os


alunos a resumir ou sintetizar textos longos e complexos. Porém, os entrevistados foram
divergentes nas respostas tendo dado os seguintes comentários:
P1: “Sim, eu costumo orientar os meus alunos fazer resumos ou sínteses de alguns
textos para facilitar a compreensão dos mesmos, não obstante os trabalhos de género
não têm sido com frequência”.

P2: “Não, eu prefiro não orientar a fazerem resumos ou sínteses. Estes alunos são
preguiçosos”.

3. Se, sim, qual tem sido a qualidade desses textos produzidos (resumo e síntese)
por esses alunos?

Na sequência das questões, apresenta-se a terceira, cujo objectivo é de saber se os textos


de resumo e síntese feitos pelos alunos apresentam qualidades, isto é, se obedecem as
regras de produção de resumos ou sínteses.

A resposta da questão 2, de um dos entrevistados (P2) foi negativa, o outro respondeu


positivamente, portanto, temos seguintes dados:

P1: “Quando os alunos fazem os resumos e sínteses, a qualidade destes textos não tem
sido das melhores. Eles não sabem fazer resumos nem sínteses, eles quase copiam toda
a informação do texto-fonte”.

P2: Em relação a esta questão, o entrevistador não lhe colocou visto que na questão 2 a
resposta foi negativa, de tal maneira que, não houve a necessidade de o fazer a ele.

4. Gostaria que estudo de resumo e síntese fosse tratado na 8ª classe? Se sim, por
que?

Dado que o conteúdo de resumo e síntese não consta dos conteúdos programáticos desta
classe, colocou-se esta questão aos entrevistados com objectivo aferir opiniões dos
entrevistados, se este conteúdo pode ser abordado nesta classe ou não. Contudo, os
entrevistados foram unânimes em afirmar que gostariam este conteúdo fosse abordado
na 8ª classe, conforme pode-se ler os depoimentos abaixo:

P1: “Sim, gostaria que este conteúdo fosse tratado nesta classe, por que a partir da 8ª
classe os alunos são dotados de competência de leitura e escrita, obviamente são
capazes de produzir estes textos”.
P2: “Exactamente, seria boa ideia as autoridades competentes pensassem em integrar
este conteúdo na disciplina de português, 8ª classe, porque fazer uma síntese dum texto
seja ele longo ou curto ajuda o aluno a ter hábito de leitura”.

5. Na sua opinião, quais são os motivos das dificuldades de produção de resumos


e sínteses de textos longos e complexos?

Por último tem-se a questão 5. Com esta pergunta pretende-se tirar ilações a respeito da
percepção dos professores em relação aos motivos que estão por detrás das dificuldades
que os alunos apresentam aquando da produção de resumos ou sínteses de textos longos
ou complexos.

Contudo, os entrevistados teceram seus comentários a respeitos dos motivos das


dificuldades da produção destes textos, tendo opinado o seguinte:

P1: “Eu acho que, por um lado, é falta de domínio da leitura, por outro, estas
dificuldades podem ter como origem a preguiça da redacção dos textos, mas também
esses alunos não sabem como se produz um resumo e síntese, porque nunca
estudaram”.

P2: “Na minha opinião, os motivos de dificuldades de produção de resumos e síntese de


textos longos e complexos são: não conhecimento das regras básicas da produção de
resumo e síntese, não sabem ler textos, mesmos os curtos e a falta de domínio da
escrita”.

Estes são dados recolhidos dos professores através da entrevista semi-estruturada. De


seguida apresentam-se os dados do questionário dirigido aos alunos da 8ª classe.

Apresentação e análise dos dados do questionário aos alunos

Após a realização do estudo na Escola Secundaria de Mariri com os alunos da 8ª classe,


são apresentados resultados do mesmo, extraídos dos questionários dirigidos aos alunos
com intuito de produzir resumos ou sínteses do texto constante da do manual da 8ª
classe, com o título “ O homem e o crocodilo” página 52. O proponente escolheu este
texto por achar que é longo e complexo, olhando pelo nível de conhecimento dos alunos
da 8ª classe.
Nesta técnica de recolha de dados, foram submetidos ao questionário 10 alunos da 8ª
classe.

O objectivo deste questionário é orientar aos alunos a produzir resumos e sínteses (vide
anexos 1 e 2). Contudo, o estudo vai apresentar e analisar os resultados tendo como
foco, a qualidade dos mesmos. A qualidade dos textos tem a ver com as regras da
redacção de síntese e resumo.

Quadro dos dados do resumo1

Código Cópia de palavras Extensão superior a Inclusão das palavras


do aluno do texto-fonte 1/3 do texto-fonte secundárias no resumo
AL1 X X X
AL2 X X
AL3 X X X
AL4 X X X
AL5 X X X
Fonte: autor do tralho, 2022

Dados aqui apresentados demonstram as dificuldades que os alunos têm em relação a


produção de resumo. Os alunos todos os 5 alunos orientados para redigir um resumo
copiaram integralmente o texto-fonte, a extensão do texto ultrapassou um terço do texto
resumido e estes igualmente incluíram as palavras desnecessárias na produção do
resumo, que são as palavras secundárias ou acessórias.

Em relação a cópia de palavras do texto-fonte, todos os alunos copiaram, um a número


correspondente a 100% dos submetidos ao resumo. Quanto a extensão do texto, 4
alunos excederam o limite recomendado, estes correspondem a 80%, e 20% não
excedeu o limite recomendado a redacção do resumo.

O outro item que mereceu análise foi a inclusão das palavras secundárias no resumo. No
que toca a este aspecto, todos os alunos correspondente a 100%, incluíram no resumo as
palavras secundárias.

Quadro dos dados da síntese feitos pelos alunos

Código do Uso da 1ª Inclusão de palavras Cópia de todo o texto


aluno pessoa secundárias na síntese

1
Resumo encontra-se nas páginas de anexos.
SAL1 X X X
SAL2 X X X
SAL3 X X
SAL4 X X
SAL5 X X X
Fonte: autor do trabalho, 2022

O quadro acima apresenta os dados das sínteses produzidas pelos alunos, porém estes
dados demonstram algumas dificuldades que os alunos apresentam na elaboração de
sínteses. As dificuldades prendem-se com o uso da 1ª pessoa, constante do texto-fonte,
inclusão de palavras secundárias, cópia integral do texto-fonte, ou seja, não há
condensação da informação contida no texto-original.

Em relação ao uso da 1ª pessoa na síntese, os dados indicam que todos os alunos,


correspondente a 100% o fizeram.

No concernente a inclusão de palavras secundarias na síntese, os dados correspondente


a 100% dos alunos, ilustram que os alunos não sabem seleccionar as ideias principais,
não obstante, produzem sínteses não respeitando o princípio de condensação da
informação do texto-fonte.

O estudo abordou também um aspecto que tem a ver com a cópia integral do texto-
fonte, neste aspecto, os dados que correspondem a 60% indicam que a maioria dos
alunos fez a cópia total da informação constante do texto-fonte. Os 40% omitiram, mas
não se fez a selecção das ideias principais do texto.

Discussão dos resultados

Neste capítulo, faz-se a discussão dos resultados apresentados e analisados no capítulo


anterior. Aqui faz-se o confronto dos resultados obtidos através da entrevista aos
professores e o questionário aos alunos com a revisão de literatura usada neste trabalho.

É a partir dos resultados obtidos que vai estabelecer as correlações entre as informações
dos participantes da pesquisa e as teorias que abordam a produção de resumo e síntese.
Como os resultados indicam que os alunos ao resumir ou sintetizar um texto-fonte
copiam todas as informações, tanto ideias essenciais como as secundarias como refere
um dos entrevistados:

“Quando os alunos fazem os resumos e sínteses, a qualidade destes textos não tem sido
das melhores. Eles não sabem fazer resumos nem sínteses, eles quase copiam toda a
informação do texto-fonte (P1)”.

Estas declarações do entrevistado, P1correlacionam com os dados do quadro 1, pois


estes demonstram também que os alunos copiam integralmente o texto-fonte (cf.
quadros 1 e 2). Assim sendo, conclui-se que os alunos não obedecem as regras de
produção de resumo, como Machado (2010) recomenda como procedimentos de
produção as seguintes: necessidade de compreensão global do texto que será resumido,
identificação das ideias mais relevantes; necessidade de evitar apropriar-se das ideias do
autor do texto original; e uso do processo de sumarização (apagamento e substituição).

O mesmo problema apresenta-se na elaboração da síntese, porém, Amaro (2006) refere


que à semelhança do resumo, também a síntese retém a informação essencial de um
texto, apresentando-a de forma sucinta, mas fiel ao seu conteúdo (p. 92).

O conteúdo de resumo é leccionado a partir da 11ª classe (cf. o programa da 11ª classe,
Português, INDE/MINED-Moçambique). Portanto, o nível básico do ensino secundário
(da 8ª a 10ª classes) não dispõe deste conteúdo, razão pela os entrevistado gostaria que o
conteúdo fosse leccionado na 8ª classe:

“Sim, gostaria que este conteúdo fosse tratado nesta classe, por que a partir da 8ª
classe os alunos são dotados de competência de leitura e escrita, obviamente são
capazes de produzir estes textos” (P1).

“Exactamente, seria boa ideia as autoridades competentes pensassem em integrar este


conteúdo na disciplina de português, 8ª classe, porque fazer uma síntese dum texto seja
ele longo ou curto ajuda o aluno a ter hábito de leitura” (P2).

O desejo destes entrevistados vão de acordo com o pensamento de Beacco et al (2016)


quando defendem que a utilidade da produção escrita de sínteses logo nos primeiros
anos de ensino, salientando a importância desta forma de actividade reflexiva,
favorecedora da apropriação e memorização de conhecimentos.
Guião de Questionário dirigido aos alunos
O resumo e a síntese são textos que apresentam a informação essencial de outros textos,
expondo-a de forma clara e concisa.

1. Tendo em conta o exposto, elabore um resumo ou síntese do texto “ o homem e


o crocodilo”.

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Guião de entrevista dirigido aos professores
1ª Categoria:

A. Identificação do entrevistado.
A.1. Nome do
entrevistado:______________________________________________
A.2. Disciplina que
lecciona:_____________________________________________

2ª Categoria:

B. Abordagem de resumo e síntese

1. Há quanto tempo lecciona a 8ª classe nesta escola?

2. Tem orientado aos seus alunos a resumir ou sintetizar um texto longo e complexo?

3. Se, sim, qual tem sido a qualidade desses textos produzidos (resumo e síntese) por
esses alunos?

4. Gostaria que estudo de resumo e síntese fosse tratado na 8ª classe? Se sim, por quê?

5. Na sua opinião, quais são os motivos das dificuldades de produção de resumos e


sínteses de textos longos e complexos?

Obrigado pela colaboração!

Você também pode gostar