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Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia

Curso de Psicologia Social e das Organizações


3º Ano
Dinâmica de Grupo
Edilson Rodolfo Popinsky

Resumo
Feedback e Jogos na Dinâmica de Grupo

1. Resumo
Basicamente, o conceito de feedback é aplicado quando uma pessoa conta à outra o que
acha sobre a sua performance e como ela pode torná-la
torná la melhor, permitindo, ainda, com que o
desempenho melhore, e que a pessoa descubra algo que nunca percebeu. É um processo de
fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-oo a melhorar seu desempenho, no sentido de
atingir seus objectivos (Wanderley & Ghelman, 2016).

Um jogo é uma disputa, que para além de possuir regras a serem seguidas, determina o
alvo que deverá ser atingido e os critérios que melhor definem
definem o ganhador. Na dinâmica de
grupo, os jogos possibilitam ao grupo trabalhar vários aspectos do comportamento. É “uma
competição dinâmica e saudável entre as pessoas de interesses comuns, que visa da simples
recreação (carácter de gincana), a viabilização
viabilização de alguma aprendizagem, reflexão ou correlação
dia” Militão (2000 cit Wanderley Ghelman, 2016). São excelentes
com a prática do dia-a-dia”
mecanismos utilizados na transmissão e fixação da aprendizagem, que também levam o
indivíduo a soltar-se, liberar suaa espontaneidade e criatividade.

O feedback é a capacidade de dar e receber opiniões, críticas e sugestões sobre alguma


coisa pessoal ou profissional (Candeloro, 2014 apud Faria, 2017, p. 14). Entretanto, nem sempre
dar e receber feedback é uma tarefa fácil.
fácil. Na prática, é possível observar dificuldades de se dar e
receber feedback, podendo este ser comprovado através da observação dos insucessos frequentes
na comunicação interpessoal. Existem dois tipos de comportamento que podem ou não
influenciar o feedback, os comportamentos “de feedback” e “não-feedback”. Outros factores por
detrás da deficiência do feedback são, também, a cultura, que tem certas normas contrárias à
expressão de sentimentos pessoais para com os outros; o status; o receio do que as pessoas
podem pensar; o sentimento de invasão de privacidade e, dentre outros aspectos.

O feedback é eficiente quando é descritivo; especifico; compatível com as motivações e


objectivos de ambos (emissor e receptor); direccionado as esferas em que o receptor tenha
possibilidade de aperfeiçoar; solicitado, desejado e oportuno; e referir-se à pessoa presente (p.
26). “Dar e receber feedback deve ser discorrido em meio a princípios básicos, que devem ser
observados para que este seja efectivo, válido e relevante, dentre os quais, o relacionamento; a
verdade, sinceridade e ausência de julgamento; o respeito e confiança; a humildade; a escuta
activa/escuta empática, e dimensão ético-psicológica (verdade e amor).

De acordo com Wanderley & Ghelman (2016), o feedback pode ser aberto, ou seja, claro
e directo, e pode ser falsificado, pode ser velado – obtido através da prática de observar a reacção
do ouvinte a estímulos externos. Entretanto, para Faria (2017), os tipos de feedback possuem
distintas classificações, o feedback é tido como sinonimo de crítica, pode ser positiva, negativa,
bem-feita ou construtiva; o feedback pode ser positivo, correctivo, ofensivo e insignificante;
feedback a partir do seu objectivo: reconhecimento, orientação e avaliação.

Jogos se traduz a uma técnica utilizada no início da dinâmica de grupo, que auxiliam a
quebrar tensões do grupo, permitindo descontracção dos participantes, de maneira a se
movimentarem e interagirem uns com os outros, visando mudanças comportamentais que
possam favorecer o desempenho individual e grupal.

Wanderley & Ghelman (2016, p. 27) seguindo a linha de pensamento de Militão (2000),
apontam as utilidades, vantagens e as fases do jogo, respectivamente:

Utilidades: propiciar ou gerar aprendizado; permitir que todos os participantes interajam;


levar o indivíduo a soltar-se, liberar sua espontaneidade e criatividade; ampliar o campo de
respostas do indivíduo; experimentar novos comportamentos de forma protegida (simulação).
Também podem ser aplicados no processo de selecção, treinamento e desenvolvimento pessoal;
na identificação e análise de potencial; no projecto de melhoria contínua da qualidade; nos
projectos de sensibilização para a mudança e no projecto de pré-reforma (Guarany, 2007, p. 7).

Vantagens: permite a participação de todos, regra cuja essência para o sucesso é o


envolvimento de todos no grupo; criam maior responsabilidade para o grupo; geram aprendizado
de resultados de risco para o grupo, proporcionando reflexão, acção e planeamento;
proporcionam motivação e asseguram ganhos para todos

Fases: distribuição; instruções sobre o nome do jogo e as regras; demonstração; momento


do jogo; pausa final do jogo; sentimentos e emoções; discussão, esclarecimentos e opiniões;
fechamento. Guarany (2007) por sua vez identifica seis etapas: vivência do jogo; levantamento
dos sentimentos durante e após o jogo; desempenho ou análise do ocorrido; análise dos factores
(indicadores) de avaliação; analogias ou comparações com situações vivenciadas no quotidiano
organizacional; fechamento, onde se estabelece a lição aprendida com a actividade.

2. Referências bibliográficas
FARIA, Sandra Cristina dos Reis Guimarães. Feedback – Diálogo Para o Desenvolvimento da
Pessoa e da Organização. Trabalho apresentado ao Centro Universitário de Brasília, Instituto
CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento (UniCEUB/ICPD), Brasília, 2017.

GUARANY, Gláucia. Jogos, Dinâmicas de Grupo e Técnicas Vivenciais. Universidade Cândido


Mendes – UCAM, 2007. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/54569355/Jogos-e-
Dinamica-de-grupo. (Acesso aos 27 de Janeiro de 2022).

WANDERLEY, Alexandra, GHELMAN, Ana. Dinâmica de Grupo nas Organizações:


Aplicação e Técnicas. Apostila, 2016

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