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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA JUNTA ADMINISTRATIVA, DE

RECURSOS DE INFRAÇÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - DETRAN/PE

Hélio Santana do Nascimento, solteiro, vigilante e estagiário jurídico, CPF sob nº


05761994437, RG 6609496, órgão expedidor SDS-PE, CNH de nº 04365865421, telefone
nº 81983080320, 81983170348, e-mail: adv-nascimento@outlook.com.br , hélio-
nascimento@outlook.com , domiciliado na rua quarenta e um, nº 165, Bairro Caetés III,
Cidade Abreu e Lima PE, CEP nº 53.545-673, vem tempestivamente, a presença de vossa
Senhoria, apresentar RECURSO ADMINISTRATIVO, pelos fatos e fundamentos abaixo
elencados:
DA SUPOSTA INFRAÇÃO COMETIDA
Como se pode ver da leitura do artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro
(Lei 9.530/97), a remoção do veículo ocorre em virtude de o seu proprietário estar
conduzindo o veículo sem que ele esteja devidamente licenciado:
Código de Trânsito Brasileiro;
Art. 230. Conduzir o veículo:
V – Que não esteja registrado e devidamente licenciado;

Penalidade – multa;

Medida administrativa – remoção do veículo;

DO VEÍCULO

Modelo: Moto Fazer YS 250 CC


Ano: 2011/2012
Marca: YAMAHA
Placa: PEJ 5657
RENAVAM: 00337590141

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O recorrente, no dia 05/12/2020, às 22h e poucos minutos à frente, estava transitando


para sua residência pela Rua Demétrio de Souza, avenida por trás do Paulista North Way
Shopping, e em frente ao recanto Nobre quando foi abordado por duas motos da polícia
militar, que imediatamente solicita a parada do veículo, o condutor obedeceu e fez a parada
apresentou a documentação necessária no aplicativo digital do DETRAN-PE e pensando
que seria liberado após realizar o procedimento e ser feito toda consulta e constatar tudo
regular e em dia, mas, entretanto não ocorreu desta maneira, pois a viatura era da lei seca,
que de forma arbitraria solicitou e impôs com uso da autoridade que o condutor fosse para a
Lei seca que estava totalmente em outro local, estava em frente à faculdade Uninabuco na
avenida, que está nas descrições no auto de infração, atitude arbitraria como descreve o art.
139 do CPC, enfatiza a discricionariedade e arbitrariedade, e a seguinte prescrição:
“determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que
tenham por objeto”.
Ao chegar do posto de LEI SECA, apresentei de forma legitima o aplicativo digital
oficial do DETRAN-PE, CNH e documento do veículo, devidamente em dia e licenciado,
imposto pago em dia, na data referida no comprovante anexado nos autos do recurso.
O artigo 230 do CTB é claro quando afirma em seu texto que licenciamento atrasado
gera medida administrativa de remoção do veículo, entretanto, todavia, contudo, afirmo, que
como pode um veículo ser apreendido, mediante comprovação de pagamento do respectivo
IPVA e foto comprovando que o IPVA 2020 estava quitado?
Diante do exposto abordado, caracteriza-se abuso de autoridade, constrangimento,
dano material, dano moral, houve também ao condutor dia após a situação e por conta da
apreensão do veículo complicações a saúde do condutor onde tudo isso podia ser evitado
tendo por parte de todas as autoridades um pouco mais de humanidade, tudo havia sido
conferido, toda documentação tinha sido analisada e vista nos aplicativos dos órgãos
públicos, contudo não quiseram respeitar o condutor como cidadão, o transporte
corresponde a prática do trabalho, faltou o serviço que trabalha de vigilante, custeou
onerosamente as taxas para retirada do veículo, onde um pouco de altruísmo por parte a
autoridade evitava tamanha escassez de humanidade.
Vale ressaltar que, o ESTADO nunca deveria estar presente so para punir, deveria de
forma justa e piedosa, está presente para atender a necessidade do cidadão, e muitas vezes
só notamos a presença do estado para aplicar a punibilidade, o ESTADO tem função
protetiva, e deveria conscientizar, em querer ajudar, principalmente quando tudo está a
favor do condutor, se existem erros, tipos, atualização de aplicativo que não apresentou ou
permitiu abrir o sistema, pagamento online feito, mas o aplicativo que funciona de forma
online não atualizou, sistema está fora por inatividade ou por erros técnicos na rede, onde
não foi apresentado o CRLV 2020, mas foi consultado, mostrado e apresentado a quitação
do licenciamento 2020, cuja apresentação descaracteriza a punição sofrida pelo condutor
tendo seu veículo apreendido e levado a deposito pelo art. 230 do CTB.
Segue todos os documentos em anexos mostrando e provando as narrativas do fato
abordado aqui e artigos de lei enfatizando o direito do condutor.
O art. 6º, § 1, 2, 3, 4, 5 e 7º §, 1, 2, 3, sobre o abuso de autoridade e a sua
caracterização, ato ilícito, por meio do qual um agente público ou pessoa investida em
função pública atua dolosamente em excesso de poder ou desvio de finalidade e, desse
modo, atenta contra os direitos subjetivos de outrem, desmembrando um pouco sobre o
tema, abuso de autoridade falarei mais sobre o tópico trazido dentro da liberdade e da
finalidade exercida pelo agente atuador.
Lei nº 4.898 de 09 de dezembro de 1965, regula o Direito de Representação e o
processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de
autoridade.
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e
penal.
Constitui-se "abuso de autoridade" quando uma autoridade, no uso de suas funções,
pratica qualquer atentado contra a liberdade de locomoção, a inviolabilidade do domicílio, o
sigilo da correspondência, a liberdade de consciência e de crença, o livre exercício do culto
religioso, a liberdade de associação, os direitos e garantias legais assegurados ao exercício
do voto, o direito de reunião, a incolumidade física do indivíduo e, aos direitos e garantias
legais assegurados ao exercício profissional (incluído pela Lei nº 6.657, de 5 de junho de
1979). O abuso de autoridade levará seu autor à sanção administrativa civil e penal, com
base na lei. A sanção pode variar desde advertência até à exoneração das funções, conforme
a gravidade do ato praticado.
O abuso de autoridade é o abuso de poder analisado sob as normas penais, de onde
temos a espécie abuso de poder. Sua conduta típica é considerada crime, de acordo com a lei
4898 /65. Assim, o abuso de autoridade abrange o abuso de poder, utilizando os conceitos
administrativos para tipificar condutas contrárias à lei no âmbito penal e disciplinar. Por sua
vez, o abuso de poder se desdobra em três configurações próprias, que são o excesso de poder,
o desvio de poder ou de finalidade e a omissão:
Excesso de poder: quando a autoridade competente age além do permitido na
legislação, ou seja, atua ultra legem;
Desvio de poder ou de finalidade: quando o ato é praticado por motivos ou com fins
diversos dos previstos na legislação, ou seja, contra legem, ainda que buscando seguir a letra
da lei, mas onde normalmente ocorre violação de atuação discricionária. Aqui nesse trecho
vemos onde teve a violação de conduta quando, toda documentação foi apresentada e não foi
levado em consideração erros movidos por aparelhos técnicos, como por exemplo: rede de
sistema, inclusive o próprio aplicativo do órgão DETRAN-PE, como mostra prova
documental em anexo, e através disso foi aplicada sansão contra o condutor, não foi
considerado o fator , pesquisa, documento, prova essa em anexo, onde o veículo, apresentava-
se em pleno gozo da locomoção, com isso, pelo abuso de autoridade essa liberdade foi
restringida, sem ao menos considerar o fato que, também o veículo poderia ser instrumento de
trabalho, trazendo dando material e em consequência a saúde que teve colapso, por todo
constrangimento ocasionado pela conduta ilícita do agente.
Omissão: quando é verificada a inércia da administração em realizar as suas funções,
injustificadamente, havendo violação de seu poder-dever.
Para o exercício de suas funções, o agente público dispõe de um poder regulado pela
lei. O agente público só pode fazer aquilo que a lei determina e o que a lei não veda. Em
outras palavras, não pode atuar de forma contrária à lei (contra legem), além da lei (ultra
legem), mas exclusivamente de acordo com a lei (secundum legem). O uso de poder é uma
prerrogativa do agente público, e ao mesmo tempo em que o agente obtém a prerrogativa de
"fazer" ele atrai o "dever" de atuar, o denominado poder-dever.
O artigo 3º e 4º da lei 4.898/65 elenca condutas consideradas crime de abuso de
autoridade, mas nos atentaremos as do artigo 3º, são elas os atentados:
A) à liberdade de locomoção:
Entende-se que ninguém será privado do direito de ir e vir, sem motivo legal, nem
preso, senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo em casos de transgressão disciplinar ou crime militar propriamente dito,
aqui fica claro sobre a liberdade de se locomover, cujo dever esteja em dia pelo condutor
apresentando documentos comprobatórios que garanta a sua liberdade, licenciamento
devidamente quitado, como está em anexo no recurso.
Enfatizando, ainda sobre o procedimento de apreender o veículo do condutor,
devidamente licenciado como foi provado em anexo, caso o documento atual não fosse
apresentado pelo condutor ainda assim comprovado o licenciamento quitado deveria de forma
justa ter sido aplicada a sansão administrativa de:
O Certificado de Licenciamento Anual e a Carteira Nacional de Habilitação.
Dirigir sem eles acarreta infração leve, multa (R$ 88,38) e medida administrativa de
retenção do veículo até a apresentação do documento (art. 232, CTB). Aqui estaria a sansão
correta a ser aplicado pelo agente atuador no ato, mas, entretanto, ilicitamente tomaram tais
medidas administrativa equivocada.
Alguns procedimentos jurídicos, que o condutor teve em seu favor, que foi lesionado
por conduta errônea, se aborda:
O crime de constrangimento ilegal sempre será executado mediante violência ou
grave ameaça, sendo que o desígnio do agente é obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer
algo contra a sua vontade, ofendendo o disposto no art. 5º, II da CF/88 que reza: ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
De mais a mais, infere-se que para a configuração do crime de constrangimento
ilegal deve haver a coação absoluta, pois o agente não tem qualquer motivo para coagir, não
há direito a ser exigido da vítima.
Ao revés, caso a coação seja relativa, hipótese em que o agente tem um motivo
concreto para agir, tem o direito de exigir, mas o faz mediante violência ou grava ameaça,
quando deveria buscar o meio judicial, não estaremos diante do crime de constrangimento
ilegal, pois: consumar-se-á o crime de exercício arbitrário das próprias razões.
A responsabilidade civil pode ser subjetiva ou objetiva. A subjetiva está amparada em
três requisitos caracterizadores para sua existência, são eles: a culpa, o dano e o nexo causal.
Por conta disso, para reparação do dano causado à vítima, é necessário restar demonstrado a
culpa do infrator e o nexo de causalidade entre a conduta praticada e o dano perpetrado. No
ordenamento jurídico brasileiro, a cláusula geral da responsabilidade subjetiva está prevista
no artigo 186 c/c o artigo 927 do Código Civil, in verbis:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Pelos argumentos e provas apresentados, não deve prevalecer à penalidade pela
suposta infração cometida pelo recorrente.
DO ROL DE TESTEMUHAS

1- Jessica Priscila da Silva CPF: 708.830.714-60


2- Marciso Carvalho Nobre CPF: 031.240.724-64
3- Estabelecimento Recanto Nobre, e funcionários informais, que estavam no local
do fato inicial.

DIANTE DO EXPOSTO, REQUER:

1- Segue no presente recurso, foto do local inicial da abordagem e endereço, foto do


etilômetro, cujo, governo disponibilizou a ser usado pelos agentes diferente do
utilizado no local, testemunhas com nomes e toda disponibilidade para o órgão
competente, a total esclarecimento e ser ouvida.
2- O deferimento do presente recurso, com consequente cancelamento da multa
indevidamente imposta, bem como restabelecimento dos pontos retirados da
CNH do recorrente, assim como devolução da carteira de habilitação e
desconsideração da suspensão do direito de dirigir.
3- Fica, sob o ilustríssimo presidente da junta, analisar tudo e de forma justa, aplicar
as devidas responsabilidades coerentes, a favor do condutor mediante tudo
apresentado.

Nestes termos,
Pede deferimento.

[DATA]

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[ASSINATURA]

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